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Ano 3, Número 118, 5 de agosto de 2016 ALVO PREFERENCIAL JAC T5 BUSCA EMPLACAR NO SEGMENTO MAIS CONCORRIDO E LUCRATIVO DO MOMENTO, O DE SUVS COMPACTOS VOLKSWAGEN GOL TRENDLINE 1.0 E AINDA: TOYOTA ETIOS CHEVROLET ONIX ACTIV BMW R NINET ROADSTER SCRAMBLER MERCEDES-BENZ URBAN ETRUCK

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Ano 3, Número 118, 5 de agosto de 2016

AlvopreferenciAl

JAc T5 buscA emplAcAr no segmenTo mAis concorrido e lucrATivo do momenTo, o de suvs compAcTos

Volkswagen gol Trendline 1.0e ainda: ToyoTa eTios CheVroleT onix aCTiV BMw r nineT roadsTer sCraMBler MerCedes-Benz UrBan eTrUCk

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Sumárioedição de 5 de agosTo 2016

EDITORIAL

03 - JaC T5

12- Volkswagen gol Trendline 1.0

20- ToyoTa eTios

26 - CheVroleT onix aCTiV

37- BMw r nineT roadsTer sCraMBler

Escolhas econômicasA “Revista Auto Press” desta semana aposta no cus-to/benefício. A começar pela avaliação do JAC T5, que por R$ 70 mil entrega um bom pacote de opcio-nais para brigar por espaço na categoria dos SUVs compactos. E segue com o teste do Volkswagen Gol Trendline 1.0, que em carroceria com apenas duas portas se mostra um veículo vantajoso para a frota de algumas empresas e até consumidores solteiros e que andam, na maior parte do tempo, apenas com os bancos dianteiros ocupados. No que diz respeito às novidades, o Chevrolet Onix, enfim, ganhou sua aguardada versão aventureira, a Activ. As mudanças se concentram, principalmente, na suspensão elevada, pneus maiores, rodas exclusi-vas e acabamento com estética off-road e passa a ser a nova variante topo de linha da gama do compacto. Mesmo caso da configuração Platinum, que volta às concessionárias da Toyota tanto para o Etios sedã quanto para o hatch. Seu diferencial é agregar con-forto e certo requinte de categorias superiores em um modelo menor. De carona no sucesso do estilo vintage conseguido pela Ducati, a BMW Motorrad apresentou a versão Scrambler da R NineT Roadster. E, diretamente da Alemanha, um passeio a bordo da moto mostra que é bem mais que uma simples configuração nostálgica. Também da Alemanha, no universo de veículos comerciais, a Daimler Trucks apresentou o Mercedes-Benz Urban eTruck, primeiro caminhão totalmente elétrico com Peso Bruto Total de até 26 toneladas.Boa leitura!

33 - MerCedes-Benz UrBan eTrUCk

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por fAbio perroTTA JuniorAuTo press

JAc T5 AposTA no preço mAis em conTA de versão ToppArA rivAlizAr com os suvs compAcTos de enTrAdA

lei dAoferTA

TesTefo

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n Q uando estreou no Brasil, em 2011, a JAC Motors investiu pesado em marketing. Propagandas em horário nobre – coman-

dadas pelo apresentador Faustão –, inauguração de 50 concessionárias no mesmo dia e até a promessa uma fábrica em Camaçari, na Bahia, foram alguns dos chamarizes. Após cinco anos, o cenário é bem dife-rente do idealizado. A fábrica da marca chinesa não saiu do papel. A forte retração do mercado diminuiu exponencialmente as vendas obrigou a fabricante a mudar suas aspirações. Se antes o foco era nos carros populares, a JAC decidiu entrar no segmento menos afetado pela crise, o de SUVs. Primeiro com o T6 e agora com o T5, que chegou em março deste ano, custando R$ 59.990 na sua versão mais básica.

Definido como o primeiro JAC a ser produzido na fábrica brasileira da cidade baiana de Camaçari – que agora tem previsão de estrear em 2017 e com capacid-ade de produzir 20 mil unidades em vez de 100 mil –, o T5 utiliza um motor flex 1.5 16V VVT acoplado ao câmbio manual de seis marchas em todas as versões. A opção de câmbio automático CVT ainda não foi disponibilizada. Na teoria, os preços começam em R$ 59.990 na versão básica, passam pelos R$ 66.690 da intermediária e chegam aos R$ 70.690 da atual versão “top”, batizada pela JAC Motors de “pack 3”. Na prática, só a opção mais cara e completa é encontrada

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nas lojas.Seu principal trunfo é ter sua versão topo de linha

com preços equiparados aos de seus concorrentes nas versões mais básicas – Renault Duster e Ford Ecosport –, o que torna o SUV compacto da marca chinesa uma possibilidade interessante. A marca chinesa acredita que possa também roubar clientes de modelos urbanos com pretensões “aventureiras”, como Citroën Aircross, Renault Sandero Stepway, Hyundai HB20X e Volkswagen CrossFox. É provável que o T5 também incomode os compatriotas Chery Tiggo e Lifan X60.

De série, a versão Pack 3 traz ar-condicionado digital automático, vidros elétricos nas quatro portas, trava central e retrovisores elétricos, alarme antifurto, sistema de monitoramento de pressão dos pneus, sistema Isofix, sensores de estacionamento, abertura interna do porta-malas e do tanque de combustível, computador de bordo, faróis com regulagem elétrica de altura e acendimento automático, banco traseiro bipartido 60/40, banco do motorista com ajuste de altura, rodas de liga leve aro 16, faróis de neblina dianteiros e traseiros, rack no teto, assistente de par-tidas em rampas, controle eletrônico de estabilidade, bancos revestidos em couro, kit multimídia com mir-ror link e tela de 8 polegadas e câmara de ré. Não há opcionais e nem mesmo a cor metálica é cobrada.

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ponTo A ponToDesempenho – O T5 não esbanja potência, mas tam-bém não sente falta dela. O 1.5 flex de 127 cv, quando abastecido com etanol, empurra os 1.210 kg com a força necessária. O torque máximo de 15,7 kgfm atinge seu ápice aos 4 mil rpm. Apesar do bom escalonamento do câmbio e das seis marchas, o modelo fica devendo en-gates mais precisos. Nota 7. Estabilidade – A suspensão do tipo McPherson na di-anteira e eixo de torção na traseira são bem adaptadas aos desníveis das ruas brasileiras. Seu comportamento em curvas é neutro e transmite segurança na condução. O controle eletrônico de estabilidade ajuda nisso. Há pouca rolagem da carroceria, nada que comprometa a dirigibilidade. Nota 7. Interatividade – Os comandos ficam localizados em locais de fácil acesso e a central multimídia tem tela sensível ao toque. O painel de instrumentos e o dis-play central têm belo design e layout de cores. O vo-lante possui controle de som e para atender chamadas de celular. De negativo, a falta de precisão do marcador de combustível, a dificuldade em mudar as opções do computador de bordo e um lado do volante multifun-cional sem qualquer comando. Nota 6. Consumo – O InMetro registrou 6,8/8,2 km/l de etanol e 10/12 km/l de gasolina na cidade/estrada, com con-sumo energético de 2,06 MJ/km. Os números renderam nota A no segmento e C na geral. Não é ruim, levando

