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MARIA APARECIDA DA SILVA CRISTOVAM
DISLEXIA
\\
Curitiba2002
Monografia apresentada para Obtenyaodo Titulo de Especializayao no Cursode P6s-Graduaryao em Psicopedagogiada Universidade Tuiuli do Parana.Orientadora: Laura Bianca Monti.
SUMARIO
RESUMO ..
1 INTRODUCAO ....
CAPITULO I
1.1 Hist6rico ....
1.2 Etiologia ..
1.3 Diagn6stico e Tratamento ..
1.4 Sintomas da dislexia ..
1.5 Pais e Professores..
. ..•.•.•.•.•....... 11
.. 1
.. 3
.. .4
.. 5
.. 6
. 8
CAPITULO II
2.1 Dislexia Visual ..
2.2 Dislexia auditiva ...
. 8
.. 11
CAPITULO III
3.1 Dislexia Especifica de Evolu9iio 13
3.2 Caracteristicas do Dish;'xico... .. 17
3.3 Reeduca9iio do Dislexico ..
4 CONCLUSAO ..
GLOSSARIO ..
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ..
.. 22
. 26
. 28
.. 29
RESUMO
A dislexia e urn disturbio de aprendizagem que ateta urn numero consideravel decrian9Bs em idade escolar, consideradas com inteligencia normal, isentas dedisturbios sensoria is e idade adequada para aprendizagem da leitura e escrita. Asdificuldades as vezes naD chamam a atenc;ao no inicio do aprendizado epoca emque se empregam mais capias e a leitura pode se fazer de cor, grac;as as ilustra<;iiesdos textos. Na dislexia visual, a crianya nao apresenta defeitos de visao, na maiariadas vezes naD ha dificuldade no reconhecimento das tetras, mas sim em junta-las emurn conjunto para formar as palavras. Na dislexia auditiva a crianc;a nao conseguesintetizar as sons em palavras au analisar as palavras em partes, ela nao conseguerelacionar os componentes visuais das palavras aos seus equivalentes auditivos. Adislexia especifica de evolu980, especifica per que se refere ao disturbio deaprendizagem de leitura e escrita, e de evelu9ae, par se tratar de uma imaturidadeneurolagica, que tende a diminuir au desaparecer, de acordo com a maturidade dacriant;a. A dislexia pode apresentar diverses quadros clinicos e escolares, nessescasas e importante que se fac;a um plano de reeducac;ao e tratamento dessascrian98s, enfocando as aspectos neurologico, psicologico e pedagogico, levando emconsidera98a as padroes de maturidade de cada crianc;a.
Palavras-chave: dislexia; leitura; dificuldade.
INTRODUCAo
o desenvolvimento do trabalho sera atraves de pesquisa bibliografica visando a
compreensao e entendimento de urn disturbio de aprendizagem de leltura e esenta
que e a Dislexia.
A crianc;aapresenta nivel de inteligencia normal ou acima da media, boa salide
e or9a05 sensoria is perfeitos, esta dais anos au mais atras de seu grau esperado deleitura.
No presente trabalho mencionaremos a dislexia visual: que e urn problema de
disfunyao do sistema nervoso centraL A crianc;a tern a visao normal mas nao
consegue diferenciar au recordar as palavras devida a essa disfunc;ao. A crian<;a
nao tem dificuldade para compreender 0 que Ie 0 problema e alcanc;ar0 significado.
Ao produzir 0 som das palavras, ela pade usar 0 sentindo como urn instrumento deverifica9!io.
Na dislexia auditiva: a crianc;anao consegue sintetizar as sons das palavras euanalisar as patavras em partes, consequentemente, nao aprende atraves deabordagemalfabetica ou fonica.
A Dislexia especifica de evolu9!io, e considerada uma sindrome pedagogica.
Especifica porque se refere ao disturbio de aprendizagem de leitura e escrita e, de
evolw;ao porque os sintomas tendem a desaparecer com 0 tempo de acordo com 0desenvolvimento da criam;a, e ocasionada par imaturidade neurol6gica.
Em geral persiste ate a idade adulta, pode ser ocasionada por fatores
neurologicos e hereditc!irios,em que outros membros da familia tiveram difrculdadeno aprendizado da leitura.
Essas dificuldades as vezes nao chamam a atenc;:aono inicio do aprendizado
epoca em que se empregam mais copias e a leitura se pade fazer de cor grac;asasilustra¢es dos texlos.
Ao que parece por tras dessas dificuldades especificas de aprendizagem, existe
sempre urn fatar bialogico, hereditario, sernpre ha uma tendemcia de a mesmadificuldade ter acorrido em outros membros da familia.
E importante que antes de ser diagnosticada a crianc;acom problemas de leitura
passe por exames neurologico, auditiv~, oftalmol6gico e psicologico para verificar
se a deficiencia e acusada au nao par algum outro disturbio.
Geralmente e acompanhada de outros disturbios relacionados como a
ortografia, disortografia, orienta9Bo espacial, percep9ao visual , motricidade,
etc.
o dislexico embora tenha uma acuidade auditiva normal observa-s8 que
apresentam dificuldade em distinguir sons parecidos como p e b.
E importante S8 diagnosticar 0 mais cede passivel para que sa faya uma
reeduc89ao, para que esta crian98 tenha urn aprendizado favorave1.
Pretende-s8 com este tema contribuir para a compreensao de urn disturbio
de aprendizado que e dislexia, servindo de apaio para profissionais e
estudantes da area da educa9Bo.
·CAPITULO I
1.t HISrORICO
Segundo as Butores Hout e Estienne ( 2001 p.18 -19 ) que relata sabre 0
primeiro caso de dislexia descrito par Plingle Morgan, medico ingles que em
1896 atendendo a urn garoto de 14 anos, que Ihe declarou 0 seguinte: "Nao
compreendo 0 que tenho, sou inteligente e tenho facilidade para matematica S9 0
professor levasse em conta apenas minhas respostas orais, eu sena 0 primeiro da
classe, mas infelizmente sou 0 ultimo, pois mesma as meus colegas pouco
dotados aprendem sem dificuldade 0 que eu, apesar de meus eslo,,;os, nao
consigo !er e escrever".Essa incapacidade para ler que 0 garoto tao brilhante apresentava Morgan
qualificou de Congenial Word Blindness, que quer dizer Cegueira Verbal
Congenita.
Comparou este caso com 0 de dois adultos que sofriam de transtorno na
leitura ap6s uma lesao cerebral, e que havia acabado de ser descrito em urn artigo
do Lancet. Em uma carta ao British Medical Journal de 1896, relatou 0 caso do
menino, aD mesma tempo em que escrevia aD auter do artigo anterior 0
oftalmologista Hinshelwood, para chamar a aten~o sobre essa descri~o.
Hinshelwood interessou-se prolundamente pelo caso e, em 1917, publicou uma
monografia relatando casos an;,logos de crian",s inteligentes e bern dotadas, as
quais muitas vezes eram as primeiras a interrogarem-se sabre seu problema, que
ele qualificou de distUrbio dislexico.
Por volta de 1900, surge outra corrente formada por educadores e pedagogos,
que acolhe com ceticismo essas concep¢es "medicas" da dislexia. Ha duvidassobre a hip6tese cerebral do deficit, que evoca uma especie de "doen9a" e que
seria, pelo seu carater congenita, incuravel.
Por outro lado, para esses pedagogos acostumados com as dificuldades de
en sino da leitura, os processos do ato de ler pareciam tao multiplos que a hip6tese
de uma causa (mica era ~inimaginavel".
