MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande...

18
[~oletirn de Pesquisa 1 Outubro. 1991 Número 11 8 NUTRIENTES LIMITANTES AO ESTABELECIMENTO E PRODUÇÁO DE Brachiaria humidicola CONSORCIADA COM LEGUMINOSAS EM TESOS DA ILHA DE MARAJO Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA Vinculada ao Ministério da Agricukura e ReformaAgrBria - MARA Centro de Pesquisa Agroflorestal da AmazBnia Oriental - CPATU Beiém, PA

Transcript of MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande...

Page 1: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

pppppp

[~oletirn de Pesquisa 1 Outubro. 1991

Número 11 8

NUTRIENTES LIMITANTES AO ESTABELECIMENTO E PRODUÇÁO DE

Brachiaria humidicola CONSORCIADA COM LEGUMINOSAS EM TESOS DA

ILHA DE MARAJO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA Vinculada ao Ministério da Agricukura e Reforma AgrBria - MARA

Centro de Pesquisa Agroflorestal da AmazBnia Oriental - CPATU

Beiém, PA

Page 2: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidente : Fernando Afonso Collor de Melo

Ministro da Agricultura e Reforma Agrária

Antonio Cabrera Mano Filho

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA

Presidente :

Murilo Xavier Flores

Diretores :

Eduardo Paulo de Moraes Sarmento Fuad Gattaz Sobrinho Manuel Malheiros Tourinho

Chefia do CPATU :

Diison Augusto Capucho Frazão - Chefe Emanuel Adilson Souza Serrão - Chefe Adjunto Técnico Luiz Octávio Danin de Moura Carvalho - Chefe Adjunto de Apoio

Page 3: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

BOLETIM DE PESQUISA No 118 Outubro. 1991

NUTRIENTES LIMITANTES AO ESTABELECIMENTO E PRODUÇÁO DE

Bruclziuriu humidicolu CONSORCIADA COM LEGUMINOSAS EM TESOS DA

ILHA DE MARAJO

José Ferreira Teixeira Neto Antonio Pedro da Silva Souza Filho

Saturnino Dutra José Ribamar Felipe Marques

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA

Vinculada ao Ministbrio da Agricutlura e Reforma Agrária - MARA

Centro de Pesquisa Agroflorestal da AmazBnia Oriental - CPATU

Belbm, PA

Page 4: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

Exemplares desta publicação podem ser solicitados a EMBRAPA - CPATU Tia" Dr. Eneas Pinlieiro sln Telelones (091) 226-6622. 226-6612 Telex: (091) 1210 Fax: (091) 226-6046 Caixa Postal, 48 66 240 - Belém, PA

Tiragem: 500 exemplares

Comitê de Publicaçães Antonio Agostinho Muller Ceiia Maria Lopes Pereira Emanuei Adilson Souza Seiráo Emmanuel de Souza Cruz Francisco José Câmara Figueiiêdo - Presidente Hércules Martins e Silva - Vice-presidente José Furlan Junior Maria de Nazaré Magalhães dos Santos Miguel Simão Neto Naemi Vianna Marfins Leão Ruth de Fátima Rendeiio Palheta

Revisores Técnicos Carlos Alberto Gonqaives - EMBRAPA - CPATU Guilherme Pantoja C de Azevedo - EMBRAPA - CPATU Jonas Bastos da Veiga EMBRAPA - CPATU

Expediente: Coordenação Editorial - Frsncisco José Câmara Figueirêdo Normalização: Célia Maria Lopes Pereira Revisão Gramiitical: Maria de Nararé Magalhães dos Santos Composição Antônio Eduardo Rodrigues da Silva

Francisco de Assis Sampaio de Freitas

TEiXEIRA NETO, J F., SOUZA FILHO, AP. da S.: DUTW, S.; MARQUES. J R F Nutrlen- tes Ilmltantes a o estabelecimento e produção de Bractiiaria hurnidcola con- sorciada com leguminosas em tesos da Ilha de Marajó. Belem. EMBRAPA- CPATU 1991 17p (EMBRAPA-CPATU. Boletim de Pesquisa, 118)

1 Capim quicuio - Consorciação - Leguminosa - Avaliação 2 Captm quicuio - Solo - Nutriente - Deficiência. 3 Capim quicuio - Produtividade - Brasil - Pará - llha do Marajó. 4. Planta lorrageira - Nutrição - Brasil - Paiá - llha de Marajó. 5 Capim quicuio - Consor- ciação - Leguminosa - Produtividade. 6. Brachiaiia humidicola. I. Souza Filho. AP. da S., colab. II. Dutras S , colab. 111 Marques, J R F colab. IV. EMBRAPA Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental (Belém, PA). V. Titulo. VI Série.

