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     A   MARCHA   DA HUMANIDADE

    a1tecrOO~

    ~;"~/O   . /~qt «d~qg~,~

    Tradu

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    • •

     A   SOCIEDADE   INGLESA

    ANTES   E   DEPOIS

    DO   ADVENTO DA INDUSTRiA

     No   ana de 1619 os   padeir os de   Lonclres solicilaram as aulo-

    ridatlcs   um aumento no pre~o do pao. Em apoio do ped iclo cnvia·

    ram   1 1   d escr ic;:f io com pleta   duma   pad  ar ia e u m a nota dos   gastos1>cmallais da mesma   (I).   Nesse   csta beieclmento havia   trcze   oU

    quator zc   pessoas:   0   padeir o c   a mulhcr,   quatro assalar iad osespcciaJizados   (oficiais), dais aprendizes, d  uas eriad as   e   astr~s   O!l   qUrttro   f ilhos·   d o   meslr e   padcir o.   Calculavam-se os   d es- pesus   desln casn ern   seis   Iibr as   e   d ez   xelins   pOl'   scmana,   dos   q uaIsapclllis   OIl7.C xdlns   C oito   dil1hclros   f;C dcs(/navnTl\   n  R alar  jo~:   rnclu

    cOlOn   (d oh   xclllls c   sels   dlnhell'Os)   pOl'   SClllUlln pO!'li   coda   IlJlI   Jos

    O"Cllll~1   .Iurnulcll'os c   d cz   dlllll

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    !   ,~es como justificacao pata   0 aumento d o   pr e co de   venda do pao,i   cilstahd o   seis dinhcirus pOl' sClllana a instruc;ao   C0   vcsttHlrio lIosI 'HU1OS do padeiro.1

    :   tJma padar/a Jondrina era, sem dtivida, nquilo a que poue·

    d amos chamaI'   u ma e mpr es a c om cr cl nl ou m es lllo   industrial,

     pois que pr oduzia paes   aos   milhares. Tudu se fal.ia,   porclIl, na

     pr opria casa do padc/ro. Havin provnvclmente ltIna   ,'o  in   que fazia partei: la casa,   loja   no sentido de   olicilla   e nao com   0 significado

    de   cstabelecimcnto de vend a   a retnlho. as piles l ido cram gCl'nl.I   mente'vendldo!; ao balciio; t inham de Set' trnns pot'ladus pnrn   0

    !   lnercado ao ar l ivre e dispOSlOS em bnncas   (').   Nns   traseir3s ciaI   .::asa havia urn ccleir u, pelo   qual u padeiro pagnva d ais xc/illS   de

    ,I   r enda   POl"   semana e ot1de armazenava a trigo,   0   car vao «do m ar "

    I   r d e p edr a; vindo de N~wcastleJ   para   0 forno c  i provisfto de sal.A   casa en!   Isl mesma ci-a uma dessas altas constrttc;ocs I'cvestidas

     pOl'   viganientos dc madeira, as quais se debrtll ;avam sobre mila

    das estreitas ruas dc Londrcs, como s50 as casas   q ue cvocalllos

    I 'quando rccordamos os ambientes em que vivcrmn'   Shakespeare,

    !   : Pepys ou mesmo Christopher Wren.   !I.   maiOt'   par le   t la casa era!   ocupada pelos aposentos'   o nd c s e alb er ga va a duzia de pessoa,"

    i   q ue   hi   trabalhavam   ..  I   I   J!   6bvio que todas estas pessoas comiam em   casa,   UlIla vel.

    i   I I '   q u e   0   cuSh> da sua alimentac;ao ajudava a dclcr lllinar    0  ClIstoJ   q e   produ~a6 do pao.   l\ .   excepc;iio dos of/cials assalar lados, todos; I   ~ram obtig~dos a.  passar    ~a n ai te e m c as n e a vi vcr juntos como,   1   'uma famflia.'

    I

    ,   Nesse temllOj n tinicn pnlavrn usnun Imra dcscrcvcr tal grupo

    de pessoas era "famflia».   a homem   it   cabc~n uo gl'U pO - cmprc-

    sario; patri io ou gerente - era entno conhecido cOlllO   0chcfe ou

    cabe~a   da   [ar oflia.   E ra pa i de a lg un s da s s el ls m er nbros   c   fnzia~de pai quanto aos resta,nteS. Ni'io havia nenhul11a dislilll;ao nflida

    I,   ~-

    ' j   i   (2)   .Ncnhum pad eiro podc vender piiu em sua   casa   Ull   10Ja,  m

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    : I

    i   I   «F or necer .se de, c fornecer    aD   seu   d U o cr iad o a!i f lle" tos,' b~bid as,   vestudrio ,   ,meios de limpeza ,   alojall /enlo'    e lodas   as

    outras   cousas dur alt le   0   dito lerl1lo   t ie sele a,tos, e   110 lilll   d o   ditoI '   '   ,

    t er mo dar a o   seu dito   a pr elldiz d uo s mud as d e   r oupa,   tl   saber -