Eles passaram a responsabilizar uma pedagogia deficit;,ria, urn ambiente
deleituoso, urn transtorno psicologico ou uma falta de motiva~o, desta
desta perspectiva, os dislexicos, apresentariam apenas uma forma extrema de
atraso de leitura.
1.2 ETIOLOGIA
Tanto fatores geneticos como ambientais podem causar a dislexia. As primeiras
manifesta90es freqQetemente incluem dificuldade em aprender nomes das latras,
e 0 deficit persiste na idade adulta. quer como um problema tanto de leitura como
de soletra,ao.
Stelling (1994 p.51) a aprendizagem. a aquisi,ao e 0 uso adequado da leitura e
da escrita como urn nivel de linguagem requerem as masmas condic;6es ja que
fazem parte do desenvolvimento da linguagem. Logo, tanto a aquisi,ao como 0
desenvolvimento da linguagem dependem da adequada estimula,ao ambiental,
sobre as possibilidade biol6gicas de cada individuo. A propor,ao da dislexia,
verifica-se maior incidencia para 0 sexo masculino.
Segundo Penington (1997 p.57 - 63) as atuais evid,mcias comprovam 0 ponto
de vista de que a maioria das dislexias de desenvolvimento apresentam urn
problema subjacente na codifica,ao fonol6gica da linguagem escrita.
A especificidade e a natureza do deficit subjacente na dislexia fornece urn
apoio importante para a modularidade das fun9iies do cerebro. Nem todos os
componentes do complexo sistema de processamento de informa~o envolvido
na leitura se acham igualmente prejudicados na dislexia. A leitura obviamente
envolve: processos perceptivos-visuais para reconhecer letras, reconhecimento
de palavra e processos de compreensao. Quanto rnais lemos, mais precisamos
traduzir seqOencias de letras impressas em pronuncias de palavras. Para fazer
isto, precisamos compreender que a alfabeto e urn c6digo para fonamas, os sons
individuais da fala na linguagam, e precisamos ser capazes de usar esta c6digo
rapida e automaticamente, de modo que possamos nos concentrar no significado
do que lemos. A dificuldade que os dislexicos tem com a "fonica" - a capacidade
de pronunciar palavras - toma a leitura mais lenta menos automatica e
prejudicada consideravelrnente a compreensao. Da mesma forma, pouca
capacidade fonica toma a soletra~o consideravelmente menos acurada e
automatica. Nao memorizamos simplesmente a soletra,ao das palavras.
Se 0 fizessemos, cada nova palavra poderia ser completamente nova, sem
transferencia de informayao a partir de palavras conhecidas anteriormente. Ao
contrario, 0 que nos realmente conhecemos das regularidades e excec;6es dos
codigos, mas em dire9'5es distintas. Quando lemos, vamos das letras para as
representa90es fonologicas, e quando soletramos, vamos das representa90es
fonolagicas para as letras.
Estes sintomas de Iinguagem falada da dislexia sao facilmente compreendidos
se a dislexia for conceituada como urn disturbio do processamento fonologieo;
sao mais dificeis de explicar pela teoria visual au outras teorias sobre a dislexia.
Como a leitura e uma inven9!io cultural e a alfabetiza9!io depende do treino
cultural, estas diferenyas ambientais em exposi~o ao material impresso nos
anos pre-escolares, sem duvida, exereem um efeito principal na ampla variayao
final em habilidade de leitura. Certamente, algumas crian9"s que parecem ter
dislexia na~ tern diferenc;as geneticas au neurologicas subjacente como causa de
seus problemas de leitura. Alem disso, todas as crian9"s com problemas de
leitura, a despeito de sua etiologia, requerem os mesmos esfor90s intensos para
remediar e/ou prevenir seus problemas.
1.3D1AGNOSTICO E TRATAMENTO
Antes da dislexia ser diagnosticada, a crian98 com problemas de ieltura deve
passar p~r exame neurologico, oftalmologico, auditivo e psicologico para verificar
se a deficiencia nao e causada por algum outro disturbio.
Santos (1975, p. 91) relata que a dislexia especifica de evolu9!io, podendo
embora ser dita como uma sind rome pedag6gica, e urn quadro neurol6gica e seu
diagnostico, deve ser feito por um medico, implicando exclusao de qualquer outro
problema neurologica, pSiquiatrico ou medico em sentido amplo, esta sempre a
cargo da medicina.
Novaes (1986 p. 232 ) afirma que e sindrome quando se trata da dislexia de
evolu9!io ou especifica: e sintoma quando decorre de outro quadro patologico,
como par exemplo nos caSaS de oligofrenias, perturbac;:oes mentais au
neurologicas.
o autor Penington ( 1997 p.65 - 81 ) diz que, a dislexia normalmente n;;o e
diagnosticada ate a idade escolar, usualmente nao antes do final da primeira au
segunda serie. Contudo, esta S8 tornando progressivamente claro que
precursores da dislexia estao presentes antes da idade escolar.
Clinicamente, as historias pre-escolares de alguns dislexicos, mas n;;o todos,
contem informay6es sabre retardo leve no falar, dificuldades de articulay8o,
problemas para aprender as nomes das letras au as names das cores, problemas
para encontrar palavras, sequencia errada das silabas ("aminais~ par "-animais",)e problemas para lembrar endere<,;os, numeros de telefones e Qutras seqLu3nciasverbais, incluindo ordens complexas.
E importante para 0 clinico estar dente de que as disturbios evolutivos da fala
e da linguagem ocorrem com freqOencia alta entre crianyas que apresentam
problemas de aprendizagem. E necessario observar como tais disturbios se
manifestam em termos de comportamento da crianya, sfntomatologia, historia e
resultados em testes.
Alem dos problemas de aprendizagem, freqOentemente acham-se incluidos
entre seus problemas: dificuldade para seguir ordens, redugao na fala, dificuldade
para expressar-se e, muitas vezes, para relacionar-se com seus pares. as
problemas de linguagem interferem na capacidade das criangas para lidar
verbal mente com seus sentimentos e, assim, estas criangas podem, com mais
freqOemcia, agir para exteriorizar fisicamente seus sentimentos ou esquivar-se da
intera<;8:o.
1.4 SINTOMAS NA DISLEXIA
Como 0 autor acima relata em termos da historia escolar, as dificuldades
dislexicas tornam-se evidentes na primeira ou segunda serfe e podem estar
presentes em pre-escolares com problemas para aprender 0 alfabeto, nomes das
letras ou outras habilidades de pre-Ieitura. E pouco provavel que problemas de
leitura que aparegam abruptamente mais tarde possam decorrer de dislexia de
desenvolvimento; nestas situa90es, e preciso considerar as etiologias adquiridas.
Os sintomas-chave na dislexia sao dificuldades para ler e
frequentemente com desempenho em matematica relativamente melhor.
Como algumas crian9as dislexicas gostam de ler ou tem boa compreensao de
leitura, e importante verificar especificamente a leitura em voz alta e a
aprendizagem fonica, dais aspectos da leitura nos quais virtualmente todos as
dislexicos apresentam problemas. Os pais e professores poderao igualmente
relatar ritmos lentos de leitura ou de escrita. inversao de letras e numeros,
problemas de memorizayao dos fatos matematicos basicos e erros incomuns em
leitura e soletra9ilo, como tambem algumas dificuldades de linguagem.
Os sintomas da dislexia em categorias: Primaria, correlata, secundaria e
artificial.
Primaria: Problemas em leitura e soletra9ilo: problema na codifica9ilo fonol6gica
da linguagem escrita.
