Hayek Friedman Dialogo

7/25/2019 Hayek Friedman Dialogo

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Revista de la

C E P A L

Director

RAUL PREBISCH

Secretario Tcnico

ADO LFO GURRIERI

Secretario Adjunto

GREGORIO W EINBERG

NACIONES UNIDAS

CO MISI N EC ONM ICA PARA AMERICA LATINA

SANTIAGO DE CHIL E / DICIEM BRE D E 1981


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Revista de la

C E P A L

N me ro 15 Santiago de Chile Dic iemb re 1981

S U M A R I O

Desarro llo y equida d. El desafo de los aos ochenta.

Enrique V. Iglesias. 7

Problemas y orientaciones del desarrollo.

Centro de Proyecciones Econmicas de la CEPAL.

49

Acerca del consum o en los nuevos modelos latinoamericanos.

Carlos Filgueira. 75

Reflexiones sobre la industrializacin exportadora del sudeste asitico.

Fernando Fajnzylber. 117

Estrategia de desarrollo y empleo en los aos ochenta.

Vctor E. Tokman. 139

El concepto de integracin.

Isaac Cohen Orantes. 149

Dilogo acerca de Friedman y Hayek. Desde el punto de vista de la periferia.

Ral Prebisch. 161

Algunas publicac iones de la CEPA L. 183


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R E V I S T A D E L A C E P A L

Diciembre de 1981

Di logo

a c e r c a d e F r i e d m a n

y H a y e k

D e s d e e l p u n t o

d e vista de la periferia

Ral Prebisch*

En todos s us es cr i tos r ec ien tes , e l au tor ha s os ten ido

q u e e l p e n s a m i e n t o n e o c l s i c o n o s l o e s in c a p a z d e

e x p l i c a r l a e s t r u c t u r a y f u n c i o n a m i e n t o d e l c a p i t a l i s

m o e n l a p e r if e r i a , s i n o q u e o r i e n t a d e m a n e r a e q u i

v o c a d a l a s d e c i s i o n e s d e p o l t i c a e c o n m i c a . E n e s t e

a r t c u l o v u e l v e s o b r e e s a s i d e a s , f o r m u l n d o l a s c o

mo s i s urg ieran en e l cur s o de un d i logo s os ten ido

c o n s e g u i d o r e s d e l o s d o s p r i n c i p a l e s m e n t o r e s c o n

t e m p o r n e o s d e a q u e l p e n s a m i e n t o ; d e e st a m a n e r a

p ue d e p res en t ar s us pun tos de v i s t a con la f luidez y

s e n c i l l e z d e q u e a m e n u d o c a r e c e n l o s e s c r i t o s e s

t r i c t a m e n t e a c a d m i c o s .

A s u j u i c i o , l a i n c a p a c i d a d d e l p e n s a m i e n t o n e o

c ls i co para in te rpre ta r a l cap i t a l i s mo per i f r i co r a

d i c a s o b r e t o d o e n q u e n o t o m a e n c o n s i d e r a c i n a l

e x c e d e n t e e c o n m i c o , e n t o r n o a l c u a l g ir a n lo s ra s

gos bs icos de es t e s i s t ema. En efec to , des conoce l a

h e t e r o g e n e i d a d e s t r u c t u r a l q u e h a c e p o s i b l e la e x i s

t e n c i a d e l e x c e d e n t e ; d e j a d e l a d o la e s t r u c t u ra y

d i n m i c a d e l p o d e r q u e e x p l i c a n la a p r o p i a c i n y

c o m p a r t i m i e n t o d e l m i s m o ; n o a d v i e r t e e l m e c a n i s

m o m o n e t a r i o p r o d u c t i v o q u e h a c e p o s i b l e s u r e t e n

c in p or los es t r a tos s up er iore s ; y no eva l a adecu a

d a m e n t e e l d e s p e r d i c i o q u e i m p l i c a n l a s f o rm a s a c

t u a l e s d e u s o d e l m i s m o .

Es ta m iop a en l a in te rpre tac in de l p roce s o

e c o n m i c o i n c l i n a a l p e n s a m i e n t o n e o c l s i c o a p r o

p o n e r m e d i d a s d e p o l t i c a q u e n o l o g r a n i m p u l s a r e l

d e s a r r o l l o d e l a p e r i f e r ia , a u m e n t a n y c o n s o l id a n l a

d e s i g u a l d a d s o c i a l y r e q u i e r e n e l e s t a b l e c i m i e n t o d e

reg m en es au tor i t a r ios , en f ranca cont r apos ic in a l

i d e a r i o l i b e r a l - d e m o c r t i c o . L a n e c e s a r i a t r a n sf o r

m a c i n d e l c a p i t a l i s m o p e r i f r i c o , q u e e l a u t o r p r o

p o n e , d e b e m a n t e n e r l o s v a l o r e s e in s t i t u c i o n e s d e

mocr t i cas y , a l a par , lograr un v igoros o des ar ro l lo

e c o n m i c o y u n a d i s t r i b u c i n e q u i t a t i v a d e s u s fr u

tos .

D i r e c to r de l a R e v i s t a de l a C EP AL.

I

Las ideas de Milton

Fr i edman

1.

Sus grandes lineamientos

En e l mov imien to osc i l a to r io de l as ideo log as

p r e s e n c i a m o s a h o r a e l r e v e r d e c i m i e n t o d e l

n e o c l a s i c i s m o , y c o r r e s p o n d e a M i l t o n F r i e d

m a n e l m r i t o d e s e r s u s u p r e m o d i v u l g a d o r .

V e n a l e y e n d o d e t i e m p o a tr s s u s d i v e r s o s t ra

ba jos ,

p e r o n o m e c o n v e n c a n e n m o d o a l g u n o

s u s r a z o n a m i e n t o s y p r o p o s i c i o n e s , h a s t a q u e

a p a r e c i s u l i b r o

Free to Choose,

escr i to en

c o l a b o r a c i n c o n M r s . F r i e d m a n . M e s e n t

a t ra do por su l ec tu ra , pues me parec a que a l l

s e p r e s e n t a b a n e n f o r m a c o m p l e t a la s i d e a s d e l

p r o m i n e n t e e c o n o m i s t a . R e c o r r a t e n t a m e n t e

s u s p g i n a s , d i s p u e s t o a e n m e n d a r m i s p r i m e

r o s j u i c i o s , p e r o c o n f i e s o q u e t a m p o c o a h o r a

m e c o n v e n c i e r o n ; a n t e s b i e n , f o r t a l e c i e r o n m i

p o s i c i n f r a n c a m e n t e c r ti c a .

R e c o n o z c o , s i n e m b a r g o , q u e e l l i b r o e s

a d m i r a b l e p o r s u d i a f a n i d a d y f u e rz a p e r s u a s i

v a ; y t a m b i n p o r s u s f r e c u e n t e s i n c u r s i o n e s

a n e c d t i c a s . C o m p r e n d o m u y b ie n s u p o d e r d e

p e n e t r a c i n . N o s o f r e c e e n v e r d a d M i l t o n

F r i e d m a n s o l u c i o n e s c l ar a s y s im p l e s a l o s i n

q u i e t a n t e s p r o b l e m a s d e l m u n d o e c o n m i c o :

d j e s e o b r a r l i b r e m e n t e l a s f u e r z a s d e l a e c o

n o m a , s u p r m a n s e l as r e s t r i c c i o n e s c o n q u e

e m p r e s a s y t r a b a j a d o r e s t r a s to r n a n s u f u n c io

n a m i e n t o , e l i m n e n s e l a p r o t e c c i n a d u a n e r a y

d e m s t r a b a s q u e s e o p o n e n a l a d i v i s i n i n t e r

n a c i o n a l d e l t r a b a j o , y v e r e m o s s u r g i r p o r d o

q u i e r l a p r o s p e r i d a d y la j u s t i c ia d i s t r i b u t iv a .

N ad a de f renos a l a ac t iv idad econ mic a , per o

s a l c r e c i m i e n t o d e l E s t a d o : h a y q u e p o n e r l e

u n l m i t e c o n s t i t u c i o n a l . Y h a y t a m b i n q u e

p o n e r t o p e s a l a e x p a n s i n m o n e t a r i a q u e h a

l l e va do a un a in f lac in c rn ica y desqu ic i ad ora .

C m o n o d e j a r s e c a u t i v a r p o r l a p r d i c a

d e u n e c o n o m i s t a q u e , s o b r e a q u e l m r i t o s e a

l a d o , h a t e n i d o s u m s e l e v a d a c o n s a g r a c i n

a c a d m i c a a l r e c i b i r e l P r e m i o N o b e l , a s c o m o

l o o b t u v o e l D r . v o n H a y e k , d e q u i e n t a m b i n

n o s o c u p a r e m o s ?

T i e n e s i n d u d a e l p r o f e s o r d e C h i c a g o i n

n u m e r a b l e s a d e p t o s ; h e e n c o n tr a d o m u c h o s d e

e l los en nues t ros pa ses y , sobre todo , en t re l as

n u e v a s g e n e r a c i o n e s q u e s a l e n d e l a s u n i v e r s i -


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d a d e s d e l o s E s t a d o s U n i d o s , e s p e c i a l m e n t e d e

a q u e l l a d o n d e p r e d i c a M i lt o n F r i e d m a n . Y c o n

f r e c u e n c i a t u v e o p o r t u n i d a d d e c o n v e r s a r c o n

a lg un os d e e l los , s i b i e n no con todos , pue s son

n u m e r o s o s . H a y , a d e m s , e n t r e e l l o s q u i e n e s ,

h o n d a m e n t e p e r s u a d i d o s d e u n a v e r d a d i nc o n

t ras t ab le , no se d ignan d i scu t i r s iqu ie ra con

q u i e n e s p r o f e s a n i d e a s d i f e r e n t e s . P e r o h a y

o t r o s , t a m p o c o e s c a s o s p o r c i e r t o , q u e a c e p t a n

l a d i s c u s i n , t a l v e z e s t i m u l a d o s p o r a l g u n a s

d u d a s i n s i d i o s a s q u e s u r g e n d e o t r a s l e c t u r a s .

C on frecuencia tam bi n tengo la oportuni

da d d e d ia logar con es tos l t imos ; ms b ien d i r a

e l p r iv i l eg io , pues e l d i logo con qu ienes t i enen

a l g o q u e d e c i r o p r e g u n t a r m e r e s u l t a s i e m p r e

e s t i m u l a d o r , t a n t o q u e h e c r e d o c o n v e n i e n t e

r e f l e j a r l o e n e s t a s p g i n a s . H u b i e r a s i d o t e d i o

s o r e p r o d u c i r l o c o n m e t i c u l o s i d a d , p u e s l o s a r

g u m e n t o s s e r e p i t e n ; p o r c o n s i g u i e n t e h e p r o

c u r a d o t o m a r l o e s e n c i a l d e e l lo s y p r e s e n t a r l o s

e n u n c i e r t o o r d e n e x p o s i t i v o q u e n o s i e m p r e

e s p o s i b l e c o n s e g u i r e n e l c u r s o m u y m o v i d o

d e v a r i a s c o n v e r s a c i o n e s . A l h a c e r l o a s h e

cre do conven ien te no encer ra rme en una c r t i ca

e s t r i c t a m e n t e a c a d m i c a , s i n o s e g u i r e l m i s m o

t o n o d e d i v u l g a c i n q u e c a r a c t e r i z a e l m e n c i o

n a d o l i b r o d e M i l t o n F r i e d m a n .