     I  J t o   pqra   os dOlllillgos   ~   d ias sC/Ilt as e l alo par a as d ias de   Ira-bf  / llo..   ' 

    I  •   Os   nprendizcs   ,cram, porlanlu,   lrabalhadorcs   q ue   lillll bclll

    Cf ~   Wl10S~   filhos' ou f ilhas exIr a (as raparigas ImnbcllI   pod ium

    S f  "   ~H~r ,~ndiza~~--:-~I;lC~l~~ia que vestir, c~ucar e ulimcnlur,   uor i-glld os   a,obedtencla,   prOlbJuos de casar , nao remunerados e   abso-

    ~t   I ., I   :..   -

    lutarnentc'depende1!tes   &lc   it   illade de vinle c um anos.   Se os

    ,u pr F~~~~~~scram tr ~ balhauores ·na posi~ftu   de filhos e' nJhas, osf ilhos   e   fiJhas d a casa lambcm er am tra balhauor es   pOl'   sua   vcz.

    g~   16 97 ,   John Locke cslaluiu que   os filhos dos pobrcs   tleviallli t~a~~UJ~.r :iduranle   .nar1c   do,   di~ quando atillgi.ssel11 a i~lade ~e: tres   I ar ws   (').05   fJlhos e as ftlhas dum padelro Jond nno nao

    ! trPam liberdade para ir    a   escola d ur ante l1luitos anos oa sua: juventude ou mesl110 de briQcal'   a   "onl,loe quando chegavam a: c~sa'. ~l;Iito ced o   s~ enconlravam a fazer   0que podiam,   a pcn:irar 

    farinha ou n'  ajudar a criaua com os cestos de p ao a   camlnho

    d " , ~ tenda no mercndo ou a   d esempenhar    pequenas larcf as   na   in-(lod a pr e para~ao d~s silccssivas r  ef ei~oes para lOoo   0  pessoal

    Ja   casa,   ,   , ,,'   I   'I   ':Por ~~lo, podemos vcr imediatalllenlc que   0mund o quc   nos

     pcrdemos, como dccidi   chamar-l~le, .nao   era nenl~u~   pam~so. oui~ag~'

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    Tllas   na o d e t odo.   No r ei na do u c Hc nr iq uc V III , Sir    Thomas

    Mor e   seguiu   0 exemplo d e   Platao ao imaginal' ullla viua sem   inti-

    r  pid ade   e sem dinheir o, "ld a que se t enhn aust ido d  e cOllceber 

    t;llla   vid a   e m q ue   as   cr iall~as n:io   cOllllcce ss er n o s pa is c c m   que

    a pJ'oll1iscuid od c   fosse   ulna illslil.uir;50   politic". Ccnlo   c   ciliqllcnta

    anos   mais tard e, Sir William   Pclly.   tlIll  d os   pr il1lciros   sociulogos

    cia  p o/We D,   espcculou sa bre   a poligol1lia. E a Inglatcn;! d us Tullo-

    les   c   das   Stuar tes   j l:\   conhccia   as   estrulur as socia is   c   os   siste-

    mas   scxuals do   mUlldo recentcl11cnle dcsc ob er tu , Hiu (i1rcrcnfes

    Jos   seus   que   causavam nlarme. Mas   cleve tel'   par eciuo im possf -

    vd    esf aJ'r ;ar em-se   pOl' 'imaginal' que   semclhantcs   coslUIIlf .'S   pudes-

    :>I~III se r mcsmo   nlgo   de   satisf al6rio   (1).

    Ter-sc·a   repar ado que os papcis que utriuullIlos   a   lOUOS   uslllcmbr os da vasta famIlia do mcstre padeit~o de Londr es,   no alia

    (k   1619,   sao cmocionalmentc bas[an[ c si ll lb ol ic os e satisr aturius.

    1"icamos com a impressao d  e   que,   numa   sodeclauc ol'ganizada

    como   cstn, nao obstante toda a sllbordinal,:ao, cxplol'U(;flo   c ubli-

    lcr ac;:uo   dos que   ou   cr    m   jovens   Oll   do scxo fcminino   Oll   cs[a-

    vam   a   servir , Lod a   a   L 'nle   per te nc ia a u m g ru po   - tllll   gr ullo

    familiar.   Cada   qual Linha   0 seu   circulo   de   arec[o:   [od a   (\  r clac;iio

    r .,~ pod ia   enlender    como uma r  cIac;:50   afediva.

