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STELLARIUM, SOFTWARE EDUCATIVO COMO MEDIADOR NO ENSINO DE ASTRONOMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA PIBID INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS DA NATUREZA Christian Sossela - [email protected] Universidade Federal da Fronteira Sul UFFS Realeza - Paraná Vanessa Pagno - [email protected] Universidade Federal da Fronteira Sul UFFS Realeza - Paraná Marcos Leandro Ohse [email protected] Universidade Feral da Fronteira Sul UFFS Realeza Paraná Marlene Della Giustina [email protected] Colégio Estadual de Ensino Fundamental Dom Carlos Eduardo Realeza - Paraná Resumo: Desde os primórdios da humanidade, o que levou o homem a estudar a Astronomia, acredita-se, tenha sido sua curiosidade frente às constantes mudanças dos corpos celestes, que mantêm certa regularidade, com as mesmas posições relativas entre si, em seu movimento de leste para oeste, assim como a preocupação com a agricultura, principal fonte de subsistência. A partir destas observações da natureza tem surgimento a astronomia, considerada como a primeira ciência. Em termos de ensino, nos dias atuais, ela não deve estar focada apenas em determinações, informações numéricas e técnicas, mas deve ajudar os alunos na compreensão do universo. Neste sentido, a tecnologia aliada ao ensino de Astronomia pode, muitas vezes, acelerar o processo de aprendizado dos alunos do Ensino Fundamental, por isso, no presente trabalho, pretende-se relatar experiências vivenciadas durante aplicação de oficinas de astronomia, desenvolvidas no projeto Pibid Interdisciplinar em Ciências da Natureza. Nessas oficinas utilizaram-se metodologias diferenciadas como: experimentos, atividades lúdicas e o software educativo Stellarium, como mediador do ensino na compreensão do universo e dos conteúdos relacionados à Astronomia. Essas oficinas foram ministradas para 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental, no período contra turno, tendo como público-alvo, aproximadamente 60 alunos.

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STELLARIUM, SOFTWARE EDUCATIVO COMO MEDIADOR NO

ENSINO DE ASTRONOMIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA – PIBID

INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS DA NATUREZA

Christian Sossela - [email protected]

Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS

Realeza - Paraná

Vanessa Pagno - [email protected]

Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS

Realeza - Paraná

Marcos Leandro Ohse – [email protected]

Universidade Feral da Fronteira Sul – UFFS

Realeza – Paraná

Marlene Della Giustina – [email protected]

Colégio Estadual de Ensino Fundamental Dom Carlos Eduardo

Realeza - Paraná

Resumo: Desde os primórdios da humanidade, o que levou o homem a estudar a Astronomia,

acredita-se, tenha sido sua curiosidade frente às constantes mudanças dos corpos celestes,

que mantêm certa regularidade, com as mesmas posições relativas entre si, em seu

movimento de leste para oeste, assim como a preocupação com a agricultura, principal fonte

de subsistência. A partir destas observações da natureza tem surgimento a astronomia,

considerada como a primeira ciência. Em termos de ensino, nos dias atuais, ela não deve

estar focada apenas em determinações, informações numéricas e técnicas, mas deve ajudar

os alunos na compreensão do universo. Neste sentido, a tecnologia aliada ao ensino de

Astronomia pode, muitas vezes, acelerar o processo de aprendizado dos alunos do Ensino

Fundamental, por isso, no presente trabalho, pretende-se relatar experiências vivenciadas

durante aplicação de oficinas de astronomia, desenvolvidas no projeto Pibid Interdisciplinar

em Ciências da Natureza. Nessas oficinas utilizaram-se metodologias diferenciadas como:

experimentos, atividades lúdicas e o software educativo Stellarium, como mediador do ensino

na compreensão do universo e dos conteúdos relacionados à Astronomia. Essas oficinas

foram ministradas para 6º, 7º e 8º anos do Ensino Fundamental, no período contra turno,

tendo como público-alvo, aproximadamente 60 alunos.

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Palavras-chave: Ensino de astronomia, Stellarium, Relato de experiências.

