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revista de iniciação à arte para adolescentes.

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etcEXPEDIENTE # 1 // ANO 01 // JUNHO’12

DIREÇÃO:Viviane Luise

COMERCIAL:Julio [email protected]

EDIÇÃO:Viviane [email protected]

DIREÇÃO DE ARTE:Viviane Luise [email protected] [email protected]

DIREÇÃO DE ARTE:Rafael [email protected]

EDITORIAL | Vida longa ao rei e uva passa.

Junho deve ser o mês do início do ano para nós da etc, ano 1, edição 1, queremos compartilhar dessa alegria com você leitor a associar e vivenciar a arte durante o dia-a-dia.Matérias relacionadas a arte de um jeito simples com links para serem explorados além da revista.

Enjoy! Essa revista está cheia de histórias fotos, coloridas divertidas e emocionantes,.Apenas leia.

ARTE DE CAPA_ FOLLOW US!

Os Gemeos_

/etcmag

COLABORADORES

1. Barbara Vanzo_ fotógrafa de crianças a

parque de diversões e nas horas vagas, publici-

tária

2. Caroline Ritzmman_ fotógrafa e designer

fotografou a matéria das flores porque é louca

por elas, as pinóquios de preferência.

3. Thyago Stein_ publicitário e rato de internet.

4. Guga Azevedo_ jornalista e discitecário

escreve o blog Subtropicália e produções pela

Lumem FM.

5. Samira Macedo_ designer, escritora e um dos

editores da Não Editora.

6. Bárbara Letícia_ viajante da história.

7. Daniel Sanes_ jornalista por formação.,

lunático por opção e roqueiro por nascimento.

8. Gustavo Corrêa_ jornalista e estudante de

direito, tem gosto musical crescente e duvidoso.

9. Neto Rodrigues_ morador de Minas há incon-

testáveis um ano, quase foi um engenheiro, hoje

ronda a publicidade e torce pela volta do Oasis.

10. Alex Correa_ carioca, mas gosta mesmo é de

São Pauloe acredita na genealidade do Kasabian

até o fim.

11. Leonardo Bomfim_ jornalista e diretor de

cinema.

12. Gustavo Lacerda_ jornalista que enfim vai se

formar, com pé na literatura e outro no ar.

13. Gaía Passarelli_ jornalista que inventa moda.

14. Viviane Luise_ designer por formação,

ilustradora por aptidão, cozinheira por diversão e

fotógrafa por paixão.

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FUCKING AMAZING

revistaetc.com JOIN!etc#o1

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Ler, reler é colecionar.Você é desses?

// comicsETC

KEEPCALM

ANDREAD

COMICS

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A s primeiras manifestações das Histórias em Quadrinhos são no começo do século XX, na busca de

novos meios de comunicação e expressão gráfica e visual. Com o avanço da impren-sa, da tecnologia e dos novos meios de im-pressão possibilitaram o desenvolvimento desse meio de comunicação de massa.

Entre os precursores estão o suíço Ru-dolph Töpffer, o alemão Wilhelm Bush, o francês Georges (“Christophe”) Colomb, e o brasileiro Angelo Agostini. Alguns con-sideram como a primeira história em quad-rinhos a criação de Richard Fenton Outcalt, The Yellow Kid em 1896. Outcalt essencial-mente sintetizou o que tinha sido feito an-tes dele e introduziu um novo elemento: o balão. Este é o local onde se põe as falas das personagens.

Os primeiros quadrinhos

Comics é uma expressão de origem in-glesa que pode ser traduzida como “cómi-cos” e que designa as bandas desenhadas (histórias em quadrinhos) produzidas nos Estados Unidos da América.

Isto explica-se pelo facto de que, origi-nalmente, naquele país os “comics” traziam apenas comédia nos seus enredos. Entre-tanto, hoje em dia eles tratam de géneros variados como acção e romance. A palavra é usada nos Estados Unidos para descrever qualquer história em quadradinhos, mas

em países lusófonos é mais usada quando se refere a histórias norte-americanas e seu es-tilo característico de desenho. Comics ger-almente são coloridos e ricos em detalhes.

Entre as editoras mais conhecidas estão a Marvel Comics e a DC Comics.

Uma das formas de publicação dos com-ics são os comic book (conhecidos no Brasil como “gibis” ou “revistas de histórias em quadrinhos”), geralmente pequenas revistas que desde 1975 tiveram seu formato padro-nizado no tamanho 17 x 26 cm (chamados no Brasil de “formato americano” pois as di-mensões das revistas mais populares nesse país eram menores, devido a isso chamadas de “formatinho”). No passado as revistas tinham dimensões maiores. Um comic book equivale a meio tablóide.

Os “comic book” ou revistas em quad-rinhos começaram a circular por volta de 1934, com os Estados Unidos liderando as publicações. Outros paises em que es-sas revistas alcançaram grande número de leitores foram o Reino Unido (durante o período entre-guerras e até os anos de 1970) e o Japão (onde são conhecidos popular-mente como mangás).

No Brasil, os quadrinhos americanos obtiveram grande aceitação durante déca-das, angariando grande número de leitores e influenciando os artistas do gênero no país.

