Tratamento de Bipolaridade

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    1/8Souza, F.G.M. Rev. Psiq. Cln. 32, supl 1; 63-70, 2005

    Artigo Original

    Tratamento do transtorno

    bipolar EutimiaBipolar Disorder Treatment Euthymia

    FBIOGOMESDEMATOSESOUZA1

    1 Professor Adjunto de Psiquiatria da Universidade Federal do Cear.

    Endereo para correspondncia: Rua Manuel Jesuno, 974 Varjota 60176-180 Fortaleza CE; e-mail: [email protected]

    Resumo

    O transtorno bipolar um quadro complexo caracterizado por episdios dedepresso, mania ou hipomania e fases assintomticas. O tratamento visa aocontrole de episdios agudos e preveno de novos episdios. O tratamento

    farmacolgico iniciou-se com o ltio. At o momento, o ltio permanece como otratamento com mais evidncias favorveis na fase de manuteno. Outrostratamentos demonstram eficcia nessa fase, como o valproato, a carbama-zepina e os antipsicticos atpicos. Dos antipsicticos atpicos o mais estudadonesta fase do tratamento a olanzapina. Mais estudos prospectivos sonecessrios para confirmar a ao profiltica de novos agentes.

    Palavras-chave: Transtorno bipolar, manuteno, estabilizadores do humor.

    Abstract

    Bipolar disorder is a complex disorder characterized by depression episodes ,mania or hypomania and asymptomatic phases. The treatment aims at thecontrol of acute episodes and prevention of new episodes. The pharmacological

    treatment was inaugurated with lithium. Until the moment, lithium remainsas the treatment with more favorable evidences in the maintenance phase.Other treatments demonstrate efficacy in this phase, as valproate,carbamazepine and atypical antipsychotics. Of the atypical antipsychotics, themost studied in this phase of treatment is olanzapine. More prospective studiesare necessary to confirm prophylacti c action of new agents.

    Key words: Bipolar disorder, maintenance, mood stabilizers.

    Recebido: 17/11/2004 - Aceito: 07/01/2005

    O transtorno bipolar um transtorno crnico ecomplexo caracterizado por episdios de depresso,mania ou hipomania de forma isolada ou mista comgrande morbidade e mortalidade. O tratamento do pa-ciente eutmico deve sempre considerar a possibilidadede o paciente vir a ter episdios de mania e/ou depres-so. A eutimia, usualmente, definida como a remisso

    dos sintomas, entretanto, idealmente, seria o perodono qual o paciente no apenas estaria sem sintomas,mas (re)integrado funcionalmente em suas atividadesde rotina. O objetivo do tratamento, portanto, mantero paciente sem sintomas. Assim, a meta principal dotratamento a remisso e no apenas a respostaclnica (reduo de 50% dos sintomas observados), que

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    rando a adeso, propiciando as mudanas no estilo devida, permitindo a deteco precoce de sintomas pro-drmicos e melhor gerenciamento de dificuldadesinterpessoais (Miklowitz et al., 2000; Rothbaum eAstin, 2000).

    Os principais objetivos do tratamento psicoterpicono transtorno bipolar, segundo Perry et al. (1999), so:

    adeso fundamental aumentar a adeso dopaciente ao tratamento; funcionamento social e ocupacional melhorar

    o desempenho dos pacientes em atividades sociaise laborativas;

    melhorar a deteco de sinais precoces derecorrncias;

    educar o paciente acerca de sua doena e suasmedicaes (explicar os vrios sintomas, escla-recer sobre prognstico, instalar esperana, envol-ver familiares);

    promover um estilo de vida saudvel, por exemplo,regularizar o ciclo sonoviglia;

    criar de forma colaborativa estratgias de lidar comestresses, que, se no administrados apropriada-mente, podem provocar um episdio depressivo.Existem evidncias de que vrios tipos de psico-

    terapia podem ajudar os pacientes a permaneceremeutmicos. A terapia cognitiva tem ajudado vriospacientes (Scott et al., 2001) bem como a terapiafamiliar (Miklowitz, 1997). Terapia de grupo podetambm melhorar a adeso e a auto-estima (Colomet al., 2003). Grupos de suporte fornecem informaessobre o transtorno bipolar e seu tratamento parapacientes e familiares.

    Uso de estabilizadores do humor

    Os critrios para definir um estabilizador do humorso: ser eficaz na mania e em estados mistos, tratardepresso aguda bipolar, reduzir a freqncia e/ougravidade de recorrncias manacas e/ou depressivas,no piorar mania ou depresso ou induzir mudanaou ciclagem rpida (Bowden et al., 1997).