CDD 633 208891 10981 15

Page 5: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável
Page 6: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

1ntroduc;áo ........................................... 8 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Material e Métodos 9

Resultados e Discussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 Conclusóes ........................................... 15 Referências Bibliográficas .............................. 16

Page 7: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

NUTRIENTES LIMITANTES AO ESTABELECIMENTO E PRODUÇÁO DE Brachiaria humidicola CONSORCIADA COM LEGUMINOSAS EM TESOS DA

ILHA DE MARAJÓ

José Ferreira Teixeira Neto1 Antonio Pedro da Silva Souza Filho1

Saturnino Dutral José Ribamar Felipe Marques2

RESUMO: Uma pastagem de Bracltinnn humidicoln consor- ciada com leguminosas foi estabelecida em uma área de "te- sos" da fazenda Curral do Meio, localizada no município de Ponta de Pedras na ilha de Marajó (PA), objetivando avaliar o efeito da omissáo de nutrientes sobre o estabelecimento e rendimento das plantas. O solo é uin Plintossolo Lido e de baixa fertilidade natural. O clima, segundo Koppen, é Ami- tropical chuvoso, com precipitação pluviométrica anual mé- dia de 2.500 min. temperatura média de 27OC e umidade re- lativa em torno dos 85%. Utilizou-se o delineamento experi- mental inteiraniente ao acaso com dez tratamentos e três re- petisóes. Periodicamente, eram realizados cortes com vistas à deterinina~áo da produçáo de matéria seca. Os resultados obtidos indicam baixo potencial de resposta das espécies ein consórcio aos nutrientes. O potássio foi o nutriente mais limi- tante à persistência das leguminosas no consórcio.

Termos para indexaçáo: nutrição de plantas; consórcio com leguminosas; produção de forragens; ilha de Marajó; Bra- cltinrin Izumidicoln; estabelecimento.

I ~ n g Agr. M. Sc. EMBRAPA-CPATU. Caixa Postal 48, CEP 66.001. Belém-PA !~ootec. ~ h . O. EMBRAPA-CPATU.

Page 8: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

SOIL NUTRIENTS AFFECTING THE ESTABLISHMENT AND GROWTH OF

Brachiaria Izumidicoh IN THE "TESOS" OF MARAJÓ ISLAND

ABSTRACT: A Brctchiorio li~iinidicolo plus legumes pasture was established in a "tesos" area of the farm "Curral do Meio" in Ponta de Pedras, Marajó Island, State of Par5 (Brazil), in order to evaluate the effect of omission of soil nutrients on the establishment and dry matter yield of the forage plants. The soil is a high acidity and low fertillity Plintosol. The climate is Ami-tropical rainy (Kiippen classification) with average anniial rainfall of 2,500 mm, average temperature of 27OC and relative humidity of 85%. A completely random design witli 3 replicates was used. The results show low response potencial of Broclliorin Izrtmi~licoln plus legumes pasture to soil nutrients. Potassium was the most limiting nutrient for leguiues persistance.

Index terms: plant nutrition; Brcrcliioricr h~~midicolr, mixed pastures; dry matter yield; Marajó Island; establishment.

As limitaçóes impostas pelas espécies nativas que compõem as pastagens nativas da ilha de Marajjó (Baixo potencial de pro- duçio, baixa qualidade da forragem produzida e baixa capacidade de suporte, de acordo com Serráo & Falesi 1977), têm se consti- tuído no maior obstáculo ao desenvolvimento de uma pecuária com bons índices zootécnicos.

Page 9: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

A substituição parcial ou total dessas pastagens por espécies com potencial forrageiro superior é considerado como fator im- portante na melhoria das condições gerais da pecuiíria. No entan- to, as condições de baixa fertilidade e acidez elevada que caracte- rizam os solos da ilha podem ser considerados fatores de impedi- mento das reais potencialidades das forrageiras.

Dessa maneira, a determinaçúo dos nutrientes mais limitan- tes ao estabelecimento e à produçúo de forragens de espécies se- lecionadas para as condi~óes das áreas de "tesos" da ilha de Ma- rajó se constitue num passo iinportante para consolidar uma pe- cuária com índices de produtividade superiores ao que se verifica atualmente.

O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da su- pressáo de nutrientes no estabelecimento e rendimento do qui- cuio-da-amaziinia (Brachicirin Iiumidicoln), consorciado com le- guminosas, em área de "tesos" da ilha de Marajó.

