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Avaliação da toxicidade aguda do Aterbane® para o mato grosso
(Hyphessobrycon eques) e para o guaru (Phallocerus caudimaculatus)
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - UNESP Jaboticabal
Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais em Matologia (NEPEAM)
Departamento de Fitossanidade
Bióloga/Mestranda
Silvia Patrícia Carraschi; Jaqueline Pérola de Souza; Patrícia Cubo; Antonio Nader Neto; Claudinei da Cruz; Robinson Antonio Pitelli
Macrófitas aquáticasImportância X Problema (PITELLI, 1998)
Controle: Produtos fitossanitários (MARCONDES et al., 2003)
Prod. fitossanitários + SURFACTANTESSurfactante: mais tóxico que o IA (WAGNER, 2003)
Surfactantes: moléculas anfipáticas – diminuem a tensão superficial (NITSCHKE e PASTORE, 2002)
INTRODUÇÃO
Mato grosso: endêmico das Bacias Tiête-Paraná e Paraná-Paraguai
(CASATTI et al., 2001)
Produção mundial: + 3 milhões de toneladas/ano - maioria na fabricação de
detergentes (BANAT, 2000)
Guaru: ciprinodontiforme com preferência por micro-hábitats
lênticos (CASATTI et al., 2001)
Avaliação toxicológica: regulamentação, controle, classificação das novas substâncias (ROBERTS e MARSHALL, 1995)
Risco ambiental
Objetivo Estimar a concentração letal 50% (CL (I)
50; 96h) do surfactante Aterbane® para os peixes guaru (Phallocerus caudimaculatus) e
mato grosso (Hyphessobrycon eques)
Avaliar as variáveis de qualidade de água durante os testes de toxicidade
Avaliar as alterações de comportamento das duas espécies durante os testes de
toxicidade
MATERIAL E MÉTODOS
Teste de referência (KCl) (LOMBARDI, 2004)
Testes preliminares (0 e 100% mortalidade)
Testes definitivos
Aclimatação (10dias)
Tempo de exposição: 96h (DIC)
3 repetições: 1 g/L (CETESB,1999)
Mato grosso: 4,0, 6,0, 8,0, 10,0, 12,0 e 14,0 mg/L
Concentrações
Guaru: 3,0, 4,0, 5,0, 6,0, 7,0 e 8,0 mg/L
Estático
Sem sifonagem / sem alimentação
Alcalinidade: 200,0 e 210,0 mg/CaCO3
OD: 5,0 e 6,0 mg/L
Cond.: 170,0 e 180,0 μS/cm
pH: 7,0 e 8,0
T sala: 27 e 29ºC
T aqu.: 25 e 26ºC
Avaliação de comportamento (MURTY, 1988):
0, 4, 24, 48, 72 e 96 h
CL (I) 50-96h: Trimmed Sperman Karber(HAMILTON et al., 1977).
Variáveis físico-químicas (IBAMA,1987 e CETESB, 1999):
O2D , pH, e condutividade
Batimento opercular,
Busca por oxigênio,
Capacidade de arfagem,
Natação errática
Dispersão na coluna d`água
RESULTADOS
Mato grosso
y = 7,65x - 14,57R2 = 0,81
0
25
50
75
100
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0
Concentração (mg/L)
Mor
talid
ade
(%)
CL (I) (50-96h) = 8,21 mg/L
LI = 7,09 mg/L
LS = 9,83 mg/L
KCl: 1,67 mg/L
Variáveis Físico-QuímicaspH: 7,77
OD: 7,66 mg/L
Cond.: 175,67 µS/cm ou 0,175 mS/cm
Médias
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
6,0 8,0 10,0 12,0 14,0concentração (mg/L)
pH
oxig (mg/L)
Condutividade(mS/cm)
Mato grosso: Comportamento
0h: agitação e batimento opercular rápido;
4h e 24h : perda da capacidade de arfagem e natação errática;
48h: natação errática e batimento opercular lento
72h e 96h: recuperação
Guaru
CL (I) (50-96h) = 5,81 mg/L
LI = 5,33 mg/L
LS = 6,36 mg/L
y = 15,81x - 48,06R2 = 0,70
0
20
40
60
80
100
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0
Concentração (mg/L)
Mor
talid
ade
(%)
KCl: 0,55 mg/L
Variáveis Físico-Químicas
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0
concentração (mg/L)
pH
oxig (mg/L)
Condutividade(mS/cm)
Médias
pH: 7,38
OD: 7,35
Cond.: 175,66 µS/cm ou 0,175 mS/cm
MédiasMédias
pH: 7,38
OD: 7,35 mg/L
Cond.: 175,66 µS/cm ou 0,175 mS/cm
Médias
Guaru: Comportamento
Agitação
Batimento opercular rápido
Perda da capacidade de arfagem
Natação errática
Comportamento letárgico
4, 24, 48, 72 e 96 horas
CONCLUSÃO
Aterbane® pode ser classificado para estas espécies como moderadamente tóxico (CL 50
entre 1 e 10 mg/L)
Mato grosso pode ser usado como bioindicador dessa molécula para
monitoramento ambiental
Aterbane® não altera as variáveis físico-químicas da água: acordo com os parâmetros de qualidade
recomendados pelo IBAMA (1987)
OBRIGADA!!