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Pedro Manuel Ribeiro Salgado de Castro
Corporate Performance Management atravésda integração de Business Intelligence eBusiness Process Management
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Universidade do MinhoEscola de Engenharia
outubro de 2014
Dissertação de MestradoCiclo de Estudos Integrados Conducentes ao Grau deMestre em Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação
Trabalho efetuado sob a orientação doProfessor Doutor Jorge Oliveira e Sá
Pedro Manuel Ribeiro Salgado de Castro
Corporate Performance Management atravésda integração de Business Intelligence eBusiness Process Management
Universidade do MinhoEscola de Engenharia
Agradecimentos i
AGRADECIMENTOS
A realização deste trabalho apenas foi possível com a contribuição e apoio de muitas
pessoas e entidades. Em particular gostaria de agradecer ao meu orientador, Professor Jorge
Oliveira e Sá, pela sua constante disponibilidade na orientação desta dissertação apesar da
distância geográfica que nos separou durante a maior parte deste último ano e que assim
impossibilitou de nos reunirmos pessoalmente com frequência. E também ao Professor Vasile
Manta e ao Professor Alexandru Archip, da Universidade Técnica “Gheorghe Asachi” de Iasi,
Roménia, que se mostraram sempre disponíveis em ajudar-me para a realização deste trabalho
durante o meu período de mobilidade Erasmus.
Quero também prestar um especial agradecimento aos meus pais, que sempre
acreditaram no meu sucesso enquanto estudante e sempre me apoiaram nas minhas decisões.
Um agradecimento especial também para a minha irmã Maria João, que me aturou ao longo
destes últimos 5 anos.
Ao meu primo António Manuel, que esteve sempre ao meu lado e me apoiou em tudo o
que eu fiz. Ao meu primo João Manuel que sempre me ajudou no início do meu percurso
académico. Também um agradecimento especial para a minha madrinha académica Sara Veiga,
que desde cedo perspetivou o meu sucesso académico.
Aos meus colegas de curso Ricardo Andrade, João Oliveira, José Ferreira, Paulo Soares,
César Martins, Tiago Silva, João Costa, Simão Machado, João Vilaça, João Pedro Silva, Tiago
Dias, Tiago Martins entre os demais colegas de curso, que me acompanharam ao longo dos
últimos 5 anos, e que sem eles não era possível a conclusão do curso.
A todos os meus amigos Erasmus da família “T8” que nunca compreenderam o porquê,
de eu ter estudado durante o meu período de mobilidade. Um agradecimento especial então
para o Kaan Civici, Salvatore Alonge, Giuseppe La Porta, Alessandro Bellopede, Salvatore
Lombardi, Antonio Pio Angeloro, Antonio Pinello, Fernando Alonso, Javi Giron, Barış Tatlıdil,
Renato Guerrieri, César Fernandez, Ricardo Santos, Flávio Amorim, Flávio Gomes e David Rocha.
Também a todo o staff do ESN Iasi que sempre me acarinhou durante este último ano, com
especial agradecimento para a Delia Maria, Andreea Leonte, Sandrina Dascelescu, Mirela Luca,
Catalina Marusac, Catalina Ioana e Claudia Bejan.
Agradecimentos ii
Por fim a todos os meus amigos das “Taipas”, com um especial destaque ao Rafael
Magalhães, Carlos Martins, Carlos Silva, Tiago Brás, Tiago Dória, André Rebelo, Bruno
Rodrigues, José Marques, Laura Lamosa, Sabrina Oliveira, Fátima Silva, Filipa Ribeiro, Lúcia
Fertuzinhos, Tiago Freitas, João Macedo, Alberto Fernandes, Bruno Moreira, José Guimarães e
Daniel Afonso que estiveram sempre ao meu lado.
Se me esqueci de alguém em especial peço imensa desculpa.
Resumo iii
RESUMO
Corporate Performance Management através da integração de Business
Intelligence e Business Process Management
Atualmente as organizações estão cada vez mais orientadas aos processos, começando
assim a implementar soluções de Business Process Management para dar melhor suporte a
toda a informação gerada pelos seus processos. Também soluções de Business Intelligence
foram sendo instaladas nas organizações, para ajudar os gestores na tomada de melhores
decisões. O Business Intelligence e o Business Process Management foram iniciativas iniciadas
em separado, que não tiveram a apropriada coordenação para suportar o alinhamento entre
visão estratégica e a operacional da organização. O Corporate Performance Management pode
ser a resposta para esta lacuna, uma vez que têm como principal objetivo a convergência e a
integração de vários conceitos e tecnologias presentes hoje em dia nas organizações. Desta
forma, o alinhamento entre os níveis estratégicos e operacionais da organização pode tornar-se
possível.
Os objetivos principais para esta dissertação consistem na compreensão de toda a
temática em volta do Corporate Performance Management, uma vez que é um conceito ainda
pouco explorado pela comunidade académica. A realização de um artefacto tecnológico vai
permitir também explicar, se é possível obter o alinhamento entre o Business Process
Management e o Business Intelligence, de acordo com os requisitos do Corporate Performance
Management. Para a realização desta investigação, foi adotada a metodologia das experiências
laboratoriais, porque revelou-se ser a mais adequada de acordo com os objetivos estipulados
para a dissertação.
Palavras chave: Business Intelligence, Business Process Management, Corporate Performance
Management;
Abstract v
ABSTRACT
Business Performance Management through integration of Business
Intelligence and Business Process Management
Currently the organizations are becoming more Processes-oriented, thus beginning to
implement solutions for Business Process Management to give better support to all information
generated by their processes. Also Business Intelligence solutions have been installed in
organizations to help managers in making better decisions. Business Intelligence and Business
Process Management were initiatives initiated separately, that didn´t had the appropriate
coordination to support the alignment between strategic and operational vision of the
organization. The Corporate Performance Management can be the answer to this gap, once they
have as main objective the convergence and integration of various concepts and technologies
present today in organizations. This way, the alignment between the strategic and operational
levels of the organization can become possible.
The main objectives for this dissertation consist in understanding all the topics around the
Corporate Performance Management, since it is a concept still unexplored by the academic
community. The realization of a technological artifact will also allow to explain, it is possible to
obtain the alignment between Business Processes Management and Business Intelligence, in
accordance with the requirements of Corporate Performance Management. For conducting this
research, we adopted the methodology of laboratory experiments, because it proved to be the
most appropriate according to the goals established for the dissertation.
Keywords: Business Intelligence, Business Process Management, Corporate Performance
Management;
Índice vii
ÍNDICE
Agradecimentos .......................................................................................................................... i
Resumo .................................................................................................................................... iii
Abstract ..................................................................................................................................... v
Índice ...................................................................................................................................... vii
Índice de Figuras ...................................................................................................................... xi
Índice de Tabelas .................................................................................................................... xiii
Siglas ...................................................................................................................................... xv
Capítulo 1 – Introdução ............................................................................................................ 1
1.1 Enquadramento ............................................................................................................. 1
1.2 Questão de Investigação ................................................................................................. 2
1.3 Organização do documento ............................................................................................ 2
Capítulo 2 – Revisão da Literatura ............................................................................................ 3
2.1 Definições Relevantes ..................................................................................................... 3
2.1.1 Business Activity Monitoring .................................................................................... 3
2.1.2 Business Intelligence ............................................................................................... 3
2.1.3 Business Process .................................................................................................... 4
2.1.4 Business Process Management ............................................................................... 4
2.1.5 Corporate Performance Management ...................................................................... 5
2.1.6 Data Warehouse...................................................................................................... 5
2.1.7 Service-oriented Architecture ................................................................................... 6
2.2 Corporate Performance Management ............................................................................. 6
2.2.1 Abordagem ao CPM ................................................................................................ 6
2.2.2 CPM Framework ..................................................................................................... 9
2.2.2.1 Benefícios do CPM ............................................................................................. 12
2.2.2.2 Barreiras ao CPM ............................................................................................... 12
Índice viii
2.2.3 Arquitetura CPM ................................................................................................... 13
2.2.4 CPM Versus BI ...................................................................................................... 16
2.3 Outros conceitos associados ao CPM ............................................................................ 18
2.3.1 Performance Management .................................................................................... 18
2.3.2 Process Performance Management ....................................................................... 18
2.3.3 Performance Measurement ................................................................................... 18
2.3.3.1 Key Performance Indicators ............................................................................... 19
2.3.4 Real-time analytics e BAM ..................................................................................... 20
2.3.5 Service-oriented Architecture/Enterprise Application Integration ............................. 22
2.3.6 Business Process Automation................................................................................ 22
2.3.7 Outras abordagens sobre um BI Melhorado ........................................................... 23
2.4 Notas Finais ................................................................................................................. 24
Capítulo 3 - Objetivos da dissertação e resultados esperados ................................................... 27
Capítulo 4 – Abordagem Metodológica .................................................................................... 29
4.1 Definição de experiência laboratorial ............................................................................. 29
4.2 Vantagens e Desvantagens ........................................................................................... 29
4.3 Explicação da escolha .................................................................................................. 29
Capítulo 5 – Descrição do Estudo ........................................................................................... 31
5.1 Descrição da experiência laboratorial efetuada .............................................................. 31
5.2 Identificação da Estratégia de Negócio .......................................................................... 34
5.2 Modelação do Processo de Negócio .............................................................................. 37
5.4 Execução do Processo de Negócio ................................................................................ 39
5.5 Modelo Multidimensional .............................................................................................. 40
5.5.1 Escolher o processo de negócio............................................................................. 41
5.5.2 Granularidade do Processo de Negócio .................................................................. 41
5.5.3 Identificar as dimensões ........................................................................................ 41
Índice ix
5.5.4 Identificar os factos ............................................................................................... 42
5.6 Carregamento do Modelo ............................................................................................. 44
5.7 Interpretação do Modelo de Dados ............................................................................... 45
5.8 Criação de Dashboards ................................................................................................ 45
Capítulo 6 – Resultados .......................................................................................................... 47
6.1 Análise à Solução de CPM criada .................................................................................. 47
6.2 Caso de Exemplo ......................................................................................................... 50
6.3 Análise de negócio complementar ................................................................................ 54
6.4 Conclusões .................................................................................................................. 54
Capítulo 7 – Discussão dos Resultados ................................................................................... 55
7.1 Discussão dos Objetivos ............................................................................................... 55
7.2 Discussão dos Resultado Esperados ............................................................................. 56
Capítulo 8 – Conclusões ......................................................................................................... 59
8.1 Contributos .................................................................................................................. 59
8.2 Limitações ................................................................................................................... 59
8.3 Trabalho Futuro............................................................................................................ 59
8.4 Considerações Finais.................................................................................................... 60
Anexos ................................................................................................................................... 61
Índice de Figuras .................................................................................................................... 61
Índice de Tabelas ................................................................................................................... 63
Anexo A .............................................................................................................................. 64
Anexo B ............................................................................................................................. 65
Anexo C ............................................................................................................................. 69
Anexo D ............................................................................................................................. 80
Anexo E .............................................................................................................................. 81
Anexo F .............................................................................................................................. 84
Índice x
Anexo G ............................................................................................................................. 88
Anexo H ............................................................................................................................. 96
Anexo I ............................................................................................................................. 104
Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 109
Índice de Figuras xi
ÍNDICE DE FIGURAS
Ilustração 1 - Convergência de Tecnologias suporte para um CPM Integrado [Melchert et al,
2004] ....................................................................................................................................... 7
Ilustração 2 - A pirâmide CPM [Rokoel et al, 2009] ................................................................... 8
Ilustração 3 - O ciclo-fechado na Abordagem CPM [Golfarelli et al, 2004]................................... 9
Ilustração 4 - A framework CPM [Eckerson, 2004]................................................................... 10
Ilustração 5 - BI Tradicional versus BI para o CPM adaptado de, [Eckerson, 2004] .................. 16
Ilustração 6 - Valor da redução do tempo de ação (action time) [Hackathorn, 2002] ................ 21
Ilustração 7 - As três camadas de uma ferramenta de BI [Azvine et al, 2006] .......................... 24
Ilustração 8 - Visão geral do planeamento seguida durante o caso de estudo ........................... 33
Ilustração 9 - Visão geral da estratégia de negócio ................................................................... 36
Ilustração 10 - Processo de Negócio "Fabricar Produção" em BPMN ....................................... 38
Ilustração 11 - Dimensões associadas ao processo de negócio "Produção" ............................. 43
Ilustração 12 - Visão estática da solução de CPM criada, adaptada de [Melchert et al, 2004] ... 49
Ilustração 13 - Arquitetura de KPI da User Story ...................................................................... 50
Ilustração 14 - Os três estados possíveis de um semáforo ....................................................... 52
Ilustração 15 - Estado do KPI do nível estratégico .................................................................... 52
Ilustração 16 - Estado dos KPI’s do nível do processo ............................................................. 53
Ilustração 17 - Estado do KPI “Índice de tempo de produção” nas 4 etapas de produção ........ 53
Ilustração 18 - Estado do KPI “Índice de peças defeituosas produzidas” nas 4 etapas de
produção ................................................................................................................................ 53
Índice de Tabelas xiii
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Descrição das Dimensões ....................................................................................... 42
Tabela 2 - Descrição da tabela de factos "Produção" ............................................................... 43
Siglas xv
SIGLAS
Neste documento podem ser encontrados diversos termos específicos à área de
conhecimento em estudo e pela elevada frequência com que aparecem ao longo desde
documento, justifica-se por isso a utilização de acrónimos, aos quais são apresentados na
seguinte lista de siglas:
BAM Business Activity Monitoring
BI Business Intelligence
BPM Business Process Management
CPM Corporate Performance Management
DW Data Warehouse
EAI Enterprise Application integration
KPI Key Performance Indicator
PM Performance Management
PPM Process Performance Management
SI Sistemas de Informação
SOA Service-Oriented Architecture
Capitulo 1 - Introdução
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
1.1 Enquadramento
No século XXI, as organizações têm enfrentando alterações ambientais caracterizadas
por fronteiras organizacionais indistintas e a um ritmo de mudança acelerado. Como resultado,
as organizações precisam de infraestruturas apropriadas para a tomada de decisão, a fim de
enfrentar tais desafios [Seufert e Schiefer, 2005].
As organizações nos últimos anos começaram a obter bons resultados muito devido à
orientação aos processos de negócio, abordagem, iniciada por autores como Hammer e Champy
[1993], Davenport [1993], entre outros, que iniciaram estes trabalhos com o objetivo de
redesenhar as organizações em torno dos processos de negócios. Desta forma, foram iniciadas
iniciativas de Business Process Management (BPM), sendo instalados sistemas BPM e também
soluções de Business Intelligence (BI) para ajudarem as organizações a gerirem melhor o seu
desempenho e tomarem as melhores decisões para o negócio [Melchert et al, 2004].
Contudo, Melchert et al [2004] refere que BI e BPM foram iniciativas iniciadas em
separado e que não tiveram a coordenação necessária para suportar o alinhamento entre a visão
estratégica e operacional da organização.
O mesmo autor refere que o grande desafio atual é saber como pode ser realizada a
convergência entre os processos de negócio e o BI, para desta forma iniciar-se o suporte
adequado para um integrado Corporate Performance Management (CPM) [Melchert et al, 2004].
É importante também referir a confusão existente entre os especialistas da área, sobre o
que chamar a esta nova temática, pois existem diferentes acrónimos. O grupo META (Gartner
group) e o IDC (International Data Corporation) usam o termo Business Performance
Management (BPM), já o grupo Gartner prefere Corporate Performance Management (CPM) e há
ainda outros que preferem o termo Enterprise Performance Management (EPM). Para aumentar
a confusão, o acrónimo BPM também é sinónimo de Business Process Management, termo
também relacionado, mas de diferente disciplina [Eckerson, 2004]. Ao longo deste documento
será usado o termo Corporate Performance Management em detrimento dos outros dois.
Capitulo 1 - Introdução
1.2 Questão de Investigação
No âmbito do problema descrito, verifica-se que as iniciativas de BPM e BI ocorreram
separadamente nas organizações com objetivos e intervenientes distintos. Como resultado, o
alinhamento entre a visão estratégica e operacional de uma organização fica difícil de ser
atingido.
Desta forma, com a realização desta dissertação pretende-se ver respondida à seguinte
questão de investigação, será que é possível efetuar uma iniciativa BI e BPM em conjunto de
forma a se poder obter um Corporate Performance Management?
1.3 Organização do documento
É enunciado em seguida a estrutura dos capítulos do presente documento.
