Introducão SENSORIAMENTO REMOTO

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  • 8/15/2019 Introducão SENSORIAMENTO REMOTO

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    O que é sensoriamento remoto?Notas de aula: Prof. Nilzo Ladwig

    • Definição: "Utilização de sensores para aquisição de informações sobreobjetos ou fenômenos sem que haja contato direto entre eles".

    Sensores: são equipamentos capazes de coletar energia proveniente doobjeto, convertê-la em sinal passível de ser registrado e apresentá-lo emforma adequada à extração de informações.

    Energia:  na grande maioria das vezes é a energia eletromagnética ouradiação eletromagnética.

    •   Conceito mais específico: "Conjunto das atividades relacionadas à

    aquisição e a análise de dados de sensores remotos".

    Sensores remotos:  sistemas fotográficos ou óptico-eletrônicos capazesde detectar e registrar, sob a forma de imagensou não, o fluxo de energiaradiante refletido ou emitido por objetos distantes.

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    O que é radiação eletromagnética?

    • Toda matéria a uma temperatura superior à zero absoluto (0o K ou -

    273ºC) emite radiação eletromagnética, como resultado de suasoscilações atômicas e moleculares.

    • A radiação emitida ao incidir sobre a superfície de outra matéria podeser refletida, absorvida ou transmitida. Quando absorvida, a energia égeralmente reemitida, em diferentes comprimentos de onda.

    • Os processos de emissão, absorção, reflexão e transmissão ocorrem

    simultaneamente e suas intensidades relativas caracterizam a matériaem investigação. Dependendo das características físicas e químicas damesma, os quatro processos ocorrem com intensidades diferentes emdiferentes regiões do espectro.

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    • Esse comportamento espectral das diversas substâncias é denominadoassinatura espectral e é utilizado em Sensoriamento Remoto paradistinguir diversos materiais entre si.

    •  Qualquer fonte de energia eletromagnética é caracterizada pelo seuespectro de emissão, o qual pode ser contínuo ou distribuído em faixasdiscretas.

    • O campo elétrico e o campo magnético são perpendiculares entre si eambos oscilam perpendicularmente à direção de propagação da onda,como mostra a figura abaixo, onde E éo campo elétrico e M o campomagnético.

    •  A velocidade de propagação da onda eletromagnética no vácuo é avelocidade da luz (3 x 108 m/s). O número de ondas que passa por umponto do espaço num determinado tempo define a freqüência (f) daradiação.

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    •  A onda eletromagnética pode também ser caracterizadapelo comprimento de onda (lâmbda) que pode ser expressopela equação:

     A faixa de comprimentos de onda ou freqüências em que se

    pode encontrar a radiação eletromagnética é ilimitada.

    Este espectro é subdividido em faixas, representandoregiões que possuem características peculiares em termosdos processos físicos geradores de energia ou dosmecanismos físicos de detecção desta energia.

     As principais faixas do espectro eletromagnético estãodescritas abaixo e representados na figura a seguir.

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    O espectro é subdividido em faixas, representando regiões quepossuem características peculiares em termos dos processosfísicos geradores de energia ou dos mecanismos físicos dedetecção desta energia. As principais faixas do espectro eletromagnético estão descritasabaixo e representados na figura a seguir.

    Ondas de rádio: baixas freqüências e grandes comprimentosde onda. São utilizadas para comunicação a longa distância.

    Microondas: faixa de 1mm a 30cm ou 3x1011 a 3x109 Hz.Pode-se gerar feixes de radiação eletromagnética altamenteconcentrados, chamados radares. Por serem pouco atenuados

    pela atmosfera, ou por nuvens, permitem o uso de sensores demicroondas em qualquer condição de tempo.

    Infravermelho:   grande importância para o SensoriamentoRemoto. Engloba radiação com comprimentos de onda de0,75um a 1,0mm. A radiação I.V. é facilmente absorvida pelamaioria das substâncias (efeito de aquecimento).

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    Visível:  Radiação capaz de produzir a sensação de visão para o olhohumano normal. Pequena variação de comprimento de onda (380 a750nm). Importante para o Sensoriamento Remoto, pois imagens obtidasnesta faixa, geralmente, apresentam excelente correlação com aexperiência visual do intérprete.

    Ultravioleta:   extensa faixa do espectro (10nm a 400nm). Películasfotográficas são mais sensíveis à radiação ultravioleta do que a luz visível.Uso para detecção de minerais por luminescência e poluição marinha.Forte atenuação atmosférica nesta faixa, se apresenta como um grandeobstáculo na sua utilização.