A l p r e s e n t a r lo s p r i n c i p a l e s l i n e a m i e n t o s

d e l d i l o g o , e s p e r o l l e g a r a l o s m u c h o s q u e

e s t n a n s i o s o s p o r e s c l a r e c e r s u p r o p i o p e n s a

m i e n t o f r e n t e a l a g r a v e c r is i s p l a n e t a r i a q u e

e s t a m o s v i v i e n d o .

A n t e s d e c o m e n z a r l a s d i s c u s i o n e s , h e

c r e d o c o n v e n i e n t e c e r c i o r a r m e d e s i e s c o r r e c

t a m i i n t e r p r e t a c i n d e l c o n t e n i d o d e l p e n s a

m i e n t o e s e n c i a l d e M i l to n F r i e d m a n , e l q u e a

m i j u i c i o p o d r a r e s u m i r s e d e l a s i g u i e n t e m a

n e r a :

El l ib re ju eg o de l as fuerzas de l merca do ,

s i n i n t e r f e r e n c i a a l g u n a e n u n r g i m e n d e p l e

n a c o m p e t e n c i a , l l e v a a l a m e j o r a s i g n a c i n d e

l o s f a c t o r e s p r o d u c t i v o s y a l a r e m u n e r a c i n d e

es tos fac to res segn su apor t ac in a l p roceso

p r o d u c t i v o .

P a r a q u e e l l o s u c e d a , e s i n d i s p e n s a b l e e v i

t a r l a s r e s t r i c c i o n e s a l a l i b r e c o m p e t e n c i a . R e s

t r i c c i o n e s q u e s e m a n i f i e s t a n t a n t o e n l a c o m

b i n a c i n d e l a s e m p r e s a s p a r a a u m e n t a r l o s

p r ec ios , co m o en l as de l a fuerza de t raba jo pa ra

e l e v a r s u s r e m u n e r a c i o n e s .

E l E s t a d o d e b e s e r a b s o l u t a m e n t e p r e s c in

R E V I S T A D E L A C E P A L N . 1 5 /Diciembre de 1981

d e n t e , s i b i e n s e r e c o n o c e l a n e c e s i d a d d e a l i

v i a r l a s u e r t e a d v e r s a d e q u i e n e s e n e l j u e g o d e

l a c o m p e t e n c i a q u e d a n e n e l f o n do d e l s i s t e m a .

D e a h e l i m p u e s t o n e g a t i v o ( pa r a n o d e c i r s u b

s i d i o ) q u e p r o p o n e M i l t o n F r i e d m a n .

F i n a l m e n t e , h a y q u e f re n a r la i n f la c i n r e

g u l a n d o l a c r e a c i n d e m o n e d a y e v i t a n d o e l

df i c i t f i s ca l de donde su rge aqu l l a . De a l l

t a m b i n l a n e c e s i d a d i n e l u d i b l e d e l i m i t a r e l

c r e c i m i e n t o d e l g a s t o p b l i c o .

D e b o a d v e r t i r q u e m e h e l i m i t a d o a c o n s i

d e r a r l o s p u n t o s a n t e r i o r e s s i n e n t r a r al e x a m e n

de o t ros aspe c tos sob re los cua le s sue le vers ar

l a c r t i ca c i en t f i ca , t a l es como l a na tu ra l eza y

c o m p o r t a m i e n t o d e l o s a g e n t e s e c o n m i c o s y

c i e r t o s s u p u e s t o s r e l a ti v o s a l f u n c i o n a m i e n t o

d e l m e r c a d o .

S i n m e n o s c a b a r e l e s f u e r z o p r o s e l i t i s t a d e

M i l t o n F r i e d m a n s o s t e n g o q u e n o s e t r a ta d e

n u e v a s i d e a s , s i n o d e u n a d i v u l g a c i n i n t e l i

g e n t e d e l p e n s a m i e n t o n e o c l s i c o e l a b o r a d o

d u r a n t e l a s e g u n d a m i t a d d e l s i g lo X I X . E n

c u a n t o a m , p e r s o n a l m e n t e , c on f ie s o q u e m e

h e n u t r i d o t a m b i n d e e s e p e n s a m i e n t o , y l o h e

e x p u e s t o c o m o j o v e n p r o f e s o r u n i v e r s i t a r i o e n

l o s a o s v e i n t e . Y h a s t a l l e g u a t r a d u c i r e n t o n

c e s u n p e q u e o l i b r o i t a l i a n o d e u n b r i l l a n t e

d i s c p u l o d e V i l fr e d o P a r e t o , e n d o n d e s e e x

po n a co n lc ida c l a r idad l a t eo r a de l eq u i l i

b r i o g e n e r a l .

1

P u e s b i e n , t o d o e s t e n a q u e l l o s l i b r o s n e o

c ls i cos , i nc luso l a idea de l subs id io a lo s po

b r e s ,

y t ambin l a p ropos ic in de l imi t a r l a

c reac in de c i rcu lan te que se der iva de l a v i e j a

y m u y z a r a n d e a d a t e o r a c u a n t i t a t i v a d e l a m o

n e d a .

No de ja de s e r ex t raa , en verda d , la pers i s

t e n c i a d o g m t i c a d e c i e r t a s i d e a s , c o m o s t a s

de apo log a de l cap i t a l i smo , as como de o t ras

c o n t r a r i a s q u e s u r g i e r o n t a m b i n e n l a s e g u n d a

m i t a d d e l s i g l o p a s a d o . M u y s i n g u l a r r e s u l t a

e s t e e s t a n c a m i e n t o i n t e l e c t u a l , p o r l o m e n o s e n

lo que conc ie rne a l desar ro l lo , s i s e lo compara

c o n l a i m p r e s i o n a n t e e v o l u c i n d e la s o t ra s d i s

c i p l i n a s c i e n t f i c a s . Q u h a s u c e d i d o ?

N o m e c a b e d u d a a l g u n a q u e t r a s e s a p e r

s i s t e n c i a i d e o l g i c a , s e e n c u e n t r a e l i m p u l s o , a

v e c e s f o r m i d a b l e , d e c i e r t o s i n t e r e s e s . N o d i g o

1

Me ref i e ro a Enr ico Baron e y s u l ib ro Principios de

economa.


5/24

DIALOGO ACERCA DE FRIEDMAN HAYEK

/

Ral Prebisch

163

q u e e l p e n s a m i e n t o p r i m i g e n i o d e l a s g r a n d e s

t e o r a s d e l n e o c l a s i c i s m o h a y a b r o t a d o d e t a l e s

i n t e r e s e s , n i q u e e l l o e x p l i q u e l a o b s t i n a c i n

d o g m t i c a d e a l g u n o s s e g u i d o r e s d e h o y . L a s

t e o r a s n e o c l s i c a s s i g n i f i c a r o n e n s u t i e m p o

un g ran ade lan to c i en t f i co , sobre todo por su

p r e c i s i n y s u e l e g a n c i a m a t e m t i c a ; p e r o s u

p e r d u r a b i l i d a d r e s p o n d e e n g r a n p a r t e a l j u e g o

d e i n t e r e s e s .

As , l a t eo r a de l a d iv i s in in t e rnac iona l

d e l t r a b a j o , c u y a c r t i c a e m p r e n d i l a C E P A L

d e s d e s u s p r i m e r a s p u b l i c a c i o n e s h a c e t r e i n t a

a o s , r e s p o n d a c a b a l m e n t e a l os i n t e r e s e s d e

los g randes cen t ros y de los es t ra tos super io res

d e l a p e r i f e r i a l a t i n o a m e r i c a n a . S o r p r e n d e q u e

a h o r a s e p r e t e n d a v o l v e r a e l l a y r e t r o c e d e r e n

e l d e s a r r o l l o . A s i m i s m o , e l j u e g o d e i n t e r e s e s

exp l i ca l a ad he s i n fe rv ien te de c i e r tos g rupos

s o c i a l e s d e n u e s t r o s p a s e s a l a d o c t r i n a d e M i l

t o n F r i e d m a n , p o r c u a n t o e ll a r e p u d i a la a c ci n

p e r t u r b a d o r a d e l o s m o v i m i e n t o s s i n d i c a le s .

M s a n , e n n o m b r e d e l a l i b e r t a d d e l m e r c a d o

s e a b r e n l a s p u e r t a s a l a s e m p r e s a s t r a n s n a c i o

n a l e s , q u e n o s u e l e n s e r p r e c i s a m e n t e l a e x p r e

s i n m s g e n u i n a d e l a l i b r e c o m p e t e n c i a .

E x p l c a s e a s q u e l a p r o p a g a c i n d e l n e o

c l a s i c i s m o c u e n t e e n e s t o s m o m e n t o s c o n l a

a y u d a i m p r e s i o n a n t e d e l a t e l e v i s i n q u e d i

f u n d e d e s d e l o s E s t a d o s U n i d o s e n e l a n c h o

s u e l o d e A m r i c a L a t i n a , y d e u n a m a n e r a m u y

h b i l y p e n e t r a n t e , c i e r t a s i d e o l o g a s c u y a p r o

p a g a c i n n o s u e l e e s t a r i n s p i r a d a e n u n g e n u i

no p rops i to de exa l t ac in c i en t f i ca .

F o r m u l a d a s e s t a s o b s e r v a c i o n e s i n i c i a l e s ,

a b o r d a r e m o s a h o r a e l d i l o g o . M e r e f e r i r a l a

f a l t a d e c o r r e s p o n d e n c i a d e l a s t e o r a s n e o c l

s i cas c on l a rea l ida d de l a per i fe r i a . E n cuan to a

su s ign i f i cac i n e n los cen t ros , hay c r ti cas de

m o l e d o r a s , y n o c a b r a a q u e x p l a y a r n o s s o b r e

e l l a s .

N o s o c u p a r e m o s p r i m e r o d e M i l t o n

F r i e d m a n y d e s p u s d e l D r . v o n H a y e k . P o d r a

h a b e r l o s c o n s i d e r a d o s i m u l t n e a m e n t e p o r l a s

g r a n d e s c o i n c i d e n c i a s q u e p o s e e n s u s e s c r i t o s ,

p e r o h e p r e f e r i d o d e d i c a r p a r t i c u l a r a t e n c i n a l

s e g u n d o a l f i na l d e e s t e tr a b a jo , d o n d e e x a m i n o

e s p e c i a l m e n t e s u c o n c e p c i n a c e r c a d e l E s t a

do y l a l i ber t ad .

2.

Las leyes del mercado

A n t e t o d o q u i s i e r a m e n c i o n a r u n a p g i n a

q u e c o n d e n s a e l p e n s a m i e n t o d e M i l t o n

F r i e d m a n a c e r c a d e l a s v i r t u d e s d e l m e r c a d o .

E l l a s e i n s p i r a e n A d a m S m i t h , f u e n t e p r i m o r

d i a l d e l p e n s a m i e n t o n e o c l s i c o . D i c e n u e s t r o

a u t o r .