Ver artigo principal: História em quad-rinhos no Brasil

As vendas das revistas em quadrinhos começaram a declinar nos Estados Unidos após o término da II Guerra Mundial, so-Ler, reler é colecionar.

Você é desses?

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frendo a competição da televisão e a mas-sificação da literatura popular.[4]. Nos anos de 1960s, o público dos “comic books” se ex-pandiu com a adesão dos universitários que estavam interessados no naturalismo repre-sentado pelos “super-heróis no mundo real”, onda lançada por Stan Lee da Marvel Com-ics. Outro fenômeno popular dessa década foi os quadrinhos underground.

A Era Moderna

O desenvolvimento de um novo sistema de distribuição nos anos de 1970 e as livrarias especializadas e frequentada por colecionadores co-incidiu com o aparecimento de revis-tas com histórias especiais. Os quad-rinhos em continuidade tiveram um aumento de complexidade, exigindo que os leitores gastassem em mais revistas para chegarem ao final da história. O preço das revistas subiu bastante, havendo inclusive falta de papel nos Estados Unidos.

Em meados dos anos de 1980, duas minisséries publicadas pela DC Comics, Batman: The Dark Knight Returns e Watchmen, causaram um profundo impacto na industria de quadrinhos americana. A populari-dade e as atenções da mídia principal que angariaram, combinadas com as mudanças sociais, provocaram uma alteração de temas que se tornaram

mais maduros e obscuros. A cres-cente popularidade dos anti-heróis como Justiceiro e Wolverine foram de encontro ao que se produzia de forma idependente, como os quad-rinhos niilistas e obscuros da First Comics, Dark Horse Comics (fun-dadas nos anos de 1990) e Image Comics. A DC seguiu a onda com a publicação de “A Death in the Fam-ily”, a história em que o Coringa as-sassina brutalmente Robin. A Marvel conseguiu se manter com os vários títulos dos X-Men, com histórias que abordavam genocídio dos mutantes e alegorias sobre religião e perseguição étnica.

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Nos anos de 2000, a onda já tinha se exaurido e apesar da Marvel e DC ainda lançarem as histórias especiais, as revistas deixaram de ser consumi-das em massa como nas décadas pas-sadas.

Apesar das publicações terem de-caído, o licenciamento dos persona-gens para novos mercados como os dos jogos eletrônicos e os filmes de cinema perpetuaram a imagem dos mesmos no público em geral. Contin-uaram as histórias especiais promovi-das como grandes eventos, como a do casamento do Homem-Aranha (com

Mary Jane), a morte do Superman e a morte do Capitão América, com am-pla cobertura da imprensa.

Reconhecimento de artistas

Algumas histórias em quadrin-hos foram reconhecidas e os autores ganharam cobiçados prêmios. Art Spiegelman que escreveu Maus ven-ceu o Prêmio Pulitzer e as revistas de Neil Gaiman, The Sandman venceu o World Fantasy Award como “Melhor Conto”. Apesar de não ser uma revis-ta em quadrinhos propriamente dita, a revista de Michael Chabon com te-mas sobre quadrinhos chamada The Amazing Adventures of Kavalier & Clay venceu em 2001 o Prêmio Pu-litzer de ficção.

O interesse popular pelos super-heróis aumentou com os sucessos de bilheteria do cinema com filmes como X-Men (2000) e Homem-Ara-nha (2002). As adaptações de quad-rinhos de não-super-heróis como Ghost World, A History of Violence, Road to Perdition e American Splen-dor, também foram produzidas. o

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Sou de um tempo em que a maio-ria das crianças vivia desplugada de grandes aparatos tecnológi-

cos. As brincadeiras eram na rua, as fo-tos eram analógicas (e sempre era bom tirar mais de uma na mesma pose: “vai que queima o filme”), as festinhas eram animadas ao som do disco de vinil e para ficar sabendo as novidades sobre a sua banda favorita era preciso ficar atento aos jornais e revistas.

Vocês devem estar pensando que sou um senhor de barba e cabelo brancos. Que nada nasci em 1988 e esta infância pré-histórica vivi no início dos anos 1990.

PELOS 20 (CLIQUES) MINUTOS DE FAMA por_ thyago stein

// internetETC

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Estas lembranças não devem parecer de um velho careta querendo voltar no tempo. Vamos em frente com coisas im-portantes.As coisas começam a mudar quando a in-ternet ficou popular. Quem usou uma in-ternet discada não esquece o barulhinho que fazia até estar conectado. A partir daí as coisas passam a ter outra velocidade, a tecnologia avança muito rápido e todos os dias temos novidades.No começo da internet os usuários eram apenas consumidores de conteúdo, assim como faziam com a televisão, rádio, jor-nais e revistas. Mas a tecnologia avançou e a web entra em uma nova fase, conhe-cida como web 2.0, em que os usuários consomem, mas também podem criar con-teúdos e compartilhar na rede. Compartil-har, criar, rede contatos isto não parece familiar?