Correlata: Problemas nos processos da linguagem ( articula9aO, rotula9ilo,
mem6ria verbal a curto e longo prazo).
Secundaria: Baixo desempenho em compreensao na leitura e em matematica,
auto-estima baixa, inversao de tetras, diferen9as no movimento dos olhos durante
a leitura.
Artificial: Problemas com a atenc;ao, delinquencla e problemas visuoespaciais.
Par outro lado, os disturbios psicol6gicos que se costumam, com os an os,
associar a dislexia, podem dificultar 0 reconhecimento da sindrome, fato ao qual
ha autores que nao dao muita importimcia, achando que tanto nesse casa como
no de individuos com dificuldade, a leitura e escrita, de origem emocional, 0
tratamento seria inicialmente psicoterapia e, a seguir urn metoda corretivo como
os empregados em dislexia.
A intervenyao na dislexia deve visar diretamente aos processos deficientes de
reconhecimento da palavra e assim deve proceder para atingir sua causa
principal, que e urna deficiencia na codifica9.30 fonol6gica da linguagem escrita
(usualmente medida pela leitura de na~ palavras) e que 0 deficit primario
subjacente a este sintoma primario e um deficit nas habilidades de segmenta9ilo
de fonemas. Para repartir uma palavra falada em segmentos fonemicos, a pessoa
precisa estar ciente de que as palavras tem uma estrutura subsilabica de
fonemas individuais e precisa sar capaz de manipular estes segmentos. Embora
as abordagens da linguagem total na leitura, possam funcionar bem em jovens
que nao sao dislexicos, que aprendem a codificac;ao fono16gica
independentemente do curricula particular de leitura a que ten ham side expostos,
tal enfoque naD ajuda as jovens disll~xicos.Os mesmas precisam de instruC;§o
muito mais sustentada e sistematica em codifica~o fonol6gica. Embora tenham
urn deficit nesta area, ele naD e absoluto, e podem aprender codificayaofonologica, se bern que mais lentamente.
1.5 PAIS E PROFESSORES
Penington (1997 p. 80 - 81 ) relata que as compensa~6es que podem ser
fornecidas aos dishaxicos severos pelo ambiente escolar incluem acrescimos notempo dado para as textos escritos, assinalar mas nao baixar nota quando haerros de 501etr8980, dispensa de aprendizado de lingua estrangeira e exames
orais.E multo importante a identific8ty8.0 e compreensao dos problemas par todos os
professores destas crian~s, caso contrario, e muito comum que as crian~s
dislexicas sejam pejorativamente rotuladas como ~pregui90sas" .
Os pais tem papais importantes a desempenhar no tratamento de seus filhos,
como defensores facilitadores de interven~6es apropriadas e fontes de apoio
emocional. as dislexicos correm risco maior de se sujeitarem a problemas de
auto-estima e depressao. E importante os pais fornecerem experiencias de exito
a seus filhos nas areas em que sao fortes, devem, tambem, monitorar os
sintomas psicologicos secundarios e, se necessaria, encaminhar a psicoterapia.
CAPITULO II
2.1 DISLEXIA VISUAL
Os autores Johson e Myklebust (1987 p.180 - 185 ) relatam a dislexia visual
sabe-se que as defeitos da visao e das areas visuais podem impedir a
aprendizagem da leitura, mas a principal preocupayao, e com as crianyas que
conseguem ver mas nao podem diferenciar, interpretar, ou recordar as palavras
devido a uma dislun<;iiodo sistema nervoso central.
A pessoa com dislexia visual nao tern dificuldade para compreender 0 que Ie,
seu problema e alcanyar 0 Significado. Ao produzir 0 som das palavras, ela pode
usar 0 senti do como um instrumento de verifica930.
Entretanto, nem todas as defici,mcias visuais aletam a leitura. Algumas aletam
mais as fun<;;oes nao verbais do que a leitura, outras interferem com diversas
formas do comportamento simb6lico, incluindo a aritmetica e a musica. Qutras
ainda limitam-se quase totalmente a feitura. Nesses casos e necessaria que 0
professor esteja atento a outros disturbios que possam estar presentes.
Lefreve (apud Marcondes 1988 p.689 ) ao se referir a dislexia visual observa-
se que apresentam em grau mais ou menes intense os seguintes disturbios:
conluseo visual de letras simetricas ( d b, P q, b q, etc ); Inverseo de silabas ("Ia"
por "al" etc ); conluseo de sons vizinhos ( d, t, f, v, m, n, etc); omisseo de sons,
substitui<;iiode letras, repeti<;6es.Na maior parte dos casos neo ha dificuldade no
reconhecimento das letras, mas sim em junta-las em um conjunto para formar as
palavras. A velocidade de leitura por isto, e muito reduzida. Como a dislexico
muitas vezes nao consegue ler, ele procura adivinhar 0 sentido das frases.
A crianc;a com dislexia visual raramente e capaz de aprender atraves de urna
abordagem ideovisual pois nao consegue associar palavras aos seus
significados. Nao e capaz de reter a imagem visual de uma palavra completa e
consequentemente requer uma abordagem fonatica ou de elemento para ler.
Johnson e Miklebust (apud Moraes, 1992 p. 82) as crian9"s dislexicas
visuais, tern severas dificuldades em memoria e analise-slntese visual, em
discrimina<;;ao visual de detalhes, em perceber rapidamente as palavras escritas,
em respeitar as sequencias viso-espaciais etc. Neste caso, os disturbios de
!eitura manifestam-se pelas tracas entre palavras com detalhes ou configura90es
gerais semelhantes, pela dificuldade em representar graficamente as palavras
ouvidas ou elaboradas mentalmente, e pelas inversoes de letras que diferem
quanto a orientac;ao espaciaL
Para esse tipo de disturbio, a instruc;ao para a teitura come<;a com a
apresenta<;iiode unidades visuais curtas geralmente letras isoladas 0 que podem
ser combinadas para formar palavras. 0 objetivo de toda instru<;iio de leitura e
10
proporcionar a crian98 meios de identificar as palavras que ve. A crian98 normalusa muitas pistas, incluindo a forma, 0 contexto, a analise estrutural e fonetica dapalavra. Devida a deficiemcias especfficas de aprendizagem, a crian98 dislE~xica
tern somente algumas pistas disponiveis. Ela e muito mais limitada quanta aosmeies pelos quais conseguem identificar as palavras. Deve ser enfatizado que
seu problema nao e de compreensao verbal, mas de incapacidade para soltar aulibertar significados. Se ela fosse capaz de transportar 0 simbolo visual ao seu
equivalente auditivo ela nao teria dificuldade alguma para compreender 0
material.
o professor precisa avaliar a capacidade da crian9CIpara combinar sons.Se ela for inca paz de combinar dais au tres sons, essa abordagem nao sera a
mais satisfatoria; poderia ser usada urna abordagem de palavras inteiras comalgurna enfase no tato e na cinestesia.Algumas caracteristicas prevalece entre as pessoas que tern dislexia visual:Johnson e Myklebust ( 1987 180 - 184 )
1 Elas tem dificuldades de discrimina,ao visual e confundem as letras ou palavras
que parecern semelhantes. Ao se aprender a ler e necessario assimilar tanto osdetalhes quanto a configura<;:iiogeral, bem como a rela<;:iiodas partes do todo.
2 A velocidade de percepyao e baixa. Embora corretas nas discrimina90es,algumas examinam as palavras lentamente e nao conseguem reconhece-Ias comrapidez como sendo a mesma ou diferente.3 Muitos mostram tendencias de reversao tanto em [eitura quanto em escrita.4 Algumas tem tendencias para a inversao e h§emu em lugar de n ou m em lugardew.
