Microsoft Word - Motores e Transform Adores
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CAP5. - MANUTENO EM MOTORES ELTRICOS,TRANFORMADORES E DISJUNTORES
5.1 MANUTENO DE MOTORES ELTRICOS
5.1.1 INTRODUO
Os motores eltricos so responsveis por grande parte da energiaconsumida nos segmentos onde seu uso mais efetivo, como nasindstrias, onde representam em mdia mais de 50% do consumo deeletricidade dessas instalaes. So, portanto, equipamentos sobre osquais preciso buscar, prioritariamente, a economia de energia. Nosmotores eltricos as operaes de controle de materiais eequipamentos tm na sua maioria um efeito direto sobre o estudo
mecnico e eltrico destes equipamentos, agindo direta ouindiretamente sobre seus rendimentos. Neste captulo soapresentadas aes que, se adotadas pelos tcnicos de manuteno,resultaro na melhoria do rendimento dos motores existentes emsuas instalaes, proporcionando economia de energia eltrica.Cabe ainda observar que 90% dos motores eltricos instalados soassncronos com rotor em curto-circuito, sendo portanto este tipo deequipamento objeto da anlise a seguir apresentada. A figura abaixomostra as principais perdas que ocorrem nos motores eltricosassncronos:
5.1.2CARREGAMENTO CONVENIENTE DOS MOTORES
Um motor eltrico dimensionado para fornecer um conjugadonominal Cn, a uma velocidade nominal Nn. Isto , para uma potncianominal Pn, temos:
Pn = Cn x Nn
As perdas eltricas (ou perdas trmicas) variam com o quadrado doconjugado resistente (carga). Num motor bem dimensionado, oconjugado resistente deve ser menor que o conjugado nominal. Sefor igual ou ligeiramente superior, o aquecimento resultante ser
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considervel. Por outro lado, um motor "sub-carregado" apresenteuma sensvel reduo no rendimento. O carregamento ideal deveriacorresponder carga do trabalho a ser efetuado, o que nem sempre fcil de determinar. Se o trabalho exigido da mquina acionadaapresente sobrecargas temporrias, a potncia do motor deve ser
ligeiramente superior potncia necessria. importante limitar ocrescimento das perdas, realizando adequada manuteno dasmquinas e componentes mecnicos de acionamento, como porexemplo: regulagem das folgas, lubrificao adequada, verificaodos alinhamentos, etc. Finalmente, devemos lembrar que motoresindividuais so geralmente mais econmicos em energia do que astransmisses mltiplas.A ttulo de ilustrao, apresentamos no quadro a seguir a diminuiodo rendimento de um motor assncrono trifsico de 75 CV, 4 plos,em funo do carregamento apresentado em regime normal de
operao.
VARIAO DO RENDIMENTO DE MOTORES DE 75 CV
Carregamento (%) Diminuio do Rendimento (%)
70 1
50 2
25 7
3.VENTILAO ADEQUADA
Nos motores auto-ventilados, o ar de resfriamento fornecido por umventilador interno ou externo acionado pelo eixo do motor. O fluxo dear arrasta consigo poeira e materiais leves que obstruem aos poucosas aberturas ou canais e impedem a passagem do ar e a dispersonormal de calor, o que aumenta fortemente o aquecimento do motor.Por outro lado, comum encontrar nas indstrias motores instaladosem espaos exguos que limitam a circulao do ar, provocandoaquecimentos excessivos. Nos motores que utilizam ventilao
forada externa, a parada do grupo moto-ventilador pode causar osmesmos problemas.Portanto, para assegurar o bom funcionamento das instalaes,devem ser tomadas as seguintes precaues:
limpar cuidadosamente os orifcios de ventilao; limpar as aletas retirando a poeira e materiais fibrosos; cuidar para que o local de instalao do motor permita livre circulao de ar; verificar o funcionamento do sistema de ventilao auxiliar e a livre circulao do ar nos
dutos de ventilao.
3.CONTROLE DA TEMPERATURA AMBIENTE
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De forma geral, a temperatura limite suportadapelos isolantes do motor calculada para ofuncionamento num ambiente com temperatura de40C. Portanto, importante verificar e controlar a
temperatura ambiente para no ultrapassar osvalores para os quais o motor foi projetado.