    Raios X:   Faixa de 1Ao a 10nm (1Aº = 10 -10m). São gerados,predominantemente, pela parada ou freamento de elétrons de alta energia.Por se constituir de fótons de alta energia, os raios-X são altamente

    penetrantes, sendo uma poderosa ferramenta em pesquisa sobre aestrutura da matéria.

    Raios-GAMA: são os raios mais penetrantes das emissões de substânciasradioativas. Não existe, em princípio, limite superior para a freqüência dasradiações gama, embora ainda seja encontrada uma faixa superior defreqüência para a radiação conhecida como raios cósmicos.

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    Como são os sistemas sensores?

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    • Coletor: recebe a energia através de uma lente, espelho, antenas, etc...• Detetor: capta a energia coletada de uma determinada faixa do espectro;•   Processador:   Processa o sinal registrado (revelador, amplificação, etc...)através do qual se obtém o produto;• Produto: contém a informação necessária ao usuário.

    Quais tipos de senso res ex is tem? Podem ser classificados em função da fonte de energia ou em função do tipo deproduto que produz.• Em função da fonte de energia:PASSIVOS:   não possuem fonte própria de radiação. Mede radiação solar 

    refletida ou radiação emitida pelos alvos. Ex.: Sistemas fotográficos.ATIVOS: possuem sua própria fonte de radiação eletromagnética, trabalhando

    em faixas restritas do espectro. Ex.: Radares.

    • Em função do tipo de produto:Não-imageadores:   não geram imagem da superfície sensoriada. Ex.:Espectrorradiômetros (assinatura espectral) e radiômetros (saída em dígitos ougráficos). Essenciais para aquisição de informações precisas sobre ocomportamento espectral dos objetos.Imageadores: obtém-se uma imagem da superfície observada como resultado.

    Fornecem informações sobre a variação espacial da resposta espectral dasuperfície observada.

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    Sistemas sensores: imageadores eletro -ópticos 

     A principal diferença entre os sistemas fotográficos e os sistemasimageadores eletro-ópticos reside no fato de que estes podem produzir umsinal elétrico o qual pode ser transmitido a uma estação remota.

    Enquanto os sensores fotográficos possui um detetor fotoquímico(o filme),os sensores imageadores eletro-ópticos possuem detetores capazes detransformar a radiação eletromagnética em um sinal elétrico.

    Se for abstraída a diferença entre os tipos de detetores, os sistemasimageadores eletro-ópticos possuem basicamente os mesmoscomponentes de um sistema fotográfico, ou seja, um sistema coletor de

    energia composto por lentes e espelhos, cuja principal função é concentrar a radiação proveniente do objeto sobre um detetor.

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    Para o caso dos sistemas fotográficos, a resoluçãoespectral é dada pela sensibilidade espectral dofilme fotográfico utilizado, enquanto que a resoluçãoespacial é dependente do tamanho dos sais deprata.

    Nos sistemas eletro-ópticos, a resolução espectral édependente da sensibilidade espectral de detetores,geralmente constituídos por ligas metálicas que têma propriedade de  “traduzirem” determinados valoresde radiância em pulsos elétricos; enquanto que a

    resolução espacial é função do tamanho doelemento de resolução da cena, corriqueiramentedenominado de pixel  (Picture Element ).

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    Os sistemas imageadores podem ser divididos em:

    o   Sistema fotográfico:   Fácil de operar. Limitadacapacidade de captar a resposta espectral (filmes cobremsomente o espectro entre ultravioleta próximo aoinfravermelho distante). Limita-se as horas de sobrevôo edevido a fenômenos atmosféricos não permitemfreqüentemente observar o solo a grandes altitudes.

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    O Sistema de quadro ("f ram ing systems "): adquirem a imagem da cena emsua totalidade num mesmo instante. Ex.: RBV.

    Os imageadores de quadro são os mais antigos e se desenvolveram a partir dossistemas de televisão. Tais sensores possuem um sistema óptico grande angular que focaliza toda a energia proveniente da cena sobre um tubo foto-sensível. Nosistema de quadro, a imagem é formada instantaneamente sobre o tubo foto-sensível. Essa imagem é então  “varrida” por um feixe de elétrons e é convertidaem sinal.

