Revista Auto Press nº 106

49
Ano 2, Número 106, 13 de maio de 2016 FORMA E CONTEÚDO PEUGEOT 308 GRIFFE COM NOVO VISUAL GANHA EQUIPAMENTOS E FORÇA, COM MOTOR THP FLEX CHEVROLET TRAILBLAZER E AINDA: NISSAN MARCH RIO 2016 AUDI TT RS HONDA XRE 190 CHEVROLET S10

Transcript of Revista Auto Press nº 106

Page 1: Revista Auto Press nº 106

Ano 2, Número 106, 13 de maio de 2016

Forma e conteúdoPeugeot 308 griFFe com novo visual ganha equiPamentos e Força, com motor thP Flex

Chevrolet trailblazer e ainda: nissan MarCh rio 2016 audi tt rs honda Xre 190 Chevrolet s10

Page 2: Revista Auto Press nº 106

Sumárioedição de 13 de Maio 2016

EDITORIAL

03 - Peugeot 308 griffe thP

12 - Chevrolet trailblazer

21 - nissan MarCh rio 2016

30- audi tt rs

44- honda Xre 190

Menos é maisOs debates ambientais no segmento automotivo fizeram com que os motores com turbocompres-sor deixassem de ser apenas trunfos de esport-ividade ou sonho de entusiastas das quatro ro-das. Agora, eles também são garantia de melhor eficiência energética. Caso do Peugeot 308 THP Griffe, que não tem aparência agressiva, mas é ca-paz de provocar alguma descarga de adrenalina. E passa pela avaliação da “Revista Auto Press” desta semana. Além dele, um passeio a bordo do novo Chevrolet Trailblazer, que passou por alterações estéticas e ganhou direção elétrica. A fabricante norte-americana também renovou a S10. Disposta a retomar pela liderança entre os modelos médios com caçamba, a picape pas-sou por um “tapa no visual”, aposentou o motor 2.4 flex e também traz de série direção elétrica. Para completar os testes de automóveis, o Nissan March Rio 2016 mostra como a assinatura olím-pica carioca pode deixar o hatch da fabricante nipônica com uma “cara” mais apimentada. Nervoso mesmo está o novo Audi TT RS, que a marca das quatro argolas mostrou recentemente em Pequim e deve ser destaque de seu estande no Salão de São Paulo, em novembro. Uma matéria aponta as principais mudanças no carro, enquan-to outra apresenta os predicados da Honda XRE 190, que deve servir de degrau de acesso aos mod-elos on/off road de média cilindrada da marca no Brasil.

Boa leitura!

37 - Chevrolet s10

Page 3: Revista Auto Press nº 106

Por Fabio Perrotta Jr. auto Press

Peugeot 308 thP segue vigoroso e ganha Fôlego extra com ProPulsor Flex e visual renovado

agilidade Felina

testeFo

tos:

Jorg

e ro

dri

gu

es Jo

rge/

cZn

A busca pela eficiência energética tem levado as marcas a recorrerem a motores de menor litragem, mas dotados de turbo para man-

ter o padrão de potência. Essa combinação às vezes confere uma esportividade inesperada a certos mod-elos. Caso do Peugeot 308 THP Griffe. O hatch médio até tem aparência pouco agressiva, mas demonstra um fôlego capaz de provocar alguma descarga de adrena-lina. O modelo argentino foi renovado recentemente para se aproximar visualmente do 308 de segunda geração, feito na França, e ganhou um aspecto mais elegante que esportivo. Mesmo esta configuração topo da linha do modelo só se diferencia da outras pelas rodas com acabamento diamantado e pelo logo THP na traseira. Reiterando este conceito, o 308 traz um belo acabamento interno, comum em carros da marca, e uma extensa lista de itens de série. Tanto que não tem opcionais disponíveis. E nem precisa.

Outra novidade, além do visual, é o trem de força, recalibrado para utilizar gasolina e etanol. O 1.6 THP Flex estreou no Brasil no final de 2014, no sedã médio Citroën C4 Lounge. No 308 Griffe, ele desenvolve os mesmos 173 cv com etanol e 166 cv com gasolina a 6 mil rpm e 24 kgfm de torque com gasolina/etanol en-tre 1.400 rpm e 4 mil rpm. A transmissão automática de seis velocidades com opção de troca sequencial na alavanca também foi atualizada e ganhou função Eco,

Page 4: Revista Auto Press nº 106

de olho na almejada economia de combustível.O novo desenho da dianteira incorporou a atual

identidade da marca, pontuada pela grade com uma grossa moldura cromada, com o logo do leão encra-vada no centro e faróis com novo formato. Os nichos dos faróis de neblina receberam um feixe de leds acima das luzes comuns, utilizadas como luzes diurnas. Na traseira, as lanternas são do mesmo formato, mas com nova distribuição na posição dos leds. Nas laterais, as rodas de 17 polegadas têm novo desenho. Por dentro, as alterações são sutis, como o volante com base reta. Não há grandes novidades também na lista de equipamentos. O hatch já vem de fábrica com controle de estabilidade e tração, seis airbags, faróis de xênon, revestimento interno de couro e central multimídia com tela de 7 polegadas como itens de destaque.

A conta não é barata. O 308 Griffe THP custa R$ 84.490. Ainda assim, tem um bom custo/benefício e, aparentemente, suas mudanças foram bem-vindas. O segmento de hatches médios caiu impressionantes 38,4% na comparação do primeiro quadrimestre de 2015 com o mesmo período de 2016. Só que o modelo da Peugeot perdeu “apenas” 7,8% nas vendas. Isso fez com que a participação do modelo no segmento subisse de 6,6% para 9,8%. Ele ainda vende menos no total, mas está crescendo no retrovisor dos rivais diretos.

Page 5: Revista Auto Press nº 106

Ponto a PontoDesempenho – A conversão do motor 1.6 THP em flex deu mais vigor ao 308. O funcionamento é suave e linear, com os giros subindo rapidamente ao pressionar o pedal do acelerador. Os 24 kgfm de torque estão disponíveis a partir dos 1.400 giros, o que aumenta a sensação de força. O desempenho anima à primeira vista, mas com o tempo, passa a se tornar apenas um carro com bom fôlego e que permite manobras ágeis. O casamento do motor e do câm-bio automático de seis marchas é bom, mas faltam aletas no volante para mudanças manuais. As trocas automáticas, no entanto, são feitas sem trancos e no tempo certo. Nota 9.Estabilidade – O hatch médio da Peugeot teve o con-junto de suspensão retrabalhado para filtrar melhor as imperfeições das ruas sem comprometer a estabilidade em curvas mais acentuadas. Isso também contribuiu para a redução dos ruídos na cabine. Nota 8.Interatividade – A ampla área envidraçada contribui muito para a visibilidade do 308. Os comandos multifun-cionais são bons, mas poderiam ser mais práticos se fos-sem posicionados diretamente no volante, no lugar das hastes adicionais. A central multimídia agora é integrada ao painel e conta com tela de 7 polegadas e tecnologia de espelhamento da tela do celular diretamente na central. Há ainda Apple CarPlay e HD interno com capacidade de 16 Gb. A versão também traz um novo modo ECO, que prioriza o regime de funcionamento do motor em baixas

Page 6: Revista Auto Press nº 106

rotações. Nota 8.Consumo – O InMetro não avaliou o 308 THP, mas o sedã 408 com o mesmo motor e que pesa praticamente o mes-mo, foi bem nos testes da entidade. O três volumes con-some 7,3/9,2 km/l na cidade/estrada com etanol. Já com o tanque abastecido com gasolina, fica em 10,6/13 km/l nas mesmas condições. O resultado rendeu nota A na catego-ria e C na geral. Nota 8.Tecnologia – O 308 ainda está em sua primeira geração no Brasil, mas sua plataforma ainda oferece boa rigidez, o interior tem bom espaço e traz uma vasta lista de equi-pamentos. Há central multimídia, seis airbags e teto solar panorâmico. Mas o ponto alto da versão Griffe é mesmo o conjunto mecânico. O motor 1.6 THP foi mexido recente-mente para adotar tecnologia flex e deixa o hatch com des-empenho acima da média. Nota 8.Conforto – Os bancos receberam novas espumas, mais macias no assento e firmes nas abas laterais, ajudando a se-gurar o corpo em curvas. O teto de vidro, além de charmo-so, amplia a sensação de espaço. A suspensão foi reajustada e filtra melhor as imperfeições das ruas, ao contrário da versão anterior, que sofria um pouco com os buracos. Nota 8.Habitabilidade – Há diversos lugares para guardar os ob-jetos pessoais do motorista e outros passageiros. O porta-malas carrega 343 litros, boa capacidade para a categoria. Mas a boca do compartimento muito alta dificulta o trans-porte de objetos pesados ou volumosos. Nota 7.Acabamento – O interior da versão Griffe mantém o pa-