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em consideração seu peso. Nota 8. Conforto – O espaço interno é compatível com os concorrentes do segmento. Quatro pessoas viajam sem grandes problemas, mas o quinto passageiro pode prej-udicar um pouco o conforto. Os bancos têm boa den-sidade. A suspensão absorve grande parte dos impac-tos, mas como é comum em carros desse porte, há um pouco de balanço em áreas mais acidentadas. Nota 7. Tecnologia – O destaque do T5 é o kit multimídia, com opção de espelhamento do smartphone direto na tela de 8 polegadas. O sistema incorpora uma câmara de ré, conexão HDMI e Bluetooth, leitor de MP3, entra-das USB e SD Card. O sistema opera aplicativos como o Waze e ainda permite verificar e-mails, acessar o Face-book ou visualizar o álbum de fotos do celular. O ar-condicionado, por exemplo, é digital. Nota 7. Habitabilidade – Há diversos porta-trecos para guar-dar celular, chave, carteira e outros objetos. O acesso aos bancos dianteiros e traseiros é tranquilo, graças ao bom ângulo de abertura das portas. O porta-malas de 600 litros é louvável. Nota 7. Acabamento – Apesar de ter revestimento de couro nos bancos e portas, o T5 peca por não oferecer nenhum plástico macio ao toque. No entanto, os encaixes são bons e não há rebarbas. Os apliques prateados aumen-tam a sensação de cuidado da fabricante na hora de projetar o interior. Nota 7. Design – O estilo ressalta a robustez. Na frente, a grade cromada em forma de trapézio é formada por grossas travessas. As luzes diurnas de leds ressaltam os faróis trapezoidais e agregam algum requinte estético. No entanto, falta um pouco de personalidade, visto que é

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evidente a inspiração nas gerações antigas da Hyundai. Nota 6. Custo/benefício – O JAC T5 ‘pack 3’ custa R$ 70.690 com câmbio mecânico. Completo e sem opcionais, o modelo custa o mesmo que as versões mais básicas de

seus concorrentes principais e oferece alguns equipa-mentos inéditos no segmento. Pesa contra a crise que JAC atravessa, com o fechamento de algumas conces-sionárias. Nota 7. Total – O JAC T5 somou 69 pontos em 100 possíveis.

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impressões Ao dirigir

possibilidAde honesTADe fora, o porte do T5 impressiona. A sensação de que se

trata de um carro de um segmento superior intriga algumas pessoas. O símbolo da JAC na dianteira também pode gerar desconfiança. Ao volante, o SUV compacto da JAC é honesto. Não há grandes retomadas ou acelerações incríveis. O carro responde bem aos comandos, sem exageros. A média de 6,5 km/l com etanol é compatível com o segmento, ainda mais por se tratar de um carro pesado.

Ao volante, o T5 transmite a segurança necessária para se fazer curvas um pouco acima da velocidade. O controle de estabilidade de série ajuda nesse fator. O câmbio de seis marchas, apesar de bem escalonado, não possui engates tão bons e faz um barulho incomodo ao engatar as marchas. Os freios (com discos ventilados na frente e sólidos atrás, além de ABS e EBD) possuem ótima modulação e dão conta – com sobras – de parar o carro. O isolamento acústico é compatível com carros do segmento, mas poderia ser melhor. A direção elétrica tem o peso correto durante manobras e não é molenga demais com o carro em movimento.

O espaço interno é digno. Achar a melhor posição para dirigir não exige muito esforço. Falta apenas a regulagem de profundidade da caixa de direção. Os bancos são confortáveis e oferecem bom apoio lateral. O maior destaque fica mesmo para o porta-malas. São 600 litros de capacidade, que ajudam a carregar toda a bagagem da família, principalmente se ela for grande. No geral, a impressão é que o SUV pode ser uma boa alternativa para o consumidor brasileiro.

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fichA TécnicA - JAc T5Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.499 cm³, com quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e comando variável de vál-vulas na admissão. Injeção multiponto sequencial.Transmissão: Câmbio manual com seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.Potência máxima: 125 cv e 127 cv a 6 mil rpm com gasolina e etanol.Diâmetro e curso: 75 mm X 84,8 mm. Taxa de compressão: 10:1.Aceleração 0-100 km/h: 10,8 segundos.Velocidade máxima: 194 km/h.Torque máximo: 15,5 kgfm e 15,7 kgfm a 4 mil rpm com gasolina e etanol.Suspensão: Dianteira independente, do tipo McPherson, com molas heli-coidais e barra estabilizadora. Traseira semi-independente, eixo de torção, com molas helicoidais e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.Pneus: 205/55 R16.Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS e EBD.Carroceria: Utilitário em monobloco com quatro portas e cinco lugares. 4,32 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,62 m de altura e 2,56 m de distância entre-eixos. Oferece airbag duplo de série.Peso: 1.210 kg.Capacidade do porta-malas: 600 litros.Tanque de combustível: 45 litros.Produção: Hefei, China.Lançamento no Brasil: 2016.Itens de série: Ar-condicionado digital e automático, vidros elétricos das quatro portas, trava central e retrovisores elétricos, alarme antifurto, sistema de monito-ramento de pressão dos pneus, sistema Isofix, sensores de estacionamento, abertura interna do porta-malas e do tanque de combustível, computa-dor de bordo, faróis com regulagem elétrica de altura e acendimento au-tomático, banco traseiro bipartido 60/40 e banco do motorista com ajuste de altura, rodas de liga leve aro 16, faróis de neblina dianteiros e traseiros, rack no teto, assistente de partidas em rampas e controle eletrônico de esta-bilidade, bancos revestidos em couro, kit multimídia com mirror link e tela de 8 polegadas e câmara de ré. Preço: R$ 70.690.

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TrocA de posTosDiante de tantas mudanças no segmento de sedãs médios do

Brasil, quem se deu bem, por enquanto, foi o Chevrolet Cruze. O modelo da marca norte-americana não chegou à liderança, mas alcançou o segundo lugar na briga no mês passado, com 1.128 unidades vendidas. De quebra, chegou à terceira posição no acumulado do ano. O líder ainda é o Toyota Corolla, que teve 5.919 emplacamentos no mês de julho e segue com 46,92% de participação. A terceira colocação ficou com o Ford Focus sedã, com 691 exemplares comercializados, seguido do Honda Civic e suas 683 vendas. Em quinto aparece o Volkswagen Jetta, com 666 emplacamentos e, logo atrás, o Nissan Sentra, que passou do terceiro para o sexto lugar, com 442 unidades.

Esse troca-troca de posições se dá, principalmente, pelo estoque enfraquecido do Honda Civic, que começará a ser ven-dido neste mês em sua nova geração. E também pela chegada do SUV compacto Nissan Kicks. Além de “roubar” algumas vendas do sedã médio da marca, o utilitário esportivo vem importado do México – sua produção nacional só começará no ano que vem. Desta forma, a marca também precisou dividir sua cota de importações entre unidades do sedã e do crossover.

imAgem reTrAbAlhAdAA Audi vai produzir três novos modelos elétricos e um

autônomo nos próximos quatro anos. A notícia se dá a partir do investimento de um terço de todo o montante destinado à pesquisa e desenvolvimento do Grupo VW para a elaboração de modelos mais favoráveis ao meio ambiente – tudo para afastar a má fama deixada pelas fraudes nos testes de emissões dos motores a diesel do Grupo Volkswagen.