1. INTRODUÇÃO:

A relação do homem com o céu existe desde os primórdios, mas dela não se tem muito

conhecimento. Acredita-se que a regularidade das mudanças climáticas e temporais, a posição

das estrelas entre si e os movimentos celestiais Leste-Oeste podem ter sido os fatores que

levaram o homem ao estudo dos movimentos celestes. Uma das evidencias que nos leva a

acreditar nisso é, também, o fato de que as antigas civilizações conhecidas e estudadas

realizavam um movimento de comparação dos movimentos celestes com muitos aspectos e

eventos de suas vidas, originando, assim, padrões de religião e de culturas, com base em

mitos e crenças, como a astrologia, presente na própria sociedade contemporânea (KANTOR,

2012). Além disso, desde a antiguidade vários povos utilizavam da astronomia (observavam o

sol e a lua) a fim de se orientarem sobre o inicio ou o fim do período chuvoso, de seca, do

inverno. Eles precisavam saber qual era o período do inverno, pois neste período não poderia

nascer nenhuma criança, pois elas não sobreviveriam ao frio. Desta forma, é evidente que o

estudo do céu surgiu a partir da necessidade do homem de se localizar no mundo, de encontrar

seu lugar no universo (KANTOR, 2012). Com relação a isto, Amaral (2008) afirma que a

"astronomia é considerada por muitos cientistas e filósofos o primeiro conhecimento humano

organizado de forma sistemática. Os primeiros passos do homem pré-histórico neste planeta

foram dados sempre com os olhos contemplando e buscando desvendar o céu" (p. 15).

No entanto, na atualidade, com o desenvolvimento tecnológico, e a vida urbana, o homem

foi afastado da contemplação direta do céu, mas também este mesmo propiciou diversas

descobertas e análises da estrutura e evolução do sistema solar, da galáxia e do universo, que

foram fundamentais e que “transformaram profundamente o entendimento da posição do ser

humano e do planeta terra no universo” (KANTOR, 2012, p. 12).

Entretanto, justamente devido ao avanço tecnológico e à comodidade que a sociedade

capitalista proporciona pouco se observa o sol ou as estrelas, como finalidade de orientação.

Já que, facilmente substituiu-se este tipo de orientação (movimento do sol e das estrelas) por

objetos mais modernos, como luzes artificiais, relógios e sistemas de localização, capazes de

obter a localização de qualquer pessoa na face da terra, usando sistemas tecnológicos de

satélites em órbita ao redor do planeta terra. Desta forma, com a ciência e a tecnologia

modernas, nossa vida se alterou de tal forma que pouco é mencionado à importância da

observação e orientação pelos corpos celestes, utilizada por diversos povos e diversas culturas

(KANTOR, 2012).

Com relação a isso, Kantor (2012) também afirma que o fator que move a humanidade é

a curiosidade, uma vez que possuímos a necessidade de compreender e responder às questões

mais complexas postas pelo universo, como, por exemplo, qual seria nosso lugar no universo?

e qual seria o lugar do universo em nós? A resposta para essas questões não é, e nem deve ser

fácil, pois segundo o autor, envolve aspectos filosóficos ou mesmo religiosos, já que envolve

outra questão ainda maior e muito mais complexa que seria a ideia de existência ou não de

uma razão do ser, do existir, ou seja, qual seria a razão da vida? É quando se chega

exatamente neste ponto que a astronomia entra em cena e busca por explicações, não apenas

como uma investigação científica, uma vez que está presente no desenvolvimento interior do

ser humano.

Assim, da mesma forma que os homens primitivos, o homem atual também busca uma

razão, uma explicação, para a existência do universo. Esta busca pela razão da existência do

universo e de tudo o que nele existe, segundo Kantor (2012) surge no homem desde cedo,

quando ainda criança e este passa a se perguntar e a perguntar a todos à sua volta, a fim de

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obter o resultado que o sacie desta curiosidade. Com relação a isso, já que é na criança que se

deve saciar essa vontade de buscar por conhecimento sobre o universo, sobre a existência,

percebe-se que é na escola, principalmente no ensino fundamental, nas aulas de ciências, que

se deve iniciar uma construção dessas ideias às crianças. No entanto, na educação básica o

conhecimento trabalhado com os alunos pouco contribui para que os alunos construam a

resposta para essas questões, pois

“(...) o ensino de astronomia tem se limitado

predominantemente a denominações, informações numéricas e

técnicas sobre dimensões, distâncias, composições e, mais

raramente, sobre como se investiga a evolução dos astros ou do

universo, o que confina a visão do céu a uma descrição técnica

nesta Ciência, como atividade de astrônomos ou cosmólogos,

coisa dos outros (...)” (KANTOR, 2012, p. 13).