1997. Esse é o ano onde tudo começa: nascia o Sixdegrees, que é considerado por muitos a primeira rede social online da história e chegou a ter 1 milhão de usuários. O Sixdegrees funcionava como um Facebook básico, as pessoas adicio-navam umas às outras e poderiam trocar mensagens. Infelizmente faliu três anos após ser fundado, por falta de interesse dos usuários do site, que sentiam falta de recursos e do que fazer dentro da plata-forma. Nos anos 2000, uma avalanche de redes sociais começam a aparecer, com o surgimento dos blogs, fotologs, do Friend-ster, entre outras. Em 2003, o MySpace foi fundado, esta rede social dominou a inter-net – principalmente nos USA – até Mark Zuckerberg fundar o Facebook, em 2006. Porém o conceito de redes sociais é algo um pouco mais antigo. As primeiras refer-ências de redes sociais são de 1954, quan-

do J. A. Barnes lançou um artigo chamado “Class and Committees in a Norwegian Is-land Parish” em que ele abordava alguns conceitos de grupos sociais (tribos, famíli-as) e algumas categorias sociais (grupo ét-nico, gênero, cultura).

E é ai que eu queria chegar. A tecnolo-gia não muda a organização das pessoas ou o modo como a criatividade surge. O que muda é que as coisas estão mais fáceis, as ferramentas estão acessíveis para muitos, a produção e a disponibilidade de conteú-dos são gigantes.

Como separar os profissionais dos ama-dores? A resposta está nos dedos de cada um, quanto mais compartilhamos, curti-mos, divulgamos, maior é o sucesso. Não gostou? Fecha a janela e parte para outra!Para a nossa alegria podemos criar e divul-gar, vai que alguém gosta, da sua música, da sua foto, do seu texto ou do seu filme?

Vamos lá, coloque sua cabeça para funcionar e quem sabe você não ganha seus 20 mil cliques de fama! o

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DICA SOCIAL - VALE PARA TODAS AS REDES!

Saia dos clichês da web, mostre novidades para os seus seguidores:

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// CAPAETC

osgemeos

A história dos grafiteiros

brasucas mais famosos do

mundo

por_ Ana Carolina Ralston

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Destas duas mentes transbordam todas as cores e sabores da imaginação. Lá tudo é possível e qualquer sonho se tor-na realidade. A inspiração para tantos

desenhos e fábulas mágicas vem da forma com que a dupla Gustavo e Otávio Pandolfo, conhe-cidos como OSGEMEOS, arefletem em seu inte-rior a realidade e a fantasia que lhes rodeiam. Cada pequeno detalhe, porque são através de-les que suas obras assumem esta forma já tão reconhecível, são componentes importantes na criação do mundo fantástico, cheio de histórias cotidianas em forma de poesia. O mundo encan-tado em que vivem todos os seus personagens e que funciona como a janela da alma única dos irmãos gêmeos é repleto de uma mistura har-moniosa entre realismo e ficção. Suas histórias dançam entre dois importantes pilares. O ol-har sonhador que possibilita a materialização de um mundo cheio de fantasias e suas críticas incisivas sobre as dificuldades enfrentadas por tantos cidadãos espalhados pelo mundo,vitimas de um modelo socioeconômico que se encontra em grande transformação. Dessa união nascem obras que invocam um universo lírico e criações que mesclam ambas projeções, como se os próp-rios personagens mágicos criticassem com olhos inocentes toda a discrepância que existe nesta sociedade.

Foi quando ainda viviam no mundo da fanta-sia ingênua e infantil, que tudo começou. Desde pequenos a maneira de brincar e construir os cenários onde seus personagens habitavam era minuciosa.

Destas duas mentes transbordam todas as cores e sabores da imaginação. Lá tudo é possível e qualquer sonho se tor-na realidade. A inspiração para tantos

desenhos e fábulas mágicas vem da forma com que a dupla Gustavo e Otávio Pandolfo, conhe-cidos como OSGEMEOS, arefletem em seu inte-rior a realidade e a fantasia que lhes rodeiam. Cada pequeno detalhe, porque são através de-les que suas obras assumem esta forma já tão reconhecível, são componentes importantes na criação do mundo fantástico, cheio de histórias cotidianas em forma de poesia. O mundo encan-tado em que vivem todos os seus personagens e que funciona como a janela da alma única dos irmãos gêmeos é repleto de uma mistura har-moniosa entre realismo e ficção. Suas histórias dançam entre dois importantes pilares. O ol-har sonhador que possibilita a materialização de um mundo cheio de fantasias e suas críticas incisivas sobre as dificuldades enfrentadas por tantos cidadãos espalhados pelo mundo,vitimas de um modelo socioeconômico que se encontra em grande transformação. Dessa união nascem obras que invocam um universo lírico e criações que mesclam ambas projeções, como se os próp-rios personagens mágicos criticassem com olhos inocentes toda a discrepância que existe nesta sociedade.

Foi quando ainda viviam no mundo da fanta-sia ingênua e infantil, que tudo começou. Desde pequenos a maneira de brincar e construir os cenários onde seus personagens habitavam era minuciosa.

Desmontado as peças originais de presentes que ganhavam, os irmãos refaziam com toda a delicadeza um outro universo. Com três anos de idade os lápis de cor e a imaginação já estavam presentes nos jogos e em todos os papeis espal-hados pela casa. Desenhavam na mesma folha de papel e quando não, escolhiam os mesmo te-mas para ilustrar. O incentivo para mergulhar no mundo criativo que existia dentro deles sempre esteve presente na família, composta de outros artistas, como o irmão mais velho Arnaldo e a mãe Margarida. Também foram o pai e os avós que trouxeram a tona uma forma de apresen-tar ao mundo real toda a ânsia criativa que lhes transbordava.