     As superfícies foto-sensíveis que formavam o tubo desses sistemas eramlimitadas a radiação visível o que reduzia problemas de difração da luz e permitiaum longo tempo de exposição o que garantia melhor definição do sinal recebido.Um exemplo dos sistemas de quadro são as câmaras RBV   (“Return   BeamVidicon”) que operavam a bordo dos três primeiros satélites da série Landsat.

    Mais informações sobre a configuração do sistema podem ser obtidas em Slater (1980).   Esse tipo de sistema sensor foi substituído amplamente pelossistemas de varredura mecânica e pelos sistemas baseados em matrizes dedetetores. As principais limitações tecnológicas que o tornaram superadoforam: 1) sensibilidade espectral limitada; 2) precisão radiométrica limitada.

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    O Sistema de varredura mecânica ("scanning systems"). Ex.: TM,MSS, SPOT.

    Os sistemas de varredura mecânica compõem-se basicamente de

    um espelho giratório que  “varre” a superfície imageada e focaliza aenergia proveniente do solo sobre um detetor pontual. Assimsendo, a imagem é construída ponto a ponto a cada variaçãoinstantânea da posição do espelho.

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    Os imageadores baseados em matrizes lineares de detetoresutilizam sistemas ópticos de grande campo de visada, o que permiteque toda a faixa perpendicular ao deslocamento da plataforma sejaimageada instantaneamente. A medida que a plataforma se move ao

    longo da órbita, linhas sucessivas são imageadas pela matriz linear eamostradas por um multiplexador responsável pela transmissão dossinais. Esse sistema tem diversas vantagens dentre as quais apossibilidade de um maior tempo de integração do sinal em cadadetetor, o que aumenta a razão sinal/ruído (nível de ruído do detetor baixo em relação ao sinal registrado).

    Outra característica interessante é a ausência de partes móveis (taiscomo o espelho giratório) sujeitas a desgaste mecânico ao longo dotempo de operação do sensor. O sistema apresenta também algumasdesvantagens, dentre as quais o grande número de detetoresenvolvidos e necessidade de intercalibração entre eles e aumento danecessidade de processamentos para correção radiométrica dosdados.

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    Detetores

    Um dos elementos críticos dos sistemas imageadores são osdetetores. Há dois tipos básicos de detetores: os detetorestérmicos e os detetores quânticos.

    Nos   detetores térmicos, a energia radiante é absorvida econvertida em energia calorífera. O aquecimento sofrido pelodetetor é proporcional a energia absorvida, e provoca mudançana resistência, no caso de piranômetros e bolômetros, ou devoltagem no caso de um termopar.

    Os detetores quânticos respondem diretamente ao número defótons incidentes, embora também seja sensível à energia dofóton.

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     A Figura mostra uma relação de alguns detetores e suas faixasde atuação dentro do espectro eletromagnético.

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    COMPORTAMENTO ESPECTRAL DE ALVOS

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    RESOLUÇÕES

    Resolução espectral: refere-se ao poder de resolução que o sensor tempara discriminar diferentes alvos sobre a superfície terrestre. Em outraspalavras, refere-se à melhor ou à pior caracterização dos alvos em

    função da largura da banda espectral em que o sensor opera. Quantomais fina for a largura de faixa que opera um determinado sensor, melhor é sua resolução espectral. Por outro lado, se um sistema sensor possuidetetores operando em mais de uma faixa espectral, do espectroeletromagnético, o sistema é dito multiespectral, porque registra aradiação eletromagnética proveniente dos alvos em varias faixasespectrais, como exemplo, os sistemas sensores a bordo dos satélitesLandsat.

     Às vezes, no próprio sistema sensor há diferentes resoluções espectrais.Por exemplo, o sensor MSS do Landsat opera em quatro bandasespectrais, ou seja, MSS-4 (500  – 600 nm), MSS-5 (600  – 700 nm), MSS-6 (700   – 800 nm) e MSS-7 (800  –1100 nm). A resolução espectral dasbandas MSS 4, 5 e 6 é de 100 nm, enquanto que da banda MSS-7 é de300 nm.

