Linkin Park Magazine 3ªed

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Transcript of Linkin Park Magazine 3ªed

EDITORIAL

EDITORIAL

MUSIC FOR RELIEF NO NEPAL

Débora Pereira, gestora da página facebook Linkin Park Portugal

Um sismo de 7.8 na escala de Richter devastou o Nepal. A Organização Music For Relief não demorou a dar resposta.

A MFR, já presente no país através dos programas da energia sustentável para as famílias de Kumrose, pretende dar uma resposta de curto e médio prazo, no apoio às populações afectadas pelo sismo do passado dia 25 de Abril. Este sismo foi um dos mais violentos nos últimos 80 anos naquela região. O número de mortos confirmados já chega aos 4000 no Nepal, Índia, Bangladesh, Tibete e no Monte Everest. Neste momento a prioridade é procurar sobreviventes nos destroços, mas teme-se que este número sofra um aumento considerável. As organizações internacionais e o apoio local precisa garantir rapidamente a criação de postos de cuidados primários de saúde operacionais, saneamento e higiene, alimentação e água potável. O clima quente pode eventualmente fomentar doenças e o mau-estar geral. Os poucos abrigos existentes obriga a centenas de pessoas a dormirem na rua. É urgente estabelecer abrigos e condições de higiene aos sobreviventes e às equipas de socorro. Com danos também nos aeroportos da região, a ajuda internacional tem dificuldades em chegar onde é precisa. É, por isso, imprescindível colaborar com entidades de apoio locais ou que já estejam no terreno por outros motivos. A médio prazo será necessário construir edifícios, hospitais, escolas. O apoio psicológico e social para ultrapassar o trauma será fundamental para garantir que as populações voltam à sua rotina. A economia reestabelecida ajudará os países afectados a responder aos danos. A Organização Music for Relief neste momento precisa de todo o nosso apoio. O facto de já estar presente na região facilita a sua acção imediata. Mas o perigo não terminou. A maioria dos monumentos históricos no Nepal foram destruídos, porém, existe o risco de outros ainda colapsarem. As redes sociais mostram várias fotografias de turistas e locais dos monumentos e dos destroços deixados pelo sismo. Pesquisem #NepalEarthquake e saibam mais. Para doar, clicar em http://musicforrelief.org/7-8-earthquake-devastates-nepal/. Já demos provas que juntos fazemos a diferença. Doar, pouco que seja, será uma gota num copo que todos podemos ajudar a encher.

NOTÍCIAS | 06TEMÁTICAS | 10

THE HUNTING PARTY EUROPE | 12BIOGRAFIA ROB BOURDON | 14CRIATIVIDADE ELECTRO/POP: A THOUSANS SUNS & LIVING THINGS | 16

ENTREVISTA | 18UMA PERSPECTIVA DE THE HUNTING PARTY COM JOANA OLIVEIRA | 20

AGENDA | 22EUROPEAN, AMERICAN & ASIAN TOUR | 24DATAS E LOCAIS DOS CONCERTOS | 25

PROJECTOS | 26WE MADE IT: BUSTA RHYMES | 28

MUSIC FOR RELIEF | 30AGENDAS & BOOKMARKS NATAL 2014 | 32

NOTÍCIAS | 06

Confere as principais e mais recentes notícias, destaques e novidades do universo dos Linkin Park que se encontram nesta secção, dispostas de forma cronológica. Este mesmo conteúdo também está disponível, de forma mais desenvolvida, nas plataformas da Comunidade Linkin Park PT (site,

fórum e redes sociais).

Redacção:Débora Pereira

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#1 The Hunting Party Tour Europa Verão 2015

The Hunting Party Tour vai voltar à Europa este verão Tem início dia 20 de Agosto na Bélgica e termina dia 6 de Setembro em Roma. Saibam todas as datas em linkinpark.com/events. Os indícios de novos sets são sempre deliciosos de explorar, mas teremos mesmo de esperar pelo primeiro concerto dia 9 de Maio no Rock in Rio Las Vegas para termos um cheirinho do que possa ser a nossa tour. Ao que tudo indica, o primeiro concerto na Bélgica está esgotado. Se quiserem ver os Linkin Park ao vivo na Europa apressem-se a adquirir os vossos bilhetes. De salientar que para membros do Linkin Park Underground a lotaria dos Meet&Greets já começou e encerra 5 dias antes de cada concerto. Saibam mais em LPUnderground.com

//24.04.2015

#2 Darker Than Blood

Música que resulta da nova velha colaboração entre Linkin Park e Steve Aoki. Ouçam aqui. Este é o novo single de Steve Aoki ft. Linkin Park e será parte do novo álbum do DJ, Neon Future 2. Podem fazer download e reservar em http://smarturl.it/NeonFutureII

//08.05.2015

#3 In The End e Final Masquerade no Rock 100 da Kerrang!