     N50 succde 0 J1Iesmo cOllnosc o. Quem podent gostar    d o   nome

    duma   socicdad e   d e r esponsabilid ade limilada   Otl   d uma   rcpar -

    :ir ;50 governamental da JIlesma maneira que llln apl'cndiz   goslava

    . do   se~ me sl re e pai-subsliluto, allamente safisfalor io,   lI1eSl110que   ,

    ('sle   fossc til'a;lo . c a~tigador ,'   usudr io   c hi p6cr iln? Mas. sc   a   f aml-   £ ', tia   e   ~fr c ul o d  e   af ecl o, t am bc m pod eni ser ccnario de   6diu.   as pio-

    r es   tir anos da'   sociedade humana, os nssassinos e vil6es,   s50 mari- ,.' j, •   • • •   ~

    1

    (105   cllunenlos.   c   esposas rancol'osas, pms possesslvos   c cnanc;:as)   .

     pr ivad as de tudo. Na sodedade tradicional e patrim   cnl   cia Eur opa,

     j   1 1    cia   Amer ica,   Af r ic a e A si o   SllU   os   Jni bH~s   de \cHura   c   l1S   Iislns dalJi bliotcca de John   Locke c   tnmbcm   de Isoac   Ncwlun:   v.  J ohn "arr ison   c

    , !'cler    Laslell,   Ti,e UfJrury   of    101111   Locke,   Oxf urd ,   /965.

    i   26!

     f duma familia, muitas vezes duma (mica famIlia, sc~elhaJltes tell-

    soes devem ter sido conUnuas e sem lenllivos, incapazcs'de escapc,

    cxcepto   em ocasi6es de crise.   Homens, mulheres   e   crian~as ten;que viver juntos duranle muito tempo para poderer tl ger  ,ar 0 pod er 

    cl11oclonal   d uma tr  ag cu ia d e S6 focles,   d e   Shak espeare otl d  c

    Racinc.   Em   lal   socied ad c, os   confllLos cslalavam e nt re i nd lvfduos,

    il escala   )lcs~)Onl.   txcc pluando as tUfas   entre d lsUios   c inr icis   Oll

    entre   rrolesl~1l1cs c cat ulicos.   nno sur glalll cOhflitos entre grnl1-

    '   . .   ~ ~ .   I , .   tiC!;   Illussas   de   pessoas. NUllca   pod erlam exlstir    siluat;ocs   como

    '\ as   q ue   f uzeru   d o   nosso tempo,   segundo alglIns   nutores, arena de

    \   r evoluc;ao pei- petua.   '.   I

    ./   .   Tudo Jsl o s6   scra ver d adeiramentc   hist6r lco   S C   0   peq ueno

    \

    g ru po d  e pessoas que fOlium pao   no Lond res dos Stunr les for  ,na vcrd ade, a un ida dc s oc ia l t lp ica   do vclhu,   niuhd o, e ll l t anirl-

    '-.. J~~~! .. C(J.I.lli} pil5.~s~-c~.lii~~~ -razoes(itieno1· 1~~~ .iil--n  · -s· iijJor -~ttca c asa d o   padeiro talvez csiivessc um t ar  tto f ohi   do nornHll, bois

    a panificac;:ao e ra u ma o cu pal)ao   a!t~mentc trad ldonal numa soelc-

    oade cada   vez mais sujeHa a altcra~6es ccon6micas. Na d  evid .\

    altura,   vcr cm os que uma   f amf lia   ctc tr eze   pessoas,   a qual   t d r n - belli cOllslitufa.   uma unid adc de   inod u~f io   d e   tre ze , m enu s a scriunc;:as totalmente incapazes de   lrabalhat·,   era hastantc   gr and e

     para a   socicdade inglesa   daqi.i~le   tempo.   S6 a s farrif!ias dos que

    c ra m r ealmenle imporLantes,   d a aHa   e   d a   pequemi nobrezr i,   closlIlagislrad os   municipais   e   dos   cotner chintcs pr 6s peros   tin/lamgeralmelllc   ngregados Uio   grand es. Pod  emos,   c o m   ef ~iLo, to/nnr n padar la   como cxemplo   represcntativo d o limite   maximo, em

    lamanho   e   escola, clo grupo   em   q ue as   classes   Jnf etJ ore s viviam

    e trnbalhavam. Entre as gr and es ma ssas   q u e   cuiiivavtim   a letr ~c que ser ao   n maior preocu pa~ ii o d este ensaio.   0 g r u p o   familiar e ra llIai s r eduzido do que   b   cf tculo dum   artf fice   Iondrino.   .

    Mas   !Ili   oulras cousas   a notal'   quan lo a o p ar  iorami comerd ale industrial. Para p rinclpiar ,   vale a pena observar q Ua D p ro erhi-

    nen[cmenle   a   d du de e   0  ad esanato figurani im   memoria folcl6-

    rica que   ninda retcmos do murdo que nos perdcmus.   1\s nossas   '

    recor da~6es   sobre a agricultura e   0 campo nao SaD nada   q ue sc

     possa com parar com as que domlnarahl aquelc lluindo   d csnpa-

    r ccido. 1\ind a   contamos nos nossos filhos como   0aprendiz casQu

    c om a   f ilhu   do mestre,   05 quais silo os hcrois.   Ou como urn   cSi ~a-

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    nllO casa   com a v iuva   dcsamp ar aua   pdo   paijpatnl0   quundo   esle

    morre;   esles estranhos mal recc bido s pc/a fam llia suo   o s   vil6es.~{c(cr Jmo-nos a padciros   q>1110   s'c esles rcalmcnlc IrubnlhnsscllI

    n as suas cnsas; Callu pos   d e   soltcirunas   OS  COlltoS de   Fadl/s   dos irmdos GrimllJ   for am pr illlcir o puhlica-Llos   em   atcmi io e m 1812·i4, mas   f or am   logo   trllduzidos   par a   ingles.   'lwIJcn-lalld o   a   r e pcrt6ri o d e   tal litcr atura   que   ja   cslavu   a lornnr ·se   po pular .   Em