A marca visa desenvolver uma nova subsidiária, a SDS Company, só para trabalhar em modelos autônomos. Baseado no conceito e-tron quattro, um dos primeiros elétricos será o utilitário que a Audi irá desenvolver na Bélgica. Ele utiliza três motores elétricos, com potência total de 435 cv e 81,5 kgfm de torque. Segundo a montadora, as baterias poderão levar o SUV por 500 km entre recargas.

herAnçA AguArdAdAA Mercedes-Benz fará diversas mudanças na próxima gera-

ção do Classe A, seu hatch de entrada. O modelo será maior e contará com tecnologia de outros carros mais caros da marca. O hatch deve seguir com tração dianteira mas terá maiores semel-hanças com os atuais Classe C e E. O carro terá no visual a nova assinatura que a marca aplica nas lanternas e faróis.

No interior, o modelo deve melhorar a qualidade da cabine, com materiais mais luxuosos, um painel mais simples e mostra-dores digitais. Um touchpad no centro do console irá substituir o controle giratório da central multimídia, a exemplo dos mod-elos maiores da marca. O hatch contará com tecnologias como o controlador de velocidade de cruzeiro ativo, capaz de parar o carro sozinho, semelhante ao da última geração do Classe E. O novo Classe A é esperado para 2018.

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A Suzuki confirmou, através de um comunicado, a chegada da nova geração do Vitara ao Brasil. O modelo já é comercial-izado em 116 países, com mais de 135 mil unidades vendidas. Contudo, o texto não dá certeza de quando começará a venda do SUV no país. E nem mesmo qual será sua etiqueta de preço ou que versões estarão disponíveis por aqui. O novo Vitara vem para se posicionar entre o Grand Vitara e o S-Cross, com medidas sutilmente menores que as do Grand Vitara: são 3,3 centímetros a menos no comprimento, 1,4 cm no entre-eixos, 0,4 cm na largura e 1,3 cm na altura em relação ao SUV médio. Ficou com 4,17 metros de comprimento, 2,50 m de entre-eixos, 1,77 m de largura e 1,61 m de altura, respectivamente.

Na parte estética, o novo SUV ganha grade frontal avantajada, em formato de trapézio invertido, com o emblema ao centro, e faróis de leds azuis com sistema que contribui para a economia

de energia. A lista de equipamentos inclui sete airbags e rodas de liga leve de 16 ou 17 polegadas. Na versão versão de topo, é possível ter tecido de assento de camurça, entrada sem chave com botão de arranque e teto solar panorâmico. Sob o capô, pode receber motor 1.6 litro tanto a gasolina quanto diesel, com a mesma potência de 118 cv. O torque é de 15,9 kgfm no primeiro e 32,6 kgfm no segundo, que tem novo sistema de recirculação dos gases e atende às regulamentações Euro 6 de emissão de poluen-tes. A transmissão manual pode ser de cinco velocidades para o propulsor a gasolina e de seis velocidades no diesel. Já o câmbio automático está disponível com seis marchas apenas para o mo-tor a gasolina. Configurações topo de linha trazem sistema de tração nas quatro rodas All Grip, que estreou no Suzuki S-Cross, onde o motorista escolhe seu comportamento entre quatro con-figurações: Neve, Auto, Sport e Lock.

fim dA esperA

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ponTode Acesso

volkswAgen gol Trendline 1.0 é opção mAis emconTA pArA quem não precisA de porTAs TrAseirAs

por márcio mAioAuTo press

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U m modelo de alto volume se faz da soma de di-versas versões. Caso do Volkswagen Gol. O hatch compacto passou por uma reestilização para linha

2017 e ganhou em junho uma configuração de entrada com apenas duas portas, a Trendline 1.0 – quatro portas nesta configuração passaram a ser opcionais. A fabricante assume que o foco é nas vendas para frotistas. Junto com todas as outras variantes, a versão ajudou o Gol a subir da quinta posição no ano passado para o quarto lugar nestes sete meses de 2016.

O Gol Trendline 1.0 incorpora a atual assinatura visual da Volkswagen, com novos para-choques, faróis e lanternas que destacam as linhas horizontalizadas. O vinco lateral, que con-torna quase toda a carroceria, amplia a sensação de compri-mento do compacto. Por dentro, está presente o novo painel da linha, com sistema de som opcional que pode contemplar, inclusive, espelhamento de celulares. E a ideia de “horizon-talizar” suas formas também foi adotada na cabine, com uma faixa inferior que percorre o painel de um lado a outro.

A lista de itens de série fica devendo o ar-condicionado, vendido separadamente por R$ 2.890. De resto, segue a cartilha do segmento: direção hidráulica, vidros elétricos e travamento central. As rodas aro 14 recebem pneus de baixa resistência ao rolamento e o banco do motorista tem regula-gem de altura. O motor é o mesmo 1.0 de três cilindros das configurações de entrada da linha de compactos. Ele atinge potência de 82 cv, quando abastecido com etanol. O torque máximo, com o mesmo combustível, chega a 10,4 kgfm, entre 3 mil e 3.800 rpm. Sem qualquer opcional, o Gol Trendline 1.0 sai da loja por R$ 35.150. A adição de duas portas trasei-ras faz essa quantia subir para R$ 37.100.

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ponTo A ponToDesempenho – O 1.0 de três cilindros e 82 cv se mostra bem ágil no Gol Trendline 1.0. O motor proporciona boas arrancadas, ul-trapassagens e retomadas, a ponto até de fazer parecer que se trata de um propulsor maior. O bom torque de 9,7 kgfm com gasolina e 10,4 kgfm com etanol só aparece entre 3 mil e 3.800 rpm, mas mesmo em giros menores o carro mostra disposição. Nota 8.Estabilidade – Não existe qualquer proposta de esportividade no Gol Trendline, mas ele exibe o equilíbrio tradicional da linha – no que é ajudado pelo baixo peso. As quatro rodas se mantém firmes no chão e as rolagens de carroceria são extremamente sutis. Nota 8.Interatividade – Apesar de ser a versão mais “pelada” do Gol, a configuração Trendline segue o mesmo padrão de interior da linha 2017. O painel é simples, com poucos comandos, mas tem tudo que é preciso para informar o motorista durante as viagens. Há até um suporte opcional que comporta celulares de diversos tamanhos e facilita a vida do motorista. Por ter duas portas, é preciso contar com mais espaço lateral nas vagas perpendiculares – as portas são maiores. E a chave não tem comando para aber-tura das portas – é preciso enfiá-la na fechadura e girar para abrir e fechar o carro. Nota 7.Consumo – No Programa de Etiquetagem do InMetro, o Gol Trendline 1.0 teve médias de 8,8/10,3 km/l com etanol no tanque na cidade/estrada e 13/15 km/l com gasolina, nas mes-mas condições. O resultado lhe rendeu nota A tanto na categoria quanto no geral. Nota 9.Conforto – O Gol é um carro compacto, mas quatro pessoas de estatura média se acomodam relativamente bem. A suspen-