Page 7: Revista Auto Press nº 106

drão de boa qualidade e de muito bom gosto, típicos da marca francesa. O acabamento é caprichado, com um grande aplique de plástico com material emborrachado no painel, encaixes perfeitos e sem rebarbas. O couro dos as-sentos e do volante é de qualidade e agradável ao toque. Nota 9.Design – O desenho do 308 é novo, principalmente na dianteira. A repaginada no visual inclui para-choques re-formulados, luzes diurnas em leds, nova grade do radia-dor em posição elevada e com o emblema do leão e rodas exclusivas na configuração Griffe. As lanternas de leds de segunda geração contam com o mesmo desenho, porém a posição das luzes foi alterada. As linhas seguem harmôni-cas, com a dianteira levemente mais ousada. O visual, que já aparentava algum “cansaço” diante da concorrência, se beneficiou com as mudanças. Nota 7.Custo/beneficio – Se for comparado aos outros hatches do segmento, o 308 Griffe é uma opção vantajosa. Os R$ 84.490 cobrados assustam de cara, mas diante do valor de seus rivais, com pacote de equipamentos equivalentes, o preço logo parece um bom negócio. Um Fiat Bravo T-Jet, apesar de só ter câmbio manual, custa R$ 95.342 equipado à altura. Já o Volkswagen Golf 1.4 TSI, com opcionais que se aproximam do 308 THP, chega a ultrapassar R$ 105 mil. O líder do segmento, o Ford Focus, custa R$ 86.890 na versão SE Plus, mas tem dois airbags a menos e um sistema multimídia mais simples. Nota 8.Total – O Peugeot 308 THP somou 80 pontos em 100 pos-síveis.

Page 8: Revista Auto Press nº 106

imPressões ao dirigir

soPro de esPortividadeAs mudanças no trem de força e na suspensão no 308 Griffe,

com motor THP, foram tão sutis quanto a reestilização promovi-da no ano passado. Na verdade, dirigibilidade nunca foi um prob-lema para o hatch médio da marca francesa. O carro é bom de guiar, o acabamento é acima da média da categoria e até o preço, na comparação com os concorrentes, depõe a favor da versão de topo. O motor passou a ser flex e ganhou 1 cv com gasolina e 8 cv com etanol – chega agora a 173 cv. O bom torque de 24 kgfm fica disponível já a partir dos 1.400 giros, o que resulta em boa agilidade ao carro principalmente no tráfego urbano.

Apesar de ter um motor turbinado, o 308 Griffe não chega a ser um esportivo nato. Essa será a tarefa do 308 GT, importado da França, já homologado para o Brasil, mas que ainda não tem pre-visão de ser vendido por aqui. Sem dúvida, o Griffe é um hatch médio potente e mais apurado dinamicamente. Não privilegia a esportividade, embora ela esteja lá: são apenas 8,3 segundos para sair do zero e chegar aos 100 km/h e a máxima é de respeitáveis 215 km/h. Mas o visual comportado e mais voltado para a elegân-cia tipica francesa esconde um pouco a disposição do propulsor para mover o carro.

O bom torque em baixas rotações deixa o veículo sempre pronto para manobras que exijam mais agilidade. O câmbio não traz a possibilidade de trocas em aletas atrás do volante, o que frustra um pouco os motoristas que preferem manter controle absoluto sobre o trem de força. Para trocar marchas no modo manual, somente na alavanca. Quem prefere uma condução mais suave e busca a economia de combustível pode se interessar pela tecla ECO. De acordo com a marca, a redução pode chegar a 7%,

já que seu acionamento faz com que o motor trabalhe sempre em baixas rotações.

O equilíbrio dinâmico da versão Griffe, que já arrancava elogios, ficou melhor. A suspensão foi recalibrada e agora sofre menos com as imperfeições das ruas. As alterações nas molas e amortecedores não eliminaram totalmente as rolagens de carro-ceria, mas não chega a atrapalhar seu comportamento em curvas. Os pneus, que calçam rodas de 17 polegadas, ajudam na tarefa de dar aderência ao hatch. No interior, a maior novidade do 308 é a integração da central multimídia ao console central. O de-senho, no geral, permanece o mesmo, com detalhes cromados e novos grafismos no painel de instrumentos de fundo branco. O acabamento é caprichado, comum em carros franceses, sempre revestido com plástico emborrachado de boa qualidade e detal-hes cromados. O teto solar panorâmico dá um toque de requinte e aumenta a sensação de conforto a bordo. Mas o volante poderia ser um pouco menor. A exemplo do que acontece no hatch com-pacto 208. Esportivo e bem mais instigante.

Page 9: Revista Auto Press nº 106

Ficha técnica

Peugeot 308 thP

Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, turbo com intercooler, quatro cilindros em linha, quatro válvu-las por cilindro. Comando duplo de válvulas no cabeçote com sistema de variação de abertura na admissão e escape. Injeção eletrônica multiponto e acelerador eletrônico.Potência: 173 cv com etanol e 166 cv com gasolina a 6 mil rpm.Torque: 24 kgfm com gasolina/etanol entre 1.400 rpm e 4 mil rpm.Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades a frente e uma a ré. Tração dianteira. Aceleração 0-100 km/h: 8,3 segundos. Velocidade máxima: 215 km/h.Diâmetro e curso: 77 mm x 85,8 mm. Taxa de compressão: 10,2:1.Suspensão: Dianteira independente pseudo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos pressurizados e barra estabilizadora desacoplada. Traseira por travessa defor-mável, molas helicoidais, barra estabilizadora integrada e am-ortecedores hidráulicos pressurizados.Pneus: 225/45 R17.Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS.Carroceria: Hatch em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. 4,29 metros de comprimento, 1,81 m de largura, 1,51 m de altura e 2,61 m de entre-eixos.Peso vazio em ordem de marcha: 1.392 kg Capacidade do porta-malas: 343 litros.Capacidade tanque de combustível: 60 litros. Produção: El Palomar, Argentina.

Lançamento no Brasil: 2012.Face-lift: Novembro de 2015.Itens de série: Seis airbags, alarme, sistema Isofix para cadeiras infantis, freio a disco nas quatro rodas, sensor de estaciona-mento traseiro, faróis de neblina, luzes diurnas em leds, retro-visores com lanternas com indicadores de posição, teto pan-orâmico, direção assistida eletro-hidráulica, ar-condicionado bizone, acendimento automático do farol, limpador automático do para-brisa, revestimento parcial em couro, vidros, travas e retrovisores elétricos, central multimídia com tela sensível ao toque, volante revestido em couro, detalhes cromados nos pa-ra-choques dianteiros e traseiros, retrovisores e maçanetas das portas na cor da carroceria, roda de 17 polegadas em liga leve, sensor de estacionamento dianteiro, câmara de ré, bancos em couro perfurado, rodas diamantadas de 17 polegadas.Preço: R$ 84.490.

Page 10: Revista Auto Press nº 106

desencontro marcado A parceria entre a BMW Mottorad e a Dafra na produção de motocicletas no Brasil está próxima do fim. A mar-ca alemã se prepara para inaugurar, ainda no segundo semestre deste ano, uma fábrica própria em Manaus, no Amazonas. A unidade ficará responsável pela montagem das motos da marca no país, depois de sete anos de acordo entre a Dafra e BMW para a produção em conjunto.

Oito modelos já montados em Manaus serão transferidos para o novo espaço e de lá sairá até o final do ano a G 310 R, recente modelo de entrada lançado pela fabricante germânica. A expectativa é que a fábrica consiga produzir cerca de 10 mil motocicletas em 2017. De acordo com a BMW, a mudança não terá impacto no volume de abastecimento das concessionárias no Brasil. Além disso, a unidade vai gerar 170 novos empregos na região.

troca de tecnologias

A Porsche mostrou em um simpósio de tecnologia em Viena, na Áustria, seu novo motor V8 biturbo. A ideia é que esse pro-pulsor aposente o 4.8 V8 utilizado hoje no Panamera Turbo S. Capaz de entregar 549 cv, ele possui 21 cv de potência a menos que o 4.8. Mesmo assim, a promessa é de que ele seja 30% mais eficiente.

O novo motor, sem data de estreia ainda confirmada, poderá ser combinado com dois tipos de câmbios de oito marchas: um automático convencional e outro automatizado de dupla embreagem. Na Porsche, a intenção é utilizá-lo também no Cay-enne. Há ainda planos de inseri-lo em carros de outras marcas do Grupo Volkswagen. Nesse caso, o compartilhamento poderia ser feito com a Audi e a Bentley.

trânsito antiPoluente

A Shell quer criar uma fonte renovável de combustível que possa ser utilizada em larga escala no mundo e diminuir as emissões de poluentes. E, para isso, pretende utilizar o ar. A ideia é trabalhar em uma tecnologia que retire o dióxido de carbono do ar e o incorpore a uma molécula de hidrogênio proveniente do refinamento do diesel. Desta forma, será possível produzir hidrocarbonetos, base dos combustíveis de hoje. Além de recu-perar gases que seriam liberados na atmosfera, a novidade teria um valor relativamente baixo de produção.