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    Resolução temporal:   esta resolução é função dascaracterísticas da plataforma na qual o sensor estácolocado. No caso de sistemas sensores orbitais, aresolução temporal indica o intervalo de tempo que o satéliteleva para voltar a recobrir a área de interesse.Isso depende da largura da faixa imageada no solo. Por exemplo, o sensor TM do Landsat-5 tem uma resoluçãotemporal de 16 dias, isto é, a cada 16 dias o Ladsat-5 passasobre um mesmo ponto geográfico da Terra. Assim, nósdizemos que a resolução temporal do sensor TM é de 16dias. Já os sistemas sensores a bordo do satélite NOAA têm

    uma resolução temporal de 9 dias, no entanto, como alargura de faixa é muito grande, é possível obter dadosdiários sobre um mesmo ponto.A resolução temporal é muito importante porque permitefazer um acompanhamento dinâmico dos alvos sobre asuperfície da Terra.

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    RESOLUÇÃO ESPACIAL

     A resolução espacial dos sistemas eletro-ópticos édependente do tamanho do pixel. Assim à medida queo tamanho do pixel aumenta, a imagem resultanteapresenta-se menos definida, o que implica emconcluirmos que quanto maior o tamanho do pixel,menor a resolução espacial do sensor.

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    Resolução radiométrica

     A resolução radiométrica é dada pelo número de valores digitais

    representando níveis de cinza, usados para expressar os dadoscoletados pelo sensor. Quanto maior o número de valores, maior éa resolução radiométrica. A Figura A-5 mostra a comparação entreduas imagens. Uma de 2 níveis de cinza (1 bit) e outra com 32níveis de cinza (5 bits). O número de níveis de cinza é comumenteexpresso em função do número de dígitos binários (bits)necessários para armazenar, em forma digital, o valor do nívelmáximo. O valor em bits é sempre uma potência de 2. Assim, 5 bits

    significam 2 elevado na potência 5 = 32 níveis de cinza. Os satélitesLANDSAT e SPOT têm resolução radiométrica de 8 bits, o quesignifica o registro de imagens em 256 níveis de cinza.

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    Comparação da resolução radiométrica de umaimagem com 1 bit (a esquerda) e a mesma imagemcom uma resolução radiométrica de 5 bits (Fonte:Crósta, 1993, p. 27).

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    Para cada pixel é associado um valor de intensidade denominadonúmero digital (DN) que representa a medida física da quantidade deenergia eletromagnética incidente nos detectores do sensor (radiância), seja pela reflexão da energia solar nos objetos sobre asuperfície terrestre, ou pela radiação infravermelha emitida por eles.O número digital é armazenado com uma quantidade finita de bits,ou seja, números compostos de valores 0 e 1. Por exemplo, onúmero 10010110 é um número binário de 8 bits por ter 8 dígitoscom valores 0 ou 1.

    Por exemplo, uma imagem é formada por números digitais de 8 bits,o total de níveis de cinza para representar a imagem será 256 ( 28 =256). Desta forma, a imagem será identificada como tendo uma

    resolução radiométrica de 8 bits, na qual o valor zero é associado àcor preta e o valor 255 à cor branca.

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    Campo instantâneo de visada do sensor(instantaneous f ield o f view  – IFOV)

    O IFOV  é uma variável muito importante do sistema sensor vistoque ele interfere na resolução espacial das imagens geradas. Parauma dada altura de vôo, o IFOV está relacionado diretamente com otamanho do pixel e inversamente com a resolução espacial. Quantomaior o IFOV, maior o tamanho do pixel e menor a resoluçãoespacial.

    A resolução espacial   é determinada pela capacidade do detector emdistinguir objetos na superfície terrestre. Em geral, a resolução espacial deum detector é expressa em termos do seu campo instantâneo de visada ou

    IFOV ("in stan tan eous f ield o f v iew "). O IFOV define a área do terrenofocalizada a uma dada altitude pelo instrumento sensor. De uma formasimplificada, o IFOV representa o tamanho do pixel. A resolução geométricade um detector é determinada pela resolução do ângulo sólido do IFOV, emmrad (milirad), e pela altitude do sistema sensor e é expressa em metros nasuperfície do terreno. Como exemplo, um IFOV de 1 mrad (1 mrad =0,057°) significa que o elemento de terreno abrangido pelo detector, numaaltitude nadir de 1000 m, tem o tamanho de 1 m.

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    Legenda: Imagem NOAA, de 21/08/94, 7:46 GMT, captada pela antena instalada em Campinas noNMA, mostrando nuvens ligadas a um avanço de frente fria na Bacia do Prata, Nebulosidade sobreo Atlântico e importantes diferenças de temperatura noturna ao nível do solo indicadas pelasdiferentes tonalidades de cinza nas regiões Sul, Sudeste, partes do Centro-Oeste, Argentina eParaguai.

