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Software: O Corpo Humano e a Tabela Periódica! Guia do Professor
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Guia do Professor
Olá Professor(a)! Este Guia tem por
finalidade ajudar você a conduzir as atividades propostas para o estudo
da Tabela Periódica!
O software “O Corpo Humano e a Tabela Periódica!” foi produzido pela Universidade Federal Fluminense, no Projeto Condigital, com apoio da Fundação Nacional de
Desenvolvimento da Educação – Ministério da Educação e Cultura – Ministério da Ciência e Tecnologia.
Módulo – Tabela Periódica
Área de Aprendizagem: Química
Público-alvo: 1o ano do Ensino Médio
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Introdução:
Professor(a), como você sabe, o estudo da Tabela Periódica é de
primordial importância para o entendimento de diversos outros conteúdos da
Química como, por exemplo, ligação química, reações químicas e reatividade,
propriedades físico-químicas de substâncias, dentre outros. No entanto, a
aprendizagem deste conteúdo exige certo grau de abstração dos alunos,
trazendo dificuldades em sua aprendizagem significativa. Assim, tendo em vista
a alta relevância deste conteúdo, desenvolveu-se um jogo (Figura 01) cuja
finalidade é trabalhar a Tabela Periódica numa abordagem interdisciplinar, mais
interessante e dinâmica, fazendo-se uma articulação com a Biologia. O jogo em
questão utiliza como tema motivador a composição do Corpo Humano e é
dividido em duas fases. A primeira cujo objetivo é a localização de elementos
químicos na Tabela Periódica através de suas características e a segunda,
onde através de perguntas e respostas, observa-se o papel de 21 elementos
químicos considerados vitais para o organismo humano e suas funções
metabólicas em nosso corpo. Busca-se com este jogo estimular o raciocínio
lógico do aluno, fazendo-o pôr em prática os conhecimentos adquiridos em
classe e ainda, por exigir que sua resposta seja dada dentro de um intervalo
limitado de tempo, desenvolver os reflexos, a coordenação motora e estimular
o rápido processamento do raciocínio do educando.
Figura 01: Tela inicial do jogo.
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Objetivos:
1- Conhecer o princípio organizacional da Tabela Periódica;
2- Classificar os elementos através de suas características em metais,
ametais, gases nobres e o hidrogênio;
3- Estudar as Propriedades Periódicas;
4- Fazer uma articulação da Química com a Biologia, através da
constituição do Corpo Humano.
Pré-requisitos de conhecimento:
� Conhecer a estrutura atômica;
� Conhecer o princípio organizacional da Tabela Periódica atual;
� Conhecer os nomes das famílias dos elementos representativos;
� Conhecer as principais propriedades periódicas: raio atômico, energia de
ionização e afinidade eletrônica;
Tempo previsto para a atividade:
Professor(a), você poderá usar três
aulas de 50 minutos: uma para preparar seus alunos para a atividade, uma na sala de informática e uma para as
atividades complementares propostas!
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NA SALA DE AULA
Preparação para a atividade:
� Para motivar a aprendizagem da Tabela Periódica e estimular os
educandos a participarem da atividade, mostre a importância dos
elementos químicos nas diversas áreas do conhecimento,
principalmente na Biologia, apresentando a composição do Corpo
Humano e o papel vital de alguns elementos químicos em nosso
organismo;
� Estimule uma discussão sobre o assunto de modo a descobrir as
concepções prévias de seus alunos sobre o tema;
� Fale sobre a atividade que será realizada na sala de computadores e
quais são os requisitos necessários para que eles tirem maior proveito
da atividade, ou seja, faça uma pequena revisão do conteúdo.
NA SALA DE COMPUTADORES
Professor(a), como foi dito anteriormente, o jogo “O Corpo Humano e a
Tabela Periódica!” visa tornar o processo de ensino-aprendizagem sobre
Tabela Periódica mais fácil e prazeroso, sua principal finalidade é auxiliar o
educando a fixar os conteúdos aprendidos em sala de aula, estimulando o
raciocínio e articulando o conteúdo químico com o biológico. Assim, perceba
Professor(a), descobrir o
que seus alunos sabem sobre o assunto é uma forma eficaz de conduzi-los a uma
aprendizagem significativa!
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que através do lúdico há o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da
concentração e da coordenação motora. A seguir, observe algumas dicas para
a execução da atividade.
Preparação para a atividade:
Organize os estudantes em grupos de no máximo 4 alunos em cada
computador. Este é o número máximo de jogadores permitido. Estimule-os a
lerem as instruções contidas na tela inicial (Figura 01). Explique a seus alunos
que o jogo é dividido em duas fases. A primeira fase do jogo tem como objetivo
localizar elementos químicos na Tabela Periódica enquanto a segunda fase,
visa testar os conhecimentos adquiridos durantes as aulas sobre a Tabela
Periódica e fazer uma contextualização com a Biologia, através de perguntas e
respostas sobre o papel dos vinte e um elementos vitais ao corpo humano.
