Student engagement with reflection – Re-imagining PPDP for the Social Age
Ppdp Pet Gaea
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Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
Programa de Educação Tutorial – Gerenciamento e
Administração da Empresa Agrícola.
PROJETO POLÍTICO DE DIRETRIZES PEDAGÓGICAS DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO
TUTORIAL “GERENCIAMENTO E ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA AGRÍCOLA” (PET-GAEA).
Piracicaba – São Paulo Maio - 2013
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1. Apresentação ..................................................................................... 4
2.Introdução ............................................................................................ 5
2.1. Contextualização ............................................................................. 5
2.2. O que é o PET? ............................................................................... 5
2.4.Histórico do PET na USP ................................................................. 7
2.5 A origem do PET-GAEA na ESALQ ................................................. 8
2.6 Objetivos do grupo PET-GAEA ...................................................... 10
3. Princípios e Fundamentos: as atividades do PET-GAEA ................ 11
3.1. Princípios e Diretrizes do Programa PET ...................................... 14
4. Discente ............................................................................................ 16
4.1.Formação Discente do Grupo PET-GAEA ..................................... 16
4.2. Perfil Discente do PET-GAEA ....................................................... 17
4.3. Processo Seletivo de discentes do PET-GAEA ........................... 18
5.Tutor .................................................................................................. 20
5.1. Formação Tutorial do PET ............................................................ 20
5.2. Formação Tutorial do Grupo PET-GAEA ...................................... 21
5.3. Perfil do Tutor ................................................................................ 22
5.4. Seleção de tutor ............................................................................ 23
6.1. Mobilidade ..................................................................................... 28
7.Missão, Visão, Valores e Objetivos ................................................... 30
7.1. Missão ........................................................................................... 30
7.2. Visão .............................................................................................. 30
7.3. Valores .......................................................................................... 30
8. Estrutura e funcionamento do PET-GAEA ....................................... 31
8.1 Núcleos Operacionais .................................................................... 31
Seguem as principais características dos núcleos operacionais ......... 32
8.1.1 Assessoria ................................................................................... 32
8.1.2 Recursos Humanos ..................................................................... 33
8.1.3 Recursos Físicos ......................................................................... 36
8.1.4 Qualidade .................................................................................... 36
8.1.5 Marketing ..................................................................................... 37
8.1.6 Tesouraria ................................................................................... 39
9. Atuação do grupo ............................................................................. 40
9.1 Projeto de Pesquisa ....................................................................... 40
3
9.3 Desenvolvimento de Projetos de Iniciação Científica ..................... 41
9.4 Treinamento Interno ....................................................................... 42
9.5 Seminários PET GAEA nas disciplinas introdutórias ..................... 42
9.6 Assistência Didática em Disciplinas do Departamento de Economia,
Administração e Sociologia(LES). ........................................................ 43
9.7 Organização de eventos ................................................................. 43
9.8 Ciclo de Palestras PET GAEA (“Construindo a sua carreira”) ....... 44
9.9 Participação de Eventos organizados pelos grupos PET .............. 45
9.10 Visitas Técnicas ............................................................................ 45
9.11 Estímulo à Internacionalização da graduação .............................. 46
9.12 Acompanhamento e Avaliação ..................................................... 46
9.13 Perfil dos Egressos do PET-GAEA .............................................. 47
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1. Apresentação
Neste documento apresenta-se o Projeto de Políticas e Diretrizes
Pedagógicas (PPDP) do Programa de Educação Tutorial Gerenciamento e
Administração da Empresa Agrícola (PET-GAEA), o qual foi elaborado (e
revisado em fevereiro de 2013) pelos alunos bolsistas e colaboradores,
juntamente com o tutor do referido Programa.
O Projeto de Políticas e Diretrizes Pedagógicas-PPDP tem a finalidade
de transferir à comunidade acadêmica de forma clara os objetivos, métodos,
fundamentos, valores, metas, ações e resultados dos grupos PET da USP,
associando-os aos objetivos pedagógicos institucionais, bem como apresentar
a dinâmica idealizada pelos grupos, proporcionando maior transparência e
visibilidade dos mesmos, no caso, o PET-GAEA. Para esta apresentação
procurou-se refletir sobre a situação atual do grupo, a situação desejada e as
ações para a mudança do processo educativo.
Considerou-se para o desenvolvimento deste documento a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394 de 20 de dezembro de
1996, o Projeto de Políticas e Diretrizes Pedagógicas do PET/USP de 08 de
julho de 2009 e o Manual de Orientações Básicas de 2006.
Vale frisar que tal projeto não se trata de um documento definitivo,
sendo, portanto, periodicamente revisado e adequado conforme a identidade e
realidade do grupo PET-GAEA.
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2.Introdução 2.1. Contextualização
O grupo PET-GAEA está inserido na Universidade de São Paulo (USP)
desde 1988, quando iniciou suas atividades na Unidade de Piracicaba – Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ).
Devido atemática do Programa, o grupo conta com a participação de
alunos de vários cursos de graduação (Engenharia Agronômica, Ciências
Econômicas, Gestão Ambiental, Engenharia Florestal, Ciências dos Alimentos,
Administração). Entretanto, devido seu foco principal ser Gerenciamento e
Administração está lotado no Departamento de Economia, Administração e
Sociologia (LES) e vinculado à CoC de Ciências Econômicas desde 2011.
2.2. O que é o PET?
O Programa de Educação Tutorial (PET) foi idealizado pela
Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES), em
1979, com o nome de Programa Especial de Treinamento. No final de 1999, foi
transferido para a Secretária de Educação Superior do Ministério da Educação
e a partir de 2004 passou a ser identificado como Programa de Educação
Tutorial - PET. Foi regulamentado pela lei n° 11.180, de 23 de setembro de
2005, e pela Portaria n° 3.385, de 29 de setembro de 2005; Portaria n° 1.632,
de 25 de setembro de 2006, Portaria n° 1.046, de 7 de novembro de 2007,
Portaria n° 976, de 27 de Julho de 2010, que definem como deve funcionar o
Programa, as normas vigentes e a constituição acadêmica e administrativa.
Em 2013, o Programa de Educação Tutorial contava com 779 grupos em
114 Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, de todo país.
O Programa de Educação Tutorial tem suas bases em atividades que
integram ensino, pesquisa e extensão. O PET fornece aos alunos participantes
a oportunidade de estar sob a orientação de um tutor, facilitando a realização
de atividades extracurriculares que são importantes na complementação da
sua formação acadêmica e que procurem atender às necessidades do curso de
graduação, propiciando assim, o aprimoramento da qualidade do ensino, além
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de estimular a fixação de valores sociais nos participantes do Programa. O
diferencial do PET quando comparado a outros estágios é que ele não auxilia
apenas no aprimoramento acadêmico do participante, mas assume a
responsabilidade de contribuir na qualificação como profissional e cidadão.
Um grupo de Educação Tutorial tem a presença do tutor para estimular a
aprendizagem ativa dos membros, através da transmissão de conhecimentos,
fato que favorece o desenvolvimento de habilidades e do pensamento crítico
entre os integrantes do grupo, contribuindo para resolução de problemas mais
efetiva. O tutor é o responsável perante a Instituição de Ensino Superior - IES e
à Secretaria de Educação Superior – SESU (unidade do Ministério da
Educação – MEC). O tutor é responsável pelo planejamento e supervisão das
atividades, bem como pela avaliação do desempenho do grupo segundo sua
orientação.
2.3 Objetivos do Programa
Respeitando-se a Portaria MEC 3.385, os objetivos do PET são:
• Contribuir para a formação de profissionais e docentes de elevada
qualificação técnica, científica, tecnológica e acadêmica;
• Estimular o espírito crítico, bem como a atuação profissional pautada
pela ética, cidadania e função social da educação superior;
• Desenvolver atividades acadêmicas de excelência, mediante grupos de
aprendizagem tutorial, para a formação integral;
• Verificar e propor novas estratégias pedagógicas ao ensino superior no
país;
• Estimular o desenvolvimento de trabalhos interdisciplinares
considerando as diferentes áreas do conhecimento;
• Participar de discussões do Projeto Político Pedagógico dos cursos de
graduação;
• Elaborar estratégias para que as atividades do PET possam ser
estendidas às Unidades e aos diferentes campi da USP;
• Promover a integração universitária por meio da aproximação entre os
estudantes internos e externos ao Programa;
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• Promover a integração das ações desenvolvidas pelo Programa junto a
organizações extra-institucionais e comunitárias.
2.4.Histórico do PET na USP
A Universidade de São Paulo foi uma das pioneiras em abrigar o
Programa Especial de Treinamento em 1979, vinculado à Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior(CAPES), pelo professor Cláudio
de Moura Castro, antes da institucionalização do Programa de Ensino Tutorial -
PET. O objetivo principal do Programa era de desenvolver e propiciar a
formação acadêmica diferenciada de alunos da graduação. Na década de 80, o
Programa se dedicou principalmente ao desenvolvimento de atividades em
grupo, sob a orientação de um professor tutor.
Em 18 de outubro de 2001 o Conselho de Graduação aprovou a
proposta de institucionalização do PET na USP, logo após a turbulência
causada pela CAPES de interromper o Programa, que ocorreu devido a uma
crise gerada pela alta demanda dos recursos materiais e humanos, devido ao
acelerado e desordenado crescimento do Programa Especial de Treinamento.
Com esta alteração acadêmica do PET na USP, o Programa foi favorecido, o
que aprimorou o seu desempenho e possibilitou a criação do Comitê Local de
Acompanhamento e Avaliação (CLAA), composto por membros do Conselho
de Graduação, tutores e representantes discentes.
Em 16 de setembro de 2004 o CLAA sofreu uma reestruturação para se
adequar à solicitação da SESu/MEC e da Comissão Nacional de
Acompanhamento e Avaliação (CNAA). Seguindo as novas orientações do
Programa, o Conselho de Graduação da USP atualizou suas diretrizes em 16
de dezembro de 2005 e o CLAA passou a ser denominado por Comitê Local de
Acompanhamento (CLA) composto pela interlocutora, professora Adelaide
Faljoni-Alario e outros 12 membros eleitos por seus pares, entre participantes
do Conselho de Graduação, tutores e representantes discentes.
