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ANO I, DE 2013, 1ª EDIÇÃO, PUBLICAÇÃO BIMESTRAL EXPERIMENTANDO LITERATURA E ARTE... ENTREVISTA: ANA MARIA MARUGGI CURIOSIDADE: VIGÍLIA PELA PAZ! FATO HISTÓRICO: VISITA A WASHINGTON e muito mais...

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REVISTA CULTURAL COM LITERATURA E ARTE

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ANO I, DE 2013, 1ª EDIÇÃO, PUBLICAÇÃO BIMESTRAL

EXPERIMENTANDO LITERATURA E ARTE...

ENTREVISTA: ANA MARIA MARUGGI CURIOSIDADE: VIGÍLIA PELA PAZ! FATO HISTÓRICO: VISITA A WASHINGTON e muito mais...

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Jornalista responsável e Editora Chefe: Dinah Ribeiro de Amorim [email protected] www.dinah-amorim1943.webs.com Jornalista Revisor: Luiz Fernando Sanchez Coelho [email protected] Assistência Jurídica: Dra Denise Miranda de Barros [email protected] Diagramação e Digitação: Martha Sciulli [email protected] Fotos: Dinah Ribeiro de Amorim

Com entusiasmo, colocamos no ar o nº1 da revista EXPER, experimentando literatura e arte. Como diz o nome, é uma tentativa, um experimento, uma vontade de comunicar o que vimos e ouvimos de bom em matéria de literatura e arte. Através de viagens feitas, visitas a exposições, fotos tiradas, pessoas conhecidas e entrevistadas, opiniões colhidas sobre temas atuais, esperamos passar curiosidades, momentos inte-ressantes, conhecimento, alegrias e paz, principalmente paz. Gostaríamos de manter contato com nossos leitores para opi-niões, acréscimos, comentários e sugestões. Para isso, coloca-mos nosso email, blog ou site à disposição. Boa leitura, abraço amigo, Dinah Ribeiro de Amorim

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4–Panorama Cultural: A Maior Biblioteca do Mundo

5-Aconteceu: Estação Catavento

6-Curiosidades: Vigíla pela Paz

7-Momento Literário: São Paulo 459 anos

8-Entrevista: Ana Maria Maruggi (escritora) 9-Tema Atual: Para onde vai nossa literatura?

10-Fato Histórico:Um sonho que vira realidade!

12-Viver com Arte:1º salão de outono da América Latina.

13-Opiniões:Os caminhos da arte escrita Caio Porfírio Carneiro ( escritor )

14-Poesia:A mão do Criador! Dinah Ribeiro de Amorim (autora)

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Publicação Bimestral

BIBLIOTECA DO CONGRESSO (LIBRARY OF CONGRESS) Em Washington D.C., não confundir com estado de Washington, mas cidade capital dos Estados Unidos, distrito federal de Columbia, fica a biblioteca do congresso nacional, a mais antiga instituição cultural ame-ricana. Formada por três belíssimos edifícios, de arquitetura lembrando período Greco-romano, com pintu-ras e esculturas dos variados artistas de nossas épocas dentro da História da Arte mundial, possui mais de 144 milhões de itens, incluindo materiais disponíveis em 470 idiomas. É considerada a maior biblioteca do mundo em espaço e número de livros. Foi inaugurada em 24 de abril de 1800, quando John Adams transfe-riu a capital do governo federal de Filadélfia para a cidade de Washington. Inicialmente, com apenas três mil volumes, funcionou no Capitólio até agosto de 1814, quando então foi destruída. Em janeiro de 1815, o congresso comprou os livros do ex-presidente Thomas Jefferson que possuía extensa biblioteca e alegava que todos os seus livros eram necessários ao congresso americano. Todos os assuntos interessavam à legis-lação dos Estados Unidos. ( cerca de 6.487 livros foram comprados). Em dezembro de 1851, novamente a biblioteca foi destruída, queimando-se 35 mil livros, um retrato original de Cristóvão Colombo, retratos dos cinco primeiros presidentes e estátuas de George Washington, Thomas Jefferson e do marquês de Lafa-yette. Possuía em 2009, mais de 32 milhões de livros catalogados, mais de 63 milhões de manuscritos, 3 milhões de gravações de áudio, mais de 5 milhões de mapas, 16 milhões de microformas e a maior coleção de livros raros da América do Norte, incluindo uma das quatro cópias restantes da Bíblia de Gutenberg em papel ve-lino. É aberta ao público em geral para pesquisas acadêmicas e turistas também podem visitá-la. Somente porta-dores do “cartão de identificação do leitor” podem entrar nas salas de leitura e ter acesso à coleção. ( dispo-nível no edifício Madison a maiores de 16 anos, com apresentação de identidade emitida pelo governo: pas-saportes, carteiras de motoristas, etc...). Existe um corredor particular no seu subsolo, para passagem de membros do congresso e outros oficiais do governo para consulta de seus livros e somente eles podem exa-miná-los minuciosamente. ( referências: http://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca­_do_Congresso ) ou www.loc.gov(http://www.loc.gov/) Visitem a bela cidade de Washington, quando puderem e conheçam essa notável instituição! * Papel velino: pele de vitela preparada para escrever. Qualidade de papel branco semelhante a pergami-nho.

