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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE IDOSOS SUBMETIDOS À AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO Epidemiological Profile of Elderly Submitted to the Comprehensive Geriatric Assessment in a Rehabilitation Service Título resumido: Perfil epidemiológico de idosos na AGA Artigo Original Autores: 1 Fernanda Silva Rocha Pós-graduanda do curso de Fisiologia do Exercício do Centro de Estudos Avançados e Formação Integrada Ceafi\Goiânia-GO. ²Patrícia Conceição Oliveira Fisioterapeuta do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta Goiânia- GO. 3 Giulliano Gardenghi Doutor em Ciências, Área de Concentração; cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP Goiânia- GO. Correspondência Fernanda Silva Rocha. Hospital de Dermatologia e Reabilitação Santa Marta- HDS. Rodovia GO-403, Km 8 - Zona Rural, Goiânia GO. CEP: 74735-600 Telefone: (62) 3201-6414. E- mail: [email protected], cel: (62)98460 4353. Financiamento próprio Formatação segundo a Revista Brasileira em Promoção da Saúde

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE IDOSOS SUBMETIDOS À AVALIAÇÃO

GERIÁTRICA AMPLA EM UM SERVIÇO DE REABILITAÇÃO

Epidemiological Profile of Elderly Submitted to the Comprehensive Geriatric Assessment

in a Rehabilitation Service

Título resumido: Perfil epidemiológico de idosos na AGA

Artigo Original

Autores:

1Fernanda Silva Rocha

Pós-graduanda do curso de Fisiologia do Exercício do Centro de Estudos Avançados e

Formação Integrada – Ceafi\Goiânia-GO.

²Patrícia Conceição Oliveira

Fisioterapeuta do Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta – Goiânia-

GO.

3Giulliano Gardenghi

Doutor em Ciências, Área de Concentração; cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP

– Goiânia- GO.

Correspondência

Fernanda Silva Rocha. Hospital de Dermatologia e Reabilitação Santa Marta- HDS. Rodovia

GO-403, Km 8 - Zona Rural, Goiânia – GO. CEP: 74735-600 Telefone: (62) 3201-6414. E-

mail: [email protected], cel: (62)98460 4353.

Financiamento próprio

Formatação segundo a Revista Brasileira em Promoção da Saúde

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RESUMO

Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico dos pacientes de um serviço de reabilitação em

Goiânia, submetidos à Avaliação Geriátrica Ampla. Métodos: Trata-se de um estudo

documental, retrospectivo e prospectivo, do tipo descritivo, realizado através da coleta de

dados de prontuários dos pacientes que foram submetidos à A.G.A. no período de dezembro

de 2014 a dezembro de 2015. Resultados: A média de idade da população foi de 70,4 ±7,8

anos, sendo a maioria do sexo feminino, com escolaridade de 1-4 anos e casados. Observa-se

ainda que 56,21% dos idosos moram com familiares e 77,51% são sedentários. Apresentam

maior prevalência de incontinência urinária no sexo feminino, ainda que seja bastante

relevante no sexo masculino. Fazem uso de polifarmácia e estão acima do peso. Conclusão:

O conhecimento desses dados é fundamental para otimizar o processo de trabalho e de

cuidado para com os idosos, possibilitando melhor planejar ações de cuidado em saúde.

Descritores: Avaliação Geriátrica Ampla; Serviços de Saúde para Idosos; Perfil de Saúde.

ABSTRACT

Objective: It aims to know the epidemiological profile of patients of a rehabilitation service

in Goiânia submitted to Comprehensive Geriatric Assessment. Methods: A documentary and

descriptive study, which presents a retrospective and prospective view, conducted from data

collected in medical records of patients availed by Comprehensive Geriatric Assessment

between December 2014 and December 2015. Results: The patients availed by CGA has a

medium of age of 70.4 years (± 7.8 years), being mostly married women. This population has

1 to 4 years of schooling. Fifth-six point two one percent (56.21%) of these elderly patients

live with their relatives; meanwhile 77.51% of them are sedentary. There is a higher

prevalence of urinary incontinence in women, although it is quite common – and relevant - in

males. These patients use polypharmacy, being overweight. Conclusions: The knowledge of

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these data is critical to optimize elderly’s care, allowing a better planning of health caring

specific to this group.

