PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE … LIFI.pdf · 3 If in some cataclysm, all of scientific knowledge...
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PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE
LICENCIATURA EM FSICA
Braslia
Agosto de 2013
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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA
E TECNOLOGIA DE BRASLIA
Wilson Conciani
Reitor
Adilson Csar de Arajo
Pr-Reitor de Ensino
Veruska Ribeiro Machado
Diretora de Desenvolvimento do Ensino
Ana Carolina Simes L. F. dos Santos
Diretora de Polticas de Ensino
Hellen Cristina Amorim
Coordenador Geral de Graduao
CAMPUS TAGUATINGA
lcio Antnio paim
Diretor Geral
Leonardo Moreira Ledido
Diretor de Ensino, Pesquisa e Extenso
Marcus Vezzani
Coordenador Geral de Ensino
Jonathan Fernando Teixeira
Coordenador da rea de Fsica
Eryc de Oliveira Leo
Frederico Jordo Montijo da Silva
Jonathan Fernando Teixeira
Rodrigo Maia Dias Ledo
Elaboradores
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If in some cataclysm, all of scientific knowledge
were to be destroyed, and only one sentence
passed on to the next generations of creatures,
what statement would contain the most
information in the fewest? I believe it is the
atomic hypothesis (or the atomic fact, or
whatever you wish to call it) that all things are
made of atoms little particles that move around
in perpetual motion, attracting each other when
they are a little distance apart, but repelling upon
being squeezed into one another. In that one
sentence, you will see, there is an enormous
amount of information about the world, if just
little imagination and thinking are applied.
Richard P. Feynman
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SUMRIO
APRESENTAO ................................................................................................................... 7
1. DADOS DE IDENTIFICAO .......................................................................................... 8
1.1 IDENTIFICAO DO INSTITUTO ........................................................................................... 8 1.2 IDENTIFICAO DO CURSO ................................................................................................ 9
2. HISTRICO ....................................................................................................................... 10
2.1 DA INSTITUIO .............................................................................................................. 10 2.2 DO CURSO ....................................................................................................................... 12
3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... 14
4. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 17
4.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................................ 17 4.2. OBJETIVOS ESPECFICOS ................................................................................................. 17
5. REQUISITOS E FORMAS DE ACESSO ........................................................................ 19
6. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ...................................................................... 20
6.1 SABERES DOCENTES ........................................................................................................ 20 6.2 COMPETNCIAS E HABILIDADES ...................................................................................... 22
6.3 PERFIL PROFISSIONAL DO LICENCIADO EM FSICA ........................................................... 24
7. CAMPO DE ATUAO PROFISSIONAL .................................................................... 26
8. FUNDAMENTOS LEGAIS ............................................................................................... 27
8.1 LEIS ................................................................................................................................. 27
8.2 DECRETOS ....................................................................................................................... 27 8.3 RESOLUES ................................................................................................................... 28 8.4 PARECERES ...................................................................................................................... 28 8.5 PORTARIAS ...................................................................................................................... 29
9. ORGANIZAO CURRICULAR ................................................................................... 30
9.1 PRINCPIOS NORTEADORES DA ORGANIZAO CURRICULAR .......................................... 30 9.2 ESTRUTURA CURRICULAR ............................................................................................... 31 9.3 FLUXOGRAMA .................................................................................................................. 40 9.4 SISTEMA ACADMICO, DURAO E NMERO DE VAGAS DIMENSO DAS TURMAS
TERICAS E PRTICAS. ........................................................................................................... 45 9.5 EMENTRIO ..................................................................................................................... 45 9.6 PRTICA PROFISSIONAL ................................................................................................... 45
9.6.1 Projetos Integradores e Trabalho de Concluso de Curso ................................ 45 9.6.1.1 Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso................................................................................... 45 9.6.1.2 Avaliaes e Relatrios de TCC 2 .............................................................................................................. 49
9.6.2 Estgio Curricular Supervisionado ..................................................................... 49 9.6.3 Atividades acadmico-cientfico-culturais ........................................................... 51 9.6.4 Atividades Complementares ................................................................................. 51
9.6.4.1 Introduo .................................................................................................................................................... 51 9.6.4.2 Projeto de Pesquisa e Iniciao Cientfica ................................................................................................. 52
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9.6.4.3 Extenso ....................................................................................................................................................... 54
10. AVALIAO DA APRENDIZAGEM .......................................................................... 55
11. INSTALAES E EQUIPAMENTOS .......................................................................... 59
11.1 LABORATRIOS ............................................................................................................. 59 11.2 BIBLIOTECA ................................................................................................................... 60
12. PESSOAL DOCENTE E TCNICO ADMINISTRATIVO ........................................ 61
12.1 COORDENAO DO CURSO ............................................................................................ 61
12.1.1 Atribuies do Coordenador de Curso .............................................................. 61 12.2 COLEGIADO DO CURSO .................................................................................................. 63 12.3 PERFIL DOCENTE DO CURSO DE LICENCIATURA EM FSICA ........................................... 64 12.4 NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE ............................................................................... 65 12.5 PESSOAL TCNICO E ADMINISTRATIVO .......................................................................... 66
13. DIPLOMAS ....................................................................................................................... 67
14. AVALIAO DO PROJETO PEDAGGICO DO CURSO ...................................... 68
14.1 AVALIAO DO CURSO .................................................................................................. 68
14.2 AVALIAO INSTITUCIONAL .......................................................................................... 69
14.2.1 Introduo ............................................................................................................ 69 14.2.2 Objetivos da Avaliao ........................................................................................ 70 14.2.3 Mecanismos de Integrao da Avaliao .......................................................... 70
14.2.4 Procedimentos Metodolgicos ............................................................................ 71
15. ACOMPANHAMENTO DOS EGRESSOS ................................................................... 72
16. RELATRIO DE IMPACTO ......................................................................................... 74
REFERNCIAS ..................................................................................................................... 79
LEGISLAES ........................................................................................................................ 79
FONTES SECUNDRIAS .......................................................................................................... 80
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ANEXOS
Anexo Ia Ementas de Disciplinas Obrigatrias
Anexo Ib Ementas de Disciplinas Optativas
Anexo II Programa de Estgio Curricular Supervisionado
Anexo III Normas Relativas ao Trabalho de Concluso de Curso
Anexo IV Instalaes e Equipamentos
Anexo V Avaliao do Curso
Anexo VI Grade Curricular
Anexo VII Relatrio de Consulta Pblica
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Apresentao
O Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Braslia (IFB) foi institudo por
meio da Lei N 11.892 de 29/12/2008, mediante a transformao da Escola Tcnica Federal
de Braslia, sendo inicialmente formado por cinco Campi: Braslia, Gama, Planaltina,
Samambaia e Taguatinga.
As atividades acadmicas no Campus Taguatinga tiveram inicio com a oferta de cursos de
Formao Inicial e Continuada (FIC) em 2010 ainda no Campus provisrio localizado em
Taguatinga Centro. Neste mesmo ano foram iniciadas as obras de construo do Campus
definitivo de Taguatinga, localizado na QNM 40. A partir do segundo semestre de 2010, aps
a construo de um bloco de ensino e de um bloco administrativo com biblioteca, foram
iniciados os trabalhos no Campus Taguatinga da QNM 40 mediante a oferta de cursos
tcnicos subsequentes, cursos FIC e Ensino Distncia (EAD) em diversas reas.
Dentre as vrias novas instalaes previstas no plano de expanso do campus, esto
previstos novos blocos de sala de aula e laboratrios de fsica adaptados para o curso de
licenciatura em fsica, nas reas essenciais para a formao de qualquer fsico, quais sejam,
mecnica, termologia, ondas, fluidos, eletromagnetismo, ptica e fsica moderna.
nesse contexto que este Projeto Pedaggico do Curso de Licenciatura em Fsica foi
formulado, levando sempre em considerao a Lei n. 11.892 de 29/12/08, o Termo de
Acordos de Metas entre SETEC/MEC e IFB, a Resoluo n 16-2012/CS-IFB e a demanda da
comunidade local. Este curso tem como objetivo habilitar os egressos ao atendimento das
demandas locais, regionais e nacionais relacionadas ao ensino de fsica e oferecer formao
de qualidade, contemplando os aspectos tericos e prticos da profisso de fsico com perfil
de educador.
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1. Dados de Identificao
1.1 Identificao do Instituto
Instituio
Mantenedora: Ministrio da Educao
Nome de Fantasia: MEC
CNPJ: 00.394.445/0124-52
Unidade Escolar
Instituio: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO,
CINCIA E TECNOLOGIA DE BRASLIA
CNPJ: 09.266.912/0001-84
Razo Social: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO,
CINCIA E TECNOLOGIA DE BRASLIA
Nome Fantasia: IFB
Campus TAGUATINGA
Esfera Administrativa: Federal
Categoria Pblica Federal
Endereo: QNM 40, rea Especial n 01,
Taguatinga/DF
Cidade/UF/CEP: Taguatinga/DF - CEP 72146-000
Telefone: (61) 2103 2200
e-mail de contato: [email protected]
Sitio do Campus: http://www.ifb.edu.br/taguatinga
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1.2 Identificao do Curso
Instituio: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO,
CINCIA E TECNOLOGIA DE BRASLIA
Denominao: Curso de Graduao em Fsica
Modalidade: Licenciatura em Fsica
Titulao conferida: Licenciado em Fsica
Incio de Funcionamento
do Curso: Binio 2014-2015
Durao do Curso: 3,5 anos (7 semestres)
Nmero de vagas: 40 (quarenta)
Turno de funcionamento: Diurno
Regime Acadmico: Semestral, com entrada anual.
