PROF. HOYOS...RICARDO PASTORE PROJETO DATA 23/08/2016 CLIENTE MICHEL GODET Appropriation Preface by...
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RICARDO PASTORE
PROJETO
DATA CLIENTE23/08/2016
MICHEL GODET
Appropriation
Preface by Joseph F. COATES
E3 ECONOMICA Second Edition
ESTUDOS DO FUTURO, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADEPROF. HOYOS
1
o autor
Professor Michel Godet, detém a cátedra de "prospectiva estratégica" no Conservatório Nacional dês Arts et Métiers (www.cnam.fr/lipsor/) em Paris.
Prof. Godet é membro do Conselho of Economic Advisors do Instituto Francês of Technology. Ele também é o autor de 16 livros e mais de 200 trabalhos. Nascido em 1948
Consultor de organizações como BASF, Renault, Total, Arcelor, entre outras.
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o autor
Professor Michel Godet, detém a cátedra de "prospectiva estratégica" no Conservatório Nacional dês Arts et Métiers (www.cnam.fr/lipsor/) em Paris.
Prof. Godet é membro do Conselho of Economic Advisors do Instituto Francês of Technology. Ele também é o autor de 16 livros e mais de 200 trabalhos. Nascido em 1948
Consultor de organizações como BASF, Renault, Total, Arcelor, entre outras.
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conhecimento que procura prever a evolução futura
das sociedades
Aconteça o que acontecer amanhã depende menos de tendências predominantes e mais sobre as decisões individuais e coletivas tomadas em face dessas tendências
Se o futuro é realmente o fruto do desejo humano, então temos o poder de mudá-lo para obter vantagem organizacional e pessoal
Em Criando o Futuro, o Planejamento de Cenários é utilizado como ferramenta de gestão estratégica
Godet reuniu um impressionante arsenal de metodologias eficazes para o planejamento estratégico, desenvolvidas pelo próprio Godet e seus associados
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O Editor
sobre o … futuro
Mas, afinal, o que é o futuro?
A verdade é que o futuro é múltiplo, incerto e não está escrito em lugar algum – ele está para ser construído.
Se o homem tivesse a certeza dos acontecimentos futuros, perderia sua liberdade e seu propósito:
alcançar um futuro desejado (Godet & Roubelat, 1996)
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FISHER, R.B. 2016
como lidar com o futuro?
É preciso aceitar que se está lidando com incertezas.
No curto prazo, projeções de tendências costumam funcionar muito bem.
Porém, no médio/longo prazo, as incertezas aumentam e apenas o estudo de tendências não tem mostrado muito eficácia
Partindo da aceitação dessa incapacidade do homem em prever o futuro é que nasceram os estudos de cenários, que exploraram configurações de variáveis de forma a criar vários futuros possíveis.
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cenários
descrição de uma situação futura e de um curso de eventos
movimento de uma posição original para uma situação futura.
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FISCHER, R., 2016
cenários
poder visualizar futuros possíveis, particularmente os derivados e apresentados por métodos sistemáticos (…)
(Miles, 2005 apud FISCHER, 2016).
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HOW TO BE RIGOROUS WITH SCENARIO PLANNING 123
Area of Poss ible Scenarios
Area of desirable scenarios
Area of possible scenarios
contrasted in terms of the present and then we work backwards to reach that future. In doing so, we draft the developmentaVevolution-ary scenario which may lead to that future.
The desirable scenarios may be found somewhere in the possible cone but they are not all necessarily plausible and all the plausible scenarios are not necessaily desirable.
Our Rediscovery of Morphological Analysis Jus t when everyone was ready to reinvent the wheel, morphological analysis resurfaced. During a futures-thinking exercise with the French military on future weaponry at the end of the 1980s, we redis-covered morphological analysis and it became the most used tool in that case.
Oddly enough, morphological analysis had long been used in tech-nological forecasting but very little in economic or sectorial futures studies. As a tool, however, morphological analysis works well in sce-nario building and in generating strategic profiles. (See chapter 6, ICW case study.)
Since the early 1990s, morphological analysis has been used sys-tematically in future studies on air transportation, computerization in Europe, development in the Catalan region of north-western Spain, and scenario planning at AXA Insurance. (Please see the full AXA case study in chapter 7.)