PANORAMA CULTURAL

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Publicação Bimestral ACONTECEU

HOSPITAL INFANTIL DARCI VARGAS CENTRO DE VOLUNTARIADO: AMARELINHAS

No dia 26 de outubro, levamos as crianças do grupo de osteomia e familiares, a um passeio à estação Cata-vento, próxima ao mercado municipal de São Paulo, como comemoração do dia das crianças. Muito inte-ressante, atraiu a atenção de todos, que puderam participar de várias experiências com bolhas de sabão, ele-tro magnetismo, ilusões de ótica, além de variados conhecimentos sobre astronomia, o que foi guerra fria, composições atmosféricas, condições da Lua, Sol, visões de estrelas, meteoros caídos na Terra, experiên-cias com a força da gravidade, os seres vivos e seus habitats, etc...Enriquecedor e muito interessante tam-bém para nós, professores na maioria, acredito que essa manhã nos acrescentou maior cultura e conheci-mento, além de diversão. A estação Catavento, organização social de cultura, é uma iniciativa da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo. Funciona no antigo Palácio das Indústrias, inaugurado em 1924, como local de exposições para produtos agrícolas e industriais. Projetado pelo arquiteto Domiziano Rossi, do grupo de Ramos de Azevedo, possui arquitetura eclética: Greco-romana, detalhes egípcios, renascentistas, conforme vontade de seu projetista. Foi a época em que São Paulo entrou na produção industrial. De 1947 a 1968, foi sede da Assembléia Legislativa. De 1969 a 1991 abrigou diversas repartições públicas como tiragem de documentos, poupa-tempo, passaportes, etc... De 1992 a 2004, passou a ser sede da Prefeitura de São Pau-lo. Tombado pelo Patrimônio Histórico, volta a ser um centro de exposições, sua função original, estação CATAVENTO, agora para a educação e cultura. Suas instalações estão divididas em quatro grandes seções de modo encadeado:UNIVERSO: do espaço sideral à Terra; VIDA: do primeiro ser vivo até o homem; ENGENHO: as criações do homem; SOCIEDADE: questões polêmicas da convivência humana. Foram executadas por renomados especialistas, cenógrafos e instituições educacionais. Apresentam, de maneira simples e interessante, os mais variados temas dessas quatro áreas do saber. VISITAÇÃO: de terça a domingo, das 9 às 17h. Entrada até às 16h. Senhas deverão ser tiradas no hall de entrada. OUTRAS INFORMAÇÕES: www.cataventocultural.org.br ou pelo fone: 3315-0051.

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VIGÍLIA PELA PAZ! Há 14 anos, Concepción Martin Picciotto, de 50 anos, vive 24 horas por dia, em vigília pacifista anti-nuclear, em frente à Casa Branca. Washington, Estados Unidos. Desde este tempo, ela passa o dia pregan-do a paz entre os países. Concepción conta que durante os 14 anos de sua vigília, ela já esteve na calçada que beira a Casa Branca e depois foi impedida, passando a ficar do outro lado, na praça localizada à Av. Pennsylvania. Sobrevive de ajuda de particulares e de donativos que recebe quando vende algum material que ela mesma pinta sobre a paz. Reconhece ser uma campanha muito sofrida porém ela disse que gosta muito de ficar lá 24h. por dia, e não importa o sacrifício. Irá continuar até quando Deus quiser. Os turistas e curiosos que frequentemente passam para conhecer a Casa Branca recebem uma palavra de otimismo em favor da paz, proferida por Concepción. Ela acha que se todos fizessem a sua parte haveria menor dor e sofrimento no mundo. Os grupos religiosos, direitos humanos, outras organizações e povo em geral devem sempre se preocuparem com a paz no mundo indistintamente e proibirem as experiências nu-cleares que são os perigos da humanidade, conclui a pacifista. ( De: White House, Anti Nuclear Peace Vigil, 24h a Day, since 1981, Maintain – By Two Individuals C. Picciotto & W. Thomas, P.O.. Box 4931, Washington, D.C. 20008.) http://prop1.org/conchita/

CURIOSIDADES

QUE CADA UM IMITE A PROPOSTA DE CONCEPCIÓN, FAZENDO A SUA PARTE PELO BEM DA HUMANIDADE!