Total de crditos
presenciais: 164,2
Total de horas de Prticas
de Ensino 400 horas
Total de horas de Estgio
Supervisionado em Fsica 400 horas
Total de horas de
Atividades
Complementares
200 horas
Carga Horria total: 3217,5 horas
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2. Histrico
2.1 Da Instituio
O histrico de implantao e desenvolvimento da instituio se associa histria da
rede de educao profissional, cientfica e tecnolgica. Em 1909, Nilo Peanha, ento
presidente da Repblica, criou 19 escolas de Aprendizes e Artfices. Numa sucesso de
mudanas, em 1941 as Escolas de Aprendizes Artfices passaram a ser chamadas de Liceu
Industrial e, no mesmo ano, de Escolas Industriais ou Escolas Tcnicas. A Escola Tcnica
Federal de Braslia (ETFB) foi fundada no final da dcada de 1950 como Escola Agrotcnica
de Braslia, na cidade de Planaltina, subordinada Superintendncia de Ensino Agrcola e
Veterinrio do Ministrio da Agricultura, tendo como objetivo ministrar os cursos regulares
dos antigos Ginsio e Colegial Agrcola.
Por meio do Decreto n 60.731 de 19 de maio de 1967, determinou-se a subordinao
das Escolas Agrcolas do Ministrio da Agricultura ao Ministrio da Educao e da Cultura.
Com a extino da Escola Didtica do Ensino Agrrio, os colgios de aplicao voltaram a ter
a denominao anterior de Colgio Agrcola de Braslia.
A partir da Portaria n 129 de 18 de julho de 2000, o Colgio Agrcola de Braslia
passou a denominar-se Centro de Educao Profissional Colgio Agrcola de Braslia
(CEP/CAB) cujo funcionamento tinha como objetivo a qualificao e requalificao
profissional, objetivando a realizao de Cursos de Formao Inicial e Continuada de
Trabalhadores e Cursos de Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio, direcionados
demanda mercadolgica, principalmente em sua rea de abrangncia. A transformao do
Centro de Educao Profissional/CAB em Escola Tcnica Federal de Braslia se d em 25 de
outubro de 2007 atravs da Lei n 11.534.
Como parte do plano de expanso da Rede Federal de Educao Profissional e
Tecnolgica do Ministrio da Educao, a Lei 11.534 de 25/08/07, cria como entidade de
natureza autrquica, a Escola Tcnica Federal de Braslia, com vistas implantao de
Unidades de Ensino Descentralizadas (UNED). Nesse mesmo ano, o Colgio Agrcola de
Braslia, at ento, pertencente rede de Educao Profissional do Governo do Distrito
Federal, foi integrado a Rede Federal de Educao Profissional, por meio de um acordo entre
os governos local e federal, tornando-se, assim, a UNED Planaltina.
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A Lei N. 11.892 de 29/12/08, criou os Institutos Federais de Educao, Cincia e
Tecnologia, transformando a Escola Tcnica Federal de Braslia em Instituto Federal de
Braslia. Com isso, a UNED Planaltina passou a ser Campus e deu-se incio a implantao de
quatro novos Campi: Braslia, Gama, Samambaia e Taguatinga. O Campus de Taguatinga tm
como objetivo atender aos diversos nveis e modalidades da educao profissional,
possibilitando o desenvolvimento integral do discente, de forma gil e eficaz, por difuso de
conhecimentos cientficos e tecnolgicos e de suporte aos arranjos produtivos locais.
Atualmente, o Campus Taguatinga oferece cursos tcnicos subsequentes, e em breve
oferecer, nos termos da Lei 11.892, cursos tcnicos integrados, cursos de graduao nas
modalidades Licenciatura, Tecnologia e Bacharelado e cursos de ps-graduao, alm de
cursos de Formao Inicial e Continuada (FIC) e Educao de Jovens e Adultos na
modalidade PROEJA. Tambm em consonncia com a Lei 11.892/2008, o Campus tem se
preparado para dar oportunidade aos seus alunos de desenvolver atividades de pesquisa e
extenso nas vrias reas em que atua.
No incio de 2010, o Campus Taguatinga ofertou cursos de Formao Inicial e
Continuada (FIC) nas reas de Gesto e Informtica, em convnio com uma escola local. Em
seguida, o Campus iniciou suas atividades no antigo edifcio da Receita Federal localizado no
centro da cidade. No segundo semestre de 2010, iniciaram-se os curso tcnicos, na forma
subsequente, em Comrcio e em Telecomunicaes, alm de manter as ofertas de FICs nas
reas de Gesto, Informtica, Vesturio, Eletromecnica, Lnguas e Msica.
Considerando a crescente carncia de mo-de-obra especializada nas diversas reas do
conhecimento, bem como a necessidade de continuar promovendo a educao profissional de
qualidade nos diversos nveis, e a necessidade de proporcionar o desenvolvimento das regies
atendidas pelo Campus Taguatinga, a criao do Instituto Federal de Braslia representa um
marco, dando incio a uma srie de reflexes e debates sobre o futuro da instituio, centrando
as discusses em torno das competncias e habilidades dos futuros profissionais a serem
formados.
Nesse contexto, o Curso Superior de Licenciatura em Fsica ser oferecido a alunos que
desejem obter uma formao profissional que lhes proporcione empregabilidade, alm de
ajudar na promoo do desenvolvimento local, regional e nacional contribuindo
favoravelmente com sua incluso participativa na sociedade.
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2.2 Do Curso
Desde seu nascimento como cincia, a Fsica tem tido como propsito descrever,
interpretar e prever fenmenos naturais. Ao longo dos sculos, o desenvolvimento dessa
cincia levou-a a ser o pilar das grandes revolues tecnolgicas da humanidade.
comumente caracterizada como uma cincia experimental que tambm recorre s criaes
humanas abstratas - modelos tericos e ferramentas matemticas. A Fsica trabalha, portanto,
em uma constante relao de cooperao entre observao, formulao terica e prtica
experimental e nenhum destes elementos pode estar ausente no processo de seu
desenvolvimento e de construo da realidade. Assim, um programa de ensino que esteja
privilegiando apenas um desses aspectos est, certamente, em descompasso com os
fundamentos da Fsica como cincia da natureza.
A Fsica tem sido base de importantes revolues tecnolgico-industriais, mas at
agora, os currculos de Fsica no Brasil, praticamente ignoravam estas questes decorrentes
das aplicaes tecnolgicas, que eram apresentadas no ensino mdio quase a ttulo de
curiosidade e nos cursos superiores, apenas nos programas de pesquisa. A esse respeito, a Lei
de Diretrizes e Bases da Educao (LDB) e os Parmetros Curriculares Nacionais para o
Ensino Mdio (Editados pelo Ministrio da Educao) so claros, quando afirmam que o
ensino das cincias da natureza deve promover a compreenso dos fundamentos cientfico-
tecnolgicos dos processos produtivos, levando o educando a compreender a cincia como
uma construo humana relacionando o conhecimento cientfico com a transformao da
sociedade e promovendo a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando como
pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crtico.
Nesse sentido, o objetivo principal do curso de Licenciatura em Fsica do Campus
Taguatinga formar educadores, no somente com competncia para ensinar os fenmenos e
os processos mecnicos, pticos, termodinmicos e eletromagnticos, mas de associ-los s
demais cincias, vislumbrando o desenvolvimento tecnolgico-industrial responsvel. Para
isso, importante pensarmos que no processo ensino-aprendizagem o ato de ensinar no
significa apenas transferncia de conhecimentos, mas sim um meio de dar condies para a
construo, reconstruo e produo do conhecimento. Essas caractersticas so conseguidas
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partindo do senso comum at chegar ao conhecimento cientfico, nunca se esquecendo de que
professor e aluno devem ser os agentes efetivos do processo. Sendo assim, faz-se necessria a
pesquisa no s daquilo (contedo) que se pretende discutir, como tambm do conhecimento
do aluno e de sua realidade (avaliao diagnstica).
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3. Justificativa
A oferta do Curso Superior de Licenciatura em Fsica considerou o cenrio regional e
nacional da escassez de professores para o Ensino Bsico das reas de exatas. Dentre outros
documentos, foi levado em considerao o Relatrio do CNE/CEB intitulado: Escassez de
professores no Ensino Mdio Propostas estruturais e emergenciais, elaborado em maio de
2007. Esse relatrio previu que um dos grandes desafios do Brasil para a prxima dcada ser
o de promover polticas que permitam ampliar o Ensino Mdio, que corresponde ao nvel de
formao mnimo exigido para o ingresso na maioria dos postos de trabalho em pases de
economia consolidada. Com isso, espera-se promover o desenvolvimento social e diminuir a
disparidade com pases da prpria Amrica do Sul. E nesse contexto, o dficit de professores
constitui um desafio a ser encarado pelas instituies educacionais do pas.
De acordo com esse relatrio, o dficit docente est concentrado principalmente nas
reas de Qumica, Fsica, Matemtica e Biologia. A demanda do pas de aproximadamente
235 mil professores para o Ensino Mdio, sendo 23.514 o nmero de professores necessrios
a cada uma das reas de Fsica, Qumica e Biologia (Brasil, CNE/CEB, Relatrio, 2007).
Quando perguntado, em entrevista dada Nova Escola On-Line, sobre qual seria sua
anlise com relao ao dficit de professores no Brasil, Dilvo Ristoff, diretor de Educao
Bsica da Capes, disse:
H uma carncia enorme em reas prioritrias como Fsica, Qumica e Matemtica.
Nosso quadro de professores, tanto em quantidade como em qualidade, o mesmo
de 15 anos atrs. Hoje, precisaramos de 84 anos para suprir nosso dficit apenas em
Fsica. Precisamos de 50 mil docentes nesta rea e s conseguimos formar cerca de
1800 por ano, com uma evaso que beira 2/3 dos alunos. Para resolver isso, o
governo federal tem duas frentes atualmente, o Plano de Reestruturao e Expanso
das Universidades Federais (Reuni) que visa a ampliar as vagas na rede pblica
superior de ensino e o uso dos Institutos Federais de Educao Tecnolgica (IFETs)
para capacitao de docentes em nvel superior. At 2010, a ideia termos 12 mil
vagas por semestre em cursos regulares presenciais de Qumica, Fsica, Matemtica
e Biologia nos IFETs. A Universidade Aberta, que oferece cursos a distncia,
tambm faz parte da poltica para reverter esse quadro1.
1 Cf.: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-inicial/capes-aumenta-orcamento-r-500-milhoes-
atender-educacao-basica-423229.shtml. Acessado em: 10/08/2013 s 17:04 horas.
