TCC - GELCINE E VINICIUS
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Faculdade Pitágoras de Ipatinga
Para obtenção do título de
Engenheiro de Produção
Autores: Gelcine Ângela da Silva
Vinícius Lima Cruz
OTIMIZAÇÃO DO PROCESSO DE SINALIZAÇÃO
DOS PÁTIOS FERROVIÁRIOS:
Um Estudo de caso do Pátio de Costa Lacerda
TEMA DA PESQUISA
Implantação de um Sistema de Sinalização no Pátio
Ferroviário de Costa Lacerda;
Melhora nas manobras de trens no pátio;
Maior segurança para os funcionários que trabalham no
campo;
Redução nas falhas humanas.
DELIMITAÇÃO DO TEMA
Este estudo tem como objetivo central de identificar as
melhorias na implantação do sistema de sinalização do
pátio ferroviário de Costa Lacerda.
OBJETIVOS
Objetivos Específicos
Apresentar a bibliografia sobre os temas inerentes ao
processo de manobras em estações ferroviárias de carga;
Descrever as modificações realizadas no processo;
Comparar as novas e antigas modificações do pátio;
Verificar se houve um aumento na segurança
operacional (eliminação de falha humana).
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Empresa
Estação de Costa Lacerda.
Atua há mais de 75 anos;
Manobras e formação de trens;
Carregamentos de toretes para Cenibra;
Manutenção de vagões e manutenção de via;
Possui 130 colaboradores:
26 no horário administrativo,
104 na área operacional em turno com carga horária de 6 horas.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
História da Ferrovia
Século XVI
Transporte sobre trilhos de madeira;
Homens ou cavalos empurravam carroças;
Século XVIII
Trilhos revestidos de madeira com tiras metálicas;
Já no final do século os ferreiros já estavam produzidos trilhos inteiramente de ferro e sem bordas.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
História da Ferrovia
Século XIX
Construído o primeiro veículo capaz de aproveitar a alta pressão do vapor;
Montou-o sobre uma estrutura de quatro rodas projetada para se deslocar sobre trilhos;
Era a primeira locomotiva bem-sucedida do mundo.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Estrada de Ferro Vitória a Minas
Em 1902, houve a criação da Companhia Estrada de
Ferro Vitória a Minas, com duas concessões:
Vitória (ES) a Peçanha (MG);
Peçanha a Araxá (ambas em MG);
Em 1904, ligação Vitória (ES) a Diamantina (MG);
Em 1942 ganhou impulso com criação da Vale, então
chamada Companhia Vale do Rio Doce.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
O mapa ilustra as estações ao longo da EFVM e as cidades localizadas próximas a cada trecho em destaque. A linha pontilhada delimita os estados de MG e ES.
Mapa Esquemático da Estrada Ferroviário Vitória Minas
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Logística
"Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes”.
Carvalho (2002)
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Transporte
A maioria das empresas necessita de transporte, o processo logístico mais importante, pela quantidade e valor dos recursos que utiliza para movimentar materialmente produtos de um ponto a outro.
O sistema ferroviário brasileiro totaliza
30.129 km, onde se concentra nas regiões
Sul, Sudeste e Nordeste, atendendo parte
do Centro-Oeste e Norte do país.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Sinalização
A sinalização tem como o objetivo de mostrar a indicação rápida e eficiente dos caminhos, das direções, da localização de elementos a serem atingidos dispersos em um ambiente amplo.
Sinalização Ferroviária
Em 1825 na Inglaterra os sinais para os maquinistas eram feitos por homens que sinalizava com bandeiras a situação que o mesmo iria encontrar a sua frente.
Bandeira Vermelha: parada obrigatória para qualquer trem.
Bandeira Amarela: alerta.
Bandeira Verde: autorização para circular normal.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Sinalização
A partir de 1840 os sinais semafóricos começaram a surgir na ferrovia.
O tipo de quadrante e o número de posições da lâmina determinavam a
identificação do semáforo.
Sinais Semafóricos de lâmina
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Sinalização
Na via férrea à trechos com limites estabelecidos onde são chamados de
blocos, e permite somente a presença de um trem. Sinais de bloqueio se
fecham e se abrem controlando a entrada e saída de trem naquele trecho e
os mesmos podem ser semáforos com lâminas ou sinaleiros com aspectos
luminosos.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Aparelho de Mudança de Via (AMV)
Aparelho que permite o trem passar de uma via para outra.