The usefulness of morphological analysis became all the more apparent when the French Corn Growers Association came to us in 1998. Their time was limited to four or five business days. Not the ideal timeframe, but it was feasible. We suggested using morphologi-
classificação de cenários
cenário se classificam como possíveis, razoáveis ou desejáveis
sua classificação corresponde a sua natureza ou probabilidade:
baseado em tendências (trend-based)
cenário referência;
cenário contrastado;
cenário antecipatório
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classificação de cenários
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cenário baseado em tendências extrapolação de tendências, provável ou não
cenário-referência quando a extrapolação leva a um cenário não muito provável
cenário contrastado exploração intencional de uma situação extrema no futuro
cenário antecipatório
normativo e imaginativo, procura antecipar ao estabelecer um cenário futuro altamente contrastante com o presente e então é realizado como uma reversão em direção o futuro
estudo prospectivo
Ou planejamento por cenários é mais do que um método, é um processo.
deve ser feito de forma participativa, em que papel principal no processo cabe aos especialistas, os únicos capazes de manejar conhecimentos teóricos e práticos e de usar sua sensibilidade para elaborar visões coerentes de futuro
(Marques, 1988 apud FISCHER, 2016).
Ao montar-se esse modelo simplificado da realidade por meio das informações estruturadas de especialistas, na prospectiva não se desprezam as outras formas de análise.
Ao contrário, busca-se utilizar todos os tipos de análise de forma que possam conter variáveis quantitativas e qualitativas.
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método
Michel Godet: mais conhecido, racional e menos dependente da intuição
O método de construção de cenários se apoia em dois pilares:
o diagnóstico da organização e
o apoio às escolhas estratégicas.
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objetivos do método de Godet
1.identificação das variáveis-chave que caracterizam o objeto do estudado, estabelecendo as relações entre elas mediante análise exaustiva;
2.determinação dos atores, das estratégias e meios disponíveis para a realização dos objetivos;
3.descrição da evolução do objeto estudado, das evoluções das variáveis-chave relacionadas entre si e influenciadas pelos jogos dos atores.
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RICARDO BALIERO FISCHER
FUTURE STUDIES RESEARCH JOURNAL ISSN 2175-5825 SÃO PAULO, V.8, N.1, P. 141 – 174, JAN./JUN. 2016
O método de Godet (Figura 1) caracteriza-se por ser o mais robusto
e dos menos flexíveis, pois acredita no rigor do uso das ferramentas de
análise. É um dos poucos métodos que utilizam o conceito de probabilidades
subjetivas para analisar os cenários desenvolvidos.
Figura 1: Método dos Cenários de Michel Godet
Fonte: Adaptado de Godet (1993)
A primeira etapa, em que ocorre a delimitação do sistema e do
ambiente, serve para especificar a abrangência do estudo. Nela são
definidos o objeto do estudo, o horizonte temporal e a área geográfica, ou
seja, o foco do estudo. Geralmente parte-se de uma preocupação da
empresa.
A segunda etapa inicia-se com a elaboração de uma lista completa
das variáveis que de alguma forma possam explicar o comportamento do
sistema constituído. Em seguida é realizada a análise estrutural (MICMAC),
que permite a classificação das variáveis em relação a certo número de
parâmetros fundamentais para caracterizar seu papel no sistema, pondo em
evidência uma hierarquia de variáveis e facilitando a identificação das
variáveis-chave.
Na etapa seguinte, são analisados os jogos de atores. O exame de
suas relações de força é essencial para pôr em evidência qual é a evolução
Laboratórios de Prospectiva:Identificação do problema e do sistema
Análise Estrutural:Identificação das variáveis-chave
Análise da Estratégia de Atores:Identificação das questões e objetivos estratégicos
Análise Morfológica:Análise do campo de possibilidades externas
Método de Especialistas e Probabilização:Conclusão quanto às questões-chave para o futuro
Elaboração de Cenários
Análise Retrospectiva e Atual
Godet, 1993 apud FISCHER, 2016.15
Laboratórios de Prospectiva
• delimitação do sistema e do ambiente, • serve para especificar a abrangência do estudo.• são definidos o objeto do estudo, o horizonte temporal e a área geográfica• geralmente parte-se de uma preocupação da empresa.
Análise Estrutural
• elaboração de uma lista completa das variáveis que possam explicar o comportamento do sistema constituído.