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Ainda segundo Ristoff, os dados da Capes mostram que nos ltimos 15 anos, as
universidades formaram 110 mil professores de matemtica, mas apenas 43 mil esto no
magistrio; no caso da fsica, nos ltimos 15 anos, as instituies formaram 13 mil
professores, mas atuam no magistrio apenas 6 mil.
Outro aspecto importante relacionado ao ensino de Fsica que se costuma deparar
com uma grande demanda por professores na Rede Pblica e Privada e, ao mesmo tempo,
com um grande nmero de profissionais que atuam sem possurem curso superior2. Dentro
desta perspectiva, procura-se construir um plano de curso que vise formao do professor de
forma integral, buscando, cada vez mais, a integrao entre os conhecimentos didtico-
pedaggicos e os conhecimentos cientficos especficos da Fsica em um conjunto coeso e
interdisciplinar, respeitando no s as mudanas de paradigmas, como tambm o novo
contexto socioeconmico e as novas tecnologias que exigem do professor um novo fazer
pedaggico.
De acordo com o Parecer 09/2001 do Conselho Nacional de Educao, a Licenciatura
passou a ter terminalidade e integralidade prprias em relao ao Bacharelado, constituindo-
se em um projeto especfico. Isso exige a definio de currculos prprios da Licenciatura que
no se confundam com o do Bacharelado. A profisso docente hoje, diante da complexidade
da tarefa educativa, assume novos desafios, que vo muito alm da mera transmisso de
conhecimentos adquiridos academicamente. No caso especfico da educao em cincias
naturais e matemtica, muito j se conhece sobre a situao dos professores e alunos no
contexto da Educao Bsica; no faltam pesquisas, dados e documentos para demonstrar
seus avanos, suas deficincias e necessidades, conhecimentos essenciais para que se possam
traar os rumos desse setor.
Segundo o documento elaborado pela Academia Brasileira de Cincias intitulado: O
Ensino de Cincias e a Educao Bsica: Propostas para Superar a Crise, fruto da discusso
e da consulta a especialistas da rea, a educao cientfica no Brasil precisa receber
tratamento prioritrio no Brasil. Entre os argumentos que apoiam esta urgncia est a
2 Segundo a Sinopse Estatstica do Professor publicada pelo INEP e atualizada em 17/12/2012, ainda hoje,
6,89% dos professores que atuam no Ensino Mdio no Distrito Federal no possuem curso superior (Cf. tabela
8.5). Segundo os dados, de um total de 4434 professores do Distrito Federal que atuam no Ensino mdio, 11
possuem apenas a formao em Normal/Magistrio e 275 no Ensino Mdio. Cf. o estudo completo disponvel
em: http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-sinopse-sinopse. Veja-se tambm a esse respeito, o Anurio
Brasileiro da Educao Bsica de 2013, (Cruz, 2013), p.88 e seguintes, disponvel em:
http://zerohora.com.br/pdf/15067484.pdf.
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deteriorao do ensino bsico que acompanhou o esforo dos governos pela universalizao
do ensino fundamental e que gerou a pssima formao de jovens com chances limitadas de
insero na sociedade brasileira (ABC, 2007).
Nas ltimas dcadas, a prtica pedaggica dessa cincia, salvo raras excees, tem se
caracterizado por privilegiar aspectos formalsticos e construes tericas em detrimento dos
aspectos experimentais e tecnolgicos. A Fsica foi a base das ltimas revolues tecnolgico-
industriais modernas: a Termodinmica estava na base da primeira revoluo, o
Eletromagnetismo da segunda, e a Fsica Quntica da terceira e mais recente. Entretanto, os
currculos de Fsica, no Brasil, praticamente ignoram estas aplicaes tecnolgicas que so
apresentadas no ensino mdio quase a ttulo de curiosidade e nos cursos superiores, apenas
nos programas de pesquisa. A esse respeito, a Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB) e
os Parmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio so claros quando afirmam que o
ensino das cincias da natureza deve promover a compreenso dos fundamentos cientfico-
tecnolgicos dos processos produtivos. Levar o educando a compreender a cincia como
construo humana relacionando o conhecimento cientfico com a transformao da
sociedade e promovendo a preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando como
pessoa humana, incluindo a formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crtico.
Alm disso, o Curso de Licenciatura em Fsica est previsto no programa de abertura
de cursos Superiores de Graduao do PDI 2009-20133, no campus Taguatinga, levando em
conta o relatrio de 11 de maro de 2009 produzido aps consulta pblica (Anexo VII).
Tendo esse compromisso em mente e estando diante do desafio educacional brasileiro
para este sculo, este Curso de Licenciatura em Fsica assume o desafio de atender demanda
nacional de educadores da rea de fsica com a qualidade e o compromisso que o pas exige.
3 Veja-se a esse respeito: http://www.ifb.edu.br/attachments/006_2010410103211319pdi_2009-2013_ifb.pdf
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4. Objetivos
4.1. Objetivo Geral
O objetivo principal do Curso de Licenciatura Plena em Fsica formar profissionais
capazes de compreender os fenmenos e os processos mecnicos, pticos, termodinmicos e
eletromagnticos na forma clssica e de fsica moderna; sua importncia e aplicaes na
construo de materiais e equipamentos no desenvolvimento industrial e tecnolgico.
Profissionais imbudos dos contedos com os quais alcanar as competncias e habilidades
necessrias, para atuar na educao bsica, nos processos de ensino e aprendizagem do
conhecimento terico e experimental da fsica.
4.2. Objetivos Especficos
Esse curso de Licenciatura tem como metas especficas formar um profissional com perfil
para:
Atuar com base em princpios democrticos, respeitando a diversidade social, cultural e
fsica das pessoas, participando da tomada de decises a respeito dos rumos da sociedade
como um todo a partir da conscincia de seu papel como educador.
Formar professores com amplo domnio dos conhecimentos especficos em torno dos
quais dever agir, beneficiando-se dos recursos cientficos e tecnolgicos disponveis na
instituio.
Envolver-se e envolver a comunidade escolar por meio de aes colaborativas no processo
educativo.
Reconhecer a complexidade do processo educativo - que envolve aspectos tcnicos,
ticos, coletivos e relacionais - e atuar de forma reflexiva.
Transformar conhecimentos acadmicos especficos em conhecimento escolar qualificado.
Atuar em diferentes contextos de seu mbito profissional, fazendo uso de recursos
tcnicos, metodolgicos e materiais didticos variados.
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Estar habilitado para enfrentar os desafios e as dificuldades inerentes tarefa de despertar
seus futuros alunos para o conhecimento e a reflexo.
Adotar uma postura crtica de pesquisador sobre a prpria prtica em prol do seu
aperfeioamento e da aprendizagem dos alunos.
Dominar contedos fundamentais e atualizar-se a respeito dos conhecimentos de fsica,
assim como realizar sua articulao com outras reas e com outros saberes.
Fornecer uma formao slida ao acadmico nos fundamentos da Fsica que lhe permita
julgar e abordar criticamente os problemas propostos.
Gerenciar seu prprio desenvolvimento profissional, entendido como um processo de
formao contnua, adotando uma postura de disponibilidade e flexibilidade para
mudanas.
Desenvolver no aluno a iniciativa e independncia quanto s novas metodologias de
investigao e abordagem de fenmenos fsicos.
Formar o estudante atravs da orientao e participao em estgios supervisionados em
escolas e projetos de ensino.
Preparar o estudante para a ps-graduao em Ensino de Fsica e reas afins.
Contribuir para o desenvolvimento social e econmico do Distrito Federal e da RIDE
(Regio Integrada de Desenvolvimento do Entorno).
Tais objetivos devem ser alcanados oferecendo ao aluno um curso que fomente: a
reflexo e a anlise fundamentada sobre a prtica da ao docente em todos os seus aspectos,
a investigao cientfica, uma slida formao em fsica e a articulao teoria-prtica.
Disciplinas que caracterizam a essncia e o carter interdisciplinar do curso, o quadro docente
altamente qualificado constitudo por professores mestres e doutores, os recursos de
infraestrutura (laboratrios, equipamentos de informtica e acervo bibliogrfico) e de apoio ao
aluno constituem os outros suportes para que os alunos atinjam os objetivos previstos.
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5. Requisitos e Formas de Acesso
O Curso Superior de Licenciatura em Fsica do Instituto Federal de Educao, Cincia
e Tecnologia de Braslia, Campus Taguatinga, ser oferecido apenas aos estudantes que
possuam certificado de concluso de ensino mdio ou equivalente, conforme Resoluo 28 de
2012/CS-IFB. Assim, uma vez que o aluno tenha sido contemplado com uma vaga para o
referido curso, apenas poder efetivar sua matrcula caso apresente o certificado de concluso
do ensino mdio ou equivalente.
O acesso ao curso de Licenciatura em Fsica se dar por meio, ou do Sistema de
Seleo Unificada (SISU), ou de transferncia facultativa de outra instituio de ensino
superior, respeitando os termos da legislao do IFB.
-
20
6. Perfil Profissional do Egresso
6.1 Saberes Docentes
O licenciado em Fsica do IFB deve ser um profissional que, apoiado em
conhecimentos slidos e atualizados da cincia Fsica, seja capaz de, no contexto da formao
e disseminao do saber cientfico, abordar e tratar problemas novos e tradicionais, estando
sempre preocupado em buscar novas formas do saber e do fazer cientfico ou tecnolgico. A
atitude de investigao deve estar sempre em todas as suas atividades, mesmo quando
associadas a diferentes formas e objetivos de trabalho.
Nesse sentido, a formao do Fsico educador deve levar em conta tanto as
perspectivas tradicionais de atuao docente, como as novas demandas que vm emergindo
nas ltimas dcadas. Em uma sociedade em rpida transformao, como esta em que vivemos
surgem, continuamente, novas funes sociais e novos campos de atuao, colocando em
questo os paradigmas profissionais anteriores, com perfis j conhecidos e bem estabelecidos.