4.CUIDADO COM AS VARIAES DE TENSO
O equilbrio trmico de um motor modificado quando a tenso dealimentao varia. Uma queda de tenso limita o fluxo do circuitomagntico, reduzindo as perdas no ferro e a corrente em vazio.Porm, o conjugado motor deve superar o conjugado resistente, para
impedir o aumento excessivo do escorregamento. Como o conjugadomotor funo do produto entre o fluxo e a intensidade da correnteabsorvida, se o fluxo diminui a intensidade da corrente aumenta.Com a corrente em carga aumentada pela queda de tenso, o motorse aquecer, aumentando as perdas. Um aumento de tenso dealimentao ter efeitos mais limitados, uma vez que a corrente emvazio aumenta enquanto a corrente em carga diminui.
5.1.6 OPERAO COM PARTIDAS E PARADAS BEMEQUILIBRADAS
Devem ser evitadas as partidas muito demoradas que ocorremquando o conjugado motor apenas ligeiramente superior aoconjugado resistente: a sobreintensidade de corrente absorvida,enquanto a velocidade nominal no atingida, aquece perigosamenteo motor. Da mesma forma, uma frenagem por contra-corrente, ouseja, atravs de inverso do motor, representa, a grosso modo, ocusto equivalente a trs partidas. Em todos os casos, fundamentalassegurar-se que o conjugado de partida seja suficiente:
atravs da escolha de um motor adequado; verificando se a linha de alimentao possui caractersticas necessrias para limitar a
queda da tenso na partida; mantendo a carga acoplado ao motor em condies adequadas de operao, de forma a
no apresentar um conjugado resistente anormal.
7.PARTIDAS MUITO FREQENTES
Quando o processo industrial exige partidasfreqentes, essa caracterstica deve ser prevista no
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projeto do equipamento e o motor deve estaradaptado para trabalhar desta forma. Porm, emconseqncia de reguladores de algumas mquinas,pode ser necessrio proceder a vrias partidas numtempo relativamente curto, no permitindo que o
motor esfrie adequadamente.A figura abaixo mostraque entre cada partida a curva de aquecimento temsua origem e pico mais elevados e pode ultrapassarrapidamente o limite crtico de temperatura.
Aconselha-se, durante essas regulagens, observar atemperatura do motor, proporcionando tempos deparada suficientes para que a temperatura volte aum valor conveniente.
8.DEGRADAO DOS ISOLANTES TRMICOSA vida til de um isolante pode ser drasticamente reduzida se houver
um sobreaquecimento representativo do motor.As principais causasda degradao dos isolantes so: sobretenso de linha,sobreintensidade de corrente nas partidas, depsito de poeiraformando pontes condutoras, ataque por vapores cidos ou gasesarrastados pela ventilao.Para prevenir a degradao dessesisolantes, recomendamos no quadro abaixo algumas medidas aserem tomadas:
PROCEDIMENTOS PARA MANUTENO DOS ISOLANTES ELTRICOS
Equipar os quadros de alimentao com aparelhos de proteo e comandos apropriados everificar periodicamente o seu funcionamento.Aproveitar os perodos de parada dos motores para limpar as bobinas dos enrolamentos.
Caso necessrio, instalar filtros nos sistemas de ventilao dos motores, proporcionando-lhesmanuteno adequada.
Colocar os motores em lugares salubres.
Verificar qualquer desprendimento de fumaa.
Verificar periodicamente as condies de isolamento.
Equipar os motores com dispositivos de alarme e proteo contra curtos-circuitos.
Observar rudos e vibraes intempestivas.
Observar sinais de superaquecimento e anotar periodicamente as temperaturas durante a
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operao.
Observar o equilbrio das correntes nas trs fases.
Verificar se a freqncia prevista para o motor realmente igual freqncia da rede dealimentao.
5.1.9 FIXAO CORRETA DOS MOTORES E ELIMINAO DEVIBRAES
O motor standard construdo para funcionar com eixo horizontal.Para funcionamento com eixo vertical ou outras inclinaes, o motordeve ser construdo para esse fim, geralmente equipado com ummancal de encosto. Em poucas palavras, um motor nunca deve serfixado numa inclinao qualquer de seu eixo sem que se tenhacerteza de suas caractersticas prprias. Vibraes anormais causam
uma reduo no rendimento do motor: elas podem ser consequenciade uma falha no alinhamento, de uma fixao insuficiente oudefeituosa do motor em sua base, de folgas excessivas dos mancais,ou ainda de um balanceamento inadequado nas partes giratrias.Para controlar este problema, podemos tomar algumas medidaspreventivas, mostradas no quadro abaixo.