O primeiro capítulo apresenta um breve enquadramento da dissertação, a questão de
investigação a responder e a organização de todo o documento.
O segundo capítulo apresenta o resultado da revisão da literatura efetuada sobre os
principais conceitos afetos ao tema.
O terceiro capítulo enumera os objetivos da dissertação bem como os resultados
esperados.
O quarto capítulo descreve a abordagem metodológica que foi utilizada ao longo desta
investigação.
O quinto capítulo apresenta a descrição de todo o estudo efetuado.
O sexto capítulo apresenta os principais resultados do estudo efetuado.
O sétimo capítulo apresenta as principais conclusões sobre os resultados obtidos.
O oitavo e o último apresenta as conclusões finais sobre a investigação efetuada.
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 3
CAPÍTULO 2 – REVISÃO DA LITERATURA
Corporate Performance Management (CPM) é o principal conceito deste trabalho, que se
relaciona com outros dois importantes conceitos, como o Business Process Management (BPM)
e o Business Intelligence (BI). Ao longo deste capítulo estes três conceitos serão explorados e
também relacionados com outras metodologias, conceitos e tecnologias inseparáveis aos
mesmos.
2.1 Definições Relevantes
Esta secção contém várias definições sobre todos os conceitos relevantes para este
projeto, incluindo a do próprio Corporate Performance Management (CPM). Esta secção é
importante para contextualizar o leitor sobre toda esta temática. Os termos definidos foram
colocados por ordem alfabética.
2.1.1 Business Activity Monitoring
O termo Business Activity Monitoring (BAM) foi primeiramente definido pelo grupo
Gartner como sendo um conceito que consiste no fornecimento de acesso em tempo real aos
indicadores de desempenho críticos do negócio para melhorar a rapidez e a eficácia das
operações de negócio [McCoy et al, 2001].
2.1.2 Business Intelligence
O termo BI foi usado por Luhn [1958] que definiu inteligência como a capacidade para
apreender as inter-relações dos factos apresentados de tal forma a orientar uma ação em
direção a um objetivo desejado. Dresner pertencente ao grupo Gartner, em 1989, inventou e
promoveu uma definição de BI como um termo genérico para descrever conceitos e métodos
para melhorar a tomada de decisão do negócio através de sistemas de apoio baseados em
factos [Power, 2007].
BI pode ser definido, como sendo o processo de transformação de dados em
informação e depois em conhecimento [Golfarelli et al, 2004]. O conhecimento é tipicamente
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 4
obtido através das necessidades dos clientes, decisões dos clientes, processos, competidores,
condições na indústria, e sobre as gerais tendências económicas, tecnológicas e culturais
[Golfarelli et al, 2004].
Para Weber et al [1999], Grothe e Gentsch [2000] o termo BI retrata um processo
analítico que transforma dados internos e externos em informação sobre capacidades, posições
de mercado, atividades e objetivos que uma organização deve seguir de forma a manter-se
competitiva.
De acordo com Turban et al [2005], BI representa uma ampla categoria de aplicações e
tecnologias para recolher, armazenar, analisar e fornecer acesso a dados de modo a ajudar os
utilizadores de uma organização a tomar melhores decisões.
O termo BI também associou-se a outros conceitos associados à parte analítica dos
dados como o Online Analytical processing (OLAP), Querying e Reporting, ou Data Mining, sendo
que este último pode fornecer diferentes métodos para uma flexível análise dos dados do
negócio que são fornecidos através de um ponto central de dados [Chamoni e Gluchowski,
2004].
2.1.3 Business Process
Um processo de negócio é uma coleção de atividades que tomam partida de uma ou mais
entradas e que depois cria uma saída que é de valor para o cliente. [Hammer e Champy’s,
1993].
Para [Johansson et al,1993] um processo de negócio é um conjunto de atividades ligadas
que obtêm uma entrada e transformam-na de modo a criar uma saída. Idealmente esta
transformação que ocorre nos processos deveria adicionar valor à entrada e criar uma saída,
que é mais efetiva e fácil de usar para o recetor, quer a montante ou a jusante.
Um processo de negócio identifica um conjunto relacionado de tarefas lógicas a realizar,
de forma a alcançar os objetivos definidos [Golfarelli et al, 2004].
2.1.4 Business Process Management
BPM refere-se a todas as atividades relacionadas com a gestão e melhoria dos
processos de negócio. [Schmelzer, 2006]
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 5
De acordo com Bloomberg Schmelzer [2006], BPM refere-se a uma tecnologia que pode
facilitar as organizações a ganhar maior visibilidade e controlo no longo prazo, com processos
que se estendem numa ampla gama de sistemas e pessoas em uma ou mais organizações.
BPM é entendido como uma abordagem sistemática, com uma gestão focada no cliente,
no intuito de continuamente, analisar, melhorar e controlar as fundamentais atividades
operacionais de uma organização com a ajuda de equipas multifuncionais e das capacidades
dos seus funcionários [Bucher et al, 2009 apud Bucher e Winter, 2006; Zairi, 1997; Lee e Dale,
1998].
BPM abrange um conjunto de métodos, técnicas, e ferramentas para modelação,
execução e análise dos processos de negócio de uma organização [Weske, 2007].
2.1.5 Corporate Performance Management
CPM pode ser definido como sendo um conjunto de processos que ajudam as
organizações a otimizar o desempenho de negócio encorajando assim a efetividade dos
processos bem como o uso eficiente dos recursos financeiros, humanos e materiais [Golfarelli et
al, 2004].
Para [Eckerson, 2004], CPM é uma série de processos e aplicações desenhadas para
otimizar a execução da estratégia de negócio.
CPM é usado como um agregador de conceitos para metodologias, métricas, processos
e sistemas usados para monitorizar e gerir a performance do negócio numa organização
[Gartner Inc.].
2.1.6 Data Warehouse
Um Data Warehouse (DW) é uma cópia dos dados de transações especificamente
estruturados para consulta e análise [Kimball, 1998].
[Inmon, 2005] define Data Warehouse como uma coleção integrada de registos
informacionais orientados a um tema, não voláteis e variantes no tempo de forma a suportar o
processo de decisões da gestão.
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 6
2.1.7 Service-oriented Architecture
Service-oriented Architecture (SOA) não é uma arquitetura concreta, é algo que pode
levar a chegar a uma arquitetura concreta. Pode-se portanto considerar um estilo, paradigma,
conceito, perspetiva, filosofia, ou uma representação. SOA também, não é considerada uma
ferramenta concreta ou framework que se pode comprar, mas sim uma abordagem, uma
maneira de pensar, que pode chegar a uma arquitetura de software concreta [Josuttis, 2007].
SOA é uma abordagem arquitetónica para alinhar processos e software [OMG, 2007];
[Stutz e Aier, 2007].
2.2 Corporate Performance Management
2.2.1 Abordagem ao CPM
Com a orientação ao processo a ganhar importância, a necessidade de gerir eficazmente
e controlar os processos de negócio torna-se de grande importância, resultando em novas
exigências para o apoio à decisão [Seufert e Schiefer, 2005]. Recolher e reconciliar todos os
dados operacionais relacionados com os processos de negócio, permite a medição do
desempenho dos processos e ajuda a identificar oportunidades para a melhoria dos mesmos
[Seufert e Schiefer, 2005]. Como as decisões de gestão exigem a integração de informação
relevante para a decisão, os dados operacionais de diferentes aplicações têm de ser recolhidos,
integrados e preparados para análise. Isto é essencialmente alcançado, pela utilização das
tradicionais ferramentas DW e BI [Seufert e Schiefer, 2005 apud Williams e Williams, 2003].
Deste modo, Melchert et al [2004] identificou três tendências tecnológicas de suporte que
podem convergir com o BI, o Business Process Modeling e o EAI, de maneira a promover uma
solução CPM, tais como o Business Process Automation (BPA), Real-time Analytics e o Process
Performance Management (PPM) como pode ser visualizado na ilustração 1.
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 7
Ilustração 1 - Convergência de Tecnologias suporte para um CPM Integrado [Melchert et al,
2004]
Antes de mais, é importante referir que uma estrutura organizacional é uma hierarquia
de divisões, que visa definir as suas tarefas e responsabilidades, e é normalmente organizada
em três níveis diferentes [Golfarelli et al, 2004]:
Nível estratégico é onde se decide a estratégia global da organização;
Nível Tático é normalmente composto por várias divisões, cada uma controlando uma
série de atividades;
Nível Operacional é onde são realizadas as principais atividades da organização;
Dito isto, o conceito CPM como um todo é ilustrado na figura 2.
Assim, a parte de cima da pirâmide representa o nível estratégico da organização. Neste
nível os gestores da organização definem a estratégia de negócio, a missão, a visão e os
objetivos de negócio. A estratégia de negócio é sem dúvida nenhuma mais do que simples
conjuntos de objetivos. No entanto, a tentativa de partilha da estratégia organizacional aos seus
funcionários tem falhado muitas vezes nos últimos anos, sendo muitas vezes mal interpretada ou
simplesmente não transmitida [Golfarelli et al, 2004].
A estratégia define como os objetivos de negócio devem ser alcançados, por sua vez os
Critical Success Factors (CSF’s) definem os pré-requisitos para atingir estes mesmos objetivos.
Os KPI’s por sua vez definem como os objetivos devem ser medidos.
A ponte entre o nível estratégico e o nível operacional da organização é feito através dos
KPI’s. Neste nível, os KPI’s são apresentados por scorecards ou dashboards através de um
portal front-end web ou através de outra interface similar [Aho, 2010].
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 8
Ilustração 2 - A pirâmide CPM [Rokoel et al, 2009]
A parte de baixo da pirâmide (nível operacional) é a parte que abrange o BI. Esta parte
pode ser dividida em duas partes, front-end e o back-end BI, contendo respetivamente as
camadas de reporting e analysis e DW [Aho, 2010].
Resumindo, o CPM como conceito representa a implementação estratégica das soluções
de BI, deste modo o BI fornece a espinha dorsal para o mesmo e por outro lado o CPM
implementa o poder do BI, sendo os dois inseparáveis [Aho, 2010].
Dito isto, O CPM compreende 4 características principais [Melchert et al, 2004]:
Orientação ao Processo: O CPM é baseado na visão da organização orientada aos
processos de negócio;
Orientação aos objetivos e métricas: Claros objetivos de negócio têm de ser
derivados da estratégia e transformados em métricas, ambos para medir o
desempenho dos processos de negócio;
Suporte Metodológico: CPM entrega os processos e a infraestrutura tecnológica
necessária que pode ser utilizada para uma implementação mais apropriada para
cada tipo de organização;
Suporte das TI: CPM é suportado por um leque de ferramentas de software para
integração e análise para uma organização orientada aos processos;
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 9
De um ponto de vista tecnológico, o CPM representa um avanço do conceito de BI melhora-o
em duas direções [Melchert et al, 2004]:
CPM foi concebido para dar suporte às organizações orientadas a processos do que o
BI;
CPM ambiciona fornecer um suporte em ciclo-fechado que interliga a formulação
estratégica, desenho dos processos e sua execução com o BI;
A abordagem em ciclo-fechado é fulcral para a interligação entre o nível estratégico e o
operacional, como demonstra a ilustração 3.
Ilustração 3 - O ciclo-fechado na Abordagem CPM [Golfarelli et al, 2004]
Deste modo, o CPM como conceito é visto como uma oportunidade para alinhar as
operações com a estratégia organizacional sendo avaliado o seu progresso ao longo do tempo,
de acordo com os objetivos a alcançar [Frolick e Ariyachandra, 2006].
2.2.2 CPM Framework
A framework CPM é composta por quatro processos principais como mostra a ilustração
4. Estas quatro etapas são a base para a conceção, implementação e gestão do CPM [BPM
StandardsGroup, 2004]:
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 10
1. Criar Estratégia;
2. Planear;
3. Monitorizar e analisar;
4. Tomar ações corretivas;
Ilustração 4 - A framework CPM [Eckerson, 2004]
Portanto, as duas primeiras etapas representam a formulação da estratégia de negócio,
e as duas últimas etapas definem como modificar e executar a estratégia. Estes quatro principais
processos formam o chamado ciclo-fechado, que começa na captação da estratégia de negócio,
e que depois é estrategicamente traduzido em operações de negócio [Frolick e Ariyachandra,
2006]; [Eckerson, 2004].
Criar Estratégia
Nesta primeira etapa é onde se identifica o que a organização pretende alcançar. Esta
etapa resume-se, essencialmente, em cursos e reuniões com todos os funcionários da
organização para identificar a missão, a estratégia de negócio, identificação dos KPI’s
necessários para atingir a estratégia, e para gerar métricas para a medição do desempenho do
negócio ao longo do tempo [Frolick e Ariyachandra, 2006]; [Eckerson, 2004].
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 11
Planear
Na segunda etapa, é desenvolvido um programa de ação sobre a forma de como realizar
a estratégia definida anteriormente. Este passo permite que os gestores de diferentes unidades
funcionais da organização definam objetivos, projetos de desenho e desenvolvam orçamentos
para suportar a estratégia definida [Frolick e Ariyachandra, 2006].
Monitorizar e analisar
Nesta terceira etapa, é facilitada a constante monitorização dos resultados do
desempenho, confrontando-os com as métricas de referência (benchmarks) [Frolick e
Ariyachandra, 2006]. Deste modo, é fornecido a todos os níveis da organização uma
combinação de relatórios operacionais e estratégicos e também de estatísticas, para que seja
possível avaliar individualmente o desempenho de cada unidade de negócio [Frolick e
Ariyachandra, 2006]; [Eckerson, 2004]. Caso o desempenho for abaixo das expectativas, os
gestores podem tomar medidas ou alocar recursos adicionais para melhora-lo [Eckerson, 2004].
Os melhores sistemas CPM monitorizam proactivamente o desempenho, ou seja, em vez
de exigir aos utilizadores que olhem constantemente para os dashboards ou scorecards para
verem o que se se está a passar com o negócio, estes sistemas notificam ou alertam todos os
utilizadores relevantes quando algo está a ocorrer de errado [Eckerson, 2004].
Tomar ações corretivas
A última etapa consiste na oportuna tomada de ações adequadas para corrigir as
mudanças no desempenho do negócio descobertas durante a etapa anterior. As ferramentas de
BI desempenham um papel chave nesta fase, além de alertarem os utilizadores sobre potenciais
problemas, também fornecem aos utilizadores orientações e sugestões sobre como lidar com
situações problemáticas que possam surgir [Frolick e Ariyachandra, 2006]; [Eckerson, 2004].
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 12
2.2.2.1 Benefícios do CPM
As soluções de CPM preenchem a lacuna existente entre a estratégia e execução de
várias maneiras [Eckerson, 2004]:
Melhoram a comunicação: CPM oferece aos executivos um mecanismo eficaz
para comunicar a estratégia aos gestores e funcionários de todos os níveis
hierárquicos da organização através de modelos de planeamento e métricas de
desempenho vinculadas a metas e objetivos corporativos;
Melhoram a Colaboração: CPM também promove um intercâmbio bilateral de
ideias e informação, tanto verticalmente entre os níveis hierárquicos da organização
e horizontalmente entre departamentos e grupos que gerem uma atividade
partilhada;
Melhoram o controlo: CPM permite às equipas ajustar continuamente os planos
e corrigir ou melhorar as operações em tempo útil, fornecendo-lhes informação
atualizada sobre as condições do mercado e do estado dos processos operacionais;
Melhoram a coordenação: CPM melhora a coordenação entre as unidades de
negócio e grupos funcionais que de outra forma poderiam atuar de forma
independente;
Desta forma, quando corretamente implementados os benefícios do CPM são profusos e
difusos [Eckerson, 2004].
2.2.2.2 Barreiras ao CPM
As questões organizacionais, em particular, constituem os maiores perigos para
qualquer iniciativa de CPM [Hartlen, 2004]. A primeira barreira é a perceção por parte das
organizações de que as implementações de CPM são de base tecnológica. Conforme descrito na
framework CPM, um dos objetivos fundamentais é ligar a estratégia de negócio aos processos
organizacionais. Embora a tecnologia suporta o CPM, os processos de negócio devidamente
alinhados dirigem este processo [Frolick e Ariyachandra, 2006].
O segundo desafio é descontar o impacto da resistência organizacional. O CPM pode
mudar a poderosa estrutura existente na organização ao introduzir novos ou modificados
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 13
processos e sistemas, o que faz com que a informação seja mais transparente [Frolick e
Ariyachandra, 2006].