O ensaio foi desenvolvido em área de "tesos" - que durante as chuvas fortes nos períodos de máxima precipitaçáo, fica sob fi- na lâmina de água - da Fazenda Curral do Meio, localizada no município de Ponta de Pedras (OIOl'S e 40"5S'W Gr.), cujas ca- racterísticas ambientais são bem representativas da ilha de Ma- rajó. Segundo a classificação de Koppen, o clima da ilha é Ami- tropical chuvoso, com período de máxima precipitação compre- endido entre os meses de janeiro a junho, e mínima, de setembro a novembro (Fig. 1). A precipitação pluvioinétrica anual média é de 2:500 min, com temperatura média de 27OC e umidade relativa em torno de 85%. O solo é um Plintossolo, cuja análise química - média de dez amostras coletadas na profundidade 0-20 cm - indi- cou os seguintes valores: pH = 4,O-5,O; P = 3-5 ppm; K = 10-30 ppm; Ca + Mg = 0,2-0,s meq1100g e AI = 1,O-2,O meqJ100g. *

Page 10: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ca- sualizado, com três repetiçóes. As parcelas experin~entsiis foram dimensionadas em 4m x 4in (16 m2), deixando-se uma área útil de 4m2 para coleta de dados. Foram superimpostos ao quicuio-da- -amazunia as seguintes condiçóes experimentais:

1 - Sem fertilização (Testemunha) 2 - Leguminosas (L) 3 - L + adubaçao básica (AB) 4 - L + AB - fósforo (P) 5 - L + AB - potássio (K) 6 - L + AB - enxofre (S) 7 - L + AB - calciirio 8 - L + AB - micronutrientes 9-AB + N

1 0 - P + S + N

A adubação básica consistiu dos seguintes nutrientes: fósforo (100 kg de P205/ha), potássio (100 kg de K20/ha), calcário (Itlha), enxofre (110 kg/ha, sendo 50 kg na forma de enxofre ele- mentar e 60 kg fornecidos pelo superfosfato simples) e i T E (30 kg/ha do BR 16). Coniv fonte de fósforo, utilizou-se o superfosfa- to triplo no tratamento 6 e o superfosfato simples para os deiiiais tratamentos. O nitrogênio foi adicionado sob forma de uréia nos tratamentos 9 e 10, na base de 75 kg/ha de N. O potássio e o calcário foram empregados sob a forma de cloreto de potássio e calcário dolomítico, respectivamente. O FTE BR I6 possuía a se- guinte composição: Zn = 3,5%; B = 1,5%; Cu = 3,5% e Mo =

0,4%. As leguminosas constaram de um coquetel à base de puerá-

ria (Puerciria plccrseoloides), centrosema (Ceii~rosemo puhesceizs) e estilosantes (S~losnrzflzes g~ciorzerzsis cv. Cook). A semeadura foi efetuada em sulcos, na base de 5 kg/ha de sementes de cada espé- cie, sem inoculação.

Page 11: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

FIG. 1 - Precipitação pluviométrica no campo experimental do Marajó, PA. (1976 - 1979)

Page 12: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável
Page 13: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

seoioides, Slylo.smulies gccic~rietisis e Cetitrosetncr pithescens ao fósfo- ro, conforine descrito por Carvalho (1985) e Salinas & Dalgadillio (1980) citados por Sanches e Salinas (1982).

Os dados apresentados na Tabela 1 indicam diferenyas na produyáo total de matéria seca entre os tratamentos de tidubaçao. A mais alta produção de matéria seca foi obtida nti presença da adubação búsica sem FTE. Porém, o acréscimo eiii relac;ão ao trri- tamento sem fertilizac;áo (Testemunlia) foi de apenas 51 %, o que pode ser considerado baixo quando se considera os níveis dos nu- trientes utilizados.

TABELA 1 - Produy3io total de matéria seca do quicuio-dn- -amazÔnia consorciado com leguminosas em diferentes condições de fertilizac;5io.

Tratamentos Matéria Seca Leguniinosas (t/ha)* (%I

L + A B - F r E P + S + N L + A B - P L + Adubação bhsica (AB) AB + N L + A B - S L + A B - K L + AB - CalcBrio Sem fertilização (Testemunhas) Leyuminosas (L)

15,l a 14,0 a 13,7 2ib 158 abc 12,Y abc 12,1 abc 12,2 abc 11,s abc 10,o bc 9,8 c

*Médias seguidas de letras iguais, náo diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Page 14: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

Não houve resposta significativa na produc;áo de matéria se- ca, em função da omissáo do fósforo da adubayáo básica. No en- tanto, a contribuição percentual das leguininosas na produqio to- tal de matéria seca foi reduzida em 3996, indicando que es legu- minosas se mostraram mais sensíveis aos baixos níveis de f6sforo do solo do que o quicuio-da-amazbnia.