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    ESCALA DE TRABALHO

    O usuário pode optar por escolher a melhor base cartográfica a ser utilizado, deacordo com a ESCALA em que irá trabalhar. Observe a tabela abaixo:

    ESCALA SATÉLITE / SENSOR  

    1:500.000 - 1:250.000 Landsat 5; Landsat 7; ENVISAT

    1:250.000 - 1:100.000   Landsat 5; Landsat 7; SPOT 4;ENVISAT

    1:000.000 - 1:50.000   Landsat 5; Landsat 7; SPOT 4e 5; ENVISAT

    1:50.000 - 1.25.000   Landsat 7; SPOT 4 e 5;

    ENVISAT; Aerofotogrametria1:25.000 - 1.10.000   QUICKBIRD; SPOT 5;

    Aerofotogrametria;

    1:10.000 - 1:5.000 QUICKBIRD; Aerofotogrametria

    1:5.000 - 1:500 Aerofotogrametria

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    Na tabela abaixo se faz uma relação entre as bandas espectrais mais utilizadasdo espectro eletromagnético e suas aplicações mais comuns.

    Região do Espectro(BANDA ESPECTRAL)

      APLICAÇÕES ASSOCIADAS

     Azul Visível(0.4 mm - 0.5mm)

    - Estudos batimétricos. Visualização de diferentesprofundidades em meio aquático.

    - Cartografia de LINHAS COSTEIRAS e diferenciação entreSOLO E VEGETAÇÃO.

    - Detecção de plumas de fumaça provocadas porQUEIMADAS OU EMISSÕES INDUSTRIAIS

    Verde Visível(0.5mm - 0.60 mm)

    - Reflectância de vegetação verde sadia;

    - Mapeamento de águas;

    - Permite a identificação de áreas agrícolas;

    - É a banda mais utilizada para delimitar a mancha urbana,incluindo identificação de novos loteamentos.

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    Vermelho Visível(0.6 mm  – 0.7mm)

    - Diferenciação entre estágios de maturidade fisiológica davegetação.

    - Diferenciação entre áreas de VEGETAÇÃO E EROSÕES.

    - Identificação de ÁREAS AGRÍCOLAS e DELIMITAÇÃO DA ÁREA URBANA.

    - Delimitação das REDES DE DRENAGEM.

    - Caracterização litológica de áreas sem vegetação.

    - Verificação de distintos TIPOS DE SOLO

    Infravermelho próximo(0.7 mm - 1.5 mm)

    - Diferenciação do teor de água e ATIVIDADE FOTOSSINTÉTICAda vegetação.

    - Mapeamentos de áreas de QUEIMADAS EDESFLORESTAMENTO

    - CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA do terreno.

    - Delimitação de corpos de água.

    - CARACTERIZAÇÃO DE ÁREAS AGRÍCOLAS.

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    Infravermelho Médio(1.5 mm - 3 mm)

    - Diferenciação do TEOR DE ÁGUA e a ATIVIDADEFOTOSSINTÉTICA da vegetação

    - Identificação de ESTRESSE HÍDRICO DA VEGETAÇÃO.

    - CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA do terreno

    - Identificação de áreas com AFLORAMENTOSMINERAIS e CARTOGRAFIA DE ESTRUTURASGEOLÓGICAS.

    Infravermelho Distante(3.0mm - 1000 mm)

    - Identificação de CONTRASTES TÉRMICOS ENTREDIFERENTES COBERTURAS DA SUPERFÍCIE

    - Mapeamento de ILHAS DE CALOR e identificação deLAGOS, RIOS, AÇUDES

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    Características dos satélites Spot

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    Câmera digital Leica ADS-40 Câmera digital Zeiss/Image

    A câmera digital ADS-40 não toma

    uma chapa fotográfica quadrada como as

    câmeras convencionais de filmes, possui

    7 sensores tipo CCD em linha que

    funcionam:

    1 – de linha pancromático para trás;2 – de linha pancromático nadiral;

    3 – de linha pancromático para frente;

    4 – de linha infravermelho próximo;

    5, 6 e 7 linhas coloridas, azul, verde e

    vermelho.

    Abaixo 8 seqüências de uma mesma imagem obtida pela ADS-40, sendo ampliada e não

     perdendo a nitidez depois de mais de 100 vezes de ampliação:

    Observe a 1ª foto,70000 não tem o formato

     padrão Quadrado. Nota-se

    que foi obtida por um

    sensor de linhas que

    variaram com o avião em

    cada uma dessas linhas,

     posteriormente ajustadas.