Em suma, o CPM é o elo de ligação entre estratégia e execução. A framework através
destas quatro etapas mobiliza todos os funcionários da organização na direção certa. Esta
framework permite à organização focar-se apenas nos processos principais que trazem
realmente valor para o negócio. Como resultado, a organização pode desprezar muitos
processos que meramente geram desnecessária atividade e que não contribuem para a “boa
saúde” e longa vida da organização [Frolick e Ariyachandra, 2006].
2.2.3 Arquitetura CPM
A ilustração 4 representa a proposta de Golfarelli et al [2004] sobre uma possível
arquitetura tecnológica para uma solução de CPM.
Ilustração 4 - Arquitetura completa para o CPM [Golfarelli et al, 2004]
Assim do lado esquerdo da ilustração acima é mostrada a clássica arquitetura do DW,
Bucher et al [2009] diz que na grande maioria dos casos, a informação analítica que é
necessária para suportar as decisões da gestão é extraída a partir do DW. Dito isto, toda esta
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 14
etapa começa no processo de “Extract, Transformation e Loading” (ETL), que tem como função
em primeiro lugar a extração de dados das fontes operacionais, depois em segundo lugar limpar,
transformar e integrar os mesmos num Operational Data Store (ODS), acabando finalmente
carregados no DW. Estes mesmos dados vão ser acedidos posteriormente por ferramentas do
tipo Online Analytical Processing (OLAP) e de reports [Golfarelli et al 2004]. Já do lado direito da
ilustração está representada uma possível arquitetura para o BAM, que é mais adequada para
monitorar processos operacionais críticos no tempo [Golfarelli et al 2004].
Para Golfarelli et al [2004] os componentes principais constituintes de uma solução BAM
são:
Right-Time Integrator (RTI): Esta componente integra dados em right-time
provenientes de bases de dados operacionais, DW, sistemas EAI e real-time data
streams;
Dynamic Data Store (DDS): é um repositório capaz de armazenar dados de
curta duração para recuperação rápida, de forma a suportar regras de inferência e
mineração de dados;
KPI Manager: é o que processa todos os indicadores necessários para preencher
os dashbords e reports necessários nos diferentes níveis da hierarquia;
Mining tools: estas ferramentas são capazes de extrair padrões relevantes do
Dynamic data stream;
Rule engine: este módulo monitoriza constantemente os eventos filtrados pelo RTI
que são detetados pelas mining tools, para entregar em tempo adequado os alertas
para os utilizadores;
Assim, o DW/BI e o BAM juntos implementam o chamado ciclo-fechado em que o CPM
é baseado [Golfarelli et al, 2004]:
Através do uso de ferramentas OLAP e de reports, a gestão de topo de uma
organização pode analisar as tendências do negócio a médio e longo prazo,
permitindo assim quantificar e efetivar a estratégia perseguida num espaço de
tempo reduzido, utilizando KPI’s e dashborads;
Os decisores do nível tático e operacional, por sua vez, usam outros KPI’s e
dashboards para rapidamente tomarem as melhores decisões de acordo com a
estratégia da organização;
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 15
Golfarelli et al [2004] sublinha que o BAM enfatiza a necessidade de redução do data
latency fornecendo uma ferramenta capaz de em right-time filtrar, limpar, transformar e integrar
dados relevantes provenientes de diferentes fontes de dados.
O mesmo autor também afirma que a construção do RTI para uma integração em tempo
real é um desafio interessante relacionado com o BAM. De acordo com o atual estado da
tecnologia, os candidatos mais promissores para este fim parecem ser os chamados sistemas
de EAI, que são capazes de fazer com que diferentes aplicações comuniquem umas com as
outras em tempo real, sobre um comum message bus, através de um mecanismo de
publicação/assinatura [Golfarelli et al, 2004].
Como se poderia esperar, os pontos fulcrais que emergem sobre o processo de desenho
de uma solução CPM diferem dos resultantes de uma arquitetura clássica do DW/BI [Golfarelli et
al, 2004]:
O significado exato de right-time depende muito do domínio específico para o
negócio. Se qualquer tipo de informação não poderá ser entregue em right-time
será inútil no contexto do CPM;
Uma arquitetura leve, baseada em KPI’s e regras de negócio é o mais desejável;
Os processos de negócio assumem um papel preponderante no CPM, ao contrário
no que acontece no DW/BI, onde estas soluções estão mais preocupadas com
integração de diferentes fontes de dados. Assim o desenho de um sistema CPM
exige a compreensão dos processos de negócio e suas relações, de forma a
descobrir indicadores e regras de negócio relevantes mas também para assegurar
uma efetiva e confiável entrega da informação;
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 16
2.2.4 CPM Versus BI
Embora muitas vezes os termos BI e CPM sejam confundidos como sinónimos, CPM é
distintamente diferente do BI. O BI representa assim a solução tecnológica que permite à
organização consolidar e alavancar as enormes quantidades de dados que dispõe, para melhorar
a tomada de decisão [Frolick e Ariyachandra, 2006 apud Clayton, 2005].
Considerando que o BI fornece a infraestrutura tecnológica e aplicações necessárias
para implementar o CPM, este último inclui o processo de negócio que utiliza o BI [Frolick e
Ariyachandra, 2006 apud Miranda, 2004].
A maioria das implementações de BI tem um âmbito restritamente limitado a um ou
mais departamentos ou áreas funcionais [Frolick e Ariyachandra, 2006 apud Kelly, 2005]. Deste
modo, o CPM tem um âmbito muito mais amplo, pois está focado na organização como um todo
[Frolick e Ariyachandra, 2006]. White [2005] diz que atualmente, o grande crescimento na
infraestrutura operacional e analítica do BI é o espaço pertencente ao CPM.
A ilustração 5 demonstra as maiores diferenças entre a abordagem tradicional do BI em
comparação com a nova abordagem do BI direcionado para o CPM.
Ilustração 5 - BI Tradicional versus BI para o CPM adaptado de, [Eckerson, 2004]
Para Golfarelli et al [2004] as principais características que diferenciam o CPM do BI
clássico baseado no DW são:
Utilizadores: Os utilizadores dos sistemas CPM tomam decisões no nível tático e
operacional da organização. Como é sabido, estes utilizadores têm visão limitada da
estratégia da organização, e só lidam com um subconjunto de indicadores
específicos para as funções que desempenham;
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 17
Tempo de entrega: As decisões devem ser tomadas o mais rapidamente possível
nos níveis inferiores do que em comparação com o nível estratégico, mas a rapidez
com que a informação chega é crucial. Supostamente os sistemas CPM estão aptos
para trabalhar tempo real, no entanto, podem também trabalhar em right-time
(tempo certo), significa assim que a informação deve ser a mais atualizada possível,
para poder ser utilizada para uma tomada de decisão efetiva;
Detalhe da informação e tempo de vida: A informação que circula nos
sistemas CPM normalmente é mais detalhada do que nos sistemas DW/BI. O
tempo de vida requerida pelos sistemas CPM é limitado, já que os utilizadores
precisam da informação unicamente para verificar o estado atual das suas tarefas;
Interface do utilizador: Os utilizadores CPM dos níveis táticos e operacionais,
certamente não terão tempo para utilizar ferramentas Online Analytical Processing
(OLAP), sendo portanto mais útil o acesso à informação através de dashboards e
reports para uma melhor visualização dos indicadores de negócio relevantes. Esta
informação pode chegar também através de alertas automáticos sobre
determinadas regras de negócio;
Como se torna evidente o DW cobre apenas parcialmente os requisitos do CPM.
Assim o DW é utilizado pela gestão de topo para compreender o estado da
organização e para a definição da sua estratégia, por outro lado, as novas técnicas
devem ser utilizadas pelos decisores dos níveis tácitos e operacionais, de forma a
absorverem melhor a estratégia organizacional com o intuito de tomarem as
melhores decisões nas suas tarefas;
Em suma, apesar de o BI oferecer as ferramentas necessárias para melhorar a tomada
de decisão dentro das organizações, no entanto não fornece os meios sistemáticos de
planeamento, monitorização, controlo e gestão da implementação dos objetivos estratégicos que
por sua vez estão no lado do CPM, que fornece assim o meio para combinar a estratégia de
negócio e estrutura tecnológica, com a pretensão de dirigir toda a organização no sentido de
alcançar os objetivos organizacionais comuns [Frolick e Ariyachandra, 2006].
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 18
2.3 Outros conceitos associados ao CPM
2.3.1 Performance Management
Performance Management (PM) pode ser definida simplesmente como a transição de
planos em resultados - execução e tem como principal objetivo o controlo do desempenho da
organização [Melchert et al, 2004]. De uma pura perspetiva de gestão, o PM consiste em 4
atividades principais [Melchert et al, 2004 apud Spangenberg, 1994], performance plannning,
taking action to control performance, performance management e performance rewarding. Como
outras teorias de gestão, o PM só pode ser bem-sucedido, se o plano estratégico estiver ligado
com o nível operacional [Melchert et al, 2004].
2.3.2 Process Performance Management
Com a crescente importância da orientação aos processos nas organizações, a
necessidade de controlar efetivamente todos os processos de negócio aumentou. Surgiu então o
Process Performance Management (PPM), que tem como objetivo principal medir o desempenho
dos processos de negócio e identificar as oportunidades de melhoria dos mesmos [Melchert et
al, 2004].
A ideia principal do PPM é controlar a execução dos processos de negócio através da
comparação de modelos de processo (to-be models) com os dados reunidos durante a execução
do processo (as-is models), com o intuito de identificar potenciais melhorias na execução dos
processos de negócio e para recomendar as modificações adequadas aos processos [Melchert et
al, 2004].
2.3.3 Performance Measurement
A medição de desempenho fornece um meio para avaliar o progresso de uma
organização na realização de seus objetivos [Frolick e Ariyachandra, 2006]. Deste modo, uma
organização pode avaliar quão bem estão as suas operações alinhadas com a estratégia de
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 19
negócio. Como resultado, este processo desempenha um papel crucial na tradução da estratégia
de negócio em resultados [Frolick e Ariyachandra, 2006].
Uma das melhores abordagens para identificar as métricas apropriadas é através do uso
da conhecida metodologia do Balanced Scorecard. Esta abordagem fornece uma framework
abrangente que traduz os objetivos estratégicos da organização num conjunto coerente de
medidas de desempenho [Frolick e Ariyachandra, 2006]. Kaplan e Norton [1992] expandiram a
visão existente sobre métricas de desempenho, que eram até então, principalmente financeiras,
em quatro perspetivas principais: (1) financeira (2), negócios internos, (3) clientes, e (4) a
inovação e aprendizagem [Frolick e Ariyachandra, 2006].
O mapeamento estratégico é também uma poderosa extensão da framework do
Balanced Scorecard, ajudando efetivamente as organizações a visualizar os objetivos
corporativos dentro das quatro perspetivas. Este processo cria mapas que definem como os
objetivos estratégicos se interagem para produzir os resultados pretendidos [Frolick e
Ariyachandra, 2006].
O mapeamento estratégico define e comunica de como a estratégia deve ser
desenvolvida e implementada dentro de uma organização. Descreve portanto como conectar os
objetivos estratégicos com as iniciativas operacionais [Frolick e Ariyachandra, 2006 apud Kaplan
e Norton, 2000].
Como resultado, é fornecida uma visão clara de como as atividades das unidades
individuais estão ligadas aos objetivos globais da organização. Assim, as métricas derivadas
através desta metodologia representam os Key Performance Indicators que estão vinculados aos
objetivos estratégicos [Frolick e Ariyachandra, 2006].
2.3.3.1 Key Performance Indicators
De acordo com Kaplan [2009] a medição do desempenho organizacional é feita através
do uso dos designados Key Performance Indicators (KPI’s), que são utilizados para quantificar os
objetivos de gestão. Estes indicadores refletem basicamente a forma como as organizações
estão a fazer, no que diz respeito a aspetos específicos do seu desempenho.
Um KPI é uma representação de um Critical Sucess Factor (CSF), que consiste numa
atividade fundamental para alcançar um determinado objetivo estratégico [Cokins, 2009].
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 20
Os KPI’s incentivam as organizações a olhar para além das tradicionais métricas
financeiras [Aho, 2010] e representam uma base essencial para as decisões de negócio que
estão a ser tomadas em contexto da execução de processos. Assim, os processos operacionais
fornecem o contexto para a análise de dados, interpretação da informação, por forma a serem
tomadas as decisões mais apropriadas [Bucher et al, 2009].
Um dos maiores desafios para que uma implementação de CPM seja bem- sucedida,
passa pela seleção das métricas adequadas para servirem como indicadores de desempenho ou
seja, definir os KPI’s [Frolick e Ariyachandra, 2006]; [Eckerson, 2004] e que o uso oportuno e
acionável dos mesmos torna-se essencial para o CPM [Frolick e Ariyachandra 2006].
2.3.4 Real-time analytics e BAM
A principal fraqueza das soluções de BI é que normalmente não trabalham com dados
em tempo real, e o seu principal fornecedor de dados, o DW, é só atualizado periodicamente
[Melchert et al, 2004 apud Bruckner et al, 2002]. Por esta razão o BI tem de ser melhorado no
sentido de um ciclo-fechado em tempo real [Seufert e Schiefer, 2005].
De acordo com Martin [2003], o processo de tomada de decisão em tempo real tornou-
se mais importante ao longo dos últimos tempos dentro das organizações, também os
vendedores de soluções BI tendem progressivamente a incorporar nas suas soluções,
mecanismos para integração dos dados em tempo real e de análise em tempo real. Martin
[2003] refere ainda que, estes fatores juntos levaram à convergência entre as soluções EAI e BI
de forma a poderem fornecer as chamadas funcionalidades “real-time analytics”.
Real-time analytics ambiciona reduzir o período de tempo entre a ocorrência de um
evento que requer uma apropriada ação por parte organização e o tempo de ação necessário até
finalmente ser realizada a ação [Melchert et al, 2004].
O tempo de ação (action time) compreende três componentes principais, como também
pode ser visualizado na ilustração 6:
Data latency é o tempo desde a ocorrência de um evento até que os dados são
armazenados e prontos para análise;
Analysis latency significa o intervalo de tempo em que os dados estão disponíveis para
análise e a informação é gerada;
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 21
Decision latency é o tempo que leva desde a entrega da informação até ser realizada
uma apropriada ação. Este tipo de latência depende principalmente do tempo que o decisor
necessita para decidir e implementar as decisões;
Ilustração 6 - Valor da redução do tempo de ação (action time) [Hackathorn, 2002]
De forma a reduzir o tempo de ação a latência tem de ser reduzida nestas três
componentes [Melchert et al, 2004].
No que diz respeito à área da Decision Latency novos avanços têm sido lançados no
sentido de ajudar o decisor a tomar as melhores decisões com a ajuda da tecnologia, sobretudo
avanços na área do BAM, onde se tenta melhorar a situação da automatização de certos
processos de decisão com a ajuda dos designados rule-based decision engines baseados na
análise em tempo real dos dados vindos da plataforma EAI, o decision engine verifica as regras
de negócio predefinidas e notifica as pessoas responsáveis ou outras ferramentas para conduzir
as ações necessárias [White, 2002].
Os principais passos para a implementação de um sistema BAM segundo [Kang e Han,
2008 apud Broda et al, 2006] consistem na definição da visão, determinação do modelo de
dados, construção dos fluxos de dados em tempo real, e a implantação de dashboards. Por
outro lado, os fatores críticos de sucesso são o desempenho, o acesso a dados heterogêneos e
usabilidade.
Em suma, o BAM é o elemento chave para que seja possível uma solução CPM em
tempo real alinhada com a estratégia de negócio.
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 22
2.3.5 Service-oriented Architecture/Enterprise Application Integration
Normalmente a arquitetura de um SI compreende um vasto número de aplicações
heterogéneas. A melhor forma para ultrapassar os problemas de integração entre diferentes
aplicações, resulta com a implementação de uma camada de middleware EAI, fornecendo-se
assim uma interface dedicada comum para a integração de toda a estrutura tecnológica
[Melchert et al, 2004 apud Johannesson e Perjous, 2001].
O EAI fornece uma solução popular para a integração de diferentes aplicações em tempo
real ou perto disso, sendo capaz e sem quaisquer problemas publicar qualquer tipo de
atualização de dados acessíveis por cada aplicação subscrita [Melchert et al, 2004 apud
Johannesson e Perjous, 2001].