Prope-se, assim, uma formao, ao mesmo tempo ampla e flexvel, que desenvolva
habilidades e conhecimentos necessrios s expectativas atuais e capacidade de adequao a
diferentes perspectivas de atuao futura, seja no ensino escolar formal, seja em novas formas
de educao cientfica, relacionadas produo de materiais didticos, produo de recursos
educacionais multimdia, divulgao cientfica, promoo da cultura cientfica e do
interesse pelas carreiras cientficas e tecnolgicas, produo e/ou divulgao de histria da
cincia, etc.
Nesse sentido, o egresso do curso de Licenciatura em Fsica dever ser capaz de:
Compreender e atuar sobre o processo de ensino-aprendizagem na escola bsica e nas
suas relaes com o contexto no qual se inserem as instituies de ensino.
Adotar estratgias de ensino diversificadas que explorem menos a memorizao e
privilegiem o raciocnio.
Considerar os aspectos emocionais e afetivos envolvidos no processo de ensino-
aprendizagem, aprimorando as relaes interpessoais presentes no ato educativo tais
como: relao aluno-professor, aluno-aluno e professor-professor.
-
21
Considerar, na formao dos alunos da educao bsica, suas caractersticas
socioculturais e psicopedaggicas.
Tratar com respeito a pluralidade de formas de conhecimento cotidiano trazidas por
saberes e habilidades dos alunos.
Propiciar aprendizagens significativas ancoradas em saberes, conhecimentos e
habilidades anteriores dos estudantes.
Promover o ensino da Fsica com estmulo autonomia intelectual do aluno,
valorizando a expresso de suas ideias, de seus saberes no cientficos, tratando-os
como ponto de partida para o entendimento dos saberes cientficos.
Resolver problemas concretos da prtica docente e da dinmica escolar, zelando pela
aprendizagem dos alunos e pela qualidade do ensino ministrado.
Tratar os contedos de ensino de Fsica de modo contextualizado estabelecendo
relaes entre diferentes contedos dentro da Fsica, entre os conhecimentos fsicos e
outras formas de conhecimentos cientficos e saberes cotidianos, e entre a fsica e a
sociedade, as tecnologias, a histria e a filosofia.
Propor projetos e atividades que viabilizem a relao escola-sociedade.
Conhecer e dominar os contedos bsicos relacionados Fsica e s reas de
conhecimento afins, que so objeto de sua atividade docente, adequando-os s
necessidades dos alunos.
Valorizar o aspecto experimental da Fsica.
Compreender o processo de transformao do conhecimento humano e atualizar
constantemente seus estudos para acompanhar as transformaes do conhecimento
humano, seja do campo educacional geral e especfico, seja do campo de
conhecimento cientfico-tecnolgico, bem como da vida humana em geral.
Manter atualizado seus conhecimentos sobre legislao educacional e a atuao
profissional.
Atuar de forma integrada em programas envolvendo equipes multidisciplinares.
Ser crtico, criativo, participativo e tico no desempenho de suas atividades.
Ser capaz de sistematizar e socializar a reflexo sobre a prtica docente.
-
22
6.2 Competncias e Habilidades
O curso de Licenciatura em Fsica compreende contedos, atividades e prticas que
constituem base consistente para a formao do professor capaz de atender ao perfil
profissional descrito nesse projeto. De Acordo com o parecer CNE/CES 1.304/2001 do MEC,
onde so estabelecidas as Diretrizes Nacionais para os Cursos de Fsica, deve-se procurar
estabelecer competncias gerais, que contemplem a formao de todos os profissionais de
fsica, bem como competncias especficas ligadas, cada uma, ao curso de fsica especfico.
Segundo esse parecer, as competncias essenciais necessrias no s aos fsicos
educadores objetos deste projeto , como aos fsicos pesquisadores, tecnlogos e
interdisciplinares, so os seguintes itens:
1. Dominar princpios gerais e fundamentos da Fsica, estando familiarizado com
suas reas clssicas e modernas.
2. Descrever e explicar fenmenos naturais, processos e equipamentos tecnolgicos em termos de conceitos, teorias e princpios fsicos gerais.
3. Diagnosticar, formular e encaminhar a soluo de problemas fsicos, experimentais ou tericos, prticos ou abstratos, fazendo uso dos instrumentos
laboratoriais ou matemticos apropriados.
4. Manter atualizada sua cultura geral e sua cultura tcnica profissional especfica.
5. Desenvolver uma tica de atuao profissional e a consequente responsabilidade social, compreendendo a Cincia como conhecimento
histrico, desenvolvido em diferentes contextos scio-polticos, culturais e
econmicos (Parecer CNE/CES 1.304/2001).
Ao lado do desenvolvimento dessas competncias gerais, esto, segundo as Diretrizes
Nacionais, as seguintes habilidades tambm essenciais:
1. Utilizar a matemtica como uma linguagem para a expresso dos fenmenos
naturais.
2. Resolver problemas experimentais, desde seu reconhecimento e a realizao de medies, at a anlise de resultados.
3. Propor, elaborar e utilizar modelos fsicos, reconhecendo seus domnios de validade.
4. Concentrar esforos e persistir na busca de solues para problemas de soluo elaborada e demorada.
5. Utilizar a linguagem cientfica na expresso de conceitos fsicos, na descrio de procedimentos de trabalhos cientficos e na divulgao de seus resultados;
6. Utilizar os diversos recursos da informtica, dispondo de noes de linguagem computacional.
7. Conhecer e absorver novas tcnicas, mtodos ou usos de instrumentos, seja em medies, seja em anlise de dados (tericos ou experimentais).
8. Reconhecer as relaes do desenvolvimento da Fsica com outras reas do saber, tecnologias e instncias sociais, especialmente contemporneas.
9. Apresentar resultados cientficos em distintas formas de expresso, tais como relatrios, trabalhos para publicao, seminrios e palestras (Parecer CNE/CES
1.304/2001).
-
23
No que diz respeito atividade docente e de divulgao cientfica da qual espera-se
que o Licenciado em Fsica seja um importante vetor, seguem abaixo as competncias
especficas da habilitao de Fsico Educador pretendida por este curso:
1. Planejar, elaborar e adaptar materiais didticos de diferentes naturezas.
2. Dominar e articular conhecimentos didtico-pedaggicos aplicados a processos de
ensino-aprendizagem de conhecimentos fsicos.
3. Articular ensino e pesquisa na produo e difuso do conhecimento e da cultura fsica.
4. Estabelecer a relao entre cincia, tecnologia e sociedade.
5. Estabelecer vnculos entre os conhecimentos fsicos e outras reas de conhecimento.
Relacionadas a essas competncias especficas esto as seguintes habilidades
especficas:
1. Analisar e elaborar apostilas e livros didticos de fsica para as sries iniciais do
ensino fundamental e para o ensino mdio.
2. Consultar e revisar criticamente bibliografias das vrias reas do conhecimento fsico e
produzir artigos, gravaes em udio, vdeos e outras formas de materiais voltados
para a promoo do letramento cientfico e do ensino de fsica.
3. Diagnosticar dificuldades do processo de ensino-aprendizagem e aplicar
conhecimentos e tcnicas didtico-pedaggicas variadas no ensino de fsica nas sries
finais do ensino fundamental e no ensino mdio.
4. Estimular o gosto e a curiosidade de alunos e cidados em geral para o conhecimento
fsico e suas tecnologias.
6. Gerenciar de modo produtivo e cooperativo os processos de ensino-aprendizagem em
sala de aula.
7. Acompanhar a evoluo do pensamento cientfico e tecnolgico relacionado fsica e
s disciplinas afins.
Por fim, retomando a perspectiva da formao essencial de qualquer habilitao em
fsica, cabe citar as vivncias essenciais estabelecidas pelo Parecer CNE/CES 1.304/2001,
sem as quais, a graduao em fsica se tornaria um processo educacional menos integrado e
efetivo:
-
24
1. Ter realizado experimentos em laboratrios. 2. Ter tido experincia com o uso de equipamento de informtica. 3. Ter feito pesquisas bibliogrficas, sabendo identificar e localizar fontes de
informao relevantes.
4. Ter entrado em contato com idias e conceitos fundamentais da Fsica e das Cincias, atravs da leitura de textos bsicos.
5. Ter tido a oportunidade de sistematizar seus conhecimentos e seus resultados em um dado assunto atravs de, pelo menos, a elaborao de um artigo,
comunicao ou monografia.
6. (...) ter tambm participado da elaborao e desenvolvimento de atividades de ensino. (Parecer CNE/CES 1.304/2001).
6.3 Perfil Profissional do Licenciado em Fsica
O perfil previsto para o licenciado em Fsica formado pelo IFB Campus Taguatinga
o definido para o Fsico educador, que consta no j mencionado Parecer n 1.304/2001-
CNE/CES:
Fsico educador: dedica-se preferencialmente formao e disseminao do
saber cientfico em diferentes instncias sociais, seja atravs da atuao no ensino
escolar formal, seja atravs de novas formas de educao cientfica, como vdeos,
software, ou outros meios de comunicao. No se ateria ao perfil da atual
Licenciatura em Fsica, que est orientada para o ensino mdio formal.
Para alcanar esse perfil, o licenciado dever (re)construir conhecimentos e
desenvolver capacidades ao longo do Curso que lhe habilitem a:
Dominar princpios gerais e fundamentos da Fsica, estando familiarizado com suas
reas clssicas e modernas.
Descrever e explicar fenmenos naturais, processos e equipamentos tecnolgicos em
termos de conceitos, teorias e princpios fsicos gerais.
Diagnosticar, formular e encaminhar a soluo de problemas fsicos, experimentais e
tericos, prticos ou abstratos, fazendo uso dos instrumentos laboratoriais e matemticos
apropriados.
Propor e elaborar projetos de pesquisa na rea da Fsica.
Manter atualizada a sua cultura cientfica geral e tcnica especfica.
-
25
Desenvolver uma tica de atuao profissional e a conseqente responsabilidade
social, compreendendo a cincia como conhecimento histrico, desenvolvido em
diferentes contextos sociopolticos, culturais e econmicos.
Problematizar juntamente com os estudantes os fenmenos sociais relacionados com
os processos de (re)construo do conhecimento no mbito da Fsica e de suas inter-
relaes com outras reas do conhecimento.
