QUÍMICA QUÂNTICA E ESPECTROSCOPIA
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QUÍMICA QUÂNTICA E ESPECTROSCOPIA
Igor Khmelinskii, FCT, DQBF
Modulo IV, ano lectivo 2007-2008
T7
Macromoléculas e auto-montagem
Cap. 11 Peter Atkins, Julio de Paula
Physical Chemistry for Life Sciences
Recursos (Living graphs): http://www.oup.com/uk/orc/bin/9780199280957/01student/graphs/ch11/
Recursos (Web links):
http://www.oup.com/uk/orc/bin/9780199280957/01student/weblinks/part3/
3
Determinação de tamanho e forma
• Ultracentrifugação– Acelera a
sedimentação– Até 105 g
• Constante de sedimentação S – medida da velocidade de migração no campo centrífugo; “Svedberg” – 1 Sv = 10-13s
4
Constante de sedimentação
• Força de atrito: fs
• Força centrífuga: meffr2 com meff = bm
• Velocidade (constante) de deriva skNR
RT
bMDS
D
kTf
fN
bmS
NMmr
sS
f
bmr
f
rms
A
A
A
eff
com
EinsteinStokes Eq.
/
sedim. Const.2
22
5
Massa molar
vs – volume específico do soluto; cm3/g
– densidade do solvente; g/cm3 • Para saber a massa molar M, basta determinar S e D,
medindo sedimentação e difusão
svbbD
SRTM
1
6
Exemplo
• Massa molar de Hb humana, – S = 4,48 Sv– D = 6,910-11 m2s-1
– b = 0,748– T = 293 K
• M = 63 kg mol-1
bD
SRTM
7
Distribuição no equilíbrio
• Velocidades mais reduzidas
• Pode ser necessário esperar muito tempo
1
222
12
2
ln2
c
c
brr
RTM
8
Exemplo: massa molar de proteína a partir das experiências de ultracentrifugação
• T=300 K; Gráfico do ln(c) vs r2 é uma recta com declive de 0,729 cm-2; 50000 r.p.m., b=0,70; Calcular a massa molar
14
1
22
21
22
122
mol g103,2
s60/500002
)(ln2
lnln2
M
rvscdecliveb
RTM
rr
cc
b
RTM
9
Espectrometria de massa
• MALDI – matrix-assisted laser desorption/ionization (desorção/ionização por laser assistida pela matriz)
• Electrospray ionization (ionização em gotículas criadas por campo eléctrico)
• TOF – time-of-flight (tempo em voo)
• MALDI-TOF
10
Espectrometria de massa
2
2/1
2
2
l
teEd
z
m
zeEd
mlt
• Matriz: ácido orgânico• As unidades:
normalmente deixam-se de fora; m/z = 9912
11
Dedução
zeEdmvEk 2/2
• Ião de carga ze, massa m, acelerado pelo campo eléctrico E ao longo da distância d
12
Dedução
zeEdt
lm
2
2
• Zona de deriva l, tempo de voo t; assim v = l/t
13
MALDI-TOF: Albumina
Teste: o espectro MALDI-TOF tem 2 picos; m/z = 9912 e 4554.
Será que a amostra tem 2 biopolímeros diferentes?
14
Cristalografia de raios X
• Sólidos moleculares• Podemos escolher as
células unitárias de infinitas maneiras diferentes; escolha-se uma com as arestas mais curtas e mais perpendiculares
• As células unitárias são classificadas numa das 7 sistemas cristalinas em função de simetrias em relação da rotação
15
Sistemas cristalinas
• Sistema cúbico
• Sistema monoclínico
16
Elementos de simetria essenciais
17
Variedades de sistemas cristalinas
14 Redes de Bravais diferentes
18
Células unitárias
• Para definir uma célula, precisamos de saber os comprimentos das arestas
• Podemos designar cada conjunto pelas distâncias mais curtas de intersecção: (1a,1b); (3a,2b); (-1a,1b); (a,1b)
• Por convenção: (1,1); (3,2); (-1,1); (,1)
• Então em 3D, supondo esta – uma vista de cima: (1,1,); (3,2,); (-1,1,); (,1,)
19
Células unitárias
• Para eliminar , usam-se os valores inversos, eliminando fracções: índices de Miller hkl
• (1,1,) (110)• (3,2,)(1/3,1/2,0)
(2,3,0)• (-1,1,)( 10)• (,1,)(010)
1
20
Alguns planos em 3D
21
Exemplo
• O membro representativo de um conjunto de planos num cristal intersecta os eixos em 3a, 3b e 2c; quais os índices de Miller destes planos?