Os fãs de Linkin Park votaram e mais uma vez o trabalho da banda é reconhecido. A história está espelhada e In the End com Final Masquerade entraram no Rock 100 da Revista Britânica Kerrang. Os prémios decorrem em Junho na cidade de Londres. Saibam mais em www.kerrang.com.

//08.05.2015

#4 Stars Wars Celebration com Joe Hahn

Não é novidade que Mike Shinoda e Joe Hahn são fãs da saga Star Wars mas desta feita, Mr. Hahn esteve na celebração da comunidade Star Wars em Anaheim (Califórnia) entre os dias 16 e 19 de Abril. Mr. Hahn e teve um papel activo e a diversão foi constante como podemos ver aqui. A entrevista completa merece a vossa total atenção. May the force be with us. https://twitter.com/linkinpark/status/589176791639556096

//09.05.2015

#5 Novo Álbum em 2016

Mike Shinoda confirmou, numa entrevista concedida à Altwire, que o próximo álbum de originais dos Linkin Park deverá ser lançado em 2016. Num formato de entrevista de Quick Q&A (perguntas e respostas rápidas), Mike abordou diversos temas da actualidade da banda norte-americana, nomeadamente a colaboração com Steve Aoki no tema Darker Than Blood, o 15º aniversário de Hybrid Theory, um balanço geral de The Hunting Party e novidades relativas aos Fort Minor. Entre todos estes temas, Mike confessou que a banda está preparada para produzir algo de novo no próximo álbum que, ao que tudo indica, irá sair em 2016. Podes ler a entrevista na íntegra em http://www.altwire.net/2015/05/04/qa-with-mike-shinoda/

//24.05.2015

ESTAMOS PRONTOS PARA EXPERIMENTARMOS ALGO NOVO, NO PRÓXIMO ÁLBUM, QUE SERÁ

LANÇADO NO PRÓXIMO ANO!

TEMÁTICAS | 10

Em cada edição da Magazine Linkin Park PT são desenvolvidas novas temáticas, sob a forma de artigos, com o objectivo de dar a conhecer ao pormenor a biografia da banda e os seus elementos, os seus trabalhos musicais e artísticos, os principais concertos e alguns dos momentos

mais marcantes na carreira dos Linkin Park.

Em Novembro do ano passado, duas miúdas fãs dos Linkin Park fizeram as malas e partiram com destino a Amesterdão (Holanda). Motivo: ver os Linkin Park ao vivo e participar no Summit

promovido pelo LPU.

Redacção: Débora Pereira

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Fomos a Amesterdão e participámos no Summit do Linkin Park Underground!

No exacto momento em que foi anunciado decidimos ir! Conhecer as pessoas com quem falamos online, miúdas e miúdos que gerem outros blogs, pessoas de todo o mundo, ver o espaço em que o concerto teria lugar vazio, ver o que os técnicos estavam a fazer, conhecer o Lorenzo e a Lulu. Socializar com pessoas interessantes numa cidade fantástica, podia ser melhor?

Eu e a Inês viajámos dia 6 de novembro e chegámos a Amesterdão à meia noite. Ficámos num boat-hostel (um hostel num barco na marina mesmo no centro da cidade). Uma experiência engraçada. A ansiedade tomou conta de nós e adormecer foi difícil. Andámos a passear pelo barco até de madrugada. Pouco dormimos mas assim que o despertador tocou saltámos da cama e pusémo-nos a caminho do Ziggo Dome! A entrada especial para o Summit estava bem identificada e a fila já era considerável. Eram esperadas cerca de 300 pessoas para o Summit. E esgotou!

Já se fazia fila também para o concerto que só começaria dali a 10 horas! Todos os boatos têm a sua veracidade: houve algum atraso, algumas das actividades não decorreram de acordo com o programado. Mas o nosso dia foi cheio de actividades que fomentavam a interacção entre os membros do LPU presentes no Summit, stands para fotografias, leilões, stands de Music For Relief e Power The World. O Creative Wall estava bem apetrechado e de certo faria as delícias de quem o visse. Um enorme rolo de papel onde os fãs podiam desenhar e deixar as suas mensagens.