    : visla   da origem   do pr olcslo   'social JIIal'xisla   110  I1 1csmo pals c ao   I11CSII\O

    lempo,   lalvcz s cj a'   sillllJflcalivo q ue   a   villa ind usl ri al t ra di donnl f  osscromanli~tla em gra nd e esc ala na Alcmanlw.

    (9)   Par a a   movir ncnlo de   /lCSSOOS   a   inslalar cm·sc   ora   numa ler raora   IJOlltra,   v.   Cn pf lulo V   c   0   artigo   of   r cf criLlo: Laslclt   e   Har r ison,   Clny-wor lh   c Cogcnhoc,   it!  / listorical   Essays. pr  eselltef l   t o David    Ogg ,   ~d .. I1.   E..lie /I   InLl R ,   L.   01 IIml ,  1963 (Pl'. 157-84), Par a   Claywor lh, a fonlc   pnncl pal   CTlt e Rector 's Boo k, Cla yu'Or t il.   NailS.   Ed. Gi lt a nd G uilf or ll,   Nottingham ,

    19/0.

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    l c-famllia.   sao .us~dn5Jntercambiavclmente,como os   !JOn!CIIS   d o   tempo asuSil vam.   As dJstm~oes tc!clllc:ISqu e   se fazcll1enlre   clus para f ins   sod o.16gicosser iio discutldas em r efcrenda   i t   eslr u!ura   social pre-industrial   f lU0 1 tra   mais vasla a q ue  j a   IIOS   ref cr imos.

    .31   ~

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    - - ,   ; t ; I f  l l f  l ' ~ li!~~ti#~! j;;; j;"i"'f ,·"i""i~"'hd,.,.".~,"'''1,'"~....",,,,,,•..•~,.. ,,   I,   ,   'I   !  I   I!   I

    ,   II

    I

    Mas a simb6Jica   atribui~ao de perpetuidade e apcllas ltlllU• das fun~oes sociais da Igreja. Numa altura cm que a   a ptiduu, par a   IeI' entend endo, c pan, escrever J1lllilo mnis do q lle   uma; d rta   pessonl, estav8 confinada,   nn maior parte d 

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    minucioso d o mund o   social pnS-industr ial torna csta   questiio de

    ~scala   ainda   mais cr ftica.   Havia dcscontinuidadc ontle   quer que

    [actos   da vida   ccon6mica   e   da   tccnologia exigisscl11 lllll grupo detr a balho diferente tlo da   familia   tr a bnIhmlor a, em   lamanho   e

    :constitui.;ao.   Dal,   0  scr em   considcrn dos cxcc pdonuis a   tr i pulu-

    ~aol d um   nuvio, o.gru po   de   tr a bnlhadores num cd  if lcio   O!J   COIIS-lr u~ao j   os dnqucnta oU se sscntu homclls ntlultos   q ue   [osselllnecessar ios   nUma   mina ou   numa   munuf actur a de annall1enl.os.

    h,   de   faclo,   cram-no, tanto assim   q u e a constr u~fio   civil   tivcm a

    sua   pr opr ia   associa~1io dcsde   os tem pos medicvais   c os mincir os

    cratn   uma comunid ude   0  p ar te   onde quer   q ue sc cncolltr assem   C  ~ } ·

    : Niio   f oi apenas a escala d e   lrabalho e   0 tamunho   do grupoquci as {ornou   excepciollals,   mas tambl1m a constituic;ao   do pro-

    ' pr io   gr u po. N a casa de pahifica~50 que escolhclJlus   COIllO   padrfio,

    o scxo e a id  ad c estavam misturndos. As crianC;as alortulludas

    l)odcriam sail' par a a cscola,   mas os adu!tos,   CIlI   gcml,   nflo trnb~-

    Ihavam for a   d e   casa. Nao   havia   nada que correspond esse   aos   11 11-

    ljmr cs d e   jovcns   HUS   Iinhas d e   lJ1ontagem, as cClltcnas   d e l'Hpari-

    Bas nos   escrit6rio!;,   lIS   vidas   solitar ias das   donus dc casa quc

    ho je   Uio bem   conhecemos.   Vel'cr nos que, surprcclld clltemente,

    :numa c poca   em   q ue   possibilidades de sobrcvivcllcia   prcvalc-

    Icentes eram   multo   mCH' s   favonivcis, uquelcs que   atillgiam   uma

    .id ade   avan d e   clireito, tanto   110S   «:entr os

    urbanos   d ispersos como   nos cartlpos em reclar - uma das r  egr asq ue d eu   UI11cankter es pecial   a   sociedad e   dos'   nassos   antepas-   jsados.

