Revista do Guará 19

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Fevereiro e Março de 2014 - n o 19 - Distribuição Gratuita Forte, mas sem perder a ternura Carlinhos Nogueira: Missão cumprida Álvaro Henrique: Violão guaraense João Maciel: de pioneiro a administrador

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Fevereiro e Março de 2014

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Fevereiro e Março de 2014 - no 19 - Distribuição Gratuita

Forte, mas sem perder a ternura

Carlinhos Nogueira:Missão cumprida

Álvaro Henrique:Violão guaraense

João Maciel: de pioneiro a administrador

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Revista do Guará4 fevereiro e março de 2014

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5fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Edição Alcir de Souza (DRT 767/DF)

Reportagem:Rafael Souza (DRT 10260/DF)

Endereço:EQ 31/33 Ed. Consei,salas 113/114 - Guará II

Fone: 3381.4181

Fax: 3381.1614

E-mail:[email protected]

Site: jornaldoguara.com

Facebook:facebook.com/jornaldoguara

Impressão: Gráfica Ideal

Circulação: Bancas de revistas, comércio,

órgãos públicos, consultórios médicos e odontológicos, restau-rantes, portarias de edifícios comerciais, lideranças comu-nitárias e empresariais, autori-dades que moram ou interessam ao Guará, Câmara Legislativa, bancada do DF no Congresso Na-cional e na Região Administrati-va do Guará.

10um produto

2014promete ser um ano intenso para o guaraense. Além de vivermos a Copa do Mundo, ainda teremos uma impre-visível eleição. Com a saída de cena de grandes caciques eleitorais, o guaraense terá uma gama muito maior de candidatos para escolher, pelo menos na disputa para a Câmara Legislativa. Nesse momento, não nos arriscamos a dizer que conseguiremos eleger um representante da cidade, mas temos a certeza que muitos tentarão ser a voz uníssona dos cidadãos do Guará. Como sempre fizemos, mostraremos ao longo do ano os candidatos que tem mi-litância na cidade, para que possamos manter a tradição de sempre ter ao menos um representante no legislativo local. Mas, esse é assunto para depois do carnaval. Nesta edição mostramos mais um pouco de quem faz

o Guará ser o que é. Aos poucos, mês a mês, fazemos o registro da cidade de seu ângulo mais subjetivo. É difícil para os protagonistas entenderem o seu papel na história enquanto a vivem. Queremos apenas, que você, leitor, entenda melhor nosso presente. Boa leitura,

Alcir de SouzaEditor

O perfil da Major Fabiana, comandante dos bombeiros do Guará

Uma entrevista sobre os últimos meses de Carlinhos Nogueira como administrador

Os jardins dos guaraenses são tema da coluna Joel Alves

José Tarcizio, o cabeleiro que embeleza a cidade há três gerações

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Revista do Guará6 fevereiro e março de 2014

POUCAS&BOAS Alcir de Souza

Fim da era ViplanA partir do dia 22 de fevereiro, terminou

a era da Viplan, que serviu aos usuários do DF, especialmente os do Guará, por mais 40 anos. Todas as linhas da cidade, operadas pela empresa da família Ca-nhedo, foram substituidas pela empresa Marechal.

Independente das várias opiniões dos usuários sobre a qualidade do serviço oferecido, a Viplan cumpriu o seu papel e teve participação em quase toda a história da nossa cidade, que tem 45 anos.

É a nova Delegacia?Não será mais este a construção do novo

prédio que vai abrigar a 4ª Delegacia de Polícia do Guará. O terreno está há oito destinado no Polo de Moda, inclusive com placa de identificação.

O projeto está pronto desde o ano passado, mas falta vontade política do governo para iniciar a obra, porque recursos financeiros também existem no caixa do GDF.

Cansado de esperar por uma definiação, o delegado Rodrigo Larizzati está promo-vendo uma reforma no velho e inadequa-do prédio da 4ª DP na EQ 25/26.

EstádioFinalmente o estádio do Cave será reforma-

do. Previsto anteriormente para a Copa do Mundo, como centro de treinamento, a obra passou por vários desafios para ser liberada. O Guará receberá um estádio em condições

de uso graças a dois cidadãos daqui: Cláudio Monteiro, Secretário da Copa, e o adminis-

trador Carlinhos Nogueira.

Jorge MartinsO novo estádio do Guará deve ser renome-ado. Com tantos estádios batizados em ho-

menagem a políticos (a maioria ainda vivos), o do Guará deveria receber o nome de um

jornalista esportivo que militou ativamente na área esportiva do Distrito Federal.

Jorge Martins foi um dos maiores defenso-res do esporte brasiliense, foi ex-presidente

da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos , um amigo e ex-colunista deste jornal. Frequentou muito o estádio do Cave

e merece ter seu nome na entrada.

Emendas e emendasHá dois anos, o Clube dos Amigos tenta viabilizar um projeto para atendimento

de 150 crianças carentes com atividades esportivas e culturas no Guará, inclusive com o apoio do deputado federal Popó. No ano passado, uma emenda parlamentar do deputado distrital Welligton Luiz (PMDB), de apenas R$ 110 mil, foi destina-da para o projeto, mas a execução esbarrou na burocracia e na falta de vontade política da Administração do Guará.

O tratamento, entretanto, não foi o mesmo dispensado a outras emendas parlamentares destinadas a eventos esportivos e culturais na cidade. Enquanto a emenda do projeto do Clube dos Amigos atenderia um projeto permanente e não foi autorizada, uma outra, de R$ 150 mil, para um baile de aniversário de um clube amador recebe prioridade da Administração todos os anos. Foi executada também emenda para um torneio de futevôlei, de apenas um dia, no valor de R$ 150 mil.

Relevância do projeto não é prioridade para a Administração do Guará para a execução das emendas.

Não é candidataA administradora da Região da Estrutu-

ral, a guaraense Socorro Torquato, defini-tivamente não será candidata a deputada distrital, como se especulava.

A garantia é do marido dela, o deputado federal Roberto Policarpo.

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7fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Bandalha no GuaráA página Reclama Guará, do Facebook publicou fotos encaminhadas

por seus leitores/internautas, de flagrantes de abusos praticados por motoristas na cidade. Os abusos acontecem principalmente nos finais de semana, quando praticamente não há giscalização. Tem cara de pau que chega a estacionar na faixa destinada a locomação de deficientes.

Cartel dos combustíveisO preço dos combustíveis nos cinco postos do Guará são

rigorosamente iguais. Afinal, são controlados por apenas três grupos.

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Revista do Guará8 fevereiro e março de 2014

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9fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Da visão empresarial de Manoel Branco, aliada ao sonho profis-sional da mulher Célia Barbosa,

surgiu o mais completo instituto de beleza do Guará. Proprietário de uma factoring e de uma imobiliária, Branco viu no crescimento socioeconômico do guaraense, especialmente no que está ocupando os novos condomínios na orla do Guará II, a oportunidade de montar um negócio para a esposa Célia, que já vinha dando sinais de que era esse o seu caminho profissional,

através da realização de cursos na área da beleza feminina, mas ainda informalmente.

Surgiu daí a ideia de criar um completo ins-tituto de beleza, para aproveitar esse nicho da cidade. E chegou como presente de ani-versário de Célia, no dia 9 de novembro de 2013. “Montei tudo sem que ela soubesse e a entreguei no próprio dia”, conta Branco.

O Instituto Kaizen, palavra japonesa que significa “melhoria constante e gradual”, não é apenas um salão de cabeleireiro, mas um centro de esté-tica avançado com serviços de cabelo, unha e pé, depilação, maquiagem, es-tética facial (tratamento de manchas, rugas, olheiras) e corporal (massa-gens relaxantes e terapêuticas) e até podologia (unhas escravadas, calos, rachaduras, bolhas).

“A nossa proposta é oferecer um lugar agradável, em que a cliente (homem também) possa sair bem melhor do que entrou, inclusive na autoestima”, afirma Manoel Branco, que ajuda a mulher no início do negócio depois de aposentar-se como servidor da Câ-

mara dos Deputados.A qualidade do serviço não foi pen-

sado apenas para as modernas insta-lações. De acordo com Célia, os 12 profissionais foram criteriosamente selecionados, como é o caso do cabe-leireiro Erik de la Vega, com passagens por salões do Plano Piloto e do Lago Sul, e a podóloga Francisca Franco, uma das mais conceituadas no ramo no Distrito Federal.

Instituto KaizenBeleza completa das cabeças aos pés

KaizenQE 40 Rua 3 lote 7

Polo de Moda

3301 6444www.kaizenbrasilia.com.brO Cabeleireiro Erik de La Vega é um dos mais

conceituados no DF

Manoel Branco e Celia: Experiência e afinidade

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Revista do Guará10 fevereiro e março de 2014

Major FabianaElegância entre os fortes

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11fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Dizer que a mulher cada vez mais ganha espaço no mercado de trabalho virou lugar comum, por-que é uma realidade que

não surpreende mais ninguém. O que ainda pode causar surpresa, não pela capacidade delas, é a mulher ocupar determinadas funções que até há pou-co tempo eram privilégio dos homens. E a major Fabiana Santos de Oliveira quebrou um desses paradigmas, ao tornar-se a primeira comandante de uma unidade do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. E o que mais va-loriza o feito é que foi em 2010, quan-do ela tinha apenas 35 anos de idade, nomeada comandante do Corpo de Bombeiros da Candangolândia. Um ano depois, aos 36, comandou a uni-dade do Lago Sul.

Desde o ano passado, essa potiguar de Natal, hoje com 38 anos, coman-da a unidade do Corpo de Bombeiros do Guará e é responsável por parte da segurança pública de cerca de 130 mil habitantes e de mais de cinco mil empresas. Sob seu comando estão 98 bombeiros, sendo 11 mulheres.

Major Fabiana foge em parte do este-reótipo da mulher que ocupa funções consideradas mais pesadas ou mais ligadas ao universo masculino con-servador. A farda laranja e o coturno não conseguem esconder uma mulher vaidosa, que faz questão de trabalhar bem maquiada.

A entrada dela na corporação foi por um acaso e não uma vocação, mas transformada numa paixão. Depois de trabalhar como recepcionista de hotel em Natal, ela resolveu tentar melhorar de vida em Brasília, para onde já ti-nham vindo amigos e familiares. Sem ainda imaginar o que poderia fazer, a primeira oportunidade que surgiu ela agarrou. E era um concurso para o Corpo de Bombeiro. Nem imaginou o que poderia enfrentar, porque o im-portante era conseguir uma atividade estável. Tinha apenas 19 anos.

Apenas um ano depois de entrar como soldado, Fabiana concorreu a uma das cinco vagas para oficial do CBDF e ficou em segundo lugar. A partir daí, foi ocupando funções im-portantes na corporação, sempre com muito profissionalismo e dedicação, o que lhe valeu o convite para assumir o comando da unidade da Candagolân-

dia.Quando perguntada sobre a escolha

da profissão, os olhos da major Fabia-na brilham junto com a resposta. "Sou apaixonada pela profissão de bombei-ra e motivada como se tivesse acabado de chegar. Faço o meu trabalho com muito orgulho. E me sinto privilegia-da por ser um exemplo para as muitas outras mulheres, principalmente as colegas do Corpo de Bombeiros, por ter chegado onde cheguei".