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são é firme e, em alguns casos, não absorve tanto o impacto dos desníveis das ruas. O isolamento acústico deixa um pouco a de-sejar nos momentos em que se exige mais força do propulsor, em rotações altas. Nota 7.Tecnologia – A plataforma é, na verdade, uma simplificação da utilizada pela quarta geração do Volkswagen Polo, que já tem 15 anos de vida. O motor três cilindros de 1.0 litro, porém, é moder-no, potente e extremamente econômico. Os itens mais tecnológi-cos em relação à conectividade, porém, ficam todos na lista de opcionais. Nota 7.Habitabilidade – Há espaço para garrafas e outras coisas nos bolsões das portas e porta-trecos. De maneira geral, é fácil aco-modar carteira, celular e chaves, por exemplo. O porta-malas leva razoáveis 285 litros. Nota 8.Acabamento – Há plásticos por toda a parte, mas de qualidade aceitável. Não há folgas aparentes nos encaixes, mas a mesma aus-ência é sentida em relação a materiais de toque agradável. Nota 6.Design – A reestilização aproximou o Gol da nova identidade visual da Volkswagen, mas não tirou o cansaço de suas formas. As mudanças foram sutis demais para dar, de fato, uma nova “cara” ao hatch. Nota 6.Custo/benefício – A Volkswagen cobra iniciais R$ 35.150 pelo Gol Trendline 1.0, com duas portas e sem ar-condicionado, que custa R$ 2.890 como opcional. Por mais R$ 883 ele ganha sistema de som com rádio AM/FM, bluetooth, MP3 player e entradas USB, SD-Card e AUX-IN, além de suporte para celular, totali-zando R$ 38.923. A diferença de preço para o mesmo carro com quatro portas é de R$ 1.950. Para quem não costuma rodar com passageiros atrás e prioriza a economia na compra, o Gol Trend-line 1.0 pode ser uma opção. Nota 7.Total – O Volkswagen Gol Trendline 1.0 somou 73 pontos em 100 possíveis.

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impressões Ao dirigir

escolhA rAcionAlNo atual cenário automotivo brasileiro, não é comum ver

carros com duas portas circulando pelas ruas. Esteticamente, no entanto, a ausência dos acessos para os passageiros de trás costuma deixar os hatches mais bonitos – e o Gol Trendline não foge à regra. As portas ficam maiores e o vidro lateral de trás, assim como o da frente, se torna uma peça única. A impressão é até a de se olhar para um carro menor que o com a carroceria com quatro portas, mais equilibrado e charmoso.

No interior, os plásticos duros estão por toda a parte. Mas a racionalidade impera, com todos os comandos à mão do motorista e, apesar de não ter luxos ou requinte, não dá para sentir falta de nada do que é essencial para a condução. Com o sistema de som opcional da unidade avaliada, há ainda um suporte para celulares que facilita o uso de aplicativos como Waze e Google Maps, mais eficientes que a grande maioria dos GPS automotivos.

Em movimento, o motor de três cilindros se mostra a grande estrela do carro. O propulsor é valente e dificilmente decepciona em arrancadas, ultrapassagens e retomadas. Até as subidas de ladeiras são feitas com bem mais vigor do que normalmente se espera de um automóvel 1.0. O compacto também encara curvas em velocidades altas com certo equilí-brio e suavidade. As rolagens de carroceria até aparecem, mas bem controladas. Para isso, contribui a suspensão típica da Volkswagen, firme e eficiente. Mas que cobra seu preço diante da buraqueira das ruas brasileiras.

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fichA TécnicAvolkswAgen gol Trendline 1.0Motor: Etanol e gasolina, dianteiro, transversal, 999 cm³, três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando simples no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Injeção multipon-to sequencial e acelerador eletrônico.Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.Potência máxima: 82 e 75 cv a 6.250 rpm com etanol e gasolina.Torque máximo: 10,4 e 9,7 kgfm entre 3 mil e 3.800 rpm com etanol e gasolina.Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,3 segundos.Velocidade máxima: 170 km/h.Diâmetro e curso: 74,5 mm X 76,4 mm. Taxa de compressão: 11,5:1.Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com braços triangulares transversais, molas helicoidais, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora. Traseira interdependente com braços longitudinais, molas helicoidais e amortecedores pressurizados. Não tem controle eletrônico de estabilidade. Pneus: 175/70 R14.Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás.

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Oferece ABS com EBD de série.Carroceria: Hatch compacto em monobloco, com duas portas e cinco lugares. 3,90 metros de compri-mento, 1,66 m de largura, 1,47 m de altura e 2,47 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.Peso: 901 kg.Capacidade do porta-malas: 285 litros.Tanque de combustível: 55 litros.Produção: São Bernardo do Campo, São Paulo.Itens de série: Alerta de frenagem de emergência, alerta sonoro e visual para não utilização do cinto de segurança do motorista, antena no teto, banco do motorista com ajuste de altura, banco traseiro com encosto rebatível, desembaçador do vidro traseiro, direção hidráulica, faróis com máscara escurecida, lavador e limpador do vidro traseiro, brake light, porta-revistas no encosto do banco do passageiro, preparação para sistema de som com fiação, rodas de aço aro 14” com calotas, tomada 12V, travas e vidros dianteiros elétricos.Preço: R$ 35.150.Opcionais da unidade avaliada: ar-condicionado e sistema de som com rádio AM/FM, bluetooth, MP3 player e entradas USB, SD-Card e AUX-IN, além de suporte para celular.Preço completo: R$ 38.923.

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desTAques AlemãesJá estão confirmadas duas das principais atrações da Porsche

em seu estande no próximo Salão de São Paulo, que será realizado entre os dias 10 e 20 de novembro. Tratam-se da nova geração do Panamera e o novo 718 Cayman – este último com vinda confir-mada para o Brasil ainda este ano. A plataforma do Panamera é de alumínio e o painel de instrumentos traz menos botões que antes. As principais funções são acessadas a partir de uma tela com 12,9 polegadas sensível ao toque. O modelo pode ser equipado com três novas opções de motores biturbo com injeção direta de combustív-el: um 2.9 V6 de 440 cv, um 4.0 V8 de 550 cv e um turbodiesel de 422 cv. A tração pode ser integral e o câmbio é sempre automa-tizado de dupla embreagem, com oito velocidades.

Já o 718 Cayman tem até o preço definido para a venda no Bra-sil: R$ 349 mil. O cupê, nesta geração, trocou os motores aspirados pelos turbos com duas opções com quatro cilindros. O 2.0 gera 300 cv e o 2.5, 350 cv. Na Europa, as variantes de entrada possuem câm-bio manual. No Brasil, a ideia é que venham apenas configurações com o câmbio automatizado de sete marchas e dupla embreagem.

mArkeTing finAnceiro - A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) irá interromper a fabricação dos Chrysler 200 e Dodge Dart nos Estados Unidos. Isso porque a empresa decidiu que não irá produzir mais carros de passeio por lá a partir de 2017. Serão mantidas no local as marcas Jeep e RAM. A ideia da com-panhia é se popularizar cada vez mais como fabricante de picapes e SUVs. Exceções serão Dodge Durango e o Viper, sendo que o esportivo, de baixo volume de vendas, provavelmente será descon-tinuado em algum momento do próximo ano.

O término da produção de veículos de passeio pela FCA em terras americanas é parte de um plano multibilionário elaborado pelo CEO da empresa, Sergio Marchionne, para aumentar a mar-gem de lucro. A ideia traz como justificativa o aumento da popu-laridade dos utilitários-esportivos no país, a gasolina relativamente barata e os preços mais vantajosos para produção no México.

plAno de crescimenTo - O presidente da Tesla, Elon Musk, comunicou via Twitter que a marca prepara mais quatro produtos com propulsão elétrica, além do médio Model 3 e do sedã de luxo S. São eles o Model Y – um utilitário menor que o X, baseado na plataforma do Model 3 –, uma picape, um furgão comercial e até um micro-ônibus. Estes últimos três modelos serão inspirados na arquitetura do Model X. É provável que o primeiro veículo a chegar ao mercado, já em 2017, seja o micro-ônibus.