• análise estrutural (MICMAC): relaciona e hierarquiza as variáveis, facilitando a identificação das variáveis-chave
Análise dos Atores
• identificação dos atores que mais influenciarão as variáveis-chave• atores e seus objetivos estratégicos são confrontados em suas convergências e
divergências na matriz MACTOR, • o resultado é a identificação dos atores mais influentes nas variáveis do sistema
Análise Morfológica
• usa-se a ferramenta chamada Morphol• agrupa-se as variáveis-chave da análise estrutural• são definidas as restrições entre eventos para redução do espaço morfológico• explora-se a combinatória dessas configurações utilizando as questões-chave do jogo de
atores
Probabilização
• método de impactos cruzados de caráter binário (ferramenta SMIC-Prob-Expert), • entra um número mais restrito de hipóteses centrais, já filtradas da análise morfológica • propostas questões a um conjunto de peritos a respeito das probabilidades simples (a
priori) de um evento e das probabilidades condicionadas (a posteriori) em relação a algum outro evento
Elaboração dos cenários• realizada em duas fases principais:
• aperfeiçoamento das imagens finais dos cenários no horizonte temporal do estudo e• construção de uma narrativa que corresponda às imagens finais desenhadas
16 Fonte: FISCHER, 2016
as seis ferramentas e softwares de apoio aos diversos estágios do processo de previsão
1. workshops sobre estratégia prospectiva definição do problema e do método apropriado
2. micmac: análise estrutural identifica as variáveis-chave para a análise estrutural
3. mactor: análise das estratégias dos vários atores
equilíbrio do poder entre os atores, convergências e divergências
4. morphol: análise morfológica varredura do campo de possibilidades, preferências ou exclusões, critério de seleção
5. smic-prob-expert: entrevistas com os especialistas
reduz incertezas com o auxilio de perguntas-chave sobre o futuro; definição do conjunto de hipóteses
6. multipol: cenários avalia e escolhe as opções estratégicas, caminhos, imagens, previsões
Fonte: GODET, 200617
deci
sões
açõe
san
teci
paçã
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Plan
ejam
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Cená
rios
Proc
esso
Com
plet
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Fonte: GODET, 200618
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strategic prospective workshop
tem como objetivo apresentar os conceitos e ferramentas do modelo
procura aproveitar o processo de pensamento coletivo e aplicá-lo para a ação estratégica.
permite aos participantes identificar e priorizar as apostas que a sua empresa deverão fazer
depois de dois dias, os participantes estão prontos para definir as suas prioridades e metas, elaborar cronogramas, métodos e organizar sua tarefas
formato do workshop
iniciar com um questionário básico pedindo aos participantes para listar:
Mudanças que eles têm enfrentado no passado e como eles reagiram às mudanças;
Mudanças que eles esperam no futuro e como eles esperam reagir
concluir com um resumo
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Workshop para Antecipar a mudança e evitar inércia
Este workshop tem lugar em duas fases, a exploratória e a normativa
A primeira fase responde à pergunta: "o que pode acontecer?"
Enquanto o segundo leva à pergunta "O que eu posso fazer?".
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antecipação das mudanças
Liste as mudanças tecnológicas, econômicas, sociais e organizacionais que cada participante percebe ou quer.
Cada participante faz então a sua própria lista (15-20 minutos).
Estas ideias são recolhidas e reagrupadas como cada participante em torno da mesa é chamada a comentar. Testa etapa deve levar de uma a duas horas.
Um resumo permite que todos vejam os cinco ou dez alterações principais e apostas futuras entre os cinquenta a setenta originalmente listadas.
Embora simples, este sistema coloca as ideias em uma matriz que poderiam ser chamados genericamente "Importância x Controle".
As alterações selecionadas são exibidos graficamente.
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mastering changes (fase normativa)
Identificar os objetivos estratégicos pelas “apostas” da empresa
Tomar medidas e escolher os meios para alcançar tais objetivos
Avaliar o fosso estratégico (gap) ou a diferença entre um objectivo e o que pode acontecer no caso de não haver ação
Durante a fase normativa, os participantes fazem as seguintes perguntas:
Quem são os outros atores envolvidos por estas mudanças?
Quais as alavancas ou obstáculos identificados?
Como podemos melhorar nosso controle ao lidar com mudanças importantes?
Como podemos reduzir os impacto das mudanças que nós não controlamos?
Em suma, como podemos reduzir os nossos pontos fracos e maximizar os nossos pontos fortes?
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INITIATING THE ENTIRE PROCESS 141
- How can we improve our control when dealing with important changes?
- How can we reduce the impact ofchanges that we do not control? - In short, how can we reduce our weaknesses and maximize our
strengths?