Fácil ser comandante de uma insti-tuição tão importante da segurança pública ela admite que não é. "As mi-nhas dificuldades não são as mesmas dos homens, por não ter a força física deles. E o meu desafio é provar que posso exercer a função de tamanha responsabilidade sem ter que ficar comparando a capacidade entre ho-mem e mulher".

Ao contrário, o fato de ser mulher, até ajuda, segundo a comandante. "A mulher é mais organizada, mais crite-riosa, mais detalhista e mais humana, o que ajuda na hora de tomar determi-

nadas decisões internas ou no atendi-mento a um sinistro", garante.

Solteira, mãe de uma adolescente de 13 anos e moradora de Vicente Pires, major Fabiana gosta de viajar, cor-rer e ficar em casa com a filha. Mas, mesmo nos momentos de folga, tem que estar disponível 24 horas para qualquer emergência que requeira sua participação. "Tenho que ficar atenta ao que acontece no quartel e na região e quando ocorre um sinistro maior ou algum problema interno tenho que ser acionada. Faz parte da função de co-mandante", explica.

Entre seus 86 colegas masculinos da unidade do Guará, Fabiana diz que é muito respeitada, porque se considera exigente mas sem tem perder a ternu-ra. "Tem que haver um meio termo. Não adianta querer se impor apenas dando ordens, porque todos são pro-fissionais dedicados e qualquer ser humano gosta de ser bem tratado. Fica tudo muito mais fácil", ensina a mu-lher que é um exemplo para o universo feminino.

Fabiana comanda o 13o Grupamento de Bombeiro Militar, no Guará I, que além de prestar os serviços em casos de emergência, também recebe projetos sociais e esportivos em sua quadra

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Revista do Guará12 fevereiro e março de 2014

gentequeFAZDiferente da maioria dos presi-dentes da cooperativas habi-tacionais, que buscam ganhos pessoais e políticos, TEREZA DIAS é uma lutadora apenas pela causa. Sua principal luta é pela destinação da área da Ci-dade do Servidor somente para as cooperativas habitacionais.

Deputado federal e secretário Especial do Idoso do GDF, RICARDO QuIRINO, morador do Guará há muito tempo, é um dos líderes do movimento evangélico do Distrito Federal. Pertence à Igreja Universal do Reino de Deus, onde é pastor.

O McBené começou com uma simples lanchonete ao lado da Feira do Guará, mas logo se transformou em res-taurante e ponto de encontro político, graças à habilidade do proprietário BENEDITO PEREIRA DA SILVA, que é também o presidente do Sin-dicato dos Quiosques do DF.

Presidente da Associação Polo de Moda, que congrega cerca de 80 confecções do segmento no Guará, NÁGELA MARIA GONÇAVES DOS SANTOS é uma incansável lutadora pela regularização da quadra. Sua mais recente é contra a insta-lação de um quiosque na Praça da Moda.

Eleita a melhor jogadora de vôlei do mundo em 2005 e em 2008, a guaraense PAULA PEQUENO voltou à terra natal para criar o time do Vôlei Brasília, de quem é a principal estrela. Paula morou no Guará até os 15 anos, na QE 26, onde continua morando sua mãe.

A guaraense ONÃ SILVA é uma das mais elogiadas escritoras do Distrito Federal. É, também, uma das que mais produz - média de um livro por ano. Já ganhou vários prêmios literários aqui e em outras regiões. Enfermeira de profissão, ministra palestra nas áreas de saúde e de litera-tura

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13fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

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Revista do Guará14 fevereiro e março de 2014

conversacomoAdministrAdor

Revista do Guará - O que o morador pode esper-ar para 2014?Carlos Nogueira – Começamos o ano muito bem.

O Fórum do Guará foi inaugurado e vai movimentar a economia da cidade, com a geração de empregos, o GDF publicou decreto para a reforma do estádio de futebol do Cave, o Guará vai ganhar uma Unidade de Pronto Atendi-mento (UPA) e a Administração continua investindo em obras de infraestrutura.

Quais, por exemplo?A ampliação do sistema de iluminação está garantida e

vamos realizar uma tomada de preços para a instalação de 20 novos parques infantis em diversos pontos da ci-dade. Está em execução a segunda fase do asfalto novo, vai recuperar a via central do Guará II.

Sobre a UPA, já foi definido o local?Seráconstruída no setor do Jockey, às margens da

EPTG, próximo ao Terminal de Cargas. É uma área de fácil acesso e o GDF vai investir R$ 9 milhões para a con-

Missão cumpridaPrestes a entregar o cargo de administrador, para concorrer ao mandato de deputado distrital, Carlin-hos Nogueira, explica pontos polêmicos e faz uma avaliação de sua gestão até agora.

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15fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

strução do prédio.

Não teria outro local dentro do Guará?

Nós consultamos a Terracap sobre outros terrenos, mas existem pro-blemas judiciais. O local escolhido é bem localizado e o terreno atende às necessidades da UPA. Somente de área construída ela terá 2,4 mil m² em um espaço total de 6 mil m².

Quando vai começar a obra?O quanto antes. O dinheiro está dis-

ponível e o projeto está pronto. Falta a Terracap liberar o terreno para que a Secretaria de Saúde autorize a empresa contratada a preparar o ter-reno.

Como vai ser essa UPA?Segundo a dra. Cristiane (Cristiane

de Aguiar, coordenadora das UPAs do DF), a UPA terá condições de a-tender até 450 pacientes, com 20 lei-tos para observação pré-hospitalar. As especialidades básicas que serão oferecidas são pediatria, clínica mé-dica e odontologia.

E a reforma do estádio do Cave?

O GDF teve de encontrar uma solução jurídica para a reforma do estádio, já que a LUOS não foi votada e as regiões administrativas estão sem uma legislação urbanística es-pecífica para tratar dessa e de outras questões relacionadas ao uso e ocu-pação do solo. Até que tudo fosse re-solvido o projeto da reforma acabou atrasando, mas agora está tudo certo com o decreto baixado pelo governa-dor Agnelo.

Como vai ser a reforma?Serão construídos novos vestiários,

o gramado trocado, a iluminação reforçada, o setor de imprensa mo-dernizado e as arquibancadas, depois de recuperadas, ganharão assentos. Se a reforma for concluída a tempo, o estádio servirá de apoio para as seleções que vierem disputar a Copa em Brasília. De qualquer forma, o legado para o Guará será enorme, já que teremos um espaço de qualidade para a realização de grandes eventos

esportivos.Quais são as obras em anda-

mento na cidade? A implantação de piso tátil nas

calçadas é uma delas. Ele está sendo colocado em locais de grande circu-lação e vai trazer uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com deficiência. A ampliação do sistema de iluminação continua firme e, com o apoio da CEB, estamos colocando novos postes de luz em diversos pon-tos da cidade. Algumas faixas de ace-leração/desaceleração estão sendo construídas para melhorar o fluxo do trânsito na cidade e novos pecs serão entregues em breve.

Não tem pec demais na cidade?Acho que não. Temos uma popu-

lação estimada em 175 mil habitantes. Se 30% desse universo frequentas-sem os pecs eles seriam insuficientes. A verdade é que a Administração con-tinua recebendo pedidos para a ins-talação dessas academias de ginás-tica na cidade. A Regional, inclusive, por meio da Novacap, está instalando

mais dez até o final de março.É a mesma situação dos cam-

pos de futebol de grama sinté-tica?

O campo de futebol requer um es-paço maior e depende para sua in-stalação de emenda orçamentária de parlamentares. Até o momento não chegou nenhuma indicação, mas os dez existentes estão suprindo as ne-cessidades dos jogadores.

Nós recebemos uma recla-mação de uma moradora do Guará I. Ela questiona o fato dos jogos no campo sintético próximo de sua casa irem até altas horas da noite, inclusive de madrugada, com palavrões

e outros problemas. A Adminis-tração pode fazer alguma?

O que podemos fazer é conversar com a CEB e solicitar para que a ilu-minação seja desligada automatica-mente a partir de determinada hora e que a lei do silêncio seja respeitada, a exemplo do que nos fizemos outros campos. Porém, os últimos três ainda não foram instalados, mas vamos fazê-lo.

Alguma novidade sobre a reti-rada das pedras portuguesas do calçadão?

Estamos correndo atrás. Em uma reunião com o secretário de Plane-jamento, Paulo Antenor de Oliveira, para tratar de novos investimentos para o Guará na área de infraestrutu-ra, aproveitamos a oportunidade para tratar do calçadão.Os recursos exis-tem de uma emenda orçamentária e é preciso que eles sejam liberados para que a obra seja iniciada. O secretário pediu aos técnicos que participavam da reunião que dessem prioridade ao assunto. Estamos aguardando.

Outra reclamação recorrente é a falta de estacionamentos no Guará. Como a Administração tem lidado com o problema?

Se dependesse só da Administração a questão estaria resolvida. Nós sabe-mos quais setores estão mais neces-sitados de estacionamentos, como o Polo de Moda e o Setor de Oficinas. Dependemos, no entanto, de outros órgãos do GDF, como Novacap, De-tran, Coordenadoria das Cidades, Agefis. Estamos informados que a Novacap depende da liberação de re-cursos para que comece a construção de sete novos estacionamentos na cidade e para a abertura de novas ga-lerias de águas pluviais.

Começou a coleta seletiva em todo o Distrito Federal. O sr tem alguma informação de como es-tão as coisas aqui no Guará?

A Administração tem ajudado o SLU a divulgar os horários e os dias que o caminhão da coleta seletiva passa aqui na cidade.

Os moradores estão prepara-

Temos uma população estimada em 175 mil

habitantes. Se 30% desse universo frequentassem

os Pecs eles seriam insuficientes.

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Revista do Guará16 fevereiro e março de 2014

novidade?No começo pode até ter uma con-

fusão com relação aos dias e horários da coleta, mas com o tempo as coisas vão se ajustando. O governador Ag-nelo disse que a conscientização da população sobre a coleta seletiva é fundamental nesse processo e que a meta do Governo é reciclar 15% do lixo seco recolhido no período de um ano, após a implantação do novo sis-tema.

Quais são os maiores desafios? O morador precisa entender que os

caminhões da coleta seletiva reco-lherão somente o lixo seco, que é papel, papelão, plástico, vidro e alumínio, nos dias e horários estabel-ecidos para este tipo de coleta. Já os caminhões da coleta convencional, re-sponsáveis por retirar o lixo orgânico, continuarão cumprindo a escala e o itinerário que já fazem normalmente.

Qual seria então o trabalho do morador?