O graffiti entrou na vida dos irmãos em 1986, quando ainda viviam na região central de São Paulo onde passaram sua infância e adolescên-cia. A cultura hip hop chegava ao Brasil e os jovens do bairro começaram a colorir suas idéias nos muros da cidade. Naquela época, com ap-enas 12 anos, tudo era novidade e sem ter de onde tirar suas referencias, Gustavo e Otavio im-provisavam e inventavam sua própria linguagem, pintando com tintas de carro, látex, spray e usando bicos de desodorante e perfume para moldar seus traços; já que ainda não existiam acessórios e produtos próprios para a prática. O que a cidade proporcionou a eles foi essencial para o desenvolvimento de todas as habilidades que se transformaram depois no estilo próprio e imediatamente reconhecível dos artistas. Uma infância criativa, que rendeu duas vidas ao mun-do da arte contemporânea.

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O graffiti atuou sempre como uma vál-vula de scape para a dupla. Uma maneira que encontraram de criar um mundo onde só se pode penetrar através de suas mentes e onde tudo funciona pela lógica própria de Tritrez, o universo habitado pelos per-sonagens amarelos, onde brilha e reina a sintonia entre todos os seus elementos. Cada parte e cada detalhe esta mergul-hada na magia que envolve a imaginação dos irmãos.

Novos ventos começaram a sobrar em 1993 com a visita ao Brasil do artista plás-tico e grafiteiro Barry Mgee (Twist), de São Francisco. Mgee que chegou em São Paulo para realizar uma exposição de arte con-temporânea mostrou aos irmãos a possibili-dade de viver fazendo o que se gosta. Nes-ta época por diversão Gustavo e Otavio, que acabavam de completar 19 anos, já haviam começado a desenvolver um estilo próprio e a fazer trabalhos publicitários e decoração em lojas e escritórios com seus graffitis. Começavam desta forma a viver única e exclusivamente deste maravilhoso dom que ocupava quase 100% de seus seres.

Em 1995, como experimento, realizar-am uma exposição conjunta sobre arte de rua no MIS – Museu da Imagem e do Som – de São Paulo e um ano depois uma pequena mostra de algumas peças e instalações em uma casa na Vila Madalena.

Mas a vida como artistas plásticos com o estilo já quase completamente maduro

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aconteceu pouco tempo depois em Mu-nique (Alemanha) a convite de Loomit, grande nome do mundo do street Art que descobriu a dupla brasileira em uma re-vista internacional sobre o tema. Com este convite, a dupla embarcou em uma viagem sem volta pelo mundo realizando projetos em parceria com outros artistas e final-mente em 2003 a primeira exposição solo na galeria Luggage Store , em São Fran-cisco.

Um grande salto veio quando os artis-tas entraram para a galeria Deitch Projects de Nova York em 2005, onde suas obras tomaram forma dentro do mercado de arte contemporânea. No momento em que in-gressaram para o universo das galerias, a dupla pode trazer suas criações para um mundo muito além das ruas. Com isso, suas idéias tomaram formas tridimensionais em esculturas e instalação feitas de maneira peculiar com todos os elementos e detal-hes que se podem acrescentar quando um desenho pula do papel e chega ao mundo real. Apenas depois de um ano, já com um nome forte no exterior, OSGEMEOS fizeram sua primeira exposição no Brasil na Galeria Fortes Vilaça, em São Paulo.

A pintura feita nas ruas e as criações feitas para obras e instalações em galerias partem do mesmo mundo onírico que ex-iste dentro da mente da dupla, mas tomam rumos distintos. A primeira é o próprio di-

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alogo dos artistas com as ruas, com cada pessoa que passa e de forma direta ou indireta interage com a pintura, isso é o graffiti. A segunda é a materialização de sonhos, ideais, criticas sociais e políticas que retratam o universo vivido dentro em contraste com que se apresenta fora no dia-a-dia dos próprios irmãos. No momento em que todas estas idéias entram dentro de uma galeria elas deixam de pertencer ao graffiti e passam a fazer parte do mundo que envolve a arte contemporânea.

A imaginação são as asas que osgemeos utilizam para ir aos mais divertidos e il-usórios lugares que habitam suas mentes. É a porta aberta e o convite para mergul-har no humor e nas delicias de poder criar um mundo da nossa própria maneira e com todas as cores e fantasias que se possa im-aginar. o

saiba mais:[+] osgemeos.com.br

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Flores em voce

Q

por_ gonzaga duque

Conheça a história das queridinhas da primavera!Dos estilos de pintura profana até os enfeites multicoloridos

que são artigo indispensável na decoração e na moda

// editorialETC

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por_ gonzaga duque

Você acha que fazer arranjos florais é coisa de mulher?

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33\\ revistaetc.com

A pintura de flores é um dos as-pectos essenciais do gênero na-tureza-morta. Em determidadas

épocas separa-se muito dificilmente de outros aspectos desse gênero, aparecendo em pinturas de frutas e jardins.