Atualmente, a principal meta do Programa tem sido a atenção ao
princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e, de enfatizar
na formação dos participantes o respeito à cidadania e a função social da
educação superior.
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O PET da USP hoje é formado por 20 grupos cujas atividades se
baseiam nos três quesitos citados acima, isto, graças ao constante apoio e
esforços da Pró-Reitora de Graduação, para atender às solicitações do CLA e
as exigências dos convênios anuais com a SESu/MEC e, ainda, na tentativa de
solucionar problemas administrativos.
O exposto neste breve histórico de conquistas e desafios evidencia a
importância do PET não somente à USP, mas em âmbito nacional, que ao
longo do tempo vem sendo reconhecido por contribuir na melhoria da qualidade
do ensino de graduação.
2.5 A origem do PET-GAEA na ESALQ Em 1988 o Prof. Evaristo Marzabal Neves coordenava o programa
de iniciação científica na ESALQ, presidindo o Congresso Interno de
Iniciação Científica da ESALQ, e criou a Reunião Paulista de Iniciação
Científica em Ciências Agrárias, enquanto coordenador da área de
Ciências Agrárias junto à FAPESP. Na busca de novas aberturas para a
iniciação científica na ESALQ, juntamente com o Prof. Irineu Umberto
Packer, vice-diretor e presidente da Comissão de Graduação da ESALQ,
tomou conhecimento do Programa PET/CAPES (Programa Especial de
Treinamento) como uma oportunidade de novos bolsistas para iniciação
científica. Desta forma, originalmente, o Programa PET (Programa de
Educação Tutorial), anteriormente denominado Programa Especial de
Treinamento (PET/CAPES) estava ligado à iniciação científica na ESALQ,
o que na época fez com que a mesma ganhasse maior impulso dentro da
ESALQ de tal forma que, a participação dos estudantes nos CBICCA’s
(Congresso Brasileiro de Iniciação Científica em Ciências Agrárias) foi
aumentada. Porém, o PET não era um programa exclusivo para a iniciação
científica, mas sim voltado para um curso de graduação que possibilitasse
o desenvolvimento de habilidades como trabalho em equipe,
responsabilidade, organização de eventos e cursos, prática da extensão,
dentre outras.
Como o Programa PET era voltado para um curso de graduação, os
Profs. Irineu Umberto Packer, José Molina Filho e Evaristo Marzabal
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Neves, considerando que a ESALQ oferecia os cursos de Engenharia
Agronômica (200 vagas), Engenharia Florestal (25 vagas) e Economia
Doméstica (passava por um processo de extinção), idealizaram a criação
de grupos temáticos, principalmente em áreas que emergiam de suma
importância: biotecnologia, ecologia e gestão empresarial. Com este
enfoque os PETs da ESALQ seriam grupos temáticos que abririam
oportunidades aos alunos dos diferentes cursos.
A partir daí foram criados três grupos: PET-Biotecnologia, PET-
Ecologia e o PET-GAEA (Gerenciamento e Administração da Empresa
Agrícola), interdisciplinares. A proposta da ESALQ foi aceita pela CAPES
em 1988, em caráter experimental, pois feria a base do PET que era
voltado para um curso de graduação e não temático.
O PET Gerenciamento e Administração da Empresa Agrícola (PET-
GAEA), iniciou suas atividades em 1988 em conjunto com os outros dois
programas da ESALQ (PET Biotecnologia e PET Ecologia), sendo um
programa temático voltado para vários cursos de graduação da ESALQ.
Ao longo dos anos 90 contou com alunos do curso de Engenharia
Agronômica, focando principalmente problemas de organização da
empresa agrícola e economia da produção. Em 1998, com a criação do
curso diurno de Economia Agroindustrial (hoje Ciências Econômicas)
passou a admitir alunos do curso de Economia. Com a instalação do curso
noturno de Gestão Ambiental na ESALQ, e de outros cursos de graduação
nos anos recentes, o programa tem sido composto por alunos dos vários
cursos existentes na instituição. Assim, o foco inicial de empresa agrícola
foi ampliado para a administração, economia e organização do
agronegócio e gestão ambiental.
Tendo em vista suas características, possibilita que alunos de
diferentes cursos se relacionem, facilitando a interdisciplinaridade e a
indissociabilidade entre pesquisa, ensino e extensão nas áreas agrárias,
econômica, administrativa, florestal e ambiental. Sua origem visava uma
maior abertura para a iniciação científica, quando em seus objetivos estava
o desenvolvimento de habilidades como o trabalho em equipe, formação de
líderes e outros atributos comportamentais.
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Atualmente, as temáticas de inclusão social, responsabilidade social
e ambiental, com participação junto a entidades sociais da comunidade
piracicabana, têm sido estimuladas. Além disso, o grupo tem buscado
oportunidades geradas pela USP para participação em intercâmbios
internacionais.
2.6 Objetivos do grupo PET-GAEA
O principal objetivo do grupo PET-GAEA é proporcionar, por meio da
educação tutorada, uma formação diferenciada que complemente o ensino
acadêmico, desenvolvendo habilidades como liderança, pró-atividade e
trabalho em equipe, e ao mesmo tempo, aproximar os integrantes da realidade
do mercado de trabalho.
Para isso, realizam-se atividades que busquem a indissociabilidade
entre pesquisa, ensino e extensão, com foco em gerenciamento e
administração, buscando ser cada vez mais visível e reconhecido, promovendo
a excelência da educação tutorial para tornar os princípios do Programa a
realidade da educação.
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3. Princípios e Fundamentos: as atividades do PET-GAEA
Tendo em vista que as ações do Programa de Educação Tutorial
devem estar inseridas na IES, o PET-GAEA busca integrar os planos de
atividades visando a indissociabilidade, trabalhando sempre com os
programas da Pró-Reitoria de Graduação, expandindo para as demais Pró-
Reitorias de Pesquisa e Extensão. Para isso, é importante que o programa
e seus participantes desempenhem, continuamente, as seguintes
atividades:
- Divulgar os editais e as atividades do programa junto à
comunidade acadêmica e a sociedade piracicabana por meio de projetos
que atinjam os mais diversos públicos, parcerias com outros grupos de
estágio da ESALQ, ONGs, escolas públicas de ensino médio e infantil,
buscando sempre aumentar a visibilidade do grupo;
- Elaborar projetos buscando atender ao perfil e a necessidade dos
programas das Pró-Reitorias, através de parcerias com docentes e
discentes externos ao Programa de Educação Tutorial, desenvolvendo os
projetos conjuntamente, como aulas que abrangem e suportam os projetos
do grupo, seminários, ajudas didáticas no decorrer das atividades e
monitorias em disciplinas;
- Junto ao Programa de Aperfeiçoamento de Ensino, o PET-GAEA
busca desenvolver atividades e projetos integrados à graduação e pós-
graduação, desde sua criação. Isso se dá através de seminários,
discussões políticas e divulgação quinzenal de artigos ou textos de
interesse à comunidade acadêmica;
- Manter sempre um elo entre PET/Diretórios Acadêmicos e
PET/Pós-Graduação, entre outros, com solicitação e utilização conjunta de
verbas Pró-Eve e outras fontes de recursos;
- Estimular a publicação dos resultados dos estudos realizados em
simpósios e outros eventos como, por exemplo, o SIICUSP;
- Desenvolver projetos que levam ações de ensino, pesquisa e
extensão à comunidade externa à IES, além de inserir alunos do ensino
médio na vida universitária.
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As atividades desenvolvidas pelo PET-GAEA direcionam-se
principalmente para as tarefas que se relacionam com foco em
gerenciamento, economia e administração de empresas do agronegócio,
estendendo à comunidade acadêmica e não acadêmica os conhecimentos
adquiridos através de atividades que antecipem a realidade de maneira
dinâmica em harmonia com as normas que regem o Programa.
Os alunos dos grupos PET mostram-se também empenhados em
realizar diversas tarefas de caráter coletivo, revelando autoconfiança,
espírito crítico e grande senso de responsabilidade social. Esses avanços
tendem a se estender aos demais alunos da graduação, ampliando os
horizontes intelectuais e culturais e incentivando uma visão multidisciplinar
da ciência.
Historicamente encontram-se nos grupos PET muitos alunos sem
bolsa (colaboradores), interessados em realizar os objetivos do programa,
sendo esses valores contemplados através de atividades que mantêm a
indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão.
No quesito ensino, o PET-GAEA visa o desenvolvimento pessoal e
aperfeiçoamento técnico-profissional de seus bolsistas, não-bolsistas
(colaboradores) e comunidade acadêmica. Por ser um grupo cuja temática
é o Gerenciamento da Empresa Agrícola, e abranger diferentes cursos, a
interdisciplinaridade é evidenciada, diariamente, pelo convívio entre
integrantes. O compartilhamento de informações e experiências sobre os
mais diversos assuntos proporciona o desenvolvimento de uma visão
holística e a aplicação do conhecimento adquirido pelos bolsistas em suas
atividades.
Como exemplos de atividades de ensino destinadas a complementar
a formação acadêmica: discussões políticas entre os bolsistas; cursos
extracurriculares; cursos de língua estrangeira; estágios de férias em
organizações (pública e privada); confecção de portal na Internet;
organização de workshops; visitas técnicas; visitas culturais, realização de
palestras e seminários apresentados em outras disciplinas do campus.
Como exemplos de atividades de ensino voltadas aos cursos de
graduação, incluindo o treinamento de habilidades didáticas com os
bolsistas do PET, têm-se: organização de seminários temáticos abertos a
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todos os interessados; monitoria em disciplinas da graduação;
apresentação de trabalhos de iniciação científica e projetos em disciplinas;
promoção de palestras de orientação profissional; promoção de palestras e
de ciclos de palestras abertos ao público em geral.
Com relação à pesquisa, o PET-GAEA tem destacada atividade e,
consequentemente, ela constitui uma atividade obrigatória para todo o
grupo, resultando na elaboração de comentários escritos e artigos
destinados à publicação. Maior participação tem-se efetivado no SIICUSP.