É separar o lixo seco do orgânico e ficar atento aos horários e os dias que o caminhão da coleta seletiva vai pas-sar. Se for o caso ele guarda o lixo seco

até a chegada do caminhão.O SLU recomenda cuidado ao descartar os vidros. A orientação é embalar o ma-terial em papelão ou jornal, para fa-cilitar o manuseio e evitar acidentes. Quanto ao lixo orgânico ele joga fora como já vinha fazendo anteriormente.

Para que dê certo a participação do morador é fundamental.

Todos nós precisamos entender que a coleta seletiva representa um avanço muito grande para melhorar a qualidade de vida do morador e a

preservação do meio ambiente de nossa cidade.

Sem contar com o fechamento do lixão da Estrutural.

É verdade. O fechamento do lixão é necessário. O GDF está construindo o primeiro aterro sanitário do DF e os cen-tros de triagem, o que vai trazer um gan-ho de qualidade para muita gente.Todos nós temos de ter essa consciência. Todo mundo participando a coleta seletiva vai ser um sucesso e o DF passará a ser refer-ência nacional.

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17fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Projeção debate o Brasil:

Randolfe será o primeiro a falar em ciclo de palestras com presidenciáveis

O projeto “O Projeção Debate o Brasil”, uma realização conjunta do Super-NEX - o renovado Núcleo de Exten-

são das Faculdades Projeção – e da Escola de Ciências Jurídicas e Sociais, traz seu primeiro palestrante para falar aos acadê-micos das Faculdades Projeção no próximo dia 24 de março. Na data, o senador Ran-dolfe Rodrigues, pré-candidato escolhido pelo PSOL para disputar a Presidência da República nas eleições deste ano, vai falar sobre “Reforma Política” e “Mobilizações Sociais” em palestra que será ministrada no auditório da unidade Taguatinga. Sena-dor da República mais jovem do Brsdil e mais votado da história do estado do Ama-pá, Randolfe é considerado um dos mais atuantes do Congresso Nacional. O NEX deve anunciar nos próximos dias a abertura de inscrições online para o evento. O pro-jeto “O Projeção Debate o Brasil” pretende trazer às Faculdades Projeção os principais nomes da sucessão presidencial. Os conta-tos já foram estabelecidos também para a vinda dos senadores Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) e da presidente Dilma Rousseff (PT). A expectativa da or-ganização é de que o clima de ano eleitoral leve à lotação do auditório do complexo educacional de Taguatinga, palco das pa-lestras com os pré-candidatos.

Pré-candidato à presidência pelo Psol, senador Randolfe Rodrigues fala para acadêmicos na Fapro-Taguatinga no dia 24

Fapro anuncia oferta de mestrado e doutoradoCursos de Direito e Filosofia serão ofertados em parceria com a Unisinos

Pouca gente imaginava que o exce-lente momento vivido pelas Facul-dades Projeção - com a confirmação oficial, pelo Ministério da Educação, de que a instituição é a melhor, entre as particulares, do Distrito Federal (IGC 4; índice geral de cursos) - po-deria ficar ainda melhor. E ficou. O Grupo Projeção acaba de dar o “passo

adiante” e anunciou ontem - sexta,14 - a oferta histórica de seu primeiro programa de Mestrado e Doutorado (Minter e Dinter) nas áreas de Direi-to e Filosofia. A oferta será fetia em parceria com a Universidade Vale dos Sinos (UNISINOS), instituição gaú-cha com sede em São Leopoldo (RS). O programa de Mestrado e Doutorado

PROJEÇÃO-Unisinos será oferecido primeiramente para professores e co-laboradores. São 25 vagas para MES-TRADO EM DIREITO; 25 vagas para MESTRADO EM FILOSOFIA; e 15 vagas para DOUTORADO EM FILO-SOFIA. Por se tratar de um programa multidisciplinar, pode ser cursado por profissionais de todas as áreas.

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Revista do Guará18 fevereiro e março de 2014

PANORAMA

Guará Basquete quer mais

Representante do Guará no cam-peonato profissional de basquete do Distrito Federal quer mais da cidade que ser apenas sua sede. O time quer formar aqui os novos jogadores profis-sionais de basquete, além de oferecer uma atividade esportiva para os jovens guaraenses. Os jogadores e diretores do Guará Basquete iniciaram a sua própria escolinha, na quadra da QI 2, atrás do Pão de Açúcar do Guará I, e no 4º Ba-talhão de Polícia Militar no Guará I. As aulas são gratuitas, o time pede apenas a doação de 5 quilos de alimentos não perecíveis na matrícula.

As turmas são divididas por idade. Crianças de 9 a 12 anos treinam às terças e quintas, e os de 13 e 14 anos às quartas e sextas. As aulas acontecem no 4º BPM ás 9h30 ou às 15h30, com uma hora de duração. Os jovens de 15 e 17 anos treinam na quadra da QI 2 às segundas, quartas e sextas, às 17h, em aulas com 1h30 de duração. Os adultos treinam depois, das 20h30 às 22h. Quem quiser participar basta comparecer ao local dos treinos e fazer a matrícula.

Para quem tem intimidade com a bola laranja, haverá seleção para o time profissional do Guará Basquete após o carnaval, em preparação para o campe-onato brasiliense da modalidade.

Numa cerimônia que contou com a pre-sença inclusive do secretário de Seguran-ça Pública, Sandro Avelar, no Clube dos Amigos, nesta quinta-feira, o guaraense José Neife de Alcântara foi empossado pela terceira vez consecutiva na pre-sidência da Federação dos Conselhos Comunitários do Distrito Federal.

Prestigiada também por representantes da maioria dos 34 Consegs do DF, o evento teve como principal assunto a crise da segurança no Distrito Federal. José Neife fez um balanço da atuação dos conselhos comunitários e garantiu que o reconhecimento da população é cada vez maior, “embora ainda não seja o ideal”.

Convidado de honra, o secretário Sandro Avelar enalteceu a importância dos conselhos e prometeu aumentar a estrutura desses órgãos para melhorar o atendimentos à comunidade. “Cada conselho terá sua sede. Onde não for possível ocupar um espaço em prédio do governo, ele será instalado num dos postos de segurança comunitária, que estão praticamente desativados”.

Sandro Avelar recebeu a solidariedade dos representantes dos Consegs contra os críticos que culpam o secretário pela crise na segurança pública do DF, provocada pela insatisfação dos policiais militares.

José Neife é reeleito na FeconsegGuaraense assume federação dos conselhos comunitários de segurança pela 3ª vez

Começa no próximo dia 28 de março, sexta-feira, o Campeonato de Futebol Amador da QE 38. Até o momento 16 equipes estão confirmadas, restando ainda quatro vagas a serem preenchidas.

O gerente de Esportes e Lazer da Admi-nistração, Edgar Fernandes, informa que no dia 18 de março estarão disponíveis o regulamento e a tabela do campeonato, que é organizado também pela Associa-

ção Desportiva do Guará (ADG).Compareceram no congresso técnico

do campeonato, que definiu os últimos detalhes da competição, os representan-tes das equipes do Parma, KLP, Arsenal, Fluxo, Esportivo, Galácticos, Brasil, Real, Treze, Gita, Pereba, Cefec e Portuguesa.

Outras informações podem ser obtidas pelos telefones 85829147- 82422082 ou 92954449.

Campeonato da QE 38 começa dia 28

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19fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Teoricamente faltaria o mais fácil para a implantação da Unidade de Pronto Aten-dimento (UPA) Guará/Estrutural, que é a definição do local exato da construção, prevista para as proximidades do Jockey Club. Mas, entraves jurídicos e buro-cráticos podem atrasar a obra, porque os órgãos envolvidos estão encontrando dificuldades para a liberação da área. Duas liminares impetradas por posseiros impedem a ocupação de grande parte do terreno do Jockey e falta a Terracap demarcar o que está liberado.

Nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, a coordenadora regional de Saúde do Guará, Maroa Santiago, acompanhada da coordenadora das UPAS do DF, Cristiane de Aguiar, e o administrador do Guará, Carlos Nogueira, visitaram algumas áreas na região prevista. Inicialmente, o local proposto seria ao lado da Via Estrutural, nas proximidades do Setor Terminal de Cargas, mas o administrador Carlinhos Nogueira e Maroa Santiago não concor-daram porque o local não atenderia a população do Guará além de dificultar o acesso de quem fosse encaminhado na triagem do Hospital Regional do Guará. A unidade está sendo implantada para atender as regiões de Vicente Pires, Águas Claras, SCIA-Estrutural, SIA, Guará I e II e Lúcio Costa.

O local a ser definido deverá ter 6 mil m². Só de área construída serão 2,4 mil m². Além disso, deverá ter acesso fácil

para a população. Cris-tiane Aguiar afirma que a visita técnica é essencial para discutir a melhor localização que irá atender a população. “O objetivo hoje é rever questões técnicas externas pertinentes à localização e área adequada. Já temos a verba o que precisa ser definido o quanto antes é um local”, declarou.

EncaminhamentoNas unidades, os pacientes são avaliados

de acordo com a classificação de risco, podendo ser liberados ou permanecer em observação por até 24 horas, ou se necessário, serão removidos para um hospital de referência. As quatro Uni-dades de Pronto Atendimento (UPA) do

Distrito Federal fecharam o ano de 2013 com mais de 525 mil atendimentos. Por dia, 1.607 pacientes, em média, recebe-ram assistência médica nas unidades do

Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia e São Sebastião. A Secretaria de Saúde (SES/DF) prevê a construção de mais sete unidades em 2014. O projeto UPA 24h integra, além dos hospitais, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU/192), que organiza o fluxo de atendimento e en-caminha o paciente ao serviço de saúde adequado à situação. Segundo Maroa Santiago, a emergência do Hospital Regional do Guará é sobrecarregada porque não comporta a população que busca o atendimento.

“A UPA-Estrutural vai melhorar o fluxo da emergência. O DF cresceu e o nosso hospital continua do mesmo tamanho. Esse serviço é essencial para desafogar o pronto-socorro. Em paralelo, a cada dia estamos melhorando a nossa atenção bá-sica como, por exemplo, na ampliação do programa Saúde da Família”, afirmou.

As unidades fazem parte da Política Na-cional de Atenção às Urgências e foi cria-da em 2002, para prestar atendimento de média complexidade, como vítimas de acidentes e problemas cardíacos.

Upa do GuaráO dinheiro está disponível e o projeto pronto

Administrador Carlinhos Nogueira e representan-tes da Secretaria de Saúde: local definido

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Revista do Guará20 fevereiro e março de 2014

A Companhia de Desenvolvimen-to do Planalto Central, a Code-plan, divulgou em fevereiro

o resultado da Pesquisa Distrital de Amostra de Domicílios da Estrutural, cidade que há apenas uma década fa-zia parte da Região Administrativa do Guará.

A Estrutural foi elevada ao status de região administrativa em 2004, pela Lei 3.315, que criou o Setor Comple-mentar de Indústria e Abastecimento, a RA XXV, que abrange ainda a Cidade do Automóvel. Antes, toda a região fa-zia parte da RA X, o Guará.