S As pessoas dish~xicasvisuais tern dificuldade para seguir e reter sequencias
visuais.6 Elas tem desordens de memoria visual. Algumas nao conseguem se lembrar
nern de experiencias nao verbais, nem verbais.7 Os desenhos das crianryascom dislexia visual tendem a ser inferiores e a sercarentes de detalhes. Sao omitidos detalhes relevantes, ate mesmo no desenho
de objetos simples pertencentes a seu ambiente diario.8 Muitos tern problemas de analise e sintese visual.
II
9 Nos testes de prontidao e de diagnostico de leitura as criam;8s com dislexia
visual revelam uma acentuada deteriorac;iio de habilidades visuais, quando
comparadas as habilidades auditivas.
10 Elas preferem atividades auditivas.
11 Certes tipos de jogos au esportes causam problema. Muitas crianc;as naD
gostam de atividades como a de montar modelos; entretanto, outras as
desempenham bern ate receberem instru96es escritas.
2.2 DISLEXIA AUDITIVA
Segundo Johnson e Myklebust (1987 p.203 - 204 ), embora a leitura seja urn
sistema simb61ieD eminentemente visual, muitas integridades auditivas sao
essenciais para a sua aquisi~o. Essas integridades incluem a capacidade para
distinguir semelhang8s e diferen98s de sons, para perceber urn som no meio de
urna palavra, para sintetizar as sons em palavras, e para dividi-Ias em sflabas. Se
urna criang8 naD conseguir desempenhar essas fungoes auditivas intra-
sensoriais, ela tera dificuldade para aprender a ler. Embora algumas que nao
conseguem aprender normalmente a ler ten ham um passado de disturbios de fala
ou linguagem, essas nao sao caracterfsticas universais. As capacidades auditivas
necessarias para a Jeitura, especialmente aquetas envolvidas na relayao entre
uma sequ€mcia temporal e urn sequencia visual-espacial, diferem daquelas
exigidas para a fala. Esta ultima diz respeito a relayao entre sequencia temporal e
uma sequencia motora. Portanto, nem sempre ha uma correlaya.o entre as
problemas da lala e da leitura.
Os modos pelos quais a leitura e aletada na crianga com dislexia auditiva
diferem daqueles da crianc;a com dislexia visual. A crianc;a com dislexia visual nao
con segue aprender palavras inteiras; mas esse pode ser 0 modo principal atraves
do qual a crianc;a com dislexia auditiva aprende. Ela nao consegue sintetizar os
sons em palavras ou analisar as palavras em partes; conseqOentemente, nao
aprende atraves de abordagem alfabetica ou fonica. A crianya com dislexia
auditiva, ao contrario da crianc;a com disturbios visuais, pode ser capaz de
associar a palavra leite ao Ifquido dentro do pacote depois de ve-Io diversas
vezes; entretanto, ela nao relaciona as componentes visuais das palavras aos
12
seus equivalentes auditivos. Isto e, ela ve as semelhan~s em partes de palavras.
mas naD as relaciona as suas vers6es auditivas, e por isso naD faz
generalizay6es exigidas para a aprendizagem da laitura. AlE3m do mais, ao
contn3rio da crianya normal, ela na~ relaciona urna parte da palavra ao todo, e
conseqClentemente precisa aprender cada palavra nova como urna entidade
unica.Lefnove (1988 p.689 ) relata que, na maior parte dos casos ha disturbios da
escrita acompanhando os da leitura; sao cometidos erros muito semelhantes na
leitura e escrita. A capia e normal, parem a escrita espontanea au sob ditada epobre, lenta, com confusao de letras semelhantes, liga\'6es erradas,
contaminayao, escrita em espelho. 0 defeito da escrita e mais pronunciado e S8
compensa mais tardiamente que 0 da leitura.A crianya com dislexia visual comeya aprendendo as sons das Istras e
integrando-8s ao todo; a crianc;a com dislexia auditiva, ao contrario, trabalha a
partir do todo para chegar as partes.
Algumas caracterfsticas da criant;a com dislexia auditiva: Johnson e Miklebust
(1987 p. 204 - 206)
1 Elas tem numerosos disturbios de discriminac;aoauditiva e de percepc;ao que
impedem 0 usa da analise fonetica. Urn dos mais comuns Eo a incapacidade para
uouvir" as semelhan9Cls nos sons iniciais ou finais das palavras. A crianya nao
percebe as semelhanyas nas palavras dia e deu ou os sons finals das palavras
mar e Jar. Qutras sao incapazes de ouvir sons duplos de combinayaes de
consoante.
A discrimina~o de sons de vogais breves e um dos maiores problemas da
crianya com dislexia auditiva.
2 Essas crian,as tem dificuldade com a analise e sintese auditiva. Embora a sua
linguagem falada seja geralmente boa, as crian98s com um disturbio de analise
nao conseguem dividir urna palavra ern silabas au em sons individuais. Ao
receberern a palavra lapis, nao sao capazes de separar as silabas, au quando
recebem urna palavra monossflaba, cao, nao conseguem disseca-Ia em seus
sons individuais. Urn disturbio de analise auditiva afeta tanto a leitura quanta a
soletrac;ao. Interfere no desenvolvimento das habilidades de silabac;ao para a
componentes, silabas intekas podem ser omitidas na escrita.
3 Muitas crian9Bs pertencentes a esse grupo nao conseguem reorganizar os sons
ou palavras auditivamente. Quando olham uma letra nao se lembram do seu sam,
ou quando olham urna palavra sao incapazes de dize-Ia mesma que conhegam 0
seu significado. Consequentemente, a crjan~ com dislexia auditiva pode ser
capaz de ler melhor sitenciosamente do que oral mente. Ela assoda as palavras
ao significado mas nao consegue transportar 0 sfmbolo visual ao auditivo.
4 Algumas tern urn disturbio no que diz respeito 11 formayao de sequencias
auditivas. Se suas habilidades nao-verbais estiverem danificadas, essas crianyas
nao conseguirao acompanhar urn padrao rftmico e poderao nao apreciar musica.
5 No que diz respeito ao comportamento, as crian9Bs com dislexia auditiva
tendem a preferir atividades visuais. Muitas sao boas em oficina mecanica,
trabalho com madeira e atividades atleticas. Sao inferiores nas tarefas que
envolvem memoria auditiva, sequencia e discrimina~o.
CAPITULO III
3.1 DlSLEXIA ESPECiFICA DE EVOLU<;Ao
Segundo Santos (1975, p. 3 - 4 ) a "dislexia especifica de evoluyao", e de
evolur;ao, porque os sintomas tendem, com a tempo, a desaparecer
espontanearnente, e especffica para circunscrever bern a questao, que se refere
apenas ao campo em que entram leitura e escrita.
~A tendencia e de a crianc;a reconhecer palavras em partes por meio do feitio
geral das mesmas e de sua extensao e, em parte par meio de letras
caracteristicas, como a primeira e a ultima, ou de letra de forma particular como 0
g ( e 0 Y), no inicio do aprendizado".