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FELICIDADE SÃO PAULO! 459 ANOS Dinah Ribeiro de Amorim Cidade à qual já fiz grande crônica, premiada, contando sobre seu crescimento, evolução, problemas, situação do momento e possíveis soluções. Com dados estatísticos, mais parecia um ensaio do que uma crônica. Lendo-a agora, treze anos depois, percebo que retomaria o que escrevi, acentuando mais todos os itens. É uma pena! Seus problemas não diminuíram! Aumentaram... Violência, poluição, trânsito, excesso de população, problemas de moradia, acidentes, desemprego e por aí vai, sem falar na saúde, que é o principal. Prefiro lembrar de suas coisas boas, de sua origem e fundação, das pessoas ilustres que por aqui passaram e fizeram algo de bom acontecer. Já chega de tanta crítica, de tanto mal. Nada como passear em São Paulo nos dias de feriado ou de férias, quando se torna mais sossegada. É uma cidade bonita, pode-se perceber. Seu crescimento também nos trouxe vários ambientes culturais bons como inúmeros teatros, shows, exibições musicais, lança-mentos de livros interessantes, ótimas livrarias, editoras, cronistas, poetas, escritores valorosos, lembrando também seus músi-cos, pintores, bailarinos, atores e atrizes dignos de figurar nas grandes metrópoles internacionais, As últimas exposições de quadros e fotos que tivemos, foram magníficas.Nossos vários lançamentos artísticos, esportivos, tele-visivos, cinematográficos, com algumas exceções por se excederem na sensualidade desnecessária, são de grande talento e criati-vidade. Quando saímos pela manhã e reparamos na correria de seu povo, ativo, trabalhador, lotando os meios de transportes, não pode-mos deixar de admirar a força dessa cidade batalhadora, que mal dorme, e o que a faz funcionar, apesar de tudo. Deixando problemas de lado, que são muitos, podemos afirmar no dia de hoje: “Parabéns, São Paulo!”, minha cidade. Desejamos que suas dificuldades se resolvam, que a vida de seus habitantes modifique para melhor, que homens de caráter e boa vontade consigam atingir seus intentos, que as bases construídas no passado por homens de fé e sonhos como José de Anchieta, Manoel da Nóbrega e Manoel de Paiva através do início do colégio “São Paulo de Piratininga”, o nosso atual “Pátio do Colégio”, repercutam ainda hoje, no presente. FIM! São Paulo,25 de Janeiro de 2013

MOMENTO LITERÁRIO

“SÃO PAULO TEM O ESPÍRITO DE LUTA E CONQUISTA DO ANTIGO BANDEIRANTE”. (Antonio Ermírio de Moraes).

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ENTREVISTA COM A ESCRITORA ANA MARIA MARUGGI Em 24/11/2012, a escritora e mediadora da oficina de literatura I.C.A.L. concordou em nos conceder interessante entrevista. Como começou a escrever? Incentivada por um professor de português de cursinho que já dizia eu ter um caminho traçado com a literatura. Havia feito algumas poesias e contos, os quais sempre me fascinaram. Quando e como começou a publicá-los? Meu primeiro conto publicado foi Cenas do Cotidiano, fora do Brasil, para uma revista norte americana Floridan, que circula na Flórida. Com a Internet no Brasil, montei diversos b l o g s d e t e x t o s : C a n t i n h o d a p r o s a , [email protected] além de página no site Recanto das letras, onde publiquei 109 textos e tive 6.100 leituras. Também realizei dezenas de publicações virtuais em vários sites de cultura, participando de grupos literários virtu-ais, com saraus e cursos que me fascinavam. Publiquei poesias nas antologias da U.B.E. Mosaico e mergulho em versos, em 2008 e 2009. Sou associada de nº 4000 na U.B.E. Fui diretora cultural da Sociedade Esportiva Palmeiras por 10 anos, até 2007, realizando eventos culturais e montando a primeira ofici-na de textos sob monitoramento da jornalista Cirley Ribeiro, da TV Cultura, promovendo o 1º concurso literário da entidade, com mais de 1800 textos recebidos do mundo todo, o que foi muito gratificante. O que é oficina de textos? São encontros de grupos que treinam a escrita pelo pra-zer da criação literária. É um projeto de incentivo à escrita onde os participantes produzem contos ou poesias, guiados por um tema sugerido por um oficineiro (monitor). Acredito muito nesse processo de incentivo porque aflora a capacidade criativa que muitos desconhecem ter. Como as oficinas de textos começaram a fazer parte de sua vida? Em 2008 montei Oficina Escrever, na livraria Nobel da rua Cardoso de Almeida, São Paulo, com a Profª de lingüística Beatriz Onofre. Essa oficina me fez acreditar mais no envolvi-mento das pessoas com o treino literário. Mais tarde, passei a integrar a AJEB – Associação de jornalistas e escritoras do Brasil, participando ativamente de suas reuniões, colaborando com o jornal Literata e monitorando nossa primeira oficina de textos na Casa das Rosas, em São Paulo. Em junho de 2009, tornei-me idealizadora e sócio-fundadora do Instituto Cultural Artístico e Literário do Brasil, ao lado da presidente Dinah Choichit, monitorando a Oficina de textos e idéias, que era realizada no Patronato Italiano, em São Paulo, funcionando atualmente na Assembléia legislativa de São Paulo, como ativi-dade gratuita. Nesta oficina já foram criados mais de 800 con-tos em sala de aula e outros 800 como lição de casa. Maneira deliciosa de compartilhar idéias e literatura. Em 2013 começa-rei uma nova Oficina de textos às terças-feiras, no clube Alto dos Pinheiros, de forma não gratuita. Prefere ser mediadora de oficinas ou escritora? Gosto de ambas. Talvez não consiga me desvencilhar de