Hoje, com uma população de 35.801 habitantes, segundo a Codeplan, a Es-trutural ainda carece de atendimento básico em saúde, educação, habitação e emprego. Boa parte dos moradores acaba utilizando os serviços públicos do Guará, como o hospital e as escolas, mesmo que consumam muito pouco na cidade. Os números são positivos: em alguns setores a Estrutural começa a alcançar a sua independência com-pleta, em outros ainda sobrecarrega as outras cidades do DF. A progressão dos serviços públicos é natural, já que a cidade tem apenas 10 anos de cri-ação.

Segundo a PDAD da Estrutural, em cada um dos 9.071 domicílios, vive em média 3,95 pessoas. Destes, 86,23% são contruções permanente e 13,33% ainda são barracos. Só existem aparta-mentos de um quartos, ou quitinetes, mas não passam de 0,5% do total de

domicílios.

Dependência do GuaráQuando é considerada a migração

interna para a Estrutural, ou seja pes-soas que saíram de outras cidades do DF para morar na Estrutural, apenas 3,15% da população saíram do Guará, bem atrás dos oriundos da Ceilândia, 33% ou de Taguatinga 14,16%. Mais de metade da população compra ali-mentos e contrata pequenos serviços da própria Estrutural. Mas quando precisam comprar roupas, calçados, eletrodomésticos, e lazer preferem Taguatinga e Ceilândia. Mesmo com a proximidade geográfica, o Guará não é lembrado pelos moradores da Estrutural na hora de consumir. Em todos os itens pesquisados, como ali-mentação, roupas, serviços pessoais, e lazer, o Guará não passou dos 2,89% na preferência dos consumidores.

O Guará também absorve poucos tra-balhadores da Estrutural. Mais de 38% dos trabalhadores são empregados na própria cidade, 15,95% trabalham no Plano Piloto e 8,05% trabalham no Guará, ou seja, cerca de apenas 1 mil pessoas.

A situação é bem diferente quando analisamos os serviços públicos uti-lizados, ainda que os números sejam melhores que os de 2011. Dos 13.264 alunos Estrutural, 6.128 (46,20%) estudam na própria região, já 31,32% se deslocam para frequentar escolas no Guará. O Cruzeiro recebe 1.149

estudantes, 8,66% enquanto Brasília recebe 8,21%. As escolas do Guará e da Estrutural ainda fazem parte da mesma Coordenação Regional de En-sino. Não faltam vagas para alunos do Guará nas escolas locais, e a oferta de vagas para alunos da Estrutural deve diminuir gradativamente, com a a-bertura de novas escolas na RA XXV.

Na saúde a situação é a mesma. Quase 98% da população da Estru-tural utiliza a rede pública de saúde, destes, mais de 76% o fazem no Guará, 19% no Plano Piloto e 3% em Taguat-inga Apenas 5% da população decla-ram ter planos de saúde privados, e a cidade não tem hospital público. Mas, o Posto de Saúde da Estrutural é bem movimentado, já que recebe 93,27% do público da Estrutural, e apenas 5% da população busca atendimento nos Postos de Saúde do Guará.

EmancipaçãoAinda que os números da PDAD elabo-

rada pela Codeplan mostrem uma cidade extremamente dependente do Guará e que acrescenta pouco à economia da RA X, os resultados são muito positivos. Mostram uma evolução significativa da economia e dos serviços públicos da Es-trutural desde 2011, época da última pes-quisa. No final do ano passado, o GDF finalmente liberou as escrituras de cerca de 9 mil lotes, que passam a ser regu-larizados. E, ainda em 2014, a cidade fica livre do aterro sanitário, que será trans-ferido para Samambaia.

A dependência da irmã caçula

Pesquisa em domicílios da Estrutural revela que a cidade ainda precisa dos serviços públicos do Guará

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21fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

pioneirosdoGuará

A Revista do Guará publica em cada edição o depoimento de um pioneiro da cidade sobre os primeiros anos do Guará. Os depoimentos são registros informais da nossa história, colhidos pela repórter Janaína Xavier, e que em breve serão reunidos em um único volume. Se você conhece alguém que participou da história do Guará, nos escreva.

“Eu morava na Asa Norte, na 406, e cheguei no Guará em 1976. Dos 45 anos que o Guará está fazendo, tem 38 que estou aqui. Eu vim nomeado para uma divisão de fiscalização que tinha na Administraçãon Regional do Guará, a Divisão Regional de Licen-ciamento e Fiscalização de Obras. Du-rante o tempo que eu fiquei lá fui dire-tor de Fiscalização, diretor de Obras e por último, em 90 e 91, administrador regional do Guará.

Fui o segundo morador do bloco T da QI 04, formei condomínio lá. Era solteiro, casei e quando nasceu o se-gundo filho, mudei para uma casa no Guará II. Há 20 anos moro na QE 30, no Guará II. Eu ainda peguei um res-tinho de poeira aqui no Guará. As ruas do Guará I, dentro dos conjuntos J, K, L e M, V, X, W e Z que são aquelas ca-sas geminadas de 90 m, não tinham calçamentos, não tinham asfalto, porque a ideia dos urbanistas e arqui-tetos da época era que quem morava naquelas casas não iria ter carro. Eu já estava na Administração quando aquele calçamento foi feito, fui fiscal daquelas obras. A conseqüência desse calçamento ter sido feito posterior-mente é não foi não possível rebaixar o nível daquelas ruas e em muitos ca-sos eram freqüente os alagamentos.

Já existia o Guará II, tanto que quando eu vim pra cá a Administra-ção Regional funcionava na QE 24. Os administradores, naquela época, du-ravam mais tempo, eram nomeados pelo governador.

Formei-me em dezembro de 1975 e em abril de 76 eu fui nomeado para a divisão de licenciamento. E coi-sas que aconteceram aqui como, por exemplo, o antigo Cine Karin, aquela galeria que tem ali na QE 07, não exis-tiam aqueles prédios onde funcionam o BRB, CEF, ali onde tá o Correios era um supermercado. Aquilo tudo foi construído depois que eu vim pra cá. O Habite-se do Cine Karin tem o meu nome, foi inaugurado no dia 5 de maio de 1976.

Eu não esperava que virasse o que-virou. Por exemplo, as QIs do Guará II eram prédios de 3 pavimentos, mesmo altura dos prédios do Guará I. Essa mudança para 6 que hoje virou 26. Essa mudança para 6 já foi um baque.

As ruas continuaram as mesmas, com exceção da via central do Guará I que não existia do jeito que é hoje. Quando foi inaugurada a iluminação do Gua-rá II eu também já estava aqui. E essa mudança irresponsável que a Câmara Legislativa praticou contra o Guará em 2006, mudando de seis, pra oito, pra 26. Um absurdo que fizeram com o Guará.

As casas de zero quarto que eram os terrenos de 120m, com sala, cozinha e banheiro, foram pensadas para solteiros e depois podiam ser ampliadas. Teve gente que abandonou casa, simples-mente não queriam. Uma casa original no Guará, pra você derrubar, só o ter-reno custa 400, 500 mil reais. Eu falo

que teve gente que abandou, porque nós tivemos funcionários da Administração que não quiseram.

Pelo tempo que passei aqui, fiquei 15 anos na Administração, tiveram coisas que marcaram, por exemplo, a duplica-ção da pista do Guará I, aquilo foi feito em 1990, antes era uma via só e não tinha nem canteiro separando, agora imagina hoje sem aquela duplicação. Se já é difícil com ela...

Na época foi a maior obra que foi feita no Guará. Vários administradores não conseguiram realizar a obra e na minha gestão foi concretizada e foi uma forma de marcar minha passagem. Inclusive na Administração, a gente tinha uma equipe pequenininha para tomar conta da cidade. Para fazer serviço de limpeza era uma equipe de 20 pessoas. Maqui-nário não tinha.

A primeira cerca do Parque do Guará nós que fizemos, e tentamos tirar os chacareiros, mas não deu tempo”.

João Maciel de Oliveira

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Revista do Guará22 fevereiro e março de 2014

A exposição "Recomeço: histórias de mulheres vitoriosas” es-teve no Hospital Regional do

Guará até o dia 1º de março de 2014. Promovida pela Secretaria de Estado da Saúde do DF, a mostra retrata 20 mulheres associadas à Recomeçar, a Associação de Mulheres Mastectomi-zadas de Brasília, que tiveram a mama reconstruída após mutilação decor-rente do tratamento contra o câncer de mama.

As fotos são de mulheres que resga-taram a autoestima, a feminilidade e a confiança. Como parte do programa, foi ministrada uma palestra no au-ditório do HRGu para que as pes-soas pudessem tirar as suas dúvidas e entender mais sobre a doença e a importância da prevenção. Para a exi-bição foram produzidos 23 quadros e

22 totens. A exposição busca apresentar uma

abordagem inovadora do tema, pois explora as imagens com um olhar edi-torial de moda, aliado a breves depoi-mentos que mostram às mulheres que o câncer de mama não é o fim e sim um recomeço de vida.

O objetivo é ilustrar as possibilidades de reinicio de uma vida plena após a percepção inicial de mutilação que a mastectomia produz no imaginário feminino.

As fotos de Tatiana Gama revelam a sensibilidade da artista no olhar, apresentam um resultado estético surpreendente e explicitam a redes-coberta dessas mulheres sobre seu corpo e visão de mundo. "Esperamos que as imagens e depoimentos dessas mulheres, tão felizes e empoderadas

de si mesmas, contribuam para a di-minuição do tabu em torno da doença e colabore para o aumento da procura pelo diagnostico precoce" explica a fotógrafa.

A exposição circula por espaços públicos do Distrito Federal e já foram distribuídos cerca de 15 mil panfletos confeccionados para a ação e 15 mil panfletos institucionais da Recomeçar contendo informações técnicas e le-gais sobre a reconstrução mamária.

Beleza na dor

ServiçoExposição Recomeço:

histórias de mulheres vitoriosas 21/02 a 01/03 das 8h às 18h

Palestra: 26/02, às 10h, auditório do HRGu.

Hospital do Guará recebe a exposição Recomeço, uma mostra de fotografias de mulheres que superaram o câncer de mama

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23fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

natocadoLOBO Luciano Lima

Combate às drogas? IO GDF perdeu, em 2013, uma dotação orçamentária no valor de R$ 19 milhões

do Ministério da Justiça para o combate ao crack. O dinheiro não foi utilizado por não ter sido apresentado nenhum projeto que justificasse a utilização da verba. Vidas e muitos milhões perdidos.

Combate às drogas? IIÉ preciso intensificar o combate ao uso e tráfico de drogas no Complexo Espor-

tivo do Cave. Praticantes do Bicicross, por exemplo, dizem que a pista está sendo usada inclusive para guardar entorpecentes. É bom investigar!

Parque do GuaráAções nas redes sociais promovidas

pelos estudantes do curso de Gestão Am-biental do ICESP e pelo grupo “Amigos do Parque do Guará” estão ajudando a divulgar um dos mais importantes par-ques ecológicos do DF. Com a campanha “Ocupar para Aprender a Respeitar e Pre-servar”, os Amigos do Parque do Guará estão atraindo cada vez mais visitantes ao parque. O meio ambiente e a qualidade de vida agradecem.