Como realizar a atividade?
Inicialmente determina-se o número de participantes e seus nomes. Na
primeira fase, aparecerá uma tela, na qual o aluno deverá observar que estão
faltando alguns elementos químicos na Tabela Periódica (proporcional ao
número de participantes), e através de uma roleta ele sorteará uma ficha
contendo um dado elemento químico e algumas de suas características, figura
02. Nesta ficha aparecerá necessariamente o Símbolo e o Nome do elemento
em questão e mais duas informações que ajudarão ao aluno localizar o
Professor(a), dentre os
elementos químicos da Tabela Periódica apenas
vinte e um (21) são vitais
para o Corpo Humano!
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elemento na Tabela Periódica, que podem ser o período, ou o número da
família, ou o nome da família ou sua distribuição em camadas.
Assim, ao localizar a posição do elemento na Tabela Periódica ele terá
que arrastar a ficha com o elemento até a sua posição correta (Figura 02). Ao
serem colocados todos os elementos em suas respectivas posições na Tabela
Periódica o aluno poderá passar para a segunda fase.
Na segunda fase, o aluno poderá escolher o nível de dificuldade das
perguntas (Figura 03). No nível fácil, as perguntas referem-se principalmente a
localização dos elementos químicos, no nível médio são relacionadas às
propriedades periódicas e no nível difícil, busca-se a relação entre o elemento
e o seu papel no organismo humano. A cada resposta certa sobe o nível de
sangue na figura que representa o homem (Figura 04). Ganha o jogador que
der vida ao corpo humano em menos tempo (Figura 05).
Figura 02: Tela do Jogo (Fase 1).
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Figura 03: Tela do Jogo (Escolha do nível de dificuldade das perguntas da Fase 2).
Figura 04: Tela do Jogo (Fase 2).
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Figura 05: Tela Final do Jogo.
Durante a atividade:
Durante o jogo, principalmente na segunda fase, podem aparecer termos
pouco comuns ou desconhecidos, assim, estimule os alunos a consultarem as
dicas, clicando na lâmpada que aparece no lado esquerdo da tela do jogo
(Figura 04). A Dica 1, é uma Tabela Periódica, a Dica 2, é um texto sobre a
importância dos vinte e um elementos químicos vitais ao organismo humano e
a Dica 3, é um pequeno glossário.
Na Fase 2 do jogo, principalmente no nível difícil existem perguntas
específicas sobre o papel do elemento no organismo humano, o que muitas
vezes causa certa dificuldade, no entanto ao consultar o texto contido na Dica 2
o aluno encontrará a resposta, outras vezes na própria pergunta existe uma
informação que dará pistas sobre a resposta. Nossa intenção neste nível é
instigar o aluno a se envolver e se aprofundar neste conteúdo de relevada
importância.
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Professor(a), na Fase 2 aparecem questões que poderão suscitar
algumas dúvidas, como por exemplo:
1. Entre os átomos de Hidrogênio (Z=1), Hélio (Z=2), Lítio (Z=3) e Berílio (Z=4), qual a ordem crescente de raios atômicos?
a) Hidrogênio, Hélio, Lítio, Berílio
b) Hélio, Hidrogênio, Berílio, Lítio
c) Hidrogênio, Lítio, Hélio, Berílio
d) Lítio, Berílio, Hidrogênio, Hélio
Opção Correta= 2
e
2. Qual é a ordem crescente de raio atômico para os elementos Carbono (Z=6), Nitrogênio (Z=7), Oxigênio (Z=8) e Flúor (Z=9)?
a) C, N, O, F
b) C, O, F, N
c) F, O, N, C
d) F, N, O, C
Opção Correta= 3
Há autores, como, a título de exemplo, Martha Reis (Completamente
Química, 2001, vol.1, pág.380) e J. D. Lee (Química Inorgânica não tão
concisa, 1996, pág.61), que apresentam os valores de raios metálicos, raios
covalentes e raios de van der Waals para os elementos químicos em uma
mesma tabela, o que pode gerar discordâncias nas respostas de algumas
questões. Assim, destacamos que na resolução destes e de outros exercícios,
utilizamos como referência tabelas que mostram valores para raios atômicos
baseados apenas nos raios metálicos e covalentes1.
1 (a) Química e Reações Químicas, volume 1 (2002) – J.C. Kotz e P. Treichel Jr., pág. 240. (b)
Química Geral (2006) – R. Chang, pág. 246. (c) Princípios de Química (2001) – P. Atkins e L.