    '" ~( • I   ' ; f 

    Existla   contud o, l1 a  escaln   e   organiza

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    ----- ":~'\1'IIllf II~;,,",""""~-~"c,. -. _".- .•.•...

    I

    tante foi   estc elemento de fon;a da actividade cumum para   a vida

    da:   comunidade rur al inglesa nas vcsperas tla indust  rializac;au

    ou   q ua·~.~. d if erenc;a que Ceza introduc;iio d os ccrcadus. Mas, entr e a etva alta para comcc;ar em   a   cortnr    a   f eno, nao   Ii'lCl'UlTIsu~essor~s nas activid ades ccullomicas   elll   lar ga escala,   pois   a

    or g~niza~ao   destes gropos   er a, par prind  pio, completamente   dir e-r enfe   £ f~   organiza~ao duma fabr ica, d uma f ir ma   ou   mesnlO dumaquinta   colcctiva.   .

    : :   T~r ito antes   c0r :t0   a pos   0  aparecimento dos cercados,   fllgulls

    cam pol1~ses prosper avam:   as colheitas cr am JIIais [ar tas e   till!lam

    'llais tcr ~   pani cultivar. A fim de consegui r a ma o-dc-ohm   extra

    e~t~o n'eces'saria,   0 pr opr iet ur io d a q  uinta,   tal como Ulll  ur tesfiokfpr tu~~J9,   \ aumenLava   q   sua   Camflia   tra bnlhad or a, contr L!f anuo

    ~apaze$'e   'raparigas   como   criados par a vivcr clII com cle e lavr a-~dnos'campos. Tinha de   0 fazeI'. m~smo que   a terra que cuhivavah~o f oss'e' delc'  mas sim n1'r end aua   a   grand e   famil'   hcasa sellllO-~i~t. Ve~if icamos   q ue,   '0 '5   vezcs,   ele   p1'cf cr ia pOl'   os seus pr o pr ios

    f ilhos a ~cr vir c trazer   oUlr os   jovens   para   f azer   0 tra balho que   Jiles'c~m petid a.   J : .   cstc um   dos POllCOSvislum bres que pod crnos tcr 'da   vida! ~mocional d uma   f amilia   des Ie   tem po, puis   lIIoslr a q uch~via pals   .que se' senLiriam   r clutanLes elll   submclcr os   SCIIS   pro-

     p~ios (Hhos   n   d isci plinn   do tr a balho em   sua cnSH.Signif icnva lam-

    ,  b~m; q u e   os criados nao   c1'uI11simples bcncfkios auicionais   ua':,liRucz~ ~ ~a posic;ao.  No   lcm~o   d os SLuart,. UIll qllar ~~   Ol~Illesmour n   tcr ~ b   d e   tod ns ~s f  a~nf has   do pals   ~lIlhall1 cnatlos,   0  q ue

    ~1J~er 'd!~er que as   pessons muilo   humild cs   ta~nbcm o~ pos:~ulam,

    ' j d a   mes$a mal1cir a qtlc os titula1'cs e   os   flCOS. AlclIl   dISSO,   a! mai~r part e d  os cr iad os,   na   gr ande ou   nn   peq uena casa,   !Iomens

    .~:lllulhef es,   ocupavam-se   do   amanha   ua telTa   (lA ),

    ;'   !, , ; 1 '   1(11)   :'iEin Eall ng no Midd lesex,   em   1959   (v.   nola   73), cnlao   umn   .ald ei.a

    .   " pt-ovlnciana.   e   claro, n50 men os d e   60  %   de lodas as pes.sons CO!II Id ad csl.c9m preendidas entre os 15 e os 19 anos   eslavam a serVlr .   0 l Iumer o de

     j ,   cliad os   'er a   de 109 numa popular;5.o de 426, e cnconlravar n-sc em   mals de/ " 1   i   .

    , ! ' ; 3 6

    Os   ra pazcs   e   os   homens   encarr egavam-se   d a   lavra, d as sc bes,

    das CalTO~flSe d o pesado c   es pecializad o   tra balho   d as   colhcitas.

    As   mulheres   e   as   l'apar igas   cuid avam   d a   casa, pre par avam asref ei~6es,   Cazium a manteiga e   0q ueijo,   0 pao e   a cerve ja,   e   tam-

     bem tratav3m do gada e levavan~   a   Crula par a   0mer cad o. No   'tempo d as   colheitas,   d e Ju nh o a G utu bro, tod  as as maos se

    ()cupavam c tod as   as costas estavam dobrad as. Eslcs c ram os   / 1mcses decisivos   par a toua a popula~ao su jeita   ao humido   clima

    nor tenho da   Inglaterra,   com uma   unica calheita   p or estac;ao cconfiando nllma   au   duas culturas npenas.   Tao cr Hico   era   obter 

    cer eais para pao, que a primeira regra d a   nobreza (ur n «gentle- i,/{'man» nunca sujava   as maos par a ganhar    a vida)   podia   ser entao!revogad a.