Calçadão com acessibilidade?

Eu juro que estou tentando entender a obra que visa a colocação do piso tátil no Guará. A ideia é garantir mais acessibi-lidade às pessoas com deficiência visual. Existem lugares onde piso tátil foi colo-cado em calçadas com vários problemas. Faltou planejamento e saíram colocando piso tátil de qualquer jeito.

Ciclovia? Pedras portuguesas?

A ciclovia prometida, por enquanto, ficou pela metade. Na Avenida Contor-no do Guará II só as quadras ímpares receberam a obra. É importante alertar o poder público que a metade da ciclovia entregue está servindo de coopervia, já que os praticantes preferem a segurança de um piso sem buracos e irregular. Pedras Portuguesas não servem para a prática de caminhadas e corridas.

Quando serão substituídas?

Porão do RockO Porão do Rock 2014 vai desembarcar no Guará no dia 10 de maio. O Guará, em

2013, foi segunda cidade que mais levou público a um dos mais importantes festivais de rock do Brasil. Em breve, a organização vai divulgar como serão as inscrições para as seletivas do festival. Fique de olho no site www.poraodorock.com.br

Pedal noturnoOs pedais noturnos tomaram conta do Guará. É muito bonito assistir quase todas

as noites as vias da cidade serem tomadas pelas bikes iluminadas. É preciso mais políticas públicas para os modais. Os grupos prometem tomar fazer uma grande homenagem no aniversário do Guará. É esperar para conferir!

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Revista do Guará24 fevereiro e março de 2014

O Guará é repleto de exemplos de empre-sas fundadas e toca-

das por famílias inteiras. Padarias, supermercados, escolas e imobiliárias que romperam os limites da ci-dade e firmaram-se como líderes de seus setores no Distrito Federal. O negó-cio familiar, além de trazer comprometimento de to-dos os envolvidos no cres-cimento da empresa, traz segurança também para o cliente. Uma família envol-vida em torno do mesmo objetivo passa seguran-ça para quem a contrata, por ser a empresa familiar um negócio mais duradou-ro, fundado sob premis-sas maiores que apenas os acordos comerciais. Outra grande vantagem é a es-trutura mais enxuta e efi-ciente, com alta fidelidade dos empregados e colabo-radores.

No Guará, uma empre-sa se destaca em uma área não convencional: a enge-nharia clínica. A diretoria da Hatril é composta pela família do fundador Elve

Santos, que trabalha com seu filho Fernando, seus irmãos Edgar, Eldo, Elci e seu pai Edgar. A família é especializada na gestão de equipamentos médi-co-hospitalares. Assesso-ra desde a aquisição dos equipamentos até a sua correta utilização, cuidan-do para que tudo em uma clínica médica, ou hospi-tal, funcione precisamen-te.

A carta de clientes da Hatril é composta por hos-pitais públicos ou parti-culares e grandes corpo-rações, como tribunais, a Câmara dos Deputados e até mesmo pequenas clí-nicas. Enfim, atua onde há a necessidade de equipa-mentos de diagnóstico e de tratamento em saúde.

O diretor da empresa, Elve Santos, a fundou em 2006. Antes, já havia par-ticipado da formação de outras empresas da área. Ele, que é administrador de empresas e engenhei-ro pós-graduado em enge-nharia clínica, participou da fundação da Veton, em

1987, posteriormente da Micromed e da Medware, especializada em progra-mas para captura de ima-gens de equipamentos de ultrassonografia e softwa-re para gestão de hospitais e clínicas.

ManutençãoEm 2010, a Agência Na-

cional de Vigilância Sanitá-ria determinou que todos os estabelecimentos de saúde de todas as especia-lidades, inclusive estética, implantassem um sistema de gestão das tecnologias existentes. Ou seja, esta-belecimentos precisavam não apenas manter seus equipamentos em funcio-namento, mas acompa-nhar toda a sua vida útil, com manutenções preven-tivas e avaliações de con-dições de uso. Hoje, as clínicas e hospitais já pro-curam manter contratos não só para não pararem por quebra de seus equi-pamentos, mas, para po-derem estar em conformi-dade com a legislação e para poderem pleitear cer-

tificação de qualidade em seus serviços.

A Hatril também repre-senta empresas com pro-dutos de alta complexi-dade tecnológica na área clínica e promove o trei-namento de profissionais para operar equipamen-tos de vanguarda. Como a área de saúde de tem alta rotatividade de funcioná-rios e crescente desenvol-vimento técnico, a gestão tecnológica é um investi-mento cada vez mais ado-tado por clínicas e hospi-tais. E no Distrito Federal, uma empresa de uma fa-mília guaraense é uma das mais conceituadas no ramo.

Hatril Engenharia Clínica

QE 40 conjunto D lote 37 – Guará II

3381 3700www.hatril.com.br

HatrilEmpresa guaraense formada por uma única família é referência no DF na gestão de equipamentos clínicos

empresasdoGuará

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25fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

O mercado de acessórios femini-nos cresceu mais de 13% no ano passado e a tendência é que a

presença feminina no mercado consu-midor aumente ainda mais em 2014. Com o crescimento da demanda, a oferta de acessórios também cresceu. Com tantas opções no mercado, é pre-ciso ficar atendo à qualidade do que se compra. As semijoias merecem uma atenção especial na compra e uma loja do Guará encontrou a maneira per-feita para oferecer semijoias de quali-dade a preço justo.

Diferentemente das bijuterias, as semijoias são fabricadas em materi-ais mais resistentes, banhadas com metais nobres e cravadas com pedras semipreciosas ou adornadas com peças de melhor acamamento. São a melhor alternativa ao uso de joias.

Quando Rosangela Sousa entrou no mercado de semi-joias, percebeu que a oferta de produtos de baixa qualidade, com acabamento ruim e sem garan-

tia era muito grande. Como não en-contrava as peças ideais para vender, resolveu cortar caminho e buscar suas peças direto de quem produzia. Assim poderia acompanhar todo o processo e ter a certeza da qualidade do que ven-dia. Assim, nasceu a Robiju.

Rosangela viaja o país em busca dos melhores designs e produtores. Pes-quisa os lançamentos das grandes joalherias, peças usadas por atores, jornalistas e apresentadores de tv, e tudo que as celebridades usam. Ou ela mesma compra os elementos em metal e monta modelos exclusivos. Vai pessoalmente às oficinas que fabricam as peças, compra e leva ela mesma para a galvanoplastia, o banho de ouro ou de prata. Cada modelo recebe até dez banhos de metal nobre. “Muitos que escolhem trabalhar com semijoias optam por colocar uma camada mais

baixa de ouro, e uti-lizam verniz de pro-teção, o que altera a coloração final da peça, deixando-as amareladas” expli-ca Rosangela.

Como o processo de montagem dos acessórios é feito pela própria loja, tem a garantia de não terem verniz, apenas ouro ou prata. O ouro ger-almente é de tom palha, que mais se aproxima do ouro

18k. O longo processo resulta em peças escolhidas pessoalmente, de acordo com as tendências da moda, e de qualidade superior ao vendidos em outros locais. A proprietária da Robiju explica que quando abriu mão dos intermediários e passou ela mesma a orientar todo o processo de fabricação, conseguiu oferecer um preço menor que as revendas de semijoias.

Outros acessóriosA loja da Robiju no Guará oferece

colares, brincos pingentes, anéis, pul-seiras, alianças e braceletes, além de peças exclusivas e modernas, como os aramados artesanais e peças com pedras naturais e zircônia. Tudo com pelo menos um ano de garantia.

Para melhorar a experiência de com-pra de suas clientes, a Robiju também oferece bolsas de couro ecológico, relógios (com garantia de um ano) e óculos com proteção oftalmológica e garantia de seis meses.

Modalidades de vendaRosangela vende no varejo, aten-

dendo em sua loja, no atacado com desconto de 30%, para revendedores cadastrados.

O domínio da linha de produção da Robiju

garante a qualidade das semijoias

Robiju semijóias e acessórios

QE 40 conj. J lote 02 loja 03

[email protected]

Loja do Guará cortou o caminho até o fabricante para oferecer semijoias, em alto padrão e baixo preço

Para brilhar mais

empresasdoGuará

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Revista do Guará26 fevereiro e março de 2014

Os doces são a melhor parte da festa. E o sucesso de uma comemoração está atrelado

diretamente à qualidade das gu-loseimas. Tem até gente que vai só para comer quitutes, pouco importa o motivo da festa. Presentes em qua-se todas as cozinhas brasileiras, os doces fazem parte de nossa tradição. E pensando em preservar e melho-rar esses costume que as amigas Lilá Amaral e Fernanda Schimidt se jun-taram na mesma cozinha. Agora a Lananda é uma promissora e elogia-da produtora de docinhos artesanais e sobremesas no Guará.

Lananda é a junção de dois nomes: “La” de Lilá e “Nanda” de Fernanda. As duas começaram a fazer doces para complemento de suas rendas, cada uma com o que mais tem inti-midade na cozinha: Fernanda com trufas e bombons e Lilá com briga-deiros e docinhos de festa tradicio-nais.

Em um almoço para colocarem o

papo em dia, as duas ser-vidoras públicas decidiram montar uma cozinha em conjunto para atender a seus clientes. Um local apenas para se dedicarem exclu-sivamente ao trabalho que mais as motivavam. Pediram demissão de seus empregos e fundaram a Lananda Doces, hoje com uma carta de clien-tes consolidada e com festas

agendadas até o final do próximo ano.

O sucesso, segundo as sócias, é a tradição aliada com o cuidado no preparo. “Um bom doce é um doce fresquinho, feito na panela mesmo, sem conservantes. É a mesma receita daquele doce que a mulher faz quando a TPM ataca no domingo” ex-plica Lilá. Para elas o doce tem uma relação emotiva com as

pessoas. “Um bom doce deixa o gosto guardado na memória. Quando você deseja comer um doce, aquele é o pri-meiro que você lembra”. Mesmo com sabores exóticos e requintados, como os doces de milho, gengibre ou mes-mo de vinho, os campeões de venda são os tradicionais: brigadeiro, beiji-nho de coco, casadinho e brigadeiro de limão siciliano. Para elas, mesmo em um doce tão popular como o bri-gadeiro, o preparo faz muita diferen-ça. “Um bom brigadeiro é aquele que não é tão doce, tem a massa fresqui-nha e o chocolate na medida certa. Não pode ter o aspecto congelado, com a massa cristalizada”.

Os doces da Lananda são vendidos aos centos, ou em pedidos especiais,

para festas e eventos. Os pre-ços pariam de R$ 45 o cento dos docinhos mais tradicio-nais enrolados a R$ 180 reais o cento dos os do-ces especiais de colher.

Lananda [email protected]

9143 0690 8400 0862

Adoce sua vida!Lilá e Fernanda decidiram compartilhar com todos o que apenas os mais próximos conheciam: um incrível talento para preparar docinhos e sobremesas.