Jones, pág. 164. (d) Inorganic Chemistry (2006) – D.F. Shriver e P.W. Atkins, pág. 24. (e)
Química - Estrutura e Dinâmica, volume 1 (2007) – J.N. Spencer, G. M. Bodner e L.H. Richard,
pág. 88. (f) Inorganic Chemistry – G.L. Miessler e D. A. Tarr (1991), pág. 45. (g) Inorganic
Chemistry - J. E. Huheey, E. A. Keiter, R. L. Keiter (1993), pág. 292. (h) Química na
abordagem do cotidiano, volume 1 (2006) – Tito e Canto, pág. 201.
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A distinção acima decorre por um átomo não ter um raio preciso, já que a
grandes distâncias a função de onda dos elétrons diminui exponencialmente
com o aumento da distância ao núcleo. Entretanto, podemos esperar que, de
alguma forma, átomos com muitos elétrons sejam maiores do que átomos que
têm poucos elétrons. Tais considerações levaram os químicos a propor uma
variedade de definições de raio atômico com base em considerações
empíricas. O raio metálico de um elemento metálico é definido como a metade
da distância experimental determinada entre os centros dos átomos vizinhos
mais próximos em um sólido (Figura 06-a). O raio covalente de um elemento
não-metálico é, da mesma forma, definido como a metade da distância
internuclear entre átomos vizinhos de um mesmo elemento em uma molécula
(Figura 06-b). Assim, normalmente referem-se raios metálico e covalente em
conjunto como raios atômicos (MIESSLER; TARR, 1991).
Figura 06. Representação dos raios metálico (a) e covalente (b).
O raio de van der Waals é a separação internuclear quando as camadas
de valência de dois átomos estão em contato não-ligante (Figura 07).
Figura 07. Representação do raio de van der Waals.
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Para um dado elemento, o raio de van der Waals apresenta um valor
numérico maior do que o valor do raio covalente.
As tendências periódicas dos raios metálico e covalente podem ser vistas
na Figura 08.
Figura 08: Tendências periódicas dos raios atômicos.
Os raios atômicos aumentam à medida que se desce em um grupo, e que
eles diminuem da esquerda para a direita, ao longo de um período. Estas
tendências são facilmente interpretadas em termos da estrutura eletrônica dos
átomos. Ao descermos em um grupo, os elétrons de valência se encontram em
orbitais de número quântico principal sucessivamente maior. Os átomos dentro
do grupo têm um número cada vez maior de camadas eletrônicas completas
nos períodos sucessivos e, assim, seus raios aumentam à medida que
descemos no grupo. Ao longo de um período, os elétrons de valência entram
em orbitais da mesma camada; entretanto, o aumento na carga nuclear efetiva
ao longo do período puxa os elétrons, resultando em átomos progressivamente
mais compactos.
Note que ao compararmos os valores dos raios atômicos que aparecem
nas tabelas usadas como referência existem algumas pequenas discordâncias
numéricas, por isso interessam-nos apenas as tendências dos raios atômicos e
não os seus valores precisos.
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Requerimentos técnicos:
1. Versão mínima de navegador (Browser):
� Internet Explorer versão 5
� Netscape versão 7
� Firefox 3.0
� Resolução 1024x768
2. PLUG-INS que, obrigatoriamente devem ter no computador:
� Plug-in do Flash 9
� Plug-in Java (TM) Plug-in Version 1.4.1
� Acrobat Reader
A constituição do Corpo Humano
Dos elementos químicos que compõe a Tabela Periódica vemos que
basicamente apenas vinte e um exercem papel vital no organismo humano. Os
elementos que aparecem em maior proporção são o Carbono, o Oxigênio, o
Nitrogênio e o Hidrogênio, mas, no entanto, aqueles que aparecem em
quantidades extremamente pequenas são os que fazem a diferença, pois
participam das reações químicas que ocorrem em nosso organismo, regulando
Professor(a), o texto a seguir te
ajudará a ter uma noção da importância
dos vinte e um elementos químicos da Tabela Periódica que são vitais ao
homem, na realidade ele é uma compilação de vários textos mostrados na Bibliografia.
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a nossa vida, são eles, o Cálcio, o Cloro, o Cobalto, o Cobre, o Cromo, o
Enxofre, o Ferro, o Flúor, o Fósforo, o Iodo, o Magnésio, o Manganês, o
Molibdênio, o Potássio, o Selênio, o Sódio e o Zinco. Estes elementos
aparecem de forma combinada nas mais variadas substâncias,
desempenhando diferentes funções no nosso corpo. No entanto, para se
manter o bom funcionamento do corpo, deve-se observar que a quantidade
destes elementos deve ser equilibrada, ou seja, não deve haver falta e muito
menos excesso de nenhum deles no organismo, o que a princípio deve ser
conseguido através de uma dieta balanceada. A seguir mostra-se a importância
de cada um dos 21 elementos vitais ao corpo humano.