A presença de professores e colaboradores da ESALQ contribui
para um ambiente favorável à produção científica dos integrantes.
As atividades de pesquisa obedecem às características das
diversas áreas do conhecimento a que se vincula o PET-GAEA,
compreendendo pesquisas individuais e coletivas, com utilização de várias
metodologias para o desenvolvimento dos projetos. Em geral, as atividades
envolvem pesquisas bibliográficas (dados secundários), pesquisas nas
áreas econômica e gerencial, pesquisas experimentais com realização de
visitas a campo e coleta de dados (primários), enfim, com ampla
possibilidade de aprendizado do método científico.
Essas pesquisas envolvem discussões de temas selecionados com
base no interesse acadêmico de cada integrante. Em geral visam a
incentivar a busca do conhecimento extracurricular ou complementar,
estimular a prática da leitura, desenvolvimento e utilização de métodos
quantitativos e de estudo de caso. As atividades podem abranger estágios
de pesquisa realizados sob orientação de vários professores
colaboradores, ou então sob orientação do tutor. Essas atividades podem
ser abertas a outros estudantes de graduação ou se enquadrar nos moldes
da iniciação científica da pesquisa individual nas diferentes áreas. Em
geral, ocorre a exposição das atividades individuais entre os integrantes do
grupo e também aos estudantes de graduação promovendo um
intercâmbio de experiências.
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3.1. Princípios e Diretrizes do Programa PET
Segundo o Projeto de Políticas e Diretrizes Pedagógicas da USP1, os
grupos do PET da USP devem fazer uso de um meta-modelo de atuação,
desenvolvimento e integração do conhecimento a partir dos principais eixos:
• Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão – representa o eixo
mais geral do Programa desde sua incorporação pela SESu-MEC.
• Transdisciplinaridade – representa a integração em rede dos grupos de
Educação Tutorial, respeitadas as especificidades de suas atividades,
em uma relação horizontal.
• Interdisciplinaridade – diz respeito à universalização do conhecimento no
desenvolvimento das atividades de cada grupo.
• Totalidade - contempla os sete saberes de MORIN³ (articulação da
multiplicidade de elementos sociais, políticos, econômicos, históricos,
mitológicos, afetivos e psicológicos) e a humanização desenvolvida na
perspectiva relacional, considerando o fazer, saber ser e refletir sobre,
possibilitando conduzir a concepção de novas ideias e soluções para os
problemas da sociedade.
Desta maneira, as principais diretrizes anteriormente apontadas servem
como fundamentos que ajudarão na realização das atividades do grupo,
ajudando a integrar os processos de criação, aplicação e difusão do
conhecimento. No entanto, as características específicas de cada grupo PET,
como seus integrantes, infra-estrutura e oportunidades oferecidas pela IES e
região onde estão localizados, podem moldar essas diretrizes de maneira a
atender as necessidades do grupo.
Além disso, vale destacar a necessidade de aproximação do Programa
às Comissões Coordenadoras de Cursos, Comissões de Graduação e Pró-
Reitorias tanto de Graduação como de Pós-Graduação e também de Cultura e
Extensão. Estas aproximações poderão ser alcançadas pela:
1 Programa de Educação Tutorial – PET/USP. Projeto de políticas e diretrizes Pedagógicas. São Paulo, 2009. Disponível em: <http://pet.iqsc.usp.br/files/PPDP-PET USP.pdf>. Acesso em: 14 jul. 2011.
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• Obediência aos vínculos administrativos do Programa ao curso,
mediante a Comissão de Graduação, previstos nas determinações do
MEC;
• Participação em representações discentes nos Órgãos Centrais –
Conselho Universitário (Artigo 15, Inciso IX, 10% do total de docentes);
Conselho de Graduação (Artigo 29, Inciso I, 20% do total de docentes);
Conselho de Cultura e Extensão Universitária (Artigo 29, Parágrafo
único, 10% do total de docentes); Órgãos de administração de Unidade
–Congregação (Artigo 45, Inciso VIII, 10% do total de docentes);
Comissão de Graduação (Artigo 48, parágrafo 2º, 20% do total de
docentes); Comissão de Cultura e Extensão Universitária (Artigo 50,
parágrafo único, 10% do total de docentes); Órgãos de direção dos
Departamentos – Conselhos de Departamentos (Artigo 54, inciso VI,
10% do total de docentes);
• Presença nas grandes discussões dos destinos dos cursos (p. ex.
SIGA– Seminário para Interação em Gestão Ambiental);
• Colaboração em atividades desenvolvidas nos diversos Programas
institucionais como “Ensinar com a Pesquisa” e “Aprender com a Cultura
e Extensão”.
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4. Discente 4.1.Formação Discente do Grupo PET-GAEA
Espera-se, com a participação dos integrantes junto ao Programa PET-
GAEA, que diversas habilidades interpessoais e profissionais sejam
desenvolvidas em paralelo ao conhecimento acadêmico, embasadas nos
princípios de interdisciplinaridade, transdisciplinaridade, totalidade e
indissociabilidade do tripé ensino, pesquisa e extensão. Dentro destas, deseja-
se que os petianos estejam integrados num ambiente de busca constante por
autonomia, liderança, pensamento crítico, envolvimento, autoconfiança,
comprometimento pelo qual exercitam a formação cidadã responsável, pró-
atividade, visão humanística e holística.
Ao longo do tempo de permanência no Programa, o discente antecipa
sua realidade profissional, tornando-se mais preparado para o mercado de
trabalho, principalmente pelos incentivos à iniciação científica, prática de
responsabilidade socioambiental e internacionalização, via estágios de curta
duração, duplo diploma, entre outros. Ademais, para liderar e obter êxito é
necessário ter paciência, humildade, disciplina, respeito e compromisso, sendo
capaz de gerar a integração entre os processos de criação, aplicação e difusão
do conhecimento.
Com o desenvolvimento de projetos de cunho social, como a
participação do PET-GAEA no projeto “Profissões da ESALQ”, o integrante
aprimora sua capacidade para realização de trabalhos coletivos e solidários,
fundamental para uma formação cidadã e responsável. Esse projeto também é
um exemplo de incentivo ao pensamento crítico sob o ensino público e
maximização da capacidade de contextualização dos problemas, além de
estimular por meio de atividades e visita pela ESALQ a vontade de ingressar
em uma Universidade Pública. Outra ação social desenvolvida pelo grupo é a
contribuição voluntária dos bolsistas com a MUCAPP (Associação Pró-Mutirão
da Casa Popular de Piracicaba), ONG que atua na construção e reforma de
casas populares em bairros da periferia da cidade de Piracicaba.
O trabalho em equipe também cria uma conduta de respeito e
valorização das relações humanas, tanto no ambiente acadêmico e quanto na
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sociedade em geral. O espírito investigativo e reflexivo que exige atitudes
criativas e empreendedoras se faz presente na rotina de trabalho do grupo,
tornando o discente mais preparado para o mercado de trabalho.
Deste modo, o PET - Gerenciamento e Administração da Empresa
Agrícola ao colocar em prática seus princípios, faz com que a formação
discente seja cada vez mais completa e torne o aluno de graduação mais
preparado e em constante crescimento.
4.2. Perfil Discente do PET-GAEA
O perfil do discente do grupo PET-GAEA visa que este identifique os
novos desafios advindos de sua futura profissão, um dos motivos do grande
incentivo a programas de mobilidade, estimulando que tanto o tutor quanto o
estudante possam vivenciar um ambiente diverso do usual, ampliando os seus
horizontes para a realidade do mercado de trabalho.
Os integrantes do grupo possuem um perfil holístico, que é
essencialmente interdisciplinar, em contraponto a organização atual das IES
em departamentos, a qual incentiva a fragmentação do conhecimento.
Destaca-se, então, por meio das práticas do grupo, a multidisciplinaridade,
interdisciplinaridade e transdisciplinaridade, devido a realização de trabalhos
colaborativos ou pela mobilidade nacional ou internacional. Espera-se,
portanto, que a participação dos integrantes junto ao Programa permita aos
estudantes o desenvolvimento do seguinte perfil:
• Formação integral e interdisciplinar/transdisciplinar;
• Autonomia, autoconfiança e espírito investigativo e reflexivo;
• Competência linguística e argumentativa;
• Capacidade para realização de trabalhos coletivos e solidários;
• Formação cidadã e responsável;
• Pensamento crítico sobre as concepções tradicionais educacionais,
políticas e sociais;
• Atitude criativa e empreendedora;
• Capacidade de contextualização dos problemas;
• Visão estratégica da prática profissional;
• Responsabilidade social e ecológica em diferentes contextos;
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• Conduta compatível com o respeito e a valorização das relações
humanas no ambiente acadêmico e na sociedade em geral.
4.3. Processo Seletivo de discentes do PET-GAEA
O integrante do PET-GAEA possui um perfil singular, baseado nas
diretrizes que norteiam o Programa de Educação Tutorial, muito visado nos
processos seletivos do grupo. O processo seletivo busca nos candidatos
características diferenciadas, capacidade de trabalhar em equipe, flexibilidade
para resolução de problemas, dentre outras. A seleção de novos bolsistas é
feita anualmente para que haja certa rotatividade entre os membros do PET,
assim como, para dar oportunidade aos demais alunos interessados em
participar do Programa. A seleção é divulgada para todos os cursos de
graduação existentes no campus da Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Queiroz” (ESALQ/USP). A divulgação é feita pela Assessoria de Comunicação,
por cartazes e apresentações nas disciplinas introdutórias de cada curso.
Durante o processo seletivo os participantes são avaliados através de
uma série de quesitos que incluem:
• Análise de currículo e histórico escolar, na qual busca características
diferenciadas do candidato;
• Uma prova escrita que tem o objetivo de avaliar a visão dos candidatos
sobre certas situações e não de avaliar apenas conhecimentos;
• Dinâmica de grupo para avaliar a capacidade do candidato de trabalhar
em equipe;
• Entrevista para obter informações adicionais e confrontar informações
fornecidas pelo candidato;
• Período de Trainee, que tem como objetivo avaliar o envolvimento do
candidato com as atividades do Programa e também a relação com os
integrantes do grupo e com os outros trainees.