Position with regard to changes and inertias Matrix: importance versus control
Importance of the changes/inertias
,
Strong
Weak
Ï
A r K
C
^ J
'
B
D
Weak Current control
Strong
Q Critical changes & inertias How to reduce their importance? How to increase their control?
The four zones break down as follows: Zone A: Critical changes affectingfuture stakes. Important changes that we have not yet mastered. Zone B: Important changes already mastered. Zone C: Unimportant changes that are not yet mastered. (Guiltless Weaknesses) Zone D: Important changes that are mastered. Weprobably talk about them more because we master them. (Useless Strengths)
From critical changes to act ion
Critical Changes
1: ...
2: ...
3:...
Stakes for Company
Corporate Objectives Given
These Stakes Ideas to Apply
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INITIATING THE ENTIRE PROCESS 141
- How can we improve our control when dealing with important changes?
- How can we reduce the impact ofchanges that we do not control? - In short, how can we reduce our weaknesses and maximize our
strengths?
Position with regard to changes and inertias Matrix: importance versus control
Importance of the changes/inertias
,
Strong
Weak
Ï
A r K
C
^ J
'
B
D
Weak Current control
Strong
Q Critical changes & inertias How to reduce their importance? How to increase their control?
The four zones break down as follows: Zone A: Critical changes affectingfuture stakes. Important changes that we have not yet mastered. Zone B: Important changes already mastered. Zone C: Unimportant changes that are not yet mastered. (Guiltless Weaknesses) Zone D: Important changes that are mastered. Weprobably talk about them more because we master them. (Useless Strengths)
From critical changes to act ion
Critical Changes
1: ...
2: ...
3:...
Stakes for Company
Corporate Objectives Given
These Stakes Ideas to Apply
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INITIATING THE ENTIRE PROCESS
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análise estrutural
na primeira fase, lista-se o conjunto das variáveis que caracterizam o sistema estudado
entrevistas com representantes de atores do sistema estudado.
Obtém-se uma lista de variáveis internas e externas ao sistema considerado.
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análise estrutural
Na segunda etapa, procura-se identificar as relações existentes entre as variáveis utilizando uma matriz de análise estrutural.
O preenchimento é qualitativo, sendo questionado para cada par de variáveis se há uma relação de influência direta da variável i na variável j.
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análise estrutural
O MICMAC, ferramenta do Método de Cenários de Godet, é o mais conhecido, mas apresenta algumas limitações.
Para resolver esses problemas do MICMAC, há métodos alternativos, como o Fluxo Máximo e a Propagação de Efeitos.
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a melhor representação possível do sistema em estudo; e reduzir a
complexidade do sistema pela escolha das variáveis principais.
A análise estrutural, instrumento de estruturação da reflexão
coletiva, oferece a possibilidade de descrever um sistema com o auxílio de
uma matriz que relaciona todos os elementos constituintes desse sistema
(Godet, Monti, Meunier & Roubelat, 1999). O objetivo desse método é fazer
emergirem as principais variáveis influentes e dependentes, determinando
assim as variáveis essenciais para a evolução do sistema. Tem como
principais etapas: o recenseamento das variáveis, a descrição das relações
entre as variáveis e a identificação das variáveis-chave.
Na primeira etapa, lista-se o conjunto das variáveis que
caracterizam o sistema estudado. Nesta etapa convém ser o mais exaustivo
possível e não excluir, a priori, nenhuma via de pesquisa. Nessa fase é
desejável alimentar a recolha das variáveis por meio de entrevistas não
diretivas com representantes de atores do sistema estudado. Obtém-se,
finalmente, uma lista de variáveis internas e externas ao sistema
considerado.
Na segunda etapa, procura-se identificar as relações existentes
entre as variáveis utilizando uma matriz de análise estrutural. O
preenchimento é qualitativo, sendo questionado para cada par de variáveis
se há uma relação de influência direta da variável i na variável j. Em
resposta a essa questão, pode-se preencher essa matriz de duas formas:
booleana (com 1 se há relação e 0 caso não ocorra) ou quantificando as
relações (por exemplo, definindo as relações como: inexistente=0, fraca=1,
média=2, forte=3). Na Figura 2, ilustra-se o processo de preenchimento de
uma matriz booleana com dados gerados aleatoriamente.