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27fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Quando o Guará começou a consolidar sua identidade, no início dos anos 80, se alguém perguntasse na rua quem era o melhor cabeleireiro da região, certamente aponta-

riam José Tarcizio. Sua história está relacionada com a da cidade há três décadas, e um passeio pelo arquivo do Jornal do Guará mostra dezenas de matérias sobre eventos e premiações recebi-das pelo profissional.

Seu primeiro salão foi na QI 8, um espaço que em pouco tempo não comportou a crescente clientela. Tarcizio abriu então uma filial na QE 11. Quando o Parkshopping abriu, ainda nos anos 80, ele abriu o mais moderno salão de Brasília no shopping, com aju-da de Marinete, sua esposa na época. Depois vieram espaços na Asa Sul e na Asa Norte. Mas, Tarcizio não conseguiu ficar muito tempo longe do Guará, onde até hoje tem o seu salão com sua assinatura na QE 26, em um amplo espaço, com estacionamento, e o mais importante, com o atendimento do próprio Tarcizio.

Seu jeito simples esconde a bagagem profissional, moldada em cursos e congressos na Europa e em todo o Brasil. Herdou a profissão do pai, que era barbeiro, mas se encontrou fazendo a cabeça das mulheres. Chegou em Brasília em 1975, vindo de Pompéu, em Minas Gerais. Em pouco tempo abriu seus salões e foi notícia em todo o Distrito Federal, chegando a ganhar 14 troféus em competições de cortes femininos em Brasília, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

A vocação de cabeleireiro acabou superando a de administrador de empresas e Tarcizio decidiu pelo talento. Hoje ele atende em uma única casa. Com horários concorridos e elogiados por mui-tas gerações.

A beleza resiste ao tempoO cabelereiro José Tarcízio fez a cabeça de duas gerações de guaraenses e até hoje, o conceituado profissional continua a atender na cidade

Estúdio T QE 26 conj. U casa 10

3383 1390Atendimento com hora marcada

Page 28: Revista do Guará 19

Revista do Guará28 fevereiro e março de 2014

Page 29: Revista do Guará 19

29fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

A riqueza de cores e formas da pintura do espanhol Joan Miró sempre encantou Ronaldo

Ferreira, além da gastronomia. Para juntar as duas paixões criou o Miró Baguetes e Cia, com um cardápio de lanches para paladares mais exigen-tes. Como ele mesmo diz: ‘’para pes-soas que gostam de comer bem.’’ O quiosque fica ao lado da Igreja Maria Imaculada, na QE 15 do guará II.

As baguetes com gergelim, de uma fornada quente exclusivamente pro-duzida para Miró pela Pão Dourado, são recheadas com os mais inusitados sabores. O cardápio batiza cada um dos sanduíches com o nome de um artista ou uma região da Espanha. Cada sanduíche serve duas pessoas e custam menos que lanches de rede de fast food. O pintor Francisco Goya foi homenageado com um sanduíche de filé mignon, mussarela, cebola e ba-con, um dos mais pedidos. Velázquez vai também de filé fatiado, mussarela derretida, cebola, bacon e azeitonas pretas. Cartagena é uma surpreen-dente mistura de carne de sol em tiras mussarela e abacaxi.

Há poções de filé de frango, como o batizado com o nome da maior Ilha espanhola, Mallorca, que leva ainda

queijo cheddar, cebola e tomates. São opções com carne de sol, filé mignon, filé de frango e linguiças calabresa e toscana. Quem prefere não comer carne, pede o Vegetariano: tomates secos, mussarela, cebola, champig-non, azeitonas pretas e salada. Aliás, há a opção de incluir salada ou pasta de alho em qualquer sanduíche. Eles saem na baguete tradicional ou na mini baguete, para os menos esfome-ados.

A linha de frente do Miró são os san-duíches, mas há quem o procure por conta de outras coisas. No cardápio há caldos preparados por Cida, espo-sa de Ronaldo que divide com ele a paixão pela cozinha. De alho poro à abóbora, os caldos são acompanha-dos de cebolinha e a exclusiva bague-te. Pode-se pedir cachorro quente ou porção de carne de sol. Tudo acompa-nhado de sucos naturais. Mistura-se qualquer fruta para alcançar o sabor desejado, ao gosto do freguês. Açaí na tigela é outra opção para quem busca energia rápida. E a sobremesa é Petit Gateau, bolo de chocolate com duas bolas de sorvete. Especialidade da casa. O Miró espanta pela simplici-dade e bom gosto. Lanches rápidos e elegantes.

Bafão do MiróAos finais de semana, o Miró trans-

forma-se. Passa a abrir na hora do almoço para vender o Bafão, carne as-sada no bafo de carvão, para ser apre-ciada em casa, com a família. Chance de descansar no fim de semana, sem abrir mão de um bom almoço. São preparados costelão bovino, costela suína, coxa e sobre coxa de frango, lin-guiça e carne de sol. Acompanhadas de arroz carreteiro, feijão tropeiro e mandioca derretendo. Tudo no quilo apenas para levar. Se preferir o cliente pode pedir a carne fatiada na hora e acebolada.

Sanduíche com arte

Quem tem o paladar exigente encontra no Miró uma alternativa para lanches rápidos e para o almoço de domingo

Miró Baguetes e Cia

QE 15 conj Y, ao lado da Paróquia Maria Imaculada

3567 9046

comes&bebes

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Revista do Guará30 fevereiro e março de 2014

passeiopeloGUARÁ Joel Alves

Parque do GuaráDepois de muitas campanhas, caminhadas, passeatas, enfim, de muitas batalhas da comunidade pela valorização do Parque, ele

hoje começa a ser cada dia mais frequentado pelo guaraense de todas as idades. Lá tem PEC (Ponto de Encontro da Comunidade), quadras de futebol de salão, de areia, parquinho infantil, pista de caminhada, orquidário, mirante e muito verde. Ainda tem muitas batalhas e vitórias a serem conquistadas, mas uma visita lá já é uma boa opção. O parque é nosso.

Jardim da JúliaMoradora da esquina da rua na QE 26, Júlia Zartariam

plantou e cuida de pequeno mas belo jardim no beco ao lado de sua casa. Antes, a área vivia sempre suja e isolada. Depois do jardim, ninguém sujou ou jogou entulho no lugar. Um belo exemplo de cidadania.

Ciclovia Guará I O trecho da ciclovia do Guará I tem uma vista muito bonita. No trecho que começa na EPTG e se estende até à QE 08, passando

pela QE 18 e em frente ao Restaurante Savasse, na QI 22 é possível curtir pelo lado esquerdo as várias árvores frutíferas e os jardins das residências Guará I, além de parquinhos infantis, quadras de esportes e ponto de exercícios. Já do lado direito, dá para para acompanhar a linha do trem, o condomínio Guará Park e a Superquadra Brasília (SQA), além da bela vista da cidade de Águas Claras do outro lado.

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31fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Jardim do SandovalNa EQ 24/26, próximo ao Colégio CE 06,

o casal de aposentados Sandoval Barros e Zilda cuida de um jardim na esquina de sua casa, na área verde. Além de cuidar do jardim que plantou, o casal ainda cuida de outros na rua. É a oportunidade que Sandoval tem de praticar o que aprendeu na fazenda em que foi criado, no interior do Rio de Janeiro. Num pequeno espaço, o casal cultiva várias plantas e flores que embelezam o lugar.

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Revista do Guará32 fevereiro e março de 2014

sonsDAQUI Renato Menguele

Dica de discoNão sei se vocês sabem, mas o Alex Podrão, vocalista do Detrito Federal mora

no Guará desde 2004 e logo no ano seguinte regravou um dos discos de maior sucesso do Punk da Capital Federal, o 1983 que tem “Desempregado”, “Orfãos da Nação”, “Diga Não” entre outras. Esse disco marcou época e fez muita gente abrir a mente para as falcatruas governamentais, eu mesmo comecei a me politizar ouvindo Detrito no final da década de 80. Atual formação é Alex Podrão – voz, Bosco – guitarra, Galego – Bateria, Bill – Baixo.

Gerente de Cultura do Guará

O “nosso” gerente de cultura do Guará em seu pleno exercício nunca apare-ceu nas reuniões do novo Conselho de Cultura do Guará, seu argumento é que o nome dos conselheiros ainda não saiu no Diário Oficial e descobri também que ele estará saindo do cargo pra se candidatar na próxima eleição. Então, com isso, se prova o desinteresse da Gerência de Cultura do Guará com relação aos artistas da nossa cidade.

Novo espaço para a música Guaraense

O Guará tem um novo point de cabeças pensantes, é o Café Quintal que foi aberto na QE 19 e tem como intuito agregar os artistas daqui não só com shows e poesia, mas também com reuniões e debates so-bre a nossa cena e venho aqui desejar boa sorte para Juliana Krause e vida longa ao Café Quintal.

Museu do VinilÉ com grande satisfação que encho a

boca, que teclo com vontade, que com-partilho e curto a inauguração do museu do vinil, uma luta ininterrupta feita pelo Ricardo Retz que passou por provações e mesmo assim não desistiu de seu sonho que é resgatar e propagar a musica para todos que não foram atingidos por ela.

Grande Vitória da nossa cultura

No ultimo carnaval de Brasília a nossa escola de samba Império do Guará foi a campeã do grupo de acesso e ano que vem disputará o grupo de elite. Parabéns ao presidente Mário Santos e todos envolvidos, mais uma prova que o Guará é forte em todas as partes da cultura.

Cadastro de músicos do Guará

Estou cadastrando os músi-cos do Guará para fazer parte da programação programa do Jornal do Guará na radio guara web que é transmitido todo sábado às 14h. Quem tiver interesse de fazer parte da fomentação da cena local mande o material de sua banda para o [email protected], podem mandar sugestões, criticas, pedidos etc.

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33fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Para ouvir Alvaro Henrique

alvarohenrique.com

O violonista, morador do Guará, Alvaro Henrique vem se con-solidando como um dos prin-

cipais instrumentistas brasileiros na atualidade. Sua trajetória, que inclui apresentações em diversos países, é marcada pelo ineditismo e pela quali-dade do repertório que apresenta, além de sua colaboração bem sucedida com compositores e pela promoção de eventos de música instrumental.

O músico erudito realizou nos últi-mos anos apresentações em 15 países de três continentes diferentes, incluin-do desde países com intensa atividade de concertos, como EUA, Inglaterra, Alemanha, Áustria e Suíça, a países menos ativos como Namíbia, Moçam-bique, Jamaica e Grécia.

O que diferencia o violonista guara-ense é a escolha do repertório. Ele é o único brasileiro a tocar a “Obra Completa para Violão Solo de Heitor Villa-Lobos” na última década. Com o trabalho, Alvaro Henrique foi reco-mendado ao Ministério de Relações Exteriores para a promoção da música de Villa-Lobos no exterior. Outros pro-jetos que ganharam destaque foram “Homenagem aos 50 anos de Brasília”, “Melodia”, “Sonatas” e “Flores para Villa-Lobos”.