Para permitir maior automatização na integração entre as aplicações, são fornecidos
serviços que podem servir de ponte para conectar mais facilmente módulos de software
independentes, através de interfaces padrão bem definidas [Melchert et al, 2004]. Esta
abordagem geralmente é chamada como Service-oriented Arquitecture (SOA) [Melchert et al,
2004 apud Natis e Schulte, 2003]. Normas como o Business Process Execution Language
(BPEL) para Web Services (BPEL4WS) [OASIS, 2003] podem servir de base para a verdadeira
integração de aplicações orientadas aos processos [Melchert et al, 2004].
Um Web Service pode ser definido como um sistema de software desenhado para
suportar uma interoperável interação máquina-a-máquina numa rede de computadores [Bucher
et al, 2009]. Um Web Service tem definido uma interface num formato máquina-processável que
normalmente é o Web Services Description Languages (WSDL). Quando outros sistemas
interagem com Web Services de uma maneira prescrita, estes usam mensagens Simple Object
Access Protocol (SOAP), que normalmente são transmitidas através do protocolo Hipertext
Transfer Protocol (HTTP) com uma serialização Extensible Markup Language (XML) em conjunto
com outros padrões WEB relacionados [Bucher et al, 2009 apud Booth et al, 2004].
2.3.6 Business Process Automation
De acordo com Melchert et al [2004] a crescente importância da orientação aos
processos de negócio nas organizações foi fomentada pelo uso de ferramentas de modelação de
processos durante os últimos anos. As organizações procuravam dar um suporte adequado aos
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 23
processos de negócio, para evitar discrepâncias entre documentação e a execução dos seus
processos. Formatos padrões como o Business Process Modeling Language (BPML) foram sendo
utilizados para facilitar a transferência da informação dos modelos dos processos e workflows
para ferramentas de software [Melchert et al, 2004].
Enquanto, que o EAI normalmente refere-se à integração a nível tecnológico, a
integração também necessita de ocorrer ao nível dos processos. Deste modo o alinhamento do
nível tecnológico com os processos resultou no chamado Business Process Automation (BPA).
Resultando assim num conjunto de serviços providenciados através de interfaces padrão
acessíveis através da camada de EAI, para acesso aos processos de negócio [Melchert et al,
2004].
2.3.7 Outras abordagens sobre um BI Melhorado
Bucher et al [2009] define Process-centric Business Intelligence, como todas as
capacidades do BI que são dedicadas à análise, bem como à transformação de dados relevantes
para o negócio, em informação analítica e que ao mesmo tempo, seja incorporada num
processo de negócio operacional.
Esta metodologia é portanto, utilizada para apoiar a tomada de decisão operacional no
contexto da execução do processo. Para atender a esta finalidade, dados e informação devem
ser fornecidos em tempo real ou, se não for o caso, pelo menos, perto disso [Bucher et al,
2009].
Real-time Business Intelligence de acordo com Azvine et al [2006] pode assumir
diferentes significados, principalmente dependendo da perceção do que representa realmente o
tempo real para um negócio. Dito isto, tempo real pode significar [Azvine et al, 2006]:
A exigência de obter latência zero, dentro de um processo;
Que um processo tenha acesso a informação sempre que é necessário;
Que um processo forneça informação sempre que seja requerida pela
administração;
A capacidade de obter KPI’s que se relacionam com a situação a decorrer no
momento e não apenas a uma situação histórica;
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 24
Com base nestas descrições, Real-time Business Intelligence (RTBI) fornece as mesmas
funcionalidades como as tradicionais ferramentas BI como pode ser visto na ilustração 7, mas
adicionalmente pode ser operado com dados extraídos oriundos de fontes de dados operacionais
com latência zero, proporcionando assim meios para propagar ações para os processos de
negócio em tempo real. Especificamente, o RTBI pode compreender [Azvine et al, 2006]:
Entrega de informação em tempo real;
Modelação de dados em tempo real;
Análise de dados em tempo real;
Ilustração 7 - As três camadas de uma ferramenta de BI [Azvine et al, 2006]
2.4 Notas Finais
Em geral, BI é um subconjunto do CPM, sendo que este último traz consigo novas áreas
e conceitos onde o tradicional BI é insuficiente. Ambos são necessários: o BI é mais adequado
para a transformação de dados em informação, enquanto o CPM fornece meios para a
combinação da estratégia de negócio e a infraestrutura tecnológica para unir toda a organização
no sentido de alcançar os objetivos organizacionais comuns [Cokins, 2009].
A combinação de diferentes facilidades de suporte das TI, como a modelação de
processos de negócio, o EAI e o BI, pode tornar possível dinamicamente, refletir mudanças ao
nível dos processos de negócio e no próprio SI. Esta combinação pode levar à convergência e
integração de diferentes estratégias, estruturas organizacionais, processos de negócio e do
próprio SI com o intuito de fazerem um suporte adequado ao CPM [Melchert et al, 2004].
Capitulo 2 – Revisão da Literatura 25
De um modo geral, a revisão da literatura apresentada nesta secção, demonstra o
estado atual da investigação sobre o CPM. Todos os autores concordam que é estrategicamente
importante alinhar o BI com os processos de negócio podem assim trazer benefícios para as
organizações. Todos os autores concordam que as capacidades das soluções atuais de BI são
insuficientes, para responder efetivamente a um integrado CPM. Para isso, conceitos como o
real-time analytics, BAM e SOA/EAI podem ser os elementos chave para que uma solução BI
possa suportar o funcionamento com dados em tempo real. Desta forma, os gestores de todos
os níveis podem ter acesso a informação sobre os processos de negócio com mais rapidez e
precisão, com o intuito de tomarem melhores decisões no tempo certo.
Capitulo 3 – Objetivos da Dissertação e Resultados Esperados 27
CAPÍTULO 3 - OBJETIVOS DA DISSERTAÇÃO E RESULTADOS ESPERADOS
De acordo com a questão de investigação proposta anteriormente (ver secção 1.2), e
com a revisão da bibliografia apresentada, serão enunciados de seguida um conjunto de
objetivos/resultados esperados em que a dissertação se focará:
Realização de um artefacto tecnológico que pretende representar uma solução
baseada nas características do CPM;
Espera-se que o artefacto tecnológico seja capaz:
De demonstrar a capacidade de alinhar a informação do nível estratégico (Objetivos
e KPI’s) com a do nível operacional (processos), para promover um integrado CPM;
Integrar uma ferramenta de BI com um Business Process Management Suite
(BPMS), onde toda a informação sobre a execução dos processos (já previamente
definidos) seja enviada para um DW, no intuito de ser posteriormente analisada
através de uma perspetiva histórica e preditiva, através de funcionalidades BI;
Incorporar os conceitos de BAM e real-time analytics no artefacto, para que o
artefacto consiga trabalhar com dados em tempo real;
Disponibilizar informação adequada sobre o estado geral do negócio, no sentido de
suportar uma tomada de decisão em tempo útil;
Capítulo 4 – Abordagem Metodológica 29
CAPÍTULO 4 – ABORDAGEM METODOLÓGICA
4.1 Definição de experiência laboratorial
Geralmente as experiências laboratoriais envolvem o tomar de ações e a observação das
consequências dessas mesmas ações. Numa experiência laboratorial, o investigador controla as
variáveis independentes e mede os efeitos dessas variáveis independentes nas variáveis dependentes
[Siau e Rossi, 2011].
4.2 Vantagens e Desvantagens
As vantagens genéricas do desenvolvimento de experiências laboratoriais residem no
fato, de serem elas as possuidoras do grande poder de controlar a intervenção e a confusão das
variáveis em estudo [Siau e Rossi 2011].
Quanto às desvantagens da utilização das experiências, prendem-se sobretudo com a
artificialidade da própria experiência, o que pode ser considerada pela comunidade científica como
não representativa da realidade organizacional. [Siau e Rossi, 2011].
4.3 Explicação da escolha
A razão pela qual foi escolhida esta metodologia, deveu-se ao facto do autor poder
manipular todas as variáveis independentes (ex.: indicadores de desempenho, processos de
negócio, etc.) para o estudo pretendido, controlando assim as dependentes mais livremente,
tornando assim de simples resolução o caso de estudo. E por falar em simplicidade, Siau e Rossi
[2011] consideram este tipo de experiências por vezes simples de mais. Outro fator a apontar, é
o facto do desenvolvimento deste estudo estar associado ao âmbito académico, podendo assim
existir limitações de várias naturezas. A que mais influenciou foi a ausência prolongada do autor,
do país durante o período de realização do estudo, impossibilitando o mesmo, de conduzir este
estudo numa organização. No entanto, o desenvolvimento de uma experiência em laboratório
revelou-se adequada.
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 31
CAPÍTULO 5 – DESCRIÇÃO DO ESTUDO
Nesta secção será feita a descrição do caso de estudo efetuado nesta dissertação. Este
caso de estudo foi baseado na elaboração de uma experiência laboratorial, que pretendeu
demonstrar a aplicabilidade de uma arquitetura baseada no CPM. Esta experiência laboratorial
seguiu um planeamento, que consistiu na elaboração de sete etapas fundamentais. Deste modo,
as secções seguintes deste capítulo correspondem à descrição mais pormenorizada de cada
uma delas.
A secção 5.1 corresponde ao enquadramento da experiência laboratorial realizada. Na
secção 5.2 é apresentada a estratégia de negócio identificada para a organização. Na secção 5.3
é apresentada a modelação do processo de negócio identificado. Na secção 5.4 é apresentada a
descrição da execução do processo de negócio. Na secção 5.5 é apresentado o modelo
multidimensional criado. Na secção 5.6 é apresentado o processo de carregamento do modelo
multidimensional, que corresponde ao processo de ETL. A secção 5.7 corresponde à
interpretação do modelo multidimensional criado, através do uso de cubos OLAP. A última
secção deste capítulo apresenta o processo de criação dos dashboards que foram utilizados para
análise de negócio.
Este estudo recorreu ao uso de uma ferramenta de Business Process Management Suite
(BPMS) para a modelação do processo de negócio e sua execução e também de ferramentas de
BI que foram utilizadas para a recolha e análise de indicadores de negócio, gerados pelo
processo de negócio executado. Todo este processo foi baseado segundo a revisão da literatura
efetuada.
5.1 Descrição da experiência laboratorial efetuada
Partindo de um dos objetivos da dissertação, que consistia na realização de um artefacto
tecnológico que pretendesse representar uma solução baseada nas características do CPM, a
questão que se colocou foi, por onde começar? Pela abordagem de BI? Pela de BPM? Pelas duas
ao mesmo tempo? Segundo a revisão bibliográfica efetuada, não foi encontrada nenhuma regra,
que explicitamente indica-se de que qual era a melhor forma de se fazer esta abordagem inicial
ao CPM, no intuito de se chegar a uma arquitetura concreta.
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 32
No entanto, como o âmbito deste estudo ficou associado a uma experiência laboratorial,
foi possível ter uma maior liberdade na escolha do planeamento das atividades que mais se
ajustavam para se alcançar a solução de CPM pretendida.
Assim, a arquitetura de etapas encontrada para o planeamento da realização deste
estudo está demonstrada na ilustração 8. Este planeamento consistiu num conjunto de sete
etapas base, sendo elas:
1. Identificação da Estratégia de Negócio;
2. Modelação do Processo de Negócio;
3. Execução do Processo de Negócio;
4. Modelação Multidimensional;
5. Carregamento do Modelo (Processo ETL);
6. Interpretação do Modelo (Cubos OLAP);
7. Criação de dashboards;
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 33
Ilustração 8 - Visão geral do planeamento seguida durante o caso de estudo
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 34
Após apresentado o planeamento, nas seguintes secções vão ser discutidas com maior
detalhe cada uma das etapas propostas.
5.2 Identificação da Estratégia de Negócio
A primeira etapa do planeamento seguido foi sem dúvida importante, pois influenciou
diretamente todas as etapas seguintes. A identificação da estratégica de negócio foi baseada na
revisão de literatura efetuada, nomeadamente a partir da pirâmide CPM (ver ilustração 2 -
secção 2.2.1) e também da primeira etapa da Framework CPM (ver ilustração 2 – secção 2.2.2).
No nível estratégico da organização é onde se define toda a estratégia de negócio, como
a missão e visão, e os objetivos de negócio e os KPI’s estratégicos. E foi precisamente a partir
desta formulação estratégica, que o caso de estudo começou.
Antes de tudo, procedeu-se em primeiro lugar à escolha da sector de negócio a estudar,
sendo que a escolha recaiu para a indústria das cutelarias, devido ao facto, da mesma já ter sido
estudada em anos anteriores do curso. De referir também, que não foi escolhida nenhuma
organização real para a identificação de toda esta informação, assim, todo este processo ficou
associado a uma empresa fictícia que atua no sector da indústria de cutelarias, nomeadamente
especializada nas áreas de produção e comercialização.
Escolhido o sector de Negócio, foi tempo de definir a missão, a visão da organização que
foram as seguintes:
Missão – Produzir e comercializar produtos de cutelarias com qualidade, requinte e
inovação;
Visão – Ser líder no mercado nacional e expandir-se no mercado internacional;
Depois de escolhida a missão e visão, foi tempo de escolher os objetivos estratégicos da
organização. Neste ponto, optou-se apenas pela escolha de um objetivo estratégico, sendo ele
pertencente à perspetiva dos clientes e mercados:
Clientes: Aumentar o número de clientes fidelizados;
Depois de encontrados os objetivos estratégicos, foi tempo deste ser decomposto em
objetivos mais concretos. Foram assim identificados os Critical Sucess Factors (CSF), que são os
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 35
fatores-críticos ou atividades necessárias para assegurar o sucesso do negócio. Deste modo,
foram encontrados dois CFS’s sendo eles:
1. Assegurar cumprimento dos prazos de entrega acordados com retalhistas;
2. Diminuir erros dos trabalhadores;
Depois de identificados os CFS’s, procedeu-se à identificação dos KPI’s. Os KPI’s aliados
a determinados objetivos, vão determinar o grau de sucesso dos CFS. Dito isto, foram
identificados dois KPI’s, que vão medir o desempenho dos dois CSF encontrados anteriormente,
sendo eles:
1.1 Índice de atrasos nas encomendas para retalhistas;
1.1 Índice de erros dos trabalhadores;
Depois de identificado o nível estratégico foi necessário descer de nível na hierarquia
organizacional, e identificar os processos de negócio e respetivos KPI’s operacionais que vão
alimentar os KPI’s estratégicos definidos anteriormente.
Visto que todos os indicadores estratégicos identificados estão diretamente relacionados
com o processo produtivo, deste modo o processo de negócio identificado foi o de “Fabricar
Produção”.
Desta forma, o processo de negócio tem de ser capaz de gerar o seguinte conjunto de
indicadores de negócio, normalmente chamados de Process Performance Indicators (PPI), sendo
eles os seguintes:
Quantidade de peças a produzir;
Quantidade de peças produzidas aprovadas;
Quantidade de peças produzidas com defeito;
Tempo de produção;
Tempo de produção planeado;
No entanto, para não existir qualquer lacuna entre o nível de estratégico e o nível
operacional (processos), faltou apenas a definição de mais um nível de indicadores de negócio
dentro do nível operacional. Estes KPI’s operacionais vão ser alimentados pelos PPI definidos
anteriormente. Assim os KPI’s identificados foram os seguintes:
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 36
1.1 Índice de tempo de produção desperdiçado;
2.1 Índice de peças defeituosas produzidas;
Deste modo, com a identificação desde nível de KPI’s, foi fechada a lacuna existente
entre a estratégia formulada e o nível dos processos. A utilização da visão top-down da
organização teve como objetivo principal isso mesmo, garantir o alinhamento destes dois níveis
hierárquicos apropriadamente. A ilustração 9 representa de seguida, todo o processo de
mapeamento estratégico efetuado nesta secção.
Ilustração 9 - Visão geral da estratégia de negócio
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 37
5.2 Modelação do Processo de Negócio
Assim depois de identificada a estratégia organizacional na secção anterior, o próximo
passo do planeamento previsto para esta experiência laboratorial consistiu na modelação do
processo de negócio.
Antes de mais, os processos de negócio podem ser categorizados em dois tipos,
primário ou secundário.
Dito isto, o Processo de Negócio (“Fabricar Produção”) foi considerado do tipo
secundário, pois não é transversal a outros processos de negócio dentro da organização. A
função principal deste processo é de fornecer suporte a outros processos primários.