EELLEEMMEENNTTOOSS PPRREESSEENNTTEESS EEMM GGRRAANNDDEE QQUUAANNTTIIDDAADDEE NNOO CCOORRPPOO
HHUUMMAANNOO
Esses elementos químicos são também denominados elementos de
constituição, pois formam substâncias presentes em grande quantidade no
organismo como açúcares, proteínas, gorduras, etc.
1. HIDROGÊNIO
A principal molécula constituída por hidrogênio e oxigênio é a água.
Num organismo adulto circulam 42 litros de água. O hidrogênio também está
presente no organismo em inúmeras moléculas orgânicas e inorgânicas.
2. CARBONO
É o principal constituinte de todas as moléculas orgânicas do organismo,
como por exemplo:
• Açúcares – são os carboidratos, que no organismo são encontrados em
pequenas quantidades no sangue sob a forma de glicose e no fígado e
músculos sob a forma de glicogênio.
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• Adenosina Trifosfato (ATP) – é um nucleotídeo responsável pelo
armazenamento de energia;
• Hemoglobina – célula sanguínea responsável pelo transporte de
oxigênio;
• Ácidos nucléicos – são compostos químicos formados por nucleotídeos
e possuem informação genética.
• Hormônios - são substâncias químicas que transferem informações e
instruções entre as células.
3. NITROGÊNIO
Constitui principalmente os aminoácidos, que são compostos que
contém dois grupos funcionais, o grupo amino (-NH2) e o grupo carboxila
(-COOH). Conseqüentemente o nitrogênio constitui também as proteínas, visto
que esta é uma seqüência de aminoácidos. As proteínas são consideradas as
macromoléculas mais importantes das células. Também é constituinte dos
ácidos nucléicos.
4. OXIGÊNIO
O nosso corpo é constituído por 60% de oxigênio. Junto com o carbono,
hidrogênio e nitrogênio se tem 95% da massa total do ser humano, o que inclui
os 42 litros de água que circulam em um organismo adulto. É o elemento vital
para a respiração celular, sendo transportado pelo organismo através das
hemoglobinas na corrente sanguínea. Faz parte da molécula de água e de
várias moléculas orgânicas.
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5. CÁLCIO
O elemento químico cálcio é considerado um dos elementos essenciais
à vida animal. O corpo humano contém cerca de 1,5 a 2% de cálcio, dos quais
99% encontram-se nos ossos e dentes, na forma de carbonatos ou fosfatos. O
restante, 1%, está distribuído no sangue, nos fluidos extracelulares e dentro da
célula dos tecidos moles (onde regula muitas funções metabólicas
importantes). Além de promover o equilíbrio das células, o cálcio contribui na
ativação das enzimas e para assimilação do ferro, da vitamina D e da proteína
calcitonina no organismo humano, além de auxiliar no ritmo cardíaco, nas
contrações musculares e na coagulação do sangue.
O excesso de proteínas na refeição aumenta a eliminação urinária do
cálcio (atenção aos regimes hiperprotêicos). Da mesma forma a ingestão de
alimentos ricos em ácido oxálico (por exemplo, espinafre) ou em ácido fítico
(pão integral) faz diminuir a disponibilidade do cálcio em razão da formação de
sais insolúveis. A cafeína, o álcool e diversos medicamentos são fatores
desfavoráveis para a disponibilidade do cálcio no organismo.
As carências profundas em cálcio (hipocalcemias) são bastante raras.
Ao contrário, as carências moderadas são freqüentes. Elas provocam os
sintomas de hiperexcitabilidade neuromuscular: formigamentos, agulhadas,
entorpecimento dos membros e contrações musculares. Ao nível dos ossos, a
redução da taxa de cálcio no organismo pode traduzir-se por sinais de
descalcificação: raquitismo, retardamento do crescimento e osteoporose. O
excesso, entretanto, pode ocasionar obesidade abdominal, tártaro dentário,
cálculos renais, dentre outros problemas. O leite e seus derivados são as
melhores fontes de cálcio da dieta, sendo, também, boas fontes os vegetais
verde-escuros, sardinhas com espinha, marisco, amêndoas e o gergelim.
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6. CLORO
No corpo humano, o elemento químico cloro, na forma de íons cloretos
(Cl-) está presente em todos os tecidos. Os íons cloretos são responsáveis por
várias funções no corpo humano, mas a distribuição da água nos fluidos
orgânicos e nos tecidos merece destaque.