Nos primeiros testes, o custo deste novo combustível ficou em cerca de US$ 3, ou seja, perto de R$ 10,5 por litro. Mas, de acordo com a empresa, esse valor poderia ser reduzido para perto de US$ 1 se feito em larga escala. No entanto, ainda não foram realizados experimentos para essa produção em massa.

Page 11: Revista Auto Press nº 106

D epois de se sair bem nas vendas na carroceria de quatro portas e até encerrar abril como o terceiro

carro mais vendido do Brasil, o Volkswagen Gol ganha agora mais um trunfo para tentar recuperar a liderança de 27 anos perdida nos últimos dois anos: a opção de duas portas, sempre com motor 1.0 de três cilindros. O modelo chega às lojas em junho, a partir de R$ 33.620 e com modificações idênticas às já adotadas pela fabricante no hatch compacto. De série, tem direção hidráulica, vidros elétricos e trava-mento central e limpador, lavador e desembaçador do vidro traseiro com temporizador.

As versões contam ainda com conta-giros e rodas de 14 polegadas com medidas 175/70 com pneus de baixa resistência ao rolamento. Ar-condicionado, sistema de som e suporte para celular estão entre os opcionais. O motor entrega até 82 cv com etanol e 75 cv com gasolina e torque de 10,4 kgfm e 9,7 kgfm, respectivamente, com os mesmos combustíveis. Já o câmbio é manual de cinco velocidades.

limPeZa na imagemDepois do escândalo das fraudes nos testes de emissão de motores a diesel, a Volkswagen quer investir na propulsão alternativa. O grupo alemão planeja a produção de um modelo elétrico de porte médio, semelhante ao Golf, com autonomia de 500 km e baterias com tempo de recarga in-ferior a 15 minutos. A plataforma será a MEB, para motores elétricos, prevista para chegar ao mercado até o final de 2020.

PenaliZações revistasA presidente Dilma Rousseff sancionou alterações no Código de Trânsito Brasileiro, CTB, referentes às multas de trânsito. De acordo com a lei 13.281/2016, os valores por tipo de infração serão reajustados entre 52,2% e 66,1%. As gravíssimas, que geram sete pontos na habilitação do mo-torista, passarão de R$ 191,54 para R$ 293,47. As graves, de cinco pontos, subirão de R$127,69 para R$ 195,23, enquanto as médias, de quatro pontos, irão dos atuais R$ 85,13 para R$ 130,16. Por último, as leves, de três pontos, deixarão de custar R$ 53,20 para terem valor de R$ 88,38. Além disso, os valores serão reajustados anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o IPCA.

contra-ataque

Page 12: Revista Auto Press nº 106

gravataexecutiva

linha 2017 do suv trailblaZer reForça seu PaPel de “toP de linha” dos chevrolet “made in braZil”

Por luiZ humberto monteiro Pereiraauto Press

autoPerFilFo

tos:

luiZ

hu

mbe

rto

mo

nte

iro

Per

eira

/cZn

Page 13: Revista Auto Press nº 106

O mercado automotivo brasileiro não para de cair – mas as vendas de utilitários esporti-vos vão bem, obrigado. Ser como um “porto

seguro” em meio à tempestade fez com que os SUVs assumissem, nos últimos tempos, o papel de protago-nistas dos principais lançamentos de veículos do país. Assim, o segmento que por quase uma década foi domi-nado com folgas pelo Ford Ecosport, hoje tem sua lider-ança disputada pelos novatos Jeep Renegade e Honda HR-V. Mas nem só de compactos se faz a pujança dos SUVs em território nacional. Modelos maiores também têm conseguido escapar à queda generalizada nas ven-das. É nesse segmento que está a Trailblazer, que acaba de apresentar sua linha 2017. Os reforços tecnológicos e mecânicos do SUV da Chevrolet ressaltam a função de topo de gama dos Chevrolet produzidos no Brasil.

Por fora, as mudanças na Trailblazer se caracterizam pelos novos faróis, grade, capô, rodas e para-choque redesenhados, tudo segundo a atual identidade visual da marca. O capô ganhou uma reentrância, esculpida na parte posterior. A grade foi alongada até os faróis, que foram redesenhados e trazem luz de condução diurna em leds, conferindo uma assinatura luminosa ao modelo. Na parte frontal, o conjunto com o atual “facelift” ficou mais robusto e contemporâneo, en-quanto no perfil e na traseira, as alterações estéticas foram pontuais – basicamente rodas de alumínio de aro 18 redesenhadas e um outro cromado. Já no interior,

Page 14: Revista Auto Press nº 106

com capacidade para até sete ocupantes, o acabamento foi revisto e recebeu um “upgrade”. Além dos revesti-mentos internos com mais fartura de “soft-toutch” e do painel de instrumentos remodelado, os conjuntos de suspensão e de freios são novos, a direção agora tem assistência elétrica e o isolamento da cabine foi aprimo-rado para garantir um maior nível de conforto a bordo, principalmente em pisos irregulares.

Mas, muito além do “facelift” externo e da maior sofisticação na cabine, são os novos itens de conveniên-cia, conectividade e segurança que realmente ajudam a tornar a Trailblazer 2017 mais competitiva. O Onstar – um sistema de telemática que oferece ao motorista mais de 20 serviços de emergência, segurança, navega-ção, concierge e conectividade –, é oferecido como cortesia durante 12 meses. Além dele, a Trailblazer traz o sistema multimídia MyLink de segunda geração com GPS, já oferecidos nos sedãs Cruze e Cobalt, e incorpora também outras novidades interessantes em termos de segurança. Entre elas, alertas de colisão, de saída de faixa e de ponto cego, câmara de ré com alerta de movimentação traseira e sistema de monitoramento da pressão dos pneus. Controles eletrônicos de tração (TC) e de estabilidade (EPS) e assistentes de partida em rampas (HSA) e de descida (HDC) fazem parte do “pacote”.

Na parte de entretenimento, o sistema multimídia da Trailblazer ganhou tela de alta resolução e novas fun-

Page 15: Revista Auto Press nº 106

ções, entre elas o Android Auto e o Apple CarPlay, que ampliam as possibilidades de interação entre o veículo e o smartphone do usuário, com a opção de comandos de voz. Um sistema de partida do motor por controle remoto e a função “Eco” no computador de bordo, que auxilia o motorista a conduzir o veículo de uma maneira a privilegiar o menor consumo de combustível, também são disponibilizados de série.

A Trailblazer é vendida apenas na versão de aca-bamento “top” LTZ, com opções de motorização 3.6 V6 , de 279 cavalos, ou 2.8 TurboDiesel, de 200 cavalos. A versão diesel tem disponibilidade de tração 4X4 com reduzida, acionável através de um botão giratório no console central. O câmbio é sempre um automático com seis velocidades com possibilidade de acionamento manual das marchas. Os aperfeiçoamentos eletrônicos e estruturais resultaram em uma redução de 13 kg no peso total do utilitário esportivo.

A linha 2017 da Trailblazer desembarca esse mês nas concessionárias e traz uma novidade oportuna para os tempos atuais: uma redução no preço. Ambas com o mesmo acabamento LTZ e equipamentos, a versão com motor 3.6 V6 sai por R$ 159.990 e a 2.8 TurboD-iesel, que acrescenta ainda opção de tração 4X4 com reduzida, é oferecida por R$ 189.990. São valores que a Chevrolet considera suficientes para tornar o seu utili-tário esportivo mais atraente para o arisco consumidor brasileiro dos tempos atuais.

Page 16: Revista Auto Press nº 106

Primeiras imPressões

Passeio comPletoRibeirão Preto/SP - A versão 2017 da Trailblazer representa evoluções expressivas em relação à versão anterior. Embora tenha sofrido apenas um “facelift” em termos visuais, o veículo incorporou novidades tão significativas em termos de equipa-mentos que o aproximaram bastante da dirigibilidade de um sedã. Nesse sentido, a inovação mais impactante foi a direção com assistência elétrica, que toma o lugar da antiga assistência hidráulica. A troca melhorou expres-sivamente a manobrabilidade do modelo, que agora pode ser colocado nas vagas com um esforço menor. A suspensão recalibrada também ajuda a conferir insuspeita leveza ao utilitário esportivo de dimensões avantajadas – são 4,88 metros de comprimento, 1,90 m de largura e 2,85 m de distância entre-eixos. Na nova Trailblazer, são tantas câmaras e sensores disponíveis que as vagas apertadas dos shoppings nem metem mais tanto medo. Nas ruas, a Trailblazer mostrou que é bastante ágil para

seu tamanho e pode circular com surpreendente desembaraço em meio aos engarrafamentos cotidianos. Na versão avaliada – a LTZ TurboDiesel, de R$ 189.990 –, apesar do motor diesel roncar com força quando exigido com mais vigor, o nível de ruído externo é relativamente baixo. O utilitário até aderna um pouco nas curvas, bem menos do que se

esperaria de um veículo com 1,84 m de altura – a suspensão bem equili-brada reforça sua percepção de “carro de passeio”. E, quando o motorista resolve exigir mais do trem de força, os 200 cv mostram serviço, assim como o robusto torque de 51 kgfm, disponível já nos dois mil giros. Nessa hora, basta pisar que a Trailblazer LTZ TurboDiesel acelera. E com vontade.