Foram distribuídas rifas cujos prémios incluíam ver as primeiras 3 músicas no palco, visitar o backstage com o Mike e o Phoenix, tirar uma fotografia com a banda, ver o concerto na ilha de som. Eu ganhei ver as primeiras 3 músicas no palco. Depois do almoço, as portas do espaço abriram e pudémos ver que o palco ainda estava a ser montado. Houve alguns atrasos por isso mesmo. Jim Digby deu-nos as boas vindas (ele é o director de tour dos Linkin Park) e explicou-nos o que estava a acontecer. Estavam a terminar o palco, a testar microfones, o som e luzes da sala. Neste momento dividiram-se os grupos que iam ver o palco de perto e o backstage. Eu e a Inês optámos pelo palco. Escadas por todo o lado. Ambas pensámos que aquele palco era um perigo para o Chester, distraído e trapalhão como ele só! Guitarras arrumadas (dos Linkin Park e dos Of Mice & Men). Saímos nós do palco e entraram "os meninos", leia-se a banda. Burn It Down versão Reggae e A Place For My Head fizeram as nossas delícias! Vê-los descontraídos a aquecer vozes e afinar guitarras é curioso de ver. De seguida sentaram-se no palco e responderam a algumas questões nossas. 20 minutos passados e eles desceram do palco para os autógrafos. "I'm really sorry but no photos. I wish we could but there's no time. We've tried that." O Mike avisou.

Houve alguma confusão, alguma pressa, os seguranças apressavam a banda para que saísse do espaço pois eram horas das portas abrirem ao público em geral. O Phoenix e o Chester, aparentemente os mais demorados, ficaram o máximo de tempo possível mas ainda assim houve quem não tivesse os autógrafos todos. Deduzimos que o Phoenix seja o mais falador e o Chester um hug-maker! É a hora de ocupar os nossos lugares na frente! Como eu tinha as primeiras músicas no palco tive que me separar da Inês (que ficou na primeira fila agarradinha às grades!) Of Mice & Men foi fantástico. Superou as minhas expectativas! Time for Linkin Park!! A Lulu veio buscar-nos, atravessámos os bastidores e ali estávamos nós a 5 degraus do palco! O Brad mesmo à nossa frente e as guitarras a passarem por nós. As fotografias não fazem justiça ao momento. Brad, Mike, Chester e Phoenix vieram dar um olá! A meio da primeira música alguém comenta a meu lado "you're so quite. enjoy it!" A minha resposta foi: I'm just enjoying these first notes. So powerful". Ao olhar para o lado percebi que a minha companheira de palco era a Anna Shinoda. E saiu-me um ANNA! HEY! Trocámos mais algumas palavras, que confesso já não me recordo, mas ela foi uma anfitriã perfeita!

De forma genérica, deixo algumas notas do concerto:-Rebellion foi fantástica! -Os versos do Reading My Eyes deixou a multidão deliciada -O solo hiphop do Mike foi perfeito -Wastelands: adoro esta música! -Faint teve a participação do Austin dos OM&M e foi um momento alto da noite -Pessoalmente adoro solos, logo quando o Joe, o Rob ou o Brad tomam o palco são sempre momentos de boa música. Não me apercebi de questões técnicas nem de desafinações ou letras esquecidas.

Show is over. Procurei a Inês e, confirma-se, ela também adorou!

THE HUNTING PARTY TOUR EUROPE

BIOGRAFIA

ROB BOURDON

Robert Gregory Bourdon, baterista dos Linkin Park, nasceu a 20 de Janeiro de 1979, em Calabasas, cidade do condado de Los Angeles, Califórnia. Actualmente vive em Los Angeles. É judeu e segue uma dieta vegan. Casou-se, no dia 10 de Maio de 2014, com a sua namorada de longa data, Carola Gabrielle Potton.

Apesar de se dedicar à bateria desde muito novo, não foi esse o seu primeiro instrumento. Em criança, era forçado a estudar piano, e a bateria e a sua paixão por ela apenas despontaram aos 9 anos de idade, ao assistir a um seu primeiro concerto, da banda Aerosmith, no The Great Western Forum, em Inglewood. A sua mãe era amiga de Joey Kramer, baterista dos Aerosmith, o que deu a possibilidade a Rob de ver o backstage e toda a produção do concerto. Depois de ver a banda tocar, Rob sonhou em estar, um dia, em palco a tocar bateria. Kramer também ofereceu um pedal de bateria a Rob. Aos 10 anos, Rob iniciou as aulas de bateria, frequentando-as apenas por um ano por não gostar de ler partituras, preferindo tocar as músicas de ouvido. Teve várias bandas. A primeira chamava-se No Clue e tocava covers de bandas como Nirvana, Bad Religion e Suicidal Tendencies. Mais tarde viriam a mudar o nome da banda para Physical Evidence. Também fez parte da banda de jazz da escola. Depois de uma apresentação, foi convidado por dois membros dos Karma para se juntar ao grupo. Nessa época, Bourdon trabalhava como empregado de mesa. Foi através dos Karma que conheceu Brad Delson, com quem mais tarde formou os Relative Degree, uma banda com influências de rock, rap e funk, cuja única finalidade era tocar no The Roxy Theatre. Depois de alcançarem esse objectivo, a banda acabou.