O corpo humano contém aproximadamente 1,9 g de cloro por 1 kg de
osso. No sangue, o cloro e o sódio, na forma de íons, são responsáveis pela
composição da solução de cloreto de sódio (NaCl) a 0,9%. Os íons cloretos são
responsáveis por regular o equilíbrio ácido-base do sangue, além de ajudar na
eliminação dos metabólicos do organismo, auxiliando no funcionamento do
fígado. A quase totalidade de cloreto ingerido é eliminada pelos rins e pelo
suor. Os cloretos são ingeridos pelo homem em quantidade variável conforme
a natureza de sua alimentação (sal de cozinha, alimentos vindos do mar, leite,
carnes, ovos e hortaliças).
7. ENXOFRE
O elemento químico enxofre é considerado vital e ocorre no organismo
humano, principalmente como um constituinte de aminoácidos (cistina,
cisteína) e ácido fólico. É encontrado no esqueleto (na ordem de 1,4 g de
enxofre por 1 kg de osso), em gorduras, na insulina e queratina da pele,
cabelos e unhas.
No corpo humano o enxofre é encontrado na forma de sulfatos ligados a
compostos orgânicos e representa aproximadamente 0,25 % do peso corpóreo
e está presente em todas as células do organismo vivo. O enxofre participa da
composição estrutural de várias proteínas e vitaminas, nas conversões de
alguns metais pesados tóxicos em compostos solúveis em água, auxiliando na
sua eliminação, na formação do coágulo sangüíneo e no mecanismo de
transferência de energia.
O corpo humano contém 140 g de S e necessita diariamente de 850 mg.
O excesso de enxofre é eliminado pelas fezes e pela urina. Os alimentos ricos
em enxofre são: carne, leite, ovos, queijos, cereais, e frutas secas.
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8. FÓSFORO
O elemento químico fósforo é essencial à vida humana, pois é
constituinte essencial dos ácidos nucléicos, da membrana celular, do tecido
nervoso, de órgãos e está presente na molécula da adenosina trifosfato (ATP),
proteína que estoca energia no corpo. Do total deste elemento presente no
organismo, 80% está combinado com o cálcio nos ossos e dentes.
O fosfato está presente em quase todos os alimentos,
conseqüentemente não se tem conhecimento de uma deficiência dietética
humana. A ingestão diária média de fosfatos em adultos nos EUA, é em torno
de 1,5 g. A carência deste elemento provoca fraqueza, peso reduzido, dor
óssea, raquitismo e memória comprometida.
9. MAGNÉSIO
O corpo humano adulto contém cerca de 20 a 22 g de magnésio e 70%
estão combinados com o cálcio e o fósforo nos sais complexos do osso e o
restante encontra-se nos tecidos moles e nos líquidos corporais.
O magnésio atua em várias reações químicas junto com enzimas e
vitaminas, ajuda na formação dos ossos e no funcionamento de nervos e
músculos. É indispensável na formação da ATP (Adenosina Trifosfato –
nucleotídeo responsável pelo armazenamento de energia), que está sempre
ligado a um fosfato, portanto sem o magnésio é impossível guardar energia na
célula.
A recomendação mais recente em relação à ingestão necessária de
magnésio é de 350 mg/dia para o homem adulto e 300 mg/dia para a mulher
adulta. Entretanto devido ao fato de o magnésio estar presente na clorofila e,
portanto, em todas as plantas verdes, dificilmente ocorrem casos de deficiência
deste mineral.
A deficiência deste elemento no homem induz disfunção neuromuscular,
manifestada por hiperexcitabilidade com tremor e convulsões, podendo ser
acompanhada por distúrbios de comportamento. Caracteriza-se também por
fraqueza muscular, câimbras e apatias. As principais fontes naturais deste
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elemento são as hortaliças de folhas verdes, cereais, peixes, carnes, ovos,
feijão, soja e banana.
10. POTÁSSIO
No corpo humano o elemento químico potássio na forma de íon (K+) é
considerado o principal cátion do líquido intracelular, mas também constitui, em
pequena quantidade (2%) do líquido extracelular, influenciando na manutenção
da atividade muscular normal, principalmente a do músculo cardíaco. Os íons
potássio (K+) e sódio (Na+) regulam juntos o equilíbrio da água no organismo e
o ritmo do pulso. O íon potássio é considerado ativo nos mecanismos de
irritabilidade dos organismos vivos e no processo de coagulação do sangue
(sangramentos). Também é importante para o funcionamento do sistema
nervoso (no transporte do impulso nervoso), dos órgãos, dos sentidos e dos
músculos. Os ossos contêm aproximadamente 0,6 g de potássio por kg de
osso.