Para que o ensino de astronomia seja mais significativo aos alunos, segundo Kantor

(2012), este deveria privilegiar a forte ligação da astronomia com as inquietações do homem

acerca de sua origem e situação no cosmo, assim, o ensino desta ciência deveria conter “(...)

aspectos históricos, de caráter simbólico e mitológico, essenciais à construção da nossa

cultura, situando posteriormente uma visão contemporânea de base científica” (p. 13). Com

isso, Kantor (2012) afirma que o ensino de astronomia se tornaria mais humanístico passando,

então, a privilegiar “(...) aspectos afetivos e simbólicos e não unicamente racionais” (p. 13).

Essa atitude seria desta forma, muito importante na formação geral do homem contemporâneo.

Assim, depois de tantos anos sem utilizar o céu como meio para se orientar, sem receber

essa ideia como cultura passada de geração para geração, e com toda a tecnologia oferecida

pelo avanço tecnológico, não era de se esperar que os alunos conseguissem sentir o quanto é

importante a contemplação do céu, das estrelas e dos corpos celestes, nem mesmo que

compreendam o que veem ao olhar para o céu. Por isso, vê-se necessário buscar maneiras de

mostrar aos alunos que a astronomia, embora uma ciência antiga, ainda traz grandes

descobertas e que ela ainda é capaz de cativar a curiosidade desses alunos. Desta forma, para

que isso seja possível, propomos utilizar as novas tecnologias existentes atualmente como

aliadas no ensino de astronomia.

Já que os recursos tecnológicos estão cada vez mais presentes em nossa vida,

influenciando tanto em nosso nível pessoal e profissional, podemos utilizá-los como recursos

didáticos, em sala de aula. Vê-se essa ideia como plausível, uma vez que, se aos adultos estas

tecnologias já influenciam, às crianças, esta influência é ainda maior, visto que os recursos

tecnológicos voltados para o entretenimento e a comunicação estão muito difundidos. Mesmo

em populações de classes de menor poder aquisitivo, é comum na escola os alunos usarem

celulares, e discutirem sobre internet e computadores em lan-houses, por exemplo. O

problema é que esses recursos tão atraentes para os alunos, não fazem parte da realidade da

maioria das escolas como instrumento de ensino. Segundo Clesbsch e Mors (2004, p.10):

O ensino, de um modo geral, não tem considerado esta

expansão dos recursos tecnológicos, que fazem parte da

realidade das pessoas. Nas escolas brasileiras, mesmo naquelas

que possuem recursos diversos, o ensino continua sendo

tecnicamente conservador. As aulas são previsíveis e pouco

atrativas. (PINTO, 2009, p. 15).

No entanto, é necessário observar o que podemos tirar de proveito dessas tecnologias

para cativar os alunos nas aulas, principalmente se o conteúdo já é de interesse deles, como a

astronomia, por exemplo. Além disso, segundo as Leis de Diretrizes e Bases de 1996, as

tecnologias aliadas às aulas de ciências, por exemplo, podem auxiliar principalmente em dois

aspectos: “preparar os alunos para melhor compreender o mundo através da ciência, e através

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da maior compreensão da ciência e tecnologia preparar o aluno para o mercado de trabalho”

(PINTO, 2009, p. 14).

Com base em tudo o que já foi apresentado, no presente artigo, pretende-se relatar

experiências vivenciadas durante o desenvolvimento do Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Interdisciplinar em Ciências da Natureza, no qual

foram lecionadas oficinas de astronomia para alunos do ensino fundamental, utilizando-se de

atividades diferenciadas e de recursos tecnológicos como o software educativo stellarium.

2. METODOLOGIA

Com a ideia de abordar o ensino de astronomia voltado para a utilização de novas

tecnologias, assim como com a utilização de atividades práticas e lúdicas, o presente artigo é

oriundo de atividades desenvolvidas no PIBID Interdisciplinar em Ciências da Natureza, por

meio de oficinas de astronomia, pelos bolsistas do projeto – acadêmicos da Universidade

Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Realeza, Paraná – com o intuito de auxiliar os

alunos na realização da prova da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). As oficinas

foram ministradas aos alunos no período contra turno de suas aulas e envolveu alunos de 6º ao

9º ano da Escola Estadual Dom Carlos Eduardo, escola pública de ensino fundamental da

cidade de Realeza. Esta parceria da escola com os projetos da universidade foi importante,

uma vez que a escola não possui muitos aparelhos para observação do céu, podendo assim,

serem utilizados instrumentos da universidade, como telescópios e lunetas, aprimorando o

trabalho realizado com os alunos da escola.

2.1 Planejamentos das atividades

A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), e a Mostra Brasileira de

Foguetes (MOBFOG) são organizadas anualmente pela Sociedade Astronômica Brasileira

(SAB), com a Agência Espacial Brasileira (AEB). A OBA é uma prova com questões

referentes a astronomia e astronáutica. Já a MOBFOG, trata do desenvolvimento de modelos

de foguetes, dividido em níveis conforme a idade.