Em 1990, Rob Bourdon, Brad Delson e Mark Wakefield faziam parte de uma banda de hardcore chamada The Pricks. Foi então que Brad conheceu Mike Shinoda e rapidamente se tornaram amigos. Começaram a gravar músicas com influências de rock e hip-hop num estúdio improvisado no quarto de Mike. Seis anos depois do

RedacçãoJoana Oliveira

Nome Completo: Robert Gregory BourdonData de Nascimento: 20 de Janeiro de 1979Naturalidade: Calabasas (Califórnia)Nacionalidade: Norte-americana

Posição: BateristaCuriosidades: Bourdon usa, nos seus ensaios e atuações ao vivo, sapatos de competição automóvel da Puma pois lhe conferem mais controlo sobre os pedais da bateria. O baterista dos Linkin Park sentiu algumas dificuldades quanto à gravação do último álbum da banda. Segundo uma entrevista de Mike Shinoda à Rolling Stone, foi difícil para Bourdon adaptar-se ao estilo do mais recente trabalho discográfico dos Linkin Park, onde ele tinha de se esforçar para atingir a velocidade e estilo exigidos. Rob teve de melhorar fisicamente, correndo, levantando pesos e trabalhando com um personal trainer, fazendo com que, já nas gravações do álbum, se considerasse melhor baterista.

início das experiências de Delson e Shinoda e com tudo em que tinham trabalhado a evoluir e a ganhar

forma, decidem convidar Wakefield e Bourdon para se juntarem a eles, fazendo nascer, assim, os Xero. Já com os

Linkin Park, Bourdon foi galardoado com as Baquetas de Ouro pelo álbum Hybrid Theory que, segundo ele, foi o momento mais

emocionante da sua carreira.

Segundo a banda, Rob é o mais perfecionista. Em criança, ficou sentado durante 3 horas num canto de sua casa até aprender a atar os atacadores dos sapatos. Durante o processo de gravação de Reanimation, Bourdon não precisou de regravar nada, porém, sentia-se na necessidade de expressar a sua opinião quanto ao trabalho dos seus colegas.

Nos seus tempos livres, gosta de praticar surf e tocar piano. Chegou mesmo a compor algumas músicas no piano durante o processo de composição de Minutes to Midnight mas nunca gravou nada para além da bateria.

Em Dezembro de 2013, Rob, ao responder a algumas perguntas colocadas pelos fãs da banda na página oficial dos Linkin Park no Facebook, revelou que as músicas que mais gosta de tocar na bateria são Somewhere I Belong, No More Sorrow e The Little Things Give You Away. Quanto aos seus bateristas preferidos, Bourdon elege Stewart Copeland dos Police, Carter Beauford dos Dave Matthews Band e John Bonham dos Led Zepplin. Ao lhe ser perguntado qual o momento mais memorável da sua carreira, o baterista respondeu que houve vários e que seria difícil escolher apenas um, mas um dos mais memoráveis foi a sua atuação ao lado de Paul McCartney e Jay-Z nos Grammy’s. Ainda durante a sessão de Q&A, foram pedidos alguns conselhos para jovens músicos, tendo Rob respondido “Eu acho que o conselho mais importante para dar a um jovem músico é procurar inspiração. Se escreveres e tocares com esse ponto de partida, não só irás apreciar mais esse processo mas também estarás apto para te ligares às pessoas que ouvem a tua música. Tens, também, de praticar bastante. Eu passo bastante tempo a praticar e penso que todos na banda o fazem.”

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CRIATIVIDADE ELECTRO/POP A THOUSAND SUNS E LIVING THINGS

RedacçãoDébora Pereira

A Thousand Suns é o quarto álbum de estúdio dos Linkin Park. Lançado em 2010, este álbum trouxe alguma controvérsia estilística relativamente ao "novo som" da banda. Sendo definido como um álbum conceptual, deve ser ouvido como um todo, do princípio ao fim, pela ordem que nos é apresentada. Não houve uma estratégia pré-definida de transformar o material que tinham e em que estavam a trabalhar num álbum deste género, porém acabou por resultar nisso.