" E l m r i t o d e A d a m S m i t h c o n s i s t i e n

r e c o n o c e r q u e l os p r e c i o s q u e s e e s t a b l e c a n e n

l a s t r a n s a c c i o n e s v o l u n t a r i a s e n t r e c o m p r a d o

r e s y v e n d e d o r e s p a r a a b r e v i a r, e n u n m e r c a

d o l i b r e p o d r a n c o o r d i n a r la a c t i v i d a d d e

m i l l o n e s d e p e r s o n a s , b u s c a n d o c a d a u n a d e

e l l as su p rop io in t e rs , de t a l modo que todas se

b e n e f i c i a s e n . F u e u n a b r i l l a n t e i d e a e n a q u e l

t i e m p o , y l o s i g u e s i e n d o a h o r a , q u e e l o r d e n

e c o n m i c o p u d i e s e s u r g i r c o m o u n a c o ns e

cuenc ia invo lun ta r i a de los ac tos de var i as per

sonas en busca , cada una , de su p rop io in t e rs .

" E l s i s t e m a d e - p r e c i o s f u n c i o n a t a n b i e n ,

con t an t a e f i cac ia que l a ma yor a de l as veces n o

n o s d a m o s c u e n t a d e e l l o . N o n o s p e r c a t a m o s

de lo b ien que func iona has t a que se l e impide

h a c e r l o , e i n c l u s o e n t o n c e s n o s c u e s t a r e c o n o

c e r e l o r i g e n d e l p r o b l e m a " .

2

M s a d e l a n t e a g r e g a n :

" L o s p r e c i o s d e s e m p e a n t r e s f u n c i o n e s

e n l a o r g a n i z a c i n d e l a a c t i v i d a d e c o n m i c a :

p r i m e r o , t r a n s m i t e n in f o r m a c i n ; s e g u n d o ,

a p o r t a n e l e s t m u l o p a r a a d o p t a r lo s m t o d o s d e

p r o d u c c i n m e n o s c o s t o s o s , y p o r e s a r a z n

i n d u c e n a e m p l e a r l o s r e c u r s o s d i s p o n i b l e s p a

r a l o s p r o p s i t o s m s r e n t a b l e s ; t e r c e r o , d e t e r

m i n a n q u i n o b t i e n e l a s d i s t i n ta s c a n t i d a d e s

d e l p r o d u c t o l a l l a m a d a d i s t r i b u c i n d e l i n

g r e s o . E s t a s t r e s f u n c i o n e s e s t n n t i m a m e n t e

r e l a c i o n a d a s " .

3

Y acer ca de l a d i s t r ibuc in d e l ing reso , ex

p r e s a n :

" . . .Se ha t ra t ad o de separa r es t a func in de l

s i s t e m a d e p r e c i o s l a d i s t r i b u c i n d e l i n g r e s o

d e l a s d e m s f u n c i o n e s , t r a n s m i t i r i n f o r m a

c i n y p r o c u r a r i n c e n t i v o s . G r a n p a r t e d e l a

a c t i v i d a d g u b e r n a m e n t a l d u r a n t e l a s p a s a d a s

d c a d a s e n l o s E s t a d o s U n i d o s y o t r o s p a s e s d e

e c o n o m a p r i n c i p a l m e n t e d e m e r c a d o , t u v o p o r

o b j e t o a l t e r a r l a d i s t r i b u c i n d e l i n g r e s o q u e

2

Milton y Rose Friedman,

Free to Choose. A Personal

Statement,

Harco urt Brace Jovanovich, Nueva York y

Lon dre s, 1980, pp . 13-14. Si bien hay traduccin e spaola

(Libertad de elegir Hacia un nuevo liberalismo econmi

co,

trad, de Carlos Rocha Pujol, Barcelona, Grijalbo, 1980)

seguim os la versin original, a la cual remiten las citas.

s

lbdem,

p. 14.


6/24

64

g e n e r a e l m e r c a d o , c o n e l f i n d e l o g r a r u n a

d i s t r i b u c i n d e l a r e n t a d i s t i n t a y m s e q u i t a t i

v a . E x i s t e u n a f u e r t e c o r r i e n t e d e o p i n i n q u e

p r e s i o n a e n e s t e s e n t i d o " .

4

L a l e c t u r a d e e s t a s p g i n a s e s e l p u n t o d e

p a r t i d a d e n u e s t r o d i l o g o . V e n l os e s c a r c e o s

d e e s t e d i l o g o s u r g e c a s i s i e m p r e e s t a p r e g u n

ta:

Por qu objeta usted estas ideas que Mil

ton Friedma n presenta con tanta claridad?

P e r m t a n m e q u e a n t e s d e p r e s e n t a r m i s

o b j e c i o n e s l e s f o r m u l e u n a p r e g u n t a p a r a c o m

p r e n d e r b i e n l a i n t e r p r e t a c i n d e u s t e d e s . C

m o c r e e n q u e o p e r a e s a 'm a n o i n v i s i b l e ' d e

A d a m S m i t h , s e g n l a c u a l el in t e r s e c o n m i

c o d e l o s i n d i v i d u o s l l e v a a s o l u c i o n e s q u e b e

n e f i c i a n a t o d a l a c o l e c t i v i d a d ?

Para nosotros es evidente. El empresario

individual, impulsad o por el incentivo de ga

nancia, introduce innovaciones tcnicas que

aum entan la productividad y reducen los cos

tos. Esto tiene dos consecuencias; por un lado,

le lleva a aumentar la produccin para ganar

ms; y por otro, en un rgimen de competencia,

otros empresarios se empean en hacer lo mis

mo.

De este modo se acrecienta la produccin ,

y ello trae aparejado el descenso de los precios.

O sea que, para usar la expresin que usted

emplea en sus trabajos, el fruto del progreso

tcnico se traslada a los consum idores. Y se

tiende a llegar a una posicin de equilibrio

donde la gananc ia desaparece, y slo queda la

remuneracin de los empresarios por su traba

jo y el riesgo que han corrido. A nuestro juicio,

este razonam iento es irrebatible. No le parece

a usted?

I n d u d a b l e m e n t e l o e s d e s d e e l p u n t o d e

v i s t a d e e m p r e s a s a i s l a d a s . P e r o e x a m i n e m o s

n u e s t r o a s u n t o d e s d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a

d i n m i c a d e l c r e c i m i e n t o g l o b a l . L e s p a r e c e

b i e n a u s t e d e s ?

Por supuesto. El fenmeno global es la su

ma de las partes, y como tal: por qu no ha

bra de presentarse asimism o la tendencia al

equilibrio?

C r e o q u e h e m o s l l e g a d o a u n p u n t o m u y

i m p o r t a n t e . S e g n u s t e d e s , e s t a t e n d e n c i a s e

m a n i f i e s t a e n e l a u m e n t o d e l a o f e r t a q u e h a c e

d e s c e n d e r l o s p r e c i o s h a s t a e q u i p a r a r l o s c o n

4

Ibdem,

p.

23.


l o s cos tos . Pero e l aumen to de l a o fe r t a no es

i n s t a n t n e o . E l p r o c e s o p r o d u c t i v o r e q u i e r e

c i e r t o t i e m p o , d e s d e l a p r o d u c c i n d e m a t e r i a

p r ima has ta que a f lo ra e l b i en t e rminado en e l

m e r c a d o . D u r a n t e e s t e p r o c e s o , d e s t i n a d o a

p r o d u c i r b i e n e s f u t u r o s , l a s e m p r e s a s p a g a n a

l a fuerza de t raba jo ing resos super io res a lo s

i n g r e s o s p a g a d o s c o n a n t e r i o r i d a d , y q u e c o n s

t i tuyen e l cos to de l a o fe r t a de b ienes p resen

t e s .

E s a s ?

Conform e, si bien se trata de un razona

miento muy simplificado.

Bien . Podr a compl icar lo , s i u s t edes as l o

d e s e a n , a u n q u e n o m e p a r e c e n e c e sa r i o . P r o s i

g o .D e e s o s i n g r e s o s q u e a s p a g a n l o s e m p r e s a

r ios en e l cu rso de l p roceso p roduc t ivo , su rge l a

d e m a n d a d e l o s c o n s u m i d o r e s . C u a n d o s e t r a t a

d e u n a e m p r e s a a i s l a d a , e s t a d e m a n d a s e d i l u

y e e n l a a m p l i t u d d e l m e r c a d o ; y s l o e n m e d i

da ins ign i f i can te re cae sobre los b i e ne s f inales

q u e p r o d u c e l a e m p r e s a c o n s i d e r a d a . N o t i e n e

p u e s p o r q u a f e c t a r e s a t e n d e n c i a h a c i a e l

e q u i l i b r i o q u e u s t e d e s p o s t u l a n . P e r o c u a n d o

s e c o n s i d e r a e n c a m b i o e l c r e c i m i e n t o g l o b a l

q u e c a r a c t e r i z a a l d e s a r r o l l o , e l f e n m e n o e s

d i f e r e n t e .

Por qu va a serlo si se trata d e la suma de

las partes, esto es del conjunto de empresas?

P o r u n a r a z n m u y s e n c i ll a . C u a n d o s e t r a t a

d e l c o n j u n t o d e e m p r e s a s , e l a u m e n t o d e l o s

i n g r e s o s q u e s u r g e n d e u n a c r e c i e n t e p r o d u c

c i n e n p r o c e s o i n c r e m e n t a la d e m a n d a g l o b a l

q u e s e e x t i e n d e a t o d o s l o s b i e n e s , a u n q u e e n

g r a d o s m u y d i v e r s o s . P e r o n o s e t r a t a e v i d e n

t e m e n t e d e l o s b i e n e s q u e a n e s t n e n p r o c e

s o ,

es to es , de los b i enes fu tu ros que sa ld rn

o p o r t u n a m e n t e d e e s a p r o d u c c i n e n p r o c e s o ,

s ino de los que fo rman l a o fe r t a p resen te . Es

u n a d e m a n d a q u e s u r g e d e i n g r es o s q u e , c o m o

a c a b o d e d e c i r , s o n s u p e r i o r e s a lo s c o n t e n i d o s

en e l cos to de los b i en es de l a ac tua l o fe r ta .

E s t a m a y o r d e m a n d a e s l o q u e p e r m i t e a b

s o r b e r e l fr u t o d e l i n c r e m e n t o d e l a p r o d u c t i v i

dad s in que ba jen los p rec ios .

T e n g a n e n c u e n t a q u e e s t a m a y o r d e m a n

d a s e e x p r e s a m e d i a n t e l a c r e a c i n d e d i n e r o

por e l s i s t ema bancar io , y cuando l a o fe r t a de

b i e n e s f i n a l e s s a l e a l m e r c a d o , l a s e m p r e s a s

r e c u p e r a n n o s l o e l d i n e r o q u e a n t e s h a b a n

p a g a d o p a r a o b t e n e r d i c h a o f e r t a , s i n o t a m b i n

e l i n c r e m e n t o d e d i n e r o c o n q u e p a g a n l o s i n -


7/24

D I A L O G O A C E R C A D E F R I E D M A N V H A Y EK /

Ral Prebisch

165

g r e s o s c o r r e s p o n d i e n t e s a l a c r e c e n t a m i e n t o d e

l a p r o d u c c i n e n p r o c e s o q u e s e es t d e s e n v o l

v i e n d o . E s t e i n c r e m e n t o d e d i n e r o v u e l v e p u e s

a l a s e m p r e s a s c o m o g a n a n c i a , y a s p u e d e n

e l l as ap rop ia r se de l f ru to de la c re c ien te p ro

d u c t i v i d a d .

R e f l e x i o n e n u s t e d e s q u e e s t a m o s c o n s i d e

r a n d o u n f e n m e n o d i n m i c o , u n f e n m e n o d e

p r o d u c c i n c r e c i e n t e q u e n o s e d a r a e n u n a

s i t u a c i n e s t a c i o n a r i a .