Da nova gama, todos os veículos utilizarão algum estágio de condução semiautônoma. A marca tem planos também de aumen-tar as tecnologias de compartilhamento de veículos. Já que muitos carros são utilizados pelos donos apenas de 5% a 10% da dura-ção de cada dia, a utilidade econômica fundamental de um carro autônomo será, provavelmente, várias vezes a de outro sem essa capacidade. Pelo menos é isso que espera Musk.

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AvAnço frAncêsA Renault confirmou oficialmente a produção nacional dos SUVs

Kwid e Captur e também a venda do Koleos. A marca francesa vai mostrar os três utilitários esportivos no próximo Salão de São Paulo, em novembro. E deve iniciar as vendas dos modelos em sua ordem crescente de tamanho: do menor para o maior.

O Kwid terá sua principal aposta no custo/benefício, com preços de suas versões entre os R$ 30 mil e R$ 45 mil. Como o peso deve ficar abaixo dos 800 kg, a eficiência energética também será um de seus trunfos. O motor será um 1.0 de três cilindros e potência em torno de 72 cv. A intenção é também oferecer bom pacote de segurança, com airbags laterais entre os itens de série desde a versão de entrada. Já o Captur brasileiro será maior que o europeu, com 21 cm a mais de comprimento, 5 cm a mais de largura e 7 cm a mais de entre-eixos, totalizando 4,33 m, 1,81 m e 2,67 m, respectivamente, e 1,61 m de altura. Sob o capô, estará o mesmo motor 2.0 litros do Duster. A transmissão, porém, será CVT. O porta-malas receberá 387 litros e a intenção é brigar com Honda HR-V, Jeep Renegade e Nissan Kicks, entre outros SUVs.

lisTA de AnfiTriãs – O Salão do Automóvel de São Paulo, maior evento automotivo do Brasil, já tem 30 marcas confirmadas. De acordo com a organização, estarão presentes Audi, BMW, Chery, Chrysler, Citroën, Dodge, Fiat, Ford, Chevrolet, Honda, Hyundai, Jaguar, Jeep, Kia, Land Rover, Lexus, Lifan, Mercedes-Benz, Mini, Mitsubishi, Nissan, Peu-geot, Porsche, Ram, Renault, Subaru, Suzuki, Toyota, Troller e Volkswagen. A expectativa é que o evento receba cerca de 750 mil visitantes, ou seja, o mesmo número da edição de 2014.

enconTro segmenTAdo – Organizado e promovido pela Asso-ciação Nacional dos Fabricantes e Atacadistas de Motopeças, a Anfamoto, o IX Salão Nacional e Internacional das Motopeças acontecerá de 17 a 20 de agosto, no Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo, em São Paulo. Popu-larmente conhecido como Salão das Motopeças, o evento terá cerca de 200 marcas distribuídas entre 100 expositores, com novidades e tendências de mercado nos quatro dias de feira.

exclusão susTenTável – O governo sul-coreano proibiu o Grupo Volkswagen de vender seus carros no país. A iniciativa, ainda que tardia, foi motivada pelo escândalo de manipulação de dados de emissões de poluentes em motores a diesel da marca. Entre os veículos que eram comercializados por lá estão modelos bastante conhecidos no Brasil, como os médios Volkswagen Golf e Jetta e Audi A3, em carrocerias hatch e sedã. Foi concluído que o grupo usou relatórios falsos para ganhar a aprovação das autoridades locais quanto aos níveis de ruído, eficiência em consumo e emissões de gases.

invesTimenTo exTrA – A Ford colocou em operação na fábrica de Camaçari, na Bahia, um laboratório de polímeros, materiais que compõem várias peças plásticas aplicadas em veículos. Trata-se do primeiro da marca na América do Sul – até então, essas análises eram feitas por parceiros. Fazem parte da categoria de polímeros materiais como o polipropileno, o polietileno de alta e baixa densidade, os acrílicos e o ABS, que são objetos de constantes pesquisas. As principais características buscadas no desen-volvimento desses compostos são a redução de peso, a durabilidade, o au-mento do conteúdo reciclado e o menor custo, além de aspectos como a aparência em itens de acabamento.

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A Toyota já tinha promovido mudanças substanciais na linha 2017 do Etios em abril. Foi quando, entre outras novi-

dades, passou a oferecer o câmbio automático para todas as configurações do hatch e do sedã. Mas faltava mostrar a nova variante mais cara de seus compactos, a Platinum. Além dos avanços presen-tes em todas as outras – como melhor isolamento acústico, suspensão e direção elétrica recalibradas e painel de instrumentos digital TFT com visor de 4.2 polegadas –, a topo de linha traz itens únicos que servem para melhorar não só o conforto e re-quinte a bordo, mas também para amenizar o visual de gosto um tanto duvidoso do modelo em ambas carrocerias. A nova versão do Etios chega em um momento de comemoração da marca japonesa. Em julho, a Toyota superou a Ford e a Hyundai e assumiu a quarta posição em vendas no país, atrás apenas de Chevrolet, Fiat e Volkswagen. Ficou com 9,6% de participação.

Externamente, o Etios Platinum ganhou novos para-choques dianteiros e traseiros, com mais vincos, assim como a grade dianteira, sempre na cor do carro. As rodas de liga leve de 15 polegadas têm design exclusivo. O perfil é favorecido ainda por saias laterais inferiores. Lanternas traseiras com

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máscara negra e sensor de estacionamento na cor do carro são outros diferenciais da série Platinum, que também incorpora na carroceria três volumes um aerofólio traseiro.

Por dentro, os bancos mesclam couro e mate-rial sintético. O sistema multimídia traz TV digital, DVD, GPS, câmara de ré e Bluetooth. Porém, ao contrário da central oferecida na configuração XLS, que aparece logo abaixo da Platinum na gama Etios, o equipamento de entretenimento não espe-lha celulares. A lista de itens de série engloba ainda Isofix para fixação de cadeiras infantis, retrovisores externos com indicadores de seta, direção elétrica progressiva, ar-condicionado, abertura elétrica do porta-malas para o hatch e interna pata o sedã, vi-dros elétricos, travas elétricas com comando de ab-ertura na chave, controle de velocidade de cruzeiro e função no computador de bordo que permite adicionar o valor pago pelo litro do combustível para cálculo e monitoramento de gastos, além dos obrigatórios airbags dianteiros e freios com ABS.

Sob o capô, a versão Platinum é equipada com motor 1.5 litro 16V flex, produzido na nova planta de motores da Toyota localizada na cidade pau-lista de Porto Feliz. O propulsor tem tecnologia de duplo comando de válvulas variável e rende 107

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cv de potência a 5.600 rpm, quando abastecido com etanol, e 102 cv, também a 5.600 giros, com gasolina. O torque máximo aparece a 4 mil giros e é de 14,7 kgfm com etanol e 14,3 kgfm com gasolina. Esses números representam um ganho de 11% no torque e 11 cv a mais que na linha 2016. O propul-sor tem bloco e cabeçote de alumínio e dispensa o uso de um tanque auxiliar para partida a frio. Já a transmissão, na configuração de topo, é sempre automática de quatro velocidades.