Percebendo a importância desta olimpíada para os alunos da escola, aproveitaram-se as

provas das olimpíadas anteriores, assim como, as atividades práticas sugeridas pelo site do

evento (http://www.oba.org.br/site/index.php), com o auxílio do software educativo stellarium,

e ofertaram-se oficinas de Astronomia aos alunos interessados. A procura foi grande, sendo

que, aproximadamente 60 alunos do 6º ao 9º anos participaram das mesmas, subdivididos em

4 turmas de aproximadamente 15 alunos. Cada oficina teve duração de 5 aulas de 45 minutos

cada, desta forma, pode-se trabalhar vários conteúdos de formas diferenciadas, incentivando

os alunos a participar das atividades propostas.

2.1.1 Oficina sobre o assunto constelações

Na primeira oficina, aplicou-se um simulado com questões de astronomia, baseadas nas

provas anteriores da OBA. Nestas questões, foram abordados conceitos relacionados às

constelações, aos corpos celestes, planetas, satélites, asteroides, cometas, galáxias e

constelações (aspectos históricos, astrologia, etc.). Para que os alunos compreendessem

melhor os conteúdos trabalhados, foi utilizado o simulador stellarium como auxiliador na

análise e discussões das questões, assim como na visualização destes objetos, como, por

exemplo, observar quais planetas possuem anéis.

O stellarium é um software livre que demonstra o céu de qualquer local do planeta,

dependendo da cidade que se encontra a pessoa que está utilizando o mesmo. A imagem é em

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três dimensões. Na versão 0.9.1, pode-se visualizar um catálogo padrão com mais de 600 mil

estrelas, com ilustrações de constelações e imagens de nebulosas, por exemplo. O download

do programa está disponível no site: <http://sourceforge.net/projects/stellarium/> em que há

versões para os sistemas operacionais Linux, OS/X e Windows.

Os trabalhos referentes às fases lunares, como ocorrem os eclipses lunares, por exemplo,

foram demonstradas aos alunos com a utilização do simulador stellarium, observando o

eclipse lunar total que ocorreu no dia 15 de abril de 2014, como podemos observar na Figura

1, abaixo.

Figura 1- Eclipse lunar observado no stellarium.

Pra trabalhar com o conteúdo “lua”, também foi confeccionado um simulador das fases

lunares, com materiais de baixo custo e alternativo para demonstrar o conceito das fases da

lua iluminada pelos raios solares. Para realizar esta simulação, foram utilizados materiais

como: uma bola de isopor para representar a lua; uma caixa de papelão com um orifício

grande para inserir uma lanterna que simulava os raios do sol, e outros quatro orifícios

pequeno, em cada lateral da caixa; um clipe, um prendedor de roupa e fita adesiva para

prender a bolinha de isopor ao fundo da caixa. O simulador das fases lunares pode ser

observado na Figura 2, abaixo:

Figura 2- Simulador das fases lunares.

Como atividade complementar a estas questões trabalhadas, confeccionou-se o jogo de

trilha da astronomia, com perguntas e respostas, dúvidas e curiosidades referentes à

astronomia, como se pode observar na Figura 3.

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Figura 3- Jogo trilha da astronomia

Esta trilha foi confeccionada posteriormente às aulas, pelos bolsistas do PIBID

Interdisciplinar em Ciências da Natureza. Para iniciar a brincadeira, precisávamos de quatro

jogadores. Depois de decidido quem iniciaria o jogo, o primeiro aluno jogava dois dados. Um

dos dados indicava em qual das casas ele deveria entrar (A, B, C ou D) e, o outro dado,

indicava quantas casas ele deveria avançar (1, 2, 3, 4, 5 ou 6). Quando o aluno parava em uma

casa com a sílaba S, ele deveria pegar um cartãozinho (na caixa de sorte ou azar)

aleatoriamente, o qual indicava alguma curiosidade da Astronomia, referente aos conteúdos

trabalhados em sala, e que poderia ser de sorte ou de azar, assim, ele poderia indicar ao aluno

para avançar ou retornar algumas casas. Caso o aluno parasse numa casa com um ponto de

interrogação, ele deveria responder a uma questão referente à astronomia, sobre o conteúdo já

aprendido em aula. Se o aluno acertasse a resposta, permanecia na mesma casa, caso errasse,

retornava ao início do jogo. Como última regra, caso o aluno parasse nas demais casas, que

indicavam planetas, estrelas e constelações, o jogo seguia normalmente, no entanto, caso o

aluno parrasse na casa que indicava ser um buraco negro, o mesmo deveria retornar ao início

do jogo.