O organismo adulto chega a conter cerca de 40 g de potássio, sendo
que 24 g ficam armazenados nos ossos. O potássio desempenha um papel
muito importante no metabolismo dos carboidratos, lipídeos, proteínas e ácidos
nucléicos. Entretanto, as hipopotassemias (taxas baixas de potássio no
sangue) são bastante freqüentes, raramente ligadas à carência de aporte
alimentar, salvo para grandes alcoólatras crônicos e pessoas possuidoras de
anorexia mental. Suas causas são, com efeito, mais freqüentemente de origem
iatrógena (de origem medicamentosa). As hipopotassemias podem se traduzir
por distúrbios neuromusculares (câimbras, paralisias), aumento da pressão
arterial ou às vezes distúrbios graves do ritmo cardíaco, necessitando um
tratamento de urgência. As principais causas medicamentosas de
hipopotassemia são as ingestões de diuréticos, suscetíveis de aumentar a
excreção urinária do potássio, e a doença dos laxativos que aumentam as
perdas digestivas (constatadas igualmente nos vômitos e diarréias). Pode-se,
também, observar uma transferência de potássio para as células ocasionando
um hipopotassemia nos tratamentos por insulina. Outra causa iatrogênica da
hipopotassemia é a ingestão prolongada de corticóides. As principais fontes
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naturais deste elemento são: banana, frutas secas, nozes, carnes, vegetais e
peixes.
11. SÓDIO
Este elemento é, quantitativamente, o principal cátion do líquido
extracelular. Atua na regulação do equilíbrio ácido-base quando associado ao
cloreto e ao bicarbonato. Participa do mecanismo de condução de impulsos
elétricos em células nervosas. Juntamente com o potássio, regula a contração
muscular. Está também diretamente relacionado com o equilíbrio osmótico das
células. Sabe-se que do total de água existente no corpo, dois terços estão
dentro das células e o restante encontra-se no sangue e em outros fluidos,
assim, o sódio regula o balanceamento da água, devido a osmose (quando o
fluido passa de um meio menos concentrado para um mais concentrado),
retirando o excesso de água das células e jogando na corrente sanguínea.
Uma ingestão máxima de cloreto de sódio, principal fonte de sódio, de
cerca de 5 g/dia pode ser recomendada para adultos sem histórico de
hipertensão, onde nesse caso recomenda-se uma dieta de no máximo 1 g/dia.
Aproximadamente 95% do sódio que abandona o organismo é excretado pela
urina. As fontes naturais deste elemento são: carnes e peixes.
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NNOO CCOORRPPOO HHUUMMAANNOO
12. COBALTO
O elemento químico cobalto é um dos componentes da vitamina B12
(Cianocobalamina). A Vitamina B12 é necessária para produzir uma
quantidade adequada de células vermelhas do sangue na medula óssea. A
necessidade diária de cobalto é estimada entre 0,5 -1,4 mg. A deficiência de
cobalto causa anemia, falta de apetite, parada do crescimento, irritabilidade e
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falta de concentração. A intoxicação por cobalto causa lesões cardíacas e
doenças da tiróide, dispnéia (dificuldade na respiração), edema e dor
abdominal, cianose periférica (aparecimento de coloração azul e às vezes,
escura ou lívida na pele por distúrbios circulatórios), lesão do pâncreas,
aumento do volume do coração e parada cardíaca, apesar de pressão baixa.
As fontes naturais deste elemento são: carne, rins, fígado, leite, ostras e
mexilhões, ovos, queijos.
13. COBRE
O cobre é um oligoelemento de nossa dieta, indispensável na absorção
de ferro, na síntese da hemoglobina, na manutenção da saúde óssea e do
sistema nervoso central. O cobre participa de vários processos metabólicos
sendo um constituinte de diversas enzimas do organismo. Acredita-se que
intervenha também na formação da melanina. O cobre localizado na membrana
da mitocôndria (estrutura da célula onde é produzida a energia) regula a
liberação da energia produzida pelo organismo de acordo com a necessidade.
O ser humano adulto possui de 100 a 150 mg de cobre em seu organismo,
ocorrendo em maior concentração nos músculos (64mg), ossos (23mg) e
fígado (18mg).
A necessidade diária estimada é de 1,5 a 2,0 mg. Um excesso do nível
de cobre no organismo está relacionado a casos de asma, hipertensão,
depressão, esquizofrenia, convulsões, aumento do nível de colesterol e
necrose do fígado, por exemplo na doença de Wilson. Sua carência, entretanto,
causa a redução da absorção do ferro, levando ao enfraquecimento ósseo e
lesões cardíacas, além de anemias. As fontes naturais de cobre são: cereais
integrais, nozes, verduras de folha, ervilhas, beterraba, fígado, rim, germe de
trigo, legumes, amêndoas, amendoim, chá preto.
14. CROMO
O cromo é um elemento químico importante na manutenção da glicemia.
Diversos estudos mostram a importância do cromo tanto no controle do
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diabetes quanto no controle da hipoglicemia. O cromo normaliza as taxas da
insulina no sangue. No sistema biológico, este elemento existe na forma de
íons trivalentes (Cr3+), os quais participam na permeabilidade dos vasos
sangüíneos. A ausência absoluta destes íons favorece o aparecimento de
sinais e sintomas semelhantes das doenças cardiovasculares e do diabetes.