    Ltio

    O ltio o agente que possui mais evidncias como

    tratamento de manuteno no transtorno bipolar,prevenindo recadas de mania mais freqentementeque de depresso (Bowden et al., 2003). Entretanto, oltio tambm um antidepressivo (Goodwin et al.,1992). Ele ainda reduz o risco de suicdio. Em umametanlise, o ltio demonstrou diminuir o risco de opaciente cometer suicdio em 8,85% (95% IC: 4,1 a19,1) (Tondo et al., 2001).

    Os pacientes para os quais o ltio preferido soaqueles com doena heptica, no estgio final dagravidez e jovens adolescentes (Sachs et al., 2000).

    Uma reviso da Cochrane envolvendo nove

    estudos concluiu que o ltio mais eficaz do que o

    placebo em prevenir todas as recadas dos pacientescom transtorno bipolar 61% com placebo e 33% comltio (Burgess et al., CDRS 2001).

    Valproato

    O valproato foi a primeira droga, aps o ltio, a demons-trar que tem efeito no tratamento de manuteno do

    transtorno bipolar.Em um estudo, embora os tratamentos (valproa-to, ltio e placebo) no tenham mostrado diferenaestatisticamente significativa no tempo para ocorreruma recorrncia, o valproato revelou ter efeito profil-tico melhor que o ltio em medidas secundrias (maiortempo de durao bem-sucedida de profilaxia e menordeteriorao de sintomas depressivos) e melhor que oplacebo com taxas menores de descontinuao.Efeitoprofiltico parece ser maior contra os episdios mana-cos do que contra os episdios depressivos (Bowden etal., 2000).

    O efeito positivo do valproato em remitir umepisdio de mania pode ser um bom preditor para aresposta profiltica (Bowden et al., 2000).

    Outros estudos demonstram que o valproatosozinho ou em combinao tem eficcia equivalenteao ltio e possivelmente maior que a carbamazepina(Davis et al., 1999).

    Os pacientes para os quais o valproato preferidoso aqueles com doenas cardacas, renais, TCE, idososcom demncia e dependncia qumica (Sachset al., 2000).

    Carbamazepina

    Uma srie de estudos j foi publicada relacionando a

    carbamazepina (CBZ) e a oxcarbamazepina com profi-laxia do transtorno bipolar (Lusznat et al., 1988;Coxhead et al., 1992).

    O ltio mostrou-se melhor que a carbamazepinaem morbidade interepisdica, taxas de desistncia ede re-hospitalizao (Kleindienst e Greil, 2002). Emquatro estudos, a carbamazepina foi comparada como ltio em tratamento de manuteno do transtornobipolar (Placidi et al., 1986; Watkins et al., 1987;Lusznatet al., 1988; Coxhead et al., 1992). Em apenasum estudo o ltio foi superior (Watkins et al., 1987),nos outros trs estudos, as drogas obtiveram resultado

    semelhante (Keck et al.,1998). Carbamazepina indi-cada como tratamento no incio da doena e com umpadro alternativo do humor. Uma comparao de dezestudos de carbamazepina com o ltio mostrou umaeficcia semelhante (Davis et al., 1999). Um estudomostra que apenas 8% dos pacientes tratados comcarbamazepina ficaram estveis por trs a quatro anos(Post et al., 1990).

    A carbamazepina tem potencial de interaoimportante com outras drogas, por isso ela vem sendosubstituda pela oxcarbamazepina. Esta ltima temuma srie de vantagens sobre a carbamazepina: no necessrio monitorar os nveis plasmticos, realizar

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    testes de funes hepticas nem testes sangneos, ecausa menos induo do citocromo P450.

    Lamotrigina

    A lamotrigina demonstrou ser to eficaz quanto o ltiono tratamento de manuteno dos pacientes comtranstorno bipolar (Bowden et al., 2003). Tem algumas

    vantagens em seu uso: no apresenta ganho de pesonem dficit cognitivo, no necessrio controlar nveissangneos. Tem eficcia no tratamento de recadasdepressivas (Ernstet al., 2003).Possui eficcia mnimaem mania.

    Ela tambm tem demonstrado resultadosfavorveis na manuteno de pacientes bipolares tipoII e ciclagem rpida (Calabrese et al., 2000). Amonoterapia da lamotrigina foi significativamentemais eficaz do que o placebo na depresso bipolar I(Calabrese et al., 1999).