Nota-se que os mais antigos pin-tores de natureza-morta na Espanha e na Itália são em geral designados; “pin-tores de frutas e de flores”. Sobretudo entre meados do século XVI e início s quase sem modificações até o século XIX.

É difícil estabelecer a posição ocu-pada pela representação de flores na arte da Antiguidade. Dos exemplares conhecidos, destaca-se a pintura de grotescos da Domus Áurea, de Nero, em Roma, Descobertos no fim do século XV, esses ornamentos desempenham papel determinante na formação de uma pintura independente de flores e frutas no Renascimento. Na Idade Mé-dia as flores têm lugar tanto na arte re-ligiosa quanto na profana, mas sempre com valor simbólico. Aparecem, por exemplo, em formas de buquê nas ce-nas religiosas.

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Na França, a pintura de flores é vítima da hierarquia de gêneros imposta pela academia. Até 1640 é dependente das fórmulas flamen-gas: composição arcaica, perspec-tiva plongée e a colocação de ob-jetos claramente isolados uns dos outros.

No entanto, os franceses cla-reiam a composição, que resulta mais sobriedade. Mas a metade do século XVII vê nascer uma rev-olução na natureza-morta, que de simples e íntima passa a ser rica e decorativa. Jean-Baptiste Monnoy-er (1636-1699), na França, e Mário de Fiori (ca.1603-1673), na Itália, são os nomes mais destacados do gênero no período.

No Brasil, a pintura de flores se desenvolve dentro do gênero natureza-morta com o estabeleci-mento da Academia Imperial de Be-las Artes (Aiba), no Rio de Janeiro.

“Na Idade Média as flores têm lugar tanto na arte religiosa quanto na profana...”

Agostinho da Motta (1824-1878), professor da Aiba e um dos pionei-ros do gênero, dedicou-se à pintu-ra de flores e frutas com enorme sucesso na época.

Um dos pintores preferidos da imperatriz Teresa Cristina, re-aliza a seu pedido aquarelas repre-sentando espécimes de nossa flora que seriam remetidas a parentes na itália. Sobre ele, escreve Gon-zaga Duque (1863-1911): “Na pais-agem e em natureza morta (flores e frutos) Agostinho da Motta não tem com quem possa sofrer con-fronto [...]”; seu temperamento “não lhe permitiu ser criador e ar-rojado, mas brando, manso e deli-cado, e por isso a feição mais tenra e suavemente poética que existia na natureza brasileira, ele apan-hou e traduziu como ninguém”.o

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Fotos_ Caroline Ritzmann

Modelo_ Fernanda Juffernbruch - Ford Models

Produção_ Antonia Gottschild, Daniela Mônaco e Débora Fagundes

Make-up_ Junior Freitas

shape art

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shape artshape artComo a arte influencia a arte urbana?

O skate ligada à arte, feito pelos próprios skatistas.

// arte utbanaETC

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A empresa de skateboarding Alien Work-shop lançou uma nova linha de shapes inspiradas na pop-art de Andy Wahrol.

Estão lá os rostos vetorizados de Mao Tse-Tung e Marilyn Monroe, a icônica banana que foi capa do CD do Velvet Underground, a infame lata de sopa Campbell e outras marcas da obra de Andrew Warhola, de-signer formado pela Universidade de Carn-egie Mellon, ilustrador de de revistas como Vogue, Harper’s Bazaar e The New Yorker, fundador da Interview e premiado dire-tor de arte pelo The American Institute of Graphic Arts.

Mas todos estes detalhes não interes-sam. O que o bom e velho Andy Warhol trouxe para o nosso mundo foi a democra-tização da arte, antes restrita a coleciona-dores, galerias e museus.

A intenção da pop-art, que surgiu na Inglaterra nos anos 50 mas ganhou voz através de Andy e sua turma na década de 60, sempre foi criticar o consumo de mas-sa, expressando arte através de produtos e propagandas do mundo capitalista.

Pela primeira vez é organizado no Brasil um documentário sobre a arte em shapes de skate. O projeto Re:Board é o resultado de uma pesquisa do músico e skatista Alexandre “Sesper” Cruz, que co-letou depoimentos, imagens, shapes anti-gos para mostrar a identidade artística do skate no Brasil e registrar sua história.

Além da exibição do documentário ac-ontece também uma exposição com mais de 150 shapes antigos.

Pop-art de Andy Warhol foi para os shapes e virou exposição em São Paulo

veja mais:[+] migre.me/9mvtT

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39\\ revistaetc.com

~GALERIA shapeART

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dramano

como a iluminação pode inteferir a simbologia

da imagem?por_ rené gomes

A Fotografia noturna é a expressão do tempo de maneira que não podemos perceber com os nossos

próprios sentidos. As longas exposições exigidas pela noite, as vezes, o resul-tado pode não parecer muito diferente da cena que foi fotografada. Mas, mui-tas vezes a cena se transforma em algo surpreendente e única pela forma como o mundo muda durante a exposição. O movimento de pessoas e carros, o vento nas árvores, as nuvens no céu ou o bater das ondas na costa estão todos registra-dos nas maneiras que nós normalmente não experimentamos.