Page 17: Revista Auto Press nº 106

Ficha técnica - chevrolet trailblaZer Motor V6 3.6: Gasolina, dianteiro, longitudinal, 3.564 cm³, seis cil-indros em “V”, quatro válvulas por cilindro e duplo comando no ca-beçote. Injeção direta de combustível.Potência máxima: 277 cv a 6.400 rpm.Aceleração 0-100 km/h: 7,6 segundos.Torque máximo: 35,7 kgfm a 3.700 rpm.Diâmetro e curso: 94 mm X 85,6 mm. Taxa de compressão: 11,5:1Motor 2.8: Diesel, dianteiro, longitudinal, 2.776 cm³, turbo com in-tercooler, com quatro cilindros em linha e 16 válvulas. Injeção direta eletrônica.Potência máxima: 200 cv a 3.600 rpm.Aceleração 0-100 km/h: 10,3 segundos.Torque máximo: 51 kgfm a 2 mil rpm.Diâmetro e curso: 94,0 mm X 100,0 mm. Taxa de compressão: 16,5:1Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Possui controle de tração. Tração integral com reduzida controlada por seletor eletrônico rotatório.Velocidade máxima: 180 km/h.Suspensão: Dianteira independente com braços articulados, molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores telescópicos hidráu-licos pressurizados. Traseira do tipo 5-Link, com molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores telescópicos hidráulicos pres-surizados. Oferece controle eletrônico de estabilidade de série.Pneus: 265/60 R18.Freios: Discos ventilados na frente e atrás. Oferece ABS com EBD.Carroceria: Utilitário esportivo montado em longarinas, com quatro portas e sete lugares. Com 4,89 metros de comprimento, 1,90 m de largura, 1,84 m de altura e 2,85 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina de série.Peso: 2.106 kg (V6 3.6) e 2.161 kg (2.8 diesel), em ordem de marcha.Capacidade do porta-malas: de 205 a 1.830 litros.Tanque de combustível: 76 litros.Produção: São José dos Campos, São Paulo.

Lançamento: 2012.Itens de série: Sistema MyLink com comandos de voz, GPS, Android Auto e Apple CarPlay, serviço OnStar grátis por 12 meses, alertas de colisão, de saída de faixa e de ponto cego, câmara de ré com alerta de movimentação traseira, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, sistema de partida do motor por controle remoto, luzes diurnas em leds, faróis de neblina, rodas de alumínio de aro 18, com-putador de bordo, velocímetro digital, informações no painel sobre manutenção do veículo, direção elétrica, pneus “verdes” de uso misto, sensor crepuscular e de chuva, retrovisor interno eletrocrômico, sen-sor de estacionamento, vidros laterais com abertura e fechamento por meio da chave, sistema de áudio premium, ar-condicionado digital com oito velocidades, rebatimento elétrico dos retrovisores externos, banco do motorista com ajustes elétricos, controles eletrônicos de tra-ção e de estabilidade, assistentes de partida em rampas e de descida, freios ABS com EBD, airbags frontais, laterais e de cortina e sistema isofix para fixação de cadeirinhas infantis. Preço: R$ 159.990 (gasolina) ou R$ 189.990 (diesel).

Page 18: Revista Auto Press nº 106

A Triumph iniciou no Brasil a pré-venda dos novos modelos da linha Bonn-eville que faltam ser comercializados por aqui. Tratam-se da Bonneville T120, Bonneville T120 Black e Thruxton R. A Bonneville T120 e a Thruxton R chegam às lojas em julho, por R$ 42.500 e R$ 55 mil, respectivamente. Já a T120 Black vem só em setembro, também por R$ 42.500. Outros três modelos da linha clássica da marca britânica, Bonneville T100, Thrux-ton e a recém-lançada Street Twin, seg-uem em venda. A primeira por R$ 32.490, a Truxton, de 850 cc, por R$ 33.490, e a Street Twin por R$ 36.500 – valor que, se-

gundo a Triumph, é promocional.Bonneville T120 e T120 Black usam

o mesmo motor bicilíndrico de 1.200 cc, capaz de entregar 80 cv e 10,5 kgfm de torque. Elas contam com aquecedores de manoplas, dois modos de pilotagem e farol com leds diurnos. A T120 Black traz detalhes pretos em substituição aos cro-mados. A Thruxton R também tem 1200 cc, mas rende 97 cv e 11,4 kgfm de torque disponíveis já a 4.950 rpm. A motocicleta conta ainda com três níveis de controle de tração – voltados para estrada, esport-ividade ou chuva – e suspensões Showa na frente e Öhlins, a gás, atrás.

onda verdeA Holanda quer ser o primeiro país do mundo a proibir, já a partir de 2025, a venda de carros que utilizem com-bustíveis fósseis. A proposta faz parte de um plano de sustentabilidade e preserva-ção do meio ambiente e tem a aceitação de grande parte do Parlamento. Falta passar pela avaliação do Senado para ser aprovada. O projeto prevê a proibição da venda de modelos novos com motores potencialmente contaminantes, ou seja, deixa espaço para a utilização de tecnolo-gias híbridas e propulsores movidos a cé-lulas de hidrogênio, além dos puramente elétricos.

aPosta alta A Toyota inaugurou nesta semana sua fábrica de motores em Porto Feliz, no estado de São Paulo. Da unidade, que demandou o investimento de R$ 580 milhões da marca nipônica, sairão 108 mil propulsores flex 1.3 e 1.5 litro, com bloco de alumínio e comando variável de válvulas, utilizados na linha de compac-tos Etios, produzida em Sorocaba. Já os 1.8 e 2.0 do sedã médio Corolla, pelo menos por enquanto, continuarão sendo importados do Japão.

linha comPleta

Page 19: Revista Auto Press nº 106

A Renault confirmou o lançamento na Europa para este ano da picape média Alaskan. O modelo fará parte do conjunto de dez carros que a marca francesa pretende lançar por lá este ano. Com capacidade para uma tonelada, o conceito foi apresentado no ano passado, na época sem definição de data para lançamento. Sua plataforma será comum à da nova Nissan Frontier N300, de uma nova picape da Mitsubishi e da também inédita picape que será lançada pela Mercedes-Benz. Daí a expectativa de que ela seja,

em breve, construída na Argentina, em Córdoba, na fábrica da aliança Renault-Nissan.

O visual da picape segue o padrão dos novos modelos lan-çados pela marca francesa, com o volumoso logotipo da marca invadindo o capô e grade e faróis unidos. Além da picape, a fab-ricante anunciou ainda o novo sedã Mégane na Europa até o final do ano. Trata-se de uma versão de três volumes da quarta geração do hatch, lançada no Salão de Frankfurt do ano passado.

caçamba comPartilhada

Page 20: Revista Auto Press nº 106

teste dealongamento

Idealizado e desenhado pela equipe de de-sign da Toyota na Austrália e, de acordo com a marca nipônica, construído à mão no Japão, o esportivo GT86 foi apresentado, em conceito, com nova configuração de carroceria: a Shoot-ing Brake. A iniciativa se deu após a elabo-ração de um protótipo de argila mostrado ao criador do primeiro Toyota 86, Tetsuya Tada, em uma visita à Austrália realizada em 2014. Tetsuya ficou impressionado a ponto de escalar um artesão de sua confiança para produzi-lo em escala real no Japão.

A montadora levou o protótipo à sua pista de testes. De qualquer forma, pelo menos por enquanto, o que se fala é que trata-se apenas de “um exercício de design”. Ainda assim, a ideia de levar adiante o projeto e transformá-lo em versão de produção não foi totalmente descartada. A mecânica do modelo tem como base a mesmo do GT86: um motor boxer 2.0 de quatro cilindros e 203 cv fornecido pela Subaru.