R: (223)
22
Índices de Miller
(hkl)• Os planos (0kl) são paralelos ao eixo dos a• (h0l) - ao eixo dos b• (hk0) - ao eixo dos c• Separação de planos:
2
2
2
2
2
2
2
1
c
l
b
k
a
h
d
23
Separação de planos da rede cristalina: dedução (2D)
2
2
2
2
2
2
22
2
22
1
1
)/(cos
)/(sin
)0(
b
k
a
h
d
b
dk
a
dh
b
kd
kb
d
a
hd
ha
d
hk
ou
e
planos
24
Exemplo
• Calcular a separação de planos (a) (123) e (b) (246) de uma célula ortorômbica com a = 0,82 nm; b = 0,94 nm e c = 0,75 nm
• Regra geral: aumentando os índices n vezes, a separação diminui n vezes
nm11,0nm
224
)nm75,0(
)32(
)nm94,0(
)22(
)nm82,0(
21
índices os duplicando
nm21,0nm
22
)nm75,0(
3
)nm94,0(
2
)nm82,0(
11
22
2
2
2
2
2
2
22
2
2
2
2
2
2
dd
dd
25
A Lei de Bragg
• As ondas podem interferir
• Os raios X são difractados pelos cristais, pois os seus c.d.o. são comparáveis com distâncias interatómicas (100 pm)
26
Formação de raios X
• Cu K: 154 pm
• Difracção (DNA):
27
A Lei de Bragg
,2 ,1,sin2
ousin2
:aconstrutiv ciainterferên
quando
sin2BCAB
ndnλ
dλ
BCAB
d
28
Exemplo: Usar a lei de Bragg
Reflexão do plano (111) de um cristal cúbico foi observada a um ângulo de 11,2º usando radiação Cu K de 154 pm. Qual o tamanho da célula unitária?
• Podemos achar d, usando os dados
• Célula cúbica, a = b = c pm6873211sin2
pm154
1
211sin2
pm154
sin2
assim
)(
1
2/1
2/1222
2
222
2
º,a
lkh
º,d
lkhda
a
lkh
d
29
Estrutura da DNA pela difracção dos raios X
• Rosalind Franklin• Usou uma fibra de DNA
com muitas moléculas• Estrutura de grande
escala é cerca de 10 vezes maior que a estrutura de pequena escala; os períodos são de 340 pm e de 3400 pm
30
Estrutura da DNA pela difracção dos raios X
31
Estrutura da DNA pela difracção dos raios X
• Cada volta da espiral define 2 planos, um virado de ao horizontal, e outro de –.
• Molécula é espiral; = 40º
• tan = p/r• r = (3,4 nm) / tan 40º
= 4,1 nm
32
Estrutura da DNA pela difracção dos raios X
• Espaçamento entre as bases h
pm340
sin2
h
h
33
Cristalização de biopolímeros
• Aumento da força iónica – e.g. (NH4)2SO4
• Diálise • Difusão de vapores
34
Aquisição e análise de dados
• Debye, Sherrer; Hull: raios X monocromáticos
• Amostra em pó• Análise qualitativa• Cada conjunto de
planos (hkl) dá uma reflecção a um ângulo diferente
35
Difractómetro de raios X
• Bragg e Bragg• Monocristal• Dados iniciais:
conjunto de intensidades Ihkl
• Vamos considerar as reflexões Ih – planos (h00)
36
Análise de dados
• As intensidades devem ser transformadas em amplitudes, para obter factores structurais Fh = Ih
½
• Sinais? Problema da fase.• Densidade electrónica – síntese Fourier:• Os h menores correspondem a maiores entidades estruturais• Em função do sinal dos Fh surgem estruturas diferentes
10 )2cos(2
1)(
hh xhFF
Vx
37
Ilustração
h Ih Fh
0 256 16
1 100 10
2 5 2.2
3 1 1
4 50 7.1
5 100 10
6 8 2.8
7 10 3.2
8 5 2.2
9 10 3.2
10 40 6.3
11 25 5
12 9 3
13 4 2
14 4 2
15 9 3
38
Análise de dados
• Problema da fase– Substituição isomórfica: introduzidos os átomos
pesados, a interpretação fica muito simplificada– Validade química da estrutura– Ausência de densidades electrónicas negativas– Etc.