Figura 2: Matriz estrutural de relações diretas e grafo adjacente
Fonte: Arcade et al. (1994)
1
1 1 1
1 1 1 1
1
variável 1
variável 2
variável 3
variável 4
variável 5
vari
ável
1
vari
ável
2
vari
ável
3
vari
ável
4
vari
ável
5Influência
sobre
de
1
2
3
4
5
limitações
a análise estrutural é uma ferramenta que tem como objetivo principal justamente estudar e mapear a dinâmica entre as variáveis e determinar o grau de influência de cada uma no sistema.
Sua limitação reside no fato de que esse grau de influência é sempre medido de forma muito subjetiva, não levando em consideração os estados possíveis que essa variável pode apresentar;
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análise morfológicaA análise morfológica (morphologycal analysis – MA), a mais antiga técnica de estruturação de incertezas para uso em cenários, nasceu e foi utilizada durante décadas primeiramente em áreas totalmente diversas da ciência.
Segundo Ritchey (2002), desenvolver cenários futuros apresenta uma série de dificuldades metodológicas, como a de quantificar fatores que contêm fortes dimensões sociopolíticas e jogos entre atores.
Nesse contexto, a análise morfológica mostra-se como uma alternativa para métodos matemáticos formais e de modelagem causal:
uma forma de modelagem não quantificada, baseada em processos de julgamento e coerência interna.
A modelagem causal pode ser utilizada como um auxílio ao julgamento.
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análise morfológica
método simples que se provou muito útil para estimular a imaginação, ajudando a identificar produtos e processos até então desconhecidos e a explorar o campo de possíveis cenários futuros (Godet, 1993).
O princípio fundamental é a decomposição do sistema estudado em subsistemas ou componentes, que devem ser o mais independentes possível e cobrir a totalidade do sistema estudado.
Isso forma o chamado espaço morfológico
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análise morfológica
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NOVAS ABORDAGENS PARA O USO DAS FERRAMENTAS CLÁSSICAS DE PLANEJAMENTO DE CENÁRIOS
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Figura 5: Espaço morfológico Fonte: Elaborado pelo autor
Finalmente, o próximo passo no processo de análise-síntese é
reduzir o conjunto de possíveis configurações totais de um espaço
morfológico a um conjunto menor de configurações internamente
consistentes representando um "espaço de solução", ou um subespaço
morfológico.
2.2.4 Redes bayesianas
Os grafos já provaram ser uma linguagem muito intuitiva para
representar estados de dependência e independência e, portanto, fornecem
uma excelente forma de comunicar e discutir essas dependências e
independências entre variáveis no domínio de um dado problema. De
acordo com Pearl (2000), os papéis dos grafos em modelagem probabilística
são: fornecer meios convenientes de expressar atribuições importantes,
facilitar representações econômicas de funções de probabilidades conjuntas
e facilitar inferências eficientes geradas por observações.
Por trabalhar tão bem com a visualização das dependências em um
dado sistema de variáveis, o conceito de grafos é uma excelente ferramenta
para representar redes causais. Conforme Kjærulff e Madsen (2005), o
1 2 3 4
variável 1
variável 2
variável 3
variável 4
Configurações (estados)Componentes(variáveis)
Cenário 1 Cenário 2
FISCHER, R., 2016
limitações
a análise morfológica é uma ferramenta qualitativa que tem como características principais a fácil visualização do comportamento do modelo e a possibilidade de o usuário vivenciar a construção dos cenários e entender os padrões e dinâmicas existentes.
sua limitação reside no fato de muitas vezes a construção dos cenários estar baseada em regras subjetivas, o que pode gerar muita discussão e desconfiança.
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referências
GODET, M. Creating Futures. Scenario Planning as a Strategic Management Tool. 2a.Ed. London, 2006.
FISHER, R. B. Novas Abordagens para o Uso das Ferramentas Clássicas de Planejamento de Cenários. Future Studies Research Journal: Sao Paulo, 2016.
LOURENÇO JR., A.; OLIVEIRA, L. C.V.; KILIMNIK, Z. M. O Planejamento De Cenários como Aprendizado. Future Studies Research Journal. São Paulo, v. 2, n. 1, pp. 03 - 32, Jan./Jun. 2010.
GODET, M.; DURANCE, P. A Prospectiva Estratégica para as Empresas e os Territórios. UNESCO, DUNOD, Lisboa: 2011.
La Prospectiva. http://pt.laprospective.fr/metodos-da-prospectiva/softwares---versao-nuvem/17-scenaring-tools.html Acesso em 21/08/2016.
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