A subtração do potássio da adubação básica náo produziu inudanças significativas na produção total de niiitérki seca, tanto em relação ao tratamento que recebeu a adubaçáo básica quanto em relaçáo ao tratamento testemunha (sem adubaçáo). No entan- to, as leguminosas tiveram seu desempenho severamente prejudi- cado com a omissáo do pothssio, tendo incliisive desaparecido após o quinto corte. A iiiiportância do potassio na persistêricia de leguminosas forrageiras em pastagens consorciadas tem sido ani- plamente divulgada em trabalhos coiiio os de Monteiro et al. (1980), Werner et al. (1983), citados por Werner (1986), dentre outros.

A produçáo de matéria seca não foi afetada significativamen- te em função da subtra~fio do enxofre da iidubaçáo básica. Embo- ra alguns resultados obtidos por autores como França C% Carvalho (1970), Centro (1982) e Souza Filho et al. (1990) apontem nessa mesma direc;iio, a grande rnnioriii dos trabalhos encoiitrados lia li- teratura, mostra efeito positivo da adubação com enxofre (Jones & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável que o enxofre liberado via mineralizac;úo da matéria orgânica tenha sido suficiente para atender As necessidtides nutri- cionais das espécies em consórcio, mininiizando desta maneira, a resposta ao cnxofre aplicado.

Nu0 se observou efeito significativo na produçáo de forragem em função da oinissáo do calcário. A contribuição petcentual das leguminosas na produçio total de matéria seca (23%) também não foi afetada. E ~ s e resultado deve estar relacionado ii capaci- dade das espécies estudadas no consórcio se adaptarem bem hs

Page 15: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

condiçóes de elevada acidez e saturaçgo de alumínio predominan- tes nas condiçóes dos solos das áres de "tesos" da ilha de Marajh. Em ampla revisáo, Carvalho (1985) mostrou que Ceritrosemcr pu- bescerls e P~terrrri<r ~)Itlmseoloides apresentam alta toleriincia ao alumínio. Sanches & Salinas (19821, citando Salinas & Delgadilho (1980) e Centro (1982), mostrain a mesma capacidade para Bm- c~ziariu Iiun~idicnllm e Slylosuiirlres gtiinnerrsk.

A adiçáo de 75 kg de N/ha C i adubação básica, náo produziu resposta significativa ein rela@o aos demais tratamentos. Porém, a fórmula simplificada de adubayáo, envolvendo PSN, foi signifi- cativamente superior ao tratamento testemunha (sem fertilizan- tes). No entanto, o acrésciino de 40% obtido na produc;áo de matéria seca pode ser considerado baixo qutindo se sabe da im- porthncia do nitrogçnio para a produçáo de matéria seca. É provável que as condiçóes adversas verificadas muitas vezes du- rante 1) pico das chuvas na ilha de Marajó - quando as áreas de "tesos" ficam encobertiis por uma lilmina de Agua - tenha provo- cado uma perda considerAve1 do nitrogenio aplicado, ininiinimn- do os efeitos esperados da aplicaqáo do nitrogçnio. Isso parece ser uin indicativo de que, nas condiçóes ein que este ensaio foi de- senvolvido, a adubay3io nitrogenada deve ser parcelada de tal ma- neira que boa parte seja aplicada entre o final do período chuvoso e o início do período seco, quando as condiçóes do solo perinitem um melhor aproveitamento por parte das plantas e as perdas são menores.

Considerando o caráter exploratório do experimento, pode- se concluir preliminarmente que:

As espécies em consórcio apresentaram baixo potencial de resposta à melhoria das condic;óes de fertilidade do solo das áreas de "tesos" da ilha de Marajó.

Page 16: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

O potássio foi o nutriente mais limitante ?i persistência das leguminosas no consórcio com a Brrrcliioria lturnidicolo (quicuio- -da-amaz6nia).

CARVALHO, M. M. de. Melhoramento da produtividade das pastagens através da aduba@o. Informe Agropeciiário, Belo Horizonte, n. 132, p. 23-32, dez. 1985.

CASAGRANDE, J.C.; SOUZA, O.C. de. Efeito de níveis de en- xofre sobre quatro gramíneas forrageiras tropicais eni solos sob vegetação de cerrado do Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Pesqiiisa Agropeciiária Brasileira, Brasília, v. 17, n. 1, p. 21 -25, 1982.

CENTRO INTERNACIONAL DE AGRICULTURA TROPI- CAL, Cali, Col6iiibia. Programa de Pastos Tropicales Informe Anual, Cali, 1982.362 p.