• Tipicamente a qualidade dos resultados é limitada pela qualidade do cristal– Proteínas: 200 pm, no melhor caso
39
Cristalografia de raios X com resolução temporal
• Sincrotrão• Pulsos 100-200 ps• Método de Laue (sem rotação)• Faz-se uma média por vários
pulsos resolução na ordem do 10 ms
• Tem que iniciar a reacção simultaneamente para todas as moléculas– Variar a temperatura– Usar o laser para estudar
processos iniciados pela absorção de fotões
40
Cristalografia de raios X com resolução temporal
• Exemplo: proteína amarelo de Ectothiorhodospira halophila.
• Fotão a 446 nm; dentro de 1 ns acontece isomerização cis-trans, seguida por outros processos– Resposta fototáctica
negativa
41
Controlo da forma
• Forças de atracção: interacções de van der Waals, e outras
• Interacção entre cargas parciais
• Energia potencial:
0
21
0
21
meio4
vácuo4
r
r
qqV
r
qqV
42
Interacção entre cargas parciais
• Depende do meio– Água: r = 78
• Água, cadeias de biopolímeros; vários modelos – o mais simples: r =
3,5
43
Exemplo: efeito do meio
• q1 = -0,36 e; q2 = 0,45 e; r = 3,0 nm
• 0 = 8,854 10-2 J-1 C2 m-1
• V = -1,2 10-20 J = -7,5 kJ mol-1
• r = 3,5 V = -2,1 kJ mol-1
• r = 78 V = -0,096 kJ mol-1
44
Dipolos eléctricos
• Duas cargas, -q e q, separadas de l• O produto ql = – momento dipolar eléctrico• 1 D (Debye) = 3,33564 10-30 C m• Moléculas pequenas: ca. 1 D
45
• Muito aproximado:– /D =
• Exemplo: HBr – 2,1 e 2,8– Previsto: 0,7 D– Experim.: 0,8 D
46
Momento dipolar: NO
• Orb. Antiligante – o N é o átomo com -
• m.d. = 0,07 D
47
Simetria molecular e momento dipolar
• Moléculas poliatómicas– Homonucleares
podem ser apolares– Heteronucleares
podem ser apolares
• Exemplo: polaridade de CH4 e H2O?
48
T8
Cálculo do momento dipolar
21222 )( zyx
• Grandeza vectorial
.etcxqJ
JJx
49
M.d. do grupo péptido
D7,2
0
D72m C101,9pm56
)pm107()38,0()pm87()18,0()pm0()45,0()pm0()36,0(
D420m C104,1pm8,8
)pm62()38,0()pm182()18,0()pm0()45,0()pm132()36,0(
30
30
z
y
x
,e
eeee
,e
eeee
50
Interacção entre dipolos
20
12
4 r
qV
20
21
4
cos
r
qV
51
Interacção entre dipolos
30
221
4
)cos31(
rV
52
Interacção entre dipolos
• Rotação “livre” de duas moléculas; aplicável quando pelo menos uma pode rodar livremente
620
22
21
)4(3
2
kTrV
53
Interacção entre dipolos
• Exemplo: molécula H2O e grupo péptido
– = 1,85 D
– r = 1,0 nm
– = 2,7 D
– T = 25ºC (298 K)
• V = -4,04 10-23 J = -24 J mol-1
– Incluir as unidades nos cálculos
620
22
21
)4(3
2
kTrV
54
Dipolos induzidos
• E • - polarizabilidade
da molécula• Átomos, moléculas
tetraédricas, octaédricas e icosaédricas têm polarizabilidades isotrópicas (independentes da sua orientação)
55
Volume de polarizabilidade
04
• Têm as mesmas unidades
• É comprável ao volume da molécula
56
Interacção dipolo – dipolo induzido
60
221
4 rV
• Mais uma
contribuição para a interacção de van der Waals
• Exemplo: = 1 D (HCl); r = 0,3 nm;’ = 1,0 10-29 m3
(C6H6); V = -0,8 kJ mol-1
57
Interacções de dispersão
• Fórmula de London
21
216
21
3
2
II
II
rV
58
Exemplo: interacções de dispersão entre dois grupos fenilo
• r = 3,0 nm
• V = - 4,6 10-12 I– I = 5 eV
– V = - 3 J mol-1
Ir
V6
22
3
1
59
Pontes de hidrogénio
• XH…Y dois átomos muito electronegativos com H entre eles; X e Y são N, O ou F.– Modelo de interacção electrostática
-XH+…:Y- – Modelo de formação de complexo entre ácido
e base de LewisXH + :Y XH…:Y
60
Pontes de hidrogénio
• A energia depende do ângulo
• Fica a energia <0 apenas dentro de 12º da estrutura linear
61
Pontes de hidrogénio
Y3H2X1 ccc
• Teoria das orbitais moleculares– Ligante– Quase não ligante– Antiligante– O efeito global pode ser
ligante, dependendo da posição da orbital não ligante
– Pontes de H no gelo têm carácter covalente
62
Pontes de hidrogénio
• Dominam outras interacções entre moléculas neutras • Tipicamente 20 kJ/mol (calor de vaporização: 40,7
kJ/mol; tem que partir 2 pontes por molécula)• São responsáveis pelas propriedades de vários
sistemas.