Si le hemos comprendido bien, en este

fen

meno dinmico tiene gran importancia la ex

pansin de los ingresos y de la demanda, con la

consiguiente expansin monetaria.

E f e c t i v a m e n t e , s i n e l l o n o p o d r a n s o s t e

n e r s e l o s p r e c i o s . N o e n c o n t r a r a n u s t e d e s u n a

e x p l i c a c i n s e m e j a n t e e n la s t e o r as n e o c l s i

c a s .

E n e s t a s t e o r a s s e a t r i b u y e d i c h o f e n m e

n o a l a s i m p e r f e c c i o n e s d e l m e r c a d o . P o r l o

t an to , s i l o s p rec ios no ba jan a pesar de l aumen

t o d e p r o d u c t i v i d a d , e l l o s e d e b e a q u e l o i m p i

d e n c o m b i n a c i o n e s m o n o p l i c a s u o l i g o p l i c a s

d e l a s e m p r e s a s .

Las t eo r as neoc l s i cas no con s idera n l a

e x p a n s i n m o n e t a r i a q u e a c o m p a a a u n a c re

c i e n t e p r o d u c c i n e n p r o c e s o . Si n o h u b i e r a t al

ex pa ns in , lo s p rec io s ba ja r an con fo rme

a u m e n t a l a p r o d u c t i v i d a d . Y s i p o r s u s c o m b i

n a c i o n e s l a s e m p r e s a s i m p i d i e s e n l a b a ja , h a

b r a m e n o r d e m a n d a p a r a lo s o t ro s b i e n e s , y l os

p r e c i o s d e s c e n d e r a n m s q u e el a u m e n t o d e

p r o d u c t i v i d a d , e s t o e s , p o r d e b a jo d e l c o s to d e

p r o d u c c i n , l o c u a l s e r a i n s o s t e n i b l e . C o n v n

z a n s e , n o h a y e x p l i c a c i n d e e s t e f e n m e n o s i

se igno ra l a exp ans in d e ing reso y d ine ro en e l

f e n m e n o d i n m i c o .

S i n e m b a r g o , e s t e r a z o n a m i e n t o n e o c l s i

co , no obs t an te l a fa l la men cio nad a , ha t en ido l a

v i r t u d d e h a c e r r e c o n o c e r a a l g u n o s a d e p t o s

n e o c l s i c o s d e l a p e r i f e r i a q u e e x i s t e n g r a n d e s

d i s p a r i d a d e s e n l a d i s t r i b u c i n d e l i n g r e s o .

H a s t a h a c e p o c o t i e m p o e s p e r a b a n q u e e s ta s

d i s p a r i d a d e s s e c o r re g i r a n g r a d u a l m e n t e .

A h o r a r e c o n o c e n q u e n o h a s u c e d i d o a s , y c on

cuerdan en qu e e l l as ex i s t en , com o me lo hac a

n o t a r N o r b e r t o G o n z l e z .

5

Es to es un p rogre

s o

T o d o e s t o c o n s t i t u y e u n o d e l o s a s p e c t o s

5

Sec re ta r io E jec u t ivo A djunto de l a CEP A L .

i m p o r t a n t e s d e m i l t i m o l i b r o

. 6

E s p e r o q u e a l

e x p l i c a r l e s a h o r a m u y s u c i n t a m e n t e e s t e fe n

m e n o h a y a n p o d i d o u s t e d e s a b a r c a r s u s i g n i f i

c a c i n .

Nos parecen interesantes sus explicaciones,

y sobre ellas quisiramos reflexionar detenida

mente. Usted sostiene que el crecimiento de la

demanda en el curso de la produccin en proce

so permite absorber la oferta de bienes finales

sin que desciendan los precios en virtud del in

cremento de productividad. Y que esto permite

a las empresas recoger en forma de ganancia el

fruto de la produc tividad. Pero ello no signifi

ca que el sistema no tienda al equilibrio, con la

consiguiente eliminacin de la ganancia segn

los razonam ientos neocls icos. El e quilibrio

podra lograrse en otra forma que usted no

haya considerado.

E s t o y l e j os a n d e h a b e r c o n s i d e r a d o t o d a s

las var i ab les . Pero cu l s e r a esa o t ra fo rma de

l l e g a r a l e q u i l i b r i o d e l s i s t e m a ?

Usted se ha referido a los precios, pero no a

las remuneraciones de la fuerza de trabajo.

Admitamos que los precios no descienden. Pe

ro el incentivo de mayores ganancias induce a

las empresas a elevar la produccin, para lo

cual necesitan aumentar el empleo. Las empre

sas compiten de esta manera entre ellas para

procurarse esta fuerza de trabajo adicional. Y

esta competencia tiene la virtud de elevar las

remuneraciones a expensas de la ganancia. De

esta manera se tiende al equilibrio. En conse

cuencia, si es correcto afirmar que la ganancia

no desaparece por la disminucin de los pre

cios,

terminar por eliminarse gracias al

aumento de las remuneraciones, entre ellas la

remuneracin de los empresarios.

E l r a z o n a m i e n t o q u e m e p r e s e n t a n u s t e d e s

no carece de lg ica . S in embargo , lo s fenme

nos de l a rea l idad per i f r i ca no ocur ren de es t a

m an er a . Las t eo r as neoc ls i cas ignoran la es

t ruc tu ra soc ia l de l a per i fe r i a y sus con t inuas

m u t a c i o n e s . E s u n a e s t r u c t u r a s o c i a l h e t e r o g

ne a en l a cua l s e p re sen tan g rand es d i fe renc ias

d e p r o d u c t i v i d a d ; m i e n t r a s , p o r u n l a d o , u n a

par t e de l a fuerza de t raba jo es t empleada con

Capitalismo perifrico. Crisis y transformacin,

M x i c o , F o n d o d e C u l t u r a E c o n m i c a , 1 9 8 1 .


8/24

166


t cn icas de a l t a p roduc t iv idad , po r o t ro l ado

hay una g ran masa humana que t raba ja con muy

baja p ro duc t iv id ad . Y , en t r e es tos dos ex t remos ,

u n a v a r i a d a g a m a d e t c n i c a s y p r o d u c t i v i d a

d e s .

E s t a h e t e r o g e n e i d a d e s t r u c t u r a l t i e n e c o n

s id er ab le imp or tanc ia , pu es l a fuerza de t rabajo

que en l a d inmica de l desar ro l lo se va absor

b iendo con a l t a p roduc t iv idad , g rac ias a l a

acumulac in de cap i t a l , no mejo ra sus ing resos

c o r r e l a t i v a m e n t e a e s a p r o d u c t i v i d a d e n e l j u e

g o l i b r e d e l m e r c a d o . L o i m p i d e l a c o m p e t e n

c ia de l a g ran masa de t raba jadores que queda

en l as capas soc ia l es de in fe r io r p roduc t iv idad .

P r e s n t a s e u n a c o m p e t e n c i a r e g r e s i v a q u e i m

p i d e m e j o r a r l a s r e m u n e r a c i o n e s e n l a m e d i d a

q u e c o r r e s p o n d e r a a l a c r e c i e n t e p r o d u c t i v i

d a d d e l s i s t e m a . C o m p r e n d e n u s t e d e s e s t e

f e n m e n o e s t r u c t u r a l ?

Creemos entenderlo, pero no termina de

persuadirnos, pues nos parece que esta falta de

ajuste entre productividad y remuneracion es

constituye un fenmeno transitorio que tam

bin tender a desaparecer. En otros trminos,

la tendencia al equilibrio del sistema demora

r ms tiempo, pero terminar por imponerse.

P u e s b i e n , c o m p r e n d o q u e la f e q u e t i e n e n

e n e l e q u i l i b r i o n e o c l s i c o e s i n e x p u g n a b l e .

U s t e d e s c o n f a n p o s i b l e m e n t e e n q u e u n a a c u

mulac in cada vez mayor de cap i t a l t raer con

s igo una absorc in c rec ien te de t raba jadores , l a

que se rea l i zar con ing resos cada vez mayores

de b i do a la c re c ie n te p ro duc t iv idad , lo cua l ir

c u m p l i n d o s e a e x p e n s a s d e l a s g a n a n c i a s d e

las empresas . De es t a manera , s e ap rox imar e l

s i s t e m a a s u p o s i c i n d e e q u i l i b r i o . S e r a e n

t o n c e s u n a c u e s t i n d e t i e m p o . . .

Efectivamente. Tal es a nuestro juicio la

tendencia del sistema si no hay interferencias

que lo perturben, esto es si funciona sin trabas

el sistema econmico, si impera la libertad de

mercado . Ah radica la gran significacin de

los razonam ientos neoclsicos. Podra usted

negarlo?

As se r a s i l a d in mic a de l s i s tema se des

p l e g a r a c o m o u s t e d e s p i e n s a n . P e r o i n f o r t u n a

d a m e n t e n o s u c e d e a s . I n f o r t u n a d a m e n t e d i

g o ,

p u e s s i a s s u c e d i e r a , l o s g r a n d e s p r o b l e m a s

q u e e n f r e n t a m o s p o d r a n r e s o l v e r s e d e u n m o

do e sp on tn eo . Y yo m e conver t i r a en f ri ed

manista

Le seguiremos escuchando con gran aten

cin,

a fin de comprend er esta afirmacin tan

terminante.

3 . La dinmica del excedente econmico

Pu es b ie n , a es t a a l tu ra de nues t ro d i logo ,

i n t r o d u c i r e l c o n c e p t o d e l e x c e d e n t e e c o n

mico . En una p r imera ap rox imacin , su f i c i en te

p o r a h o r a , p o d r a m o s s u p o n e r q u e e l e x c e d e n t e

se iden t i f i ca con l a gananc ia de l as empresas .

Los remi to a mi l ib ro , s i s e in t e resan en es t e

p u n t o , y m e c o n c e n t r o a h o r a e n e l e x c e d e n t e

econmico que t i ene p ro funda s ign i f i cac in d i

n m i c a ,

R e t e n g a n b i e n e l c o n c e p t o . E l e x c e d e n t e

r e p r e s e n t a a q u e l l a p a r t e d e s u c e s i v o s i n c r e

m e n t o s d e p r o d u c t i v i d a d q u e n o s e t r a s l a d a n a

l a fuerza de t raba jo en v i r tud de la he te ro gen e i

da d de l a es t ruc tu ra soc ia l , y a aque l fenm eno

d e c o m p e t e n c i a r e g r e s i v a a n t e s m e n c i o n a d o .

Los p rop ie t a r ios de los med ios p roduc t ivos de

las empresas se ap rop ian de l mismo y lo re t i e

nen g rac ias a l a expans in con t inua de l a de

m a n d a . E l e x c e d e n t e r e p r e s e n t a l a c o m b i n a

c in de u n fenm eno es t ruc tu ra l y de un fen

m e n o d i n m i c o .

Temo que usted no s est desviando de nues

tro razonam iento. Que cambie de nomb re a la

ganancia y nos hable de excedente no significa

que ste no tienda a disminuir hasta desapare

cer por el juego de una activa competencia

entre las empresas.

L e s r u e g o s e g u i r m e c o n a l g u n a p a c i e n c i a .