O Etios Platinum 2017 está disponível em três cores: prata, branco perolizado e preto. Com a carroceria hatch, o modelo parte de R$ 62.490. Já o três volumes sai a R$ 65.990. A expectativa da marca japonesa é de que a versão seja responsável por cerca de 10% dos emplacamentos da linha, ape-sar do preço se aproximar bastante de versões de entrada de modelos maiores. O próprio sedã médio Corolla começa em R$ 68.740, com motor 1.8 de 144 cv e 18,6 kgfm de torque, mas câmbio manual. A Toyota espera conquistar com a versão Platinum da linha Etios consumidores que queiram itens de série de categorias superiores, mas sem a necessi-dade de levar para a garagem um automóvel maior. E, para conseguir isso, a marca também aposta na sua credibilidade no mercado brasileiro.

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Apresentado em Detroit no ano passado, o novo Chevrolet Camaro será um dos destaques da marca americana no próximo Salão de São Paulo. Ele estará ao lado do novo Cruze hatch. A evolução estética do “muscle car” é pequena, mas há boas melhorias estruturais. A nova plataforma deixou o carro 90 kg mais leve e com rigidez torcional 28% maior. A arquitetura é a mesma aplicada ao Cadillac ATS e o comprimento baixou em 5 cm e o entre-eixos, em 4 cm, totalizando 4,78 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,34 m de altura e 2,81 m de dis-tância entre-eixos. Sob o capô, há três opções de motores. O primeiro, na versão LT, é um 2.0 turbo de 275 cv de potência e 40,7 kgfm de torque. Há também um aspirado de seis cilindros e 3.6 litros, com 335 cv e 39,6 kgfm. Já a versão SS, que atualmente é vendida no Brasil, usa o mesmo motor do Corvette Stingray, um V8 de 6.2 litros com 455 cv e 62,91 kgfm.

desembArque gArAnTido

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A chegada da versão aventureira Way – e sua variante On, topo de linha – deu novo gás ao Fiat Mobi. Tanto que o modelo emplacou 3.604 unidades em julho, à frente inclusive de seu principal rival, o Volkswagen Up. O compacto da marca alemã teve 3.407 exemplares comercializados. Mas nem tudo são flores

para a Fiat: a julgar pelos números de julho, quem mais parece ter perdido vendas com a chegada do Mobi foi o Uno, com quem o modelo compartilha a plataforma. Foram apenas 2.950 vendas, menos da metade das conquistadas no mesmo mês do ano passado, quando emplacou 6.162 unidades.

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D epois de conquistar o posto de carro mais vendido do Brasil, em 2015, o Chevrolet Onix manteve a posição em 2016 – no primeiro semestre, foram 68.535 em-

placamentos. Mas a marca norte-americana não parece acomodada com a situação. Pelo contrário. Juntamente com uma série de aperfeiçoamentos estéticos e inovações mecânicas e tecnológicas nos modelos 2017 de sua linha de compactos – que inclui o sedã Prisma –, apresentou também o Onix Activ, uma inédita versão aventureira de seu hatch campeão de vendas. Justamente em um dos nichos do mercado automotivo que mais cresceu no Brasil nos últimos anos,

Estão no Onix Activ as modificações que normalmente carac-terizam os modelos aventureiros – suspensão elevada, pneus maio-res, rodas exclusivas e acabamento com estética off-road. Segundo a Chevrolet, os pneus mais avantajados e o conjunto suspensivo recalibrado deixaram o carro 3 cm mais alto e melhoraram em 20% o ângulo de ataque. Tudo para melhorar a performance em terrenos acidentados e transpor pequenos alagamentos - situações que o motorista se depara corriqueiramente também em grandes centros urbanos.

Além de deixar o compacto mais adaptado a transpor eventuais poças e obstáculos, a ideia é posicionar a versão com estética off-road como um modelo topo de linha. Completo de série, o hatch aventureiro conta com o sistema de conectividade MyLink com Android Auto, Apple CarPlay e tela de sete polegadas touchscreen e incorpora o OnStar – sistema de telemática da Chevrolet que, através de uma central com atendimento humano, oferece serviços de emergência, segurança, navegação, concierge, conectividade e diagnóstico. No caso do Activ, o Onstar é oferecido como cortesia durante um ano. O carro traz ainda outros equipamentos nem tão comuns entre os compactos, como câmara de ré, sensor de chuva com ajuste automático de intensidade do limpador de para-brisa, sensor de estacionamento, painel com velocímetro digital, bússola e alerta de mudança de marcha, ajuste elétrico dos retrovisores,

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travas e vidros com acionamento remoto pela chave. O motor é o mesmo 1.4 Eco – 106 cv de potência a 6 mil rpm e 13,9 kgfm de torque a 4.800 rpm quando abastecido com etanol – adotado nas versões de topo do Onix e no Prisma 2017, assim como a transmissão, que pode ser manual ou automática, ambas com seis marchas.

Para tentar dar ao carro uma personalidade própria, a Chevro-let investiu em um design coerente com a proposta aventureira do veículo. Na frente, destacam-se o capô com vincos esculpidos, que dão mais musculatura ao carro. Os faróis de máscara negra e filetes em leds se combinam bem com a nova grade bipartida, que traz moldura em material preto brilhante. Para dar proteção às peças metálicas da carroceria, um aplique lateral contorna toda a parte inferior do veículo e envolve os faróis de neblina, passa pelo para-lamas e saias das portas e segue até a parte traseira. O mais vistoso elemento alusivo aos veículos lameiros é o rack de teto em forma de “U”. Retrovisores externos e adesivos da coluna B são pintados de preto para combinar com os adereços de personalização aventureira. As rodas são com acabamento de superfície usinada, dez raios e 15 polegadas, calçadas em pneus 195/65. Por dentro, um ambiente cheio de estilo, bem ao gosto do público que busca os compactos aventureiros. As cores preta e laranja predominam nos revestimentos de porta e bancos e até no painel de instrumentos. A posição de dirigir também é ligeiramente elevada em relação ao Onix convendional – a engenharia da General Motors assegura que o campo de visão do condutor foi ampliado em 40 mm em relação a outras versões do modelo. Há ajuste de altura para banco, volante e cinto de segurança. No Activ, a direção elétrica inteligente possui uma calibração exclusiva, mais firme e adequada para a proposta do carro. Também é progressiva e inteligente, com recurso que compensa a inclinação da via em longos percursos e reduz as trepi-dações. O preço do Onix Activ é R$ 57.190 na versão com câmbio manual e R$ 62.290 na com transmissão automática – cerca de R$ 2,5 mil acima da versão “top” LTZ do Onix convencional.

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primeirAs impressões

pArA ficAr nA frenTeGramado/RS - A apresentação do novo compacto aventureiro da Chevrolet aconteceu em um per-curso de 200 km na serra gaúcha, em circuito predominantemente rodoviário. Como na versão nor-mal, no Onix Activ o motor 1.4 mostra ter energia de sobra para mover o carrinho, que retoma velocidade de forma consistente e tranquilizadora, oferecendo ultrapassagens seguras. O câmbio automático de seis marchas, presente na versão avaliada, torna a tarefa de dirigir ainda mais confortável.

Em termos dinâmicos, o carro tem um comportamento bem similar ao da versão “civil” do hatch – as diferenças são difíceis de perceber. Como a suspensão é “levantada” uns 3 centímet-ros, o carro transpõe de forma sutilmente mais ágil os pisos

esburacados. Em contrapartida, o modelo “não aventureiro”, pela altura reduzida e pelo ajuste da suspensão, dá a impressão de oscilar menos nas curvas em alta velocidade do que o Activ. Ou seja, variações bastante discretas.