MEDIDAS PARA PREVENIR VIBRAES
Observar o estado dos mancais
Observar a vida til mdia dos mancais (informao fornecida pelos fabricantes)
Controlar e analisar as vibraes de forma muito simples:basta colocar uma ferramenta sobre o mancal, aproximando o ouvido e detectando as falhaspelos rudos produzidos
Tomar cuidado ao substituir um rolamento por outro
Nas paradas de longa durao, trocar periodicamente a posio de repouso dos rotores dosmotores eltricos, assim como das partes mveis das mquinas.
5.1.10 LUBRIFICAO CORRETA DOS MANCAIS
importante saber que a uma temperatura de 40C, a vida til deum rolamento de esferas em funcionamento contnuo pode ser de 3 a4 anos ou mais. No entanto, para cada 10C de elevao datemperatura de trabalho a vida til diminui, em mdia, 50%. Acorreta lubrificao dos rolamentos, alm de permitir um melhoria derendimento, evita a elevao da temperatura que prejudica a vida tildesses equipamentos. A lubrificao dos rolamentos feita
geralmente com graxa mineral. Quando as temperaturas de operaoforem elevadas (de 120C a 150C) ou as velocidades de rotao
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forem acima de 1.500 rpm, usa-se leo mineral para a lubrificao.Esses leos devem ter caractersticas lubrificantes adequadas scondies de trabalho. Nos motores de pequena potncia, alubrificao inicial na montagem prevista de modo a assegurar umnmero elevado de horas de funcionamento. s vezes, a reserva de
graxa suficiente para toda a vida til do equipamento. Nos motoresmaiores h necessidade de lubrificao externa. A freqncia delubrificao depende do projeto dos mancais e das caractersticas doslubrificantes utilizados. No quadro abaixo so apresentadas algumasrecomendaes que podem garantir maior vida til para osrolamentos e um menor consumo de energia.
RECOMENDAES PARA PROLONGAR A VIDA TIL DOS ROLAMENTOS
Respeitar os intervalos de lubrificao
No engraxar excessivamente os rolamentos e limp-los com gasolina antes de colar a graxanova (salvo se houver evacuador automtico de graxa)
Utilizar as graxas recomendadas pelo fabricante em funo do servio e da temperatura.
Para os mancais lubrificados a leo, verificar os anis de reteno e utilizar o leorecomendado.
Observar a temperatura dos mancais em operao.
Cuidar para que a temperatura ambiente permanea dentro dos limites normais.
Se o motor precisa funcionar num ambiente anormal, assinalar este fato ao fabricante nomomento do pedido.
Durante a limpeza, evitar dos epsitos de poeira nas caixas de rolamentos.
11. DEFEITOS MAIS FREQENTES
TABELA I:
N Defeito Sistemas Externos Sintomas Internos Causas Razes maisfreqentes Cuidados Futuros
01 Estatorqueimado por
sobrecarga
-Temperatura alta dacarcaa;
-Cheiro de queimado;-Atuao das protees;-Baixa Resistncia deIsolamento nas 3 fases.
- Cabeas das bobinasuniformemente
carbonizadas nas 3fases.
Sobrecarga baixa durante umtempo longo ou sobrecarga forte
por tempo curto. VerTAB II
02 Fase queimada - Costuma acontecer emmotores delta;- Baixa resistncia deisolamento massa de 1fase;- Baixa resistncia hmicada fase.
- Bobinas de fasecarbonizada;- As duas outras fasesintactas;- Sinais de curto nafase.
Falta de uma fase daalimentao. O motor ficourodando como monofsico(com toda a carga).
- Fusvel queimadonuma fase;- Condutor de fasecom interrupo.
- Verificar cabos epainis;- Verificar o nvelde rorina dasprotees.
03 Duas Fasesqueimadas
- Costuma acontecer emmotores Y;- Duas fases com baixaresistncia de isolamento massa;- Resistncia hmicaalterada em uma ou nasduas fases queimadas.
- Duas fasescarbonizadas;- Uma fase intacta;- s vezes, sinais dedescarga entre espirasnas fases queimadas.
- Falta de uma Fase-motor rodando emmonofsico.
- Cabo de faseinterrompido;- Fusvel queimado;- Falha no disjuntortrmico. IDEM ITEM II
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04 Curto entreduas fases
- As trs fases comresistncia de isolamentoboa para a massa;- Resistncia de isolamentonula entre 2 fases.
- Sinal de descargaentre duas fases, quasesempre na cabea dasbobinas.
- Colapso do isolante;- Sobretensomomentnea (manobra)
- Umidadeexcessiva;- Baixa resistnciade isolamento entrefases;- Motor paradomuito tempo.