D a d a l a n d o l e d e l s i s t e m a , e l e x c e d e n t e e c o n

m i c o t i e n e q u e c r e c e r c o n t i n u a m e n t e . E s u n a

ex ig enc ia d inm ica de l s i s t em a; y lo es po rqu e

d e l e x c e d e n t e y d e s u s a l e d a o s s a l e l a

ma yor p ropo rc in d e la acum ulac in de cap i t a l

r e p r o d u c t i v o d e l a s e m p r e s a s . P a r a q u e e l s i s

t e m a s e d e s e n v u e l v a y a u m e n t e n e l e m p l e o y l a

p r o d u c t i v i d a d , e s i n d i s p e n s a b l e q u e e l e x c e

d e n t e s e a c r e c i e n t e e n f o r m a i n c e s a n t e .

Pero e l exceden te no s lo s i rve para acu

m u l a r , s i n o t a m b i n p a r a c o n s u m i r . E s u n h e

cho q ue g ran par t e de l mism o se ded ic a cada

vez ms a l consumo p r iv i l eg iado de los es t ra tos

super io res de l a es t ruc tu ra soc ia l que concen

t ran l a mayor par t e de los med ios p roduc t ivos .

Y es to ocu r re en de t r i me n to de l a in t ens idad de

l a a c u m u l a c i n . O t r o t a n t o s u c e d e c o n l a s u e -


9/24

DIALO GO ACERCA DE FRIEDMAN YHAYEK /

Ral Prebisch

67

c i n ex ag e rad a d e i n g res o s p e r i f r i co s q u e r ea

l i zan l o s cen t ro s . Y es t a i n s u f i c i en t e acu m u l a

ci n deb i l i t a l a abso rcin d e los es t ra tos infe

r i o r e s ,

e s t o e s , t r ae co n s i g o l a t en d en c i a ex c l u

y e n t e d e l s i s t e m a .

S i n embargo, lo que acaba de decir no ocu

rre necesariamente. Supngase que el exceden

te se dedique intensamente a la acumulacin,

as como los ingresos que succionan los cen

tros. En tal caso, la transicin hacia el equili

brio sera de mucho menor duracin, pero al

equilibrio se llegara de todos modos.

No i n t e rp re t en q u e h ay o b s t i n ac i n d e m i

p a r t e , p e ro l o s f en m en o s n o o cu r ren a s . P a ra

d e m o s t r a r l o , p e r m t a n m e v o l v e r a l e x c e d e n t e .

M en c i o n a b a an t es l a ex i g en c i a d i n m i ca

d e ac recen t a r en fo rm a co n t i n u a e l ex ced en t e .

S e ac rec i en t a g rac i a s a i n c rem en t o s i n ces an t es

d e p r o d u c t i v i d a d . A h o r a b i e n , a m e d i d a q u e

au m en t a l a ap t i t u d e s p o n t n e a d e la fu e rza d e

t r ab a j o p a ra co m p ar t i r l a p ro d u c t i v i d ad , s e v a

res i n t i en d o e l r i t m o d e c rec i m i en t o d e l ex ce

dente y , po r t an to , d e la acu mu laci n de capi ta l

r e p r o d u c t i v o .

S u p o n g a m o s a s q u e l le g a u n m o m e n t o e n

q u e e l m e j o r a m i e n t o d e l a s r e m u n e r a c i o n e s

t o m a t o d o e l i n c rem en t o d e l a p ro d u c t i v i d ad .

P e ro e l ex ced en t e g l o b a l h ab r a l l eg ad o en t o n

ces a s u m x i m o n i v e l . Y d e acu e rd o co n e l

r a z o n a m i e n t o q u e u s t e d e s v e n a n h a c i e n d o , l a

c o m p e t e n c i a e n t r e l a s e m p r e s a s p a r a c o n s e g u i r

ms y ms fuerza de t rabajo para acrecentar l a

p ro d u cc i n , l a s fo rza r a a e l ev a r p ro g res i v a

m e n t e l a s r e m u n e r a c i o n e s h a s t a q u e e l e x c e

d en t e t e rm i n e p o r d es ap a rece r . La v e r i f i ca

c i n d e l r azo n am i en t o n eo c l s i co l l ev a r a d e

es t a m an era a l a eu t an as i a d e l ex ced en t e .

Lo cual nos demuestra que el postulado

neoclsico del equilibrio es correcto, como ve

namos diciendo.

S er a co r rec t o si l o s f en m e n o s s e d e s en

v o l v i e ran d e e s t a m an era . S i n em b arg o , s i g u en

u n c u r s o m u y d i f e r e n t e . R e c u e r d e n q u e e l

ex ced en t e e s fu en t e p r i m o rd i a l d e l a acu m u l a

c i n d e cap i t a l . Y s i s e v a r ed u c i e n d o p o r l a

c o m p e t e n c i a c r e c i e n t e d e la s e m p r e s a s p a r a

procurarse fuerza de t rabajo ad ic ional , sufr i r a

cad a v ez m s l a acu m u l ac i n d e cap i t a l . Las

c o n s e c u e n c i a s s e r a n m u y s e r i a s, p u e s d i s m i

n u i r a e l em p l eo y l a p ro d u cc i n , y s o b rev en

d r a l a co n t r acc i n d e l a eco n o m a .

Admitimos que sea as. Pero ah podra dar

se la solucin del problema. En efecto, la con

traccin y el desempleo harn descender las

remuneraciones. Las remuneraciones haban

aumentado desmesuradamen te, en desmedro

de la acumulacin. Y este reajuste, por penoso

que sea mome ntneamente, tiene la virtud de

hacer bajar las remuneraciones hasta conse

guir el restablecimiento del excedente, la rea

nudacin de su dinmica y, por tanto, el proce

so creciente de acumulacin y de empleo.

B i en . P e r o r e f l ex i o n en en l o q u e u s t e d es

es t n a rg u y e n d o . Si e s n eces a r i a u n a co n t r ac

c i n p a ra q u e e l ex ced en t e v u e l v a a c rece r ,

q u i e re d ec i r q u e aq u e l l a t en d en c i a h ac i a e l

e q u i l i b r i o q u e u s t e d e s s u p o n e n n o s e c u m p l e

e n r e a l i d a d . N o s e c u m p l e , p o r q u e e l e x c e d e n

t e v u e l v e a c rece r g rac i a s a l d es cen s o d e l o s

salar ios . Para l l egar a l equi l ibr io ser a ind is

p e n s a b l e q u e e l e x c e d e n t e s e e l i m i n e .

Djenos reflexionar un instante. E l hecho

que disminuya el excedente no significa nece

sariamente que no siga creciendo la acumula

cin. Son posibles otras formas; por ejemplo,

que a medida que se debilita la acumulacin

por parte de quienes se apropiaban del exce

dente, sea la misma fuerza de trabajo la que

acumule conforme se elevan las remuneracio

nes. No se interrumpira, pues, la dinmica del

sistema.

D e acu e rd o . P e ro n ad a h ay en e l j u eg o es

p o n t n e o d e l s i s t em a q u e l l ev e a l a fu e rza d e

t rabajo a acumular en lugar de los es t ra tos supe

r i o res . En v e rd ad t en d r a q u e acu m u l a r m s a

f i n d e co r reg i r l a t en d en c i a ex c l u y en t e d e l s i s

tema. Pero e l s i s tema no funciona de es ta for

m a . C reen u s t ed es q u e l a s em p res as v e r an

d i s m i n u i r i m p a s i b l e m e n t e s u r e n t a b i l i d a d

m i e n t r a s a u m e n t a n l a s r e m u n e r a c i o n e s ? Y e n

e l s u p u es t o d e q u e a s fu e ra , q u s u ced e r a s i

l a fuerza de t rabajo aumentara su propio con

s u m o e n v e z d e a c u m u l a r ?

Evidentemente no podra seguirse desen

volviendo la dinmica del sistema. Pero en tal

caso,

la responsabilidad no habra que atri

buirla al consumo privilegiado de los estratos

superiores, sino al consumo de la fuerza de

trabajo.

No es es to lo qu e es t en te la de ju ic io . No se

t r a t a d e r e s p o n s ab i l i d ad es , s i n o d e l a fo rm a co


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168 REVISTA DE LA CEPAL N. 15 /

Diciembre de 1981

mo func iona e l s i s t ema. E l s i s t ema no se t rans

fo rma a s mis m o. Es como es . . .

Usted nos desconcierta con esta afirmacin

tan terminante; quisiramos que nos explique

mejor su pensamiento.

A f i r m o d e n u e v o q u e e l s i s t e m a s lo p u e d e

f u n c i o n a r r e g u l a r m e n t e m i e n t r a s l a h e t e r o g e

ne idad de l a es t ruc tu ra soc ia l , l as g randes d i fe

r e n c i a s d e p r o d u c t i v i d a d , p e r m i t a n a c r e c e n t a r

en fo rma incesan te e l exceden te . S i l a acumula

c in d e cap i t a l fuera muy in ten sa y se abso rb ie

ra con g ran d in am ism o a la fuerza de traba jo , s e

l l e g a r a a u n m o m e n t o e n q u e e l e x c e d e n t e

e m p e z a r a a d i s m i n u i r p o r l a c o m p e t e n c i a e n

t r e l a s e m p r e s a s . Y e n t o n c e s n o s e c u m p l i r a

a q u e l l a e x i g e n c i a d i n m i c a f u n d a m e n t a l y s o

b r e v e n d r a l a c o n t r a c c i n . Q u i e r e d e c i r q u e l a

d i n m i c a d e l s i s t e m a s e s u s t e n t a e n la d e s i g u a l

da d soc ia l y qu e s t a no pu ed e co r reg i r se ms

a l l de c i e r to pun to .

Sin embargo , esta crisis del sistema parece

ra ocurrir cuando es muy fuerte la acumula

cin de capital reproductivo. Habra que con

cluir que si no lo fuera, la absorcin de fuerza

de trabajo sera menos intensa, y se alejara

entonces la crisis del sistema.

Sin d ud a, se alejara la cr is is s i no in tervi

n ie ra o t ro fac to r muy impor tan te . Pero , s i as

f u e r a , o l v d e n s e u s t e d e s d e la t e n d e n c i a d e l

s i s t ema a l l egar a una pos ic in de equ i l ib r io

donde los ing resos de los fac to res responden a

su apor t ac in a l p roceso p roduc t ivo . Lo reco

n o c e n u s t e d e s ?

Quisiramo s reflexionar a fondo sobre lo

que nos ha dicho antes de pronunciarnos. En

tre tanto, a qu otro factor se refiere usted?

4 . El poder sindical y la crisis del sistema

Voy a expl icarlo . La fuerza de t rabajo no

espera a que , con e l andar de l t i empo , acaso de

m u c h o t i e m p o , s e v a y a f o r t a l e c ie n d o e s p o n t

n e a m e n t e s u p o d e r r e d i s t r i b u t i v o f r e n t e a l e x

c e d e n t e . L a s m u t a c i o n e s d e l a e s t r u c t u r a s o ci a l

que ocur ren en e l cu rso de l desar ro l lo van

a c o m p a a d a s d e u n c r e c i e n t e p o d e r s i n d i c a l y

po l t i co de l a fuerza de t raba jo . Es un pode r qu e

se con t rapone cada vez ms a l poder de ap ro

p iac in de l exceden te de los p rop ie t a r ios de los

med ios p roduc t ivos . As pues , s i es c i e r to que

l a s r e m u n e r a c i o n e s n o m e j o ra n e s p o n t n e a

men te en fo rma co r re l a t iva a l i ncremen to de

p r o d u c t i v i d a d , d e b i d o a l a i n s u f i c ie n t e a c u m u

lac in de cap i t a l , ese mejo ramien to se cons igue

gra cias al pod er s ind ical y pol t ico de la fuerza

de t raba jo , confo rme se desenvuelve s in t rabas

e l p r o c e s o d e d e m o c r a t i z a c i n e n e l c u r s o d e

a q u e l l a s m u t a c i o n e s e s t r u c t u r a l e s .