Descriptors: Geriatric Assessment; Health Services for the Aged; Health Profile.

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INTRODUÇÃO

Devido a transição sócio demográfica, o Brasil vem passando por um processo natural

de envelhecimento populacional1. Acredita-se que, em 2025, o país será o sexto do mundo em

número absoluto de idosos, totalizando 33,8 milhões de indivíduos nessa faixa etária2, sendo o

crescimento do segmento de idosos velhos, aqueles com mais de 80 anos, o mais

expressivo2,3,4

.

O envelhecimento populacional aliado à má alimentação, ao sedentarismo, à

obesidade, ao consumo de álcool e tabaco, trouxeram uma maior prevalência de doenças

crônicas com consequente aumento do número de complicações clínicas, causando perda

funcional e diminuição na qualidade de vida, fato que, modifica a demanda por políticas

públicas tornando necessária a elaboração de indicadores de saúde capazes de reconhecer

agravos que induzam ao risco de perda funcional dos idosos. 4 ,5, 6, 7

.

A multiplicidade das afecções que os acometem incluem aspectos clínicos,

psicológicos e sociais que interagem entre si, modificando a exteriorização das doenças,

exigindo uma abordagem diferenciada. O envelhecimento frequentemente acarreta alterações

funcionais insidiosas e, instrumentos de rastreamento de condições desencadeadoras de

declínio funcional permitem intervenções precoces de maior impacto potencial e possibilidade

de melhor planejamento das ações na área da saúde4.

A Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) é um termo utilizado para descrever o exame

das diversas funções do paciente idoso. Identificar as doenças crônicas, o nível de

independência e autonomia, os recursos financeiros disponíveis para aquisição de serviços e a

existência, ou não, de suporte familiar e social, fazem parte desta avaliação4. A AGA não é

uma avaliação isolada e sempre deve resultar em uma intervenção, seja ela de reabilitação, de

aconselhamento, de indicação de internação em hospital ou instituição de longa permanência8.

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Estudos epidemiológicos adquirem importância nesse cenário por possibilitarem a

identificação dos determinantes e dos fatores etiológicos do envelhecimento, podendo desse

modo haver um melhor entendimento das diferentes situações clinicas e desse modo uma

melhor assistência à saúde dessas populações buscando um prolongamento da vida humana

por meio da prevenção das doenças e da promoção à saúde9. É a vitalidade, e não a

longevidade em si, que continua sendo o objetivo primário10

. Desta forma, um estudo

epidemiológico é essencial para conhecimento da população trabalhada sendo ferramenta

essencial na gestão dos serviços de saúde e atuação profissional, como depreendido no

conceito: “Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos

estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses

estudos no controle dos problemas de saúde”11

.

Esta pesquisa teve como objetivo identificar o perfil epidemiológico dos pacientes de

um serviço de reabilitação em Goiânia, submetidos à AGA.

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MÉTODOS

Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, realizado por meio de coleta de

dados de prontuários dos pacientes abordados pela AGA, em um serviço de Reabilitação na

cidade de Goiânia-GO. Foram levantados os dados epidemiológicos de todos os pacientes

abordados pela AGA no período de dezembro de 2014 a dezembro de 2015.

Foram excluídos os prontuários de 55 pacientes devido dados incompletos, não

comparecimento do paciente no dia da avaliação e/ou perca de prontuários. Perfazendo nessa

pesquisa, um total de 338 prontuários utilizados.

Ressalta-se que a pesquisa foi realizada no Ambulatório do Hospital de Dermatologia

Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS), localizada na GO 403, na cidade de Goiânia. Tal

unidade presta assistência ambulatorial exclusivamente para pacientes SUS, por meio do

controle da Central de Regulação da SMS/Goiânia.

Foi criada uma planilha do software Excel para coleta de dados, estruturada e

padronizada. Esta foi formulada pelas pesquisadoras e nela foram registrados os dados

obtidos na análise do prontuário dos pacientes. A listagem dos pacientes foi gerada através da

busca nos arquivos da instituição.