2.1.2 Oficina sobre sistema solar

Na segunda oficina de astronomia, foram abordados conceitos relacionados ao universo e

ao sistema solar. Para isso, abordou-se os conteúdos com auxílio de apresentação em

powerpoint do software Stellarium, com o qual pode-se observar os planetas do sistema solar,

ao mesmo tempo em que os alunos eram questionados sobre características dos mesmos. Para

melhor fixação dos conteúdos, foi proposta aos alunos a confecção de uma maquete das

órbitas do sistema solar. Para a confecção da maquete, os alunos utilizaram bambolês, fitas de

papel crepom, fita adesiva e barbantes, Figura 4.

Figura 4 - Maquete órbitas dos planetas

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Outra atividade proposta foi a confecção de uma bússola caseira, com o intuito de

demonstrar aos alunos como uma bússola funciona. No entanto, em um primeiro momento,

não se ensinou os alunos como eles deveriam montar a bússola, nem mesmo foi mencionado

que a intenção da atividade era a confecção de uma bússola. Apenas foram entregues alguns

materiais aos alunos como: uma agulha; um prato; água; um pedaço de papel; e um ímã. Com

esses materiais, os alunos foram orientados que deveriam fazer com que a agulha flutuasse na

água. Depois de várias tentativas, alguns alunos acabaram por conseguir fazer a agulha flutuar

e ensinaram aos demais como conseguiram. Eles explicaram aos demais colegas que

precisavam atritar a agulha no ímã, jogar um pedaço bem pequeno de papel sobre a água

(colocada no prato) e soltar a agulha com cuidado. No entanto, não sabiam explicar o porquê

disso acontecer, nem porque a agulha se movimentava apontando sempre para uma mesma

direção. Com base nesta dúvida dos alunos, iniciou-se a explicação referente aos fenômenos

envolvidos na atividade. Explicou-se, então, aos alunos, o que é uma bússola, como ela

funciona e porque a agulha flutua ao ser atritada com o ímã. Com a ajuda de uma bússola

indicou-se aos alunos que a agulha apontava sempre para o norte e que isso acontecia devido

aos polos magnéticos da terra (como a agulha era colocada de qualquer maneira dentro do

prato, nem sempre era a ponta da agulha quem apontava para o norte, mas a parte em que

passa a linha). A confecção das bússolas caseiras e comparação com a bússola podem ser

observadas na Figura 5.

Figura 5 - Bússola caseira

A atividade de confecção de cartas do sistema solar também foi proposta aos alunos,

durante a realização desta oficina. O jogo consistia em perguntas e respostas referentes aos

conteúdos já trabalhados nesta oficina e na anterior. As cartas consistiam em imagens do

sistema solar, já impressas, as quais indicavam planetas, galáxias, estrelas, dentre outros

astros. Para jogar, cada aluno, quando estivesse em sua vez de jogar, retiraria da caixa de

perguntas, uma questão e responderia, caso soubesse (quando os alunos não sabiam a resposta

era realizada uma discussão referente ao assunto, para reforçar o que foi trabalhado). Caso

algum dos jogadores tivesse a carta que indicava a resposta daquela questão, deveria jogá-la

na mesa, ou seja, descartá-la. Quando algum jogador não tivesse a carta que indicava a

resolução da questão, este deveria, em vez de jogar uma carta, pegar outra. O jogo terminava

quando um dos alunos ficasse sem nenhuma carta na mão.

Ainda nesta oficina, para revisar os conteúdos trabalhados, sobre as características dos

planetas do sistema solar, utilizou-se o jogo online (encontrado no seguinte endereço:

<http://www.mdig.com.br/?itemid=27467>) para calcular o peso dos alunos nos diferentes

planetas do sistema solar, nas quatro luas de Júpiter e em algumas estrelas da galáxia.

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2.1.3 Oficina sobre observação dos astros

Na terceira oficina, de observação dos astros no céu noturno, foram usados dois

telescópios cedidos pelo Astrônomo Real Clube de Astronomia e Astronáutica Amadora

(ARCAA), aliada ao programa stellarium, programa para celular. Esta atividade teve como

objetivos, demonstrar aos alunos, na prática, conteúdos que eles aprenderam teoricamente

durante as demais oficinas trabalhadas, como os planetas e as constelações. As observações

foram conduzidas pelos bolsistas do projeto PIBID Interdisciplinar em Ciências da Natureza,

junto aos membros do ARCAA. As observações foram realizadas de uma forma dinâmica, em

que os observadores (alunos, pais, professores e comunidade) eram incentivados a participar

de discussões referentes ao que observavam no céu.