Mike Shinoda chegou a brincar com a ideia: "it's really an album!!", como se se tratasse de uma espécie de afirmação musical, já que, na indústria, actualmente os singles tenham ganho tal destaque que já ninguém fala em álbuns.

A expressão "a thousand suns" é retirada do texto Bhagvad Gita do Hindu Sanskrit, "If the radiance of a thousand suns were to burst at once into the sky, that would be like the splendor of the mighty one". "Se a radiação de mil sóis rebentasse nos céus, pareceria o esplendor do todo-poderoso." Esta é uma famosa citação de J. Robert Oppenheimer sobre a bomba atómica. "A Thousand Suns" foi uma expressão usada nas letras das músicas (The Catalyst, por exemplo), que depois se tornou o título do álbum. Os temas retratados nas letras são sempre um assunto sensível. Já sabemos que a banda não gosta de influenciar a leitura que fazemos do trabalho deles. De qualquer forma é unânime que se fala do medo da responsabilização nos tempos actuais, da ansiedade que nos assola face ao futuro

económico, social e ambiental. Medo é palavra chave, arrependimento mas também amor. "Não é político", afirma Mike. Trata-se apenas de conteúdo

emocional relacionado, talvez, com diferentes assuntos do que há uns anos. Contéudos influenciados pela sociedade e pelas preocupações

que os acompanham actualmente. (Sabemos que a sustentabilidade ambiental e a geração de energia são temas muito próximos aos Linkin

Park). Esta postura resulta também da proximidade com os fãs. Talvez mais social do que político, de acordo com palavras de Chester.

As influências musicais trouxeram às luz do dia as preferências inerentes à curiosidade de experimentar, de usar sons diferentes,

de querer tornar o som da banda mais abrangente, saindo da definição de nu-metal. Chegou a ser comparado ao album Kid A

dos Radiohead ou a Pink Floyd, mas a crítica foi bastante positiva. Ao contrário da base de fãs que se mostrou algo desagradada.

Em termos de charts, estreou em primeiro lugar nos principais como o Alemão ou o TOP 200 da Billboard. Embora as vendas tenham ficado aquém do esperado, em Portugal foi disco platina (certificado pela Associação Fonográfica Portuguesa).

Brad explica que o tom foi marcado definitivamente pela vontade de se divertirem e de fazer coisas diferentes musicalmente. Rob diz que a dificuldade e o sair da caixa, procurando novas estruturas e sons inovadores, trouxe um novo fulgor à criatividade da banda. Rick Rubin trouxe o know-how da produção mas Chester afirma que é exactamente por ter a banda inteira envolvida no processo criativo que o álbum se tornou tão especial para a banda.

O 5º album - Living Things - foi lançado em 2012 e traz um cariz de EDM associado ao single composto com Steve Aoki - A Light That Never Comes lançado no álbum Recharged (album lançado em 2013 com remixes do Living Things e participações especiais, tais como Dirtyphonics e Pusha T).

Mas Living Things pretende construir a ponte entre todos os álbuns anteriores dos Linkin Park, disse Mike Shinoda, sem apontar qualquer ligação directa com artistas de EDM. Na realidade, a banda foi buscar inspiração ao folk norte-americano percorrendo várias décadas e graus de influência, dos anos 20, a Bob Dylan, às denominadas prison songs (músicas compostas por prisioneiros do sul do país). O objectivo seria trazer os antigos fãs ao actual estado da banda aguçando o interesse de novos fãs. A resposta foi muito mais positiva do que se poderia pensar. O facto de a base de fãs ser cada vez mais alargada pressupõe que as pessoas ouvem outras músicas, outros géneros e a aposta numa certa integração musical traz aos Linkin Park uma nova sonoridade.

Mainstream? Talvez. Mas já sabemos que ficar fechado numa única gaveta, leia-se género musical, não é a filosofia dos Linkin Park, pelo que nada os demove de fazerem a música que lhes apetece fazer. Se A Thousand Suns trouxe essa pressão - de sair do registo conhecido - Living Things retirou-a.

ENTREVISTA | 18

A entrevistada desta terceira edição chama-se Ana Maria, tem 24 anos, é de Lisboa onde se encontra a estudar Geologia. É apaixonada por música e por moda, e não imagina a vida sem a

sua família e o seu grupo de amigos.