    Topiramato

    Cinco estudos negativos controlados por placebofalharam. til como medicamento adjuvante e nareduo de peso (Chengappa et al., 2001). No usadocomo droga de primeira linha para tratamento demanuteno do transtorno bipolar.Em um estudo com76 pacientes uma melhora leve foi vista em 47% emoderada em 13% de bipolares tratados com topira-mato (Ghaemi et al., 2001).

    Gabapentina

    Dois ensaios clnicos controlados por placebo falharam

    em demonstrar um desfecho clnico favorvel. No usado como droga de primeira linha para tratamentode manuteno do transtorno bipolar (Letterman eMarkowitz, 1999).

    Um estudo naturalstico em pacientes comtranstorno bipolar resistente produziu 18 respostaspositivas com gabapentina (Schaffer e Schaffer, 1997).A gabapentina foi considerada eficaz em 30% dospacientes com transtorno bipolar ou unipolar (Ghaemiet al., 1998). Em um estudo com a lamotrigina, agabapentina no foi melhor que o placebo (Obrocea etal., 2002).

    Outras drogas

    MetilfenidatoMetilfenidatoMetilfenidatoMetilfenidatoMetilfenidato Mostrou-se eficaz em 11 de 14pacientes com depresso bipolar (El-Mallakh, 2000).

    mega-3mega-3mega-3mega-3mega-3 Os cidos mega-3 produziram umaremisso significativa mais longa do que o placeboem alguns pacientes bipolares (Stoll et al., 1999).

    PramipexolePramipexolePramipexolePramipexolePramipexole H relatos de pacientes com de-presso bipolar resistente em que a introduo da pra-mipexole produziu uma melhora (Goldberg et al., 1999).

    TiabaginaTiabaginaTiabaginaTiabaginaTiabagina Tiabagina pode ser uma droga tilcomo terapia adjuntiva do transtorno bipolar, conti-

    nuando ser eficaz por diversos meses (Schaffer eSchaffer, 1999).

    Bloqueadores de canais de clcio (vera-Bloqueadores de canais de clcio (vera-Bloqueadores de canais de clcio (vera-Bloqueadores de canais de clcio (vera-Bloqueadores de canais de clcio (vera-pamil, nimodipina, diltiazeno)pamil, nimodipina, diltiazeno)pamil, nimodipina, diltiazeno)pamil, nimodipina, diltiazeno)pamil, nimodipina, diltiazeno) Embora tenhamdemonstrado alguma eficcia no tratamento detranstorno bipolar, estas drogas no so usadas comomedicamentos de primeira linha para tratamento de

    manuteno (Giannini et al. 1987).

    Uso de antipsicticos

    Enquanto a eficcia dos antipsicticos como tratamentode manuteno do transtorno bipolar no tenha sidosistematicamente estudada, estas drogas tm sidocomumente utilizadas. At 1998, no havia nenhumensaio randomizado controlado que comparasseantipsicticos com os estabilizadores na manutenodo transtorno bipolar (Tohen e Zarate, 1998).

    TpicosEmbora sejam eficazes no tratamento de mania, nodemonstraram eficcia em tratar depresso bipolar etm pouca relevncia no tratamento de manuteno.Os antipsicticos tpicos no foram usados com aindicao acima em virtude dos efeitos colateraisimportantes observados ao longo do tempo como disci-nesia tardia, ganho de peso, sedao e disfuno sexualque levam no-adeso (Esparon et al., 1986).

    Atpicos

    Ensaios clnicos duplos-cegos randomizados com anti-

    psicticos atpicos no tratamento de manuteno dotranstorno bipolar so escassos na literatura. Entretanto,existem evidncias para alguns antipsicticos atpicos.

    Clozapina

    Pacientes em fase manaca ou psictica do transtornobipolar ou esquizoafetivo responderam significativa-mente melhor que os pacientes com sndromes depres-sivas graves (unipolar, bipolar ou esquizoafetivo) (Za-rate et al., 1995).O problema de agranulocitose, entreoutros efeitos colaterais, impede o uso mais genera-lizado da clozapina. Esta tem sido usada com sucessono tratamento de transtorno bipolar refratrio (Suppeset al., 1999).

    Risperidona

    Existe evidncia no tratamento do episdio de mania,mas no h dados em depresso bipolar. Em doseselevadas comporta-se como antipsictico tpico,includo como efeito colateral o aumento de prolactina(Ghaemi e Sachs, 1997).