O processo de negócio “Fabricar Produção” diz respeito ao processo de fabrico das
peças de cutelaria por parte da empresa. Inicia-se através de uma ordem de produção por parte
do Engenheiro, depois segue para aprovação por parte do diretor da empresa, caso a ordem de
produção seja aprovada, segue para produção efetiva. A produção de uma peça de cutelaria é
sujeita a quatro fases produtivas, sendo as atividades de Corte, Formatação, Polimento e
Estampagem as principais.
Descrito o processo de negócio, o próximo passo foi a modelação. Para o efeito foi
utilizado o ambiente BizAgi Process Modeler, que é destinado ao desenho de processos de
negócio do BPMS BizAgi Studio. A linguagem utilizada foi o Business Process Modeling and
Notation (BPMN). A ilustração 10 em baixo representada demonstra o resultado final do
processo de negócio “Fabricar Produção” modelado em BPMN.
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 38
Ilustração 10 - Processo de Negócio "Fabricar Produção" em BPMN
Descrição das Atividades:
1. O processo inicia-se com a atividade de criação do plano de produção. O
responsável por esta etapa é o Engenheiro. Esta atividade consiste na
elaboração da Ordem de Produção. Esta atividade é condicionada pelo
processo de negócio “Encomendas”;
2. Esta atividade consiste na aprovação do plano de produção criado. O
responsável é o diretor geral da empresa. Podem ocorrer dois cenários
possíveis, a aprovação ou a rejeição;
2.1 Caso o plano seja aprovado, a ordem de produção segue para o
encarregado de produção, para que este possa verificar os
requisitos da mesma;
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 39
2.2 Caso o plano seja recusado, o diretor da empresa aponta as razões
e depois volta novamente para o Engenheiro;
3. A produção efetiva começa na atividade de Corte, esta é primeira etapa do
processo produtivo. Todas as peças aprovadas seguem depois para a
próxima etapa;
4. A atividade de Formatação vai receber todas as peças aprovadas vindas da
etapa de Corte, para se iniciar também o seu processo produtivo. Todas as
peças aprovadas seguem depois para a próxima etapa;
5. A atividade de Polimento vai receber todas as peças aprovadas vindas da
etapa de Corte, para se iniciar também o seu processo produtivo. Todas as
peças aprovadas seguem depois para a próxima etapa;
6. A atividade de Estampagem vai receber todas as peças aprovadas vindas da
etapa de Corte, para iniciar também o seu processo produtivo. Visto que é a
última etapa, todas as peças aprovadas nesta etapa, são a quantidade final
de peças produzidas para a determinada ordem de produção;
5.4 Execução do Processo de Negócio
O processo de negócio modelado simula um processo produtivo típico de uma empresa
de Cutelarias. Assim de forma a simplificar o processo, todas as variáveis associadas à
simulação do processo, foram devidamente controladas, como é comum nas experiências
laboratoriais.
Como ponto fundamental a reter novamente, é que todos os dados gerados através da
simulação do processo de negócio foram fictícios.
Portanto foram assumidos os seguintes prossupostos, para processo de negócio
“Fabricar Produção” modelado:
Para simplificação do processo, uma ordem de produção, ficou apenas associada a
um tipo de talher e de faqueiro;
Cada ordem de Produção ficou também associada apenas a um dia de trabalho,
sendo que a hora do almoço não foi comtemplada como hora de pausa;
Só existem 3 tipos de peças de cutelaria a produzir, sendo estes a colher, faca e o
garfo;
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 40
O processo Produtivo comtempla 4 etapas. Este processo tem um sequência fixa,
sendo que o Corte é a primeira etapa, a Formatação a segunda, Polimento a terceira
e Estampagem a quarta. Este processo é uma simplificação de um caso de produção
real visto que, num processo típico de produção de cutelarias, as etapas de
Formatação e Polimento podem ter mais que uma iteração, e as outras etapas como
a lavagem ou embalamento foram ignoradas nesta experiência;
Foram feitas simulações desde o dia 25 de Agosto de 2014, até ao dia 3 de Outubro
de 2015, excluindo os fim-de-semanas;
A listagem dos tempos de produção médios e funcionários responsáveis por cada etapa
de produção poderá ser encontrada no anexo D.
Como já foi dito anteriormente, a simulação do processo foi conseguida através do
BPMS BizAgi, a demonstração de um exemplo de uma simulação típica deste processo,
realizada através de um portal web para o utilizador final, está demonstrada no anexo C.
5.5 Modelo Multidimensional
Modelação multidimensional é a designação para um conjunto de técnicas e conceitos
usados na modelação de dados para o carregamento em Data Warehouses. Para Kimball et al
[2004], a modelação multidimensional é uma técnica de desenho de base de dados, que tem
como objetivo principal, a capacidade de suportar questões de utilizadores sobre dados
carregados num DW. Este modelo traz vantagens em relação aos modelos relacionais
nomeadamente ao nível da consulta de dados [Kimball et al, 2004].
A modelação multidimensional foi construída sobre dois conceitos pilares, as dimensões
e os factos. Ambas são obrigatórias e possuem características complementares dentro de um
DW.
Os fatos são geralmente valores numéricos e podem ser agregados. As dimensões são
grupos de dados organizados em hierarquias que descrevem e definem os fatos [Kimball et al,
2004].
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 41
Um modelo dimensional é construído de acordo segundo o esquema em estrela, com
várias dimensões em torno de uma tabela de factos. O processo de construção de um modelo
dimensional foi desenvolvido por Kimball e compreende quatro passos fundamentais, tais como:
Escolher o processo de negócio a analisar;
Determinar a granularidade do processo de negócio;
Identificar as Dimensões;
Identificar os factos;
5.5.1 Escolher o processo de negócio
O primeiro dos quatro passos que assegura a usabilidade do DW consiste na modelação
e descrição do processo de negócio que se pretende analisar. O processo de negócio escolhido
foi o de “Produção”, que de resto é o mesmo que foi modelado anteriormente (ver secção 5.2),
no entanto assumiu um nome diferente durante o processo de modelação multidimensional.
5.5.2 Granularidade do Processo de Negócio
Logo após a escolha do processo de negócio, o próximo passo consistiu na
determinação da granularidade do modelo, ou seja, qual o nível de detalhe que o mesmo
pretendia tratar. Neste caso, para o processo de negócio em causa foi determinado que este
deveria usar como granularidade o Mês.
5.5.3 Identificar as dimensões
O terceiro passo do processo de Kimball consistiu na identificação das dimensões. As
dimensões são as tabelas auxiliares que contêm todos os dados que descrevem a tabela de
factos. Na tabela seguinte será feita uma descrição pormenorizada das dimensões encontradas.
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 42
Nome das
Dimensões
Descrição
Tempo Contém informação relativamente ao Tempo a quando da
ocorrência dos factos
EtapaProdução Contém informação sobre a designação das Etapas de
Produção
TipoTalher Contém informação sobre a designação sobre os tipos
talheres existentes
Faqueiro Contém informação sobre a designação dos faqueiros
Funcionário Contém informação sobre o nome dos funcionários
OrdemProdução Contém informação sobre os pedidos de produção
Tabela 1 - Descrição das Dimensões
A identificação da estrutura e descrição dos atributos de cada umas das dimensões
encontrados, pode ser consulta no anexo E.
5.5.4 Identificar os factos
Depois de definidas as dimensões, o último passo a executar segundo o processo de
Kimball, consistiu na identificação dos factos existentes do processo de negócio. Portanto, em
primeiro lugar procedeu-se à agregação das chaves estrangeiras das dimensões criadas
anteriormente, e logo depois à criação dos atributos que vão conter os indicadores de negócio a
analisar posteriormente. Na tabela 2 em abaixo representada, podemos observar a descrição de
todos os atributos da tabela de factos “Produção”.
Atributo Descrição
Id_OrdemProdução Identificação da Ordem de Produção
Id_Tempo Identificação da data de Início de Produção
Id_EtapaProdução Identificação da Etapa de Produção
Id_TipoTalher Identificação do Tipo de Talher
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 43
Assim, o modelo multidimensional construído resultou num esquema em estrela como
apresenta a ilustração 11 em baixo representada. A tabela de factos “Produção” representa a
tabela que armazena todos os dados a analisar no contexto do negócio. As dimensões em volta
da tabela de factos correspondem às diferentes perspetivas em que esta pode ser analisada.
Produção
TipoTalher
Faqueiro
EtapaProdução
TempoFuncionário
Ilustração 11 - Dimensões associadas ao processo de negócio "Produção"
A demonstração da criação do modelo multidimensional no SQL Server, pode ser
consulta no anexo F.
Id_Faqueiro Identificação do Faqueiro
Id_Funcionário Identificação do Funcionário
Quantidade_a_Produzir Indicador de Negócio
Peças_Aprovadas Indicador de Negócio
Peças_Reprovadas Indicador de Negócio
Tempo_Produção_Efetivo Indicador de Negócio
Tempo_Produção_Estimado Indicador de Negócio
Tabela 2 - Descrição da tabela de factos "Produção"
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 44
5.6 Carregamento do Modelo
A quinta etapa do planeamento da experiência laboratorial consistiu na realização do
processo de “Extract, Transformation e Loading” (ETL) que novamente foi baseado nas regras de
Kimball.
A realização desta etapa consistiu em primeiro lugar na extração dos dados da fonte
operacional de dados, neste caso oriundos da base de dados originada pelo BPMS BizAgi a
quando da execução do processo de negócio. Na segunda parte do processo ETL, foi criada um
área de retenção de dados (data-estágio) que recebeu todos os dados extraídos da fonte original
de dados. Estes dados foram carregados para um ficheiro Excel e foram sujeitos a várias acções
de transformação de dados. As transformações ocorridas mais importantes estão descritas no
anexo G.
Por fim, procedeu-se ao carregamento dos dados para as dimensões e tabela de factos
da base de dados previamente criada no SQL Server (DW). O processo de carregamento dos
dados para as dimensões e tabela de factos, está descrito no anexo G.
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 45
5.7 Interpretação do Modelo de Dados
Na sexta etapa, foram criados cubos OLAP no SQL Server, com o intuito de servirem
como meio de análise à informação contida no DW.
A tecnologia OLAP (On-line Analytical Processing) representa a capacidade para
manipular e analisar um grande volume de dados sob múltiplas perspetivas. As aplicações OLAP
são usadas pelos gestores de qualquer nível hierárquico no sentido de acederem, visualizarem, e
analisarem dados com alta flexibilidade e performance com o intuito de facilitar a tomada de
decisão.
O OLAP apresenta informações para os utilizadores através de uma navegação e
pesquisa simples, onde os utilizadores finais podem rapidamente analisar um sem número de
cenários, gerarem relatórios e descobrirem tendências e fatos relevantes independentemente da
complexidade dos dados.
A demonstração da forma como foram criados os cubos OLAP através da ferramenta
SQL Server Analysis Services (SSAS) pode ser encontrada no anexo H, onde está explicado não
só o seu processo de criação mas também a ligação ao modelo de dados, a definição de
hierarquias e a manipulação do browser do cubo.
5.8 Criação de Dashboards
Este capítulo correspondeu à sétima e última etapa do planeamento seguido, e que
correspondeu à criação dos dashboards, com o propósito de serem usados como instrumento
de análise de negócio.
Os dashboards criados foram conseguidos através do uso do suplemento Power Pivot
para o Excel 2013. Para a criação destes dashboards foi estabelecida uma conexão ao SQL
Server Analysis Services (SSAS) e aos respetivos cubos OLAP criados anteriormente. Ver mais
informação no Anexo I.
Em BI os dashboards são uma ferramenta que permite a visualização de informação de
negócio de uma organização de forma simples, que pode ser feita através de indicadores de
desempenho (KPI’s), gráficos, mapas, semáforos, entre outros. Estes dashboards podem ser
uma ferramenta útil no sentido de auxiliarem o processo de tomada de decisão. Os benefícios da
utilização dos mesmos são vários, entre os quais, apresentação gráfica das métricas de
Capítulo 5 – Descrição do Estudo 46
desempenho, identificação de tendências, medição de ineficiências, alinhamento dos objetivos
estratégicos com os operacionais e visão global do negócio.
Capítulo 6 – Resultados 47
CAPÍTULO 6 – RESULTADOS
O presente capítulo tem como objetivo elucidar o leitor sobre os resultados obtidos com
a elaboração do presente estudo. Assim o capítulo foi divido em três secções: a primeira
apresenta a análise à solução de CPM criada, e tem como objetivo evidenciar as características
da mesma, focando-se principalmente na forma como foi conseguido o alinhamento entre o nível
estratégico e o nível operacional (processos); Na segunda secção será feita a análise de negócio
da organização, baseada no modelo de CPM explicado na secção anterior. Para isto será
apresenta uma User Story baseada nos KPI’s dashboards criados anteriormente (secção 5.8),
com o intuito de demonstrar ao leitor o estado da organização de acordo com os níveis
hierárquicos de KPI estabelecidos para esta solução de CPM. Na última secção será feita uma
conclusão aos resultados obtidos;
6.1 Análise à Solução de CPM criada
O caso de estudo efetuado culminou com a realização de um artefacto tecnológico,
baseado nas características de uma solução de CPM. Para a realização desde artefacto foi
seguido um plano de atividades, que resultou numa solução CPM que apresentou muitas das
características fundamentais de uma arquitetura típica de CPM.
A ilustração 12 foi adaptada de [Melchert et al, 2004] e apresenta a visão estática da
solução de CPM criada. A solução incorporou conceitos e metodologias adjacentes ao CPM,
como PM, PPM, DW, BPM e BI, que estão refletidos pelos três níveis hierárquicos presentes na
mesma, sendo eles o nível estratégico, o nível de processos e o nível de aplicação.
No nível estratégico deste modelo, são apresentado os objetivos de negócio e os KPI’s
estratégicos, que são provenientes da estratégia de negócio identificada (secção 5.2). No nível de
processos são apresentados os KPI’s de processo, que são alimentados pelo processo de
negócio “Fabricar Produção”. A ponte entre o nível dos processos (operacional) e o nível
estratégico é feita através do mapeamento dos KPI’s destes dois níveis.
No nível de sistema através da camada de integração é fornecido o suporte necessário
para que a camada de processo interaja com as aplicações que o suportam, ou seja é a partir
do BPMS que é iniciada a execução do processo de negócio modelado, e onde são gerados
todos os indicadores de negócio que gradualmente vão ser carregados na base de dados
Capítulo 6 – Resultados 48
operacional associada ao mesmo. Posteriormente esta informação será carregada para o DW
através do processo ETL, para que esta esteja disponível tomada de decisão através de KPI
dashboards.
O objetivo do CPM essencialmente passa por promover o alinhamento de todos os níveis
hierárquicos da organização, e o meio mais eficaz para o conseguir, é através do alinhamento
dos indicadores de desempenho de todos estes níveis. Dito isto, é através destes indicadores de
desempenho que a organização pode avaliar o estado dos seus processos de negócio e perceber
se está ir de encontro com os seus objetivos. Os KPI’s são uma excelente forma para traduzir os
objetivos estratégicos em algo mensurável. Portanto os KPI’s criados revelaram-se assim a
melhor forma para medir o desempenho organizacional. Voltando de novo ao modelo CPM
criado, os KPI’s do nível do processo identificados, são um importante instrumento para medir o
desempenho do processo de negócio executado e ao mesmo tempo verificarem de forma
continua, se estão a alcançar os objetivos propostos. Estes dois KPI’s (“Índice de tempo de
produção desperdiçado” e “Índice de peças produzidas com defeito”) são também importantes
para fazerem a ligação para o nível estratégico, pois uma organização só tem sucesso e alcança
bons resultados, se conseguir avaliar com eficácia todas as suas operações.
Deste modo, como é mostrado na ilustração 12, estes dois KPI’s assumem também o
papel importante de fecharem a lacuna existente com os objetivos estratégicos, ao conectarem-
se diretamente com os dois KPI estratégicos existentes (“Índice de atraso nas encomendas com
os retalhistas” e “Índice de erros dos trabalhadores”) que por sua vez, medem diretamente o
desempenho do nível estratégico neste exemplo. Portanto, foi assumido neste estudo que os
KPI’s do nível de processos são os únicos indicadores que alimentam os KPI’s do nível
estratégico, que assim, de uma forma simplificada o estado geral da organização corresponde
equivocamente ao estado geral dos objetivos estratégicos.
Em suma, a solução encontrada sem dúvida responde ao principal objetivo do CPM, ao
alinhar os níveis estratégico e operacional através do mapeamento dos KPI’s estratégicos e de
processo, alcançando-se assim o desejado ciclo-fechado CPM.