ser mediadora pois estou estudando sempre e praticando novi-dades literárias. Atualmente a Internet tem facilitado o caminho da literatu-ra? Você acha que o livro virtual veio ajudar ou prejudicar a leitura e a escrita? O livro virtual é mais uma forma de propagar a literatu-ra. Nenhuma propaganda de livro deve prejudicá-lo, nem à sua leitura. Vejo a Internet como mais um processo de incentivo à literatura pela facilidade de acesso aos canais literários e redes sociais. Os livros, o jornal, a revista, os blogs, os sites, são faci-litadores da leitura. Quais seus momentos de maior criatividade? Gosto de estar sozinha, sem ruído. Escrevo no computa-dor pela facilidade de correção. Antes escrevia à noite, quando a casa dormia. Atualmente, prefiro o final da tarde, quando o sol espreguiça no horizonte. É hora especial para mim Ainda possui algum sonho literário não realizado? Estou começando e tenho muito a seguir e melhorar. Sempre tenho a aprender. Sigo Cora Coralina:”Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” Tenho dois romances em andamento, lentamente, para publicá-los um dia. Um deles conta a saga de uma família que mora em tradicional fazenda do interior de São Paulo e o di-nheiro modifica o relacionamento entre eles. Já o outro é uma espécie de flashback onde a personagem revive em pensamen-tos as duras cenas da infância durante a guerra. O que acha do momento literário em que nos encontramos em comparação aos antigos e ilustres escritores que tivemos no passado? As escolas literárias traçaram o caminho de muitos es-critores e os fizeram conhecidos pela grandeza do que produzi-am. Hoje em dia, não é diferente. Há bons escritores nas livrari-as e muitos premiados a cada ano. Atualmente, as histórias são apresentadas em vários formatos, o estilo da escrita é mais sol-to, as palavras mais liberais, as intrigas dos personagens mais atuais, virtuais ou não. Os tempos mudaram mas a literatura continua sendo um bom prato a ser degustado. Qual seria sua mensagem aos novos escritores, os que estão começando a se interessar pela literatura? Que eles acreditem no próprio potencial. Que insistam, treinem, leiam muito, participem de toda manifestação ou in-centivo literário. Escrevam e publiquem seus textos. Nunca desistam de pesquisar, ler, aprender, pois só assim a criativida-de se renova. Revista EXPER, (experimentando cultura), agradece a valiosa participação da Professora, Escritora, Mediadora Ana Maria Maruggi, que tanto tem feito pela literatura em nosso país.

ENTREVISTA BIMESTRAL

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Publicação Bimestral TEMA ATUAL