Stelling, (1994, p.4S - 49) as crianyas com transtornos especificos de
aprendizagem apresentam altera~es em urn au mais processes psicol6gicos
basicos, envolvende a compreensae e 0 usa da linguagem falada eu escnta. As
manifestac;oes apresentam-se como transtorno da atenyao, do pensamento, da
fala, da leitura, da escrita, da soletrag80 ou da aritmetica. Inclui quadros
14
denominados defeitos perceptuais, lesac cerebral, disfunyao cerebral minima,
dislexia, afasia do desenvolvimento etc. Estao excluidos problemas de
aprendizagem em con sequencia, principalmente, de problemas visuais, auditivos,
motores, deficiencia mental, altera9iies emocionais e problemas ambientais.
o grupo das ~dislexjas" engloba urn importante conglomerado de afeccy6es que
se caracterizam, fundamentalmente, pelas dificuldades no aprendizado da
linguagem lida-escrita, apesar de, aparentemente, naD S8 observarem Qutras
causas que justifiquem tais dificuldades.
Segundo Quiros (apud Stelling, 1994 p. 49 ) quando se fala em dislexia
especifica de evoluy8o, sup6e-se urn quadro "com perturba90es perceptivo-
cognitivas que dificultam a aquisiyao da laitura e escrita". 0 termo "perceptivo-
cognitivas" significa que as dificuldades S8 localizam na esfera da percepyao
simb6lica, tanto ao nlvel de palavras visualizadas como aD de palavras ouvidas.
Ajuriaguerra (1984, p.116 - 117 ) considera que nao se deve falar de dislexia
a nao ser na presenya de numerosos dados a dificuldade para adquirir a leitura,
mas tam bern a frequencia e a reproduQao de confusoes de sons e de invers6es, a
incapacidade para organizar a linguagern escrita e, finalmente, 0 C8rnter rebelde
destas confusoes, apesar dos esforyos pedag6gicos. A este quadro dever-se-fa
acrescentar 0 inevitavel aparecimento de distDrbios de conduta como
con sequencia do fracasso escolar assim criado. 0 momento decisivo e a idade da
aprendizagem da leitura; se neste perfodo, que e ados seis anos, a crianc;a nao
disp6e dos Uinstrumentos" necessarios para a aprendizagem da leitura, que sao
exigidos para que possa comunicar seus pensamentos atraves da palavra falada
ou seja, compreender 0 que as outros Ihe transmite par esse meio de expressao,
pais de infcio, a capacidade de ler nao se pode adiantar em relayao a linguagem.
Entre os fatores do meio ocupa uma lugar 0 fator pedagogica, e nao
certamente porque urn pedagogia inadequada possa par sf s6 criar uma dislexia.
mas porque pode encaminhar uma crianc;a com uma maturidade mediocre para 0
caminho da dislexia.
Tal e, em lin has gerais. a conhecimento da dislexia - sindrome, esquema
construfdo no mesmo plano da maiaria das distUrbios estudados em
psicopatologia infantil, e no qual cada dislexia tern sua pr6pria personalidade, seu
passado, tambem seu potencial constituciona1.
15
o autor aeirna ve na dislexia urn estado demasiado original para que S8 possa
assimilar simplesmente a todos os disturbios de rela9iio da infancia. Nao se pode
negar, certamente, que as problemas afetivos deste periodo da vida
desempenham urn papsl de enorme importancia, mas ere que exerce sua ayao
na medida em que ten ham freado 0 desenvolvimento.
Orton ( apud Novaes, 1986 p. 232 ) ciassificou a dislexia especifica como algo
que nao poderia ser enquadrado no termo cegueira visual e qualifica-a de
"strephosimbolia" que quer dizer distor9iio de simbolos, afirmando que a crian98,
teoricamente inteligente e bem adaptada, nao come98 a ter dificuldades senao
quando depara com a palavra impressa.
A autora Novaes ( 1986 p. 229 ) diz que muitas vezes, ciassifica-se como
dislexia dificuldades de leitura resultante de metodos deficientes de alfabetiza9iio
ou de fraca motiva9iio para leitura. Entretanto, a no9iio de dislexia especifica e
restrita as dificuldades da leitura em crianc;as normal mente desenvolvidas nos
demais setores, cnde naD intervem a linguagern, e cujos disturbios naD possam
ser expJicadas per condi90es fisicas e ambientais negativ8S, deficits sensoriais au
intelectuais e comprometimento afetivos -emocionais.
a termo aplica-se em geral as dificuldades de aprendizagem da leitura
relacionadas a identificayao, compreensao e interpretayao dos simbolos graficos
de leitura.
Orouet, ( 2001 p. 13) refere-se a disfexia a um disturbio de aprendizagem que
atinge crianc;as com dificuldades especfficas de [eitura e escrita. Essas crianc;as
sao incapazes de fer com a mesma facHidade que seus caregas da mesma idade,
embora passuam inteligemcia normal, saude e 6rg80s sensoriais perfeitos,
estejam em estado emacional cansiderado normal, tenham motivac;ao normal e
instru9iio adequada.
Ao que parece, por tras desses problemas especificos de
aprendizagem, existe sempre urn fator biologico, hereditario, isto €o, ha uma
tendencia de a mesma dificuldade acorrer em outros membros da familia.
Na dislexia em geral, a dificuldade de leitura persiste ate a idade aduita. A
dificuldade de Ortografia geralmente acompanha a de leitura, 0 que e
compreensivel por serem habilidades relacionadas.
[6
Quando S8 fala em dislexico nao podemos deixar de mencionar a
Disortografia esta expressao foi empregada por Noailles e Lunnay (apud
Santos1975 p.7 ) para designar erros que os dislexicos fazem a escrita, esses
erras ocorrem pela transformayao do som no sfmbolo grafico. Prefere-se a
Udisgrafia", que S8 reserva para cases de dificuldades a escrita em individuos que
ja chegaram a escrever normalmente.
~Tais erras constituem urna transposiyao para 0 plano da esenta, das falhas que
costumam apresentar-se no plano da leitura, proveniente de disturbios
perceptivos, podendo ainda algumas ocorrerem par falhas da memoria visual e
auditiva" (Souza apud Balsamao, ana 1985 p. 31 )
Como a autora Santos ( 1975 p. 7 ) menciona, dever-se-ia dizer sempre
dis/exia e disorfografia porque as dificuldades a escrita acompanham
invariavelmente, nos dislexicos, as dificuldades a leitur8 sendo, como elas de
carater especifico e evolutivo.Portanto quanto rnais cedo, se fizer 0 tratamento da dislexia, rnais cedo se
evitara 0 conjunto de fracassos escolares dele decorrente.Disgrafia - 0 termo e comumente definido como dificuldade em trayar as
simbolos grcHicos proprios da linguagem. Esta ligada ao ato motor da escrita, a
crianya apresenta dificuldade em tr898r, de maneira correta, as simbolos graficos,
o que torna sua gratia praticamente indecifravel.
As dificuldades dos dislexicos as vezes nao chamam a 8ten<;80 no inicio do
aprendizado, epoca em que S8 empregam mais c6pias e a leitura S8 pode tazer
de cor, grayas a ilustrac;5es dos textos.
Com 0 tempo, em muitos casas, tendo a leitura melhorado podem-se
encontrar quase que apenas erras a escrita. A propria disortografia, entretanto,
pode-se haver tornado menDsevidente, dificultando 0 diagnostico.
A crianC;8 dislexica demonstra serias dificuldades com a identific8ry8o dos
simbolos no infcio de sua alfabetizar;80, 0 que acarreta fracasso em outras areas
que dependem da leitura e escrita.
As principais dificuldades apresentadas pela crian<;:adislexica de acordo com a
Associa,ao Brasileira de Dislexia (ABD), sao: (Jose,1991 p. 90 - 91 )
- Demora para aprender a falar, a fazer la90 nos sapatos, a reconhecer as horas,
a pegar e chutar bola, a pular corda.
17
Apresenta dificuldade para:
- escrever numeros e tetras corretamente;
- ordenar as letras do allabeto, meses do ano e silabas de palavras compridas;
- distinguir esquerda e direita.