Capítulo 6 – Resultados 49
Ilustração 12 - Visão estática da solução de CPM criada, adaptada de [Melchert et al, 2004]
Capítulo 6 – Resultados 50
6.2 Caso de Exemplo
O seguinte caso de exemplo foi criado no intuito de providenciar aos gestores,
informação útil sobre o desempenho geral da organização, de forma a poderem tomar decisões
em tempo útil em benefício da organização. Isto será demonstrado através da análise aos KPI’s
dashboards criados pela ferramenta Power Pivot. Estes KPI’s dashboards foram baseados nos
KPI’s do nível de processo identificados no modelo de CPM apresentado anteriormente.
A ilustração 13 representa a arquitetura de KPI desta User Story. Assim os níveis 2 e 3,
que correspondem aos níveis inferiores da pirâmide ficaram associados à parte operacional da
organização, já o nível 1, que corresponde ao topo da pirâmide, ficou associado ao nível
estratégico. Estes níveis podem não coincidir exatamente com os 2 níveis hierárquicos teóricos
(estratégico e operacional) da solução de CPM encontrada, no entanto a ideia principal passou
por alinhar os indicadores de desempenho obtidos a partir destes níveis operacionais, com o KPI
estratégico de mais alto nível (nível 1), no intuito de ser demonstrado o desejado ciclo-fechado
CPM.
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Ilustração 13 - Arquitetura de KPI da User Story
Nível 1:
O resultado deste KPI corresponde ao estado geral dos objetivos estratégicos. Este
indicador é o resultado da média dos dois KPI’s subsequentes do nível 2. Assim, conforme o
Capítulo 6 – Resultados 51
estado desde KPI, os gestores podem tirar conclusões sobre o estado geral em que se encontra
a organização, no que diz respeito aos seus objetivos estratégicos;
Nível 2:
No nível 2 tem associados dois KPI’s, sendo os mesmos KPI’s identificados para o nível
operacional (secção 5.2 – Estratégia de negócio). Estes KPI’s são alimentados diretamente pelos
indicadores de negócio do processo “Fabricar Produção”;
Nível 3:
O último nível deste esquema corresponde também ao nível operacional, os KPI’s
associados a este nível são exatamente os mesmos do nível hierárquico superior (nível 2), a
fórmula de cálculo também é igual, a diferença reside no fato de estes indicadores serem
decompostos até ao nível das atividades do processo de negócio em estudo. Deste modo, é
possível analisar o desempenho das quatro etapas de produção (Corte, Formatação, Polimento e
Estampagem);
Estado dos KPI
Os valores dos KPI’s podem assumir três tipos de estado, sendo eles o vermelho, verde
e amarelo. Estes estados correspondem ao comportamento típico de um semáforo, como é
ilustrado pela ilustração 14.
Portanto, quando o valor do KPI corresponder ao estado “vermelho” do semáforo,
significa que o KPI está muito longe dos objetivos estabelecidos, deste modo a organização
precisa de tomar medidas corretivas no sentido de melhorá-lo, caso contrário pode estar a
prejudicar o progresso do negócio. Caso o valor do KPI corresponder ao estado “verde” do
semáforo, significa que o KPI está dentro ou mesmo a ultrapassar os objetivos propostos para o
mesmo. Caso o valor do KPI corresponda ao estado de “amarelo” do semáforo, significa que o
indicador, não está a cumprir os objetivos estipulados, mas que não está muito longe disso. No
entanto a organização precisa de olhar com cuidado estes resultados, pois podem estar
influenciar negativamente o desempenho de uma determinada área de negócio.
Capítulo 6 – Resultados 52
Ilustração 14 - Os três estados possíveis de um semáforo
O primeiro indicador de desempenho para análise por parte do gestor, corresponde ao
KPI presente no nível 1 da pirâmide. Este KPI teve como objetivo medir o estado geral da
organização, no que diz respeito aos objetivo estratégicos identificados. Assim, como pode ser
visto pela ilustração 15, o desempenho geral da organização naquele momento corresponde ao
estado de “amarelo”. Desta forma, o gestor ficou informado sobre o desempenho da
organização ao nível mais estratégico da organização.
Ilustração 15 - Estado do KPI do nível estratégico
Para o gestor saber mais detalhes sobre o estado encontrado anteriormente, ele pode
clicar em “detalhar” de forma a encontrar os estados dos dois KPI’s correspondentes ao nível 2,
ou seja, do nível de processos (operacional). Desta maneira, o gestor fica informado sobre o
estado atual dos dois KPI’s associados a este nível hierárquico. Assim como pode ser visto na
ilustração 16, o KPI “Índice de tempo de produção desperdiçado” assumiu o estado de
“amarelo” e o KPI “Índice de peças defeituosas produzidas” assumiu o estado de “vermelho”.
Capítulo 6 – Resultados 53
Ilustração 16 - Estado dos KPI’s do nível do processo
Se o gestor quiser obter ainda mais informação sobre o porquê do estado de cada um
dos KPI’s deste nível, pode clicar em “detalhar” por exemplo para o “Índice de tempo de
produção desperdiçado” e será mostrado o desempenho das quatro etapas de produção. Este
nível de detalhe corresponde ao nível mais baixo (nível 3) da hierarquia da pirâmide.
Como pode ser visto através da figura 17, os estados correspondentes às 4 etapas de
produção diferem. As etapas de “Corte” e “Estampagem” assumiram o estado de “amarelo”, já
as etapas de “Formatação” e “Polimento” assumiram o estado de “verde”.
Ilustração 17 - Estado do KPI “Índice de tempo de produção” nas 4 etapas de produção
No caso do KPI “Índice de peças defeituosas produzidas” como ser visto na ilustração
18, a maioria das etapas de produção assumiu o estado de “vermelho”, excetuando a etapa de
produção “Estampagem” que assumiu o estado de “amarelo”.
Ilustração 18 - Estado do KPI “Índice de peças defeituosas produzidas” nas 4 etapas de
produção
Capítulo 6 – Resultados 54
Assim, chegado ao nível hierárquico número 3, o gestor não consegue obter mais
informação útil para tomada de decisão, no entanto o objetivo de informar o gestor sobre o
desempenho global da organização foi alcançado, pois através de um exemplo como este, o
gestor consegue analisar o desempenho do negócio até ao nível do processo, e ao mesmo
tempo podendo tomar decisões para o nível mais estratégico.
6.3 Análise de negócio complementar
A utilização dos KPI dashboards são uma forma efetiva para medir o desempenho da
organização conforme o exemplo demonstrado anteriormente. No entanto, se o gestor quiser
saber mais sobre o negócio, é possível fazê-lo de uma forma livre. Deste modo a análise de
informação através de gráficos pode ser outro meio para ajudar os gestores no processo de
tomada de decisão.
No que diz respeito a este caso de estudo, o modelo multidimensional criado está
preparado para suportar uma diversidade e análises sobre múltiplas perspetivas de uma forma
genérica. Desta forma as 6 dimensões identificadas e os 5 indicadores de negócio encontrados
podem ser combinados para uma ampla análise ao processo de negócio “Fabricar Produção”.
No entanto, como os objetivos deste estudo não comtemplavam este método alternativo de
análise do estado da organização, decidiu-se não efetuar-se este estudo.
6.4 Conclusões
Os resultados obtidos descritos neste capítulo permitem concluir que a análise do
desempenho organizacional através da comparação dos resultados obtidos dos vários níveis de
KPI hierárquicos revelou-se adequada pois permite uma visão geral do estado da mesma e ajuda
o gestor no processo de tomada de decisão. Esta análise possibilitou a identificação das
operações de negócio com maior necessidade de ações de melhoria a realizar por parte da
organização de uma forma mais amigável. Devido ao alinhamento verificado entre os vários
níveis hierárquicos, a organização sai beneficiada com isso, pois consegue que a informação
vinda da camada dos processos de negócio, seja também utilizada para ajudar a traduzir os
objetivos estratégicos e colocar a organização na rota do sucesso.
Capítulo 7 – Discussão dos Resultados 55
CAPÍTULO 7 – DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo são discutidos os resultados provenientes da execução do estudo
efetuado, sendo que será dado destaque à forma como foi respondida à grande questão de
investigação deste estudo (ver secção 1.2 – Questão de investigação). As secções deste capítulo
foram organizadas de forma, que a discussão se centre à volta dos objetivos e resultados
esperados da dissertação (ver capítulo 3).
7.1 Discussão dos Objetivos
Objetivo: Realização de um artefacto tecnológico que pretende representar uma
solução baseada nas características do CPM;
A arquitetura do planeamento seguida neste estudo, foi influenciada impreterivelmente
por um fator bastante importante, o da utilização de dados fictícios, ao invés de dados reais, mas
que no entanto revelou-se não ter sido uma dificuldade de maior para o cumprimento do
objetivo.
Umas das questões fundamentais levantadas logo desde o início da realização deste
estudo foi: de qual a melhor forma de se iniciar uma iniciativa CPM? Pela parte de BPM, pela
parte de BI? Segundo a arquitetura seguida, foi possível constatar que a primeira etapa
correspondeu à formulação da estratégia de negócio e a segunda correspondeu à modelação do
processo de negócio e a terceira à sua execução e só depois é que as etapas relacionadas com o
BI foram realizadas.
Como os resultados obtidos comprovam, a solução resultou, logo a metodologia revelou-
se adequada, no entanto é importante referir que só foi uma de muitas maneiras de conseguir-se
alinhar as iniciativas de BI com a de BPM, de forma a se alcançar um integrado CPM.
A própria revisão da literatura não refere explicitamente como se deve iniciar esta
abordagem, se por uma iniciativa proveniente dos níveis mais operacionais da organização, ou
seja pela parte dos processos de negócio ou por uma iniciativa por parte da gestão de topo, ou
seja, originada e guiada através da estratégia de negócio da organização. É de realçar que os
autores da área, não chegam a uma conclusão generalizada quanto à melhor forma de dar início
Capítulo 7 – Discussão dos Resultados 56
a este processo, dando no entanto mais enfoque à forma como alcançar as principais
características do CPM.
Em suma, a arquitetura do planeamento seguida revelou-se adequada para a realização
deste estudo, pois cumpriu com os objetivos propostos.
7.2 Discussão dos Resultado Esperados
Resultado Esperado: Integrar uma ferramenta de BI com um Business Process
Management Suite (BPMS), onde toda a informação sobre a execução dos processos (já
previamente definidos) seja enviada para um DW, no intuito de ser posteriormente analisada
através de uma perspetiva histórica e preditiva, através de funcionalidades BI;
O resultado esperado apresentado também foi alcançado. Como foi descrito no capítulo
5, foi recorrido ao BPMS BizAgi, para modelar e executar o processo de negócio em estudo. A
escolha desta ferramenta foi fundamentalmente suportada pela familiarização existente com a
mesma por parte do autor. A escolha da ferramenta de BI seguiu também o mesmo critério. A
integração destas duas ferramentas foi feita através do processo ETL (ver capítulo 5 – secção
5.6), onde foram extraídos todos os indicadores de negócio gerados pelo processo e carregados
num DW. Toda esta informação ficou disponível para análise de negócio através de cubos OLAP
e dashboards. Este processo demonstrou ser apropriado e a integração foi conseguida, mas por
outro lado, seria também interessante para este tipo de estudo, a exploração de uma ferramenta
mais capacitada. Sendo o CPM um conceito ainda em amadurecimento, e de já existir um
grande número de soluções no mercado que implantam a generalidade das características do
mesmo, no entanto o número de soluções open-source encontradas foi ainda em número
reduzido, deste modo, optou-se pela escolha do processo efetuado.
Resultado Esperado: De demonstrar a capacidade de alinhar a informação do nível
estratégico (Objetivos e KPI’s) com a do nível operacional (processos), para promover um
integrado CPM;
A solução de CPM conseguida demonstrou que o alinhamento da informação oriunda do
nível estratégico da organização com a do nível operacional. Este alinhamento foi conseguido
Capítulo 7 – Discussão dos Resultados 57
através do mapeamento dos indicadores de desempenho de ambos os níveis. O processo de
negócio executado, gerou um conjunto de indicadores de negócio que alimentaram diretamente
os KPI’s do nível de processo, e estes por sua vez, conectaram-se com os KPI’s do nível
estratégico de forma a responderem diretamente aos objetivos estratégicos formulados. Esta
visão integrada da organização foi obtida através do uso da visão top-down, que fez com que a
partir da estratégia de negócio (objetivos estratégicos e KPI’s) sejam encontrados os respetivos
KPI’s do nível operacional. Estes KPI’s do nível operacional foram as métricas encontradas que
diretamente mediram o desempenho do processo de negócio, de acordo com os objetivos
estipulados para mesmo.
Apesar do resultado esperado ter sido demonstrado, é importante também fazer uma
pequena reflexão sobre a solução de CPM obtida, nomeadamente sobre os pontos menos
positivos da mesma. Desta forma, como apenas foi modelado e executado um processo de
negócio, os indicadores de negócio gerados, foram a única fonte de alimentação dos KPI’s do
nível do processo possíveis e por sua vez, também dos KPI’s estratégicos. A situação ideal seria
a modelação de pelo mais um processo de negócio no intuito de ser possibilitada a geração de
mais indicadores de negócio. Desta forma, o resultado global da estratégia de negócio não
estaria apenas dependente dos indicadores de desempenho de um só processo, como se
verificou no caso efetuado.
Depois de obtidos estes resultados, de alguma forma também é possível concluir dois
aspetos importantes sobre a abordagem efetuada ao CPM. A primeira, é que não é possível
efetuar-se uma iniciativa CPM numa organização que não esteja orientada aos processos de
negócio. Esta conclusão é óbvia, mas é necessário destacá-la. Significa assim que o nível dos
processos assume um papel preponderante para a interligação com o nível estratégico. E
também a partir deste ponto que outra conclusão foi tirada. Um adequado alinhamento dos
vários KPI’s dos diferentes níveis hierárquicos de uma organização, torna-se uma solução
eficiente para alinhar todas as operações de negócio da organização de forma a promover um
integrado CPM.
Capítulo 7 – Discussão dos Resultados 58
Resultado Esperado: Incorporar os conceitos de BAM e real-time analytics no
artefacto, para que o artefacto consiga trabalhar com dados em tempo real;
Outro dos resultados esperados da solução passava pela incorporação dos conceitos de
BAM e real-time analytics, sendo que a solução final incorporou-os em parte. Os processos de
agregação, análise e apresentação da informação através dos dashboards foi conseguida, sendo
que a informação foi extraída do processo de negócio executado. No entanto os KPI dashboards
não disponibilizaram a informação de negócio em real-time como era pretendido, mas sim em
right-time, o que significou que a informação só ficava disponível para a tomada de decisão, após
o refrescamento do DW.
Resultado Esperado: Disponibilizar informação adequada sobre o estado geral do negócio, no
sentido de suportar uma tomada de decisão em tempo útil;
O resultado esperado apresentado foi também alcançado como foi demonstrado através
do caso de exemplo (User Story) efetuado (ver capítulo 6 – secção 6.3). Os dashboards criados
desempenharam um papel fundamental para a disponibilização de informação em tempo útil
para o gestor. A informação disponibilizada sobre a forma de KPI revelou-se oportuna, pois
ajudou o gestor a descortinar o estado da mesma sobre várias perspetivas. Além do mais, visto
que os dashboards disponibilizados foram baseados nos diferentes níveis de KPI hierárquicos da
organização, desta forma, estes dashboards que estavam sobre a forma de semáforo, revelaram-
se importantes para a análise do desempenho global da organização. Contudo é importante
referir que os gestores devem estar atentos aos resultados obtidos por estes KPI’s ao longo do
tempo. Isto significa que, estes KPI’s podem revelar-se enganadores em dois sentidos, isto é,
deve ser efetuada uma revisão contínua aos objetivos de negócio para se descobrir se os
mesmos estes ainda se consideram oportunos para o sucesso da estratégia formulada, ou se é
necessário efetuar uma reformulação ao valor alvo dos mesmos.
Capítulo 8 – Conclusões 59
CAPÍTULO 8 – CONCLUSÕES
Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões deste estudo. O presente
capítulo segue a seguinte estrutura: Contributos, Limitações, Trabalho futuro e Considerações
finais;
8.1 Contributos
A realização deste estudo permitiu a obtenção de um artefacto tecnológico que se
caracterizou por conter características de uma solução de CPM. Os resultados obtidos com a
realização deste estudo demonstraram que foi possível alinhar os indicadores de negócio
provenientes do nível operacional, com os indicadores estratégicos provenientes da estratégia da
organização, no intuito de validar e confirmar a maior promessa do CPM.