Tutorar o processo de ensino-aprendizagem, assumindo um papel de orientador das
atividades propostas, sendo um elemento motivador e incentivador do desenvolvimento de
seus alunos.
Dominar conhecimentos especficos em Fsica, as suas relaes com a matemtica e
outras cincias.
Dominar o processo de (re)construo do conhecimento em Fsica, assim como o
processo de ensino desta cincia.
Estabelecer dilogo entre a rea de Fsica e as demais reas do conhecimento no
mbito educacional.
Articular ensino e pesquisa na produo e difuso do conhecimento em ensino de
Fsica e na sua prtica pedaggica.
Desenvolver metodologias e materiais didticos de diferentes naturezas,
coerentemente com os objetivos educacionais almejados.
Articular as atividades de ensino de Fsica na organizao, no planejamento, na
execuo e na avaliao de propostas pedaggicas da escola.
Propor, elaborar e utilizar modelos fsicos, reconhecendo seus domnios de validade;
Utilizar a linguagem cientfica na expresso de conceitos fsicos, na descrio de
procedimentos de trabalhos cientficos e na divulgao de seus resultados.
Atuar propositivamente na busca de solues polticas, pedaggicas e tcnicas para
questes propostas pela sociedade.
Planejar, desenvolver e avaliar os processos de ensino e de aprendizagem em Fsica
nos nveis de ensino fundamental e mdio.
-
26
7. Campo de Atuao Profissional
O trabalho dos Licenciados em Fsica predominantemente intelectual e como
profissional exercer atividades de docncia nas sries finais do Ensino Fundamental e no
Ensino Mdio tanto no setor pblico quanto no setor privado. No que se refere s condies
de trabalho, o licenciado em Fsica do IFB trabalhar em horrio regular, geralmente em
equipes multi e interdisciplinares compostas, dentre outros, por bilogos, qumicos,
matemticos e pedagogos. Entre os campos de atuao esto, basicamente, as reas de
docncia e pesquisa, planejamento e algumas questes relacionadas ao meio ambiente e ao
coletiva. So exemplos mais especficos de atividades exercidas pelos licenciados, alm da
docncia, as seguintes:
Produzir conhecimento na rea de ensino de Fsica.
Difundir conhecimento na rea de Fsica e ensino de Fsica.
Aprimorar-se continuamente, ingressando preferencialmente, na Ps-Graduao em
Ensino de Fsica ou Educao.
Atuar no ensino distncia, centros e museus de cincias e divulgao cientfica.
-
27
8. Fundamentos Legais
A redao deste Projeto Pedaggico de Curso Superior de Licenciatura em Fsica do
Instituto Federal de Braslia foi pautada nos seguintes dispositivos legais:
8.1 Leis
* LEI N 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 que estabelece as diretrizes e bases da
educao nacional4.
* LEI N. 11.788 DE 25 DE SETEMBRO DE 2008, que dispe sobre o estgio de
estudantes5.
8.2 Decretos
* DECRETO No 3.276, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1999, que dispe sobre a formao em
nvel superior de professores para atuar na educao bsica, e d outras providncias6.
* DECRETO N 5.154 DE 23 DE JULHO DE 2004. Regulamenta o 2 do art. 36 e os arts.
39 a 41 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da
educao nacional, e d outras providncias7.
* DECRETO N 5.622, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei no
9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educao nacional8.
* DECRETO N 5.626 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de
24 de abril de 2002, que dispe sobre a Lngua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei
no 10.098, de 19 de dezembro de 20009.
4 Disponvel em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm
5 Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm
6 Disponvel em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3276.htm
7 Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Decreto/D5154.htm
8 Disponvel em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5622.htm
9 Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm
-
28
* DECRETO No 6.755, DE 29 DE JANEIRO DE 2009, Institui a Poltica Nacional de
Formao de Profissionais do Magistrio da Educao Bsica, disciplina a atuao da
Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior - CAPES no fomento a
programas de formao inicial e continuada, e d outras providncias10
.
8.3 Resolues
* RESOLUO CNE/CP n 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Formao de Professores da Educao Bsica, em nvel superior, curso de
licenciatura, de graduao plena11
.
* RESOLUO CNE/CP n. 1, de 17 de novembro de 2005. Altera a Resoluo CNE/CP n
1/2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formao de Professores da
Educao Bsica, em nvel superior, curso de Licenciatura de graduao plena12
.
* RESOLUO CNE/CES n. 2, de 18 de junho de 2007. Dispe sobre carga horria mnima
e procedimentos relativos integralizao e durao dos cursos de graduao, bacharelados,
na modalidade presencial13
.
* RESOLUO n. 028-2012/CS-IFB, de 22 de outubro de 2012. Regulamenta os
Procedimentos Administrativos e a Organizao Didtico Pedaggica dos Cursos de
Graduao do Instituto Federal de Braslia - IFB14
.
8.4 Pareceres
* PARECER CNE/CP n 9, aprovado em 8 de maio de 2001. Diretrizes Curriculares para a
Formao Inicial de Professores da Educao Bsica em Cursos de Nvel Superior15
.
10
Disponvel em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/Decreto/D6755.htm 11
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.pdf 12
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_05.pdf 13
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2007/rces002_07.pdf
14 Disponvel em: http://www.ifb.edu.br/attachments/3893_Resoluo_028_republicao.pdf
15 Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/009.pdf
-
29
* PARECER CNE/CP n 21/2001, aprovado em 6 de agosto de 2001. Dispe sobre a durao
e carga horria dos cursos de Formao de Professores da Educao Bsica, em nvel
superior, curso de licenciatura, de graduao plena16
.
* PARECER CNE/CP n 27, de 2 de outubro de 2001. D nova redao ao Parecer CNE/CP
9/2001, que dispe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formao de Professores
da Educao Bsica, em Cursos de Nvel Superior17
.
* PARECER CNE/CP n 28, de 2 de outubro de 2001. D nova redao ao Parecer CNE/CP
21/2001, que estabelece a durao e a carga horria dos cursos de Formao de Professores da
Educao Bsica, em nvel superior18
.
* PARECER CNE/CES 1.304/2001 de 06 de novembro de 2001. Estabelece as Diretrizes
Curriculares para os cursos de Bacharelado e Licenciatura em Fsica19
.
* PARECER CNE/CES n 67 de 2 de junho de 2003. Referencial para as Diretrizes
Curriculares Nacionais DCN dos Cursos de Graduao20
.
* PARECER CNE/CP n. 5, de 4 de abril de 2006. Aprecia Indicao CNE/CP n 2/2002
sobre Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos de Formao de Professores para a
Educao Bsica21
.
8.5 Portarias
* PORTARIA N. 1.793, de dezembro de 1994. Recomendaes sobre educao inclusiva22
.
16
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/021.pdf 17
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/027.pdf 18
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/028.pdf 19
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES1304.pdf 20
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/2003/pces067_03.pdf 21
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp005_06.pdf 22
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/port1793.pdf
-
30
9. Organizao Curricular
9.1 Princpios Norteadores da Organizao Curricular
A Lei de Diretrizes e Bases da Educao (Lei N 9.394/96) e os Parmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Mdio23
afirmam que o ensino das cincias da natureza
deve promover a compreenso dos fundamentos cientfico-tecnolgicos dos processos
produtivos. Alm de levar o educando a compreender a cincia como construo humana
relacionando o conhecimento cientfico com a transformao da sociedade e promover a
preparao bsica para o trabalho e a cidadania do educando como pessoa humana incluindo a
formao tica e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crtico.D essa
forma, o currculo do curso de licenciatura em Fsica incorpora disciplinas obrigatrias de
carter acadmico-cientfico-culturais, dentro e fora de sala de aula, atividades de vivncia de
prticas de ensino ao longo do curso, estgios supervisionados em Fsica agrupados em um
currculo que pode ser cursado em 7 semestres.
Os contedos curriculares que compem o curso foram esquematizados de acordo com
o Parecer CNE/CES 1.304/2001, que institui as Diretrizes Nacionais Curriculares para os
Cursos de Fsica, onde se incentiva a diviso do curso em duas partes: um Ncleo Comum a
todas as modalidades dos cursos de Fsica e um mdulo sequencial especializado. Tendo este
documento como diretriz, o curso foi estruturado da seguinte forma:
MDULOS SUBDIVISES
Ncleo Comum de
Fsica (NCF) Ncleo Comum de Fsica (NCF)
Mdulo Fsico-
Educador (MFE)
Ncleo de Educao (NE)
Estgio Supervisionado em Fsica
(ES)
Atividades Complementares (AC)
Optativas para a
Licenciatura em Fsica
(OLF)
Optativas
23
Disponvel em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf
-
31
Espera-se com isso atingir uma formao que contemple os perfis, competncias e
habilidades descritos no captulo 6 deste documento e, ao mesmo tempo, flexibilizar a
insero do formado em um mercado de trabalho cada vez mais dinmico e diversificado24
.
O ncleo Comum do curso de fsica corresponde formao bsica que qualquer
fsico, de qualquer rea de concentrao, deve ter. Compreende um conjunto de disciplinas
relativas fsica geral, matemtica, fsica clssica, fsica moderna e cincia como atividade
humana.
O mdulo fsico-educador corresponde definio de nfase especfica do licenciado
em fsica. Referindo-se a este mdulo, os relatores do Parecer CNE/CES 1.304/2001 dizem:
No caso desta modalidade, os sequenciais estaro voltados para o ensino da Fsica e
devero ser acordados com os profissionais da rea de educao quando pertinente.
Esses sequenciais podero ser distintos para, por exemplo, (i) instrumentalizao de
professores de Cincias do ensino fundamental; (ii) aperfeioamento de professores
de Fsica do ensino mdio; (iii) produo de material instrucional; (iv) capacitao
de professores para as sries iniciais do ensino fundamental. Para a licenciatura em
Fsica sero includos no conjunto dos contedos profissionais, os contedos da
Educao Bsica, consideradas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formao de Professores em nvel superior, bem como as Diretrizes Nacionais para
a Educao bsica e para o Ensino Mdio (Parecer CNE/CES 1.304/2001, p. 7).
Na sequncia, cada uma das subdivises do Mdulo Fsico-Educador ser explicada.