Pero en tal caso sera el despliegue de ese

poder sindical y poltico el que, a nuestro jui

cio, terminara empujando al sistema a su cri

sis.

Mucha ra zn tendra entonces Milton

Friedman cuando impugna el poder sindical.

Podra usted leernos los prrafos pertinen

tes?

A q u l o s t i e n e n u s t e d e s . D i c e n a s :

"Los s ind ica tos de t raba jadores a l t amen te es

p e c i a l i z a d o s s i n d u d a h a n s i d o c a p a c e s d e

aumentar lo s sa l a r ios de sus a f i l i ados ; s in em

bargo , lo s ind iv iduos que en cua lqu ie r caso

rec ib i r an sa l a r ios a l to s se encuen t ran en una

po sic in favorable para formar s indica tos po

d e r o s o s . A d e m s , l a h a b i l i d a d d e s t o s p a r a

aumentar lo s sa l a r ios de a lgunos t raba jadores

no s ign i f ica qu e l a s ind ica c in un iversa l p ue da

elevar los salarios de todos los t rabajadores . Por

e l con t ra r io y s t a es una fuen te muy impor

t a n t e d e e q u v o c o s , los beneficios que Ios-

sindicatos poderosos obtienen para sus miem

bros se consiguen principalmente a expensas

de otros trabajadores. (Sub raya do en el origi

nal . )

" E l p r i n c i p i o m s e l e m e n t a l d e e c o n o m a l a

ley de l a demanda cons t i tuye l a c l ave para

en tender l a s i tuac in : cuan to mayor sea e l p re

c i o d e u n p r o d u c t o , m e n o r s e r la c a n t i d a d q u e

las personas es t a rn d i spues tas a comprar .

" U n s i n d i c a t o p r s p e r o r e d u c e e l n m e r o d e

pues tos de t raba jo en e l s ec to r que con t ro la .

C o m o c o n s e c u e n c i a , a l g u n a s p e r s o n a s a q u i e

nes gus ta r a ob tener a lguno de es tos empleos a l

sa l a r io es t ab lec ido por e l s ind ica to , no pueden

consegu i r lo . Se ven ob l igadas a buscar en o t ro

sec to r . Una o fer t a mayor de t raba jadores en

o t ros empleos reduce los sa l a r ios pagados a s

tos . Una s ind icac in genera l no a l t e ra r a l a s i

tuacin. Podra s ignif icar salarios ms al tos

p a r a l a s p e r s o n a s q u e o b t i e n e n e m p l e o , j u n t o

c o n u n a c i f r a m a y o r d e d e s e m p l e o . P r o b a b l e

m en te e l resu l t ado se r a l a fo rmacin de uno s

sin dic ato s pode ros os y de ot ros s in fuerza; los

af i l i ados a lo s p r imeros consegu i r an sa l a r ios


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D I A L O G O A C E R C A D E F R I E D M A N Y H A Y EK /Ral Prebisch 169

m a y o r e s , c o m o c o n s i g u e n e n l a a c t u a l id a d , a

e x p e n s a s d e l o s m i e m b r o s d e l o s s e g u n d o s . "

7

C o m o v e n u s t e d e s , M i l t o n F r i e d m a n a b o

m i n a d e l p o d e r s i n d i c a l , c o m o o t r o s n e o c l s i

c o s .

C o n s i d e r a q u e e s u n p o d e r a rb i t ra r i o . P e r o

no t i en e en cue n ta para nada l a a rb i t ra r i ed ad d e

l a a p r o p i a c i n d e l e x c e d e n t e . D a d o e s t e p o d e r

de ap rop iac in , l a fuerza de t raba jo acude a su

p r o p i o p o d e r r e d i s t r i b u t i v o p a r a c o m p a r t i r

cada vez ms e l f ru to de l a c rec ien te p roduc t i

v id ad de l s i s t ema . Pr im ero los mejo r o rgan iza

d o s ,

c o m o e x p r e s a M i l t o n F r i e d m a n , y d e s p u s

l o s m e n o s o r g a n i z a d o s , v a l i n d o s e d e s u p o d e r

p o l t i c o .

M i l t o n F r i e d m a n c o n d e n a e l p o d e r s i n d i

ca l po rq ue s ign i f ica , a su ju i c io , una v io lac in

de l as l eyes de l mercado . Tendr a razn s i es t as

l e y e s ,

e n u n r g i m e n d e c o m p e t e n c i a , d i f u n

d ie ra n e l f ru to de la c rec ien te p rodu c t iv idad .

Pe ro l es h e exp l i cado q ue no es as ; es t e f ruto se

r e t i e n e e n f o r m a d e e x c e d e n t e y , p a r a c o m p a r

t i r l o , la fuerza de t rabajo acude a su poder s in

d i c a l y p o l t i c o . S e tr a t a p u e s d e u n a p u g n a d e

p o d e r e s .

Sin embargo , esta pugna de poderes lleva,

segn sus escritos, a la inflacin social que

trastorna cada vez ms el sistema.

As es . Yo h e t ra t ado de dem os t ra r lo en m is

r a z o n a m i e n t o s t e r i c o s , a u n q u e r ij a s in r e s t ri c

c i o n e s l a c o m p e t e n c i a , y a u n q u e e l E s t a d o t e n

g a e n s u s g a s t o s l a m o d e r a c i n q u e r e c o m i e n d a

M i l t o n F r i e d m a n .

Pero el Estado no se caracteriza por su m o

deracin, y Milton Friedm an sostiene que ello

constituye un factor primordial de inflacin.

Creo que usted mism o lo reconoce.

L o r e c o n o z c o d e m u c h o t i e m p o a t r s . E l

E s t a d o t i e n e u n a g r a n r e s p o n s a b i l i d a d e n l a

in f l ac in , no s lo cuando incur re en df i c i t c r

n i c o ,

s i n o c u a n d o c u b r e c o n i m p u e s t o s t o d o s

sus gas tos . Cuando s tos se exageran , como su

c e d e g e n e r a l m e n t e , l o s i m p u e s t o s t i e n d e n a

vo lverse in f l ac ionar ios . Es to no sucede en l as

fases d e l desa r ro l lo cu and o la fuerza de t raba jo

carece todav a de poder s ind ica l y po l t i co .

P e r o c u a n d o a d q u i e r e e s t e p o d e r , t r a t a d e r e

s a r c i r s e d e l o s i m p u e s t o s y d e m s c a r ga s q u e

r e c a e n s o b r e s u s e s p a l d a s . Y l o h a c e a u m e n t a n

d o s u s r e m u n e r a c i o n e s y a e x p e n s a s d e l c r e c i

7

M i l t o n y R o s e F r i e d m a n , op. cit., pp . 233 y 234 .

m i e n t o d e l e x c e d e n t e e c o n m i c o . S e c o n j u g a n

p u e s d o s e l e m e n t o s e n l a m a r c h a d e l s i s t e m a

hac ia su c r i s i s . E l empeo genu ino de l a fuerza

d e t rabajo por mejorar su s i tuacin, y su esfuerzo

par a resarc i r se de los impu es tos y cargas qu e

m e n o s c a b a n s u s i n g r e s o s . C o n s i d e r e n u s t e d e s

q u e h a y t a m b i n i m p u e s t o s y c a r ga s q u e g r a v an

d i r e c t a m e n t e e l e x c e d e n t e y c u y o s e f e c to s

a c e n t a n e l p r o c e s o q u e a c a b o d e e x p l i c a r .

Nos parece que estamos empezando a com

prenderle. Segn lo que nos est diciendo, se

desenvuelve una doble presin sobre el exce

dente: la de la fuerza de trabajo y la del Estado

a travs de esta ltima. Y esta doble presin

tiende a conducir a la crisis por sus efectos

adversos sobre la acumulacin de capital, el

empleo y el producto global.

M e c o m p l a c e e s c u c h a r l e s . . . P e r o n o s e t r a ta

de u na p res in do b le , s ino t r ip l e . E n e fec to , no

o l v i d e n l a p r e s i n i n t e r n a s o b r e e l e x c e d e n t e ,

l a p r e s i n d e l c o n s u m o p r i v i l e g i a d o . S i q u i e

n e s s e a p r o p i a n d e l e x c e d e n t e f ue r a n a u s t e r o s y

u t i l i z a r a n a f o n d o s u p o t e n c i a l d e a c u m u l a c i n ,

p o d r a m o s h a b l a r d e d o b l e p r e s i n . P e r o e l c a

p i t a l i s m o p e r i f r i c o n o s e c a r a c t e r i z a p o r s u

au s te r ida d . Y a l a c r i s i s s e l l ega p rec i sam en te

c u a n d o e s t a t r i p l e p r e s i n i m p i d e s e g u i r a c r e

c e n t a n d o la a c u m u l a c i n .

H ay un aspecto que an no nos resulta cla

ro , y que le rogamo s explicar. Por qu ocurre

necesariamente la inflacin?

P u e s , s e n c i l l a m e n t e , p o r q u e a l d i s m i n u i r e l

e x c e d e n t e n o s l o s e d e b i l i ta l a r e n t a b i l i d a d d e

l a s e m p r e s a s , s i n o q u e s e r e s i e n t e s i m u l t n e a

m e n t e l a a c u m u l a c i n d e c a p i t a l , d i s m i n u y e e l

r i tmo de absorc in de l a fuerza de t raba jo y

s o b r e v i e n e e l d e s e m p l e o y e l e n c o g i m i e n t o d e

l a a c t i v i d a d e c o n m i c a . C o m p r e n d e r n u s t e

d e s q u e e s t a p r e c a r i a s i t u a c i n n o p o d r a p r o

l o n g a r s e p o r m u c h o t i e m p o . Y l as e m p r e s a s n o

t i enen o t ra sa l ida que e l evar lo s p rec ios para

r e s t a b l e c e r l a d i n m i c a d e l e x c e d e n t e , c o n l a

c o n s i g u i e n t e a c u m u l a c i n , y c u a n d o l a f u e rz a

d e t r a b a j o d i s p o n e d e s u f i c i e n t e p o d e r s i n d i c a l

y po l t i co , a l a e l evac in de los p rec ios s igue

u n a n u e v a a lz a d e r e m u n e r a c i o n e s . Y a s s u c e

s i v a m e n t e . E n t r a m o s p u e s e n u n a i n c e s a n t e

esp i ra l i n f l ac ionar i a que se ampl a cada vez

m s .

D ice que la espiral se amplia cada vez ms.

Nos parece que si ello sucede se debe a la tole-


12/24

170

rancia de la autoridad mon etaria. Por eso nos

parece muy importante la recomendacin de

Milton Friedm an de fijar un lmite estricto a la

creacin de dinero.

C u i d a d o E s t n u s t e d e s p i s a n d o u n t e r r e n o

m u y m o v e d i z o . F r e n t e a l os f e n m e n o s q u e

e s t a m o s c o n s i d e r a n d o y q u e s o n d i f e r e n t e s a

los de t i e m po s p re t r i to s , l a po l t i ca monetar i a

no s lo resu l t a incapaz de con tener l a esp i ra l

i n f l a c i o n a r i a , s i n o t a m b i n c o n t r a p r o d u c e n t e .