O posicionamento do banco do Activ, mais elevado que o do

Onix normal, também não inspira velocidades mais elevadas. Em ambas as versões, a nova direção elétrica marca uma importante diferença – as manobras estão bem confortáveis. E ainda confere uma percepção de maior intera-tividade em relação à antiga, que era hidráulica.

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fichA TécnicA - chevroleT onix AcTive 1.4 Motor: flex, dianteiro, transversal, 1.389 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Injeção multiponto sequencial e acelerador eletrônico. Potência máxima: 106 e 98 cv a seis mil rpm com etanol e gasolina. Torque máximo: 13,9 e 13 kgfm a 4.800 rpm com etanol e gasolina. Diâmetro e curso: 77,6 mm X 73,4 mm. Taxa de compressão: 12,4:1. Pneus: 195/65 R15. Peso: 1.062 kg MT / 1.092 kg AT Transmissão: Câmbio manual ou automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não oferece controle eletrônico de tração. Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais com carga lateral, amortecedores telescópicos e barra estabilizadora. Traseira semi-independente com eixo de torção, molas helicoidais e amortecedores telescópicos. Freios: Discos ventilados na frente e tambor atrás. ABS de série. Carroceria: Onix: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,95 metros de comprimento, 1,73 m de lar-gura, 1,55 m de altura e 2,53 m de distância entre-eixos. Oferece airbag duplo de série. Capacidade do porta-malas: 280 litros. Tanque de combustível: 54 litros. Produção: Gravataí, Rio Grande do Sul. Itens de série: Serviço OnStar, ar-condicionado, direção elétrica, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos tipo um toque, painel com velocímetro digital, bússola e alerta de mudança de marcha,

multimídia MyLink, chave tipo canivete com controle remoto das travas e vidros elétricos, faróis com máscara negra, banco do motorista e cintos de segurança dianteiros com regulagem de altura, porta-revista no dorso do assento do carona, limpador e desembaçador traseiro, espelho nas sombreiras, sistemas anti-furto, aviso sonoro para uso do cinto de segurança, freios ABS com EBD, airbag duplo, coluna de direção com regulagem de altura e sensor de estacionamento traseiro com auxílio gráfico, vidros traseiros elétricos com a função um toque, computador de bordo, bancos com revestimento premium e tecido de alto relevo, retrovisores externos com ajuste elétrico, farol com superfície interna cromada e led, faróis de neblina, rodas de alumínio de 15 polegadas com pneus 195/65, rack de teto em forma de “U” e peito de aço no spoiler frontal.Preço: R$ 57.190 MT e R$ 64.540 com câmbio automático.

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A Jeep já vende no Brasil o Renegade e Wrangler Unlimited es-peciais em comemoração aos 75 anos da marca. Em outubro, chegará ainda a Grand Cherokee. A produção disponibilizada para o Brasil está limitada a 2 mil exemplares do Renegade, 30 do Wrangler e apenas 10 do Grand Cherokee. Há acabamento em bronze na grade dianteira, nas molduras de para-choque, nas rodas de liga-leve, nos racks de teto e nos logotipos da Jeep, além

de um emblema alusivo à série especial. Os preços do Renegade vão dos R$ 88.890 da versão 1.8 Flex aos R$ 116.890 da 2.0 Die-sel. O Wrangler Unlimited 75 Anos custa R$ 229.900. O Grand Cherokee 75 Anos, baseado na versão Limited, ainda traz faróis e lanternas traseiras com máscara negra, grade dianteira remod-elada e emblemas da série especial nos bancos, gravados em baixo relevo. O preço ainda não foi divulgado.

melhor idAde

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A Nissan aproveita os jogos olímpicos Rio 2016 para exibir oficial-mente, pela primeira vez no Brasil, o GT-R 2017. O modelo será uma das principais atrações da marca no Rio de Janeiro, durante o evento. O GT-R está com visual renovado, com destaque para a frente com capô e para-choques redesenhados, faróis de roda-gem diurna e a assinatura de estilo atual da marca na grade, com acabamento cromado fosco. Sob o capô, o superesportivo traz um motor V6 3.8 24V que entrega 572 cv a 6.800 rpm. O GT-R 2017 começa a ser vendido no Brasil ainda este ano.

ApArição esporTivA

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TrAnsmundo

mercedes-benz urbAn eTruck pode rodAr 200 km e TrAnsporTAr 26 TonelAdAs

começode hisTóriA

por márcio mAioAuTo press

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O mercado de vendas de caminhões ganhou no-vas direções nos últimos anos. Tecnologias cada vez mais modernas servem não apenas para

seduzir grandes frotistas em relação ao monitoramento de seus motoristas e até ao conforto das viagens, mas também à redução de custos de manutenção e, principalmente para as grandes empresas, da emissão de poluentes. Disposta a se fortalecer como fabricante de comerciais pesados neste cenário contemporâneo, a Daimler Trucks apresentou em Stuttgart, na Alemanha, o Mercedes-Benz Urban eTruck, primeiro caminhão totalmente elétrico com Peso Bruto Total de até 26 toneladas. A intenção é mostrar que, no futuro, veículos deste porte participarão dos serviços de distribuição urbana com zero emissões.

A Daimler Trucks acredita que esta tecnologia poderá ser disponibilizada ao mercado já no início da próxima década. Segundo Stefan Buchner, chefe mundial da Mercedes-Benz Trucks, o veículo mostra a intenção da marca em desenvolver a propulsão elétrica para caminhões e atingir a maturidade com a produção em série. A ideia é a integrar os clientes ao processo para melhorar a experiên-cia em relação à autonomia de operação e à infraestrutura de carga no transporte do dia a dia.

Para tanto, uma parte considerável de seus investimen-tos futuros em pesquisa e desenvolvimento será canalizada para a condução totalmente elétrica. O Dr. Wolfgang Bern-hard, membro do Conselho de Administração da Daimler AG e responsável pela Daimler Trucks & Buses, destaca que os sistemas elétricos de propulsão até aqui tinham uso extremamente limitado em caminhões. Mas, com o cres-

cimento dos custos e a necessidade de rapidez na entrega, criou-se uma inversão da tendência no setor. Seria essa a principal motivação para se investir em caminhões elétri-cos que possuam boas doses de autonomia e conectividade.

O Urban eTruck está baseado em um caminhão pesado Mercedes-Benz de três eixos para serviços de distribuição de curta distância. Adicionalmente, os engenheiros da Daimler Trucks revisaram o conceito de propulsão: o trem de força convencional foi substituído por um novo eixo traseiro, com propulsão elétrica por motores posicionados diretamente nos cubos de rodas – solução derivada do eixo traseiro elétrico que foi desenvolvido para o ônibus híbrido Mercedes-Benz Citaro. A força é alimentada pelo conjunto de três módulos de baterias de íons de lítio. Isso resulta

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em uma autonomia de até 200 quilômetros, suficiente um dia de entregas típicas em distribuição urbana. Graças ao conceito integrado com os motores juntos aos cubos de rodas, as baterias são acomodadas em um local à prova de colisões, dentro do quadro do chassi.