A planilha de coleta de dados é composta pelas variáveis: idade, sexo, estado civil,

arranjo familiar, escolaridade, continência urinária, atividade física, estado nutricional,

polifarmácia e patologias.

Estes dados foram manipulados de forma padronizada, através do software Excel

Office 2013. Foi realizada análise estatística quantitativa, em porcentagem, média, desvio-

padrão. As variáveis categóricas foram expressas em números totais e percentagens.

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Esta pesquisa traz como benefícios a contribuição à ciência, o levantamento do perfil

epidemiológico dos idosos atendidos pelo hospital a nível ambulatorial, possibilitando a

identificação da efetividade de processos e condutas tomadas pela equipe multiprofissional,

de forma a ratificar os aspectos positivos e propor correções aos aspectos negativos destas

intervenções.

Os preceitos ético-legais foram estabelecidos de acordo com a Resolução CNS nº

466, de 12 de dezembro de 2012, que trata de recomendações éticas quando da realização de

pesquisa que envolva seres humanos. O protocolo desse estudo foi encaminhado para

apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa Humana e Animal da PUC Goiás, recebendo

posterior aprovação, sob número CAAE 54306216.2.0000.0037/2016. Buscou-se a

autorização para uso e manipulação dos prontuários junto ao responsável técnico do hospital.

Os indivíduos envolvidos neste estudo tiveram assegurada sua privacidade durante a coleta de

dados e execução dos procedimentos supracitados. Os resultados da pesquisa serão

divulgados garantindo o anonimato dos pacientes. Cabe destacar que os resultados deste

estudo serão comparados a outras pesquisas com metodologias semelhantes. As informações

coletadas serão arquivadas pelos pesquisadores por um período de 5 anos ou mais, caso sejam

mudados os prazos atualmente em vigor. Após este prazo, os arquivos serão destruídos. Os

autores desconhecem conflitos de interesse.

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RESULTADOS

Dos pacientes triados no primeiro ano de implantação da Avaliação Geriátrica Ampla

no Hospital de Dermatologia Sanitária e Reabilitação (HDS) foram utilizados um total de 338

prontuários para realização desta pesquisa. A amostra constitui-se de idosos que buscaram

atendimento ambulatorial na Instituição.

A caracterização demográfica da amostra que destaca o sexo, faixa etária, estado

civil, escolaridade e arranjo familiar é exposta na Tabela 1.

Tabela 1 – Descrição das características demográficas dos idosos submetidos a AGA em

um hospital de Goiânia

Variável N %

SEXO

Feminino 228 67.45

Masculino 110 32.54

FAIXA ETÁRIA

Abaixo de 60 anos 2 0.59

60 – 69 anos 175 51.78

70 – 79 anos 111 32.84

80 – 89 anos 44 13.02

Acima de 90 anos 6 1.78

ESTADO CIVIL

Casados 150 44.37

Viúvos 105 31.06

Divorciados ou separados 41 12.12

Solteiros 28 8.28

ESCOLARIDADE

Analfabeto 60 17.75

1 – 4 anos 170 50.29

5 - 8 anos 49 14.49

Acima de 8 anos 40 11.83

Não informado 19 5.62

ARRANJO

FAMILIAR

Mora com família 190 56.21

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Mora com outras pessoas 74 21.9

Mora sozinho 53 15.38

Não informado 21 6.21

A tabela 2 aponta o nível de atividade física dos idosos de acordo com o sexo e a

idade.

Tabela 2 – Descrição da atividade física em idosos submetidos a AGA em um hospital de

Goiânia

Variável N %

AMOSTRA

Faz atividade física 72 21.30

Não faz atividade física 262 77.51

Não informado 4 1.18

ATIVIDADE

FÍSICA E SEXO

Feminino 47 13.91

Masculino 25 7.40

ATIVIDADE

FÍSICA E FAIXA

ETÁRIA

<60 anos 0 0

60-69 anos 45 13.31

70-79 anos 19 5.62

80-89 anos 7 2.07

Acima de 90 anos 1 0.30

Na tabela 3 observa-se a prevalência da incontinência urinária. Enquanto a tabela 4

destaca o uso de polifarmácia.