PARA ONDE VAI NOSSA LITERATURA? Que acontece com a literatura jovem nos dias de hoje ou que caminhos está tomando! Mudou a época, a forma literária ou mudei eu. Quando percebo filmes amedrontadores, exibicionistas, com excesso de ficção ou exagero da realidade, filas quilométricas para vê-los, muita gente gostando, achando-os mágicos, misteriosos, fico pensando: qual o verdadeiro motivo do conteúdo das histórias de hoje e do excesso da tecnologia. Preparação para alguma era futura ou simplesmente comercialização. Maior faturamento!Trazem mensagem oculta, verda-de escondida, analisada pelos cinéfilos e literatos ou simplesmente transmitem uma idéia, um conteúdo fic-cionista, atraente, causando impacto e exploração de emoções! Converso com jovens, possuo netos adolescentes, converso com adultos jovens, pais, que acompanham seus filhos, e pergunto opiniões.Geralmente são as mesmas dos filhos. Acham interessantes e muitos, até comoventes. Interessam tanto ao nosso público infanto- juvenil que até repetem-nos várias vezes como o mágico e bru-xinho Harry Potter, que teve sete sequências ( que não me ataquem pelas minhas palavras), “ O crepúscu-lo”, que para mim também foi o máximo da bruxaria quando trata de amores entre dráculas, como se fosse real, mudando a concepção de sentimentos entre jovens, pessoas humanas. Também teve sete sequências, de tanto que agradou. Curiosa, como no meu tempo o máximo em maldade e bruxaria estava em “ Branca de Neve”, “Cinderela”, “Bela Adormecida”, procurei me aprofundar no assunto e saber melhor sobre esses filmes ouvindo opini-ões. Temos liberdade de expressão e sentimentos, principalmente no mundo atual e gostaria de saber o que está havendo realmente com nossa literatura, no momento. Espero que sigam comigo e respeitem opiniões co-lhidas!( Dinah) OPINIÕES Conversando com crianças até 12 anos, a maioria achou esses filmes meio bobos, infantis, chatos no come-ço mas curiosos para verem o final. Não se impressionaram muito com a parte mística ou mágica dos con-teúdos. A não ser certos filmes com aparecimentos de espíritos malignos que impressionam e dão medo ao verem sozinhas. Com coleguinhas, acham divertidos. Jovens adolescentes dos 14 aos 16 anos acham o filme de Harry Potter, por exemplo, uma maravilha por que revela cenas importantes sobre a vida em forma de metáforas. O bem prevalece sobre o mal, apesar de ele ser um bruxo. Demonstra a amizade e os laços afetivos entre os seres humanos embora não haja famí-lia.Como também a maldade que infelizmente aparece em qualquer filme. Segundo eles, esses tipos de fil-mes sempre existiram o que mudou foi a tecnologia e a comercialização. Conversando com mães de adolescentes ou filhos pequenos sobre a série “ O crepúsculo” encontrei opini-ões diversificadas. Muitas acharam emocionante, comovente, o máximo do amor que toda mulher desejaria encontrar. Tornar-se amor imortal e infinito a ponto de perder até a própria alma.O filme revela a paixão e o amor incondicional, apesar de tudo. Segundo a opinião de uma jovem universitária, esses filmes de ficção permitem que viajemos para mundos diferentes do nosso. No caso do “Crepúsculo” , por exemplo, permite sonhar com amores impossíveis. Particularmente, gostou mais do primeiro achando os outros muito violen-tos.Quanto aos filmes de Harry Potter, percebeu que a amizade pode superar as mais difíceis situações da vida.Já sua mãe, gostou muito do filme “Avatar” pela mensagem que transmite:”respeito à natureza, per-cepção do bem e amor ao próximo”.Apesar de não gostar de filmes de ficção, aconselha todos a assisti-lo!