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Linkin Park PT (LPPT): 1. Quando e como foi o teu primeiro contacto com os Linkin Park? Ana Maria (AM): Não sei ao certo quando foi o meu primeiro contacto com os Linkin Park, mas sei que a música Numb despertou o meu gosto pelos Linkin Park. Foi a primeira música que ouvi.

LPPT: 2. Qual(is) a(s) característica(s) dos Linkin Park que estimularam o teu interesse pela banda e que estão na origem do teu fanatismo? AM: A forma como transmitem uma mensagem através das músicas… Apaixona-me! E a energia que têm em palco. Dão tudo e é contagiante.

LPPT: 3. A banda lançou o seu sexto álbum original, The Hunting Party. Em traços gerais, o que achaste deste novo trabalho dos Linkin Park? AM: Gostei bastante. Tornou-se num dos meus álbuns preferidos. As colaborações estão interessantes, e dão ânimo ao álbum.

LPPT: 4. Dos temas de The Hunting Party, quais aqueles que gostas mais?

AM: Final Masquerade e Rebellion. Na primeira é a letra que me chama a atenção e na segunda é a garra

e rebeldia que a música transmite.

LPPT: 5. Tendo em conta todos os álbuns dos Linkin Park, em que lugar classificas The Hunting Party?

AM: Tendo em conta o que cada álbum transmite e me faz sentir, colocaria em terceiro lugar. Por razões sentimentais, coloco Minutes to Midnight em primeiro lugar e Hybrid Theory e Meteora, ambos a partilharem a segunda posição do ranking das minhas preferências.

LPPT: 6. Uma das principais características deste novo álbum é a sua ruptura com o passado recente dos Linkin Park, ao adoptar um registo musical pautado pelo rock/metal. Achas que esta foi uma decisão acertada por parte da banda? Porquê?

AM: Eu sou da opinião de que uma banda deve adoptar o estilo que mais a define e caracteriza, de modo a não se cansarem e a gostarem sempre daquilo que fazem. Por essa razão, acho que os Linkin Park tomaram uma decisão acertada.

LPPT: 7. Surpreendeu-te esta nova sonoridade ou já estavas à espera? AM: Surpreeendeu-me. Foi uma mudança boa e feliz. Rebellion foi a música mais enérgica e que mais se destacou no álbum.

LPPT: 8. De tudo aquilo que tens visto até agora, como é que achas que a legião de fãs portugueses dos Linkin Park recebeu este The Hunting Party?

AM: Penso que os fãs portugueses receberam este álbum com entusiasmo. Percebo que cada um tenha uma opinião diferente em relação ao estilo musical de cada álbum, mas sendo fã não se deixa de admirar e apoiar a banda.

LPPT: 9. Qual(is) das novas músicas mais gostaste de ouvir ao vivo? AM: Wastelands. Ainda não conhecia e gostei de a ouvir no Rock in Rio. Ouvir pela primeira vez uma música num concerto é uma sensação diferente.

LPPT: 10. Para terminar, o que esperas dos futuros álbuns da banda? Que continuem neste registo de The Hunting Party? Que regressem ao nu metal de Hybrid Theory e Meteora? Que voltem ao electro/pop de A Thousand Suns e Living Things? Ou algo totalmente diferente e inovador? AM: Sinceramente não sei o que esperar. Os Linkin Park têm o dom de me surpreender sempre pela positiva, mesmo com álbuns tão diferentes nunca consegui não gostar de uma música. Por um lado gostava que voltassem ao nu metal de Hybrid Theory, tem um power diferente, mas, por outro lado, gosto de os ver em registos diferentes.

UMA PERSPECTIVA SOBRE

THE HUNTING PARTY

OUVIR, PELA PRIMEIRA VEZ, UMA MÚSICA NUM CONCERTO É UMA

SENSAÇÃO DIFERENTE!

AGENDA | 22

Os Linkin Park ainda dedicam uma parte considerável do seu tempo para actuações ao vivo, um pouco por todo o mundo. As próximas digressões, os convidados especiais, as datas e os locais dos concertos. Está tudo aqui, neste espaço

dedicado à agenda dos Linkin Park.Redacção:

Débora Pereira

Os Linkin Park vão ter um ano ocupado! Neste momento a tour norte-americana continua a percorrer os festivais de primavera. A tour seguirá para o Canadá dia 19 de Junho, passa pelo México para 2 concertos, na Cidade do México e em Monterrey e termina dia 30 de Junho no Summerfest em Milwaukee.