63
Interacção total
• Atracção entre moléculas que rodam: V = -C/r6 • Repulsões tornam-se predominantes à
distâncias mais curtas; uma das maneiras: V = +C*/rn; tipicamente usa-se n = 12
64
Interacção total
612
4rr
V
• Potencial de Lennard-Jones– – profundidade– – distância de V=0
65
Potencial de Lennard-Jones
• Mínimo (demonstrar): com r = 21/6
• A forma mais correcta, e mais difícil de calcular, da parte repulsiva:e-/r
66
Exemplo: reconhecimento molecular e design de drogas
• Interacções anfitrião –convidado (host-guest):– Enzimas – substratos– Antigeno – anticorpo– Droga – receptor
• Tipicamente formam-se várias ligações; assim a interacção torna-se específica, ligando-se um guest aos host quimicamente semelhantes
• Ex.: a droga intercalando ente as bases altera o funcionamento da ADN
67
Exemplo: reconhecimento molecular e design de drogas
• Ex.: a droga Crixivan é um inibidor competitivo da protease, cujo funcionamento é necessário para a montagem do vírus da SIDA:1. O grupo OH substitui a
molécula H2O necessária para hidrolisar o substrato;
2. C tetraédrico assemelha-se à estrutura do estado de transição da reacção de hidrólise da péptida, mas este C não pode ser clivado pela protease;
3. O inibidor está ligado por uma rede de pontes de hidrogénio, envolvendo os grupos C=O, uma molécula da H2O e grupos N-H da enzima
68
Níveis da estrutura
• A configuração pode ser alterada partindo ligações
• A conformação diz respeito ao arranjo da cadeia do polímero no espaço, e pode ser alterada rodando uma parte da cadeia em relação a outra
69
A ordem mínima: gases e líquidos
Função de distribuição radial
70
Ex.: água e gelo
Átomos O em H2O
Os anéis parecem os do ciclohexano em cadeira
71
Rolos aleatórios
N
n
eN
P 2
2/1 2
2
• Uma estrutura desorganizada de uma cadeia flexível
• A probabilidade de as extremidades de uma cadeia com N resíduos, cada um de comprimento l, estarem a uma distância nl é:
72
Rolos aleatórios
2/1
22
3
2/1 2
34)(
22
Nlaer
arf ra
• Probabilidade f(r)dr de estarem no intervalo entre r e r+dr:
73
Medir o rolo aleatório
lN
Rg
2/1
6
• Rrms= N1/2l; o volume aumenta como N3/2
• Comprimento de contorno Rc = Nl
• Raio de giração: raio de uma casca esférica vazia com a mesma massa e o mesmo momento de inércia da molécula:
74
Ex.: comprimento de uma molécula ADN
• Cumprimento l = 45 nm (130 pares de bases)• N = 200• Na realidade – depende do solvente: num bom
solvente fica um rolo menos justo e maior
m 0,26nm456
200
m64,0nm45)200(
m0,9nm45200
2/1
g
2/1rms
c
R
R
R
75
Estrutura secundária de proteínas
• Regras de Corey-Pauling1. Os 4 átomos do elemento peptídico ficam num
plano relativamente rígido: deslocalização dos electrões pelos átomos O, C, N, e a sobreposição máxima das suas orbitais p.