Ele faz parte do fator de tolerância à glicose (FTG) que auxilia no
transporte plasmático da insulina, permitindo a sua melhor fixação nos
receptores celulares da insulina, facilitando a sua ação. Os efeitos biológicos
do cromo são observados no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios
em processos dependentes de insulina.
A necessidade diária de cromo é estimada entre 0,05 a 0,2 mg. A
quantidade de cromo contida nos alimentos diminui com o seu refinamento. O
aumento no consumo de alimentos muito refinados nos países ocidentais,
particularmente do açúcar branco, que aumenta a excreção urinária do cromo,
pode levar à absorção limite deste metal e à diminuição das quantidades nos
órgãos de estocagem. Ao longo do tempo, esta absorção insuficiente do cromo
conduz à diminuição do metal contido nos tecidos e ao aumento a incidência do
diabetes e da aterosclerose constatados nos países desenvolvidos. O excesso
de cromo no organismo lesa os rins e o fígado. Lêvedo de cerveja, cogumelo,
aspargo, vinho, cerveja, ameixa e nozes são boas fontes de cromo.
15. FERRO
É essencial à vida vegetal e animal sendo o núcleo central da
hemoglobina (sob forma de Fe2+). Além de contribuir na formação da
hemoglobina pela medula óssea, ajuda no crescimento e torna o organismo
mais resistente à fadiga. Com outros constituintes protéicos, ele faz parte da
mioglobina que estoca o oxigênio no músculo e dos citocromas que asseguram
a respiração celular. Nosso corpo contém cerca de 5 g deste elemento; a
ferritina é a proteína de reserva (baço, fígado e medula), rica em ferro,
contendo 20% do ferro total; a hemoglobina contém 70% e a mioglobina 5%; os
restantes 5% acham-se distribuídos pelo corpo. A deficiência de ferro causa
sérias conseqüências, além da conhecida anemia: cansaço, dores ósseas e
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nanismo. Como fontes naturais de ferro pode-se citar: os cereais integrais,
feijão, fígado, espinafre, aspargo, alho porro, salsa, batatas, lentilhas, cenouras
e cerejas.
16. FLÚOR
No organismo, praticamente 99% do elemento químico flúor está
armazenado nos tecidos minerais, sendo a maior parte nos ossos. O
componente mineral dos tecidos duros do organismo é geralmente a apatita,
um fosfato de cálcio cuja fórmula é: Ca10(PO4)6(OH)2, que são pequenos
cristais encaixados numa matriz. Mesmo que o flúor não seja um dos únicos
íons suscetíveis de "contaminar" a apatita, ele tem a particularidade de ser o
único a poder se incorporar com tanta facilidade na estrutura dos cristais, por
substituição de uma hidroxila. Os tamanhos dos íons flúor (F-) e hidroxila (OH-)
são muito próximos. Eles também possuem a mesma carga.
Em pequenas quantidades o flúor é considerado benéfico à saúde
dental, sendo capaz de reduzir a incidência de cáries. Nas pastas de dentes, o
flúor aparece na forma de fluoreto de sódio (NaF) ou como monofluorfosfato de
sódio (Na2PO3F), reduzindo a solubilidade do esmalte do dente, devido a
formação de fluoroapatita, que aumenta a resistência do dente. O flúor também
apresenta ação bactericida e favorece o processo de remineralização, que
ocorre na cavidade bucal, mas em excesso o flúor causa fluorose (manchas
nos dentes, dentre outros sintomas). Nos antibióticos a ação germicida é
potencializada nos mais modernos antibióticos.
O teor de flúor nos ossos varia de acordo com sua localização e também
com a idade. A incorporação do flúor nos ossos prossegue por toda a vida, mas
diminuindo nas pessoas idosas, o que provavelmente justifica a osteoporose na
velhice.
17. IODO
O iodo é importante para o bom funcionamento da tireóide. Os
hormônios produzidos pela glândula tireóide regulam a velocidade de todo o
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metabolismo do corpo e controlam o fluxo de energia. Para que eles possam
exercer essa função têm que estar ligados a três ou quatro átomos de iodo. A
falta de iodo na alimentação causa o bócio (crescimento da tireóide), excesso
de peso, lentidão mental e alterações pulmonares. As fontes mais ricas de iodo
são os frutos do mar e o sal marinho, mas o iodo está também presente em
numerosos legumes (vagem, agrião, cebola, alho porro, rabanete, nabo) e em
certas frutas (ananás, groselhas, ameixas).