    Suger imos que   uma caracleristica   fundamental do mundo

    que 1l6s perdclIlos era   0 local de trabalho,'   que se supunh a un i-

    \'crsalrnente sel'   a   casa. Referimos   que, no caso da industr ia c

    nas   ciuades,   0  h omem contratado, q ue trabalhava   :for a de casa

    duranle   0d ia   e   ia   a   casa comer e d ormir , er a considerado cxcep-

    dona!.   A   parte as   medidas geralmcllte   estabelecid as sabre os

    assalar iados   « jor nadeantcs», o s qu ai s c ra lll , d e f  acio,   0 foco de

    quaisq uer    uificultlade s n as   r elac;6e s d  e   trabalho que   enta~   sc

    cxper imentavam   nas   cidad es,   nao se d  escobriu ncnhum' acor do--pad r fto que previssc a divisao permanente   entre   0 local ue habi-

    ta~a() e   0 local   de   tr a balho.   Que lais d ivisoes   exisliam e que poder iam mesl110 t el'   sid o   lugar    COlllum na cidade   e   no   campo,

    e   um Cacto  que   nao   se pode   pO l'   em d llvida.   H a   provns d e   que,Ila cid ade de   Beauvai s, em   Fran~a, em todo   0 caso, ur n   fabr i-

    cante d e   tecid os em   gr ande escal a tinlla em s ua c asa maq uina-r ia para   mais homens d o qu e p od eriam possivelmcnte   hi viver .

    Julga-sc que   os   homens   vinham   das   alueias ate   Beauvais   par a

    tr abnlharem   d ur anle   0 uia,   tal   como   nn   Inglaterr a   vitod alla   os

    homcns iam   d as   aldeias   para as   d d ad es para tra balharcm na

    conslr U_ 

    Esles   [act os del nlhndos sa br e a e sl ru lu ra social [or a m c onf lr mados   ern

    dtlzias de c omunidades sl ua rt ianas, lalvez   em maior exlensao   par a Clay-

    wor th no Nollinghamshire:   v.   0ar l ig o d e Laslett   e Harr ison (Nola   9) .

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    ,\   ii\ltellA VA   lIU~iANWADt;

    Ilr ializaram existeni lndlcios de que, taJ como cm   Beauvais,

    .1lavia   unidadcs econ6micas que l lnham de ser suprid ns de jor -

    naleiros,   os qUais  vinham, talvcz,   d os   Jugares circunvizinhos, mas

    ccrtamenle   lnmbem cram   r ecrulodos dcntr c as filhos crcscld os d e; f amflias   q ue   viviam   na   cid ad e: r apazes, talvez, e   I1ICSJIlOII01lIClIS:nuHs vclhos   e  homens casad os   que   nfio trabalhavallI   no lllgm" onde

    . ;rdidiam ("). Mas, apesur de lud o   0 que s e c.lisse, a   d ivisfio   entr e;0 ~ocal   de· hn bita~ao   C 0   local   de tro bnlho   111\0er a   cnmclcr f slica

    : ;r e~onhecid a dn estruturn s?cial   das   cid ades habitmla5   pelos nus-

    'sos anlepassad os.   A  viagem para   0   lrabalho, a h6spcde   solitario;que p aga a   r enda com   0 salario ganho na fnbr ica,   sao   mar cos

    caraclel"islicas   da 110S5asociedade e nao da deles. Somos   fon;-ados

    , ::I pensat q uc, em   assuntos lndustrlais c comcrciais,   sc slJplJlIIHl(que   a famflia tr abalhador a sc bnstava a si pr opr ia   q uanto   a   mao-!,.db-o bt·~, r i50   obstantc as vicissiludes do mercado.II   I

    !   :   Mas   0 grau d e   acti\'idaclc   em agricullura   c   Cund alllclllalmcntc'ritmlco e as s uas cxig~nd as de mao-de-obra varinJll inevitavcl-

    'mente   com'   a :epoca   do ano;   0eslado do tempo duranle a semana

    c ainda com os pr c~os dos jJrodulos no mercad o.   Para cOlISe-

    guir tr aha/hat'   0   solo, cspccialmcntc, como   J a   110S   r cl'er imos,c~m   o,clima   c a gcologia da Inglalcrra, era   IJr cciso   dis por de

    ; um   fundo   ,de mao-de-obr a que a   f amilia de Javnlllores   poder ia

    : i o J   nao utliizar,   con[orme   0chde decidisse. A maneir a como   se'I pr oviam conll'a csta Ilccessidade mostr a   quao cOllvcnicntementc! a   eslr utura lr ~ndicional   ~  palriarcal cla sociedncle   podia ser "cla p-:rada   para satisCazer as neccssidmles duma econolllia   particular.T~mos,   d e   invesliga-Ia nas hislul'ias da vida dos llOl11cns c das