The Hunting Party Tour tem sido marcada por novidades na setlist. Não só voltaram músicas que os fãs pediam há muito, tal como Breaking The Habit e From the Inside, como também A Line in The Sand entrou na setlist. Esta última, do último álbum, The Hunting Party, estreou-se em Las Vegas no Rock in Rio. De forma algo insegura, na nossa opinião, mas tem ganho fulgor e vivacidade à medida que o público se habitua a ela (e que a banda se sente confortável com o tom difícil de Mike e com os longos instrumentais exigindo de Chester toda a sua capacidade de entreter).

A tour passará pela Europa, entre 20 de Agosto e 6 de Setembro. Mas antes disso uma novidade: Os Linkin Park vão voltar à China, depois de alguns anos sem terem autorização para tal. Por questões políticas a banda foi proibida de tocar na China desde 2010, mas voltam agora para uma tour chinesa com 5 datas entre 17 e 27 de Julho.

Para já, a The Hunting Party Tour 2015 termina dia 6 de Setembro em Itália. Sabemos que há datas marcadas para Setembro com Stone Temple Pilots exigindo a atenção de Chester e uma dica foi deixada por Mike Shinoda durante o seu solo relativo a Fort Minor, 25 de Novembro será uma data a não deixar escapar. Será que temos novo álbum de Fort Minor?

Assim serão os próximos meses dos Linkin Park e seus membros.

Para já, a agenda dos Linkin Park conta com cerca de 20 concertos, distribuídos por 3 continentes, América, Ásia e Europa.

Resta saber se, até ao final do presente ano de 2015, serão conhecidas mais datas relativas a concertos dos Linkin Park ou se as performances ao vivo terminam no início de Setembro, aquando a passagem por solo italiano. Independentemente desta questão, a expectativa está, neste momento, centrada na possibilidade dos Linkin Park incluirem novos temas do The Hunting Party nos próximos concertos que se avizinham pelo mundo fora. Ainda relativamente aos prováveis alinhamentos da banda, Mike Shinoda, em entrevista à Altwire, descartou, com alguma surpresa, a hipótese da banda "festejar" os 15 anos de Hybrid Theory nas actuações ao vivo.

Abaixo, podes conferir a lista dos concertos já agendados.

EUROPEAN, AMERICAN & ASIAN TOUR 2015

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DATAS | EUROPEAN, AMERICAN & ASIAN TOUR

DATAS

20.06.201523.06.201525.06.201527.06.201530.06.201517.07.201519.07.201522.07.201524.07.201526.07.201520.08.201522.08.201523.08.201525.08.201527.08.201529.08.201531.08.201503.09.201505.09.201506.09.2015

CIDADE/PAÍS

Montebello QC/CanadáMexico City/MéxicoMonterrey/México

Mack CO/EUAMilwaukee WI/EUA

Nanjing/ChinaShenzhen/ChinaShangai/China

Chongqing/ChinaBeijing/China

Hasselt/BélgicaSt. Polten/Áustria

Hockenheim/AlemanhaRibnik/Polónia

Minsk/BielorrússiaMoscovo/RússiaJamsa/Finlândia

Berlim/AlemanhaDusseldorf/Alemanha

Roma/Itália

LOCAL

Marina de MontebelloArena Ciudad de Mexico

Arena MonterreyJam Rach

Marcus AmphitheatreNanjing Stadium

Shenzhen StadiumHongkou Football Stadium

Chongqing StadiumBeijing Workers' Stadium

Kempische SteenwegGreen Park

HockenheimringStadion Miejski w Ribniku

Minsk ArenaSports Complex Olimpiyski

Himos ParkStadium Forsterei

ESPRIT ArenaIppodromo delle Capannelle

Ao longo da carreira, os Linkin Park já efectuaram várias parcerias que resultaram na produção de novos álbuns e temas, para além do seu portfólio musical contar com várias demos e músicas raras que são divulgadas através dos cd's anuais do

Linkin Park Underground.

Redacção:Débora Pereira

PROJECTOS PARALELOS | 26

29We Made It é um single resultado da parceria entre Busta Rhymes e Linkin Park. O single foi lançado a 29 de Abril de 2008 nos EUA e a 30 De Junho na Europa. Esta música devia ter feito parte do oitavo album de estúdio de Busta Rhymes - denominado Back on My B.S. - mas a mudança de editora fez com que a música fosse tirada do alinhamento. Com produção conjunta de Cool & Dre, Brad Delson e Mike Shinoda, esta música entrou para o top 100 da Billboard em 65º lugar.