Desse modo, a seleção do PET- Gerenciamento e Administração da
Empresa Agrícola busca selecionar novos integrantes não apenas pelo seu
desempenho acadêmico, mas também pela sua participação nas atividades,
relacionamento com os demais participantes do processo seletivo e com os
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membros do PET, assim como, pela dedicação e interesse demonstrados. É
essencial que haja um bom relacionamento entre os membros do PET para
que o convívio seja harmônico e as atividades sejam realizadas com prazer e
dedicação.
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5.Tutor 5.1. Formação Tutorial do PET
De acordo com o Manual de Orientações Básicas do Programa de
Educação Tutorial - PET (2006)2 a Educação Tutorial:
[...] se caracteriza pela presença de um tutor com a
missão de estimular a aprendizagem ativa dos seus membros, através da vivência, reflexões e discussões, num clima de informalidade e cooperação. O método tutorial permite o desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas e pensamento crítico entre os bolsistas, em contraste com o ensino centrado principalmente na memorização passiva de fatos e informações, e oportuniza aos estudantes tornarem-se cada vez mais independentes em relação à administração de suas necessidades de aprendizagem.
Apesar dos benefícios gerados por um relacionamento de informalidade
e cooperação entre o aluno petiano e tutor, deve-se refletir sobre a viabilidade
de um modelo balanceado, formal, caloroso, sem tolher a criatividade, a
iniciativa, a liberdade e o desenvolvimento da autonomia, estando associado ao
cumprimento do dever proposto pelo MEC.
O PET também visa uma interação contínua entre os integrantes, os
discentes e os docentes dos cursos de graduação e de programas de pós-
graduação; que atuam como base de apoio as atividades realizadas pelo
grupo, com a devida orientação do tutor, o qual recomenda os docentes mais
indicados para ajudar no estudo de determinado tema. Além disso, almeja o
contato sistemático com a comunidade acadêmica e externa, e a diversificação
das atividades.
Visando estes objetivos é necessário que o tutor realize
permanentemente estudos relativos à abordagem tutorial em busca de
eficiência e permanente aperfeiçoamento de métodos e processos, procurando
evitar que a tutoria seja “fruto de uma prática empírica e assistemática”,
2Programa de Educação Tutorial – PET. Manual de Orientações Básicas, MEC-SESu-DEPEM,
Brasília, dezembro de 2006
21
segundo alertado pela Profa. Iguatemy Martins (2007)3. Para tanto, é
necessário desenvolver ferramentas para colher e registrar dados sobre o
funcionamento dos grupos, de tal forma que permita a análise posterior. É
preciso selecionar o que e como medir e avaliar. Assim o grupo adota um
hábito salutar que é explicitamente parte do método científico: o rigor e a
disciplina no registro das atividades.
Desta maneira, conforme colocado por Programa de Educação Tutorial –
PET/USP (2009)1, os estudantes que aproveitam melhor a escola, que mais se
desenvolvem academicamente e são mais felizes, organizam seu tempo para
incluir atividades interpessoais com professores e colegas, construídas em
torno de consistente trabalho acadêmico.
5.2. Formação Tutorial do Grupo PET-GAEA
Assim, no contexto do grupo PET-GAEA, seguindo os objetivos do
Programa, o orientador viabiliza a realização das atividades, e ao mesmo
tempo, auxilia no desenvolvimento de habilidades pessoais dos bolsistas,
estimulando-os, por exemplo, a aproveitar melhor a ESALQ e organizar
racionalmente o tempo para desenvolver todas as atividades com excelência.
Portanto, o tutor do grupo deve sempre ser avaliado para que se tenha
conhecimento dos métodos e processos por ele adotados e, assim, possa
buscar aperfeiçoamento dos mesmos, visando sempre o bom desempenho do
grupo como um todo.
Dessa maneira, além das atribuições já mencionadas, o tutor do PET-
GAEA tem a missão de estimular a aprendizagem ativa de seus membros, por
meio da vivência, reflexões e discussões, num clima de informalidade e
cooperação, permitindo o desenvolvimento de habilidades de resolução de
problemas e pensamento crítico entre os bolsistas, auxiliando-o a se tornar,
cada vez mais, autônomo na administração da sua aprendizagem.
3MARTINS, Iguatemy Maria de Lucena. Educação tutorial no ensino presencial: uma análise
sobre o PET. In:Ministério da Educação – MEC. PET – Programa de Educação Tutorial:
Estratégia para o desenvolvimento da graduação. Brasília: Ministério da Educação, 2007, p.
12-21.
22
5.3. Perfil do Tutor
A figura do tutor deve ser caracterizada por um equilíbrio, de forma que
o tutor consiga conciliar todas as atividades que lhe foram atribuídas como tutor
e como professor orientador. Conforme afirmado no Projeto de Políticas e
Diretrizes Pedagógicas da USP (2009)1, o fato de a USP ser reconhecida pelo
seu mérito em pesquisa, o tutor do PET possui atribuições definidas
legalmente, sem que esqueçamos das exigências em produção acadêmico-
científica, espera-se que este compatibilize as atividades de educador com o
progresso acadêmico, considerando que o PET é um instrumento que favorece
seu desempenho. Dessa forma, seu desempenho profissional é ampliado ao
assumir a responsabilidade relativa à administração, ensino, pesquisa e
extensão, como aspectos indissociáveis da eficiente tutoria.
Além disso, ciente de que o objetivo do PET faz parte da reformulação
do ensino superior, precisa estar alerta à grandeza daquilo que é exigido nesta
missão, fundamentando-se na teoria e na prática. Com a teoria, desenvolvendo
os saberes e habilidades para atender à formação dos estudantes; na prática,
vivenciando as dimensões política, econômica, social, cultural, ética e
psicológica da educação como ação humanística.
O tutor deve reconhecer que o PET é um Programa com alto potencial
de atingir objetivos como “contribuir para a elevação da qualidade da formação
acadêmica dos alunos de graduação” e “formular novas estratégias de
desenvolvimento e modernização do ensino superior no país”.
O diferencial na atuação do tutor é atingir plenamente os objetivos do
PET, com comprometimento na formação integral do estudante, com
responsabilidade profissional que reflita o esforço da sociedade para o seu
desenvolvimento de forma co-responsável, cooperativa e solidária em
conformidade com o padrão de excelência que a USP constantemente está
buscando.
Com base nessas considerações, o perfil do tutor precisa ser
aperfeiçoado para atender aos objetivos da tutoria. Para tanto, algumas
características/habilidades são imprescindíveis, tais como:
• Estar aberto às novas ideias, não sendo intransigente, isto é, ser flexível
e tolerante às demandas do grupo em diferentes contextos;
23
• Indicar os caminhos nas atividades curriculares e extracurriculares;
• Manter canais permanentes de comunicação (Networking);
• Estimular o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo dos
integrantes do grupo, exercitando a boa argumentação para
fundamentar suas opiniões;
• Adotar postura firme, mas mediadora diante das adversidades;
• Ser engajado e comprometido com os propósitos do Programa e com os
objetivos da Instituição de Ensino;
• Acompanhar o desenvolvimento do aluno e do grupo a partir dos
conceitos da aprendizagem significativa;
• Ser autocrítico;
• Valorizar e praticar a inter, multi e transdisciplinaridade;
• Estimular nos alunos o compromisso e responsabilidade social e ética
ao se relacionarem com a instituição e com a sociedade em geral;
• Estar ciente de suas obrigações com o Programa, participando do CLA,
preenchendo relatórios tanto da USP como do MEC, dentre outras
tarefas;
• Angariar colaborações de professores e pesquisadores no
desenvolvimento de projetos, disseminando os fundamentos do
Programa;
• Expandir os princípios do Programa para outras iniciativas da
Universidade.
Com este perfil o tutor teria melhores condições de atender às
exigências do Programa e àquelas listadas neste projeto.
5.4. Seleção de tutor
Como a missão do tutor no PET é estimular a aprendizagem ativa de
seus membros, cabe a ele uma série de atribuições, em que se deve conciliar o
papel de educador com a realização de atividades acadêmicas, de maneira a
complementá-las. Nisto reside à importância do perfil do tutor e de seu trabalho
acadêmico, compatíveis com a temática do grupo. No PET-GAEA, em que a
temática abordada é administração e gerenciamento da empresa agrícola, o
24
tutor é vinculado ao Departamento de Economia, Administração e Sociologia
(LES).
Em um sentido mais amplo, o tutor tem o compromisso de atender os
objetivos gerais dos grupos PET, como a reformulação do ensino superior.
Estes objetivos são atingidos através de sua vivência com o grupo, em que são
desenvolvidos saberes, habilidades e atividades, que proporcionam uma visão
ampla da educação como ação humanística, fundamentando uma base teórica
e prática, sólida ao estudante. O tutor deve ter sempre em mente o alto potencial de atingir objetivos
que o Programa possui, de expandir os princípios do Programa de Educação
Tutorial para a totalidade da graduação. Coerente com o compromisso de uma
formação universitária integral do estudante, este é sempre incentivado pelo
tutor por meio de atividades de extensão, ensino e pesquisa, realizadas pelo
grupo (seminários apresentados em aula e publicação de trabalhos em mostras
acadêmicas).
Para a realização desses objetivos, o tutor do PET-GAEA deve possuir
flexibilidade quanto às demandas do grupo, já que o grupo possui alta
rotatividade e alunos de diferentes cursos de graduação. Também deve
orientar quanto às atividades curriculares e extracurriculares que enriquecerão
a formação acadêmica do petiano, contribuindo para o desenvolvimento do
networking dos integrantes. O pensamento crítico e reflexivo, postura firme e
mediadora, engajamento e comprometimento também são características que
permitem a transmissão dos conceitos de aprendizagem significativa e
aplicação da inter, multi e transdisciplinaridade.
O tutor deve também estimular o compromisso, a responsabilidade
social e a ética, atendo-se às suas obrigações com o Programa. É frequente
também angariar colaborações de professores e pesquisadores de outras
áreas para auxiliar na realização dos projetos do grupo.