    GSD(m) (“ground size

    distance”) é a resolução do

     pixel no terreno.

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    Estações Fotogramétricas

    São relativamente poucos os fornecedores de equipamentos de Fotogrametria

    Digital no mercado. Destacam-se no Brasil, a Leica/Helava (antiga Wild, Kern e

    Leica), a Zeiss e DVP.

    Os restituidores de Fotogrametria Digital recebem o nome de “Estações Fotogra-

    métricas”, devido a sua maior parte funcionar sobre “Workstation” que geralmente são plataformas computacionais poderosas, funcionando grande parte em sistema UNIX.

    Contudo, há versões de muitos restituidores para Windows em micros Pentiun,

    como o DVP e outros.

    SOCET-SET(Leica/Helava) DVP (DVP Inc.) PHODIS (Zeiss/Image)

    Alguns equipamentos de F. D. existentes no mercado

    Fabricante Equipamento Lançamento

    DVP DVP 1988

    Zeiss/Intergraph PS1 1990

    Leica/Helava DPW 1992

    Intergraph Image Station

    Zeiss ZEISS Phodis

    Leica SOCET SET 1995

    ISM DiAP 1992

    Visão Estereoscópica 3D

    Muitos trabalhos da fotogrametria digital exigem a visão 3D da cena, principal-

    mente na marcação de pontos para a aerotriangulação, no traçado de estradas, limites de

    feições terrestres, auxiliar na confecção de DTM, etc.

    Existem, altualmente 4 formas de obtenção da visão estereoscópica nosmonitores das Estações Fotogramétricas:

    -   processo de Anaglifo (óculos de cores complementares);

    -  estereoscópio de prisma (espelho) (“split-screen”);

     polarização passiva (tela de cristal líquido na frente do monitor e óculos) e

    -   polarização ativa (óculos de cristal liquido, oscilando a 120 Hz).

    Parece haver uma forte tendência de dominar o 3º ou o 4º processo. O primeiro,

    de Anaglifo, só permite o uso de fotografias P&B, há sempre problemas com os

    diversos tipos de monitor e atrapalha o monitor quando este tem que olhar para as

     janelas dos comandos do software; o segundo, split-screen, permite o uso de imagens

    coloridas, mas o operador se cansa devido ficar sempre numa só posição, não permite

    visualização simultânea de várias pessoas e atrapalha um pouco quando o operador temque olhar para as janelas dos comandos do software; já o terceiro e quarto processos não

    apresentam nenhuma dificuldade, principalmente o 3º de polarização passiva. Seu único

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    inconveniente está no alto preço da tela de cristal líquido, polarizante do monitor e

    ainda, tanto para o processo de polarização ativa quanto o de polarização passiva

    exigem monitores que tenham taxa de atualização (“vertical refreshing rate”) de 120

    Hz, que ainda são relativamente caros no mercado.

    Anaglifo Split-screen (estereoscópios espelhos)

    Polarização passiva Polarização ativa

    A Fotogrametria Digital além de permitir a restituição convencional que era

    comum nos restituidores analógicos e analíticos, vai além, gerando diretamente

    mosaicos, ortofotos, modelos digitais de elevação e ainda processamento analítio de

    imagens de sensores orbitais. Como disse o Prof. Ackermann “... irá ultrapassar 

    qualquer expectativa que nós podíamos ter sonhado, devido ao poder da tecnologia

    digital”.

    Simplificação das Operações

    A ISM (International Systemap Corp.) em sua publicação técnica “The Funda-

    mentals of Digital Photogrammetry” após discorrer sobre inúmeras operações como asorientações Interior, Relativa e Absoluta que estão ficando praticamente automatizada

    (Ex: na Orientação Interior há softwares como o SOCET-SET que solicita a marca e

    modelo da câmera e reconhece suas marcas fiduciais, fazendo o ajuste e determinação

    do sistema de coordenadas em fração de um segundo, e feito para a primeira fotografia

    de um projeto, automaticamente faz para todas as demais a não ser que haja

    interferência do operador, pois o sistema aceita trabalhar com câmeras diferentes).

    Fluxo Operacional das diferentes fases de um Sistema Digital

    O Prof. Irineu da Silva apresenta, esquematicamente, as diversas etapas pelas