- Sua compreensao da leitura e mais lenta do que 0 esperado para a idade.
- Demonstra insegurant;8 e baixa apreciava,o sabre si mesma.- Confunde-se as vezes com instruc;oes, numeros de telefones, lugares, horarios
de datas.
- Atrapalha-se ao pronunciar palavras long as.
- Tem dificuldade em planejar e lazer reda<;6es.
A motivayao e multo importante para a crianya dislexica. pois, ao se sentir
limitada, inferiorizada, ela pode S8 revoltar e assumir uma atitude de negativismo.
Por outro lado quando se ve compreendida e amparada, ganha seguran<;a e
vontade de colaborar.
3.2 CARACTERisTICAS DO DISLEXICO
Segundo Novaes (1986 p. 234 - 239) de modo geral, os dislexicos apresentam
deficits no dominic da percepyao, da motricidade, da organizayao tempora-
espacial, na capacidade de globalizayao, no dominio do esquema corporal, na
dominancia lateral, podendo ser acrescentados disturbios da atenyao, da
memoria, e altera<;6es da relayao figura-Iundo. 0 que se observa e que 0
dislexlco embora tenha uma acuidade auditiva normal tern dificuldade em
distinguir sons parecidos como p, b; d, t; f, v: m, n. Essa dificuldade especifica de
perceber excitantes auditivos mais complexos torna-se patente quando se pede
ao dislexico para reproduzir exatamente uma determinada seqGencia ritmica.
Entretanto quando se fala em perceP9ao deve-se sempre levar em conta 0
fator motricidade, uma vez que essas duas atividades sao mutuamente
condicionadas: a qualidade da percepyao e eletivamente lunyao da atividade do
individuo e vice-versa.
A rna estrutura9Bo do espa90 no dish~xicomanifesta-se, no princfpia, por uma
dificuldade em situar as diversas partes do seu corpo, umas em relayao as
outras; as n090es de alto, baixo, em frente, atras e, sabretudo, direita e esquerda
18
sao confundidas, 0 que no domfnic da leitura conduz a confusao entre certas
letras como p, q; d, b; u, n; p,b. cada elemento da letra e percebido isoladamente
e corretamente mas as relac;6es que a crianya estabelece entre eles naD sao
esti!veis, pois dependem do sentido de deslocamento do seu olhar ( esquerda -
direita au direita - esquerda), e na crianr;8 dislexica 0 olhar nao segue
fort;osamente a dire~o esquerda-direita, mudando em apenas alguns segundos
varias vezes de direc;ao.E muito comum confundlr-se a incapacidade para a leitura com a incapacidade
para a aprendizagem, dar resultando erras de diagnostico e de tratamento.
Observa-se que a incapacidade para aprender a ler apresenta algumas
causas que influenciam na aprendizagem como: inteligencia inferior, que trara
dificuldades de !eitura, mas de natureza secundaria e nae especifica; disturbios
emocionais provindos de sentimentos de inferioridade, de inseguran<;a, astenia,
hiperemotividade, agressividade ou inibiyao excessivas, disturbios fisicos,
metodos de ensino inadequados, e assim por diante.
Halgreen ( apud Novaes p. 239 ) considera que hi! dislexia especifica quando se
constata:
- dificuldades na aprendizagemda leitura e da escrita;
- discord€mcia entre 0 nivel intelectual e 0 nivel de leitura e ortografia;
- discordancia entre os resultados em leitura e em ortografia comparados com os
resultados nos outros ramos de ensino, sobretudo 0 calculo.
- nivel de leitura e de ortografia nitidamente abaixo do nivel de leitura e de
ortografia da dasse. Os erras mais freqlientes encontrados na crianya dislexica,
em relayao a leitura e escrita, sao rotayoes, inversoes, confusao de letras,
omissoes, repetiyoes, distoryoes, contaminayao e dissociayao de palavras,
havendo um carater sistematico desses erros.
o individuo dislexico pode ser e em gera! e, normal em tudo, menos no
aprendizado e no desempenho da leitura e escrita.
Drouet ( 2001 p. 140 ) diz que atraves de tecnicas terapeuticas, a maioria dos
dislexicos pode chegar a ler e ate estudar. Para isso, porem, deveri! se esfon;:ar
muito. Grande parte dos dislexicos naD tern 90sto pela leitura, nem e capaz de
dominar a leitura e a ortografia de uma segunda lingua, ( lingua estrangeira ).
19
Se 0 dislexico nao for submetido a uma instrugao especializada, pode
permanecer analfabeto au semi-analfabeto. Geralmente as dislexicos ficam
excluidos das profissoes e vocac;6es que exigem uma preparayao academica.
Consideramos a seguir alguns transtornos pSicomotores que influenciam na
aprendizagem da leitura e escrita:
Disturbios da motricidade
Segundo Dalila Costallat ( apud Orouet, 2001 p. 140 ) psicomotricidade e a
ciencia da educ8yao que focaliza a unidade indivisivel do hom em: soma (corpo) epsique (espirito), educando 0 movimento e ao mesmo tempo pondo em jogo as
fun90es intelectuais ( pensamento).
Os transtornos pSicomotores compreendem as funyoes psiquicas e
neurol6gicas, alam de urn atraso na matura~o do sistema nervoso central. Sua
principal caracteristica e a falta de coordena'Y8o entre 0 que 0 individuo pretendefazer e a agao propriamente dita, 0 que dificulta a capacidade de expressar-se
atraves do corpo. Isso provoca disturbios afetivos e tambem problemas de
aprendizagem.
Alrasos de malura~ao
Os atrasos do processo de maturay80 fazem parte do processo evolutivo
global do individuD, compreendendo seu desenvolvimento motor, psicoafetivo,
suas motivagoes e suas experiencias ja vivenciadas. A crianga apresenta
dificuldades de movimentar;:ao das maos e dos dedos, e emocionalmente instavel,
alem de apresentar desinteresse e indiferenga pelos assuntos escolares.
(H. Bucherapud Orouet. 2001 p. 141).
Esquema corporal
Nosso corpo e 0 nosso principal ponto de referenda no espa90. Se nao
tivermos a nogao das partes do nosso corpo e da posigao dessas partes, nao
poderemos perceber os objetos nem identificar sua posigao no espa90.
20
o esquema corporal depende de estimulos cinestesicos ( dos musculos), dos
estimulos que recebemos do exterior e que agem sabre 0 nosso organismo
(sensa<;iiotalil, termica e dolorosa) e de estimulos sensoriais (visao e audi<;iio).
Devemos considerar ainda a no<;iiode lateralidade. ( Drouet, 2001 p. 142 )
Hiperatividade
A hiperatividade e uma perturba<;iiopSicomotora.As crian98s hiperativas tern
descontrole motor acentuado, 0 que faz com que elas ten ham movimentos
bruscos e inadequados, expressao facial descontrolada, fala e respira<;iio
entrecortadas, mudanryas frequentes de humor e instabilidade afetiva.
(Drouet, 2001 p. 141 -142)
Orienta~iio e estrutura~iio do espa~o e do tempo
Par orienta9ao e estruturayao do espayo e do tempo, podemos entender as
nO¢8s que a crianc;a tern de direita, esquerda, frente, atras, alto e baixo
(espa90); antes, depois, ontem, hoje e amanha (tempo). Aqui a motricidade e um
fator importante, alem da visao e tato. Ao manipular os objetos, as crian98s estao
exercitado suas perceP90es e adquirindo a representayao mental desses
mesmos objetos. ( Drouet, 2001 p. 145 )
Organiza<;ao temporal
Sao n090es de tempo, dura9ao, sucessao, periodicidade. Os disturbios de
organiza<;iiotemporal sao tambem chamados disturbios de filmo.
