Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

24
Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia

Transcript of Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Page 1: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuáriasProfª. Drª. Beatriz Missagia

Page 2: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.
Page 3: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Os tipos microbianos presentes nos diferentes sistemas de tratamento dependem principalmente:

• Características da água residuária a ser tratada (composição, concentração)

• Teor de oxigênio dissolvido no sistema (aeróbio, anaeróbio, anóxico)

• Organização da biomassa (crescimento disperso ou aderido)

Em geral, os diferentes tipos microbianos nos processos biológicos atuam conjuntamente, formando uma cadeia alimentar com interações nutricionais facultativas e obrigatórias.

Page 4: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

• Microbiologia: é o estudo dos organismos microscópicos ‘unicelulares’ (procarióticos e eucarióticos)

• Ecologia: é o estudo das relações entre os organismos e o meio ambiente

• Microbiologia Ambiental: é o estudo dos microrganismos e de sua interação com o meio biótico e abiótico

Page 5: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Células procarióticas e eucarióticas

Microrganismos procarióticos: bactérias e cianobactérias

Microrganismos eucarióticos: algas, fungos, protozoários,

nematóides, animais, plantas

Page 6: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Fontes de energia e carbonoFontes de energia

QuimiotróficosFototróficos

Fontes de carbono

Fotoheterotróficos Quimioheterotróficos

Fotoautotróficos Quimioautotróficos

Orgânico (glicose, acetato)

Inorgânico (CO2)

Page 7: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.
Page 8: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Metabolismo Cooperação de sistemas multienzimáticos

Vias:Catabólicas (produção de energia-degradação) Anabólicas (utilização da energia liberada-biossíntese)

Carboidratos, proteínas, lipídeos CATABOLISMO

Células, membrana celular, DNA/RNA, enzimas

Açúcares, ácidos graxos,

aminoácidos, bases

nitrogenadas ANABOLISMO

Page 9: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Catabolismo: Conservação de energia Para os quimiotróficos duas formas de energia são

conhecidos:

RESPIRAÇÃO ( Catabolismo oxidativo) Aceptor final de elétrons externo: - Aeróbia: oxigênio - Anaeróbia: sulfato, nitrato, dióxido de carbono.

FERMENTAÇÃO (Catabolismo fermentativo) Aceptor final de elétrons interno (produzido pela própria

célula): - m. o. reduzida.

OBJETIVO: PRODUZIR ENERGIA!

Page 10: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Geração de energia nas células microbianas

Microrganismos aeróbios estritos: utilizam apenas o oxigênio livre em sua respiração

Microrganismos anaeróbios facultativos: utilizam preferencialmente o oxigênio, e em sua ausência utilizam nitrato como aceptor de elétrons

Microrganismos anaeróbios estritos: utilizam o sulfato ou dióxido de carbono como aceptores de elétrons, não podendo obter energia através de respiração aeróbia

Page 11: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Geração de energia nas células microbianas

Page 12: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Força oxidativa: quanto mais positiva maior habilidade oxidante do sistema

Page 13: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Condições aeróbias:

Condições anóxicas: redução de nitratos (desnitrificação)

Condições anaeróbias: redução de sulfatos (dessulfatação)

Condições anaeróbias: redução de CO2 (metanogênese hidrogenotrófica)

Condições anaeróbias: metanogênese acetotrófica

C6H12O6 + 6 O2 6 CO2 + 6 H2O

2 NO3-N + 2 H+ N2 + 2,5 O2 + H2O

CH3COOH + SO42- + 2 H+ H2S + 2 H2O + 2 CO2

4 H2 + CO2 CH4 + 2 H2O

CH3COOH CH4 + CO2

Geração de energia nas células microbianas Condições aeróbias:

Condições anóxicas: redução de nitratos (desnitrificação)

Condições anaeróbias: redução de sulfatos (dessulfatação)

Condições anaeróbias: redução de CO2 (metanogênese hidrogenotrófica)

Condições anaeróbias: metanogênese acetotrófica

Page 14: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Assimilação das matérias solúvel e em suspensão

Page 15: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Formas de associação microbiana em reatores

Biomassa de crescimento disperso:• Biomassa livre: microrganismos dispersos no meio líquido• Biomassa associada: microrganismos associados

formando estrutura biológica (grânulo e floco)

Biomassa de crescimento aderido:• Biofilmes: microrganismos aderidos a um meio suporte, e

dessa forma, mantidos no reator (alta concentração de biomassa, sistemas mais compactos, alta atividade metabólica – altas taxas de aplicação em menores tempos de detenção hidráulica, melhor qualidade do lodo)

Page 16: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Biofilme

Page 17: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Crescimento aderido: biofilmes

Sistema DHS – Downflow Hanging Sponge

Anéis plásticos Aparas de conduíte Escória

Page 18: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Microrganismos característicos

Page 19: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Floculação

o Condição nutricional baixa: favorece a agregação e o metabolismo endógeno (condição fisiológica no limite, liberação de polímeros que não estão sendo utilizados para a divisão celular, ex. polissacarídeos, auxiliando na formação dos flocos)

o Ocorre comumente em sistemas de lodos ativados

o Objetivo: separar eficientemente a biomassa da água residuária e retornar o lodo (biomassa acumulada) ao tanque de aeração.

Page 20: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Floco biológico ideal

Apresenta estrutura heterogênea, contendo material orgânico adsorvido, material inerte dos esgotos, microrganismos, células vivas e mortas.

Page 21: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Floco biológico pulverizado (pin-point floc)

Predominância dos microrganismos formadores do floco, causando insuficiente rigidez, formando um floco pequeno, fraco e com má sedimentação

Page 22: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Intumescimento do lodo - “bulking”

o Predominância de bactérias filamentosas que se projetam para fora do floco aumentando o volume de lodo de difícil decantabilidade.

Page 23: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.

Grânulos

Agregação de microrganismos durante o tratamento anaeróbio de águas residuárias.

Comum em reatores anaeróbios de manta de lodo (UASB) e de leitos fluidizados.

Granulação envolve inicialmente a participação de microrganismos filamentosos (matriz estrutural), seguida pela proliferação de microrganismos produtores de exopolímeros (aderência).

Page 24: Microbiologia aplicada ao tratamento de águas residuárias Profª. Drª. Beatriz Missagia.