    Olanzapina

    Embora alguns pesquisadores acreditem que no hpapel da olanzapina como monoterapia no transtorno

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    bipolar (Lund et al., 2000), existem evidncias queapontam papel positivo da olanzapina na manutenodo transtorno bipolar.

    Seis ensaios clnicos com 1.422 participantesforam includos nessa reviso, havia uma alta taxade recada de falha em completar o tratamento emtodas as drogas, o que pode ter viciado as estimativas

    de eficcia relativa (Bhana e Perry, 2001).A olanzapina sozinha ou em associao comfluoxetina tem demonstrado eficcia em controlar adepresso bipolar (Tohen et al., 2002). Os pacientesque usaram olanzapina adicionada a ltio ou valproatoem comparao a aqueles que usaram apenas ltio ouvalproato levaram mais tempo para ter recadas(Tohen et al., 2002).

    Os efeitos colaterais mais importantes so: ganhode peso e hiperinsulinemia.

    Quetiapina

    Existe estudo da quetiapina em mania, mas a litera-

    tura sobre o uso de quetiapina na profilaxia do trans-torno bipolar limitada a casos clnicos e no h estu-dos sistemticos (Zarate et al., 2000).

    Ziprasidona

    Existe evidncia de que a ziprasidona eficaz no trata-mento da mania aguda. Entretanto, ainda no h slidaevidncia que seja tambm eficaz no tratamento demanuteno (Gnanadesikan et al., 2003).

    Aripiprazol

    O papel doaripiprazol est bem estabelecido no trata-

    mento da mania aguda (Kecket al., 2003); entretanto,no h na literatura estudos controlados sobre a eficciadoaripiprazol no tratamento de manuteno do trans-torno bipolar (Taylor, 2003).

    Uso de antidepressivos

    A maioria dos estudos envolvendo o uso de antidepres-sivos em transtorno bipolar foca os antidepressivostricclicos, que tm demonstrado poder para induzirmania ou hipomania (Silverstone e Silverstone, 2004).

    O uso de antidepressivos parece desestabilizar

    alguns pacientes, particularmente, pacientes com epi-sdios mistos (Post et al., 2003).A induo de ciclagemrpida tambm associada ao uso de antidepressivosem transtorno bipolar (Kusumakar, 2002).

    Os antidepressivos de primeira escolha paratratar depresso bipolar so: os ISRS e a bupropiona,como segunda escolha a venlafaxina tem sido recomen-dada (Sachs et al.,2000). Entretanto, no h evidn-cias clnicas que sugiram qual estratgia a melhor.

    A informao disponvel no apia a eficcia dotratamento de manuteno para depresso bipolar comou sem co-terapia com estabilizador do humor(Ghaemi, et al., 2001).

    Uso de ECT

    O usoda eletroconvulsoterapia (ECT) deve ser reser-vado para os pacientes que apresentam risco de suic-dio e para aqueles que apresentam depresso refratria. um tratamento muito eficaz na fase aguda, masanecessidade de administrao em hospitais e problemasde memria contra-indicam-no como primeira opo

    em tratamento de manuteno (Tsao, 2004).

    Terapia de combinao

    O racional do tratamento com vrias drogas paramanter os pacientes eutmicos que somente 50% dospacientes respondem a uma droga apenas e quepacientes bipolares freqentemente apresentamcomorbidades. Assim, mltiplos mecanismos de aoproporcionam melhor controle do quadro clnico e soconsistentes com outros enfoques usados para trataroutras patologias como hipertenso, cncer e HIV

    (Biedermanet al., 1998; Findling et al., 2001).Foi demonstrado que o paciente bipolar usa emmdia 4,2 medicaes (Sachs e Thase, 2000). Assim,a monoterapia no transtorno bipolar exceo ao invsde regra.

    Drogas combinadas podem permitir doses meno-res e, portanto, melhor toleradas de ambos os medica-mentos. Entretanto, os perfis podem ser complemen-tares (ltio ou valproato mais lamotrigina).

    Algumas drogas podem ter efeitos colateraisaditivos como, por exemplo, olanzapina e valproato(ganho de peso).

    Ltio +Ltio +Ltio +Ltio +Ltio +AntipsicticoAntipsicticoAntipsicticoAntipsicticoAntipsictico O ltio tem sido usado

    juntamente com antipsictico em terapia de manu-teno (Small et al., 1995).