8.2 Limitações
As principais limitações deste trabalho resumem-se principalmente à forma de como o
estudo foi efetuado. Ao invés de ter sido conduzido laboratorialmente, teria sido mais
interessante se o mesmo tivesse sido conduzido em contexto organizacional. Este cenário não foi
viável devido à ausência do autor do estudo para o estrangeiro a abrigo de um programa de
mobilidade Erasmus.
8.3 Trabalho Futuro
Este estudo deixa uma porta aberta para futuras melhorias. Assim como foi dito nas
limitações, a realização de um estudo semelhante mas desta vez em ambiente organizacional
seria o ideal, certamente seria mais aliciante do que realizado em laboratório. Desta forma os
resultados obtidos podiam ter mais utilidade para determinada organização.
A exploração de ferramentas mais específicas dentro da problemática do CPM seria
também um trabalho a explorar no futuro.
Capítulo 8 – Conclusões 60
8.4 Considerações Finais
Ao longo deste documento procurou-se demonstrar a importância do conceito principal
deste trabalho, o CPM. Este conceito é ainda relativamente novo no meio académico, como
demonstrou a revisão bibliográfica efetuada, revelando-se assim ainda a necessidade de um
maior amadurecimento. Sinal disto mesmo é a utilização de diferentes acrónimos para descrever
esta abordagem. No entanto, todos os autores concordam que o ponto essencial a favor do
CPM, é que este pode colmatar o espaço existente entre a visão estratégica e operacional da
organização, visto que ao longo dos últimos anos, BI e BPM, foram iniciativas que ocorreram nas
organizações com intervenientes, agendas e objetivos distintos.
A realização do caso estudo serviu sobretudo para provar que as iniciativas de BPM e BI
podem ser vistas como complementares no intuito de obter-se um integrado CPM. O artefacto
tecnológico criado em ambiente de laboratório provou a grande promessa do CPM. Através do
caso de exemplo efetuado, ficou demonstrado a capacidade de alinhar a informação do nível
estratégico com a informação do nível operacional da organização. Este alinhamento foi
conseguido através do mapeamento dos indicadores de desempenho de ambos os níveis. Desta
forma, foi disponibilizada aos gestores uma visão geral de todos os indicadores de negócio da
organização de uma forma integrada, facilitando desta forma o processo de tomada de decisão.
Anexos 61
ANEXOS
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura Anexo 1 – Plano de trabalho e diagrama de Gantt......................................................... 64
Figura Anexo 2 – Login “Engenheiro” ...................................................................................... 69
Figura Anexo 3 - Criar plano de produção ................................................................................ 69
Figura Anexo 4 – Completar informação do plano de produção ............................................... 70
Figura Anexo 5 Login "Diretor" ................................................................................................ 70
Figura Anexo 6 – Clicar em “Aprovar Plano Produção” ............................................................ 71
Figura Anexo 7 - Aprovar plano de produção ........................................................................... 71
Figura Anexo 8 - Login "Encarregado" ..................................................................................... 72
Figura Anexo 9 – Clicar em “Verificar Plano Produção” ........................................................... 72
Figura Anexo 10 - Visualizar Plano Produção ........................................................................... 73
Figura Anexo 11 - Login Etapa de Corte ................................................................................... 73
Figura Anexo 12 - Clicar em Corte ........................................................................................... 74
Figura Anexo 13 - Preencher informação Corte ........................................................................ 74
Figura Anexo 14 - Login Etapa Formatação ............................................................................. 75
Figura Anexo 15 - Clicar em Formatação ................................................................................. 75
Figura Anexo 16 - Preencher informação Formatação .............................................................. 76
Figura Anexo 17 - Login Etapa Polimento ................................................................................ 76
Figura Anexo 18 - Clicar em Polimento .................................................................................... 77
Figura Anexo 19 - Preencher informação Polimento ................................................................. 77
Figura Anexo 20 - Login Etapa Estampagem............................................................................ 78
Figura Anexo 21 - Clicar em Estampagem ............................................................................... 78
Figura Anexo 22 - Preencher informação Estampagem ............................................................ 79
Figura Anexo 23 - Criar base de dados .................................................................................... 84
Figura Anexo 24 - Definir chave primária ................................................................................. 85
Figura Anexo 25 - Tabela de factos criada ............................................................................... 86
Figura Anexo 26 - Modelo em estrela criado ............................................................................ 87
Figura Anexo 27 - Modelo de dados do processo de negócio.................................................... 88
Figura Anexo 28 - Amostra do data-estágio .............................................................................. 89
Figura Anexo 29 - "SQL Import and Export Wizard" ................................................................. 90
Anexos 62
Figura Anexo 30 - Escolha do ficheiro Excel pretendido ............................................................ 90
Figura Anexo 31 - Escolher base de dados pretendida ............................................................. 91
Figura Anexo 32 - Escolher base de dados de destino.............................................................. 91
Figura Anexo 33 – Seleção da tabela de destino ...................................................................... 92
Figura Anexo 34 – Seleção das colunas de destino ................................................................. 93
Figura Anexo 35 – Resumo final do mapeamento de dados ..................................................... 93
Figura Anexo 36 – Execução com sucesso .............................................................................. 94
Figura Anexo 37 - Carregamento da Tabela de factos usando a componente fluxo de dados do
Business Intelligence Studio .................................................................................................... 95
Figura Anexo 38 - Visão genérica da Tabela de factos no SQL Server ....................................... 95
Figura Anexo 39 - Criação de um novo projeto no Analysis Services ......................................... 96
Figura Anexo 40 - Seleção das dimensões e tabela de factos ................................................... 97
Figura Anexo 41 - Confirmação de todas as tabelas ................................................................. 98
Figura Anexo 42 - Modelo Multidimensional............................................................................. 98
Figura Anexo 43 - Criar cubo através das tabelas já existentes ................................................. 99
Figura Anexo 44 - Selecionar tabela de fatos ......................................................................... 100
Figura Anexo 45 - Selecionar indicadores .............................................................................. 100
Figura Anexo 46 - Finalizar Wizard ........................................................................................ 101
Figura Anexo 47 - Visão Geral da hierarquia da dimensão Tempo .......................................... 101
Figura Anexo 48 – Selecionar “Define dimension intelligence” ............................................... 102
Figura Anexo 49 – Mapeamento do tipo de atributos ............................................................. 102
Figura Anexo 50 - Completar Wizard ..................................................................................... 103
Figura Anexo 51 – Fazer conexão ao Analysis Services .......................................................... 104
Figura Anexo 52 – Escolha das dimensões e indicadores pretendidos ................................... 104
Figura Anexo 53 - Importação dados efetuada com sucesso .................................................. 105
Figura Anexo 54 - Criação de uma tabela dinâmica ............................................................... 105
Figura Anexo 55 - Criar campo calculado .............................................................................. 106
Figura Anexo 56 - Definir fórmula de cálculo ......................................................................... 106
Figura Anexo 57 – Definir objetivos KPI ................................................................................. 107
Figura Anexo 58 - Visualizar estado do KPI ............................................................................ 107
Anexos 63
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela Anexo 1 - Lista de Riscos ............................................................................................. 68
Tabela Anexo 2 - Descrições dos atributos da dimensão “Tempo”. .......................................... 81
Tabela Anexo 3 - Descrições dos atributos da dimensão “EtapaProdução”. .............................. 82
Tabela Anexo 4 - Descrições dos atributos da dimensão “TipoTalher”. ..................................... 82
Tabela Anexo 5 - Descrição dos atributos da dimensão “Faqueiro”. ......................................... 82
Tabela Anexo 6 - Descrição dos atributos da dimensão “Funcionário”. ..................................... 83
Tabela Anexo 7 - Descrição dos atributos da dimensão “Funcionário”. ..................................... 83
Anexos 64
Anexo A
A figura 19 apresenta o plano de trabalho que será seguido ao longo da dissertação.
Todas as tarefas e sub-tarefas definidas contribuem para que os objetivos desta dissertação
fossem alcançados. Este planeamento contudo pode estar a sujeito a modificações, caso sejam
necessárias.
O plano de trabalho seguinte identifica as várias tarefas a realizar, bem como a duração
aproximada de cada uma.
Figura Anexo 1 – Plano de trabalho e diagrama de Gantt
Anexos 65
Anexo B
A seguinte tabela inclui o Risco (descrição do respetivo risco) a Probabilidade de
acontecer (numa escala que vai de 1 a 5, em que 1 significa baixa probabilidade e 5 significa
muita probabilidade), o Impacto que pode ter na condução do presente estudo (numa escala de
1 a 5 em que 1 significa pouco impacto e 5 significa impacto elevado) e a Estratégia de
resolução (que consiste numa breve descrição do que poderá ser feito como forma de atenuar o
Impacto causado pela ocorrência de um dos Riscos descritos).
Risco Causa Probabilidade
[1 -5]
Impacto
[E; M;
B]
Estratégia de
resolução
Erros de
sintaxe no
relatório final
A rápida
elaboração do
relatório final
por força do
tempo que foi
necessário para
o estudo
laboratorial,
pode justificar
possiveis erros
de sintaxe no
relatório final de
dissertação.
4 B
Revisão do
relatório por
outras pessoas
Falta de
comunicação
entre
orientador e
orientando
Uma vez que o
autor vai estar
durante 9 meses
no estrangeiro, a
possibilidade de
contacto com o
orientador pode
3 E
Utilização de
tecnologias de
comunicação
em tempo real
Anexos 66
revelar-se
limitada, sendo
que é mais difícil
esclarecer
dúvidas e definir
estratégias de
desenvolvimento
da dissertação.
Atraso na
entrega do
documento
final
A descrição do
estudo e
resultados
obtidos,
requerem muito
tempo de
reflexão, teste e
aprendizagem.
Revela-se,
portanto, uma
potencial razão
para haver um
atraso na
entrega do
relatório final de
dissertação.
3 E
Dedicação e
esforço para
garantir que o
trabalho é
entregue
dentro do prazo
limite
Conclusões
pouco
fundamentadas
O trabalho
desenvolvido em
ambiente
laboratorial
torna mais difícil
o alcançar de
conclusões e a
2 E
Fundamentar e
argumentar as
razões que
levam ao
alcançar de
cada conclusão
Anexos 67
definição de
estratégias de
resolução de
problemas, visto
ser mais difícil de
os identificar
Dados
incoerentes
Uma vez que os
dados utilizados
foram gerados
aleatoriamente,
a credibilidade
dos mesmos
pode ser posta
em causa
2 M
Cruzar os dados
de forma
adequada para
garantir a sua
compatibilidade
e coerência
Resultados dos
KPI's
incoerentes
Tendo em conta
a aleatoriedade
na obtenção de
dados, os
resultados dos
indicadores
podem não ser
coerentes
quanto ao
alcançar dos
objetivos de
dissertação
2 M
Definir os KPI's
de forma
adequada e
justificada,
garantindo a
possibilidade da
sua análise
Erros de
configuração
de ferramentas
A configuração
das ferramentas
a utilizar na
integração dos
conceitos de
1 M
Configurar de
forma assertiva
e pensada cada
ferramenta a
utilizar no
Anexos 68
BPM e BI pode
não ser feita da
forma mais
adequada,
tornando mais
difícil a obtenção
do CPM.
âmbito da
dissertação
Tabela Anexo 1 - Lista de Riscos
Anexos 69
Anexo C
As seguintes capturas de ecrã tentam demonstrar de forma prática, uma simulação
típica efetuada ao processo de negócio “Fabricar Produção”, realizado através da ferramenta
BizAgi Studio. Esta simulação foi feita através de um portal web, gerado automaticamente pela
ferramenta.
Desta forma, todo este processo começa com o login do Engenheiro, sendo este a única
pessoa responsável por criar ordens de produção.
Figura Anexo 2 – Login “Engenheiro”
Clicar em “Novo processo” e selecionar “CriarPlanoProdução”.
Figura Anexo 3 - Criar plano de produção
Anexos 70
Em seguida é necessário preencher o seguinte formulário com a informação necessária
para se completar a ordem de produção.
Figura Anexo 4 – Completar informação do plano de produção
A segunda fase do processo passa obrigatoriamente pelo diretor da empresa, assim é
necessário autenticar-se para aprovar a ordem de produção.
Figura Anexo 5 Login "Diretor"
Anexos 71
Clicar em “Inbox” e depois selecionar “Aprovar Plano Produção”.
Figura Anexo 6 – Clicar em “Aprovar Plano Produção”
O diretor da empresa pode aprovar ou não a ordem de produção. Em caso favorável o
mesmo segue para o Encarregado de produção, caso contrário volta ao Engenheiro.
Figura Anexo 7 - Aprovar plano de produção
Anexos 72
O encarregado de produção autentica-se para visualizar se têm alguma ordem de
produção a efetuar.
Figura Anexo 8 - Login "Encarregado"
Clicar em “Inbox” e depois selecionar “Verificar Plano de Produção”.
Figura Anexo 9 – Clicar em “Verificar Plano Produção”
Anexos 73
O encarregado visualiza simplesmente a ordem de produção a cumprir, de forma a
preparar-se para a mesma.
Figura Anexo 10 - Visualizar Plano Produção
Como é sabido, a primeira etapa do processo produtivo começa com o Corte- Foi
definida uma autenticação geral para esta etapa, não sendo especificada a um funcionário
específico.
Figura Anexo 11 - Login Etapa de Corte
Anexos 74
Clicar em “Inbox” para verificar se existe algum processo pendente e depois selecionar
“Corte” para trabalhar nele.
Figura Anexo 12 - Clicar em Corte
Toda a informação requerida pelo formulário deve ser preenchida como: início de
produção, fim de produção, número de peças cortadas, peças aprovadas e reprovadas e o
funcionário que realizou esta tarefa. Clicar em “Próximo”, para o processo seguir para a Etapa
de Formatação.
Figura Anexo 13 - Preencher informação Corte
Anexos 75
A segunda etapa do processo produtivo é a Formatação, também neste caso foi definida
uma autenticação geral para a etapa.
Figura Anexo 14 - Login Etapa Formatação
Clicar em “Inbox” para verificar se existe algum processo pendente e depois selecionar
“Formatação” para trabalhar nele.
Figura Anexo 15 - Clicar em Formatação
Anexos 76
O formulário é igual ao da etapa anterior, sendo obrigatório preencher os campos: início
de produção, fim de produção, número de peças formatadas, peças aprovadas e reprovadas e o
funcionário que realizou esta tarefa. Clicar em “Próximo”, para o processo seguir para a Etapa
de Polimento.
Figura Anexo 16 - Preencher informação Formatação
A terceira etapa do processo produtivo é o Polimento, mais uma vez neste caso foi
definida uma autenticação geral para a etapa.
Figura Anexo 17 - Login Etapa Polimento
Anexos 77
Clicar em “Inbox” para verificar se existe algum processo pendente e depois selecionar
“Polimento” para trabalhar nele.
Figura Anexo 18 - Clicar em Polimento
Mais uma vez este formulário é idêntico aos das etapas anteriores. Clicar em “Próximo”,
para o processo seguir para a última Etapa de Estampagem.
Figura Anexo 19 - Preencher informação Polimento
Anexos 78
A autenticação nesta última etapa segue a mesma lógica das anteriores.
Figura Anexo 20 - Login Etapa Estampagem
Clicar em “Inbox” para verificar se existe algum processo pendente e depois selecionar
“Estampagem” para trabalhar nele.
Figura Anexo 21 - Clicar em Estampagem
Anexos 79
A etapa de Estampagem é a última de toda a linha produtiva. Assim é de esperar que o
número de peças aprovadas nesta etapa sejam o resultado final da ordem de produção a
cumprir. Clicar em “Próximo”, para finalizar todo o processo.