Alvaro Henrique tem empregado réplicas de instrumentos do passado nas suas apresentações. Atualmente possui uma guitarra barroca ateor-

bada, Além de tocar a música do pas-sado empregando informações sobre a época, Alvaro Henrique é bastante ativo na promoção da música do pre-sente. Estreou obras de compositores consagrados, como Cláudio Santoro, e promove a música de autores pouco conhecidos, como Oliver Thedieck. Entre as estreias realizadas, destaque para a primeira transmissão radiofôni-ca de Valse-Choro, de Heitor Villa-Lo-bos, pela Rádio Câmara. Mais de uma dezena de obras foram escritas para o instrumentista, entre elas quatro con-certos para violão, fazendo de Alvaro Henrique um dos violonistas que mais teve concertos dedicados a ele em toda a história. Entre os compositores que escreveram para ou tiveram obras es-treadas por ele estão Jorge Antunes, Ernest Mahle, John Duarte, Mário Ferraro, Carlos Alberto da Silva, Sér-gio Igor Chnee, Guerra Vicente, Celso Mojola, Jean Goldenbaum e Calimério Soares.

Alvaro Henrique foi o primeiro vi-olonista brasiliense a gravar um ál-bum de violão erudito. Participou de outros dois CDs, um lançado na Suíça (Brazilian Breeze, música brasileira para grupo de flautas) e outro lan-çado na Áustria (com obras de Jean Goldenbaum). Também participou da gravação do DVD da “Ópera de Rua: Auto do Pesadelo de Dom Bosco”, de Jorge Antunes.

Suite CadangaO ultimo trabalho de Álvaro é uma

homenagem à capital federal e foi lançado no fim de 2013 nos Estados Unidos. Quando elaborou o projeto do album Suite Candanga, o músico estudava na Alemanha e queria fazer da sua cidade natal a musa de novas obras. Foram encomendadas três com-posições inéditas, uma para um com-positor que vive em Brasília (Jorge An-tunes), outra para um compositor que vive em outro estado (Carlos Alberto da Silva) e uma para um compositor que vivia em outro país (Mario Ferra-ro). Completa o repertório um arranjo de Alvaro Henrique da Grande Fan-tasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, obra do pianista estadosun-idense Louis Moreau Gottschalk.

Violão guaraense

© 2013 Centaur Records, Inc. www.centaurrecords.comP

CRC 3321

Suite CandangaAlvaro Henrique, guitar

Recorded: November 1 - 15, 2012 at Estudio Virtual, Brasilia, Brazil. Produced and Engineered by Wladimir Barros.Edited, Mixed and Mastered by Alvise Migotto at Anima13 Studios, Sao Paulo, Brazil. Photos by Leon Rodrigues –http://leonrphoto.com. This CD was sponsored by Lucio Flavio Haeser, Lucilia Bandeira Kornijezuk, and Barbosa, Cal-das e Rocha Advocacia.

1 Louis Moreau Gottschalk (arr. Alvaro Henrique):Grand Triumphal Fantasy on the Brazilian National Anthem, op. 69 11:02

2 Carlos Alberto da Silva: The Reconstruction of Brasilia 9:38

Mario Ferraro: Little Suite From Brasilia (14:05)3 Imaginary City 2:394 Savannah Flower 2:515 The Emptiness, and a Bird 3:056 Unexpected City 2:067 The Sky Over the Central Plateau 3:22

Jorge Antunes: Brasilia 50 (40:43) 8 1960 - Inauguration of Brasilia:

Niemeyer and Kubitschek 1:559 1961 - Resignation of Janio Quadros 1:58

10 1962 - Foundation of the University of Brasilia: Darcy Ribeiro 1:29

11 1963 - President Kennedy's Assassination 2:0412 1964 - Military Coup 2:0513 1965 - Vietnam War and AI-2 2:0114 1966 - Closing of the National Congress 1:2715 1967 - Swearing in of President Costa e Silva 1:2116 1968 - AI-5 Walking and Singing 3:0017 1969 - Man on the Moon, Pelé's 1000th goal 3:1018 1970 - Brazil World Champions 2:3719 1971 - Assassination of Lamarca 2:3720 1972 - Naive Guerilla 2:5521 1973 - Honestino's Disappearance 4:0322 1974 - Carnation Revolution 4:1723 1975 - Vladimir Herzog's Assasination 3:36

Total Time: 75:31

Suite CandangaAlvaro Henrique, guitar

3321 Cover & Back:3321 Cover & Back 9/13/13 1:18 PM Page 1

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Revista do Guará34 fevereiro e março de 2014

Para reunir obras visuais de artis-tas guaraense, o Jornal do Guará organiza a primeira Antologia

de Artes Visuais da cidade. Obras de diversas linguagens estarão reunidas em um catálogo impresso com o ob-jetivo de proporcionar ao guaraense a oportunidade de conhecer a criação cultural de sua cidade e divulgar a arte criada no Guará.

Em busca de um recorte amplo da produção artística da cidade, serão aceitas obras em qualquer formato que possa ser capturado em meio digital e impresso. Assim, pintores, escultores, fotógrafos, cineastas, estilistas e de-senhistas podem mandar uma mostra de sua criação. Todas as obras devem ser originais e feitas por apenas um artista. A organização da Antologia de Artes Visuais é de Rafael Souza, com curadoria do artista Paulo Ataíde.

Cada artista ocupará uma página com apenas uma imagem, portanto deve encontrar a melhor forma de apre-sentar sua obra. Pode ser a fotografia de uma tela ou de uma escultura, um frame de um filme ou uma imagem de-senvolvida digitalmente. O importante é que a imagem enviada seja de boa qualidade e retrate apenas a obra, sem elementos estranhos à criação artís-tica. Não é preciso enviar fotografias dos autores das peças.

Regras de participaçãoAs imagens das obras de arte que a

compõem a Antologia de Artes Visu-ais do Guará serão selecionadas pela equipe da editora Jornal do Guará. Os artistas participarão gratuitamente da coletânea, precisando apenas enviar o material completo e com qualidade de impressão para o endereço eletrônico [email protected].

É preciso enviar três imagens em for-mato jpg, com resolução de 300 dpi, as especificações da obra (título, téc-nica, dimensões, data de produção), informações de contato (telefone, en-dereço, e-mail, perfil em redes sociais) e um currículo resumido do artista com no máximo 700 caracteres. Po-dem participar artistas moradores ou ex-moradores do Guará. Todo o ma-terial deve ser enviado em uma única mensagem, até o dia 31 de março. Não há premiação ou aquisição de nenhu-ma obra, e os exemplares da Antologia não poderão ser comercializados. Ape-

nas serão aceitas inscrições por meio eletrônico. Qualquer dúvida pode ser tirada no mesmo e-mail de inscrição.

A AntologiaO resultado da coleta de obras resul-

tará em uma galeria digital e em um livro, produzidos pelo Jornal do Guará e distribuídos gratuitamente. O lança-mento ocorrerá durante as comemo-rações do 45º aniversário do Guará, em maio de 2014, em uma exposição de parte das obras retratadas na An-tologia.

Primeira Antologia de Artes Visuais do GuaráJornal do Guará reunirá em livro obras de arte produzidas por guaraenses em comemoração ao 45° aniversário da cidade

Antologia de Artes Visuais do Guará

Inscrições com envio de arquivos jpg (300 dpi) e currículo resumido

(700 caracteres) [email protected] ou

[email protected]

O artista Paulo Ataíde será um dos curadores da Antologia. É a primeira vez que as obras visuais de artistas guaraenses serão reunidas em livro.

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35fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

pensandoacidade Hilma Amaral

Pontos referenciais da paisagem urbana são elementos inseridos no contexto da cidade, que têm

como objetivo orientar as pessoas em seus deslocamentos.

A função orientadora pode ser es-pecífica de determinados elementos, criados especialmente para este fim, e pode ser mais uma função atribuída a vários outros elementos voltados para finalidades diversas.

Os elementos destinados especifica-mente a orientar a circulação urbana integram o sistema de sinalização. São placas, totens e outros artefatos fixa-dos em pontos estrategicamente pre-vistos, que identificam e encaminham veículos e pedestres para as diferentes localidades urbanas.

Os pontos referenciais que, na ver-dade, foram criados para outras funções, mas se incluem como sig-nificativos marcos orientadores da circulação urbana, são edificações com características diferenciadas em relação ao entorno, em termos de di-mensionamentos, forma, cor, tempo de construção, posicionamento na malha urbana e atributos inerentes à sua própria função.

Estas características podem ocorrer isoladamente em determinado objeto arquitetônico, ou mesmo em função urbanística que concentre atenção, e podem resultar da concorrência de vários aspectos em mesmo elemento.

No primeiro caso estão incluídas, por exemplo, determinadas residências localizadas em esquinas ou ao longo de ruas, onde cores diferenciadas ou número de pavimentos ou forma iner-ente ao objeto podem identifica-las como elementos marcantes no contex-to geral. Também se refere a praças, jardins e edificações com outra função que não aquela predominante em de-terminada área, como hospital, escola e posto de combustível em localidade eminentemente habitacional.

No segundo caso estão edificações de arquitetura identificada como de período histórico anterior ao contexto

do entorno, onde podem convergir características, simultaneamente, associadas a aspectos formais, de dimensionamentos e função que as isolam no meio em que se inserem.

O Distrito Federal, unidade com pro-fundos vínculos enraizados no plane-jamento urbanístico de áreas antes desocupadas, incluiu em sua poligo-nal duas cidades já seculares.

No centenário núcleo urbano de Pla-naltina, de uma antiga praça central dominada por uma igreja e margeada por edificações históricas, partem ar-

ruamentos paralelos entre si, marca-dos por estas mesmas estruturas.

O Plano Piloto, referência em plane-jamento urbano, possui dois níveis de abrangência quanto aos marcos orien-tadores.

Por um lado, a própria setorização, associada à tipologia das edificações implantadas em cada uma destas áre-as, permite que se isole facilmente as diferentes funções urbanas.

Entretanto, em um segundo nível, o deslocamento interno a cada setor, considerada a tipologia uniforme ado-tada, é marcado por confusões result-antes da dificuldade em se estabelecer marcos referenciais.

No caso particular do núcleo resi-dencial do Guará, a questão dos ref-erenciais urbanos ainda é um aspecto negativo de difícil solução.

O projeto urbanístico do Guará I ado-tou o desenvolvimento de módulos de idênticas dimensões, constituindo as

denominadas Quadras Internas (QIs). No momento inicial da formação

deste loteamento, associado aos mod-elos prontos de edificações residenci-ais fornecidos pelo governo distrital aos futuros moradores, foi propiciado a absoluta uniformidade de todo o ter-ritório correspondente. Àquela época, encontrar determinado endereço req-ueria a ajuda do morador visitado que, familiarizado com área, formalizava mentalmente os tênues signos que orientavam para o caminho correto.