    ; tq ulheres que viviam   nas ald eias,   nas lislas de   mcslcres que s e

    .t'k erciam no   cam po,   os   quais   f aziam   parte dessa vida   lanto C0ll10

    i o;que   se passava Jl~S estabulos e celeiros. ComeCClllOScorn   0cicio! d e vida   dum   :ha bitanlc   po brc d uma a/deia illglesa., . .   ,"   ,

    Muitas vezes,. mesmo quase sempr e, um rapaz (ou uma r tijJa-·

    riga),   nasc1do numa   «cboupana., deixava a casa'   paterna para'

    ir servir aos 10, 11 ou 12 anos de Made, entbora tenhamos   encoil- i

    trado   «cr iados» com apenas 8 au 9 anos. Ele (olt  el~) juniaHi-se,1

    entao, a   uma outra farnl1la.   Se   fosse ra paz, duHiuit-se-la crlado'd e   Javour a e   fk arin nn   posi~ao   de servk at,   se betr l q U e   nao neccs-sar inmente scm pr e   nu mesrria   casa,   nl~ sc   casar.   b f ncsnlO acon~tcela com   as   r a parigas e   a s   mulher cs:   0casamento,·   Se e q ti~ndd sur gisse, far -se-Ia f r equcnlementc   com oulro   criado.   Dur antc'esletempo,   que   poderia ser d e   12, 15 ou mesnto 20 anos,lo crindci  era

    mantid o   peto patriio e nao corrlli   0  risco da poh~eza ou d a   Came j

    1llcsmo   q ue   0modeslo lavrador ct>m quem ele   vlvia estivcsse   pior 

    acornodauo do que os cavalos do senh br das   tetras e and assemais   mal   vestido do que os cHados do mesmo sehhbr das tcr r as~

    «as cavalos do proprietar io», escreveU   U rn   contempod\nco   d ohumilde lavrndor, «cstiio em   cabs r  helhor es   do   qt.le Ii dele   e   Jseu cr iad o mais   f   lfimo vesle-se de   pario fota das posses d ele•.

    Contudo,   0  lavrador tinlui   0   seu   phSpr io cHar lo, pais q  ualld d 

    rczava as   ora~6es familiar es, depois de   um dia   de labutd   exaus·

    liva,   "8 mulhet donnia nutri   canto,   0 fithb   noutro   e   0 cr iacloninda   Iloutro.   (1 0 ).   ,

    Mas   a pobreza aguardava   0   cl'iado do lr  ivnid or, q  uand o   S Ccnsnva e   in viver numa   «choupana. de tnt balhl1dor '   como uquclh

    , em q ue nascern. Quem quer   .q ue   tivesse   side   0   seu   ~ntigu   patriid ,o tr abalhador,   recenle   cr iad o   da lavour a,   esiava sujeilo   a   cair na miserla logo que a   mulher    cOl11e~asseit   ler   fI1hos c   c lc   p e r '·desse   os ganhos d t\ sua   com panhcira. Vma vez   f ora dn  c a s H   d oJavrad or , t1nha de viver   d a   sun   joma e,   como   toclos as   m ch 1 . b ro sda sua familia, estava sujeito   aos ca prlclios   local~ do   met-cado

    do trabalho.   Jornalelr o   era   agora   a   sua 4eriomina~iio cor hict:i,

     pois   so   ganhava   dinheiro contratand o-se dia   a d iacom os Mvr a-

    dor es   da   sua aldeia. Eis   uma gr and e   fonte   da   mao-de-obra   e x t r a -necessaria   ao bom andamento da   ngricultur a, e   0 pobre earn I) \ ? -nes   apcnas podia esperar    emprego   sezonal   a   t.lma   joma   fixa,

    da Jnesma maneira que   0 seu salado   como cI'iado for a f ixad o(19)   Par a as   £abr icanles d e   panos de Beauvais,   v.   a   oh m c1assica d e

    d cscr i~ilo sociologica/hlsI6r ica, Pier re Gouhert,   lJeal/pais el   les Heal/Pois;s,Paris.   1960, Purt   I, Ch.   VIII, e,   par n   u lamanho r eat das   clllpresns. v.I'.   284.

    , A   im p'r essau   de   q uc,   nas   cida

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    1

     pel os   ju(zes de paz.   N as   !a bclas   pu blicadas.   eslavam pr cvislas

    cJuas f ~r mas de j orna: com C sem comida e bcbiua.   Ao   chegar 

    a   quir ~a   : pal'a pegal'   no tr a balho,   0 jornaleiro podia exigir    0  sellJugal'   q   me sa j unto dos cr iados que viviam   lIa casa, pod end o-seqizer    9tte   se   ,tornava membro ua f  amf lia   tr abalhauora   d urantenq~eIe   d  ja   a o «partilhar    0  pao» com   os membr os pcnilancnles.