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UM SONHO QUE VIRA REALIDADE! Dinah Ribeiro de Amorim Comentário sobre o livro: “ A CIDADE DAS ÁGUAS AZUIS” de Mirian Tozzi, 1ª edição em 1987. BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL GERMANO GELMINI – ÁGUAS DE LINDÓIA. Após freqüentar Águas de Lindóia há uns quatro anos, utilizando seu balneário, restaurantes, parques e lojas comerciais, sem-pre às pressas, aproveitando finais de semana ou feriados, decidi, desta vez, por motivos de saúde, prolongar minha estadia e, como faço em São Paulo, sair à procura do que a cidade oferece em matéria de cultura. Gosto de escrever e ler, faço algumas crônicas e reportagens sobre lugares, quando viajo. Descobri que temos em Águas um jornal semanal, aos sábados, “Tribuna das Águas”, com algumas crônicas interessantes e notícias sobre acontecimentos em Monte Sião e aqui. Já iniciei alguma coisa neste sentido pois o valor terapêutico de suas águas, como agem no organismo e as várias modalidades de tratamento, já havia escrito antes em um informativo que faço em São Pau-lo. Soube no Umuarama, Secretaria da Cultura, da existência de uma biblioteca municipal, junto ao ginásio de esportes, local bem próximo de onde resido. Surpresa, dirigi-me para lá, interessada e curiosa. Parece que já existe há uns trinta anos, os cinco últi-mos nesse lugar. Possui vários livros, didáticos ou não, resultado de doações. Lugar amplo e organizado. Procurei conhecer algu-mas histórias da região, fundação, origem, descobridores. Emprestaram-me um livro pequeno, de título original, “A CIDADE DAS ÁGUAS AZUIS”, de Mirian Tozzi, neta do fundador de Águas de Lindóia, Dr. Francisco Antonio Tozzi. Médico, italiano, laureado na Itália, formado em Milão, chega ao Brasil em 1900, clinicando primeiramente na cidade de Socorro e apaixonando-se por esta região montanhosa e suas águas quentes, trans-forma-a com fé em Deus e auxílio de vários amigos, no que é hoje: cidade curativa, famosa pelas suas águas medicinais, sendo considerada o melhor balneário do mundo em propriedades aquáticas. Com 1ª edição em 1987, Mirian Tozzi relata o início de um povoado habitado por índios, chamado Rindoya pois não existe a letra l no alfabeto tupi, significando “água insípida e quente ao paladar”, segundo o historiador Joaquim da Silva Melo. Após vários anos estacionado, o povoado passou a atrair a atenção de pessoas de fora pela cura de doenças, principalmente de pele, quando se banhavam em suas águas. Era o lugar chamado das Águas Quentes ou das Thermas, a poucos km. da Lindóia atual. A seguir, com grande carinho e sensibilidade dedicados à família à qual pertenceu, a autora nos narra a luta inicial do Dr. Tozzi para transformar Lindóia em um centro terapêutico, criando locais adequados para suas Thermas: compra da região, construções da clínica, pousadas para hospedagens dos doentes, o balneário, a 1ª escola, consultório, farmácia, gabinete dentário, desbravan-do estradas entre montanhas, lutando contra a natureza e aproveitando o que ela oferecia de bom, sol forte, ar muito limpo e se-co, lugar bonito e favorável à calma e tranqüilidade dos seus doentes. Houve o surgimento de diversas fontes como a de São Roque e, a construção da 1ª capela dedicada à Nossa Senhora das Gra-ças, com imagem importada da Itália. Delicada construção com pintura em afrescos, passando por várias modificações mas exis-tente até hoje. Sua comemoração é em 2 de julho, sendo considerada padroeira da cidade. Sobre ela a autora conta casos engra-çados como a vinda de dois pintores alemães, ajudados por Murilo Antunes, então muito jovem, o pintor local, que era o encarre-gado de buscar ovos e leite para a massa dos afrescos que seriam pintados: uma mistura da clara dos ovos com o leite. Utiliza-vam mais os ovos para comer ou colocar na aguardente do que na pintura mesmo. Surgiram construções dos primeiros hotéis como Hotel Glória, o primeiro Correio, a residência do Dr. Tozzi, uma espécie de chácara, com pomar cheio de frutas, ficando famosos os figos de Lindoya. Dr. Tozzi era um apaixonado também por alimenta-ção natural, principalmente frutas. Serviço de telefonia, telégrafo, a vinda da luz elétrica e a construção de uma grande piscina com capacidade para 700.000l, com suas águas azuis, tornando-se a mais bela do Brasil. A cidade que surgia recebeu visitantes famosos como madame Curie, Washington Luís, então governador de São Paulo, o fa-moso médico Dr. Celestino Bourroul, várias pessoas ilustres do ramo da política e medicina, principalmente após 25 de fevereiro de 1934, quando Dr. Tozzi inaugura um novo emanatório, mais moderno, aproveitando fortes emanações radioativas das mi-nas mais abundantes que seriam aspiradas pelos enfermos.

FATO HISTÓRICO

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Publicação Bimestral

As águas das fontes foram consideradas de mais alto teor radioativo do mundo. Mário de Andrade, em visita a Lindoya, escreve bonito artigo “Bom Dia Lindoya!” A seguir, a autora narra que o médico Dr. Vicente Rizzo, genro do Dr. Tozzi, que muito o ajudava, edita o folheto: “Os Manda-mentos do Aquático”. O que ele precisa saber para alcançar sua cura sobre higiene, alimentação, sono, exercícios, etc... Relata também, em outro livro, vários casos de cura encontradas por doentes, nas águas de Lindoya. Lembramos também com o livro o músico Zequinha de Abreu e sua valsa “Tardes em Lindóia”, dedicada à Srta. Diva Pulino, sobrinha predileta de Philomena Pulino Tozzi, esposa de Dr.. Francisco Tozzi. Surge mais tarde a sociedade com o conde Matarazzo para engarrafamento das águas. Dr. Francisco Antonio Tozzi, já então comendador e fundador de uma das estâncias hidro-climáticas melhores do mundo, fale-ce em 13 de novembro de 1937, sendo transferido do Rio de Janeiro aonde estava para a igreja Nossa Senhora das Graças e en-terrado em Serra Negra. Falece em um dos momentos mais importantes de Lindoya mas outro lutador como ele surge: seu genro Vicente Rizzo. Vem a liberdade político-administrativa, a emancipação de Águas de Lindoya, que era simples distrito de Serra Negra. Foi assinada pelo Dr. Ademar Pereira de Barros, que dá nome ao Jardim do Lago, na praça principal. Surgem hotéis famosos como o grande hotel Boucault, hoje hotel Mantovani. Araci Boucault, esposa de Raimundo Tortelli, consegue a construção do hospital geral Dr. Francisco Tozzi. De uma pequena pensão surge o grande hotel do Lago. O hotel Tamoio é contruido por Dr. Pedro Fachini. Novos hotéis foram aparecendo e contribuíram para o embelezamento da pequena cidade, sendo hoje um grande local hoteleiro do estado de São Paulo. O nome Águas de Lindóia surge em 1953 e em 1963 fez ponto no cenário político da cidade Sebastião Bernardino Filho, mari-do da autora. Foi eleito para a Câmara Municipal como vereador por quatro vezes e revelou-se firme e devotado colaborador para o ciclo áureo da estância. Recebeu título de cidadania por grandes serviços prestados. A seguir podemos ler os dados gerais do município, sua topografia, clima, águas e seu valor radioativo, as fontes existentes e para que servem, os nomes ilustres da cidade que contribuíram para seu engrandecimento e construções de hotéis famosos. Termina a autora contando que a cidade continua sendo uma das maiores estâncias do Brasil, com várias atrações turísticas além das águas, um grande paraíso terrestre, alicerçado pelo saudoso e imortal Dr. Francisco Tozzi. A seguir, alguns compêndios médicos escritos pelo fundador. Na verdade, Mirian Tozzi ao escrever este pequeno mas importante livro, de uma forma fácil de ler, nostálgica, bastante ilustra-do com fotos antigas dos lugares e pessoas principais, atinge seus objetivos: homenagem ao fundador, seus colaboradores, incen-tivo com suas lutas e dificuldades aos vindouros e mostrar um trabalho que honra as tradições de sua terra e de sua família. Que realmente os vindouros possam deixar essa boa lembrança e merecimento a uma cidade que tão bravamente começou. Parabéns a Mirian Tozzi por essa obra e edição do livro. Uma simples leitora! FIM! Lindóia, 31/01/2013.