Composto por duas lâminas móveis, que são chamadas de agulhas, as
quais podem se deslocar entre os dois trilhos da via.
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Tipos de aparelho de Mudança de Via
AMV de pátio com acionamento elétrico
AMV de pátio manual
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Centro de Controle de Pátios
Centro de Controle Operacional
Centro de Controle Operacional de Vitória (CCO)
Centro de Controle de Pátio de
Costa Lacerda (CCP)
ANÁLISE DOS DADOS
SISTEMA ANTIGO SISTEMA NOVO
AMV s manuais AMV´s por comando elétrico
Ocupação somente nos AMV s Ocupação em todo circuito de via
Bloqueio manual Bloqueio no painel na via para manutenção
Traçar rota somente na chegada e partida do trem
Traçar rota completa para execução de manobra
Numa queda de energia bloqueia os AMV s de entrada e saída do pátio
Numa queda de energia bloqueia todo o painel
Pontos que mudaram no pátio
Painel Sinóptico do CCP de Costa Lacerda
ANÁLISE DOS DADOS
Resultado do Aumento de Intercâmbio de Trens no Pátio
Para buscar este resultado, foram coletados dados da quantidade de trens
que circulou pelo Pátio antes, durante e depois do processo da
implantação.
Planilha de Controle de Trens
ANÁLISE DOS DADOS
Resultado do questionário aplicado aos funcionários do pátio.
Pergunta 1: Qual a sua função atualmente na empresa? E qual a
melhoria esse sistema trouxe para o processo do trabalho no pátio?
20 funcionários entrevistados;
Redução do esforço físico para os Oficiais de pátio;
Maior segurança no planejamento pelos Controladores de pátio;
ANÁLISE DOS DADOS
Resultado do questionário aplicado aos funcionários do pátio.
Pergunta 2: Com a implantação do Sistema, você acredita que houve
uma redução na falha funcional?
Todos responderam que houve uma grande redução na falha funcional.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A empresa necessita da ferrovia para realizar o transporte do produto, principalmente o minério de ferro que é uma grande produção da empresa e as cargas gerais. Com implantação:
O Pátio teve um grande aumento na produção e na circulação desses trens que passam por ele para execução de manobras.
Trouxe maior segurança para o processo e para os funcionários que trabalham no campo;
Elevou a moral da equipe, pois gerou menos esforços físicos;
Os controladores de pátio possuem uma visão ampla da manobra sendo realizada;
Reduziu o tempo de movimentação de equipamentos e o ciclo dos vagões no pátio, garantindo uma melhor distribuição da demanda.
REFERÊNCIAS
• BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993.
• BRINA, Helvécio Lapertosa. Estrada de Ferro 1: via permanente. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1979.
• CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3. ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002.
• ESTAÇÕES DA GATINEAU RAILWAY. Sociedade Histórica da Gatineau. Disponível em: <http:// http://www.gvhs.ca/publications/utga-stations.html>. Acesso em: 10 mai. 2015.
• FONTELLES, C. B; FRÓES, M. F. V. A privatização da atividade ferroviária no Brasil. Congresso PAN-AMERICANO de Estradas de Ferro, La Habana, Cuba, 18-22 de setembro 2000.
• FRANCO, M. L. P. B. Porque o conflito entre as tendências metodológicas não é falso. Cadernos de Pesquisa. São Paulo: n. 66, ago/1985.
• FRANÇOIS, Get; LAJEUNESSE, Dominique. Encyclopedie des chemins de fer. 557 p. ISBN-10: 2720700665. Hardcover – French: Editions de la Courtille, 1980.
• RODRIGUES, L. Processo de renovação de via permanente. Costa Lacerda. GACVG – Departamento de manutenção preventiva de via permanente, 2008.
• SETTI, João Bosco. Ferrovias no Brasil: um século e meio de evolução. Rio de Janeiro: Memória do Trem, 2008.
• TABOADA, Carlos. Logística: o diferencial da empresa competitiva. v. 2, jun. Curitiba: Revista FAE BUSINESS, 2002..
• VALE S.A.. Logística. Disponível em: <http://www.vale.com>. Acesso em: 10 mai. 2015.