    Er a   q uq~~ um acto   saf l'f ullclIlal.

    , li~c.;ntapto   0 jor naJeiro nao   vivia so dos   seus gallhos   oca·~ionais. Par a pr incipiar,   tinha   0 prod uto da pcquena   pon;flu   uc

    terr cl lo q  u~ I:ircund ~va a   «choupana»,   0qual, conf or m c f or a   deere-

    lado   pcl9   ~overno d e i sab el I,   seria de quatr o acres, ell lbor a   islo

    ra ~   se ppssa considel'ar como uma r egf a gera!.   Dcpois   havia   os~o?rcs   atir ad os ao s s eus Wh os p or e s pantar em os pas s3ms,   a pa-

    nh~r em bich os da nin hos uu tomar em conla dos carncims, Mas,

    so bre~ud o, havia os ganhos da muJher e   de toua a   pcquenn   Ca mi-

    Ii!!   n~~   ocupa~6es   llinduslr iais». Uma   peq ucna   famflia, porq ue~04os   0l! filhoscr c~ddos tinham de sair d  e   casa c porquc   a   morte

    chegava d e pressa. For am   os camponeses d e   InglntclTa que   man-

    Jivcr anl ~   gr ande inu4stria inglcsa   d a   Hi,   f ialldo   0 fio   qlle   os

    r l   f~q r  jca!l~cs capllnlisll!s de panos e f ll7.cndns   Illes Ir rl7.illr l1 11 porta.t f   ~ o m  ~ ff! IO .   u InutlSlr ln COIISCI'\'utt  vlvus os Iwlnes lli l J lIgllllcrmI I   t10$   110S50Snnlepas5ados,   em   euJa oplnii\o   0 pl'oble/lHl d u po brc1.aI   561

    1s e '   nodia   resulver pclil ex pullsi\o du uctiviulld e   ind uslr lul.

    \~   ,f 

    /' EJ1~~~qr Hhaja que p' Iliio tcnhu   vlslu   0  probll'llla d cs'"   IlHlIleil'll,n   Cxl5t~11cln   tin lntltistrla Lnl11l>elll tOl'l1011 possfvel qlle 1I1l111ls-

    shon sc~tc vl vcssc   110   CI\II1PO, pl'olltn n   Slltlsrlln~r liS lJl'ccssld lldt's~~   } . . -   .sc~q n~is ~n   agricultura.

    I   ~CIl!lO   ICIII\lU   II Illl!I'asll'ln   em 1J1I11l1ldnIJ/III sli   pilI'   IIllld l\d (,~1d e   1 pr o~tIl;i\o, como   n )luJurlu   dc   LOlldl'c~, 1lI11~1IIIIIhllill pelo   sls-

    lell,a   de   {JIIlliI/C'VIII,   peJo   q uol   vl\r lns   cusas   de f umllill   se plIllhalll

    II  tr n bnlhar    po r cont u de   llln   intcl'lllcdh\r lo   -   () f uhl'k llllle   cn pi-

    lnllsla   d e   panos   c   fn:f.endns u   quc   nos   I'cfc   r l IIillS ,   As   O pl'llI(,'ik sInnl!! s!m plc!!, l!ilo   t!,   II   SCpUl'uc,:l\o,   l'lInllll,'l\o   l' ""Il,'i\o   e111Ill,   "1'11111

    lcltas   pda   po plllllc;ao ugr lcolu   nos   SCliS Il~JlIPOS IIvl'l~s, !JIlt'!'   pclos

     jO~Ill\lclros,   q uer    pcl us l uvrad ul'es   C   SIlIlS IlIn1l1l11s,  MilS   II   "'n·la·

    gem, n   lllllUr nr ln   C   II   scl!Ugclll do   pllllO   l'1'l1l1lgCIlIIiI\('1l1

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    ;

    ! A bttrguesia arrancOIl   a   falllflia   0sell   w!u   sentimelltal   e r edl/- ziti   a   r ela{:a~ laniiliar a ullla simples relarQo fillal1ceira.

    .   Estas veementes palaVl'as 1'oram usatl as pela mnis pcnetranle

    ;d e 1 0dos os obser vadares   que se   pr ollUllCinmll1   sabr e   n morle

    d o lTlund o que n6 s   per demos.   0 patriar calisl1lo   id/lieo en   explo.

    r a

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    ciad a empr egada Ill lma fabrica ou cs palhada por    f abricas e   minas   )

    e   que   perd eu   para scmpre   0   scnlimcnlo de que   0   lr abalho era   t1111   !

    nssunlo   d e   f amilia,   a ~er lcvad o   a   ca bo corn a pm-Licipa

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    1~1anle sltua~fio. Eslc cor  pd collslilula ccrlnlllclIlc   1Il11   pro/cla-

    r iado como 0 que lem   exislido na idade do indusLrialisllIo.

    I   ; Capilalismo   c ,   pois, UIl1~ tlesignai;iio incolllpld