COUTO, W.; SANZONOWICS, C.; LEITE, G.G. Adubaçáo pa- ra o estabelecimento de pastagens consorciadas nos solos de cerrados. In: SIMPÓSIO SOBRE O CERRADO: Savanas, alimento e energia, 6, 1982, Brasília. Anais. .. Pl:inaltina: EMBRAPA-CPAC, 1988. p. 61-78.

FRANÇA, G.E. de; CARVALHO, M.M. de. Ensaio exploratório de fertilização de cinco legiiminosas em um solo de cerrado. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 5, p. 147-153, 1970.

JONES, M.B; QUAGLIATO, J.L. Respostas de quatro legumiiio- sas tropicais e de alfafri a vários níveis de enxofre. Pesqiiisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 5, p. 359-363, 1970.

KORNELIUS, E.; SOUZA, D.G.; PERES, J.R.; LEITE, G.G.; ARAÚJO, M.R.; SOUZA, F.B.; CASTRO, L.H.R. Respostas de duas leguminosas hrrageiras nativas a doses de calcário, de fósforo e de potássio, eni solos de cerrado. In: REUNIAO

Page 17: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTEG NIA, 15, 1978, Belém. Anais ... Beléin: SBZ, 1978a. p. 346.

Efeito de calchrio, fósforo e pothssio na produc;áo de matéria seca e na nodulac;áo de Go/rc/icr strirctci e Certtrosemn p~ibe~crrts, ein solos de cerrado. In: REUNIAO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTEC- NIA, 15, 1978, Belém. Anais. .. Belém: SBZ, 1978b. p. 347.

MONTEIRO, F.A.; LIMA, S.A.A. de; WERNER, J.C.; MAT- TOS, H.B. Adubaqúo potássica em leguniinosas e em capiin- coloniáo (Poiricum mrixim~on Jacq.) adi~bado com níveis de ni- trogênio ou consorciado com leguininosas. Boletim de Indús- tria animal, Nova Odessa, SP, v. 37, n. I, p. 127-148, jan./jun., 1980.

RANGEL, J.H.A. Reconiendac;á« e prática de adubziyáo e cala- gem na Regiúo Nordeste do Brasil. In: SIMPÓSIO SOBRE CALAGEM E ADUBAÇAO DE PASTAGENS, 1,1985, No- va Odessa, SP. Anais.. . Piracicaba: Associ:i@o Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1986. p. 238-308.

SANCHES, P.A.; SALINAS, J.G. Low-iniput teclinoloby for ma- naging oxisols and ultisols in tropical Anierica. Advance in Agronomy, New York, v. 34, p. 279-406, 1982.

SAVASTANO; S.A. de L.; MATOS, H.B.; MONTEIRO, F.A. Nutrigo mineral de cinco estilosantes cultivados em uni solo cerrado paulista. I. Prociuc;áo de matéria seca, nitrogênio total e nodulac;áo. Boletim de Indústria Animal, Nova Odessa, SP. v. 39, n. 1, p.43-54, jan./jun., 1982.

SERRAO, E.A.S.; FALESI, 1.C. Pastagens CIO trhpico úmido bra- sileiro. Beléni: EMBRAPA-CPATU, 1977. h3p.

SOUZA FILHO, A.P. da S.; DUTRA, S.; SERRÁO, E.A.S. Ferti- lizantes no estabelecimento e rendimento do quicuio-da- -amazi>nia (Brnchiaria humidicoln) consorciado com legumi- nosas em área de cerrado do Amapá. MacapB: EMBRAPA- UEPAE de Macapá, 1990.29~. (EMBRAPA-UEPAE de Ma- capá. Boletim de Pesquisa, 9).

Page 18: MARAJO - COnnecting REpositories · 2016-05-09 · & Quagliato 1970, Couto et al. 1988, Casagrande & Souza 1982, Jones 1964 e Baylor 1974, citados por Vitti e( Novaes 1986). É provável

VITTI, G.C.; NOVAES, N.J. Adiihac;5« com enxofre. In: SIMPÓSIO SOBRE CALAGEM E ADUBAÇÁO DE PAS- TAGENS, 1, 1985, Nova Odessa, SP. Anais... P~racicaba: As- sociac;áo Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1986. p. 191-231.

WERNER, J.C. Aduhac;áo potissica. In: SIMPÓSIO SOBRE CALAGEM E ADUBAÇÁO DE PASTAGENS, 1.1985, No- va Odessa, SP. Anais... Piracicaba: Associac;%o Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato, 1986. p. 175-190.