A linguagem e inseparilvel do ritmo. As palavras constituem urna sequencia
sonora temporoespacial; as frases sao uma sucessao de palavras, portanto
tambem obedecem a uma ordem temporal. ( Drouet, 2001 p. 145 - 146)
Percep~ao visual
Na percepc;ao visual sao muito importantes a percepyao da posic;ao no
espa~ e das rela90es espaciais, a canstancia da percepyiio, percepyiio de
figura-fundo e a coordenayiio visuo-motora. (Santos, 1975 p. 101 )
o atraso do desenvolvimento visual da crian98 com dislexia podera estarrelacionado com a sua reduzida capacidade de atenr;ao. Porem, urn Dutrocomponente importante e a mem6ria, porque nas percepc;aes 0 desenvolvimentoS8 da com base nas experiencias anteriores do indivfduD, que devem serguardadas no centro nervoso da memoria. ( Drouet, 2001 p.143 )
Segundo Marianne Frosting ( apud Drouet, p.143, 2001), a crian~ que
tern desordens na percepyiio visual pode ter cinco tipos de disturbios que
atuam de maneira isolada au combinada e que S8 constituem em problemas
de aprendizagem.
Coordena~aovisomotora: E a coordenac;ao dos movimento das maDS e do
corpa em conjunto com os olhos.
Percep~aa figura-fundo: E a capacidade de destacar de urn conjunto de
elementos uma figura, sem deixar que as outros elementos interfiram.Percep~ao da constiincia: E a capacidade de identificar urn mesmo abjeto
em situar;;oes diferentes, au seja, independentemente de suas caracteristicasde forma, car e tamanho.
Percep~ao da posi~ao no espa~o: E a capacidade que 0 individuo tern derelacionar-se com os objetos que 0 cercam.Percep~ao das rela~6es espaciais: E a capacidade de perceber a posiyiio de
dois ou mais objetos no espac;o e a rela<;8oexistente entre eles, ou com 0
nosso propriocorpo.
3.3 REEDUCACAO DO DISLEXICO
A autora Novaes ( 1986, p. 241 - 242) considera a triplice enfoque no plano
de reeduca~iio: neurologico, pSicologico e pedagogico deve ser ativo,
individualizado e especifico, levando sempre em canta os padroes de
maturidade de cada crian9a, suas experiencias de linguagem oral e escrita, a
22
tim de favorecer eXperiElnciasmultisensoriais, alem de mobilizar recursos que
dinamizem na crian<;aa descoberta da aprendizagem, atraves do ouvir, talar,
dramatizar, ampliando, assim seu Yocabulario e conhecimentos de sintax8.
As crian<;as dislexieas devem ser altabetizadas pelo metodo analitico-
sintetico, sobretudo, apoiado nos recursos do metodo lonetico. 0
reconhecimento das Istras deve ser sempre urn apaio cinetico e cinestesico,sen do a exercita9ao feito pelo metoda audio-vise-motor, as estimulos devempartir de um conjunto ( a crian<;aouve, ve, percebe e toea na letra). Deve-se,
tambem, propiciar a exercitayao especulativa, uma vez que 0 vocabulario epobre e deficiente. 0 adestramento auditiv~ e tatil deve merecer muito
cuidado, pois essas crianc;aspodem ser multo beneficiadas atraves do prontoreconhecimento das impress6es tat81se auditivas.
Santos (1975, p. 91 ) relata que 0 reedueador deve, ter por base, 0
conhecimento da sindrome. Assim, ele deve conhecer 0 quadro clinica,propriamente dito, da dislexia, 0 pedagogico, as dificuldades a leitura e aescrita, sintomas associados, fator inteligencia e fatores emocionais,
percepyao e movimento, relativos a causa da dislexia.E indispensavel que tenha conhecimento das tecnicas a que se pode
recorrer, com vistas a ajudar 0 dislexico a superar suas dificuldades, tenhalacilidade para se relacionar, que seja dedieado e persistente ante ao
progresso lento e dificil de certos alunos, que seja criativo, para poder suprir a
lalta de material pedagogico que possa existir no local de trabalho ou para
atender 0 interesse de deterrninado aluno.Novaes (1986, p. 243 - 247) diz e necessario que a crian<;acompreenda que
o reeducador esta interessado em localizar os seus erros, e nao em corrigirtrabalhos impecaveis, sem expressao nenhuma, uma vez que foram feitoscom a ajuda de outros, quer sejam capia de cadernos au consulta de livros.
Eo importante a colabora9iio dos pais com 0 reeducador neste processo para
ajudar a crianya na pratica dos exercfcios cotidianos, anotando as falhas eerras que cometem e as dificuldades que encontram.
A leltura e escrita sao duas atividades que nao devem ser dissociadas namedida do possivel, e preciso assegurar-se que a aquisic;ao da leitura seja
logo aproveitados no dominio da ortografia.
23
Quanta ao ensina das regras de leitura, deve ser orientado pelos erros que
comete a crian<;:a, atraves da leitura de texto ou do ditado.
A reeduca<;iio da leitura no dislexico deve utilizar metodos de trabalho que
permitam analisar 0 que II§, tanto do ponto de vista visual como fonetico, bem
como compreender a estrutura da frase e as leis gramaticais que a dirigern.
linguagem, percep,ao, motricidade e pensamento estao intima mente ligados
entre si e respondem pela aprendizagem da leitura e escrita da crianya.
Santos (1975 p 88 - 96 ) relata que os dislexicos sao, por defini<;iio
individuos que, ou naD aprendem alar e escrever nada ou naD aprende a ler e
escrever 0 suficientemente bem, apesar de nao Ihes faltar oportunidade de
aprendizagem comurn. convencional.
Convencional como quer dizer a autera Santos, e que enquanto as colegas do
dislexico, na mesma escola e na mesma dasse, com 0 mesma professor, e
com 0 mesma metoda de ensina, progridem chegando a ter com suficiente
desembara,o e entendendo 0 que leem, bem como a escrever sob ditado ou
espontaneamente, de modo que possam compreender imediatamente 0 que
escreveram. 0 dislE~xico S8 evidencia como um atrasado, ° porque nao
consegue progredir, na~ se alfabetiza absolutamente au nao se alfabetiza
suficientemente, cometendo a leitura e a escrita erros estranhos, ao fim da
primeira serie ou ate mais adiante, 0 dislexico nao tira prove ito do mesma
metodo segundo 0 qual seus companheiros se alfabetizam.
A sind rome tende a se evidenciar mais na alfabetiza<;iio pelos metodos
convencionais centralizados no aprendizado da paravra ou da frase.
A autora acirna diz que em alguns casas de dislexia, porem, 0 quociente
intelectual e prejudicado pela pr6pria dislexia que nao permite a crian~
sucesso em quest6es envolvendo esquema corporal, organiza~o espacial ou
espa,o-temporal, coordena<;iio visuo-motora, boa percep<;iio de figura fundo.
As vezes a dislexia pode manifestar-se acompanhada de alguns problemas de
fala e de linguagem, como dislalias, afasia expressiva ou receptiva,
dificuldades na formac;ao de conceitos ou ate inversao dos mesmos,
vocabulilrio pobre, dificuldade em sintaxe, gagueira. 0 dislexico pode ter
demorado para come<;:ar a falar.