As vantagens de um propulsor puramente elétrico vão além da busca pelo transporte livre de poluentes. Modelos com este tipo de trem de força são capazes de atender às normas de poluição sonora, que costumam limitar o nível de ruído em determinados horários. Com isso, um modelo que opere em sistema elétrico pode circular sem preocu-pações à noite, com as ruas vazias, o que pode aumentar a produtividade e até a precisão em entregas. Além disso, a Daimler Trucks prevê que os custos das baterias terão diminuído duas vezes e meia entre 1997 e 2025 – de 500 euros/kWh para 200 euros/kWh, ou seja, de R$ 1830/kWh para aproximadamente R$ 730/kWh. Simultaneamente, o desempenho irá melhorar numa proporção equivalente – de 80 Wh/kg para até 200 Wh/kg.

As Nações Unidas trabalham com previsão de popula-ção global de 9 bilhões de pessoas até 2050, cerca de 70% deste total em áreas urbanas. Nestas condições, a melhoria da qualidade do ar, o menor nível de ruídos e o acesso às áreas com restrição de tráfego são questões decisivas para o setor de transportes de cargas. Atualmente, cidades como Londres e Paris já consideram a possibilidade de banir os motores de combustão interna de seus centros urbanos em um futuro próximo. Ou seja, caminhões totalmente elétricos serão fundamentais para garantir os suprimentos de alimentos e outros bens nas grandes metrópoles.

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O Aston Martin DB9 está, enfim, se despedindo. De acordo com a marca, sua fabricação em Gaydon, no Reino Unido, está em fase de descontinuação. As últimas nove unidades ganharam atenção especial antes de deixar as linhas de montagem. Todas têm uma placa de identificação na lateral com o emblema “Q” e vêm com propulsor 6.0 V12 com potência de cerca de 480 cv. O superesportivo foi um dos carros mais vendidos da história da fabricante em vários mercados. Oficialmente, o modelo chegou ao Brasil em 2010. A missão de substituí-lo caberá ao DB11, que chegará às lojas no fim deste ano e já acumula mais de 1.400 encomendas.

fim de linhA

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vinTAge “fuçAdA”

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exclusivo no brAsil pArA AuTo press

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D e carona no sucesso do estilo vintage con-seguido pela Ducati,

a BMW Motorrad apresentou a versão Scrambler da R NineT Roadster. Em busca de relembrar o sucesso obtido nos anos 50, no pós-guerra na Europa, quando os jovens mexiam nas motos com as poucas peças disponíveis na época. Eles acabaram criando um estilo bem despojado para aven-turas muitas vezes feitas fora do asfalto. Isso explica bastante sobre as características visuais da moto, como a posição de pilotagem relaxada, o escapamento elevado, o longo curso de suspensões e o tipo de pneus. Inspirada nessas propriedades, a Scrambler da fabricante alemã busca trazer de volta a nostalgia da época.

A moto utiliza um motor box-er de dois cilindros refrigerado a ar com 1.170 cm³, 111 cv e 11,8 kgfm de torque. Além disso tam-

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bém teve revisto o mapeamento do motor e sistema de abastec-imento de combustível com filtro de carvão ativo, cumprindo assim as exigentes normas de emissões Euro 4. A suspensão dianteira, telescópica, tem cobertura em forma de sanfona e 125 mm de curso. Atrás, o amortecimento utiliza monobraço, com curso de 140 mm. De série, o modelo traz rodas de liga leve – as raiadas são opcionais –, com 19 polegadas na frente e 17 na traseira, freios ABS e discos de 320 mm de diâmetro na frente e 265 mm na traseira. O destaque fica por conta do escapa-mento alto duplo, feito sob me-dida pela renomada Akrapovic.

Concebida sobre a R nineT Roadster, a vertente Scrambler utiliza quadro de aço tubular, que permite várias possibilidades de customização. Como manter o banco para duas pessoas ou simplesmente desmontar a parte

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traseira e deixá-la como mono-posto. Para se manter fiel ao con-ceito da década de 50, o condutor dirige em posição relaxada, com as costas praticamente eretas. Para isso, o guidão foi elevado, enquanto banco e pedaleiras foram rebaixados para ajustar a ciclística.

O design segue o estilo clás-sico, representado pelo farol circular, velocímetro analógico e pelo formato do tanque, que possui capacidade para 17 litros. Além disso, o novo modelo da BMW traz o acabamento refinado típico das motos alemãs, detalhes de alumínio e banco de couro. Por lá, o preço é tabelado em 14 mil euros, ou aproximadamente R$ 52 mil. Isso é 60% mais do que a Ducati cobra pela Scrambler Icon. Nessa lógica, se fosse trazida para o Brasil, a BMW R Nine T Scrambler sairia por volta de R$ 57 mil.

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primeirAs impressões

feroze versáTilBaviera/Alemanha – Basta so-mente a ação de subir na moto para se impressionar com a R NineT Scrambler. A posição de condução é ótima. O espaço entre o banco e guidão é amplo, per-mitindo uma boa pilotagem, gra-ças ao correto posicionamento dos manetes. Em estradas sinuosas, a moto da BMW deixa a sensação de que se pode tomar em qualquer caminho, seja ir à padaria ou um fazer agradável passeio nas coli-nas. Isto fica claramente evidente em estradas pequenas, onde a ne-cessidade de potência não é tão grande e o que importa são os quesitos agilidade e estabilidade.Os 111 cv fazem do motor boxer

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forte e vigoroso. As respostas do acelerador são rápidas, mas não há brutalidade. O sentimento é de que a moto não se esforça para atingir altas velocidades. Ela de-senvolve de maneira muito linear e esbanja desempenho. As mu-danças da transmissão de seis ve-locidades são suaves, os engates são precisos e a embreagem hi-dráulica é macia. Um dos pontos altos é o escapamento sob medida da Akrapovic, que torna o ronco do motor de cilindros opostos tão afinado quanto uma orquestra sin-fônica.A dinâmica de condução da R NineT Scrambler é caracterizada pelas precisas e rápidas mudanças de direção, graças à nova roda de 19 polegadas. Na dianteira, a sus-pensão absorve bem as irregulari-dades do solo. A traseira, no en-tanto, não tem tanta absorção, mas mantém a estabilidade mesmo em terrenos irregulares. Os freios são eficientes e bem modulados.

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Revista Auto Press® é uma publicação semanal da Carta Z Notícias Ltda Criada em 9 de maio de 2014 Ano 3, Número 118, 05 de agosto de 2016Publicação abastecida pelo conteúdo jornalístico da edição 1.234 do noticiário Auto Press, produzido semanalmente desde 1º de dezembro de 1992 Redação: Rua Conde de Lages, 44 sala 606 - Glória20241-900 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2286-0020 / Fax: (21) 2286-1555 E-mail: [email protected] Diretores Editores: Eduardo Rocha [email protected] Luiz Humberto Monteiro Pereira [email protected] Reportagem: Márcio MaioFabio Perrotta Jr. [email protected] Colaboradores: Luiz Fernando Lovik Augusto Paladino [email protected]

Acordos editoriais: MotorDream (Brasil) Infomotori.com (Itália) Autocosmos.com (México/Argentina/Chile/Peru/Venezuela) Automotriz.net (Venezuela) AutoAnuario.com.uy (Uruguai) Revista MegaAutos (Argentina) MotorTrader.com.my (Malásia)Absolute Motors (Portugal)

Fotografia: Jorge Rodrigues Jorge [email protected] Publicidade: Arlete Aguiar [email protected] Produção: Harley Guimarães [email protected]

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