A observação foi realizada no período noturno, por isso, nem todos os alunos puderam

participar, uma vez que muitos residem no interior, não havendo transporte neste horário. No

entanto, houve um público consideravelmente bom. Esta observação encantou os alunos,

como se pode observar na Figura 6, abaixo:

Figura 6 - Observação dos astros

2.1.4 Oficina sobre confecção de foguetes

Na quarta oficina, foram confeccionados e lançados foguetes de compressão de ar, com o

intuito de trabalhar conceitos referentes ao lançamento de foguetes, como centro de massa,

centro de pressão dos foguetes, confecção de foguetes e lançamento. Cada foguete foi

confeccionado com duas garrafas pet, e lançado com uma base de lançamento confeccionada

com canos de PVC, fita veda rosca, fixadores, barbante e bomba para fazer a compressão do

ar na garrafa pet, dando ao foguete a pressão necessária para ser lançado. No momento da

confecção destes foguetes, os alunos optaram por enfeitá-los com materiais como E.V.A,

papel crepom, cartolinas, cola quente, fitas coloridas, dentre outros, dando a eles também,

nomes característicos dos foguetes estudados em aula.

Durante o lançamento dos foguetes, cada aluno ajudou a lançar seu foguete e foram

medidas as distâncias atingidas por foguete com a finalidade de inscrever os alunos na

MOBFOG, para que os alunos pudessem participar desta seleção e receber certificados pelo

trabalho realizado. Os objetivos da oficina foram alcançados, já que os alunos se mostraram

bastante participativos e entusiasmados por aprender sobre foguetes e, principalmente, por

poder lançá-los. A alegria dos alunos em poder lançar os foguetes pode ser expressa na Figura

7:

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Figura 7 - Lançamento de foguetes

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na primeira oficina, os alunos se mostraram interessados em participar das aulas, em

compreender os conteúdos de astronomia, pois pensavam que com isso poderiam tirar uma

nota boa na prova da OBA. No decorrer das oficinas, foram sendo trabalhados conceitos de

formas dinâmicas e diferenciadas que fizeram com que estes alunos compreendessem que eles

não precisavam aprender sobre astronomia apenas para fazer a prova, mas para compreender

fenômenos ligados ao seu dia a dia como, por exemplo, como ocorre a rotação da terra,

porque observamos os eclipses lunares, porque a lua muda de fase, etc.

Com o simulado que foi proposto aos alunos e, posteriormente, com as discussões

realizadas referentes às questões anteriores das provas da OBA, utilizando software educativo

stellarium, os alunos puderam compreender melhor os conteúdos e conceitos sobre o sistema

solar, galáxias, asteroides e fenômenos ligados à astronomia.

Em uma oficina posterior, com a confecção do simulador das fases lunares, pode-se

trabalhar de forma mais dinâmica o conteúdo proposto, fases lunares, uma vez que foi uma

atividade rápida e fácil de montar, permitindo, assim, que os alunos participassem da

confecção da mesma, o que os auxiliou na compreensão da atividade. Neste simulador, no

momento em que a luz da lanterna é incidida na bolinha de isopor, simulando os raios solares,

os alunos puderam observar pelos quatro orifícios pequenos, na lateral da caixa, sempre uma

parte da bolinha iluminada. Essa parte da bolinha era sempre iluminada em frações de sua

superfície diferentes, de acordo com o ângulo observado, simulando, assim, as quatro fases

lunares: crescente, minguante, cheia e nova. Compreende-se que esta atividade ainda auxiliou

os alunos no conteúdo referente à rotação e da terra e da lua, uma vez que para observar as

diferentes fases lunares, os alunos precisavam girar a caixa (simulador das fases lunares)

podendo assimilar isso aos diferentes pontos que a terra se encontra durante sua rotação. Já,

com a atividade de jogo da trilha, os alunos puderam revisar os conteúdos trabalhados de uma

forma mais divertida e movimentada, uma vez que os alunos caminhavam em cima do jogo

que era espalhado no chão. Percebeu-se que esta foi uma das atividades em que os alunos

mais se empolgaram, já que era algo divertido e como revisão dos conteúdos vistos em sala,

por isso, acharam o conteúdo das questões do jogo, fácil e divertido.