IDEM ITEM II
05 Curto entre 1fase e massa - 2 fases com boaresistncia de isolamentoentre si;- 1 fase "furada" para amassa;- Resistncia hmicas certasem duas fases;- Resistncia boa ou nula nafase "furada".
- Muitas vezes no sovisveis;
NOTA: Algumasprotees no atuamcom o defeito se nohouver interrupes porarco.
06 FaseInterrompida
- Nos motores Y:interrupo hmica entreum borne e os outros dois;- Nos motores estrela: Nas3 medies hmicas, uma dupla das outras duas.
TABELA II: Razes de sobrecarga mais freqentes:
RAZES FAZER DETERMINAR COMPARAR SOLUES FUTURAS01 Motores acoplados a
ventiladores e a telastransportadoras com alto tempode partida.
Anlise da partida demotores a partir da curvade binrio motor e binrioresistente.
Curva de acelerao- Tempo de partida.
Rotor bobinadoversus duplagaiola.
- Gaiola dupla altaresistncia;- Acoplador hidrulico;- Resistncia Rotrica.
02 Roamento do motor no estatordevido a falha do rolamento.
Verificar as causas de falhado rolamento.
03 Sobrecarga (pequena)deliberada - regulagem alteradada proteo trmica.
- Proibir sobrecarga;- Colocar motor de maiorpotncia;
04 Tenso excessivamentepequena - sobre-itnensidaderesultante e m regulagem dorel (ou trmico) de sobre-intensidade.
Ver causa da queda detenso.
Nas figuras abaixo temos as ilustraes dos principais defeitoslistados acima.
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5.2. MANUTENO DE TRANSFORMADORES:
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1.OTIMIZAO E MONITORAMENTO DAOPERAO DOS TRANSFORMADORES
Os transformadores so mquinas estticas que transferem energiaeltrica de um circuito para outro, mantendo a mesma freqncia e,
normalmente, variando valores de corrente e tenso. Estatransferncia de energia acompanhada de perdas que dependembasicamente da construo do transformador, do seu regime de
funcionamento e da manuteno nele efetuada. As principais perdasde energia em transformadores so as perdas no cobre e as perdas
no ferro. As perdas no ferro so determinadas pelo fluxo estabelecidono circuito magntico e so praticamente constantes para cada
transformador, estando ele operando com carga ou em vazio. Asperdas no cobre correspondem dissipao de energia por efeito
Joule, determinada pelas correntes que circular nos enrolamentos do
primrio e do secundrio e dependem da carga eltrica alimentadapelo transformador, sendo proporcionais ao quadrado dessa carga.Com relao s perdas no cobre, para se determinar o carregamento
econmico de cada transformador devem ser considerados osparmetros de construo, operao, tempo de utilizao com carga
e em vazio e o preo da eletricidade. Na prtica, deve-se evitar ofuncionamento dos transformadores com carga superior potncianominal. O carregamento mximo deve situar-se em torno de 80%.Para as perdas no ferro, deve-se avaliar o regime de operao em
vazio de cada transformador, verificando-se a possibilidade de
desligamento nos perodos onde eles no fornecem energia til,evitando essas perdas. Essa avaliao deve levar em considerao ascaractersticas construtivas de cada transformador e os custos de
operao e manuteno envolvidos. Por exemplo, pode serinteressante dispor-se de um transformador de menor porte,
exclusivo para a alimentao da iluminao, de modo que sejapermitido mant-la ligada para a execuo dos servios de limpeza evigilncia nos horrios em que a empresa no estiver funcionando.
5.2.2 CONSIDERAES IMPORTANTES QUANTO INSTALAO DE TRANSFORMADORES
ALTITUDE DE INSTALAO
Os transformadores so projetados conforme as normas da ABNT,para altitudes de at 1.000 m acima do nvel do mar. Em altitudes
superiores, o transformador ter sua capacidade reduzida, ounecessitar de um sistema de arrefecimento mais eficaz.
LIGAES
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As ligaes de transformador devem ser realizadas de acordo com odiagrama de ligaes de sua placa de identificao. As ligaes dasbuchas devero ser apertadas adequadamente, cuidando para que
nenhum esforo seja transmitido aos terminais, o que viria aocasionar afrouxamento das ligaes, mau contato e posteriormente
vazamentos por sobreaquecimento no sistema de vedao. Asterminaes devem ser ser suficientemente flexveis a fim de evitar
esforos mecnicos causados pela expanso e contrao, quepodero quebrar a porcelana dos isoladores.