A ideia de juntar os Linkin Park foi de Busta Rhymes que ficou viciado no ritmo dos Linkin Park. Busta Rhymes, dia 2 de maio de 2008, apresenta We made It sem Linkin Park na Alemanha. Tratou-se apenas da apresentação da versão de estúdio sem voz ao vivo. Por sua vez, a primeira vez que os linkin Park apresentaram a música foi numa performance para membros do clube de fans (LPU) no seu estúdio de ensaios dia 25 de Maio de 2008. Nesse ano, durante a tour Projekt Revolution, a música foi incluída no set dos Linkin Park com algumas participações especiais: Adam Monroe (Ashes Divide) nas teclas e Spliff Star (rapper norte-americano) nas vozes.

We Made It teve os seus momentos áureos enquanto banda sonora do jogo Madden NFL 09. É também música oficial das finais da NBA na Conferência de Oeste. Curiosamente, Remember the Name de Fort Minor já tinha integrado o rol de músicas oficiais dos playoffs da NBA. Vejam o vídeo oficial em https://www.youtube.com/watch?v=YYxzRYMrcVc.

FICHA TÉCNICABusta Rhymes - rapping; Chester Bennington - vocals; Mike Shinoda - rapping & guitar; Brad Delson - guitar; Eddie "Crack Keys" Montilla - keyboards; Cool & Dre - all other instruments.Composição: Trevor Smith, Jr. (Busta Rhymes), Marcello Valenzano, Andre Lyon, Chester Bennington, Brad Delson e Mike Shinoda.Produção: Cool & Dre e Mike Shinoda

WE MADE IT | BUSTA RHYMES & LINKIN PARK

MUSIC FOR RELIEF | 30

Para além da qualidade musical indiscutível, os Linkin Park são uma das bandas mais filantrópicas e com maior sentido de responsabilidade social. Foi neste âmbito que nasceu o projecto Music For Relief, cujas angariações se destinam a ajudar as

populações mais necessitadas.

Redacção:Débora Pereira

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AGENDAS & BOOKMARKS NATAL 2014

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Music for Relief - a causa que nos une por eles, que

nos unem!

Já todos conhecemos a organização sem fins lucrativos criada pelos Linkin Park para ajudar as populações vítimas de catástrofes naturais - Music for Relief. Visitem! musicforrelief.org

A realidade ambiental é uma questão que muito preocupa os Linkin park que têm reunido bandas e personalidades diversas por esta causa. Personalidades que participam activamente na angariação de fundos para apoio às populações afectadas. Ajudámos o Japão, a Tailândia, o Haiti... e agora o Nepal precisa de ajuda urgente!

Não só as bandas se movem em prol do bem maior, os fãs também. E nós, por cá, fazemos

com um gosto imenso pequenos donativos que

servem, em pequena escala, o propósito de ajudar quem

precisa em nome dos Linkin Park.

Embora, por vezes, tenhamos problemas logísticos que nos ultrapassam, conseguimos:

1) criar consciência para esta causa;2) ajudar quem quer ajudar mas não sabe como;

3) criar comunidades unidas que se esforçam por fazer uma diferença;

4) doar valor monetário, ainda que irrisório face às necessidades, decerto será bem empregue.

O nosso projecto dos últimos meses baseou-se em criar um caderno de notas com a imagem do Music For Relief e que fizesse as delícias dos nossos parceiros de fandom. E correu bem! Entre fornecedores que não cumpriram, atrasos fruto das nossas responsabilidades pessoais e problemas técnicos no próprio sistema de donativos do Music For Relief, conseguimos entregar novamente uma quantia que sem a ajuda de todos seria impossível.

Podemos dizer que somos a prova de que gota a gota... se enche o copo. Vamos continuar a promover os notebooks. Não são lindos?! Mas qualquer notebook precisa de marcadores. E nada como um conjunto à altura da causa. Com a participação do Miguel Oliveira, os nossos marcadores foram um sucesso.

Em nome de todos os envolvidos, obrigado a todos por nos

ajudarem e contribuírem para um mundo melhor!

CRÉDITOS EDITORIAISEdição nº 3: Maio de 2015Gestão e Desenvolvimento de Conteúdos: Linkin Park PTPaginação, Design e Layout: Miguel OliveiraCapa: Miguel OliveiraAgradecimentos: Linkin Park PT agradece a Joana Oliveira e Ana Maria pelos respetivos contributos no desenvolvimento da Magazine Linkin Park PT.

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"Linkin Park has the best fans in the world!"

Chester Bennington