2. O átomos N, H, O da ponte de hidrogénio ficam numa recta (as deslocações do H não podem ser fora dos 30º do vector N – O).
3. Todos os grupos N-H e C=O são envolvidos em pontes de hidrogénio
76
Estrutura secundária de proteínas
• Duas hipóteses: espiral e folha • Cada volta da espiral tem 3,6 resíduos; o
período tem 5 voltas (18 resíduos); o passo de uma volta é de 544 pm.
• As ligações N – H … O são paralelos ao eixo, ligando i ao i+4 e i-4
• Os grupos R apontam para fora do eixo principal
77
Estrutura secundária de proteínas
• A cadeia assuma a configuração correspondente ao mínimo de energia de Gibbs, dependente da energia de conformação, energia de interacção de várias partes da cadeia, e a energia de interacção entre a cadeia e o solvente.
• Abordagem simples: apenas energia potencial de interacções entre os átomos não ligados
• Além da interacções já descritas, mais algumas …
78
Interacções adicionais
• Alongamento de ligações
1-
1stretch
2stretchstretch
mol kJ 20,3
pm165
Nm400
pm152CC:.ex2
1
V
R
k
R
RRkV
e
e
79
Interacções adicionais
• Flexão de ligações
2-1-bend
1-
2bendbend
deg mol J 6,75
º30
mol kJ 8,5
º15elumiflavin:.ex2
1
k
V
kV
e
e
80
Interacções adicionais
• Torção de ligações• Ângulos de dois grupos
péptidos vizinhos fazem um com outro
• Espiral direita: = -57º; = -47º
1-
torsion
mol kJ 1,
3cos13cos1
BA
BAV
81
Interacções adicionais
• Interacções entre cargas parciais (Coulomb)
• Interacções dispersivas e repulsivas (Lennard-Jones)
• Pontes de hidrogénio; outra abordagem:
1012bonding H r
F
r
EV
82
Interacção total
• Diagramas de Ramachandran para – Glycil– Alanil
• I e II – -espirais direita e esquerda, sendo I o mais fundo
83
– sheets • Valores grandes de ângulos
e • Folha antiparalela
= - 139º e = 113º; os átomos N-H-O das pontes de H formam rectas; NH de uma cadeia fica alinhada com CO da outra
• Folha paralela = - 119º e = 113º; os átomos N-H-O das pontes de H não são perfeitamente alinhados; NH de uma cadeia fica alinhada com NH da outra
84
Tipo de estrutura?
85
Estruturas de ordens mais elevadas
• Em soluções aquosas os grupos R apolares podem ficar fora do solvente; pacote de 4 espirais (citocroma b562)
86
Estruturas de ordens mais elevadas
• Folhas interligadas podem formar um – barril, grupos apolares no interior
87
Outros factores
• Ligações dissulfidas• Interacções de
Coulomb entre os iões (dependentes do pH)
• Pontes de hidrogénio• Forças de van der
Waals• Interacções
hidrofóbicas
88
T9
Agregados • Proteínas grandes, M > 50
kg mol-1, tipicamente são agregados de 2 ou mais cadeias– Ex: hemoglobina
• Colágeno• Actina e miosina• Tubulina (polimerização );
consiste de 2 subunidades, que formam um dímero
• Agregados de Hb (anemia falciforme)
• Placas amilóides no cérebro (doença de Alzheimer)
89
Interacção entre proteínas e membranas biológicas
• Membrana – estrutura viscosa, distância média de difusão de fosfolípido é proporcional a t½; tipicamente 1 m por minuto.
• Proteínas periféricas e proteínas internas
90
Aminoácidos hidrofóbicos
• Mede-se a energia de Gibbs de transferência do aminoácido da solução aquosa para o interior da membrana
• Ficam os hidrofóbicos no interior
91
Modelos de membranas
• M. do mosaico fluido: proteínas são móveis, mais os coeficientes de difusão são reduzidos.
• M. de jangada lipídica: moléculas de lípidos e colesterol formam estruturas ordenadas que transportam proteínas.