FATO HISTÓRICO

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Publicação Bimestral VIVER COM ARTE

REVISTA EXPER: VIVER COM ARTE! 27/05/2013.

Estivemos presentes ao 1º Salão de Outono da América Latina, em 22 de maio último, Galeria L’Oeil da Aliança Francesa, São Paulo, o que nos causou admiração, alegria e respeito pela forma e conteúdo dos tra-balhos apresentados, sensibilidade e emoção diante das cores e do que conseguimos captar dos desenhos, fotos, pinturas e esculturas mostrados, liberdade e ausência de preconceitos e críticas na exposição da arte de cada um. O Salão de Outono de Paris foi criado há mais de cem anos, como necessidade dos artistas da época, nos-sos primeiros impressionistas, excluídos de exporem suas obras nos salões oficiais da época, quando preva-lecia o Academicismo e os novos pintores chamados de “loucos”, de terem um local para exporem suas obras e as novas idéias. Admiramos a organização do evento pela importância dos trabalhos apresentados, divulgação de seus auto-res, tanto nacionais como estrangeiros, escolhidas 140 obras dedicadas quase todas ao Brasil, entre 400 ar-tistas plásticos apresentados. Sob a realização do Instituto Victor Brecheret e Salon D’Automne Brasil, patrocínio de M D Papéis, apoio da PROAC (programa de Ação Cultural do estado de São Paulo), governo do estado de São Paulo, embai-xada da França no Brasil, Salon D’Autmne de Paris, Aliança Francesa de São Paulo, L’Oeil, embaixada do Uruguai no Brasil, ASGV (advogados), AUTVIS (Associação Brasileira dos Direitos dos Autores Visuais), Câmara do Comércio França-Brasil, D’Alt Mare Química, Alô Artistas.com (O ingresso do Sucesso) e Ar-te sobre Arte, produção cultural, pudemos apreciar brasileiros como: Aldo Repetto, com “Amor no Tietê”, interessante óleo sobre tela que serviu como capa da amostra, Ana Mora com “Arborescente”, foto delica-da de uma fisionomia a cores, Andrea Nunes e sua concepção de “Sagrado”, Bianca Trevizan com “Dreams”, bonita técnica mista, Eliana Minillo, homenageada pela exposição e pelo seu trabalho em “O excesso torna o desejo insaciável”, Bia Black e sua técnica mista sobre tela, Chico Santos e sua criação “Invasão, América Latina”, com borracha de silicone, Cleusa Rosseto e sua maravilhosa computação gráfi-ca impressa, Elcio Miazaki e seu notável “Teatro de Sombras”, Iria Galdano e a delicadeza das cores de “A natureza e a Interferência Humana I, Leo(Nardo)Pereira com “O Sol e a Chuva de cada um de nós” técnica mista sobre tecido, Marcos Oliva com sua calcografia em metal, impressa sob papel: “Hermes”, Rose Pe-russi e seu “Quinto Elemento”, uma técnica mista, Sônia Valério com “A Camponesa”, técnica mista sobre madeira, a “Alegria” transmitida pela obra de Vanda Ramirez, salientando também os internacionais co-mo:” Nahla”, foto de Zeinab Nour, do Cairo, Uri Negvi, da Argentina com “Io voglio essistere”, Roque Villamil, do Uruguai, com Baca/ Vaca Del Sur”, técnica mista sobre madeira, Regard Croisés, França, com “Liberté”, Marwa Marouf, da Arábia Saudita, com “Drawing e Print”, pintura sobre jornal, Mariana Olaso Jung, Uruguai, com “Em La musica verde de La tarde”, Maria Nasrallah, do Líbano, com “Love and Vigor”, uma técnica mista, Margó, França, com Madone, Jorge Faruelo, do Uruguai, com “God save the pin”, Hesham Taha, Egito, com “Spinsterhood and Well”, computação gráfica sobre tela, Elisabeth Maille, Mônaco, com “Grimace”, Danielle Le Bricquir, França, com alegre “La fuite du Roi Gradlon, Chiavazza, França, com bela escultura “Lassitude”, Bozena Pilat, Polonia, com foto sobre tela, “Sem Título”, enfim, tantos outros que seria impossível denominar aqui todos. O importante foi o entrosamento artístico e cultural dos vários países pela primeira vez dentro do nosso, enaltecendo a cultura e civilização da América latina através da iniciativa de pessoas interessadas em elevar também nosso país, trazendo o salão de Outono de Paris, célebre por suas exposições, pela primeira vez ao Brasil. Se der tempo, ainda vale conferir!(Dinah Ribeiro de Amorim)