Na segunda oficina, com a confecção da maquete das órbitas do sistema solar os alunos

puderam fixar melhor ideias como a localização dos planetas no sistema solar e no universo.

Já que precisavam compreender a ordem dos planetas no sistema solar, assim como as

distâncias de cada órbita, uma em relação à outra e em relação ao planeta terra. Já com a

confecção da bússola caseira, os alunos foram instigados a buscar uma maneira de fazer a

agulha flutuar na água. Como, num primeiro momento, não tiveram êxito, eles passaram a se

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intrigar com essa ideia, não compreendiam como uma agulha poderia flutuar na água.

Somente depois que alguns alunos conseguiram atritar a agulha com o ímã e fazê-la flutuar na

água e ensinaram aos demais colegas, foi aí que eles passaram a se perguntar o porquê disso.

A partir desta dúvida dos alunos, podem-se trabalhar melhor os conceitos sobre o que são

bússolas, como elas funcionam, por que apontam para o norte e o que são os pontos cardeais e

para quê servem. Ainda nesta oficina, como revisão das características de cada planeta, o

cálculo do peso dos alunos em cada planeta os deixou intrigados, discutindo, uns com os

outros, porque havia tanta diferença no peso de um planeta para outro, de uma estrela para

outra, ou de um planeta para uma estrela.

Já durante a observação do céu noturno, os alunos se mostraram entusiasmados e curiosos

em rastrear o céu. Muitos deles nunca haviam visualizado os planetas com o auxílio dos

telescópios. Como foi o depoimento de um aluno do 6º ano que, logo após observar a lua

disse: “nossa, eu não sabia que aquelas manchas na lua eram crateras”. Neste momento, o

aluno deixou um momento propício para retomarmos as características da lua e iniciarmos

uma discussão referente ao que já havia sido visto em sala de aula, durante as oficinas. Ainda

com o auxílio do stellarium, pode-se observar a localização das constelações naquele dia e

naquele horário e, assim, melhorar a visualização das mesmas, o que fez com que os alunos se

sentissem mais entusiasmados, apontando alegremente e nomeando cada estrela que

visualizavam.

Na quarta oficina, lançamento de foguetes, os alunos se mostraram ainda mais

participativos que nas demais oficinas, demonstrando o interesse e curiosidade que possuíam

sobre o assunto. Cada aluno buscou confeccionar o seu foguete e lançá-lo discutindo sobre a

velocidade alcançada dos mesmos, relacionando a distancia atingida com o centro de massa,

isto é, com o peso que o foguete possuía, na parte dianteira que interferia na distância atingida.

Durante a confecção e lançamento dos foguetes, houve a confecção de fotos e vídeos que

foram editados e postados no seguinte endereço: <https://www.youtube.com/watch?v=H-

XIbBD45_o>.

Além do vídeo sobre os foguetes, o material produzido em todas as oficinas foi publicado

no blog do projeto PIBID Interdisciplinar em Ciências da Natureza, que se encontra no

seguinte endereço: <http://pibidciencias-uffsrza.blogspot.com.br/>.

Como resultado mais significativo destas oficinas, percebeu-se que os alunos tiveram

bom desempenho nas provas da OBA, sendo que, entre os 10 melhores alunos da escola, nove

participaram desta oficina, sendo que apenas um não participava destas oficinas, pois fazia

parte de outro grupo de estudos para a OBA. Além disso, o desempenho de todos os alunos

que participaram das oficinas aumentou significativamente, sendo que o aluno melhor

colocado, que participou das oficinas aqui relatadas, obteve pontuação de 9,25.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que aos poucos a tecnologia vem ganhando espaço nas escolas, uma vez que

estão bem difundidas na sociedade, no entanto, ela ainda é vista como uma vilã, e, por isso,

pouco abordada. Como as novas tecnologias aguçam a curiosidade dos alunos percebe-se o

quanto elas são importantes, e a necessidade de trazê-las para a sala de aula com um objetivo

pedagógico. Esses recursos tecnológicos aliados a conteúdos que já são de interesse dos

alunos, instiga mais ainda essa curiosidade já impregnada nas crianças e os auxilia na busca

pelo conhecimento. Como a astronomia é uma ciência que deixa as crianças instigadas,

curiosas por entender cada conceito, cada fenômeno, percebe-se que, com o uso de recursos

tecnológicos e didáticos pode-se aguçar essa busca pelo conhecimento, por essa cultura que é

estudar o céu e compreender os fenômenos à nossa volta.