Assim, o grupo sempre estará em busca da eficiência e permanente
aperfeiçoamento de métodos e processos, visando um melhoramento contínuo
da educação tutorial.
Além do citado anteriormente, alguns requisitos são requeridos para a
tutoria de um grupo PET, conforme o edital nº 5 do Programa de Educação
25
Tutorial (2009)4 e conforme a Portaria MEC No. 976, de 27 de Julho de 2010
(ou em normas futuras que as substituam):
• Pertencer ao quadro permanente da instituição, sob contrato em regime
de tempo integral e dedicação exclusiva;
• Ter título de doutor ou, excepcionalmente, de mestre;
• Não acumular qualquer outro tipo de bolsa;
• Ter atuação efetiva na docência em cursos de graduação, e em
atividades de pesquisa e extensão.
Além disso, também são requeridos:
• Comprovação do regime de trabalho do candidato a tutor,
• Cópia do diploma de doutor ou de mestre, quando for o caso, e
• Declaração do tutor indicando que não possui qualquer outro tipo de
bolsa,
• Comprovação de atuação efetiva em cursos e atividades da graduação
nos três anos anteriores à solicitação ou à avaliação; e
• Comprovação de atividades de pesquisa e extensão nos três anos
anteriores à solicitação ou à avaliação.
Todas essas informações deverão ser comprovadas seguindo as
normas citadas anteriormente. Serão avaliadas a atuação do candidato na
graduação e na pós-graduação, nos últimos três anos, que incluem: orientação
de iniciação científica ou de trabalhos de conclusão de curso; participação em
comissões específicas da graduação e pós-graduação, e participação em
conselhos acadêmicos. Já a comprovação das atividades de pesquisa será
realizada a partir da produção científica, técnica, pedagógica, artística e cultural
do candidato a tutor nos últimos três anos. As atividades de extensão serão
aferidas a partir da atuação do candidato atutor em projetos institucionais
desenvolvidos no atendimento e capacitação profissional das comunidades e
na disseminação do conhecimento na sociedade.
4Programa de Educação Tutorial – PET. Edital nº 05, MEC-SESu-DEPEM, Brasília, 2009. Disponível em: <www.portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc>. Acesso em: 15 jun. 2011.
26
A aprovação de um professor tutor para participação em um grupo PET
será obtida pela aprovação em processo de seleção, que deve ser conduzido
sob a responsabilidade conjunta das pró-reitorias de graduação e de extensão,
ou equivalente, de cada instituição de ensino superior. Assim, o edital do
processo seletivo de tutor deve ser divulgado oficialmente, com antecedência
mínima de oito dias de sua realização, incluindo informações sobre data, local,
horário, critérios e procedimentos de seleção.
27
6. Metodologia Pedagógica utilizada no grupo PET-GAEA A metodologia pedagógica da Educação Tutorial, já citada
anteriormente, permite a contextualização da educação e o crescente
desenvolvimento da autonomia dos discentes pela observação, reflexão e
teorização estabelecida pelo processo de ensino-aprendizagem.
Observa-se que a metodologia tutorial proposta transcende a
aprendizagem individual. A atuação em grupo permite desenvolver a
capacidade de trabalho em equipe, facilitar a compreensão das características
e dinâmicas individuais, bem como a percepção da responsabilidade coletiva e
do compromisso social.
Há a parceria com os corpos docentes e discentes na forma de
realização de debates de temas polêmicos e atuais, assim como auxílio em
disciplinas na forma de monitoria, com a finalidade de que esta atuação
coletiva não se restrinja ao interior do grupo.
Baseado em uma das diretrizes do Programa, a indissociabilidade
pesquisa-ensino-extensão que visa à interdisciplinaridade e o estimulo à prática
de responsabilidade socioambiental e cidadania, o PET-GAEA deu ênfase a
formas de ensino-aprendizagem na humanização das pessoas e na
perspectiva interdisciplinar quanto ao conhecimento.
Recentemente, na área de ensino, a interferência no projeto pedagógico
se deu com a criação da disciplina LES 0180: Introdução à Administração,
pioneira e inédita para os mais de 200 cursos de agronomia no país, aos
ingressantes em Engenharia Agronômica, com forte ênfase na escola de
administração humanista no aspecto comportamental e de conduta ética,
contrapondo a formação inicial dos dois primeiros semestres com enfoque nas
ciências básicas e exatas (matemática, química, física), e nos fundamentos
tecnológicos e biológicos. Esta interferência foi facilitada pela presença do tutor
anterior, professor Evaristo Marzabal Neves, como membro do Conselho do
Curso CoC Engenharia Agronômica, na elaboração do projeto pedagógico do
curso.
Entre 2008-2010 o PET-GAEA organizou o ciclo de seminários “Nos
embalos de 2ª feira à noite” uma série de 10 seminários focados na formação
humanista dos estudantes onde vários palestrantes participaram abordando a
28
gestão da natureza e do meio ambiente, temas sobre mercado de trabalho,
ações sociais e ambientais, marketing no agronegócio, logística e gestão do
tempo e da rotina.
A partir de 2011 um novo ciclo de palestras vem sendo realizado,
intitulado “Construindo sua Carreira”, voltado à gestão e administração da
natureza e do ambiente social; da informação e da comunicação; e de recursos
humanos.
Pretende-se com a realização dos seminários que o egresso de um
curso superior tenha um aprendizado adequado aos avanços científicos e
tecnológicos e uma visão crítica das reais necessidades da sociedade da qual
faz parte. Da mesma forma, espera-se que o profissional seja capaz de difundir
e aplicar o conhecimento, bem como saiba interferir para melhorar a qualidade
de vida das pessoas que irá atender, ou seja, exercendo a prática social.
6.1. Mobilidade
De acordo com o PPDP PET-USP, define-se como mobilidade “a
vivência em um ambiente diferente, não somente em termos dos saberes, mas
também culturalmente, abrindo novos horizontes, melhorando sua competência
em aprender com a diversidade, contribuindo para prepará-lo para um mundo
cada vez mais complexo, sendo, portanto, perfeitamente adequada aos
objetivos do PET.”
O PET-GAEA utiliza-se desta metodologia pedagógica porque acredita
em sua grande importância no desenvolvimento do bolsista e/ou tutor
participante. Por esse motivo, incentiva o aprimoramento dos conhecimentos
adquirido em outras IES, principalmente instituições estrangeiras, pois agrega,
além do conhecimento empírico, a aprendizagem de outras línguas, ou seja, o
aprimoramento da capacidade comunicativa.
Muito incentivada desde a sua criação em 1988, a internacionalização é
um dos enfoques atribuídos ao grupo e constantemente estimulados pelo tutor.
Ao longo de sua história, o PET-GAEA teve diversos integrantes que
participaram de programas de intercâmbio para países como Estados Unidos,
Canadá, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Nova Zelândia. Dentre as
várias experiências internacionais vivenciadas pelos integrantes do grupo
29
podemos citar intercâmbios semestrais para a Universidad Complutense de
Madrid, programas de aprendizagem de idiomas em Buenos Aires, estágios no
programa Future Farmers of America (FFA) em Ohio e Minnesota, na ELF,
California, na Douglas Farm (produção leiteira), Nova Zelândia, e na Wade
Billadeu Farms, Ohio, dentre outras instituições. Outra modalidade de ensino
incentivada pelo PET-GAEA é a dupla diplomação em instituições como por
exemplo o Institut Supérieur d’agriculture de Rhône-Alpes (ISARA),
Lyon/França.
30
7.Missão, Visão, Valores e Objetivos 7.1. Missão
Proporcionar ao grupo, por meio da educação tutorada, uma formação
diferenciada que complemente o ensino acadêmico.
Realizar atividades que busquem a indissociabilidade entre pesquisa,
ensino e extensão, com foco em gerenciamento, economia e administração,
desenvolvendo habilidades técnicas e pessoais de maneira dinâmica e
harmônica com as normas que regem o Programa.
7.2. Visão
Ser cada vez mais visível e reconhecido, e promover a excelência da
Educação Tutorial, tornando os princípios do Programa a realidade da
educação.
7.3. Valores
Comprometimento, Profissionalismo, Ética, Respeito, Responsabilidade,
Trabalho em equipe, União, Cooperação, Paixão, Pró-atividade, Inovação,
Criatividade
31
8. Estrutura e funcionamento do PET-GAEA
O PET-GAEA é um grupo composto por alunos de graduação de
diversos cursos da ESALQ e tutorado por um professor do Departamento de
Economia, Administração e Sociologia. O Programa também conta com o apoio
e colaboração de outros professores, dentro e fora do departamento, para
orientação em suas diversas atividades.
Por ser um grupo cuja temática é o Gerenciamento, Economia e
Administração da Empresa Agrícola, o PET-GAEA está estruturado para se
aproximar de forma íntima do funcionamento real de uma empresa. Essa
estrutura possibilita aos membros experimentarem das diversas áreas que um
profissional poderá atuar. Sendo assim, o grupo se subdivide em Núcleos
Operacionais, tentando reproduzir o funcionamento organizacional de uma
empresa.
8.1 Núcleos Operacionais
Os Núcleos Operacionais funcionam como departamentos, possuindo
funções administrativas específicas, ligadas diretamente ao funcionamento e
estruturação do PET-GAEA. Com o intuito de simular o cotidiano de uma
empresa, essas divisões de tarefas possibilitam que o grupo tenha dinamismo
e construa relações interpessoais com cada membro.
Para que o bolsista não limite suas experiências de trabalho,
semestralmente é realizada a troca de pessoal em cada um desses núcleos.
Essa mudança, denominada job rotation, é um método eficiente para que o
bolsista conheça e trabalhe com diferentes ferramentas nas mais diversas
áreas departamentais para que assim, desenvolva as habilidades econômica-
gerenciais de um profissional completo.
A Figura 1 é um organograma sobre o funcionamento do PET-GAEA
mostrando a interação entre os núcleos operacionais, e ilustrando o método job
rotation.