Figura Anexo 22 - Preencher informação Estampagem
Anexos 80
Anexo D
Assume-se também que os tempos de produção médios por cada peça produzida
são os mesmos nos 5 modelos de faqueiros existentes, sendo eles resumidos na seguinte lista:
Etapa de Corte
1 colher - 1 faca - 1 garfo – 30 segundos / 1h – 120 peças / 8h – 960 peças;
Etapa de Formatação
1 colher – 30 segundos / 1h – 120 peças / 8h – 960 peças;
1 faca – 45 segundos / 1h – 80 peças / 8 h – 640 peças;
1 garfo – 60 segundos / 1h – 60 peças / 8 h – 480;
Etapa de Polimento
1 colher - 1 faca - 1 garfo – 60 segundos / 1h – 60 peças / 8 h – 480;
Etapa de Estampagem
1 colher - 1 faca - 1 garfo – 15 segundos / 1h – 240 peças; 8 h – 3600;
Foram também definidos funcionários responsáveis por cada etapa de produção, como
mostra a seguinte lista:
Etapa de Corte – Manuel, Ricardo e Salvador;
Etapa de Formatação – Joaquim, José e Xavier;
Etapa de Polimento- João, Patrício e Filipe;
Etapa de Estampagem - Nuno, Carlos e Pedro;
Anexos 81
Anexo E
Estrutura lógica das dimensões
Na estrutura em abaixo apresentada, são identificados os atributos de cada uma das
dimensões encontradas. Para cada dimensão, é apresentada a descrição e exemplo de cada um
dos atributos identificados.
Dimensão Tempo
Os atributos da dimensão “Tempo” podem ser visualizados na Tabela em baixo
representada.
Atributo Descrição Exemplos
Data Indica a data 2014-01-01
00:00:00.000
Minuto Indica o minuto 1
Hora Indica a hora 10
Dia Indica o dia 1
Semana Indica a semana 1
DiaSemana Indica o dia da semana para uma
determinada semana
4
Mes Indica o mês 1
Ano Indica o ano 2014
Tabela Anexo 2 - Descrições dos atributos da dimensão “Tempo”.
Anexos 82
Dimensão EtapaProdução
O atributo da dimensão “EtapaProdução” é a “designação”, que contém as designações
das quatro etapas existente no processo produtivo.
Atributo Descrição Exemplos
Designação
Indica os nomes
das 4 etapas de
produção
existente.
Corte, Formatação, Polimento e Estampagem;
Tabela Anexo 3 - Descrições dos atributos da dimensão “EtapaProdução”.
Dimensão TipoTalher
O atributo da dimensão “TipoTalher” é a “designação”, que contém as designações dos
três tipos de talher que podem ser produzidos.
Dimensão Faqueiro
O atributo da dimensão “Faqueiro” é “nome_faqueiro”, contém os nomes dos 5
faqueiros que podem ser produzidos.
Atributo Descrição Exemplos
Designação Indica os nomes dos tipos de talheres Garfo, faca e colher
Tabela Anexo 4 - Descrições dos atributos da dimensão “TipoTalher”.
Atributo Descrição Exemplos
Nome_faqueiro Indica a designação do faqueiro Porto, Lisboa, Sofia
Tabela Anexo 5 - Descrição dos atributos da dimensão “Faqueiro”.
Anexos 83
Dimensão Funcionário
O atributo da dimensão “Funcionário” é a “designação” que contém as designações dos
funcionários afetos às etapas de produção.
Dimensão OrdemProdução
Os atributos da dimensão “OrdemProdução” são “id_encomenda” e “nome_empresa”
que contém a informação das encomendas a satisfazer pela produção.
Atributo Descrição Exemplos
Nome Indica o nome do
funcionário.
Manuel, Ricardo, Pedro
Tabela Anexo 6 - Descrição dos atributos da dimensão “Funcionário”.
Atributo Descrição Exemplos
id_encomenda Indica o número
da encomenda.
1,2,3
Nome_empresa Indica o cliente. JOM, Continente, Hotel Lisboa
Tabela Anexo 7 - Descrição dos atributos da dimensão “Funcionário”.
Anexos 84
Anexo F
Criação do Modelo Multidimensional no SQL Server
Este processo foi realizado com a utilização do SQL Server Management Studio 2012 e é
composto pelas seguintes etapas:
Criação de uma Base de dados de destino;
Criação das tabelas (dimensões);
Criação do modelo multidimensional em estrela;
Seguidamente serão descritos todos os passos efetuados em cada uma destas fases.
Criação da Base de Dados de Destino
O primeiro passo consiste na criação da base de dados de destino no SQL Server, onde
inicialmente se define apenas o seu nome.
Figura Anexo 23 - Criar base de dados
Anexos 85
Criação das Tabelas(Dimensões)
Seguidamente, depois de a base dados estar criada devem ser criadas as tabelas com
os respetivos campos, ou seja, as dimensões e seus atributos. Deve-se ter o cuidado de definir
corretamente o tipo de dados a utilizar, bem como o nome do atributo.
Figura Anexo 24 - Definir chave primária
Na criação de cada dimensão, o atributo “id” deve ser definido como chave primária.
Este passo deve ser repetido em todas as dimensões. De referir que os dados deste atributo é
gerado automaticamente, porque foi definido como auto incrementável.
Anexos 86
A tabela de factos é criada da mesma forma que as dimensões, no entanto, esta vai
conter as chaves-estrangeiras das dimensões criadas anteriormente mais os indicadores (factos).
Figura Anexo 25 - Tabela de factos criada
Anexos 87
Criação do diagrama em estrela
Depois de criadas todas as dimensões e a tabela de factos, deve ser definido o modelo
multidimensional em estrela que sintetiza todas as tabelas entre as tabelas. A figura seguinte
mostra o modelo multidimensional em estrela criado.
Figura Anexo 26 - Modelo em estrela criado
Anexos 88
Figura Anexo 27 - Modelo de dados do processo de negócio
Anexo G
Processo ETL
Etapa de Transformação
As Tranformações mais importantes ocorridas no data-estágio criado foram as seguintes:
O atributo “id_PlanoProdução” da tabela Plano de Produção da BD operacional foi
renomeado para “id_OrdemProdução”; Este atributo ordena todos os outros;
O atributo “Tempo_Produção_Efetivo” resultou de uma operação de subtração de
datas, realizada através de uma query SQL, através dos campos “Início de produção”
e “Fim de produção”. Após a operação o atributo passou a estar representado em
minutos. De resto o atributo “Fim de produção” foi eliminado depois de realizada
esta modificação, visto não estar comtemplado no modelo multidimensional criado
anteriormente.
O atributo “Tempo_Produção_Estimado” foi gerado através da multiplicação, do
atributo “Quantidade_a_Produzir” com os tempos de produção médios de cada tipo
de talher apresentados anteriormente. O atributo está representado em minutos.
O modelo de dados originado pelo BPMS BizAgi e uma amostra do data-estágio criado
num ficheiro Excel, podem ser vistos nas ilustrações em baixo representadas.
Anexos 89
Figura Anexo 28 - Amostra do data-estágio
Etapa de Carregamento
Carregamento das Dimensões no SQL Server
Os dados da dimensão “Etapa_Produção” foram inseridos manualmente na tabela
correspondente no SQL Server. Por outro lado os dados provenientes das dimensões
“Tipo_Talher”, “Faqueiro”, “Funcionário” e “OrdemProdução” foram importados com a ajuda do
assistente do SQL SERVER Import and Export Wizard, que extraiu os dados da fonte de dados
original e carregou-os nas dimensões. Por sua vez a dimensão Tempo foi carregada através de
uma query SQL.
Depois de criadas as dimensões e tabela de factos, procedeu-se ao carregamento dos
dados para as mesmas. O seguinte exemplo demonstra intuitivamente o procedimento. Deve-se
em primeiro lugar ser feito um “Import Data” sobre a base de dados criada anteriormente.
Anexos 90
Figura Anexo 29 - "SQL Import and Export Wizard"
No seguinte menu deve-se selecionar a fonte de dados preferida para efetuar a extração,
no caso do data-estágio, uma vez que o ficheiro é do tipo *.xlsx selecionou-se “Microsoft Excel”
como o “Data source”, já nas dimensões selecionou-se “SQL SERVER Native Cliente 11.0”.
Figura Anexo 30 - Escolha do ficheiro Excel pretendido
Anexos 91
Figura Anexo 31 - Escolher base de dados pretendida
No passo seguinte, escolheu-se a base de dados de destino e o nome do Servidor, o tipo
de autenticação escolhida neste exemplo foi o modo em “Windows Authentication”.
Figura Anexo 32 - Escolher base de dados de destino
Anexos 92
No caso em que a fonte de dados é um ficheiro Excel, procede-se à seleção da folha de
cálculo onde estão presentes todos dados pretendidos e de seguida escolhe-se como destino a
tabela pretendida para a transferência dos dados.
Figura Anexo 33 – Seleção da tabela de destino
Depois clica-se no botão “Edit Mappings”, para se fazer o mapeamento entre as colunas
da fonte com as colunas de destino.
Selecionado o referido botão, pode ser de seguida definida a “coluna destino” para a
qual serão “transferidos” os dados da “coluna inicial”.
Anexos 93
Figura Anexo 34 – Seleção das colunas de destino
Seguidamente será visualizada um resumo do mapeamento feito aos dados,
adicionalmente poderá ser definida uma conversão ao tipo de dados.
Figura Anexo 35 – Resumo final do mapeamento de dados
Seguidamente é apresentada uma última janela de confirmação da importação de
dados, onde o utilizador poderá escolher guardar o pacote de dados SSIS e correr
imediatamente o wizard.
Anexos 94
O processo finaliza com a apresentação do processamento dos dados da tabela fonte
para a tabela destino.
Figura Anexo 36 – Execução com sucesso
Carregamento da Tabela de Factos
O processo de carregamento da Tabela de factos foi diferente do utilizado para as
Dimensões. Para o efeito foi utilizado o ambiente Integration Services da ferramenta Business
Intelligence Studio da Microsoft. Este ambiente permite fazer o processo ETL de forma mais
simplificada, pois fornece um ambiente intuitivo, no qual o utilizador pode definir fluxos de
execução que abrangem todo o processo de extração, transformação e carregamento de dados.
Deste modo, como os dados já tinham sido transformados a quando da criação do data-
estágio, foi apenas necessário extraí-los do mesmo e carrega-los na tabela factos criada
anteriormente no SQL Server.
Para se proceder ao preenchimento da tabela de factos, foi criado um projeto no
Business Intelligence Studio. A ilustração em baixo representada apresenta o fluxo de controlo
que conduz todo o processo de carregamento da tabela de factos. Este fluxo de controlo tem
como função criar um fluxo de dados. Dentro do fluxo de controlo foi utilizado três tipos de
Anexos 95
componentes o “OLE DB SOURCE” foi utilizado para extrair os dados do data-estágio (tabela
auxiliar). O componente “Lookup” foi usado para agregação de dados com o uso das dimensões
como termo de comparação. Desta forma, é possível pesquisar informação adicional baseada na
informação comum existente na fonte (tabela auxiliar). Este componente foi utilizado para as
cinco dimensões. O processo acaba com o uso do “OLE DB DESTINATION” que mapeia e insere
toda a informação gerada ao longo do fluxo na tabela de factos.
Figura Anexo 37 - Carregamento da Tabela de factos usando a componente fluxo de dados do
Business Intelligence Studio
O resultado final de todo este processo ETL culmina com a inserção de toda a
informação na tabela de factos, como ser visto na ilustração em baixo.
Figura Anexo 38 - Visão genérica da Tabela de factos no SQL Server
Anexos 96
Anexo H
Processo de Criação de Cubos OLAP no Visual Studio 2012
Criação de um novo Projeto
O primeiro passo consistiu na criação de um novo projeto, com o nome de
“CubosOLAP”. Este projeto é do tipo Business Intelligence Projects e tem como template o
Analysis Services Projects.
Figura Anexo 39 - Criação de um novo projeto no Analysis Services
Selecionar Ligação
Depois de criado o projeto, de seguida foi estabelecida a ligação ao DW previamente carregado.
Anexos 97
Selecionar a tabela de factos e dimensões
Em primeiro lugar seleciona-se o Data Source anteriormente criado, e de seguida é
necessário selecionar as tabelas do DW pretendidas para análise. Foram portanto selecionadas
as dimensões e respetiva tabela de factos.
Figura Anexo 40 - Seleção das dimensões e tabela de factos
Anexos 98
Seguidamente é apresentada uma janela onde devem ser confirmadas as tabelas que
foram anteriormente selecionadas do DW.
Figura Anexo 41 - Confirmação de todas as tabelas
Depois de ser definido o Data Source Views, é apresentado um ambiente gráfico onde é
representado o modelo de dados multidimensional que vai ser usado para responder às análises
de gestão pretendidas.
Figura Anexo 42 - Modelo Multidimensional
Anexos 99
Criar Cubos OLAP
Depois de carregado o Data Source com as dimensões e tabelas de factos, é tempo de
criar um cubo utilizando o Cube Wizard. Portanto como as tabelas já foram carregadas
previamente, seleciona-se a opção Use existing tables.
Figura Anexo 43 - Criar cubo através das tabelas já existentes
Anexos 100
No passo seguinte deve ser selecionada a tabela de factos entre todas as tabelas
apresentadas. Portanto selecionou-se a tabela Produção.
Figura Anexo 44 - Selecionar tabela de fatos
De seguida devem ser selecionados todos os indicadores de negócio afetos à tabela de
factos, pois serão úteis para as diversas análises sobre os dados.
Figura Anexo 45 - Selecionar indicadores
Anexos 101
Depois de selecionada a tabela de factos e respetivos indicadores foram selecionadas
todas as dimensões necessárias. Por fim, atribui-se um nome ao cubo e faz-se uma revisão geral
à estrutura selecionada.
Figura Anexo 46 - Finalizar Wizard
Estabelecimento de Hierarquias
O exemplo seguinte demonstra a criação de hierarquias para os atributos da dimensão
“Tempo”.
Figura Anexo 47 - Visão Geral da hierarquia da dimensão Tempo
Anexos 102
Deste modo, selecionou-se a opção “Add Business Intelligence” na dimensão Tempo.
Foi aberta uma janela interativa e selecionou-se a funcionalidade “Define Business Intelligence”.
Figura Anexo 48 – Selecionar “Define dimension intelligence”
De seguida, mapeou-se os atributos da dimensão tempo com o tipo de atributo
pretendido. Desta forma, foi obtida uma hierarquia automática através de todos os atributos da
dimensão Tempo.
Figura Anexo 49 – Mapeamento do tipo de atributos
Anexos 103
Figura Anexo 50 - Completar Wizard
Anexos 104
Anexo I
As seguintes capturas de ecrã tentam demonstrar de forma intuitiva o processo de
criação de um KPI dashboard, através da suplemento Power Pivot para o Excel 2013.
Desta forma, o primeiro passo efetuar, consiste na ligação ao Analysis Services, de
forma a poder conectar-se ao cubo OLAP criado anteriormente (ver anexo H).
Figura Anexo 51 – Fazer conexão ao Analysis Services
Depois de efetuada a ligação ao cubo OLAP, seleciona-se a opção, “estrutura” e será
aberto uma janela intitulado (assistente de importação de tabelas). O utilizador necessita de
escolher os indicadores de negócio e as dimensões que pretende para análise. Neste exemplo
foram escolhidos todos os cinco indicadores disponíveis e duas dimensões, sendo elas
“Etapa_Produção” e “Tempo”.
Figura Anexo 52 – Escolha das dimensões e indicadores pretendidos
Anexos 105
A consulta efetuada, foi concluída com sucesso, ou seja os dados foram importados para
o Power Pivot.
Figura Anexo 53 - Importação dados efetuada com sucesso
O próximo consiste na criação de uma tabela dinâmica, como pode visto no lado direito
da figura, os indicadores e as dimensões, podem ser escolhidas livremente, conforme as
análises pretendidas.
Figura Anexo 54 - Criação de uma tabela dinâmica
Anexos 106
Portanto, a título de exemplo foram selecionados os indicadores “Peças defeituosas
produzidas” e “Quantidade_a_Produzir”. Após selecionados os indicadores, o próximo passo
consistiu na criação de um campo calculado.
Figura Anexo 55 - Criar campo calculado
O campo calculado vai realizar uma operação de divisão entre a soma total dos
indicadores pretendidos, como pode ser visto pela figura em baixo representada.
Figura Anexo 56 - Definir fórmula de cálculo
Anexos 107
Depois de criado o campo calculado, é tempo de aplica-lo a um KPI. Definem-se em
primeiro lugar os objetivos para cada uma das três cores, que vão corresponder ao estado final
do KPI.
Figura Anexo 57 – Definir objetivos KPI
Por fim é apresentado o estado do KPI criado, tendo apresentado o estado de vermelho
para o índice calculado como exemplo.
Figura Anexo 58 - Visualizar estado do KPI
Referências 109
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