9.2 Estrutura Curricular
Como j foi citado acima, este curso est estruturado em trs mdulos bsicos: O
Ncleo Comum de Fsica, de carter obrigatrio; o Mdulo Fsico-Educador, tambm
obrigatrio, e o mdulo de Optativas para a Licenciatura em Fsica, que inclu uma lista de
componentes curriculares optativas.
A carga horria mnima exigida para o Curso de Licenciatura em Fsica, respeitados os
termos da Resoluo CNE/CP 002 de 200225
:
24
Cf. captulo 3 do Parecer CNE/CES 1.304/2001, onde os relatores expem a estrutura desejvel dos cursos de
fsica. 25
A Resoluo CNE/CP 002 de 2002 estipula que a carga horria dos cursos de Formao de Professores da
Educao Bsica, em nvel superior, em curso de graduao plena, dever ser de, no mnimo, 2800 horas,
garantidas 400 horas para prticas de ensino vivenciadas ao longo do curso, 400 horas de estgio supervisionado,
1800 horas de contedos curriculares de atividades acadmico-cientfico-culturais em sala de aula e 200 horas de
outras formas de atividades acadmico-cientfico-culturais.
-
32
Currculo Mnimo Exigido
Mdulo Subdivises Tipo Crditos CH
26
(ha) CH (h)
NCF NCF Aula Terica 96 1728 1440
MFE
NE
Aula Terica 45.20 842.6 702.5
Prticas de
Ensino 12 480 400
ES Regncia 6 480 400
AC Vivncias
Acadmicas 0 240 200
OLF Optativas Aula Terica 5 90 75
TOTAL 164.20 3860.6 3217.5
Dentre essas subdivises, apenas a ltimas apresenta disciplinas de carter optativo.
Disciplinas optativas so Componentes Curriculares que permitem integralizar o currculo
com o aprofundamento em alguma rea de interesse do aluno, dando certa margem de
liberdade para reforar a formao do estudante em uma rea que ele apresenta dificuldades
ou que ele pretende se especializar. Assim, o estudante possui liberdade para escolher quais
disciplinas pretende cursar, observados os valores mnimos exigidos em cada cadeia de
disciplinas.
Quanto ao carter, os mdulos se classificam da seguinte forma:
MDULOS SUBDIVISES Carter
Ncleo Comum de Fsica
(NCF)
Ncleo Comum de
Fsica (NCF) Obrigatrio
Mdulo Fsico-Educador
(MFE)
Ncleo de Educao
(NE) Obrigatrio
Estgio Supervisionado
em Fsica (ES) Obrigatrio
Atividades
Complementares (AC) Obrigatrio
Optativas para a
Licenciatura em Fsica
(OLF)
Optativas Optativo
26
CH a abreviao para Carga Horria.
-
33
As Componentes Curriculares do Ncleo Comum de Fsica abaixo, de carter
obrigatrio, devero ser cursadas, observados os pr-requisitos de cada uma, por todos os
estudantes do Curso de Licenciatura em Fsica que desejarem obter o grau de Licenciado em
Fsica:
Ncleo Comum de Fsica (NCF)
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisito
NCF AL lgebra Linear 4 72 60 ---
NCF APC
Algoritmos e
Programao de
Computadores
4 72 60 ---
NCF C1
Clculo
Diferencial e
Integral I
4 72 60 ---
NCF C2
Clculo
Diferencial e
Integral II
4 72 60 C1
NCF C3
Clculo
Diferencial e
Integral III
4 72 60 C2
NCF EDO
Equaes
Diferenciais
Ordinrias
3 54 45 C1
NCF ELETRO 1 Eletromagnetismo
1 2 36 30 ---
NCF ELETRO 1
EXP
Eletromagnetismo
1 Experimental 2 36 30 ---
NCF ELETRO 2 Eletromagnetismo
2 3 54 45 C1
NCF ELETRO 2
EXP
Eletromagnetismo
2 Experimental 3 54 45 ---
NCF ESOL Estado Slido 6 108 90 C1
NCF FLO Fluidos e
Ondulatria 2 36 30 ---
NCF FLO EXP
Fluidos e
Ondulatria
Experimental
2 36 30 ---
NCF FQUA Fsica Quntica 6 108 90 C3
NCF FTER Fsica Termica 2 36 30 ---
NCF FTER EXP Fsica Trmica
Experimental 2 36 30 ---
-
34
Ncleo Comum de Fsica (NCF)
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisito
NCF IREG
Introduo
Relatividade
Especial e Geral
2 36 30 AL
NCF LAB Laboratrio
Especial 4 72 60 FQUA
NCF MCLA 1 Mecnica
Clssica 1 4 72 60 EDO
NCF MEC 1 Mecnica 1 3 54 45 ---
NCF MEC 1 EXP Mecnica 1
Experimental 2 36 30 ---
NCF MEC 2 Mecnica 2 3 54 45 ---
NCF MEC 2 EXP Mecnica 2
Experimental 2 36 30 ---
NCF MMF
Mtodos
Matemticos da
Fsica
4 72 60 C2 e
EDO
NCF OT tica 4 72 60 ---
NCF OT EXP tica
Experimental 3 54 45 ---
NCF QUI Qumica Aplicada 4 72 60 ---
NCF TE 1 Teoria
Eletromagntica 1 4 72 60
ELETRO
2
NCF TERMO Termodinmica 4 72 60 C1
TOTAL 96 1728 1440
Mnimo Exigido 96 1728 1440
O Mdulo Fsico-Educador possui um submdulo com Componentes Curriculares
Obrigatrias voltadas para a formao educacional do licenciado, com componentes de
formao geral e especfica, chamado Ncleo de Educao (NE). Neste ncleo, h algumas
disciplinas voltadas para as prticas de ensino de fsica, respeitando a carga horria prevista
na Resoluo CNE/CP 002 de 2002. Segue abaixo a lista completa de Componentes
Curriculares do Ncleo de Educao, sem as quais, o estudante no poder obter o grau de
Licenciado em Fsica
-
35
Mdulo Fsico Educador (MFE)
M-
dulo Cdigo
Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semes-
tral
(ha)
CH
Semes-
tral (h)
CH
Semestral
de aulas
tericas
(h)
CH
Semestral
de
Prticas
de ensino
(h)
Pr-
requi
sito
NE CS Cultura e Sociedade 2 40 33.5 33.5 0 ---
NE LPT Leitura e Produo
de Texto 3 60 50 50 0 ---
NE FE Fundamentos da
Educao 3 60 50 50 0 ---
NE MC Metodologia
Cientfica 2 40 33.5 33.5 0 ---
NE OEB Organizao da
Educao Brasileira 3.3 60 50 50 0 ---
NE PED Psicologia da
Educao 3 60 50 50 0 ---
NE POA
Planejamento e
Organizao da Ao
Pedaggica
3.3 60 50 50 0 ---
NE NTE Novas tecnologias da
Educao 2.2 40.2 33.5 33.5 0 ---
NE LIB Libras 2.2 40.2 33.5 33.5 0 ---
NE ED Educao para a
Diversidade 2.2 40.2 33.5 33.5 0 ---
NE TCC 1
Trabalho de
Concluso de Curso
1
2 36 30 30 0 ---
NE TCC 2 Trabalho de
concluso de curso 2 2 36 30 30 0
TCC
2
NE MEF Metodologia do
Ensino da Fsica 2 36 30 30 0 ---
NE MDF Materiais didticos
de Fsica 3 54 45 45 0 ---
NE EA Ensino de
Astronomia 3 54 45 45 0 ---
NE EFC Ensino de Fsica
Conceitual 3 54 45 45 0 ---
NE EHF Ensino de Histria
da Fsica 4 72 60 60 0 ---
NE PEM Prticas de Ensino de
Mecnica 2 96 80 0 80 ---
NE PEE Prticas de Ensino de
Eletromagnetismo 2 96 80 0 80 ---
-
36
Mdulo Fsico Educador (MFE)
M-
dulo Cdigo
Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semes-
tral
(ha)
CH
Semes-
tral (h)
CH
Semestral
de aulas
tericas
(h)
CH
Semestral
de
Prticas
de ensino
(h)
Pr-
requi
sito
NE PEFT Prticas de Ensino de
Fsica Trmica 2 72 60 0 60 ---
NE PEFO
Prticas de Ensino de
Fluidos e
Ondulatria
2 72 60 0 60 ---
NE PEFQ Prticas de Ensino de
Fsica Quntica 2 72 60 0 60 ---
NE PER Prticas de Ensino de
Relatividade 2 72 60 0 60 ---
TOTAL 57.2 1323 1103 702.5 400
Mnimo Exigido 57.2 1323 1103 702.5 400
Os submdulos de Estgio Supervisionado e de Atividades Complementares esto
estruturados nos subcaptulos 9.6.2 e 9.6.4 deste Projeto Pedaggico. A organizao curricular
est especificada abaixo:
Mdulo Fsico Educador (MFE)
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisito
AC AC Atividades
Complementares 0 240 200 ---
ES ES 1 Estgio Supervisionado
em Fsica 1 2 168 140 ---
ES ES 2 Estgio Supervisionado
em Fsica 2 2 168 140 ES 1
ES ES 3 Estgio Supervisionado
em Fsica 3 2 144 120 ES 2
TOTAL 6 720 600
Mnimo Exigido 6 720 600
A lista de Componentes Curriculares optativas composta de disciplinas relacionadas
a vrias reas afins licenciatura em Fsica. Para integralizar o currculo mnimo necessrio
-
37
para obter o grau de licenciado em fsica, o estudante dever cursar a carga horria mnima
descrita no quadro abaixo:
Carga horria Mnima em Componentes Curriculares optativas
Cadeia Crditos CH Semestral (ha) CH Semestral (h)
Optativas 77 1386 1155
Mnimo exigido 5 90 75
A seguir apresentada a lista de disciplinas optativas para o Curso de Licenciatura em