24
E necessario que a crian98 que apresentava dislalia, ja as tenha superado,
isso, entretanto, nem sempre ocorr8 e entao e necessaria submete-Ia
tratamento fonoaudiol6gico que Ihe corrija a pronuncia defeitUOS8.
Ajuriaguerra ( apud Santos, 1975 p. 109 ) diz, Nossa escrita e constituida de
sinais que, par sua forma nac tern mais nenhum valor diretamente simb6lieD.Os sinais abstratos, quando reunidos, transformam-seem simbolos, natransposiyao da leitura e da articula9ao. A escrita, do mesmo modo que a
leltura, e uma linguagem em segundo grau. Nao e simb61ica senaa em relac;aoao que significa, sendo que tal significayao, 0 individuo a adquire pela
aprendizagem.
Roudinesco (apud Santos 1975 p. 100 ) explicou, que se uma crian98 dislexica
nao aprender a ler ate as nove anos de idade, tornar-se-Ihe-a mats diffcil fazernovas aquisi90es na area da linguagem, dai resultando dificuldade em testes
que abranjam ltens verbais, e, conseqOentemente, rebaixamento do quociente
intelectual.
Portanto e importante que se estabele9a um vinculo positiv~ entre 0
reeducador e 0 aluno para que possa ter exito no trabalho.
Sugestoes para ajudar a crian~a dishixica na escola Drouet (2001 p.156 )
1) Explique a crian98 0 seu problema.
2) Sente-se ao lade dela.
3) Nao force 0 aluno a aceitar a lic;ao do dia.4) Nao 0 pressione com 0 tempo, nem estabele<;:acompeti90es com os
outros.5) Seja fiexivel quanto ao conteudo das li90es.
6) A crian9a pode tentar disfar9ar seus erras, atraves da caligrafia ilegivel.
7) Fa98 criticas construtivas.
8) Estimule 0 aluno a escrever em linhas alternadas, 0 que permite a leitura da
caligrafia imprecisa.
9) Certifique-se de que a tarefa de casa foi entendida pela crian98.
10) Pel'" aos pais que releiam com ela as instru90es.
11) Evite anotar todos os erros na corre,ao. De mais importancia ao conteudo.
12) Nao corrija com lapis vermelho. Isso lere a suscetibilidade da crian98 com
problemas de aprendizagem.
13) Procure descobrir as interesses da crian98.
14) Procure leituras que interessem a crian98. (p 1~~ Drouet, 2001)
25
26
CONCLUSAO
Atraves deste trabalho bibliografico fizemos um estudo sabre dislexia que
e urn disturbio de aprendizagem de leitura e escrita.
A dislexia denomina-se pela dificuldade de lei lura e escrita, que pode
atingir crianyas com deficit sensorial, e que nao conseguem aprender a ler e
escrever na idade certa para tal.Verifica-se nestas crianc;as alguns disturbios que podem estar
relacionados como disgrafia, disortografia, entre Qutros.
A disortografia freqOentemente esta associada a dislexia, que e a
dificuldade em escrever corretamente as palavras.
Na leitura destas crianc;as h8 conlus5es de gralemas, bem como
inversoes, omissoes, escrita em espelho, e confuseD entre letras e silabas,
dificuldade para distinguir esquerda-direita.
Segundo Ajuriaguerra nao S8 deve falar em dislexia a naD ser na presen9'3de varios dados para adquirir a leitura, mas observar a frequemcia e a
reprodu9ao de conlus5es de sons e de invers5es, a lalta de capacidade para
organizar a linguagem escrita, e finalmente, 0 carater rebelde destas
conlus5es, apesar dos eslor90s pedagogicos.
A esse quadro escolar, dever-se-ia acrescentar 0 inevitavel aparecimento
do disturbio de conduta, como resultado do fracasso escolar assim criado.
o momento determinante e a idade da aprendizagem da leitura que e de 6
ou 7 anos. Se neste periodo, a crianc;a nao dispor de conhecimento
necessario para a aprendizagem escolar como uma linguagem
sufidentemente construida, referenda de espayo, urn Ueu" com uma certa
maturidade, estao destinadas ao Iracasso, e 0 Iracasso na leitura do tipo
dish3Xico e uma das possiveis eventualidades.
Contudo, observa-se que os autores Penington, Santos e Ajuriaguerra
concordam que a dislexia e um disturbio de aprendizagem de leitura e escrita
e que atingem crianc;:as com dificuldades especfficas nestas areas podendo
ser de origem hereditaria, biol6gica.
o dislexico e um individuo, normal em tudo menas no aprendizado da
leitura e escrita.
.~A partir do diagnostico que deve ser feito por um medico per se tratar IOriaJ ij~'
um problema neurologico, e necessario que essa crianc;a tenha um
acompanhamento multidisciplinar, envolvendo familia, professor, psic6logo,
reeducador, Jevando em considera980 a maturidade de cada crianya e 0 meio
socio-cultural que a criancyavive.
A com preen sao, 0 apoio e a motiv8980 dos pais e professores , eimportante, para manter a auto-estima dessas crian9as, por que devido as
dificuldades que 0 dislexico apresenta elas tem mais probabilidade para
apresentar problemas de auto-estima e depressao.
Observa-se que as dificuldades de aprendizagem sempre vao existir, e que
a crianc;a s6 aprende se ela encontrar oportunidades adequadas para 0
aprendizado.
Para que isso aconte<;8 0 profissional da educac;ao devera estar atento, e
realizar analise detalhada das aptid6es escolares da crian98, no que diz
respeito a detalhes de niveis e metodos de aquisi9ao de habilidades, ex:
leitura e escrita.
A importancia da realiza9ao deste trabalho teorico, foi no sentido de
ampliar conhecimentos em rela9aoas dificuldades de aprendizagem.
28
GLossARIO
Afasia. Designa a perda de urna au mais capacidades ja formadas derecep<;iio da fala e da produ<;iio da fala que ocorre apesar da preserva<;iio
da inteligencia e dos 6rgaos da fala. Perturba\Xies da fala desse tipo
estao em conexao com majestias do ~aparelho central da fala~ ( regiao do
cerebro que serve para 0 exercicio da fala). ( Brunner, 1994 )
Astenia. Falta de forya, fraqueza. ( Brunner, 1994)
Oisfun~ao Cerebral Minima. E urna sind rome, ligada como tal a varias
etiologias, que podem ter atuado com intensidades diferentes, do que resulta
urn conjunto de sintomas e sinais mais ou menos graves, podendo 0
comportamento psicomotor da crianya ser mais OU menes afetado. Sob 0
ponto de vista motor os disturbios podem se encontrar combinados de
maneira mais au menos constante: incoordena<;80 estidica e/ou cinetica,dispraxias com sede na face e/ou membros; sincinesias mais intensas doque as que apresentam as criangas normais; impersistencia motora que podese confundida com a hiperatividade. ( Balsamao, 1985 )
Lesao cerebral Minima. 0 termo lesao pressup6e ter havido normalidade
ate urn determinado momenta da vida e que, devido doenya ou acidente,
houve algum tipo de ferimento.
A aplica~o do adjetivD minima come<;oua ser empregado ao se tentar fazer
distinc;:ao entre crianyas cujo desenvolvimento era minimo, emcompara<;iio com urn envolvimento difuso. ( Johnson, 1987 )
Oligofrenia. Deficit congenito ou precoce no desenvolvimento intelectual.
Traduz-se por uma inadapta~o perrnanente e urna deficiencia global dasatividades psiquicas, em comparac;aoa faixa etaria e socia-cultural.Acomete cerca de 1% da popula<;iio mundial. (JDV 1990)
29
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