32
Figura 1
Seguem as principais características dos núcleos operacionais 8.1.1 Assessoria
É o núcleo ligado diretamente com os órgãos que gerenciam o
Programa, responsável pela produção de documentos do grupo, controle de
prazos e organização. O núcleo delega a redação dos documentos para os
integrantes do grupo visando que todos estejam a par das atividades
realizadas, aprendam a escrever um relatório e se sintam comprometidos ao
realizar as atividades propostas.
À Assessoria cabe a padronização dos documentos atentando-se pelos
prazos e requisitos exigidos pelo MEC.
Os planejamentos realizados pelo PET-GAEA são diferenciados. Eles
visam além de planejar as atividades que serão desenvolvidas ao longo do
ano, aproximar os integrantes e sintonizá-los nos mesmos objetivos. Para isso,
a Assessoria organiza um encontro com a duração de dois dias, realizando
dinâmicas motivacionais e o planejamento intercalado com pausas para
reflexão, refeições e descanso.
33
Após a realização do planejamento a Assessoria é responsável por
garantir o cumprimento de tudo que foi proposto pelo grupo. Os certificados
para os integrantes que já cumpriram com o tempo mínimo exigido pelo MEC,
também são de responsabilidade desse núcleo. A Assessoria estabelece o
vínculo entre os integrantes e o Comitê Local de Acompanhamento, o
CENAPET, a CoC e o MEC, mantendo-os informados de tudo que se faz
necessário. Além disso, é responsável por informar as datas dos encontros, os
prazos de inscrições, bem como definir os integrantes que participarão.
8.1.2 Recursos Humanos
O Núcleo Operacional Recursos Humanos tem como principais objetivos
a sintonia do grupo, promovendo a integração dos membros, a administração
dos recursos humanos e a gestão de pessoas do PET-GAEA. Antes de
desenvolver qualquer outra habilidade específica, cada integrante tem de estar
alinhado com os objetivos e metas do PET-GAEA, afinal grande parte dos
trabalhos são geridos em grupo e o bom relacionamento, assim como o
consenso de ideias, tem de se fazer presente.
Outro importante princípio do Núcleo é visar o crescimento pessoal e
profissional de cada integrante, trabalhando em cada particularidade de modo a
zelar pelo bom desempenho dos membros dentro do grupo. Através de
ferramentas de gestão, o núcleo deve incumbir-se de traçar um perfil para os
integrantes de modo a alocá-lo em específicas atividades que possam melhorar
algumas de suas habilidades ou ainda desenvolver aquelas que não possuem.
O RH também é responsável por momentos que extravasem o rotineiro
trabalho dentro do grupo, auxiliando na aproximação dos membros e
melhorando as relações interpessoais. Portanto, o N.O. Recursos Humanos é
responsável por promover dinâmicas e integrações, visto que o
companheirismo e um vínculo de amizade deve ser mantido sobreposto à
simples relação de convívio pelo trabalho.
O inter-relacionamento, assim como discussões internas e problemas de
convívio por motivos específicos do grupo devem, se não resolvidas
previamente, ser levadas até o Núcleo Operacional para que este encontre
34
uma melhor saída para restabelecer a sintonia inicial dentro do grupo como
ambiente profissional.
Além de todas essas atividades, o N.O. RH também é responsável por
interligar os atuais membros do grupo e os que já passaram pelo Programa,
mantendo sempre atualizado o follow up, que tem proporcionado oportunidades
de estágios e emprego e troca de experiências.
8.1.2.1 Modelo de avaliações
O modelo de avaliações do PET – GAEA é composto por três partes. As
duas primeiras consistem em métodos para determinação de parâmetros que
serão utilizados na terceira etapa, a Avaliação propriamente dita. Os
parâmetros são definidos através de um plano de carreira de cada integrante
do grupo e da determinação do perfil organizacional de cada Núcleo
Operacional, para que assim seja identificado o que se espera de cada pessoa
em determinadas situações.
A partir do momento em que os parâmetros já estão definidos, torna-se
possível fazer a avaliação de cada pessoa, através de competências e
habilidades que ela tem e que desenvolveu, comparadas às habilidades e
competências de cada atividade.
Outro tipo de avaliação aplicada é um questionário que é respondido por
todos do grupo sobre cada uma das outras pessoas avaliando aspectos
comportamentais. A primeira etapa do sistema de avaliação é o Plano de
Carreira que tem como objetivo mostrar o planejamento de cada membro para
uma carreira dentro e fora do PET. Ao ingressar no PET cada membro define
seu plano de carreira, com as competências que pretende desenvolver e
aperfeiçoar, além de seus objetivos dentro e fora do Programa.
Além disso, são feitas perguntas sobre a carreira profissional que o
membro gostaria de seguir e são traçadas algumas ações que ele pode
começar a desenvolver dentro e fora do Programa para atingir seus objetivos
profissionais. São listadas competências que se pretende trabalhar e o RH
oferece o apoio para que o membro atinja suas metas, orientando como atingí-
las através de dinâmicas e treinamentos.
35
A segunda etapa consiste no Plano Organizacional que tem o objetivo
de promover uma visão geral das habilidades e competências necessárias para
cada Núcleo Operacional do PET-GAEA, tentando alocar os integrantes de
acordo com suas próprias habilidades.
As duas perguntas que regem o Plano Organizacional são o que se
espera de cada Núcleo Operacional e qual o perfil necessário. Cada um dos
grupos se reúne e, a partir de um questionário, discute e escolhe quais são as
competências e habilidades necessárias para integrar naquela divisão
operacional.
Além das características gerais que se deve possuir para integrar
determinado grupo, há a divisão dessas habilidades dentre as atividades
desenvolvidas em cada um deles, para que cada pessoa possa se encaixar de
maneira mais adequada a cada atividade.
A identificação de habilidade e competências para cada Núcleo
Operacional é de extrema importância para que os integrantes do grupo
trabalhem de acordo com habilidades que têm ou que desejam aperfeiçoar, se
certificando de que a pessoa possa obter melhor aprendizado de como é
vivenciar o mercado de trabalho. Por fim, a terceira etapa, que consiste na
Avaliação propriamente dita. A Avaliação é dividida em duas partes:
Habilidades e Comportamental. A parte de Habilidades gera uma avaliação em
ciclo, ou seja, cada membro do Núcleo Operacional avaliará de acordo com as
habilidades listadas por cada um de seus colegas de trabalho e ao mesmo
tempo será avaliado por eles.
Na parte Comportamental, várias perguntas de cunho comportamental
são feitas a partir de um questionário a todos os integrantes do PET-GAEA e
estes responderão de acordo com o que acham de cada um dos companheiros
de estágio. Depois disso, é feita uma avaliação comportamental individuale
uma nota é dada para cada integrante.
Ainda há o Modelo de Rotação por Habilidades e Competências. Esse
modelo é constituído de quatro partes com duração de um semestre cada, no
primeiro semestre de participação no grupo, o petiano entra em um Núcleo
Operacional correspondente ao seu perfil, com o intuito de desenvolver as
habilidades já existentes e motivá-lo nas atividades.
36
No segundo semestre ele vai para um Núcleo Operacional com um perfil
que se se assemelha às habilidades que ele gostaria de desenvolver,
objetivando o crescimento profissional. Já no terceiro semestre o petiano passa
para um Núcleo Operacional com perfil de habilidades que não tem interesse e
nem possui, para que aprenda a trabalhar em ambientes adversos o que,
muitas vezes, acontece no mercado de trabalho.
Por fim no quarto semestre o petiano volta para o Núcleo Operacional
que mais se identificou, para que possa sentir a diferença que o Programa fez
nas suas habilidades e objetivos, dando, ao final, um “feedback” de toda sua
trajetória dentro do grupo para o RH.
8.1.3 Recursos Físicos
Responsável pela estrutura física do grupo. Zela pela organização e
limpeza da sala do PET-GAEA, responsável pelo bom funcionamento dos
computadores, impressoras e câmeras digitais, reserva sala para eventos e
controla o trânsito de livros da biblioteca do PET.
8.1.4 Qualidade
O Núcleo Operacional de Qualidade tem como principais metas
sintonizar os integrantes em cada atividade por eles desenvolvida, simplificar
processos e garantir a eficiência dos projetos realizados.
Cabe à Qualidade acompanhar as atividades desenvolvidas por todos
membros do grupo, utilizando mecanismos para garantir uma maior eficácia na
realização e entrega dos projetos, como gráficos de desempenho,
gerenciamento de escopo de projetos além de sempre procurar e desenvolver
novas ferramentas para serem adaptadas e utilizadas no PET-GAEA.
Prazos estabelecidos são encarados como compromissos pelo grupo, e
o N.O de Qualidade, com essa visão, utiliza medidas que visem o cumprimento
dos mesmos, na suposição que os trabalhos entregues dentro da data limite e
uma boa qualidade final são fonte de grande motivação dentre os integrantes,
estimulando-os numa próxima ocasião, a realizar um trabalho cada vez mais
37
aperfeiçoado, partindo da premissa da melhoria constante e do esforço
recompensado.
Acima de tudo, organização faz-se um dos pilares centrais para os
métodos que quantificam os dados da Qualidade, deste, apóiam-se outros
valores como comprometimento, resultados, eficiência e sintonia, condizentes
com os valores zelados pelo PET-GAEA.
Sendo necessário, cabe ao Núcleo também aplicar as devidas
penalidades pelo não cumprimento das etapas das atividades no prazo
estipulado, desde que previamente exposto aos integrantes e aceito por todos.
Para evitar tais medidas, o Núcleo dispõe de ações preventivas como alertas,
reuniões conjuntas e até auxílio na atividade avaliada para que esta seja
cumprida da melhor maneira possível.
8.1.4.1 Gerenciamento de Escopo de projeto
O Núcleo Operacional de Qualidade tem como principal atividade o
gerenciamento de Escopo de projetos, uma ferramenta estudada pelo Núcleo
Operacional e adaptada às atividades do PET-GAEA de modo a obter o
máximo retorno da ferramenta.
O escopo de um projeto é o foco, uma espécie de guia a ser seguido
pelos membros da Célula de Trabalho e descreve as etapas do projeto, os
serviços necessários para realizá-lo, como a atividade será desenvolvida e os
resultados finais esperados. Descreve também o que é preciso fazer para que
se alcancem seus objetivos com os recursos e funções especificados.