Fsica:
Optativas
Mdulo Cdigo Componente Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisito
OLF CN Clculo Numrico 4 72 60 C1
OLF DF Didtica Fundamental 2 36 30 ---
OLF ET Espanhol Tcnico 2 36 30 ---
OLF FEST Fsica Estatstica 4 72 60 C2
OLF FME Fundamentos de
Matemtica Elementar 3 54 45 ---
OLF HFF 1 Histria e Filosofia da
Fsica 1 4 72 60 ---
OLF HFF 2 Histria e Filosofia da
Fsica 2 4 72 60 HFF 2
OLF IT Ingls Tcnico 2 36 30 ---
OLF LM Lgica Matemtica 2 36 30 ---
OLF MD Matemtica Discreta 4 72 60 AL
OLF MCLA
2 Mecnica Clssica 2 6 108 90 MCLA 1
OLF MQ Mecnica Quntica 6 108 90 FQUA
OLF PE Probabilidade e Estatstica 4 72 60 ---
OLF PC 1 Programao de
Computadores I 4 72 60 APC
OLF PC 2 Programao de
Computadores II 4 72 60 APC
-
38
Optativas
Mdulo Cdigo Componente Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisito
OLF PC 3 Programao de
Computadores III 4 72 60 APC
OLF TINT Tcnicas de Integrao 2 36 30 ---
OLF TE 2 Teoria Eletromagntica 2 6 108 90 TE 1
OLF TMA Tpicos de Matemtica A 2 36 30 ---
OLF TMB Tpicos de Matemtica B 2 36 30 ---
OLF TMC Tpicos de Matemtica C 2 36 30 ---
OLF VC Varivel Complexa 4 72 60 C3
Total Disponvel 77 1386 1155
Mnimo Exigido 5 90 75
Todas as Componentes Curriculares de cursos superiores do IFB que no esto
definidas nessas tabelas como Componentes do Ncleo Comum de Fsica ou como
Componentes do Mdulo Fsico-Educador, ou como Componentes Optativas para a
Licenciatura em Fsica, sero consideradas como Componentes Curriculares pertencentes ao
Mdulo Livre para alunos matriculados no Curso de Licenciatura em Fsica. Assim, quaisquer
disciplinas cursadas que no sejam nem obrigatrias nem Optativas para este curso, no sero
utilizadas na soma da carga horria mnima necessria para obter o grau de Licenciado em
Fsica. O estudante poder cursar o mximo de 300 horas de disciplinas de Mdulo Livre, de
acordo com a tabela abaixo:
Mdulos CH Total (h)
NCF + MFE + OLF Mnima 3217.5
LIVRE Mxima 300
-
39
Em termos de Carga Horria, o Curso de Licenciatura em Fsica do Campus
Taguatinga se estrutura da seguinte forma:
Currculo Mnimo Exigido
Mdulo Subdivises Tipo
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH (ha) CH (h)
NCF NCF Aula Terica 98 1764 1470
MFE
NE Aula Terica 43.2 806.6 672.5
Prticas de Ensino 12 480 400
ES Regncia 6 480 400
AC Vivncias Acadmicas 0 240 200
OLF Optativas Aula Terica 5 90 75
TOTAL 164.2 3860.6 3217.5
-
40
9.3 Fluxograma
O fluxograma padro recomendado, ao estudante que comear este curso sem ter
obtido crditos por aproveitamento o seguinte27
:
GRADE CURRICULAR DO CURSO DE LICENCIATURA EM FSICA
1 Semestre
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisitos
NCF MEC 1 Mecnica 1 3 54 45 ---
NCF MEC 1
EXP
Mecnica 1
Experimental 2
36 30 ---
OLF FME Fundamentos de
Matemtica Elementar* 3
54 45 ---
NCF C1 Clculo Diferencial e
Integral I 4 72 60 ---
NE EFC Ensino de Fsica
Conceitual 3
54 45 ---
NE FE Fundamentos da
Educao 3
60 50 ---
NE EA Ensino de Astronomia 3 54 45 ---
NE LPT Leitura e Produo de
Texto 3
60 50 ---
TOTAL 24 444 370 *Sugesto de optativa
27
Observe-se pela mistura de cores representativas dos mdulos que as diferentes categorias de mdulos
aparecem distribudas ao longo de toda a grade curricular, sugerindo ao estudante a vivncia ao longo do curso
das diferentes competncias e habilidades necessrias formao do Fsico-Educador, desde o primeiro semestre
at o ltimo, tal como preconizada pelos Pareceres e Resolues do MEC para a Educao Superior, tais como o
Parecer CNE/CES 1.30/2001 e o Parecer CNE/CP 21/2001.
-
41
2 Semestre
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisitos
NCF MEC 2 Mecnica 2 3 54 45 ---
NCF MEC 2
EXP
Mecnica 2
Experimental 2 36 30 ---
NCF FTER Fsica Termica 2 36 30 ---
NCF FTER
EXP
Fsica Trmica
Experimental 2 36 30 ---
OLF TINT
Tcnicas de
Integrao* 2 36 30 ---
NCF C2 Clculo Diferencial e
Integral II 4 72 60 C1
NCF AL lgebra Linear 4 72 60 ---
NE PEM Prticas de Ensino de
Mecnica 2 96 80 ---
NE LIB Libras 2.2 40.2 33.5 ---
TOTAL 23.2 478.2 398.5 *Sugesto de optativa
3 Semestre
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisitos
NCF FLO Fluidos e Ondulatria 2 36 30 ---
NCF FLO
EXP
Fluidos e Ondulatria
Experimental 2 36 30 ---
NCF ELETRO
1 Eletromagnetismo 1 2 36 30 ---
NCF ELETRO
1 EXP
Eletromagnetismo 1
Experimental 2 36 30 ---
NCF C3 Clculo Diferencial e
Integral III 4 72 60 C2
NCF EDO Equaes Diferenciais
Ordinrias 3 54 45 C1
NE PEFO Prticas de Ensino de
Fluidos e Ondulatria 2 72 60 ---
NE PEFT Prticas de Ensino de
Fsica Trmica 2 72 60 ---
NE MC Metodologia Cientfica 2 40 33.5 ---
NE PED Psicologia da Educao 3 60 50 ---
TOTAL 24 514 428.5
-
42
4 Semestre
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisitos
NCF MCLA 1 Mecnica Clssica 1 4 72 60 EDO
NCF ELETRO
2 Eletromagnetismo 2 3 54 45 C1
NCF ELETRO
2 EXP
Eletromagnetismo 2
Experimental 3 54 45 ---
NCF OT tica 4 72 60 ---
NCF OT EXP tica Experimental 3 54 45 ---
NCF MMF Mtodos Matemticos
da Fsica 4 72 60 C2 e EDO
NE PEE Prticas de Ensino de
Eletromagnetismo 2 96 80 ---
NE CS Cultura e Sociedade 2 40 33.5 ---
TOTAL 25 514 428.5
5 Semestre
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisitos
NCF FQUA Fsica Quntica 6 108 90 C3
NCF TERMO Termodinmica 4 72 60 C1
NCF APC
Algoritmos e
Programao de
Computadores
4 72 60 ---
NE EHF Ensino de Histria da
Fsica 4 72 60 ---
NE PEFQ Prticas de Ensino de
Fsica Quntica 2 72 60 ---
NE NTE Novas tecnologias da
Educao 2.2 40.2 33.5 ---
ES ES 1 Estgio Supervisionado
em Fsica 1 2 168 140 ---
TOTAL 24.2 604.2 503.5
-
43
6 Semestre
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisitos
NCF IREG
Introduo
Relatividade Especial e
Geral
2 36 30 AL
NCF LAB Laboratrio Especial 4 72 60 FQUA
NCF TE 1 Teoria Eletromagntica
1 4 72 60
ELETRO
2
NE PER Prticas de Ensino de
Relatividade 2 72 60 ---
NE MEF Metodologia do Ensino
da Fsica 2 36 30 ---
NE POA
Planejamento e
Organizao da Ao
Pedaggica
3.3 60 50 ---
NE TCC1 Trabalho de Concluso
de Curso 1 2 36 30 ---
ES ES 2 Estgio Supervisionado
em Fsica 2 2 168 140 ES 1
TOTAL 21.3 552 460
7 Semestre
Mdulo Cdigo Componente
Curricular
CH
Semanal
(ha) -
Crditos
CH
Semestral
(ha)
CH
Semestral
(h)
Pr-
requisitos
NCF QUI Qumica Aplicada 4 72 60 ---
NCF ESOL Estado Slido 6 108 90 C1
AC AC Atividades
Complementares 0 240 200 ---
NE OEB Organizao da
Educao Brasileira 3.3
60 50 ---
NE ED Educao para a
Diversidade 2.2 40.2 33.5 ---
NE MDF Materiais didticos de
Fsica 3
54 45 ---
NE TCC 2 Trabalho de concluso
de curso 2 2 36 30 TCC 1
ES ES 3 Estgio Supervisionado
em Fsica 3 2 144
120 ES 2
TOTAL 22.5 754.2 628.5
-
44
QUADRO RESUMO 1 Total de
Crditos
CH Total
(ha)
CH Total
(h)
1 Semestre 24 444 370
2 Semestre 23.2 478.2 398.5
3 Semestre 24 514 428.5
4 Semestre 25 514 428.5
5 Semestre 24.2 604.2 503.5
6 Semestre 21.3 552 460
7 Semestre 22.5 754.2 628.5
TOTAL 164.2 3860.6 3217.5
QUADRO RESUMO 2 CH
(ha) CH (h)
Aulas Tericas 2660.6 2217.5
Prticas de Ensino 480 400
Estgio Supervisionado em
Fsica 480 400
Atividades Complementares 240 200
TOTAL 3860.6 3217.5
LEGENDA
NCF Ncleo Comum de Fsica
NE Ncleo de Educao
ES Estgio Supervisionado
AC Atividades
Complementares
OLF Optativas para a
Licenciatura em Fsica
CH Carga Horria
ha horas-aula
h horas-relgio
-
45
9.4 Sistema Acadmico, Durao e Nmero de Vagas Dimenso das turmas tericas e
prticas.