Tabela 3 – Descrição das características da Incontinência urinária em idosos submetidos

a AGA em um hospital de Goiânia

Variável N %

AMOSTRA

Continentes 206 60.94

Incontinentes 131 38.75

Não informado 1 0.29

INCONTINÊNCIA

POR SEXO

Feminino 107 46.93

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Masculino 24 21.81

INCONTINÊNCIA

POR FAIXA

ETÁRIA

<60 anos 0 0

60-69 anos 55 31.42

70-79 anos 53 47.75

80-89 anos 20 45.45

Acima de 90 anos 3 50.00

Tabela 4 – Descrição quanto a polifarmácia em idosos submetidos a AGA em um

hospital de Goiânia

Variável N %

AMOSTRA

Com polifarmácia 165 48.82

Sem polifarmácia 159 47.04

Não informado 14 4.14

POLIFARMACIA

POR SEXO

Feminino 119 52.19

Masculino 46 41.82

POLIFARMACIA

POR FAIXA

ETÁRIA

<60 anos 1 0.61

60-69 anos 73 44.24

70-79 anos 63 38.18

80-89 anos 25 15.15

Acima de 90 anos 3 1.82

Na presente pesquisa foram avaliados o IMC de 289 idosos, com os seguintes

resultados, conforme expostos na tabela 5.

Tabela 5 – Descrição do IMC em idosos submetidos a AGA em um hospital de Goiânia

Variável N %

AMOSTRA

Magreza 9 3.11

Eutrófico 109 37.71

Excesso de peso 105 36.33

Obesidade 66 22.84

INCONTINÊNCIA

POR SEXO

Feminino 107 46.93

Masculino 24 21.81

INCONTINÊNCIA

POR FAIXA

ETÁRIA

Magreza Eutrófico Excesso de peso Obesidade

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<60 anos de idade 0 (0%) 0 (0%) 1 (0.34%) 1 (0.34%)

60-69 anos de idade 5 (1.72%) 45 (15.52%) 56 (19.31%) 46 (15.86%)

70-79 anos de idade 3 (1.03) 42 (14.48%) 34 (11.72%) 17 (5.86%)

80-89 anos de idade 1 (0.34%) 20 (6.90%) 13 (4.48%) 1 (0.34%)

>90 anos de idade 0 (0%) 2 (0.69%) 1 (0.34%) 1 (0.34%)

ATIVIDADE

FÍSICA Magreza Eutrófico

Excesso de

peso Obesidade

NÃO 7(2.42%) 83(28.71%) 79(27.33%) 54(18.68%)

SIM 2(0.70%) 26(8.99%) 23(7.95%) 11(3.80%)

Discussão

A média de idade da população foi de 70,4 ±7,8 anos, sendo que o mais jovem tinha

idade de 57 e o mais velho 96 anos. Observa-se a predominância de idosos, na faixa etária

entre 60 a 69 anos de idade, representando 51,78% da amostra, refletindo a realidade da

proporção de idosos por faixa etária segundo censo do IBGE12,13

.

Observa-se ainda a predominância de pacientes do sexo feminino (67.45%), o que

também foi evidenciado em outros estudos devido ao processo denominado “feminização” do

envelhecimento populacional, com maior probabilidade de sobrevida pelas mulheres3,9,10

. No

entanto, apesar de sua sobrevida ser maior quando comparada aos homens, as mulheres estão

mais susceptíveis à incapacidades e múltiplos problemas de saúde nas idades mais longevas3.

Tal condição exige atenção especial na elaboração de políticas públicas que atendam às

demandas específicas dessa população, proporcionando assim o envelhecimento com

qualidade de vida, bem como a prevenção de problemas de saúde15

.

A baixa escolaridade é outra característica marcante da maioria da amostra, sendo

quase 70% dos idosos possuidores de um período de até quatro anos de escolaridade, fato

convergente com a informação levantada pelo IBGE quanto a escolaridade dos idosos

responsáveis pelos domicílios no Brasil11

. A baixa escolaridade desta população leva à

reflexão quanto a necessidade de implementação de ações para melhoria da mesma, já que o

analfabetismo pode levar a maior dependência do idoso de outras pessoas e piora da sua

autonomia e qualidade de vida16,17

.