ATERRAMENTO DO TANQUE
O tanque dever ser efetiva e permanentemente aterrado atravs doseu conector de aterramento. Uma malha de terra permanente de
baixa resistncia essencial para uma proteo adequada.
COMPONENTES DE PROTEO E MANOBRA
Os transformadores devem ser protegidos contra sobrecarga, curto-circuito e surtos de tenso. Normalmente, usam-se chaves flexveis,disjuntores, seccionadores, pra-raios, etc. Devem ser instalados o
mais prximo possvel do transformador.
5.2.3 MANUTENO CORRETIVA DE TRANSFORMADORES
GENERALIDADES
A partir das informaes das rotinas peridicas, a Manuteno prope operao e, em caso de dvida, Superintendncia Geral, o
procedimento que deve ser adotado para Manuteno Preventiva ouCorretiva. Para alguns tipos de informaes colhidas impe-se umaatuao urgente, pois, no caso de demora, podem ocorrer avarias
muito graves no transformador. Em outros casos, a atuao demanuteno pode aguardar algum tempo. Ser possvel, neste caso,a programao detalhada das verificaes e trabalhos de beneficiaoa executar. A data de paragem pode ser programada de acordo comos interesses do planejamento e da operao. A ttulo de exemplo,vo ser indicadas algumas ocorrncias tpicas que levam a atuaes
urgentes ou programadas.
ATUAES DE EMERGNCIA
Certas ocorrncias, verificadas pela manuteno nas visitas de rotina
ou pelo prprio pessoal da operao, exigem desligamento imediato.Nos casos a seguir indicados no podem ser permitidas demoras no
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desligamento, qualquer que seja o estado de carga da rede ou osinteresses imediatos da operao. preciso que tenha havida
negociao prvia e acordo entre manuteno e operao para que aatuao seja imediata, sem dvidas e sem necessidade de consultas.
Eis algumas dessas situaes:
1) Rudo Interno Anormal
Numa mquina esttica, estes rudos significam normalmente aocorrncia de arcos eltricos de partes em tenso para as partes
metlicas ligadas terra ou entre partes de tenso. Como exemplos,pode ocorrer um arco entre camadas numa bobina de A.T. ou uma
disrupo entre uma conexo e o tanque, etc.
Numa fase inicial, um arco deste tipo, sendo um evento grave, podemanter-se localizado e correspondendo a danos limitados. Areparao pode ser parcial (refazer ou substituir uma bobina, refazer
um isolamento, alterar uma distncia, tratar o leo) e demorarrelativamente pouco tempo. Porm, qualquer demora no
desligamento do transformador pode significar uma extenso dodefeito e conduzir a danos gravssimos, com desligamento,
evidentemente, das protees de mxima e diferenciais. Nestes casoso defeito pode ir at o nvel de destruio do transformador.
2) Vazamento forte de leoTambm neste caso no possvel aguardar pois corre-se o risco de
o nvel baixar a valores inferiores ao mnimo admissvel e de seestabelecerem disrupes do ar das partes superiores em tenso.
3) Dispositivo de presso atuado
Neste caso o disparo pode ser automtico. No se deve tentar oreligamento antes de se ter verificado e corrigido a causa da sobre-presso. A causa , normalmente, um arco interno que pode no ser
audvel.
4) Rel de gs atuado
O rel de gs tem habitualmente dois nveis de atuao: alarme edisparo.
A atuao do alarme corresponde a pequenas liberaes de gs. necessrio verificar por testes simples, a natureza deste gs. Pode
ser constitudo por gases dissolvidos, vapores de compostos volteisformados pelo aquecimento, pequenas bolhas devidas
decomposio por descargas corona, etc.O gabinete de mtodos deve indicar os testes a efetuar e os critrios
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em que a liberao admissvel. Se a natureza dos gases forindicativa de possvel arco, ento, o transformador deve ser desligado
o mais rapidamente possvel mesmo que apenas tenhas ocorridoalarme. Se houver atuao do flutuador e contatos de disparo do rel
de gs, ento o transformador, desligado por disparo do disjuntor,
no pode ser novamente religado. necessrio investigar, por exameda parte ativa, qual foi a causa da ocorrncia e proceder aos reparos
necessrios.
5) Quebra do diafragma da vlvula de segurana (tubo deexploso)
A atuao idntica a do item 3.