P e r m t a n m e u s t e d e s e x p l i c a r l e s p o r q u h a g o

e s t a a f i r m a c i n t a n t e r m i n a n t e .

R e c u e r d e n l o q u e d i j e a c e r c a d e l a c r e c e n

t a m i e n t o d e l a p r o d u c c i n e n p r o c e s o y d e l a

n e c e s i d a d d e c r e a r d i n e r o p a r a p a g ar lo s in g r e

s o s c a d a v e z m a y o r e s q u e e l l a r e q u i e r e . P u e s

b ien , s i l a au to r idad monetar i a se n i ega a am

p l i a r l a co r r i en te de d inero que neces i t an l as

e m p r e s a s p a r a p a g a r l a s m a y o r e s r e m u n e r a c i o

n e s , q u h a r n l a s e m p r e s a s f r e n te a la p r e s i n

s i n d i c a l ? N o t i e n e n o t r o r e m e d i o q u e e m p l e a r

p a r t e d e e s a c o r r i e n t e d e d i n e r o e n h a c e r f r e n te

a e s a s m a y o r e s r e m u n e r a c i o n e s . Y a l p r o c e d e r

e n e s t a f o r m a t i e n e n n e c e s a r i a m e n t e q u e d i s

m i n u i r e l d i n e r o q u e h u b i e r a n d e b i d o d e s t i n a r

a l a c r e c e n t a m i e n t o d e l a p r o d u c c i n . S e d e b i l i

t a o se con t rae p ue s e l r i tmo de l a p rod ucc in en

p r o c e s o s e g n l a i n t e n s i d a d d e l a r e s t r i c c i n

m o n e t a r i a . H e a q u e l f e n m e n o q u e n o s e

d a b a a n t e s , a s a b e r , a l z a d e r e m u n e r a c i o n e s y

de p rec ios , po r un l ado , enc og im ien to de la

p r o d u c c i n y e l e m p l e o , p o r o t ra . M e c o m

p r e n d e n ?

Es claro su razonamiento; pero debe exa

minarse qu pasa despus. No cree que el

desempleo terminar por quebrar el poder sin

dical y politico, hacer bajar las remunera cio

nes y contener finalmente el alza de los precios,

terminando as con la espiral?

Si no hay rep res in de l poder s ind ica l y

p o l t i c o p o r p a r t e d e l E s t a d o , n o c r e o q u e s u c e

d a l o q u e u s t e d e s d i c e n . P e r o a d m i t a m o s p o r u n

m o m e n t o q u e s e a a s ; s u p o n g a m o s q u e e s e p o

der se ha d i sue l to en v i r tud de l empleo de l a

fuerza por e l Es tad o . La au to r ida d m onetar i a

p o d r e n t o n c e s s e g u i r u n a p o l t i c a e x p a n s i v a

p a r a a n i m a r l a r e c u p e r a c i n d e l a e c o n o m a . S e

cor reg i r e l de se m pl eo y l a fuerza de t raba jo

p u g n a r n u e v a m e n t e p o r r e c u p e r a r e l n i v e l d e

r e m u n e r a c i o n e s y s u p e r a r l o d e s p u s . S e c a e r

d e e s t a m a n e r a e n u n n u e v o c i c lo d e p u g n a

REVISTA DE LA CEPAL N. 15 /Diciembre de 1981

d i s t r i b u t i v a , s a l v o q u e c o n t i n e l a r e p r e s i n

s ind ica l y po l t i ca .

P o d r n s e g u i r h a b l a n d o e n t o n c e s l o s

a d e p t o s d e M i l t o n F r i e d m a n d e l i b e r t a d p o l t i

c a y e f i c a ci a r e g u l a d o r a d e l m e r c a d o m e d i a n t e

l a l i b e r t a d e c o n m i c a ?

Est usted impugnando tambin al mer

cado?

D e n i n g u n a m a n e r a . H a y q u e h a c e r u n a d i s

t inc in t a j an te e n t r e e l me rca do y l a v i r tud re

g u l a d o r a q u e s e l e a t r i b u y e . D e b e e x a m i n a r s e

la es t ruc tu ra soc ia l que es t de t rs de l mercado ,

l as mutac iones que en e l l a ocur ren , as como e l

j u e g o d e r e l a c i o n e s d e p o d e r q u e s u r g e d e t o d o

e l l o . E l m e r c a d o e n s m i s m o e s u n m e c a n i s m o

efica z, y t ie ne una gran s ignif icacin p ol t ica.

P e r o n o s e p i d a a l m e r c a d o l o q u e s e n c i l l a m e n

t e n o p u e d e d a r .

C o m o y a h e e x p l i c a d o , l a h e t e r o g e n e i d a d

d e l a e s t r u c t u r a p e r m i t e , p r i n c i p a l m e n t e a l o s

e s t r a t o s s u p e r i o r e s , a p r o p i a r s e d e l e x c e d e n t e

e c o n m i c o a m e d i d a q u e p e n e t r a l a t c n i c a

pro du ct iv a d e los cen t ros . Y com o no lo em

p l e a n a f o n d o e n a c u m u l a c i n d e c a p i ta l r e p r o

d u c t i v o , d a d o s u c o n s u m o p r i v i le g i a d o , l a in s u

f i c i e n t e a c u m u l a c i n n o p e r m i t e a b s o r b e r c o n

cre c ie n te p rod uc t iv idad los es t ra tos in fe r io res

q u e q u e d a n r e l e g a d o s e n e l f o n d o d e l a e s t r u c

tu ra soc ia l , fenmeno es t e que se acen ta por e l

e x t r a o r d i n a r i o a u m e n t o d e l a p o b l a c i n . H e

m e n c i o n a d o e n e l m i s m o s e n t i d o l a s u c c i n d e

i n g r e s o s p o r l o s c e n t r o s . N a d a d e e s t o p u e d e

c o r r e g i r s e e s p o n t n e a m e n t e p o r e l m e r c a d o .

Usted tambin suele mencion ar la hipertro

fia del Estado, que conspira contra la acum u

lacin, por donde habra una cierta coinciden

cia con Milton Friedman.

Con una g ran d i fe renc ia , s in embargo . Por

que esa h iper t ro f i a en buena par t e se debe a l as

fa l las d in mic as de l s i s t ema , a su ins u f i c i enc ia

par a abs orb er fuerza d e t raba jo y a la a rb i t ra r i a

ap rop iac in de l f ru to de l p rogreso t cn ico . E l

E s t a d o c u m p l e u n a f u n c i n a b s o r b e n t e , s o b r e

todo en los es t ra tos in t e rmed ios . Pero l a cum

p le mal , po rque se t ra t a en par t e de una absor

c in espur i a de fuerza de t raba jo que rea lmen te

no se neces i t a . Adems , lo s d iversos se rv ic ios

soc ia l es q ue p res t a e l Es ta do se ju s t i fi can en

gran par t e po r l as g randes des igua ldades d i s t r i

bu t ivas de l s i s t ema. Pero es to no es todo . E l

E s t a d o e s t a m b i n u n r e f l e j o d e c a m b i a n t e s


13/24

DIALOGO ACERCA DE FRIEDMAN YHAYEK /

Ral Prebisch

171

r e l a c i o n e s d e p o d e r , s i n e x c lu i r , d e s d e l u e g o , la

in f lu enc ia de l po de r mi l i t a r sobre sus gas tos . Y ,

a d e m s , e s t m u y l e j o s d e s e r e f i c i e n t e e n s u

f u n c i o n a m i e n t o . M s q u e h i p e rt r o f ia , d e b i r a

m o s h a b l a r d e u n a o b e s i d a d d e l E s t a d o q u e l e

im pi de se r g i l y e f i caz en e l cum pl im ien to de

s u s f u n c i o n e s .

5 .

La asignacin de recursos

Deca usted que el mercado es un mecanis

mo eficaz en s mismo . Le reconoce usted esta

eficacia en cuanto a la asignacin de los recur

sos productivos?

La reconocer a s i s e reso lv ie ra fuera de l

m e r c a d o , s u b r a y o e s t a e x p r e s i n f u e r a d e l m e r

ca do , e l p ro b le m a de l a acum ulac i n y e l de l as

g r a n d e s d i s p a r i d a d e s e s t r u c t u r a l e s e n l a d i s t r i

b u c i n d e l i n g r e s o , q u e d e b e n d i s t i n g u i r s e d e

l a s d i s p a r i d a d e s f u n c i o n a l e s . E n t o n c e s l a a s i g

nac in de recursos se r a co r rec ta , pero an as ,

h a y q u e t e n e r e n c u e n t a q u e e l m e r c a d o n o s l o

carece por s mismo de hor i zon te soc ia l , s ino

t a m b i n d e u n h o r i z o n t e d i l a t a d o d e t i e m p o , y

h a y q u e g u i a r l o c o n s e n t i d o d e p r e v i s i n .

Es ta fa l t a de p rev i s in e n e l j ueg o de las l eyes

d e l m e r c a d o l a e s t a m o s c o m p r o b a n d o a h o r a e n

c i e r t a s m a n i f e s t a c i o n e s d r a m t i c a s d e l a a m b i

va lenc ia de l a t cn ica . Me re f i e ro a l a exp lo ta

c i n i r r e s p o n s a b l e d e r e c u r s o s n a t u r a l e s a g o t a -

b l e s y a l d e t e r i o r o d e l m e d i o a m b i e n t e . C r e e n

u s t e d e s q u e l a s l e y e s d e l m e r c a d o h a n l l e v a d o

en es t e caso a l a as ignac in rac iona l de fac to res

p r o d u c t i v o s ?

Por supuesto que no; sera desconocer la

evidencia misma de los hechos. Pero no cabe

duda que el mercado permite corregir esas fa

llas mediante el sistema de precios, como tam

bin lo ha expresado Milton Friedman.

R e c o n o z c o q u e e l s i s t e m a d e p r e c i o s o f r ec e

u n a b u e n a s o l u c i n , s i e m p r e q u e s e t o m e n d e

l i b e r a d a m e n t e c i e r ta s m e d i d a s f u n d a m e n t al e s .

E s i n d u d a b l e q u e e l a l z a d e p r e c i o s d e l p e t r

l e o c o n t r i b u i r a r e s t r in g i r e l c o n s u m o y a l e n t a r

l a p r o d u c c i n . P e r o a c a s o e l m e c a n i s m o d e l

m e r c a d o h i z o s u b i r e s p o n t n e a m e n t e l o s p r e

c i o s ? D u r a n t e v a r i o s d e c e n i o s l o s p r e c i o s r e a

l e s d e l p e t r l e o e s t u v i e r o n d e s c e n d i e n d o p e r

s i s t e n t e m e n t e , a p e s a r d e t ra t a r s e d e u n r e c u r s o

e n v a s d e a g o t a r s e . C m o e x p l i c a n u s t e d e s

es t a g rav e fa ll a en l a as igna c in de recursos en

e l j u e g o d e l as l e y e s d e l m e r c a d o ?

La explicacin parece muy clara. Las leyes

del mercado no han operado libremente, pues

la competencia se ha restringido muy seria

mente. U nas pocas compaas han dominado

el mercad o y fijado precio s indebidam ente ba

jos.