Sistema Acadmico: Componentes Curriculares
Limite mnimo de permanncia: 6 semestres
Limite mximo de permanncia: 14 semestres
Nmero de Vagas: 40 anuais
Turno: Diurno
9.5 Ementrio
As ementas de todas as Unidades Curriculares Obrigatrias e Optativas do Curso de
Licenciatura em Fsica do Campus Taguatinga seguem nos Anexos Ia e Ib.
9.6 Prtica Profissional
9.6.1 Projetos Integradores e Trabalho de Concluso de Curso
9.6.1.1 Regulamento do Trabalho de Concluso de Curso
O Trabalho de Concluso de Curso (TCC) do Curso de Licenciatura em Fsica dever
estar de acordo com a legislao vigente no IFB e com o seguinte regulamento:
Art. 1. O trabalho de concluso de curso tem como objetivo colocar o aluno em contato como
atividades de pesquisa em nvel acadmico, bem como permitir a execuo de projetos que
complementem as diversas disciplinas oferecidas durante o Curso de Licenciatura em Fsica.
-
46
Art. 2. Os trabalhos de concluso de curso na modalidade Licenciatura em Fsica sero
elaborados e desenvolvidos sob orientao de docentes do colegiado do curso de fsica atravs
das disciplinas de TCC 1, voltado para a elaborao do projeto, e de TCC 2, voltada para a
consolidao deste projeto em formato de Artigo Cientfico ou Monografia.
Art. 3. As disciplinas de TCC 1 e de TCC 2 so componentes curriculares obrigatrias para a
concluso do curso de Licenciatura em Fsica, e ficaro sob a responsabilidade de um
professor orientador, de livre escolha do aluno, respeitado o limite estabelecido no artigo 5,
inciso II.
Art. 4. O trabalho de concluso de curso, na forma de artigo cientfico ou monografia, ser
sempre de carter individual.
Art. 5. As orientaes de trabalhos atravs das disciplinas TCC 1 e TCC 2, far-se-o dentro
das seguintes normas:
I. Os orientadores conduziro os trabalhos segundo as normas.
II. Cada professor Orientador poder orientar o mximo de 5 (cinco) alunos.
III. O orientador fixar os horrios de trabalho prtico e orientao peridica do
aluno, distribudos preferencialmente de forma igualitria ao longo do perodo
letivo, observando o total de horas estabelecido nas disciplinas.
IV. O graduando dever comparecer s horas fixadas, desenvolvendo as atividades
estabelecidas pelo orientador.
V. A mudana de orientao poder ser feita, caso o orientador novo o aceite,
respeitado o inciso II acima.
Art. 8. O graduando dever desenvolver o projeto em TCC 1 de acordo com os critrios e
instrues do docente escolhido como orientador.
Art. 9. O orientador avaliar o projeto de trabalho de concluso de curso na componente de
TCC 1 e decidir pela aprovao ou reprovao do projeto de cada um de seus alunos.
-
47
1 - O aluno poder iniciar a execuo do projeto na componente TCC 2 somente aps ter
seu projeto aprovado pelo professor orientador em TCC 1.
Art. 10. O Projeto de trabalho deve conter, obrigatoriamente, as seguintes informaes:
I. Resumo do tema, evidenciando aprofundamento em determinado assunto;
II. Introduo.
III. Justificativa.
IV. Objetivos gerais e especficos.
V. Metodologia.
VI. Referncias Bibliogrficas.
Art. 11. O Projeto e sua execuo, em forma de Artigo ou Monografia, devero ser digitados
em computador pessoal, impressos em papel A4, com letras em fonte Times New Roman,
tamanho 12 e entrelinha com espaamento 1,5. No caso da monografia, exige-se
encadernao. As demais normas tcnicas seguem o padro para monografia da Associao
Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).
Art. 12. O aluno dever, necessariamente, entregar 01 (uma) cpia do trabalho final para cada
componente da Comisso Examinadora com uma antecedncia mnima de 20 (vinte) dias da
data marcada para sua apresentao oral.
Art. 13. A avaliao do TCC 2 ser realizada mediante:
I. A apresentao do trabalho final;
II. Exposio oral pblica pelo graduando, com durao de 30 minutos e cinco de
prorrogao, de acordo com o local e calendrio estabelecidos pelo professor
responsvel pela disciplina de TCC 2. A apresentao oral dever cumprir as seguintes
etapas:
A. Abertura dos trabalhos pelo orientador.
B. Exposio oral do trabalho pelo graduando, caso haja audincia.
C. Avaliao crtica e solicitao de esclarecimentos pelos examinadores.
-
48
D. Argumentao e defesa pelo graduando.
E. Atribuio de nota pela banca.
III. Frequncia mnima de 75% (setenta e cinco por cento) dos encontros previstos; O
aluno que no obtiver a frequncia estipulada acima ser considerado reprovado.
Art. 14. A avaliao do TCC 2 de responsabilidade de uma Comisso Examinadora
constituda pelo orientador e mais dois professores com titulao mnima de mestre a serem
convidados pelo orientador. Cada um dos trs membros da comisso far uma avaliao numa
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez) pontos, com subdivises de dcimos, de acordo com a Ficha de
Avaliao do Anexo III, de cada um dos trs aspectos:
A. Qualidade tcnico-cientfica e relevncia do texto.
B. Adequao do texto s normas da ABNT.
C. Qualidade da argumentao e domnio do contedo.
1 - Como mdia do TCC 2, ser atribuda ao aluno a mdia aritmtica das avaliaes dos
trs membros da banca. A aprovao do aluno estar condicionada a uma mdia igual ou
superior a 6,0 (seis).
2 - No caso de obteno de mdia inferior a 6,0 (seis) e superior a 5,0 (cinco), o aluno
poder efetuar reviso do trabalho final, o qual ser novamente submetido comisso
examinadora sem necessidade de composio de uma nova banca para uma nova
atribuio de notas relativas aos aspectos do artigo 14. A nova mdia aritmtica das trs
avaliaes ser a mdia final atribuda ao aluno.
3 - No caso de mdia inferior a 5,0 (cinco) o aluno estar automaticamente reprovado e
dever cursar a disciplina TCC 2 novamente.
4 - Caso a mdia referente ao 3 seja inferior a 6,0 (seis), o aluno estar reprovado e
dever cursar novamente a disciplina TCC 2.
Art. 15. O prazo para entrega das notas dos alunos ser o mesmo prazo (data-limite) fixado no
calendrio escolar para entrega dos resultados do perodo letivo secretaria do Curso.
Art. 16. O presente Regulamento poder ser modificado mediante proposta do Coordenador
do Curso ou de metade dos Membros do Colegiado de Curso, apreciada em reunio
-
49
extraordinria especialmente convocada para esse fim por 2/3 (dois teros) da totalidade de
sua composio.
Pargrafo nico As modificaes de que trata este artigo s entram em vigor aps sua
aprovao pelos rgos Superiores competentes.
Art. 17. Os casos omissos devem ser encaminhados para apreciao do Colegiado de Curso
do Curso de Licenciatura em Fsica para as providncias cabveis.
9.6.1.2 Avaliaes e Relatrios de TCC 2
Segue no anexo III, a ficha de avaliao e o relatrio de defesa da componente
Trabalho de Concluso de Curso 2.
9.6.2 Estgio Curricular Supervisionado
De acordo com o artigo 1 da lei 11.788 de 25 de setembro de 2008, que dispe sobre
o estgio de estudantes, o estgio ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no
ambiente de trabalho, que visa preparao para o trabalho produtivo de educandos que
estejam frequentando o ensino regular em instituies de educao, neste caso, de educao
superior. Ele visa ao aprendizado de competncias prprias da atividade profissional e
contextualizao curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidad e
para o trabalho.
O estgio possibilita ao aluno entrar em contato com problemas reais da sua
comunidade, momento em que analisar as possibilidades de atuao em sua rea de trabalho.
Permite, assim, fazer uma leitura mais ampla e crtica de diferentes demandas sociais, com
base em dados resultantes da experincia direta. Deve ser um espao de desenvolvimento de
habilidades tcnicas, bem como de formao de profissionais conscientes de seu papel social.
-
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O estgio o coroamento da competncia prtica do fsico educador, momento em que o
licenciando colocar seus conhecimentos a servio da educao.
O estgio supervisionado em Fsica componente curricular obrigatrio desta
Licenciatura em Fsica, e se organizar em trs Componentes Curriculares intituladas Estgio
Supervisionado em Fsica 1, 2 e 3 com Cargas horrias de, respectivamente, 140, 140 e 120
horas. As caractersticas dessas componentes so:
Estgio Supervisionado em Fsica 1 Observao, investigao, regncia supervisionada,
reflexo e problematizao da prtica relacionada gesto de sala de aula. Caracteriza-se
como disciplina de planejamento das aes do processo ensino e aprendizagem que sero
executadas nas prximas etapas. O aluno dever apresentar um relatrio das
atividades/observaes realizadas, bem como das reflexes e encaminhamentos de propostas
de atuao. O Professor Orientador de Estgio Supervisionado em Fsica 1 dever organizar
encontros semanais, nos quais se discutir e orientar a prtica vivenciada pelos alunos.
Estgio Supervisionado em Fsica 2 Fase de execuo: prtica de sala de aula. So
propostas aes para a prtica e aprofundamento do processo de construo do conhecimento.
a fase de construo do planejamento a partir de propostas de aes para a prtica a qual
ser vivenciada na unidade escolar em questo. O Professor Orientador de Estgio
Supervisionado em Fsica 2 assumir papel preponderante nesta fase, funcionando como
observador e corregedor do estudante, mediante acompanhamento e avaliao dos trabalhos
acima citados e encontros mensais nessa IES. O aluno dever apresentar um relatrio das
atividades/observaes realizadas junto com as reflexes e encaminhamentos de propostas de
ao.
Estgio Supervisionado em Fsica 3 - Fase final de execuo e avaliao da prtica de sala
de aula. So propostas aes para a prtica e aprofundamento do processo de construo do
conhecimento. Constitui-se o momento que culminar com o trmino do estgio e o
consequente fechamento do curso, possibilitando assim ao aluno ingressar terminantemente
na profisso de educador.
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Reitera-se a importncia do professor funcionar como orientador e facilitador do
processo de formao do estudante, mediante acompanhamento e a