Page 21: Revista Auto Press nº 106

vitrine

Por márcio maioauto Press

esPíritoesPortivonissan march rio 2016 chama atenção

com bom recheio e adereços laranJas

Foto

s: Jo

rge r

od

rig

ues

Jorg

e:cZn

Page 22: Revista Auto Press nº 106

A Nissan sempre acreditou no potencial de seus mod-elos para crescer no Bra-

sil. Para ampliar sua visibilidade, quis valorizar sua imagem ao se tornar pa-trocinadora oficial das Olímpiadas e Paraolimpíadas deste ano, que serão realizadas em agosto e setembro, no Rio de Janeiro. Nada mais justo que a marca nipônica decidisse se valer desse investimento para apostar em uma série especial, alusiva à com-petição esportiva. O primeiro mod-elo que recebeu os adereços estéticos alaranjados da versão Rio 2016 foi o hatch March, com edição especial de mil unidades e preço de R$ 53.990.

A base é a configuração de topo SL já equipada com o pacote Multi, que traz de série o novo sistema multimí-dia Nissan Multi-App. As alterações estéticas são assinadas pelo Nissan Design America Rio (NDA-R), estú-dio-satélite de design da fabricante no Rio de Janeiro. E quase sempre acompanhadas pelo tom alaranjado, presente em itens como spoiler fron-tal e traseiro, saias laterais, na nume-

Page 23: Revista Auto Press nº 106

ração da série na grade dianteira e nos retrovisores. O laranja entra ai-nda na parte de dentro, nas costuras dos bancos e dos tapetes em veludo. A escolha do tom é simples: está di-retamente relacionado às cores do logotipo oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016, que dá as caras no modelo na tampa do porta-malas e nos para-lamas dianteiros, em uma espécie de medalha.

O Nissan March Rio 2016 só aceita três tipos de cores para a car-roceria: branca, prata e preta. Nas duas primeiras, o compacto ganha ainda o teto em tom preto. As rodas de liga leve também são exclusivas, com acabamento escurecido e 16 po-legadas. A lista de itens de série é “gorda” e contempla comodidades como câmara de ré e ar-condiciona-do automático e digital. Além disso, um dos principais trunfos da edição é a central multimídia Nissan Multi-App, que tem até conexão com inter-net wireless.

O display colorido tem 6,2 pole-gadas e é sensível ao toque. Ela une

Page 24: Revista Auto Press nº 106

leitor de CD e DVD e conexão Blue-tooth ao sistema Android, com al-guns aplicativos pré-instalados. Com uma conexão móvel – utilizando um smartphone como roteador, por ex-emplo – ou sinal wi-fi, é possível ex-ecutar aplicativos como o sistema de navegação Waze, o servidor de vídeos YouTube, o comunicador Skype ou os streamings de áudio Spotify e Deezer. Tudo pela tela, sem mexer no telefone celular. Outro diferencial é a possi-bilidade de baixar mais aplicativos e transferir arquivos digitais de música e fotografia para o equipamento, que conta com espaço de 2 Gb.

Os R$ 53.990 que a Nissan cobra não são pouco. Mas, em compara-ção com a concorrência direta e com motorização semelhante, ele só perde mesmo para o Renault Sandero Dy-namique1.6, que custa cerca de 4% menos. O modelo da marca francesa é mais espaçoso, no entanto é menos potente, não tem uma central multi-mídia como a do March e nem o ar de exclusividade que a configuração Rio 2016 entrega.

Page 25: Revista Auto Press nº 106

Primeiras imPressões

centro dasatenções

Os adesivos alaranjados do novo Nissan March Rio 2016 fazem com que o hatch não passe despercebido pelas ruas. Principalmente quando a carroceria está na cor preta, que en-trega contraste maior com os elemen-tos alusivos à versão “olímpica” do compacto. O modelo de entrada da marca nipônica, que normalmente é visto até com certo ar de fragilidade, ganha uma agressividade ímpar den-tro de sua gama.

Tecnologia e desempenho, no en-tanto, sempre foram destaques do car-ro. O motor 1.6 de 111 cv e 15,1 kgfm faz com que o modelo se mostre ex-tremamente ágil no trânsito urbano, com boas arrancadas, e instigante na estrada, diante de sua eficiência nas ultrapassagens e retomadas. O câm-bio manual de cinco marchas tem en-gates que poderiam ser mais precisos, mas não chega a incomodar durante

a condução. A central multimídia já era boa an-

tes, com câmara de ré integrada, tela de 5,8 polegadas, GPS e conexão com redes sociais. Mas a versão Rio 2016 traz de série um equipamento novo, com aplicativos pré-instalados e que trabalham de maneira independente dos smartphones. Dependem apenas de uma conexão com a internet que

pode ser roteada por um celular ou via sinal de wireless. A tela é maior, de 6,2 polegadas, e transmite, por exem-plo, um percurso indicado pelo Waze ou vídeos do YouTube, faz ligações pelo Skype e reproduz músicas de serviços de streaming como Spotify e Deezer. Extremamente funcional e de uso bem simples. Um dos maiores pontos a favor do March Rio 2016.

Page 26: Revista Auto Press nº 106

Primeiras imPressõesnissan march rio 2016

Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.598 cm³, quatro cilin-dros em linha, quatro válvulas por cilindro. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle de tração.Potência: 111 cv com gasolina/etanol a 5.600 rpm.Torque: 15,1 kgfm com gasolina/etanol a 4 mil rpm.Diâmetro e curso: 78 mm X 83,6 mm. Taxa de compressão: 10,7:1.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson com molas heli-coidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira por eixo de torção com molas helicoidais e amortecedores hidráulicos.Pneus: 185/60 R15.Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. ABS com EBD e as-sistência de frenagem.Carroceria: Hatch compacto em monobloco com cinco portas e cinco lugares. Com 3,83 metros de comprimento, 1,67 m de largura, 1,53 m de altura e 2,45 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série. Não ofer-ece airbags laterais ou de cortina.Peso: 982 kg.Capacidade do porta-malas: 265 litros.Tanque de combustível: 41 litros.Produção: Resende, Brasil.Lançamento mundial: 2013.Lançamento no Brasil: 2014.Itens de série: Spoiler dianteiro e traseiro e saias laterais com detalhes em laranja e marcação “Rio 2016™”, ar-condicionado digital e automático, ar quente, acabamento em preto brilhante no painel central, alarme peri-métrico com acionamento na chave, air bags frontais, alarme sonoro de advertência para chave no contato e luzes acesas, antena de teto, banco do motorista com regulagem de altura, câmara de ré, capa do espelho ret-rovisor preta com listras laranja, chave com telecomando para abertura e fechamento das portas e do porta-malas, computador de bordo, Bluetooth, comandos de áudio no volante, console central com três porta-copos e porta-objetos, conta-giros e velocímetro com acabamento em prata, de-

marcação numeral na grade da edição limitada (0001/1000), detalhe da grade superior em V cromado, desembaçador do vidro traseiro com temporizador, direção elétrica progressiva, display digital de quilometra-gem total e parcial, faróis e lanternas com máscara negra, farol de neb-lina dianteiro com acabamento cromado, logotipo especial em metal “Rio 2016” na tampa traseira e para-lamas dianteiros, para-sol com espelhos cortesia para motorista e passageiro, porta-luvas com tampa, porta-malas com iluminação, portas dianteiras com porta-objetos e suporte para gar-rafa, retrovisores externos rebatíveis e elétricos, revestimento das portas dianteiras em tecido, revestimento dos bancos em tecido com costura na cor laranja, rodas de liga leve 16 polegadas com acabamento especial escurecido, sistema multimídia Nissan Multi-App com rádio, CD Player, entradas auxiliares e de USB, quatro alto-falantes, GPS e aplicativos pré-instalados, tampa de combustível com abertura interna, tapetes em veludo com bordado exclusivo “Rio 2016”, teto preto para as cores de carroceria branca e prata, tomada de 12V integrada ao console central, travas elétricas das portas e do porta-malas, vidros elétricos com função “um toque” para motorista e volante de três raios com regulagem de altura.Preço: R$ 53.990.