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Publicação Bimestral OPINIÕES

OS CAMINHOS DA ARTE ESCRITA

A arte escrita praticamente acompanha a história da humanidade. Desde as belezas rupestres, plenamente visuais, já surgiam também traços vívidos à procura da escrita, para a comunicação oral. E nessa caminha-da vieram os alfabetos, a arte escrita vindo a relevo, ... Há toda uma rica história didática da escrita ao cor-rer dos séculos. A arte escrita surge, renova-se sucessivamente, acompanhando a civilização humana. As tendências artísticas se multiplicam através das escolas literárias e chegam, nos dias de hoje, a uma “explosão” na arte de escrever, que abriu novas cortinas, veredas várias, na prosa e na poesia, juntamente com a velocidade das comunicações, num universo uno e, ao mesmo tempo, em verdadeira expansão cós-mica. As notícias e acontecimentos cruzam o mundo em segundos. Então a arte escrita morrerá? Claro que não. Ela é o embasamento e sustentáculo das emoções humanas através dos tempos. A prosa de ficção, por exemplo, seja romance, novela ou conto, e a poesia, por seu tur-no, continuam fugindo das fórmulas passadas e adquirindo fulgurações novas. O que importa, hoje, é que a arte de escrever seja de fato arte, que nasce do como dizer artístico. Tome-se o conto como exemplo. Descobriu-se ele em microconto e miniconto. Todos válidos. Se o mundo é veloz, a arte escrita belamente se torna também veloz. Basta que aquele que se dedique a escrever seja, de fato, es-critor ou poeta. Saiba ser simples sem ser fácil, saiba valorizar as palavras, dando-lhes dimensão maior e mais arrebatadora do que o próprio significado delas. Na arte escrita, é sabido, perde-se conto por uma fra-se mal colocada e, a poesia, por uma palavra, pela mesma razão. Eis porque a literatura juvenil e infantil alcançam muitos contornos. Não ficou mais no didatismo escolar, expandiu-se também. Uniu a escrita ao visual, aproximou ambos de várias vertentes informativas. As crian-ças, com isto, palpitam e tomam enorme interesse em entrarem nos caminhos da escrita. Alcançou, nos dias de hoje, a literatura infanto-juvenil, lampejos mágicos e realistas surpreendentes. Porque a arte escrita não morrerá. Nasceu com o homem e desaparecerá com ele, deixando um rastro lumi-noso além dele.

Caio Porfírio Carneiro – escritor. São Paulo,04/07/2013.

Escritor brasileiro com mais de trinta livros publicados: contos, romances, poesias, ensaios, infanto-juvenís. Ganhador de inúmeros prêmios como : o Jabuti em “O Ca-sarão”. Cinco décadas dedicadas à arte de escrever!

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A MÃO DO CRIADOR!

Dinah Ribeiro de Amorim Vejo flores amarelas, lindas, numerosas Abrindo-se ao sol, radiosas, Sorrindo também para mim! Vejo flores amarelas, olhando pela minha janela, Roubadas das calçadas e, por mim plantadas Com dó de serem pisoteadas. Logo cedo com suas máquinas Passam pessoas atarefadas Arrancando, sem piedade, suas raízes brotadas. Não percebem, quem não as ama, que embelezam as ruas Espalhando suas sementes, Não as deixando tão nuas. Vejo flores amarelas, olhando pela minha janela De dia, abertas, tão belas! Tímidas, à noite se escondem Olham-se entre elas. Não sei quando volto... Se ficam, se vão, não sei... Só sei que esse momento No coração guardarei. Vejo flores amarelas, olhando pela minha janela Eu mesma as plantei Que mato lindo encontrei! FIM! (Lindóia, 30/01/2013) 22,30h.