6) Sobreaquecimento excessivo nos conectores, verificado por
termoviso
Este aquecimento pode significar a iminncia de um mau contatofranco e de um arco com destruio do conector. Tambm nesta
ocorrncia no possvel aguardar que a anomalia degenere at onvel de destruio. O transformador tem que ser retirado de servio.
7) Anomalias dos acessrios de proteo e medio
Neste grupo de anomalias, a listagem das que exigem desligamento
deve basear-se nas particularidades do transformador e serestabelecida pelo gabinete de mtodos, de acordo com o fabricante.
DESLIGAMENTOS PROGRAMADOS
Outras anomalias verificadas, apesar de no oferecerem riscos acurto prazo, devem exigir um desligamento do transformador noprazo mais curto possvel, sem grande prejuzo das condies de
explorao do sistema. Algumas dessas condies anormais so asseguintes:
1. Vazamentos de leo pequenos ou moderados, no oferecendo o risco de abaixamentoperigoso do nvel.
2. Aquecimento pequeno nos conectores (indicado pelos critrios de termovisor).3. Anormalidades no ensaio de leo, isto , valores nas tabelas (pg.26 - NBR-7037/1981)
ou valores considerados anormais por comparao com medies anteriores.4. Anomalias na atuao do comutador de derivao em carga. Bloquear a atuao do
comutador, de acordo com a operao e aguardar para desligamento em ocasio maispropcia.
SECAGEM DA PARTE ATIVA DOS TRANSFORMADORES
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Sempre que no ensaio de rigidez dieltrica e determinao do teor degua se verificam ndices excessivos de umidade no leo
necessrio:
Desidratar o leo; Secar a parte ativa do transformador.
De fato a capacidade de absoro de gua nos isolantes slidos muito alta, maior do que no leo. No equilbrio que se estabelece
entre o leo e os dieltricos slidos, a quantidade de gua retiradapor absoro nos isolantes de papel e papelo atinge uma proporoponderal superior. Ser til proceder ao tratamento e secagens doleo se a parte ativa contiver retida gua nos isolantes. Ao fim depouco tempo o leo voltar quase ao mesmo estado de umidade
anterior. Os mtodos a adotar para as secagens da parte ativa(ncleo, enrolamentos e conexes) dependem da dimenso dotransformador e das facilidades disponveis.
ENCHIMENTO COM LEO
Antes de se iniciar o enchimento de um transformador, com leoprovindo do tanque de armazenamento necessrio circular o leo
pelo equipamento de tratamento e pelo tanque at se obterem para o
leo caractersticas iguais ou superiores s estabelecidas para o leonovo. Nos casos em que o tanque suporta vcuo, o enchimento deveser feito com a presso no interior do tanque reduzida at o valor decerca de 2mmHg, durante a fase inicial. O tempo durante o qual
aplicado o vcuo deve ser suficiente para a secagem dotransformador. Uma regra aplicar o vcuo durante um tempo igualao perodo durante o qual esteve aberto acrescida de mais 4 horas.
Antes de iniciar o enchimento, deve-se aterrar o tanque e osterminais e tambm as mangueiras, tubulaes e todo o equipamento
de tratamento e enchimento. Esta precauo destina-se a evitarcargas estticas que possam produzir descargas e incendiar o leo. Atemperatura do leo deve estar entre 400 C e 600 C. O enchimentodeve ser efetuado pela parte inferior do transformador e deve ser
realizado at que toda a parte ativa esteja coberta de leo. Durante aoperao de enchimento deve ser verificado o valor da rigidez
dieltrica do leo de hora em hora. O vcuo deve ser verificado todosos 5 minutos. Os valores de rigidez dieltrica devem ser concordantescom os obtidos antes do incio do enchimento e devem respeitar os
limites indicados na tabela da NBR-7037/1981.
MEDIO DA RESISTNCIA DOS ENROLAMENTOS
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Alguns ensaios do indicaes quanto ao estado interno dotransformador. Um ensaio que executado durante a recepo, mas
que necessrio aps reparao dos enrolamento ou aps aocorrncia de arcos internos, com fins de diagnstico, o ensaio de
medio da resistncia dos enrolamentos.
Aps manuteno, desequilbrio na resistncia das fases pode indicarerros no nmero de espiras, diferenas nas sees das barras ou at
alteraes na qualidade do cobre eletroltico usado. Depois daocorrncia de rudos internos que levam suspeita de arcos, a
medio cuidadosa das resistncias hmicas dos vrios enrolamentospode indicar se houve corte de condutores ou curto-circuito entre
espiras de camadas antes mesmo da abertura do tanque.