Page 27: Revista Auto Press nº 106

A LeEco, empresa de tecnologia chinesa, apresentou no Salão de Pequim o modelo elétrico LeSEE, sigla para Le Super Electric Ecosystem. O modelo é apontado como um dos carros mais avançados já produzidos na China e tem como alvo direto o Tesla Model S. No LeSEE, câmaras substituem os espelhos e, graças a um sistema de amortecimento inteligente, os assentos se moldam ao corpo dos ocupantes do veículo. A cabine ainda tem várias telas sensíveis ao toque, sendo a maior delas no

centro do painel.Informações técnicas, como o tipo de bateria usado ou

mesmo a autonomia alcançada pelo conjunto, ainda não foram divulgadas. Contudo, o carro deve ter sistemas de condução autônoma semelhantes aos do rival da Tesla. E tudo indica que consiga atingir velocidade aos 200 km/h. A ideia inicial é começar a vender o carro por um preço mais em conta e deixar para faturar com os serviços de pós-vendas.

mira verde

Page 28: Revista Auto Press nº 106

A Jaguar vai trazer para o Brasil quatro unidades da série espe-cial British Edition do esportivo F-Type. Três vêm na carroceria cupê e a outra, conversível. Todas são baseadas na versão S, que traz motor V6 3.0 Supercharger de 380 cv. A edição especial tem carroceria nas cores que remetem à bandeira do Reino Unido: vermelho, branco, azul e preto. O preço fica em R$ 537.968 para as unidades cupês e R$ 546.760 para a conversível. As vendas estão marcadas para o próximo dia 21.

nas cores britânicas

Page 29: Revista Auto Press nº 106

A Kawasaki marcou para junho a chegada ao Brasil da nova Ninja ZX-10R. Visualmente, as mudanças são quase imperceptíveis, mas há retoques na carenagem e aplicação de um novo escapa-mento de titânio, que aumenta a eficiência aerodinâmica e ajuda a adequar o modelo às normas de emissão válidas atualmente. A principal mudança está no núcleo do motor de quatro cilindros.

O virabrequim é mais leve e contribui para redução de 20% da força inercial. A moto tem também novos comandos para as 16 válvulas, pistões mais leves e sistemas de alimentação e lubrifica-ção atualizados, que ajudam o propulsor a subir os giros mais rap-idamente até alcançar a potência máxima de 200 cv a 13 mil rpm. O preço será de R$ 78.990, somente na tradicional cor verde.

esPortiva nata

Page 30: Revista Auto Press nº 106

nova geração do audi tt rs tem 400 cvde Potência e chega a 280 km/h

automundo

Foto

s: d

ivu

lgaç

ão

Por márcio maioauto Press

um toquede selvageria

Page 31: Revista Auto Press nº 106

A Audi promoveu nos últimos dias a estreia mundial do

novo Audi TT RS, no Salão de Pequim, na China. Mas já há uma data esperada para sua primeira aparição no Brasil: o Salão de São Paulo, que acon-tecerá em novembro. O mod-elo apareceu nas carrocerias cupê e roadster, com vigor ex-tra em comparação à geração anterior: são 60 cv a mais, to-talizando agora 400 cv.

A força é gerada a partir de um motor 2.5 litros com cinco cilindros em linha e sobreali-mentado por turbo. O torque máximo, de 48,9 kgfm, apa-rece em baixas 1.700 rpm e permanece intacto até os 5.850 giros, o que contribui para que o modelo cumpra o zero a 100

Page 32: Revista Auto Press nº 106

km/h em apenas 3,7 segundos na carroceria cupê e 3,9 segun-dos na variante conversível. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 250 km/h, mas os clientes podem optar por liberar toda o potencial do modelo. Nesse caso, o limite é de 280 km/h.

A transmissão, que antes podia ser manual, agora fica sempre a cargo exclusivamente de uma caixa automatizada S tronic, com dupla embreagem e sete velocidades. A tração conta com o sistema integral permanente Quattro. As rodas chegam de série em 19 polega-das, mas podem opcionalmente ser de aro 20. Nesse caso, os freios a disco ventilados tam-bém podem ser mexidos e tro-cados por modelos de cerâmi-

Page 33: Revista Auto Press nº 106

ca. Outro opcional que afeta o comportamento dinâmico do carro é a suspensão adaptativa, ajustada eletronicamente pelo sistema de modos de condução Audi Drive Select, que contem-pla as opções Confort, Auto, Dynamic e Individual.

Esteticamente, o TT RS gan-hou para-choques mais agressi-vos – um traço, aliás, caracter-ístico da linha RS da marca das quatro argolas –, com entradas de ar avantajadas na frente. Atrás, um difusor orna as duas saídas de escapamento. Os con-juntos ópticos têm leds, mas é possível equipar o esportivo com lanternas Matrix OLED, com efeito 3D, disponíveis pela primeira vez em um carro de produção em série da Audi. O console central ainda ganha

Page 34: Revista Auto Press nº 106

um botão que modifica o ronco do escape.

As vendas na Europa começam no segundo semestre desse ano. Os preços começam

em 66.400 euros na configura-ção cupê e em 69.200 eurosndo modelo descapotável. Valores próximos de R$ 263 mil e R$ 274 mil, respectivamente. No

Brasil, no entanto, essa conta deverá ficar bem mais alta, visto que o Audi TT Roadster, com motor 2.0 de 230 cv, sai por R$ 266.900.

Page 35: Revista Auto Press nº 106

O facelift do Chevrolet Tracker já é esperado para ser mostrado no Brasil no próximo Salão de São Paulo, que acontecerá em novembro. Mostrada nos Estados Unidos em fevereiro, a reestilização alinha o SUV à nova as-sinatura visual mundial da marca com a adoção de faróis

com leds diurnos, grade dividida em duas partes com forma hexagonal na inferior e um novo grafismo para as lanternas traseiras. Por aqui, outra novidade deve ser apresentada nele: o uso do motor 1.4 turbo que equipará o novo Cruze, com 155 cv.

chegada aguardada

Page 36: Revista Auto Press nº 106

A Honda apresentou a linha 2016 da CG 125i Cargo e da CG 160 Cargo. Com foco nos frotistas, que utilizam as motos para trabalho, as atualizações acompanham a nova motorização da linha e detalhes como assento duplo e tanques, tampa do combustível e escapamento remodelados. A principal novidade

da linha CG 125i Cargo é o sistema de injeção eletrônica de combustível. A CG 160 Cargo ganha motorização de 160 cm³, com 14,9 cv a 8 mil rpm. Os modelos têm garantia de um ano e preços públicos sugeridos de R$ 6.990 para CG 125i Cargo e R$ 8.390 para a CG 160 Cargo.

gama amPliada

Page 37: Revista Auto Press nº 106

transmundo

linha 2017 da PicaPe chevrolet s10 aProveita “FaceliFt” Para incorPorar tecnologias

além do que se vê

Por luiZ humberto monteiro Pereiraauto Press

Foto

s: d

ivu

lvaç

ão

Page 38: Revista Auto Press nº 106

P oderia ser apenas mais uma remodelação automo-tiva típica: mudanças nos faróis, grade e paralamas dianteiros, novas rodas e alguns cromados a mais.

Mas a Chevrolet resolveu ir um pouco além no lançamento da picape S10 linha 2017. Além do novo visual, que acompanha a atual identidade global da marca, introduziu uma importante novidade mecânica – a direção hidráulica deu lugar a uma direção eletricamente assistida. Também na lista de equipamen-tos, a picape média trouxe inovações: alerta de colisão e de saída involuntária de faixa, faróis com leds, acionamento do motor por controle remoto, OnStar – um sistema de telemática que oferece serviços de emergência, segurança, navegação, concierge e conectividade – e multimídia com Android Auto e Apple CarPlay.

As alterações visuais ficaram mais concentradas na parte frontal: novos faróis, grade, capô, rodas e para-choque redesen-hados. O capô recebe agora uma cavidade esculpida na parte posterior. A grade está mais alongada e vai até os faróis, que foram redesenhados e incorporam luz de condução diurna em leds. O para-choque traz apêndices aerodinâmicos nas extremi-dades emoldurando as luzes auxiliares e uma espécie de peito de aço logo abaixo da moldura da placa. Na lateral, os retrovisores ganharam repetidores de pisca. Na traseira, a discreta e solitária novidade aparece na tampa da caçamba das versões “top”: uma câmara de ré embutida na maçaneta.

Por dentro, os revestimentos foram aprimorados e algumas partes emborrachadas foram acrescidas. O painel de instrumen-tos foi remodelado para acomodar maior quantidade de itens. Entre eles está um computador de bordo de última geração com informações como velocímetro digital, a pressão dos pneus e parâmetros de manutenção do veículo, incluindo a vida útil do óleo. Possui a interessante função “ECO”, que auxilia o motorista

a conduzir o veículo de uma maneira a privilegiar o menor consumo de combustível. Nas versões mais caras, o centro do painel ficou mais imponente com as saídas de ar maiores e com o multimídia MyLink de segunda geração com GPS. O sistema passa a agregar tela de alta resolução e novas funções, entre elas o Android Auto e o Apple CarPlay. Entre os novos equipamen-tos disponíveis na S10 estão o acendimento automático dos faróis, sensor de chuva, retrovisor central eletrocrômico, câmara de ré com gráficos para auxílio em manobras, sensor de estacio-namento dianteiro e acionamento remoto da ignição.