Es muy c i e r to lo que d icen acerca de l as

s e r i a s l i m i t a c i o n e s d e la c o m p e t e n c i a . P e r o

c r e e n u s t e d e s q u e s i h u b i e r a h a b i d o m u c h a s

e m p r e s a s e n p l e n a c o m p e t e n c i a c o m o s u p o

n a A d a m S m i t h , e l l o h u b i e r a h e c h o s u b i r l o s

p r e c i o s ? E l i n t e r s d e l a s e m p r e s a s l e s h u b i e r a

l l e v a d o a a u m e n t a r l a p r o d u c c i n p a r a e l e v a r

s u s g a n a n c i a s ; d e s p u s , la c o m p e t e n c i a e n t r e

e l l as habr a p rovocado l a d i sminuc in de los

p r e c i o s a e x p e n s a s d e s u s m r g e n e s . D e m a n e

r a q u e e l a u m e n t o d e l c o n s u m o h a b r a s i d o a n

m s i n t e n s o , e n d e s m e d r o d e o tr a s f u e n t e s d e

e n e r g a y d e o t r a s c o n s e c u e n c i a s m u y l a m e n t a

b l e s . P o r l o d e m s , l os p a s e s p r o d u c t o r e s c a r e

c a n d e p o d e r p a r a d e f e n d e r e l p e t r l e o q u e s e

m a l b a r a t a b a .

Pero reconoce usted que el aha de los pre

cios tendr lavirtud por un lado, de disminuir

el ritmo del consum o y, por otro, estimular el

desenvolvimiento de otras formas de energa.

L o r e c o n o z c o p l e n a m e n t e . P e r o t e n g a n e n

c u e n t a q u e n o s e tr a t a d e p r e c i o s q u e e l m e r c a

d o h a e s t a b l e c i d o e s p o n t n e a m e n t e , s i n o d e

p r e c i o s d e l i b e r a d o s q u e lo s p a s e s p r o d u c t o r e s

se han v i s to fo rzados a adop tar para co r reg i r l a

g r a v e s i t u a c i n a l a q u e s e h a b a l l e g a d o .

T a m p o c o t u v o e l m e r c a d o s e n t i d o d e p r e

v i s i n e n m a t e r i a d e d e t e r i o r o d e l m e d i o a m

b i e n t e . Y e l E s t a d o h a d e b i d o h a c e r lo q u e e

j u e g o d e l e y e s d e l m e r c a d o n o p u d o r e s o l v e r .

H a t e n i d o q u e i m p o n e r m e d i d a s l i m i t a t i v a s

que s ign i f i can mayores p rec ios , ya sea por e l

m a y o r c a p i t a l r e q u e r i d o p a r a e v it a r l a c o n t a m i

n a c i n , o p o r i m p u e s t o s q u e i n c i d e n s o b r e l o s

p r e c i o s . E l p r o b l e m a r a d i c a a h o r a e n q u e e l

cos to soc ia l de todo es to se d i s t r ibuya equ i t a t i

v a m e n t e .

Los elementos abordados constituyen ma

teria que nos llevar a meditar mucho antes d e

formarno s un juicio definitivo. Quisiram os,

de todos modos, mantener este mismo dilogo

con respecto a los maestros neoclsicos. Pero

usted slo nos habl de Milton Friedman, de

jando de lado a un neoclsico tan eminente y

vigoroso como Friedrich von Hayek.


14/24

17 2 R E V I S T A D E L A C E P A L N 1 5 /Diciembre de 1981

II

E l p e n s a m i e n t o d e F r i e d r i c h v o n H a y e k

1. Sus grandes lineamientos

M e h a b a r e s e r v a d o p a r a c o n s i d e r a r a l g u n a s

de sus ideas . Creo que ha l l egado ahora l a opor

t u n i d a d , a u n q u e l e s i n v i t a r m s a d e l a n t e a

v o l v e r a l p r o f e s o r F r i e d m a n .

Siempre he segu ido con in t e rs l a p ro fusa

o b r a d e F r i e d r i c h v o n H a y e k , p e r o e n e s t a

o p o r t u n i d a d m e r e f e r i r s l o a u n a r t c u l o r e

c i e n t e t i t u l a d o " E l i d e a l d e m o c r t i c o y l a c o n

t e n c i n d e l p o d e r " ,

8

d e b i d o a q u e r e p r e s e n t a

una buena s n t es i s de sus ideas po l t i cas , sobre

todo de su defensa de l Es tado l ibera l en su

a c e p c i n p r i m i g e n i a y d e l p r i n c i p i o d e la l ib e r

t a d p e r s o n a l q u e l e e s i n h e r e n t e .

C o m o e n e l c a s o d e l p e n s a m i e n t o d e M i l

t o n F r i e d m a n , a n t e s d e e m p r e n d e r u n d i l o g o ,

q u i s i e r a q u e n o s e n t e n d i r a m o s a c e r c a d e l a s

i d e a s p r i m o r d i a l e s d e v o n H a y e k .

Ante todo , me parece que en e l t ras fondo

de es t as ideas , como en e l caso an te r io r , s e

e n c u e n t r a e l c o n c e p t o f u n d a m e n t a l d e l a s t e o

r a s n e o c l s i c a s . R e c u e r d e n u s t e d e s q u e , s e g n

e s t e c o n c e p t o , c u a n d o r i g e p l e n a m e n t e l a l i b r e

c o m p e t e n c i a , l o s i n g r e s o s d e l o s i n d i v i d u o s

t i e n d e n a i g u a l a r s e c o n s u r e s p e c t i v a a p o r t a

c in a l p roceso p roduc t ivo . Ta l es l a t i ca sub

y a c e n t e e n e l r a z o n a m i e n t o n e o c l s i c o . U n a

t i c a q u e , p o r c i e r t o , d i s t a m u c h o d e c u m p l i r s e

e n l a r e a l i d a d .

Dado es t e concep to , t oda res t r i cc in a l a

l i b r e c o m p e t e n c i a e s a r b i t r a r i a , p o r q u e v i o l a

e s e p r i n c i p i o d e e q u i d a d d i s t r i b u t i v a , s i s e m e

p e r m i t e e m p l e a r m i s p r o p i a s e x p r e s i o n e s . C o

m o t a m b i n s e r a r b i t r a r i a t o d a i n t e r v e n c i n

de l Es tado que t rans f i e ra ing resos de unos g ru

pos soc ia l es a o t ros , v io lando t ambin l as l eyes

d e l m e r c a d o . N o h a y q u e p e r t u r b a r e n f o r m a

a l g u n a s u p a p e l d e s u p r e m o r e g u l a d o r d e l a

e c o n o m a .

C o m o a p a r e n t e m e n t e e s t a m o s d e a c u e r d o ,

p r o s e g u i r m i i n t e r p r e t a c i n , s i u s t e d e s n o s e

o p o n e n . D e l o q u e a c a b o d e e x p r e s a r s e d e s -

8

Estudios Pblicos, N o. 1, d ic i em bre de 1981 (Sant i ago

d e C h i l e ) .

p r e n d e n c o n c l u s i o n e s m u y i m p o r t a n t e s . E s n e

c e s a r i o q u e l a C o n s t i t u c i n l i m i t e e l p o d e r d e

las asa mb leas l eg i s l a t ivas y t am bin e l pode r

de l as mayor as , para ev i t a r aque l l as v io lac io

n e s .

U n a c o n s t i t u c i n e s e n c i a l m e n t e d e m o c r

t i ca en e l co r rec to sen t ido de es t e concep to

c o n s a g r a d e r e c h o s h u m a n o s e s e n c i a l e s , y s i

un a m ayor a l eg i s l a t iva no los respe ta , cae en lo

arb i t ra r io , en l a ms f l ag ran te v io lac in de l a

C o n s t i t u c i n .

Def ine von Hayek lo a rb i t ra r io de l a s i

gu ie n te fo rma: " 'Arb i t ra r io ' s ign if i ca . .. acc in

e s t a b l e c i d a p o r u n a v o l u n t a d p a r t i c u l a r q u e n o

es t res t r ing ida por una reg la genera l , i nde

p e n d i e n t e m e n t e d e s i e s t a v o l u n t a d es l a v o

l u n t a d d e u n o o d e u n a m a y o r a . E n c o n s e c u e n

c ia , no es e l acuerdo de una mayor a sobre una

acc in par t i cu la r , n i s iqu ie ra su confo rmidad

con una cons t i tuc in , s ino s lo l a buena vo lun

t a d d e u n c u e r p o r e p r e s e n t a t i v o p a r a s o m e t e r s e

a l a ap l i cac in un iversa l de una reg la que re

q u i e r e e s a a c c i n p a r t ic u l a r , l o q u e p u e d e

a c e p t a r s e c o m o e v i d e n c i a q u e s u s m i e m b r o s

c o n s i d e r a n j u s t o l o q u e d e c i d e n . "

9

L o m i s m o o c u r r e c u a n d o l a m a y o r a i n t e r

f i e re en l as l eyes de l mercado . Ser a una a rb i

t ra r i edad a l margen de los p r inc ip ios consagra

dos por l a Cons t i tuc in .

Puesto que tiene usted a mano el escrito de

von Hayek, le pedimos nos lea los prrafos

pertinentes. De dnde surge la Constitucin?

Quines la aprueban?

La Cons t i tuc i n es l a expres in de un con

s e n s o c o l e c t i v o , o s e a e s e n " e l c o n s e n t i m i e n t o

de l as personas en e l cua l descansa todo e l

p o d e r y l a c o h e r e n c i a d e l E s t a d o . S i e s e c o n

s e n t i m i e n t o s l o a p r u e b a e l d i c t a m e n y la e j e

cuc in de reg las genera les de conducta ju s t a , y

a nad ie se l e o to rga poder para e j e rcer l a coer

c in exc ep to para l a e j ecuc i n d e es t as reg las (o

t e m p o r a l m e n t e d u r a n t e u n a i n t e r r u p c i n v i o

l en ta de l o rden por a lgn ca tac l i smo) , i nc luso

e l ms a l to poder cons t i tu ido puede se r l imi t a -

9

F r i e d r c h v o n H a y e k , op. cit., pp . 31 y 32 .


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DIALOGO ACERCA DE FRIEDMAN YHAYEK /

Ral Prebisch

173

do . Por c i e r to , la de m an da de soberan a de l

P a r l a m e n t o e n u n c o m i e n z o s lo s i gn i fi c q u e

n o r e c o n o c a n i n g u n a v o l u n t a d s u p e r i o r a l ;

s l o g r a d u a l m e n t e l l e g a s i g n i f i c a r q u e p o d a

h a c e r c u a l q u i e r c o s a q u e d e s e a r a . E l l o n o s i g u e

n e c e s a r i a m e n t e d e l o p r i m e r o , p o r q u e e l c o n

s e n t i m i e n t o s o b r e e l c u a l s e a p o y a l a u n i d a d

d e l E s t a d o y p o r e n d e e l p o d e r d e c u a l q u i e r a d e

sus rganos s lo puede res t r ing i r e l poder , pero

no confer i r poder pos i t ivo para ac tuar .

" E s l a o b e d i e n c i a l o q u e c r e a p o d e r y e l

po de r as c re ad o se ex t i end e s lo t an l e jos com o

l o p e r m i t a e l c o n s e n t i m i e n t o d e l a s p e r s o n a s .

D eb id o a l o lv id o de es to l t imo , la sobera n a de

la l ey se conv i r t i en lo mismo que l a soberan a

d e l P a r l a m e n t o . Y m i e n t r a s l a c o n c e p c i n d e l

i m p e r i o d e l a l e y p r e s u p o n e u n c o n c e p t o d e l e y

def in ido por lo s a t r ibu tos de l as reg l

Hayek Friedman Dialogo

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