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Na presente pesquisa, 150 (44,37%) idosos eram casados, 105 (31,06%) viúvos, 41

(12,12%) separados ou divorciados, 28 (8,28%) solteiros e 14 (4,14%) não informaram sua

situação conjugal.

Em se tratando de questões de relacionamento familiar e criação de novas redes

sociais observa-se que 56,21% dos idosos moram com familiares, 21,9% moram com amigos,

cuidadores e outros. Percentual significativo de idosos do estudo (15,38%) foi dos que moram

sozinhos. Segundo dados do Censo Populacional, 10,9% das pessoas idosas viviam sozinhas

no ano de 2000 e em 2005, de acordo com dados da Pnad, essa proporção havia subido, sendo

estimada em quase 13%3. Fato que não significa necessariamente um problema já que pode

ser por opção, entretanto, esta condição representa estado de risco, tendo em vista a

possibilidade de perda da autonomia, o risco de solidão e vulnerabilidade18

.

Quanto à prática de atividade física, através do autorrelato registrado em prontuário,

observa-se que a maioria dos idosos da amostra (77,51%) se declararam sedentários. Dado

preocupante uma vez que o nível de atividade física é um indicador importante de saúde da

população. A inatividade física é responsável direta por 6% dos casos de doenças

coronarianas, 7% de diabetes tipo II, 10% de câncer de mama e por 5,3 milhões de mortes

ocorridas, além de sua associação com a menor capacidade de mobilidade corporal e maior

fragilidade, especialmente em indivíduos idosos19,20

. Um estudo longitudinal das

consequências para a saúde dos diferentes níveis de aptidão física em 25.341 homens e 7.080

mulheres revelou que uma baixa aptidão aeróbica era um precursor mais importante de

mortalidade do que as doenças acima referidas10

.

Estudos demonstram que 18% dos homens e 14% das mulheres de 65 a 74 anos

atinjam à recomendação de 150 minutos de atividade física moderada na semana21

. Na

presente amostra 13,31% dos idosos na faixa etária dos 60-69 anos praticavam atividade

física. Acima de 75 anos, os praticantes são apenas 8% dos homens e 4% das mulheres20

, o

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que é concordante com a amostra, sendo que 4,44% das mulheres acima de 75 anos

praticavam atividade física, apesar da discordância quanto ao sexo masculino em que apenas

3,25% relataram praticar atividade física.

O envelhecimento predispõe a incontinência urinária (IU) o que pode levar a um

quadro clínico de depressão, isolamento e vergonha, alterando, portanto, o convívio social,

além dos seus impactos na mobilidade do idoso22,23,24.

. Não há consenso na literatura quanto

as taxas de prevalência de IU encontradas nos diversos estudos entre os idosos, as quais

variam de 8,5-55%22

. A divergência entre os números pode estar relacionada a fatores

culturais, características sóciodemográficas, hábitos de vida ou mesmo aos instrumentos

utilizados nas pesquisas. Na amostra pesquisada 38,75% dos idosos declararam apresentar

episódios de IU. Sabe-se que a prevalência de IU eleva-se proporcionalmente em conjunto

com a idade, sendo o principal fator de risco para a perda de urina nos homens as alterações

patológicas da próstata22

. Em relação ao sexo, a literatura aponta que a IU é três vezes maior

em mulheres em relação aos homens o que está relacionado a questões anatômicas, hormonais

e paridade, sendo que as frequências de incontinentes entre os idosos do sexo masculino

variam de 10-15%22

. Na nossa pesquisa observou-se uma predominância do sexo feminino na

IU, porém a porcentagem de idosos do sexo masculino afetados pelo problema foi superior a

outros estudos.