// fotografiaETC

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Durante o dia estamos acostumados a um mundo iluminado por uma única fon-te de luz, o sol. Por outro lado, há mui-tas fontes de luz durante a noite, cada uma com sua própria cor e caráter. Estas várias fontes de luz permitem fazer uma iluminação dramática e interessante, como também oferece um desafio maior para os fotógrafos que pretendem se aventurar nesta modalidade de fotografia.

TIPOS DE ILUMINAÇÃO

Qualquer que seja o objetivo da ilu-minação, é necessário trabalhar com dois tipos de luzes: direcional e difusa.

A luz direcional gerada por luzes di-retas que iluminam áreas relativamente pequenas, tem um facho de luz muito mar-cado, que produz sombras densas e bem definidas. O sol de um dia claro e sem nu-vens, atua como um gigantesco spotlight que produz sombras densas e definidas.

A luz difusa ilumina áreas relativa-mente grandes através de um facho amplo e pouco definido. Se produz por meio de luzes difusas ou floodlights, as quais geram sombras suaves e transparentes. O sol de um dia nublado atua como uma luz difusa ideal, já que as nuvens transformam os severos raios do sol em luz altamente di-fusa.

CHIAROSCURO

O chiaroscuro (palavra italiana para “luz e sombra” ou, mais literalmente, «claro-escuro») é uma das estratégias ino-vadoras da pintura de Leonardo da Vinci, pintor renascentista do século XV, junto ao sfumato. O chiaroscuro se define pela se-melhança de triângulos entre luz e brilho na representação de um objeto. Também chamado de perspectiva tonal.

A técnica exige um conhecimento de perspectiva, do efeito físico da luz em su-perfícies, e dos brilhos, da tinta e de sua matização. O chiaroscuro define os objetos representados sem usar linhas de contorno, mas apenas pelo contraste entre as cores do objeto e do fundo; faz parte de uma ide-alização que inclui a experiência da pintura contrariando, de certo modo, a linearidade que caracteriza a pintura do Renascimento – os personagens de Leonardo existem em um espaço primariamente definido pela luz, em oposição a uma estrutura definida a partir da perspectiva na qual corpos e objetos são apenas distribuidos individual-mente.

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fotos e direção de arte_maira mendes e viviane luise

modelo_ mariana ferreira - ford models

produção_felipe souza e fernanda chifon

make-up_danilo dicotti

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ACCESSORIZEHey,

Rebelde, livre e sedutor, os acessório certos para criar um novo estilo de viver

e se vestir - dos metais ao couro. Rock it!

// modaETC

fotos_ camila servillastylist_ fabrício bezerra e joana moura

make up_ anna letícia

ACCESSORIZE

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camiseta_ Zaracamisa de renda_ H&Mmáxicolar_ TopShopaneis_ Morana / Acessorize / C&A

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blazer_ Forever 21t-shirt_ Elluscalça_ Levischapéu_ MonoPrixcola_ H&M

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t-shirt_ Levisóculos_ Evoke

boina_ Sumemobike_ Caloi

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camisa_ Urban Outfitterslenço_ American Apparel

calça_ Element

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cycle chic// matériaETC

Como surgiu o movimento, sua história, a moda e dicas do meio de

transporte mais it do momento!por_ barbara vanzo

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Quando a bicicleta foi inventada, por volta do ano 1880, a última preocu-pação das pessoas era se vestir ex-

clusivamente para um passeio de magrela.

O Cycle Chic não é nada mais do que isso, como explica seu idealizador – o fotógra-fo e jornalista Mikael Colville-Andersen – “são cidadãos normais pedalando em suas cidades com as roupas do dia a dia”. O movimento surgiu em 2006, em Copenha-gue, na Dinamarca. Hoje, cerca de 55% da população da cidade usa a bicicleta para ir trabalhar, estudar, fazer compras, sair com os amigos, etc. Mas não foi só por lá que essa moda pegou. Ao redor de todo plan-eta, há centenas de lugares que abraçaram esta causa.

O principal objetivo do Cycle Chic é mostrar para as pessoas que não é necessário abrir mão do estilo na hora de escolher a bicicleta como principal meio de transporte. Basta pensar que este é como qualquer outro e ninguém usa uma roupa especial para andar de carro ou de ônibus.

Agora que você já sabe que não pre-cisa usar aquelas roupinhas de dryfit para pedalar, lembre também que além da bike ser um meio ecômico e que ocupa cinco vezes menos espaço que um carro, ela ain-da colabora com a sua saúde e qualidade de vida.

cycle chic Meio Ambiente

Mas não é só a moda que agradece aos bikers. O meio ambiente também.Em áreas urbanas, as emissões nocivas dos automóveis são responsáveis por algo en-tre 50 e 90% da poluição do ar. Assustador, não? E se você pensa que a solução para este problema virá logo, com os carros elé-tricos, reflita mais.

Ao usar energia elétrica, realmente emitiriam menos gases nocivos do que os motores movidos a combustíveis fósseis (como é o caso da gasolina e do gás natu-ral). Mas eles também têm seu impacto. Já parou pra pensar no que acontece com a rede elétrica de um país quando você liga milhões de carros na tomada ao mesmo tempo?