Desta forma, com o trabalho realizado nas oficinas acima relatadas, nota-se ainda mais a

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importância de trabalhar com novas metodologias no ensino fundamental, já que, ao serem

abordados temas ligados à astronomia, as aulas se tornaram mais dinâmicas, divertidas e

inovadoras. Isso, pois, durante as oficinas procurou-se mesclar entre o convencional, o lúdico

e tecnologias, e percebeu-se a facilidade de ensinar os alunos, de fazê-los compreender os

conteúdos e conceitos desta ciência, usando tecnologia educativa e de fácil acesso a eles.

Vários alunos que realizaram as oficinas não tinham nenhum conhecimento prévio sobre

o assunto, no entanto, ao participarem destas oficinas, além de compreenderem os conceitos e

fenômenos ligados a esta ciência, eles puderam também observar o céu, mesmo com as aulas

sendo durante o dia, assimilando mais facilmente os conteúdos. Assim sendo, entende-se que

trabalhar, em sala, com recursos tecnológicos e jogos lúdicos despertam o interesse do aluno

sobre o assunto e aguça sua criatividade tornando a aula mais agradável, menos cansativa e

mais produtiva.

5. REFERÊNCIAS:

ANDRADE, Marcelo Leandro de Feitosa. MASSABNI, Vânia Galindo. O desenvolvimento

de atividades práticas na escola: um desafio para os professores de ciências. Ciênc. educ.

(Bauru) [online]. 2011, vol.17, n.4, pp. 835-854. ISSN 1516-7313. Disponível

em: htp://wtww.scielo.br/pdf/ciedu/v17n4/a05v17n4.Acesso em: 30/04/2014.

AQUINO, Kelly Silva. WENDER, A. Silva. LAMOUNIER, Edgard A. RIBEIRO, Marcos W.

CARDOSO, Alexandre. FORTE, Nadabe. Uma ferramenta para o auxilio ao ensino da

astronomia para alunos do ensino fundamental utilizando a Realidade Virtual como

tecnologia de apoio. FREITAS, J. B. Movimento dos astros orienta cultivo da terra. Disponível em:

<http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/regional/movimento-dos-astros-

orienta-cultivo-da-terra-1.641355> Acesso em: 02/08/2014.

PINTO, Leandro Trindade. O uso dos jogos didáticos no ensino de ciências no primeiro

segmento do Ensino Fundamental da rede Municipal Pública de Duque de Caxias. Rio

de Janeiro, 2009.

KANTOR, Carlos Aparecido. Educação em Astronomia sob uma perspectiva

humanístico-científica: a compreensão do céu como espelho da evolução cultural. São

Paulo. 2012. Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-

12062012-150132/pt-br.php. Acesso em: 30/04/2014.

LANGHI, Rodolfo e NARDI, Roberto. Ensino da astronomia no Brasil: educação formal,

informal, não formal e divulgação científica. Rev. Bras. Ensino Fís. [online]. 2009, vol.31,

n.4, pp. 4402-4412. ISSN 1806-1117. http://dx.doi.org/10.1590/S1806-11172009000400014.

SCARINCI, Anne Louise e PACCA, Jesuína Lopes de Almeida. Um curso de astronomia e

as pré-concepções dos alunos. Rev. Bras. Ensino Fís. [online]. 2006, vol.28, n.1, pp. 89-99.

ISSN 1806-1117. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-47442006000100012.

STELLARIUM, EDUCATIONAL SOFTWARE AS A MEDIATOR IN THE

TEACHING OF ASTRONOMY: EXPERIENCE REPORT - PIBID

INTERDISCIPLINARY SCIENCE OF NATURE

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Abstract: Since the dawn of humanity, which prompted the man to study astronomy, believed

to have been his curiosity facing the constant changes of the heavenly bodies, which maintain

some regularity, with the same relative positions to each other as it moves east west, as well as

concern for agriculture, the main source of livelihood. From these observations of nature must

rise to astronomy, regarded as the first science. In terms of education, nowadays, it should not

be focused only on determinations, numerical and technical information, but should help

students in understanding the universe. In this sense, combined with the teaching of

Astronomy technology can often speed up the process of elementary school students learning,

so in this work, we intend to report experiences during application workshops in astronomy,

developed in the project Pibid interdisciplinary Natural Sciences. In these workshops we used

different methodologies as experiments, fun activities and educational software Stellarium, as

mediator of education in understanding the universe and content related to astronomy. These

workshops were held for 6th, 7th and 8th grades of elementary school, in the period against

shift, having as target audience, approximately 60 students.

Key-words: Teaching of astronomy, Stellarium, Reporting experiences.