Atualmente, mesmo com as alter-ações promovidas pelas contínuas revisões atualizadoras de normas urbanísticas e pelas implantações de edifícios institucionais marcadores da paisagem, ainda é difícil identificar o caminho a ser seguido para atingir objetivos.

Conclui-se, portanto, que o projeto urbanístico de uma área é instrumento fundamental na definição dos signos que irão favorecer ou dificultar a ori-entação nos deslocamentos urbanos.

A questão dos pontos referenciais não é tema de simplicidade de trata-mento. A abordagem é extensa e pro-funda por vincular-se não apenas ao planejamento urbano, mas também a fatores que extrapolam os limites da objetividade, alcançando o repertório de signos mentalmente formalizados por cada indivíduo, dependentes de suas características psicológicas, sua cultura e vivência.

O urbanismo, por si só, não pode afirmar que determinado projeto solu-ciona esta questão por ser ocorrência inerente a aspectos, a um só tempo, objetivos e subjetivos. Uma árvore em uma esquina pode ser referência para uma pessoa e passar despercebida para outra. Da mesma forma, uma cor pode ser marcante para alguém, mas sem qualquer significado para mui-tos. Por esta razão, o planejamento urbanístico torna-se importante na diferenciação dos espaços e o plane-jamento da sinalização urbana é fun-damental na sua identificação.

No caso particular do núcleo residencial do Guará, a questão dos referenciais urbanos ainda é um aspecto

negativo de difícil solução.

Referência na paisagem

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Revista do Guará36 fevereiro e março de 2014

falandosobreVINHO Júlio Neves

Cerva, cerveja, redonda, azulzinha, piriquete…..

Bem, posso afirmar que sou apaixonado por vinho! Mas a realidade é que em qualquer lugar do mundo, onde pessoas estejam reunidas, conversando, se divertindo e rindo é bem provável que a cerveja esteja presente acom-panhando esse momento agradável. Somos brasileiros, apaixonados por um churrasquinho e uma gelada, popularmente chamada de cerveja. Uma, com véu de noiva então? A gelada é uma bebida socializante por verdade nacional, está ligada diretamente ao futebol, na roda de samba e no happy hour em qualquer dia da semana.

Mas qual a melhor cerveja? Que temperatura realmente deve-se ser servida? Existe um copo ideal para cada tipo? Qual suas diferenças? Lúpulo, pilsen, malte, o que são?

A cada edição vamos falar um pouco sobre essa bebida loira e por vezes es-cura como caramelo, com aromas, níveis de amargor e suas harmonizações.

O vinho pode reverter sintomas da obesidade

A universidade do Texas, nos Estados Unidos, revelaram que o Resveratrol, substancia encontrada na casca da uva, um dos componentes responsáveis pelo tanino do vinho, previne o processo de envelhecimento e inibe alguns dos efeitos maléficos da obesidade.

“Mesmo se você estiver em um dieta não saudável, há coisas que você pode consumir simultaneamente que podem protegê-lo de alguns dos efeitos nocivos de uma dieta não balanceada. O resveratrol é um deles”, diz Christopher Jolly, professor associado do Departamento de Ciências da Nutrição da Univer-sidade do Texas.

Tanino, a sensação mais rude do vinho!

O mais óbvio e para muitos o mais doloroso ingrediente de um vinho tinto são os taninos. Estão presentes no vinho através das sementes, cascas e engaços das uvas. No dia a dia, o tanino está presente no chá-preto e na pele das nozes por exemplo. É a sensação mais rude que podemos ter na boca. A parte interna e a gengiva parecem enrugar de um modo muito irritante, como se tivéssemos comendo uma banana verde.

Os vinhos não contêm taninos para serem agradáveis ao sabor, quando jovens, mas na esperança de que serão bons no futuro, o tanino age como um tipo de conservante para prolon-gar a vida dos grandes e potentes vinhos.

Vinho NordestinoApós a série da Rede Globo, Amores Roubados, o Brasil se

voltou ao vinho nordestino. Na região do Vale de São Francisco, a vinícola Rio Sol, onde a maior parte das cenas da mini série foram gravadas, o João António, diretor da vinícola, comemora a repercussão dos vinhos da região. A vinícola possui uma tecnologia moderna, onde as vinhas foram plantadas pela uni-versidade de Lisboa, além de laboratório, barricas de qualidade e engarrafamento automático.

Com solo fértil e água em abundância transformaram a região do Vale do São Francisco, localizada a 500 quilômetros de Salvador, entre o Sertão da Bahia e o Agreste Pernambucano, numa das maiores regiões produtoras de vinho do Brasil.

Há onze anos fazendo vinho em Pernambuco, João, além de diretor, é enólogo, vendedor, marqueteiro, publicitário, tudo! Ele é uma figura! Mais brasileiro que português, alegre, brincal-hão, descontraído, contador de piadas, nas feiras e encontros de vinhos, ele está lá! Servindo, humilde, explicando tudo o que seu vinho e sua região pode dar ao nosso Brasil. Parabéns João, você merece muito mais!

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37fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Vinhos do mêsRio Sol CabeRnet Sauvignon e SyRah 2011

Região do Vale São Francisco, diretamente da vinícola que sediou a série Amores Roubados, “ o vinho do Leandro” diz João Santos, diretor da vinícola. É um tinto fermentado em cubas de inox, com maceração média, apresenta aromas a fruta preta, fumados e baunilha. Na boca, estrutura de corpo médio e fruta fresca.

Encontrado no restaurante Don Mano Pizzaria na QI 27.

italiano

Chianti Classico 2009 dos vinhedos Isole e Olena da região italiana de Toscana, com uvas 85% sangiovese e 15% canaiolo. Com aroma rico em frutas vermelhas frescas e delicadas como cereja e ginja. Complexo no nariz, com especiarias e couro, nota-se o resultado delicado de um ano em madeira. Na boca, muito equilibrado, com taninos presente, uniforme, macio e crescente a cada gole. Elegante de acidez viva, capaz de harmonizar com assados e carnes gordurosas. Sugestão paleta de carneiro assada, marinhada em vinho tinto ou uma picanha virada, recheada com pimentos assados….divino! Vinho que evolui a cada taça, os aromas e a boca ficam mais interes-santes, um vinhaço! Sem dúvidas um super-chianti clássico, belíssimo italiano encontrado na loja da importadora Mistral na QI 09 do Lago Sul.

Por que a rolha dos espumantes tem formato de cogumelo?

Na revista inglesa Decanter, a expli-cação foi apresentada pelo enólogo Paulo Lopes da maior corticeira do mundo, a portuguesa Amorim. A explicação para o formato intrigante da rolha dos espu-mantes é que a rolha desenvolve essa forma devido a absorção do dióxido de carbono na garrafa. A pressão dentro da garrafa de vinhos espumantes é equiva-lente a 3 a 4 vezes mais que a um pneu de carro. A fabricação da rolha é com discos de cortiça maciça em sua parte inferior que é mais elástica do que a parcela supe-rior feita em cortiça granulada, absorven-do o gás e se expandindo muito mais do que a parte granulada, atribuindo assim essa forma de cogumelo.

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Revista do Guará38 fevereiro e março de 2014

Casal experienteNo fim do ano passado, Paulo de Souza e sua esposa Amélia comemo-

raram mais um ano juntos. Já são 52 anos de união do casal que organiza um dos mais tradicionais grupos de terceira idade de Brasília. As ani-madas reuniões no Centro de Convivência do Idoso do Cave acontecem sempre às segundas-feiras , com música ao vivo, bingo, palestras e muita conversa.

Diva

O Rotary Club do Guará, a cidade, os ami-gos e a família perderam Divarcy Miranda, vítima de câncer fulminante. Divarcy era conhecida pelo dinamismo e pela alegria contagiante. Uma grande perda. Pela cidade

Aderbal Luiz da Silva, esta colunista e nosso editor Alcir Souza na visita que o deputado federal e pré-candidato a governador Izalci Lucas fez ao Guará

EncontroGrupo de pesos pesados (de influência) no Guará: João Carlos

Oliveira (Diretor de Administração Geral da Administração Regional), Rubens Mendes (diretor de Obras da Administração Regional), professor Oswaldo Saenger (dono do Grupo Pro-jeção), Deverson Lettieri (ex-administrador regional do Guará e ex-diretor do Detran), professor Gilson Gomes , diretor da Faculdade Projeção do Guará, e José Gurgel, colunista do Jornal do Guará.

FestaUma das mais simpáticas figuras do Guará, o lavador/guar-

dador de carros e empresário Adeilson dos Reis Macedo (na foto com a mulher Juliana) reuniu um grupo de amigos para comemorar mais um aninho da pequena Alice, no Salão de Múltiplas Funções do Cave.

Fátima SouzaGENTE

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39fevereiro e março de 2014 Revista do Guará

Até 1993, os moradores do Guará, principalmente do Guará II, sofriam com os

pernilongos e o mau cheiro provo-cado pelas três lagoas de oxidação que existiam na cidade. Mas o então governador Joaquim Roriz e o secre-tário de Obras José Roberto Arruda, com a ajuda da Caesb, conseguiram construir o canal que passou a trans-portar o esgoto da cidade diretamente para a estação de tratamento do Lago Paranoá.

Todo o esgoto coletado no Guará era jogado nas três lagoas - uma ao lado da QE 36 e as outras duas entre as QEs 38, 42 e 44, onde passavam por um processo de decantação e sepa-ração das impurezas para depois ser transportado para o lago. Na época do calor, o mau cheiro era quase in-suportável e atraia os pernilongos que infernizavam os moradores próximos.

A liberação dos recursos para a ca-nalização do esgoto e a desativação das lagoas de oxidação teve a partici-pação direta do ex-senador e minis-tro do Tribunal de Contas da União, Walmir Campelo Bezerra, padrinho político do administrador regional do Guará da época, Heleno Carvalho. Foi

Valmir que negociou os recursos com a União, com a ajuda do secretário de Obras José Roberto Arruda.

Após o esvaziamento das piscinas de esgoto, os buracos foram aterrados com entulho e terra. Os dois locais estão reservados para a construção de

praças e instalação de equipamentos esportivos, porque a fragilidade do subsolo não permite a construção de residência. Nas futuras quadras 48 a 56 do Guará, o terreno que abrigava um das lagoas de oxidação será uma grande praça de convivência.

O fim das lagoas de oxidação do Guará

Acima, a solenidade de desativação, onde se vê o governador Joaquim Roriz, o administrador do Guará Heleno Carvalho, o ex-senador Walmir Campelo e o secretário de Obras, José Roberto Arruda

arquivoJG Resgate de fatos documentados nos 31 anos do Jornal do Guará

Page 40: Revista do Guará 19

Revista do Guará40 fevereiro e março de 2014

Tudo o que você precisa,

melhor do que você imaginava.

Guará II - QE 30(61) 3381-6585

Candangolândia - QR 5/7(61) 3304-1561

Taguatinga - Samdu Norte QI 8(61) 3354-1934

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