Andando na Linha

Se você já se convenceu, aí vão algu-mas dicas para pedalar com mais tranqui-lidade:

- Antes de dividir o espaço com os carros, no trânsito, ganhe experiência e segurança nas ciclofaixas.- Sempre lembre dos itens obrigatórios por lei. Campainha, sinalização noturna e es-pelho retrovisor esquerdo.- Nunca se aventure sem capacete ou sem luvas.- Lembre que fones de ouvido podem causar acidentes. Andando de bike, seus sentidos precisam estar todos alertas.

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Ou seja, aqueles usados em competições não tem nada a ver com o uso na cidade. Além disso, se você tem uma barriguinha, ele fará ela pesar embaixo da sua coluna!

Para a escolha das marchas, o ideal é que você consiga manter uma média de 65 peda-ladas por minuto a uma velocidade média. Se estiver pedalando demais, vá subindo as mar-chas.

Ah, sim! Não esqueça dos acessórios opcio-nais. Cestinha, bagageiro, paralamas e o que mais quiser. Para as meninas, uma boa pedida são as bikes femininas, que não possuem cano entre o selim e o guidão. Isso permite que ped-alem de saia ou vestido sem preocupação.

- Quando estiver em grupo, ande em fila.- Sinalize sua intenção por meio de gestos an-tes de executar manobras.

Par Perfeito

Escolher a bike certa para pedalar na ci-dade não é algo complicado, mas é necessário e comumente esquecido.

Vamos começar pelo selim. Sua altura ide-al é aquela que você consegue pedalar com pequena flexão do tornozelo, sem mexer o quadril.

Sobre o guidão, escolha um modelo que não limite seus movimentos, nem sua visão.

Caloi Konstanz Com seu modelo feminino, traz um ar retrô e muito estilo.

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2 Blitz Dobrável Ideal para quem, volta e meia, precisa carregar a bike no carro, metrô ou ônibus.

3 Puma Glow-in-the-DarkBrilha no escuro, trazendo mais segurança aos bikers noturnos.

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Ensaio da Porteur, uma nova marca de bicicletas voltadas ao cycle chic.

veja mais em: [+] porteur.cc

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Os paulistas da Holger desembarcam em Porto Alegre para um show com a gaúcha Wannabe Jalva. As duas tocam

no Beco, com promoção da NOIZE. A ideia era conversar com Pata, o vocalista da Holger, sobre o show na capital gaúcha, mas o papo rendeu respostas sobre discos que a banda gosta, trabalhos novos e a música brasileira. Go for it!

texto_ Gustavo Foster

foto_ Christel Escosa

Os shows da Holger parecem sempre o show de estreia. Tocar pela primeira vez em uma cidade – como vai acontecer em Porto Alegre – potencializa esse entusiasmo?

Sim! Mas tocar pela segunda também. Tocar a primeira dá um leve friozinho na barriga por não saber muito bem como vai ser a reação das pessoas. Não sabemos como são shows

por aí (em Porto Alegre). Nenhum Holger jamais pisou em Porto Alegre.

Que disco voces recomendam para a con-centração, o aquece pré-show?

Ah… Tantos! Antigamente costumávamos cantar Random Rules do Silver Jews antes de cada show. Teve um dia que a trilha foi Sinatra, em outro Jay Z, também rola Jorge Ben, Luiz Caldas…O “Cid Moreira On The Dancefloor” do André Paste é sempre uma boa opção também.A regra é a seguinte: antes de show só se ouvem músicas sagradas feita por seres sa-grados.

Qual é a prioridade da Holger: se divertir, divertir os outros ou fazer boa música? Porque vocês conseguem fazer os três muito bem.

Com dois discos lançados e um tributo em sua homenagem em produção, Plato Divorak reforça seus status de herói

da psicodelia brasileira.por_ cristiano gastos

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O que nos motivou a começar a tocar foi se divertir, essa sempre foi nossa pri-oridade. Se acham que nossa música é boa é porque sentem que tem algo de verdade ali; e esse algo somos nós nos divertindo, bebendo, saindo… Sem dúvi-das, nos divertir é a prioridade. Só sendo nós mesmos faz sentido tocar e criar. No momento que não nos divertir-mos mais largaremos tudo e voltaremos para a vida de antes.

É impossível nao perceber a total falta de preconceito por parte da Holger: vocês parecem fazer exatamente o que estão afim, sem nenhum compro-misso. Falta esse desprendimento na música brasileira?

Não sei se falta alguma coisa ou não para a música brasileira… Tem bandas que se levam super a sério e dão certo. Estamos aí nos divertindo, deixando com que as coisas rolem naturalmente e para nós isso sempre deu certo. Mas esse é o nosso jeito.

Como está o andamento no novo CD? Quem vai no show pode esperar músi-cas novas?

Sim! Vamos tocar praticamente só

músicas novas que estarão no Sunga. O disco já está 100% pronto. Agora é aguardar chegar os discos da fábrica e dia 11/9 lançar ele! Auuuuuuu au au au auuuuuuuuuu (uivando).

Aventura internacional da Holger tem início ontem, quando a banda em-barcou para a América do Norte. A primeira parada é em Nova York, onde os paulistanos tocam hoje na Death by Audio, no Brooklyn, ao lado das bandas Deleted Scene e Some Community.