O uso diário de 5 ou mais medicamentos pelo idoso, polifarmácia, é prática

corriqueira. Estudos no Brasil apontam uma prevalência de 5-27%, sendo sua utilização mais

comum entre idosas do sexo feminino, e em idade mais avançada25,26,27

. Na amostra estudada

observou-se que 48,82% dos idosos avaliados apresentavam polifarmácia, e entre as idosas do

sexo feminino a porcentagem foi de 51,18%. Foi realizada análise estatística através do teste

qui-quadrado e o valor p foi de 0,097, não evidenciando correlação estatisticamente

significativa entre os sexos. Quanto a faixa etária a polifarmácia esteve mais presente no

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grupo etário de 60-69 anos de idade, o que não é concordante com a literatura. Estas

conclusões divergentes sugerem que a polifarmácia tem características regionais26

. Este perfil

farmacoepidemiológico indica a necessidade de desenvolver práticas de cuidados de saúde

para garantir a segurança do paciente, sendo ainda importante considerar o baixo nível

educacional dos idosos brasileiros, uma vez que este é um dos fatores que interferem na

adesão a um tratamento farmacológico, no uso de medicamentos impróprios e polifarmácia27

.

O IMC ainda é considerado um bom indicador do estudo nutricional em estudos

epidemiológicos, apesar de não haver consenso quanto ao ponto de corte para o IMC que seja

mais adequado para idosos, uma vez que estes apresentam modificações da composição

corporal quando comparados à idade adulta. A Organização Mundial da Saúde (OMS)

salienta a necessidade de indicar os valores de referência de peso corporal no envelhecimento

entre diferentes idades e gêneros, em razão da tendência em aumentar o IMC até a meia-

idade, estabilizar-se ao atingir a faixa de 65 anos de idade em homens e 75 anos nas mulheres,

e redução após esta fase 11. Segundo suas recomendações8,29

para o Índice de Massa Corporal

(IMC), considera-se déficit de peso IMC < 18,5 kg/m², excesso de peso IMC > 25 kg/m² e

obesidade, IMC > 30 kg/m².

A prevalência de baixo peso deste estudo foi de 3,1%, sem diferença significativa

entre os sexos. Dado este, inferior aos apontados pelo IBGE que chegaram a 6,7%, sendo

8,9% no sexo masculino e 4,9% no sexo feminino30

.

A maior parte da amostra foi de idosos jovens (60-69 anos) com excesso de peso e

obesidade, com declínio progressivo do peso nas faixas etárias consecutivas, o que converge

com demais estudos31,32

. Esta diferença encontrada de acordo com a faixa etária pode ser

caracterizada pela perda de motoneurônios e menor densidade óssea evidente nos mais idosos,

sem desconsiderar o fator de relação entre a ingestão calórica e o gasto energético31

. Outros

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estudos evidenciaram a prevalência de obesidade de 12,8% estando associada ao sexo

feminino e sedentarismo30,33

. Na nossa amostra, o fato de realizar atividade física também

esteve relacionado com menor sobrepeso e obesidade em comparação ao grupo sedentário.

Conclusão

A pesquisa descreve o perfil de idosos submetidos à Avaliação Geriátrica Ampla, em

um Serviço de Reabilitação, constituído de uma maioria de idosos jovens (60-69 anos), do

sexo feminino, com baixa escolaridade e casados. Em se tratando de questões de

relacionamento familiar e de criação de novas redes sociais, observa-se que a maioria dos

idosos moram com familiares e são sedentários. A maior prevalência de incontinência urinária

foi no sexo feminino, ainda que seja bastante relevante no sexo masculino. Fazem uso de

polifarmácia e estão acima do peso.

Percebe-se que a população avaliada apresenta fatores e risco para perda funcional e

fragilização. É de suma importância o conhecimento deste perfil para que medidas de ação

direcionadas possam ser planejadas e executadas. Conclui-se, pois, que muito se pode

prevenir desde que os profissionais estejam atentos aos fatores que influenciam a gênese da

perda funcional e a sua identificação precocemente. Deste modo, mantem-se a qualidade de

vida e reduz e reduz a fragilidade do idoso, a qual traz aumento da sobrecarga dos cuidadores

e altos custos com cuidados à saúde.

Considerando que o perfil dos idosos avaliados pela AGA apresenta vários fatores de

risco para fragilidade e adoecimento destes, sugerem-se intervenções no município. É

necessário o fortalecimento da rede básica de saúde, com capacitação permanente das

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equipes, no sentido de oferecer assistência preventiva aos idosos. É relevante atentar para a

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