Em termos mecânicos, continuam os motores 2.8 TurboD-iesel, de 200 cv, ou 2.5 Flex, de 206 cv. Já o veterano motor 2.4 FlexPower foi descontinuado. Além da introdução da direção elétrica, a parte estrutural do modelo também foi retrabalhada. Os conjuntos de suspensão e de freio são novos e os sistemas de

Page 39: Revista Auto Press nº 106

controle de vibrações e de ruídos receberam aperfeiçoamentos. Segundo a Chevrolet, a nova S10 está até 5% mais econômica, em virtude da utilização de materiais mais leves, de novos com-ponentes mecânicos e soluções aerodinâmicas. Outros destaques do conjunto são os controles eletrônicos de tração (TC) e de estabilidade (EPS) e os assistentes de partida em rampas (HSA) e o de descida (HDC). Os freios ABS contam com EBD de última geração e a picape incorpora ainda novas tecnologias, como o alerta de desvio de faixa e o alerta de colisão frontal, comuns apenas a carros de passeio de categorias superiores.

A S10 modelo 2017 oferece um total de treze variações de

configurações. São quatro versões de acabamento – LS, LT, LTZ e High Country –, três opções de cabine –simples, dupla e chassis cab –, duas de motorização – 2.8 TurboDiesel e 2.5 SIDI Flex –, dois tipos de transmissão – manual e automática, ambas de seis velocidades – , além de dois tipos de tração – 4X2 e 4X4 com reduzida. Com cabine simples, a única opção é LS 2.8 Diesel 4X2, de R$ 105.290 – não há mais a versão flex. Na versão cabine dupla, os preços partem de R$ 97.890 na LT 2.5 Flex manual – a antiga versão Advantage da S10, equipada com motor 2.4 FlexPower, deixou de existir – e vão até os R$ 167.490 da LTZ High Country 4X4 2.8 diesel automática.

Page 40: Revista Auto Press nº 106

Primeiras imPressões

qualquer caminhoRibeirão Preto/SP - A apresentação da S10 compreendeu um passeio de mais de 350 quilômetros pelas estradas da periferia de Ribeirão Preto, no interior paulista. Além disso, foi montado em uma fazenda da região um divertido circuito off-road, especificamente para colocar à prova os atributos lameiros da linha 2017 de picape média da Chevrolet. A versão avaliada foi a “top” LTZ High Country 4X4 2.8 diesel automática, de R$ 167.490. Aquela que traz tudo que uma S10 pode oferecer em termos de diversão e conforto.

Já nas primeiras manobras, já é possível perceber a atuação de um dos mais bem-vindos reforços da linha 2017 de S10 – a nova direção elétrica, que substitui a antiga hidraulicamente assistida. Desde a hora de sair do estacionamento, a novidade mostra sua efetividade e confere à picape média uma manobrabilidade surpreendente, similar à dos carros de passeio. No trânsito urbano, a direção elétrica, aliada ao bem equilib-rado conjunto suspensivo, deixa o robusto utilitário diesel um compor-tamento bastante neutro e cordial. Quando chegam as rodovias, o motor 2.8 diesel mostra harmonia com a caixa automática de seis velocidades, com opção de acionamento manual das marchas. O conjunto viabiliza retomadas consistentes e ultrapassagens seguras, transmitindo uma per-cepção de que sobra força para atender às exigências do motorista. Nas curvas, apesar da caçamba vazia, o comportamento foi bastante sóbrio e equilibrado.

Mas é no circuito off-road que a S10 LTZ High Country 4X4 2.8 diesel automática deixa aflorar a sua faceta mais lúdica. Ao atravessar riachos, buraqueiras, lamaçais e valões de todos os tipos, a picape média da Chevrolet prova que suas capacidades lameiras são efetivas. Dá para encarar muita coisa em termos de ‘fora de estrada” sem medo e sem que o veículo apresente sinais de fadiga ou vacilação. E também sem com-prometer demais o conforto a bordo, já que a nova suspensão realiza um trabalho muito bom de filtragem das irregularidades do piso. Não que alguém imagine meter um veículo de R$ 167.490 numa buraqueira sinistra – mas, se for necessário, a S10 topo de linha não faz feio.

Page 41: Revista Auto Press nº 106

Ficha técnica - chevrolet s10 2017

Motor Diesel: dianteiro, longitudinal, 2.776 cm³, turbo, com in-tercooler, com quatro cilindros em linha e 16 válvulas. Injeção direta e acelerador eletrônico.Transmissão: Câmbio manual ou automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira com 4X4. Controle eletrônico de tração.Potência máxima: 200 cv a 3.600 rpm.Aceleração 0-100 km/h: 10,3 s.Velocidade máxima: 180 km/h.Torque máximo: 44,9 kgfm (manual) ou 51 kgfm (automática) a 2 mil rpm.Diâmetro e curso: 94,0 mm X 100,0 mm. Taxa de compressão: 16,5:1.Motor Flex: Gasolina e etanol, dianteiro, longitudinal, 2.457 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando variável de válvulas no cabeçote. Injeção direta de combustível.Transmissão: Câmbio manual de seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira com 4X4. Controle eletrônico de tração. Potência máxima: 197 cv a 6.300 rpm com gasolina e 206 cv a 6 mil rpm com etanol.Torque: 26,3 kgfm com gasolina e 27,3 kgfm com etanol a 4.400 rpm.Aceleração 0-100 km/h: 9,5 s com gasolina e 9,1 s com etanol.Velocidade máxima: 163 km/h.Diâmetro e curso: 88 mm X 101 mm. Taxa de compressão: 11,2:1Suspensão: Dianteira independente com braços articula-dos, molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados. Traseira com feixe de

molas semielípticas de dois estágios e amortecedores hidráuli-cos e pressurizados. Oferece controle de estabilidade.Pneus: 245/70 R16 (Freeride) e 265/60 R18 (High Country)Freios: Dianteiros por discos ventilados e traseiros a tambor. ABS com EBD de série.Carroceria: Picape montada sobre longarinas com quatro portas e cinco lugares. Entre 5,36 5,41 metros de comprimento, 1,87 m de largura, entre 1,78 m e 1,84 m, e 3,10 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.Peso: De 1.772 kg a 2.042 kg.Capacidade de carga: Entre 817 kg e 1378 kg.Tanque de combustível: 76 litros.Produção: São José dos Campos, Brasil.Lançamento da geração no Brasil: 2012.Itens de série:Cabine Dupla 2.5 Flex LT Manual: duplo airbag, freios ABS

Page 42: Revista Auto Press nº 106

com EBD, faróis de neblina, desembaçador do vidro traseiro, nova roda de alumínio de 16 polegadas, capota marítima, ar-condicionado, piloto automático, direção elétrica, ajuste de altura do volante, travas elétricas, vidros elétricos, retrovisores elétricos com setas integradas, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, sensor de estacionamento traseiro e MyLink2 com tela de 7 polegadas. Preço: R$ 97.890 (4X2) e R$ 106.590 (4X4). Cabine Dupla 2.5 Flex LTZ Manual: todos da versão LT mais controle eletrônico de estabilidade, assistente de partida em aclive, lanterna de neblina, sensor crepuscular, sensor de chuva, alerta de saída de faixa, alerta de colisão frontal, rack de teto, nova roda de alumínio de 18 polegadas, painel com acabamento soft touch, ar-condicionado automático, volante multifuncional, retrovisor interno eletrocrômico, câmara de ré, sensor de estacionamento frontal, retrovisores externos com rebatimento elétrico, luzes de condução diurna (DRL) em LED, MyLink2 com tela de 8 polegadas e GPS integrado e sistema OnStar. Preços: R$ 113.690 (4X2) e R$ 120.790 (4X4).Cabine Simples 2.8 Diesel 4×2 LS manual: duplo airbag, freios ABS com EBD, rodas de aço com aro de 16 polegadas, ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos, travas elétricas, rápido com Bluetooth e conexão USB, direção elétrica, sistema de monitoramento da pressão dos pneus. Preço: R$ 105.590.Cabine Dupla 2.8 Diesel LT manual: todos da LS mais faróis de neblina, desembaçador do vidro traseiro, rodas de alumínio com aro de 16 polegadas, capota marítima, piloto automático, ajuste de altura do volante, retrovisores com ajuste elétrico e setas integradas, MyLink2 com tela de 7 polegadas e sensor de estacionamento traseiro. Preço: R$ 127.290 (4X2) e R$ 139.290 (4X4). Cabine Dupla 2.8 Diesel 4×4 LTZ automática: todos da LT

mais transmissão automática, controle eletrônico de estabi-lidade, acionamento remoto da ignição, assistente de partida em aclive, lanterna de neblina, sensor crepuscular, sensor de chuva, alerta de saída de faixa, alerta de colisão frontal, rack de teto, nova roda de alumínio de 18 polegadas, painel com acabamento soft touch, ar-condicionado automático, volante multifuncional, retrovisor interno eletrocrômico, camera de ré, sensor de estacionamento frontal, retrovisores externos com rebatimento elétrico, luzes de condução diurna (DRL) em LED, MyLink2 com tela de 8 polegadas e GPS integrado e sistema OnStar. Preço: R$ 150.190. Cabine Dupla 2.8 Diesel 4X4 High Country automática: todos da LTZ mais lanternas em leds, rack de teto com barras transversais, santantônio exclusivo da versão, banco do motor-ista com regulagem elétrica de altura, distância e inclinação, bancos com acabamento em material premium perfurado, roda de alumínio de 18 polegadas com desenho exclusivo. Preço: R$ 167.490.