A definição de escopo ajuda a evitar que as equipes de projeto percam
tempo e recursos resolvendo problemas que fogem à sua alçada, além de
sintonizar todos os integrantes da célula de trabalho sobre o trabalho
necessário para a conclusão do projeto, os objetivos e andamento da atividade
desenvolvida.
8.1.5 Marketing
O marketing é o processo ou seguimento administrativo que envolve
toda a cadeia produtiva de um bem ou serviço até a sua chegada ao
38
consumidor, porem sendo tão amplo, o marketing não possui uma definição
única. Desta maneira dentro do PET-GAEA tomamos o marketing como uma
ferramenta de aproximação do Programa com os seus colaboradores.
Para aumentar a visibilidade do grupo PET-GAEA, o Núcleo Operacional
de Marketing usa ferramentas que aumentam a aproximação do Programa com
todos aqueles que de alguma forma colaboram para o crescimento do grupo,
como professores, alunos, empresários, proprietários rurais, entre outros.
Dentre as ferramentas utilizadas no marketing, destacamos o site e as
redes sociais como importantes fontes de informação, as quais devem ser
sempre atualizadas com os eventos, atuações, trabalhos e demais atividades
realizadas pelo grupo. Em ambos, qualquer pessoa pode ter informações
básicas sobre nossos trabalhos, pesquisas e organização, assim como datas
de eventos e seleção.
O NO marketing é responsável pela realização de eventos do grupo,
desde a idealização até a organização, destacando-se a criação de folders
para divulgação do evento, quites de presentes para palestrantes e a divisão
de atividades que devem ser realizadas pelos membros. Os eventos objetivam
retribuir às comunidades interna e externa e aumentar a visibilidade do grupo,
ajudando a divulgar suas atividades.
O NO Marketing é também responsável por enviar cartas de
agradecimento e de patrocínio padronizadas, lembranças no PET-GAEA (CD
do “vídeo institucional” do PET-GAEA e portfólio das atividades) que podem ser
dadas como forma de agradecimento pela participação em um evento ou ainda
pela oportunidade de uma visita técnica. Cabe-lhe ainda a criação de e um
cartão de visita para os membros do Programa. É feita também a manutenção
de uma lista de e-mails dos professores, alunos e todos aqueles com quem
realizamos atividades. Através dessa lista podemos enviar informações sobre
eventos e outras atividades que julgarmos importantes.
Todas as atividades relacionadas à divulgação e imagem do grupo são
responsabilidade do NO marketing. Com isso objetivamos manter um
relacionamento harmonioso e duradouro com todos aqueles que colaboram
para o desenvolvimento do Programa, sempre visando promover a excelência
da Educação Tutorial e do PET-GAEA, aumentando a visibilidade do Programa
para a sociedade como um todo.
39
8.1.6 Tesouraria
O Núcleo Operacional Tesouraria foi criado para gerir todos os recursos
financeiros do grupo.
Assim, uma das principais atividades desse Núcleo é administrar a verba
recebida pelo MEC em todas as atividades desenvolvidas ao longo do ano,
observando os procedimentos necessários para a correta prestação de contas
exigida.
É também atribuição desse Núcleo manter os contatos de patrocínio que
já obtivemos, bem como procurar novos patrocínios sempre que necessário,
sendo um elo entre os órgãos patrocinadores e os integrantes.
Por gerir todos os recursos financeiros do PET-GAEA, é de
responsabilidade desse Núcleo Operacional realizar todos os ligamentos e
desligamentos de bolsistas, auxiliando os novos bolsistas quanto as
informações necessárias para o recebimento de suas bolsas.
Além disso, é cultura do grupo realizar projetos de caráter social. Como
exemplo disso, há as doações voluntárias que cada integrante realiza para a
MUCCAP – Associação Pró-Mutirão da Casa Popular de Piracicaba – sendo
responsabilidade da Tesouraria recolher essas doações e enviar a essa ONG.
Essas doações não são de caráter obrigatório, sendo de total iniciativa de cada
membro do grupo PET-GAEA.
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9. Atuação do grupo
O grupo PET-GAEA realiza atividades que visam principalmente
contribuir para uma formação ampla, holística e que desenvolva as principais
habilidades necessárias para o sucesso profissional de cada integrante. Tais
atividades englobam principalmente a indissociabilidade entre ensino, pesquisa
e extensão considerando a temática do grupo, o Gerenciamento e
Administração da Empresa Agrícola. Estas encontram-se listadas e descritas a
seguir.
9.1 Projeto de Pesquisa
O projeto de pesquisa consiste na elaboração de um estudo acadêmico
na área das ciências econômica e administrativa, procurando contemplar
aspectos agronômicos, ambientais, sociais, em temas relevantes para
sociedade.
Nesta atividade todos os os membros do grupo trabalham em conjunto,
a fim de promoverem a integração do grupo, melhorarem o trabalho em equipe
tão desejado pelo mercado de trabalho e realizarem uma troca de experiência
entre os membros do grupo, contribuindo para o aprendizado e formação de
cada integrante.
O desenvolvimento do projeto também busca gerar possíveis
publicações para os membros do grupo, o que enriquece muito a sua
reputação e o currículo dos integrantes. Normalmente esse projeto se
fragmenta em vários projetos de iniciação cientifica que concorrerão por vagas
no SIICUSP (Simpósio internacional de Iniciação Cientifica da USP).
No projeto de pesquisa normalmente são levantados dados de fontes
confiáveis e de publicações acadêmicas a fim de se produzir uma revisão
bibliográfica que dará suporte ao projeto na busca da geração de novas
informações, sejam essas encontradas por meio do trabalho com os dados
secundários ou por meio de coleta de dados primários.
Quando necessários, os alunos são estimulados a trabalhar com dados
primários, pois na coleta e levantamento dos mesmos o grupo tende a adquirir
habilidades e experiências novas.
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Assim o grupo valoriza a si mesmo e aos seus membros, contribui com a
comunidade acadêmica e com a sociedade.
9.2 PET GAEA Comunidade
O PET GAEA Comunidade consiste na elaboração ou participação de
projetos com âmbito social, visando a pratica da extensão junto a comunidade,
buscando o aprendizado, desenvolvimento e a autonomia da mesma.
Esse contato mais próximo junto a sociedade proporciona uma visão
mais realista da vida fora do âmbito acadêmico, ajudando na postura adequada
a ser tomada nessas situações. Nessa atuação procura-se a formação de um
aluno com uma visão holística e solidaria.
Atualmente o PET-GAEA colabora com a atividade promovida pela
ESALQ, que se chama “Profissões na ESALQ”. Nela o grupo recebe um grupo
de estudantes do ensino médio, de escolas publicas. Realiza atividades junto
aos alunos mostrando a ESALQ, a estrutura existente, e as diferentes
atividades promovidas pela instituição. Os estudantes são apresentados aos
cursos do Departamento de Economia, Administração e Sociologia tendo uma
visão geral de cada um deles.
Procura-se estimular os estudantes das escolas públicas a tentarem o
ingresso na Universidade de São Paulo, incentivando os mesmos a buscarem
seus sonhos e a superarem seus limites.
9.3 Desenvolvimento de Projetos de Iniciação Científica
A Iniciação Científica é de grande importância no âmbito acadêmico,
pois é um dos instrumentos pedagógicos que mais contribui com a
diferenciação e capacitação do graduando. Estimula a capacidade do aluno em
pesquisa, proporcionando-lhe o domínio da metodologia científica e desenvolve
o pensamento científico, crítico e a criatividade.
Na busca de despertar uma nova mentalidade em relação às atividades
de pesquisa, o grupo considera importante que cada bolsista se comprometa a
participar, individualmente ou em grupo, em pelo menos uma pesquisa em
Iniciação Científica por ano, e apresentá-la em congressos acadêmicos.
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Neste sentido, procura-se incentivar a prática da Iniciação Científica,
estimulando os alunos a participarem da disciplina LES 0669: Iniciação
Científica em Economia Aplicada, com participação de alunos dos cursos de
Engenharia Agronômica e Ciências Econômicas. De um modo geral, os
membros do grupo PET-GAEA se matriculam na disciplina, criando excelente
oportunidade para o desenvolvimento de pesquisa em Iniciação Científica, nem
sempre sob a orientação do Tutor, mas contando também com a orientação
dos demais professores e pesquisadores do Departamento de Economia,
Administração e Sociologia, ou mesmo de outros departamentos da ESALQ.
9.4 Treinamento Interno
São realizado pelos integrantes do PET-GAEA treinamentos Internos,
visando o crescimento pessoal e didático de cada membro, além da
experiência técnico-científica dos assuntos abordados. Dentre as temáticas
destacam-se promoção da qualidade e excelência nos trabalhos
desenvolvidos, oratória, desenvoltura, capital humano, planejamento e gestão,
oportunidades do mercado, cultura, ferramentas de trabalho, entre outras.
De acordo com a necessidade do grupo são apresentadas e
implantadas novas ferramentas que otimizam o trabalho já desenvolvido pelo
grupo. Para isso, os mentores de cada treinamento têm de pesquisar, utilizar-
se de boas referências e capacitar-se a transmitir os conhecimentos obtidos
aos demais. Esses projetos têm contado com o apoio de professores do
Departamento de Economia, Administração e Sociologia , que disponibilizam
tempo para o reforço e melhor entendimento de ferramentas analíticas.
9.5 Seminários PET GAEA nas disciplinas introdutórias
Os Seminários em disciplinas introdutórias são palestras providas pelos
membros do grupo PET-GAEA com a permissão do professor responsável que
tem por objetivo fomentar a discussão e a reflexão aos ingressantes sobre
importantes temas socioeconômicos, ambientais, políticos, filosóficos ou
outros. Com essa atividade o grupo aborda conteúdos relevantes de interesse
a tais alunos para que possam refletir sobre a importância do curso em que
estão matriculados (Ciências Econômicas, Engenharia Agronômica, Gestão
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Ambiental, Administração de Empresas, Ciências dos Alimentos,
Administração), seu campo de atuação e despertar a curiosidade quanto à
graduação.