O novo cd do Holger, Sunga, é uma nova experiência músical para a banda.

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Depois, o tour segue pelos Estados Unidos e também pelo Canadá, onde a Holger faz dois shows no festival Canadian Music Week. Em um deles, aliás, a banda é headliner do showcase do festival Pop Montreal no evento. Já no Texas, a apre-sentação rola no festival South by South-west.

A Holger também comemora o lança-mento de Sunga, seu disco de estreia, no Japão, pelo selo Babyboom Records. Além disso, de volta ao Brasil, sobe ao palco dos festivais Grito Rock (Rio de Janeiro) e Abril pro Rock (Recife). E não é só. Em junho, a banda abre o show dos australi-anos Cut Copy, em São Paulo.

Eles são os donos de um dos melhores álbuns nacionais do ano, de uma apresen-tação altamente performática, de shows cheios de burburinhos e garotas sem sutiã, das odes ao Luiz Caldas, elogiados do Lú-cio Ribeiro a Eliana (sim, a Eliana), um dos melhores shows do Indie Stage do Plane-ta Terra desse ano, com turnês nos EUA, reconhecidos por gente como Phoenix e Passion Pit, sim, 2010 foi definitivamente um bom ano para o Holger.

A banda, que nasceu de um projeto sem pretensões de indie folk chamado That’s All Folks, com o tempo foi se mod-

elando, e se transformando no Holger. Puxado para a balada leve do I’m From Barcelona e ao overdrive do Pavement nasceu o Green Valley EP de 2008, com um urso simpático e o carro condutor para a notoriedade da banda: o single The Auction. Dois anos após de vivenciar-em um crescimento na cena alternativa do país, os garotos que iam leiloar seus corações agora partem definitivamente para a explosão sonora cada vez mais aberta e multifacetada do seu primeiro álbum, o Sunga, de 2010.

São muitas as influências cruzadas, e muitos os rótulos pra poder definir o trabalho exímio do debut: percussões agitadas, shakes, guitarras ameaçando a explosão, versos extremamente pop, guitarras que puxam o caribenho e o matemático ao mesmo tempo, riffs fá-ceis, synths peculiares, mais bumbo, mais bongo, mais chacoalhos, mais percussão, caixa, baixo saltitante, ver-sos grudentos, afro-beat, axé, axé, vi-brações, energia e êxtase: isso é o Sun-ga.

O álbum voa, e não conseguimos respirar e parar de pular esperando a outra faixa, é assim que o Holger se transmite nesse novo trabalho: enér-gico, iluminado, inspirador.

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Nas últimas semanas conversamos com o Marcelo Pata, baixista/guitarrista/vocal-ista/batucador como os outros 4 integran-tes da alegria contagiante que é a banda no palco: revesando todos os instrumentos. Falamos em síntese do que é tocar num fes-tival como o Planeta Terra, ter a primeira turnê do primeiro álbum, shows, quais as propostas da banda para os próximos meses e enfim, como é viver disso dia-a-dia.

Infelizmente não pude ir ao show no Planeta Terra, mas conferi pela web e senti um Holger com muita energia no palco, fazendo música e se divertindo. Esse é o interessante do Holger, a coletividade, to-dos revezando os instrumentos, cantando, animando. Qual foi a ideia a ser explorada no Sunga?

Diversidades. O Holger começou com cinco amigos fazendo um som mais folk, isso quando ainda éramos de outro proje-to, o That’s All Folks. De tanto ouvir e ver coisas diferentes nosso som foi mudando, passamos a agregar diversas coisas as nos-sas vidas, as nossas composições. A idéia do Holger no Sunga é ser quem a gente é agora: nós e nossos amigos. Há uma notável diferença nas músicas do Green Valley, que tem uma pegada mais overdrive e algumas músicas como Happily Ever After tem uma pegada bem diferente de, por exemplo, Eagle. Como foi o processo de gravação do Green Valley comparado ao do Sunga, e aonde vocês viram as influências de cada um serem mais compatíveis ao som que fazem?

O Green Valley foi o começo, foi quan-do começamos a virar uma banda. Deixar de ser cinco para virar um. As músicas são

bem mais desconexas e com uma temática bem mais simples e bem mais pra baixo. No Sunga incorporamos não só o que ouvíamos mais o que viviamos como influência.

Então realmente cada música trás um pouco da vida de vocês. Sim, nosso som é um amontoado de nossas vidas, de nos-sos amigos, dos nossos lugares. Se vocês se comparassem ao tempo da That’s All Folks e até o Holger pós-The Auction, como vocês se avaliariam musical e pessoalmente?

Música e pessoalmente mudamos mui-to. Isso reflete no som. Na época do That’s All Folks eu estava arrasado por causa de um fim de namoro. Estava estudando bastante também. Então foi uma época que eu não saia, ouvia mais folk, twee pop, coisas mais obscuras...

Durante esse “gap” entre o TAF e o Sunga passei a sair mais, ouvir mais rap, musica eletrônica, coletâneas e coletâneas de musicas caribenhas e africanas dos anos 60 e 70, mergulhei na música brasileira. Tudo isso também é um reflexo do que eu vivo. Do que eu passei a viver.

saiba mais em:[+] holger.com.br

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