Page 43: Revista Auto Press nº 106

Mal chegaram ao Brasil, o Citroën C4 Picasso e Grand Picasso já ganharam facelift na Europa. As alterações na dianteira igualaram os modelos quando vistos de frente e adicionaram lanternas com efeito 3D, além de novas ro-

das de 17 polegadas. A principal novidade, no entanto, foi a adoção do novo motor 1.2 turbo Puretech com 110 cv ou 138 cv, com transmissão manual ou automática de seis marchas.

troca de Forças

Page 44: Revista Auto Press nº 106

trilha emergentehonda aPosta na xre 190 como degrau de acesso aos modelos on/oFF de média cilindrada

motomundo

Foto

s: ed

uar

do

ro

cha/

cZn

Por eduardo rochaauto Press

Page 45: Revista Auto Press nº 106

M uitas boas ideias se caracterizam por trazerem elementos um tanto óbvios. A Honda percebeu que havia uma distância relativa muito grande

entre suas motocicletas on/off mais acessíveis. A NXR 160 Bros mais equipada custa R$ 11.600 e a XRE 300 vai a R$ 15.600 (R$ 17.600 com ABS nos freios). A diferença, supe-rior a 50%, gerava a situação de o sujeito se conformar em trocar sua Bros por outra igual, mas ficar sonhando em subir para uma XRE. E veio, então, a ideia de juntar as duas coisas. A marca japonesa adotou o visual da XRE, pegou o chassi da Bros e apimentou o motor. Assim se fez a nova XRE 190, definida como uma trail urbana e que chega agora às conces-sionárias da marca. O preço cumpre perfeitamente a função de etapa intermediária entre as duas motocicletas: R$ 13.300.

Para pegar uma carona no prestígio do modelo de média cilindrada, a XRE190 segue a mesmíssima linha de design. A carenagem frontal agora se fixa no chassi e não mais na mesa dos telescópicos, como na Bros. Ela forma um só corpo com as duas entradas de ar laterais, presas ao tanque. Nesse conjunto, que pode vir nas cores preta, vermelha ou verde, ficam presos o farol, os piscas e o painel, protegido por um pequeno defletor de ar. O cluster tem uma tela de LCD ao centro com três luzes-espia de cada lado. Ali estão velocímet-ro digital ao centro, conta-giros em barra na parte superior, marcador de combustível, relógio, hodômetros e um com-putador de bordo com média de velocidade e de consumo.

Mas a XRE190 é mais que uma Bros de roupa nova. Para sofisticar ainda mais seu novo produto, a Honda mexeu em algumas características mecânicas. Para começar, desenvolveu um ABS de um canal. Ele atua apenas na roda dianteira, o que permite manter a dirigibilidade durante o

Page 46: Revista Auto Press nº 106

processo de frenagem, e não encareceu demais o modelo. No motor, a mudança também foi minimalista, mas com bons resultados. É a mesma família de motores Core 3 com sistema flex one, usada na Twister 250 cc e na própria Bros. A diferença aqui é que o pistão ganhou 3,7 mm no diâmetro, o que elevou a cilindrada – de 162,7 cc para 184,4 cc – e a potência máxima de 14,7 cv para 16,4 cv, ou 11,5%. Como manteve o mesmo curso, o ganho no torque máximo acabou sendo menor: passou de 1,60 kgfm para 1,67 kgfm, quase 6%, e chega 500 giros mais tarde: aos 6 mil giros. Para tirar melhor proveito desta reengenharia no propulsor, a Honda alterou as relações na caixa de marcha.

Vários itens, no entanto, foram mantidos. Caso do chassi, de berço semiduplo, que só mudou nos encaixes para a nova carenagem. Todas as mudanças alteraram muito pouco também o peso do modelo. Passou dos 121 kg da Bros para 127 kg da XRE190 – praticamente metade desses 6 kg vem do módulo do ABS. Por isso, a engenharia da marca manteve uma suspensão semelhante, com curso nos telescópicos di-anteiros, de 160 mm e 150 mm no monochoque traseiro – na Bros, a dianteira tem 180 mm de curso.

No preço da XRE190 estão incluídos também três anos de garantia e sete trocas de óleo, como já é tradição da marca. Com isso, a Honda acredita que seu novo modelo pode até avançar um pouco sobre as vendas da Bros, mas a tendência é crescer também sobre as rivais de 250 cc. Tanto que aposta que a XRE pode chegar a responder por 32 mil das 240 mil unidades anuais do segmento on/off até 300 cc. Caso concretize a previsão, terá 15% de participação e ficará atrás somente da própria NXR160Bros.

Page 47: Revista Auto Press nº 106

Primeiras imPressões

asPirações iniciaisTuiuti/São Paulo – A Honda quis valorizar a faceta de trail urbana da XRE190. As suspensões com bom curso – 160/150 mm –, e o chassi de berço semiduplo, herdados da Bros, são os dois elementos que oferecem robustez para enfrentar os buracos e valas que compõem o sistema viário nas cidades brasileiras. Mas a maior diferença para a on/off menor está no motor, que ganhou volume e potência, com 184,4 cc e 16,4 cv. Ele torna a XRE mais ágil para se movi-mentar no trânsito urbano e dá até maior capacidade para encarar trechos rodoviários. No final das contas, o aumento de 1,7 cv na potência em relação ao modelo-base contribui até com o conforto, pois o motor é menos exigido, o que re-duz o nível de vibração – já minimizado pelos contra-pesos internos do propulsor.

Um equipamento importante para elevar o status da XRE é o ABS de um canal, instalado no freio dianteiro. Embora seja simples, tem a eficiência necessária para um modelo que pesa apenas 127 kg e traz de berço uma ciclística perfeitamente equilibrada. Mas o que realmente vai chamar a atenção na XRE190 é seu porte. Não fossem os pneus um tanto finos, com 90 mm na frente e 110 mm atrás, ela passaria facilmente como um modelo de cilindrada maior. Principalmente pelo formato das carenagens. Junto a isso, o bom acabamento, o painel moderno e o desenho caprichado fazem da XRE190 uma on/off espécie de modelo de luxo entre as on/off de baixa cilindrada.

foto: divulgação

foto: divulgação

Page 48: Revista Auto Press nº 106

Ficha técnicahonda xre190

Motor: Etanol e gasolina, quatro tempos, 184,4 cm³, monocilíndrico, refrigerado a ar, duas válvulas, comando simples no cabeçote e injeção eletrônica.Câmbio: Manual de cinco marchas com transmissão por corrente. Potência máxima: 16,3/16,4 cv com gasolina/etanol a 8.500 rpm. Torque máximo: 1,65/1,66 kgmf com gasolina/etanol a 6 mil rpm. Diâmetro e curso: 61 mmX 63 mm.Taxa de compressão: 9,5:1.Suspensão: Garfo telescópico com 160 mm de curso. Tra-seira do tipo monochoque com 150 mm de curso. Pneus: 90/90 R19 na frente e 110/90 R17 atrás. Freios: Disco simples de 240 mm e pinça com pistão duplo na frente e disco simples de 220 mm e pinça com pistão simples na traseira. ABS na roda dianteira de série.Dimensões: Motocicleta on/off com chassi de berço semi-duplo em aço carbono com 2,03 metros de comprimento, 0,82 m de largura, 1,18 m de altura, 1,36 m de distância entre-eixos e 0,84 m de altura do assento. Peso: 127 kg.Tanque de combustível: 13,5 litros. Produção: Manaus, Brasil.Lançamento: Maio de 2016.Preço: R$ 13.300.

foto: divulgação

foto: divulgação

Page 49: Revista Auto Press nº 106

Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 2, Número 106, 13 de maio de 2016Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.222 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: [email protected] Diretores Editores: Eduardo Rocha [email protected] Luiz Humberto Monteiro Pereira [email protected] Reportagem: Márcio MaioVictor Alves [email protected] Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino [email protected]

Acordos editoriais: MotorDream (Brasil) Infomotori.com (Itália) Autocosmos.com (México/Argentina/Chile/Peru/Venezuela) Automotriz.net (Venezuela) AutoAnuario.com.uy (Uruguai) Revista MegaAutos (Argentina) MotorTrader.com.my (Malásia)Absolute Motors (Portugal)

Fotografia: Jorge Rodrigues Jorge [email protected] Publicidade: Arlete Aguiar [email protected] Produção: Harley Guimarães [email protected]

Curta a página da Revista Auto Press