Assim, para realização dessa atividade, exige-se uma preparação
prévia dos integrantes que realizam um estudo aprofundado sobre os temas
que seriam de maior interesse desse público alvo, promovendo um maior
acúmulo de conhecimentos pelos integrantes, além do desenvolvimento de
habilidades pessoais como desenvoltura, comunicação e pensamento crítico.
Além disso, essa atividade vem se apresentando como uma forma
eficaz de aumentar a visibilidade do grupo perante os outros grupos de estágio
da ESALQ, que se mostra através da participação maior dos alunos no
processo seletivo realizado anualmente pelo PET-GAEA.
9.6 Assistência Didática em Disciplinas do Departamento de Economia, Administração e Sociologia(LES).
A Assistência Didática em disciplinas do departamento de Economia
Administração e Sociologia é uma das atividades que mais exigem
comprometimento e responsabilidade dos estudantes uma vez que estes
alunos auxiliares na graduação têm atribuições similares às dos alunos de pós-
graduação no PAE.
As principais atribuições nessa atividade são: auxiliar, compor material
didático, corrigir exercícios, controlar presença e participar como assistente
didático nas aulas de disciplinas de responsabilidade do Professor Evaristo
Marzabal Neves (antigo Tutor) no primeiro e segundo semestres: LES-0669:
Iniciação Cientifica em Economia Aplicada, disciplina optativa para o curso de
Economia e Engenharia Agronômica, oferecida no primeiro e segundo
semestre, LES-0180: Introdução á Administração, disciplina obrigatória para o
curso de Engenharia Agronômica (200 alunos) do primeiro semestre.
9.7 Organização de eventos
O grupo PET-GAEA, de acordo com as necessidades observadas e
oportunidades que vão surgindo ao longo do ano letivo, promove eventos que
possuem relações com a temática do grupo.
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Esses eventos são organizados a partir de parcerias do grupo com
egressos, empresas e outras organizações, sendo na maioria uma forma
dessas empresas coletarem currículos e mesmo efetuar entrevista para
recrutamento de estágios (vivencial e/ou profissionalizante).
Após cada evento, o feedback do público sempre é aferido, o que
possibilita identificar os pontos negativos e positivos do evento realizado e
sugestões para um próximo evento, o que tem promovido sua melhora
contínua.
Assim, esses eventos têm reforçado não só os laços do grupo PET-
GAEA com o ambiente externo á Universidade, mas também com estudantes
da ESALQ, permitindo o aumento da visibilidade do grupo e a aproximação do
grupo com toda a comunidade acadêmica. Além de fortalecer os laços do
grupo com egressos, empresas, e outras organizações parceiras nesses
eventos, abrindo oportunidades para os integrantes no mercado de trabalho.
9.8 Ciclo de Palestras PET GAEA (“Construindo a sua carreira”)
O Ciclo de Palestras PET-GAEA “Construindo a sua carreira” é um
conjunto de palestras realizadas ao longo de um mês, que tem como objetivo
principal auxiliar todos os estudantes da ESALQ, outras Universidades de
Piracicaba e a comunidade piracicabana, no planejamento de carreira e
desenvolvimento pessoal.
Assim, os temas que são abordados visam principalmente o preparo
das pessoas para o mercado de trabalho, tendo as palestras conteúdo como:
Planejamento de Carreira, Informação e Comunicação (Inteligência de
Mercado, Inteligência Emocional e Mercado de trabalho), Economia do
Agronegócio, Recursos Humanos (Setores de RH de empresas), Gestão de
Rotina e Administração do Tempo e da Vida, Participação em Projetos
Trainees, Participação em intercâmbios Internacionais, etc.
Os palestrantes são pessoas ligadas aos temas que atuam com
excelência no mercado de trabalho e por isso, tem a experiência necessária
para orientar o público.
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O grupo acredita que tal atividade contribui para a formação dos
estudantes e aumenta a visibilidade do grupo, promovendo crescimento
pessoal de todos envolvidos no evento.
9.9 Participação de Eventos organizados pelos grupos PET O grupo PET-GAEA acredita ser primordial a participação nos Eventos
PET: SUDESTPET, ENAPET, EPETUSP, Interagrárias entre outros, pois
através das discussões realizadas nesses eventos, os integrantes refletem
sobre a continuidade e a ampliação do Programa, normas e regulamentos
estabelecidos, maneiras de aprimorá-lo, entre outros aspectos que envolvem o
PET em si, o que tem sido responsável por novas propostas de melhorias
enviadas ao MEC e fortalecimento dos grupos.
Além disso, tais eventos promovem uma troca de experiências e
realidades que tem gerado novas atividades para os grupos, novas parcerias e
uma integração maior entre os grupos PET, melhorando as atividades
desenvolvidas e gerando crescimento dos grupos.
9.10 Visitas Técnicas
O grupo PET-GAEA realiza anualmente uma viagem para uma
determinada região do país com o intuito de conhecer empresas, fazendas,
cooperativas, instituições de pesquisas (públicas e privadas) característica da
região visitada, que pode ser realizada durante a Semana da Pátria, uma
semana inteira de recesso no calendário da USP no mês de Setembro, ou após
e término do ano letivo, durante o período de férias.
Essas visitas técnicas são intercaladas com atividades culturais e
possuem o objetivo de promover maior contato dos integrantes com o mercado
de trabalho, aprimorar os conhecimentos técnicos aprendidos em sala de aula
através da visualização prática dos processos das instituições visitadas,
motivar os integrantes sobre as diversas áreas que podem atuar e proporcionar
uma união maior do grupo.
Além disso, essa viagem promove um crescimento muito grande dos
alunos que a organizam, pois cabe a eles a reserva de passagens,
hospedagem e alimentação, conferindo-lhes responsabilidade e
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profissionalismo. O acúmulo de conhecimentos também é outro ponto que essa
atividade consegue promover, pois além do aprendizado realizado nas visitas,
os integrantes estudam previamente sobre as instituições que serão visitadas,
o mercado no qual elas estão inseridas, produtos comercializados, enfim, todos
os dados disponíveis o que geram um maior aprendizado durante a visita.
9.11 Estímulo à Internacionalização da graduação Os integrantes do PET-GAEA acreditam que para uma formação mais
completa tanto academicamente como pessoalmente, é muito importante a
experiência internacional.
Os bolsistas e colaboradores são incentivados ao aprendizado de
idiomas ao longo do semestre, para que assim possam aproveitar as
oportunidades internacionais como a participação em intercâmbios e a
realização de dupla diplomação e/ou estágios no exterior. Tal estímulo à
internacionalização tem sido determinante nas posições excelentes no
mercado de trabalho que os ex-petianos do grupo PET-GAEA tem alcançado.
9.12 Acompanhamento e Avaliação
Para manter a coesão do grupo e qualidade dos projetos, o PET GAEA
procura realizar constantes avaliações das atividades e dos membros de forma
conjunta e individual. Para isso, utilizam-se dos seguintes instrumentos:
• Avaliações escritas feitas por cada membro do grupo referente aos
demais integrantes. Essas avaliações são entregues aos mesmos de
forma que estes fiquem cientes de quem os avaliou. São realizadas no
final de cada semestre do ano letivo com o intuito de melhorar as
características pessoais e profissionais que são valorizadas no grupo.
• São realizados questionários para avaliação de conduta, relacionamento
social, ético e profissional dos membros do grupo; após os dados
tabulados infere-se o rendimento de cada integrante para que todos
tenham conhecimento de seu desempenho.
• Avaliação de planejamento: como os planejamentos são realizados no
final do ano que antecede sua realização, fazemos a avaliação deste no
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começo e no meio do ano de execução. Revisando todas as atividades,
problemas e possíveis mudanças, podemos cumprir de melhor forma o
que foi planejado.
O que é avaliado:
• Do discente:
o Comprometimento com o Programa;
o Manutenção do bom rendimento acadêmico;
o Responsabilidade social;
o Participação do bolsista em eventos relacionados ao Programa;
o Valores prezados pelo grupo (comprometimento, pró-atividade,
responsabilidade, objetividade, disciplina, ética, moral,
honestidade, flexibilidade e liderança).
• Do tutor:
o Responsável pelo desempenho da sua função educadora, sendo
fiel ao método tutorial;
o Manter-se ativo nas suas obrigações;
o Ser empático, estando disponível para orientar os tutorados
pessoal e, principalmente, academicamente;
o Participar de atividades relacionadas ao Programa.
É desta forma que o PET-GAEA procura manter o processo
avaliativo, prezando pela integridade e pelo desenvolvimento contínuo do
grupo como um todo.
9.13 Perfil dos Egressos do PET-GAEA
Com mais de 90 egressos, o PET-GAEA visa manter uma relação
próxima com cada um de seus ex-integrantes por meio de um follow up (banco
de dados com informações pessoais e profissionais atualizadas) e contato
direto por meio de telefonemas, e-mails e confraternizações. Dessa forma, o
grupo mantém-se informado sobre propostas de emprego, estágios de férias e
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recebe apoio para a realização de eventos dentro da ESALQ e visitas a
empresas.
Seguindo a temática do grupo, Gerenciamento, Economia e
Administração, os integrantes desenvolvem habilidades pessoais como: pró-
atividade, liderança, capacidade para trabalhar em grupo, disciplina,
criatividade e boa desenvoltura em apresentações. Tais características se
reafirmam através do êxito obtido pelos egressos no mercado de trabalho.
Capacitados com excelência para desempenhar funções nas diversas
áreas do mercado, os egressos do PET-GAEA atuam como professores,
consultores, funcionários públicos, coordenadores de Instituições de Ensino
Superior, pesquisadores, supervisores de produção vegetal, gerentes (de
projetos, consultorias de riscos, relações com investidores, bancários, registro
e desenvolvimento, marketing e vendas), diretores de empresas, analistas
financeiros, operador de commodities, exportadores, gerência de inteligência
de mercado e atuantes nas áreas de psicologia, social e logística.
Desta forma, entende-se que PET-GAEA tem contribuído, ao longo de
sua existência, com a formação de cidadãos e profissionais diferenciados,
sempre respeitando seus valores morais e éticos.