92
Ácidos nucleicos
• B-ADN: espiral direita; diam. 2,37 nm; passo 3,54 nm (ADN)
• A-ADN: espiral direita; diam. 2,55 nm; passo 2,53 nm (ARN ou ARN-ADN)
• Z-ADN: espiral esquerda; diam. 1,84 nm; passo 4,56 nm
• Interacções: pontes de H; energia de empilhagem (mais fortes entre pares G-C)
93
Estrutura terciária
• Anel retorcido – cromossomas
94
ARN vs ADN• -D-ribose vs -D-2-
deoxiribose
• Uracilo em vez de Timina
• ARN – cadeias únicas
• t-ARN
95
Polysaccarídeos
• Polysaccarídeos são polímeros de carbohidratos– Armazenam glicose– Constroem paredes nas
células de plantas– São mediadores de
interacção entre células– São ligadas por ligações
glicosídicas (C-O-C) – Orientação depende do
grupo OH
96
Polysaccarídeos
• Celulose• Amilose• Glicogénio, amilopectina
97
Simulação em computador
bonding HLJCoulombtorsionbendstretchC VVVVVVV
• Cálculos de mecânica molecular
• Minimiza-se a VC para achar a conformação
• Procura-se o mínimo global
• Utilidade limitada: não inclui contribuições de energia cinética, nem o solvente
98
Dinâmica molecular e simulações Monte Carlo
tx
xVmvv
tvxx
ixii
iii
1d
)(d C11
11
• Vibrações atómicas e de cadeias laterais: 1-500 pm; 1 fs até 0,1 s
• Movimentos de espirais e subunidades: 0,1 – 1,0 pm; 1 ns até 1 s
• Estrutura quaternária: > 0,5 nm; 100 ns até horas
• Simulação: mov-to da molécula aquecida até certa temperatura; t ca. 1 fs
99
Dedução
• v1 – velocidade inicial
• x1 e x2 – posições, inicial e final
• F1 – força no ponto x1
• v1 e v2 – velocidades, inicial e final
tx
xVmvv
x
xVF
tm
Fvtavv
vvvt
va
maF
tvxx
xxxt
xv
x
x
1
1
d
)(d
d
)(d
C112
C
11112
12
1
11
112
12
1
100
Exemplo
• Partícula de massa m ligada a uma parede pela mola, k
• x0 - posição de equilíbrio
• Expressão da velocidade?
xi-1 x0
x
F
011 / xxmkvv iii
101
Dinâmica molecular e simulações Monte Carlo
• A baixa “temperatura” são acessíveis poucas configurações
• Com temperatura mais elevada, mais conf.
• Simulação do efeito do solvente
• Mov-to de distâncias pequenas e aleatórias
• Calcula-se VC
• VC 0 – aceita-se
• VC > 0 – confirmar se pode existir; factor de Boltzmann:
kT
ΔV-
eC
:populações de razão
102
Dinâmica molecular e simulações Monte Carlo
kT
ΔV-
eC
• VC > 0 – confirmar se pode existir; factor de Boltzmann:
• Compara-se com um número aleatório entre 0 e 1
• Se o factor for maior – aceita-se a conformação
• Senão – rejeita-se
103
Dinâmica molecular e simulações Monte Carlo
• É difícil obter configuração correcta, pois é preciso testar imensas configurações diferentes
• Podemos usar para prever alterações por causa duma pequena alteração na sequência de um biopolímero de estrutura conhecida
104
Cálculos QSAR
• Pesquisa de drogas: relações quantitativas entre estrutura e reactividade
• Correlação entre dados de actividade de compostos líderes e as suas propriedades moleculares, determinadas experimentalmente ou calculadas
• Exemplo da expressão:
• Fase final: avaliação de actividade do composto testado
22423
212110 dcdcdcdccActividade
105
3D QSAR
• Avalia-se a estrutura em 3D, para ver se o composto candidato pode ligar-se ao alvo
• Estudam-se as estruturas dos compostos líderes, procurando semelhanças
• Coloca-se um átomo de carbono sp3 em cada ponto de uma grelha 3D, avaliando Eestérica e Eelectrostática
• Constante de ligação ao alvo (r – pontos da grelha):
r
ES rErcrErccK )()()()(log ticaelectrostáestérica0bind
106
3D QSAR
• Ligação de Esteróides ao proteína humano CBG
• Estes métodos precisam de dados abundantes e de confiança