    Ltio + CarbamazepinaLtio + CarbamazepinaLtio + CarbamazepinaLtio + CarbamazepinaLtio + Carbamazepina Esta combinao usada intensamente e parece segura e eficaz,especialmente no ciclo rpido(Small et al., 1995).

    Ltio + FluoxetinaLtio + FluoxetinaLtio + FluoxetinaLtio + FluoxetinaLtio + Fluoxetina Esta combinao pareceprevenir a depresso em pacientes bipolares (Tondo etal., 1997).

    Ltio + LamotriginaLtio + LamotriginaLtio + LamotriginaLtio + LamotriginaLtio + Lamotrigina Relatos de caso indicamque esta pode ser uma combinao til (Calabrese etal., 1996).

    VVVVValproato + Carbamazepinaalproato + Carbamazepinaalproato + Carbamazepinaalproato + Carbamazepinaalproato + Carbamazepina Houve diver-

    sos relatos da eficcia, por exemplo, quando o valproatofoi adicionado aos pacientes que no respondiam carbamazepina (Schaff et al., 1993).

    Tratamento de manuteno na gravidez

    O ltio pode causar anomalia de Ebstein. Uma meta-nlise detectou a proporo de 0.05%, ou seja, riscorelativo 10 a 20 vezes maior que a populao em geral(Cohen et al., 1994). O risco de espinha bfida com ouso de carbamazepina (0,5% a 1,0%) e valproato (3%a 8%) em mulheres em idade reprodutiva observado(Holmes et al., 2002; Viguera et al., 2002).

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    Diretrizes

    O nvel de recomendao do Guidelinepara tratamentoda APA (American Psychiatric Association, 2002) classificado em nveis (I slida evidncia, II evidn-cia moderada, III recomendao feita baseada emcircunstncias individuais). Assim, as seguintes reco-mendaes existem para o tratamento de manuteno

    do transtorno bipolar: aps um episdio de mania (I) em bipolar II (II) uso de ltio e valproato (I) uso de lamotrigina e carbamazepina (II) tratamento deve ser continuado para tratar

    episdios agudos (I) intervenes psicossociais podem

    ser acrescentadas (I)

    Se um quadro depressivo emergir, as seguintescondutas podero ser tomadas (APA Guideline, 2002):

    depresso leve ou moderada otimizar o trata-mento com estabilizador de humor ou adicionarum segundo estabilizador/ antidepressivo;

    depresso com ciclagem rpida evitar antide-pressivos, estabilizador em uso mais segundo(preferencialmente ltio ou valproato) ou aindalamotrigina.

    depresso refratria ECT.

    Segundo o Expert Consensus Guideline Series(Sachset al., 2000) as seguintes recomendaes so feitas: usar um estabilizador de humor em todas as fases

    do tratamento; quando um antipsictico for necessrio, os

    atpicos devem ser preferidos para o tratamento; depresses leves devem ser tratadas com um

    estabilizador de humor em monoterapia;

    depresso grave deve ser tratada com um antide-pressivo mais um estabilizador do humor;

    mania ou depresso com ciclos rpidos deve sertratada inicialmente com apenas um estabili-zador de humor, de preferncia o divalproato.

    A Associao Britnica de Psicofarmacologia

    (Goodwin, 2003) elaborou tambm um consenso paratratamento do transtorno bipolar, que semelhanteao da APA. Faz a incluso da olanzapina comomedicamento de manuteno, sendo esta mais eficazna preveno de episdios manacos que depressivos.

    Concluso

    Qualquer concluso deve ser feita com cuidado, emvirtude da limitada evidncia disponvel, com poucosestudos controlados disponveis, nmero reduzido depacientes em cada estudo, desfecho medido por res-

    posta, ao invs de remisso, no-distino entre recadae recorrncia e freqentemente o uso de hospitalizaocomo nico critrio de desfecho clnico.

    Como recomendaes gerais, caso seja necessriorealizar mudanas na medicao para que o pacientecontinue eutmico, fazer uma mudana de cada vez,fazer avaliaes sistemticas, fazer suposies razo-veis como associar duas drogas de classes diferentesdo que duas drogas de uma mesma classe. Prioridadeem qualquer tratamento de manuteno deve ser dadaaos fatores do paciente, como minimizar efeitoscolaterais e maximizar adeso.

    Em resumo, as drogas que tm demonstrado evi-dncia slida no tratamento de manuteno do trans-torno bipolar em ordem decrescente de evidncia so:ltio, valproato, carbamazepina, olanzapina e lamo-trigina (esta ltima para depresso bipolar).

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