18. MANGANÊS
O elemento químico manganês é considerado um elemento-traço
essencial à vida animal, onde parece ser importante na assimilação da vitamina
B1. Na composição do corpo de um adulto o manganês participa com 10 a 20
mg, sendo que a maior parte está nos rins e no fígado. O manganês exerce
papel muito importante na síntese de mucopolissacarídeos e na ativação de
diversas enzimas, tais como arginase, carboxilase, colinesterase e as
fosfatases sangüíneas, ósseas, intestinais e hepáticas. Outras funções incluem
a formação e o crescimento do feto e, provavelmente, o combate à
esquizofrenia e ao diabetes.
As necessidades diárias de manganês são mal conhecidas, mas seriam
supostamente cobertas por uma alimentação diversificada. O que quer dizer
que não podemos deixar de comer cereais, grãos e, sobretudo nozes, que são
muito ricas (17,07 mcg/g). Os legumes e as frutas contêm pouco (1 a 2,5
mcg/g), a carne e os derivados do leite, praticamente nada (0,20 a 0,70 mcg/g).
De outro lado, segundo certos autores, a concentração de manganês nos
vegetais é ainda diminuída devido à redução de manganês no solo, causada
pela erosão e exaustão por culturas intensivas.
No rol dos benefícios imputados ao manganês podemos citar ação
hipoglicemiante, ação sobre o metabolismo das gorduras, ação protetora das
células hepáticas, um papel na biossíntese das proteínas e dos muco-
polissacarídeos das cartilagens, assim como uma implicação no metabolismo
dos neurotransmissores.
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19. MOLIBDÊNIO
O elemento químico molibdênio é indispensável para que o organismo
processe o nitrogênio, sendo essencial para o funcionamento normal das
células. Além disso, é constituinte de uma enzima essencial, xantina-oxidase e
de flavoproteínas. No corpo humano, concentra-se em especial no pâncreas,
na hipófise, na tireóide e nas glândulas supra-renais. Favorece a saúde dos
dentes, o vigor sexual, evita a artrite (por ácido úrico) e auxilia no metabolismo
de açúcares e gorduras. O excesso de molibdênio leva à perda de apetite, má
concentração, hipotireoidismo e favorece o sarcoma (tumor na pele). Como
fontes naturais de molibdênio pode-se citar o leite, legumes e carnes.
20. SELÊNIO
O elemento químico selênio é encontrado naturalmente em quase todos
os alimentos da dieta animal, em quantidades variáveis e em diferentes formas
de assimilação pelo organismo. É um dos exemplos mais marcantes dentre os
oligoelementos minerais cuja essencialidade é indiscutível, porém os limites
entre os níveis essenciais e aqueles tóxicos são bastante extremos. A
necessidade diária é estimada em 0,05 a 0,5 mg.
O selênio reduz o envelhecimento e o endurecimento das artérias, assim
como a incidência de câncer de todos os tipos. É importante no metabolismo
da tireóide, pois atua na conversão do hormônio da tireóide T4 em T3 (forma
mais ativa). O selênio também está envolvido na síntese da testosterona. Seu
excesso no organismo causa extrema tristeza e melancolia, dores de cabeça,
agravadas por cheiros fortes, impotência, acne e selenoses (queda de cabelo e
unhas). A deficiência causa cardiopatia endêmica e osteopatia. Produtos de
origem animal e cereais integrais são fontes naturais de selênio.
21. ZINCO
O elemento químico zinco é encontrado no corpo humano na maioria
dos tecidos, entretanto, a maior concentração é encontrada na retina e na
próstata. Nos leucócitos, alcança apenas 3%. Está intimamente relacionado à
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síntese de ácidos nucléicos e à transmissão de informações genéticas nas
células. A eliminação média diária de zinco é de 10 mg pelas fezes e 0,4 mg
pela urina, enquanto a necessidade diária é estimada em 15 a 20 mg.
Sua falta em crianças e adolescentes vem sendo indicada como uma
das possíveis causas de retardamento no crescimento e desenvolvimento
sexual. Seu excesso provoca sensações como paladar adocicado e secura na
garganta, tosse, fraqueza, dor generalizada, arrepios, febre, náusea, vômito.
Porém, a maior parte dos efeitos tóxicos do zinco relaciona-se à sua
combinação com outros metais pesados e sua contaminação durante os
processos de extração e concentração. Carnes, grãos, trigo e o germe de trigo
são fontes naturais de zinco.
Resumindo as principais fontes destes elementos:
cálcio: O leite e seus derivados são as melhores fontes de cálcio da dieta,
sendo, também, boas fontes os vegetais verde-escuros, sardinhas com
espinha, marisco, amêndoas, gergelim;
cobalto: ervilhas, feijão carne, vísceras (rim, fígado), leite, alface, beterraba,
espinafre e batata doce, como também nas ostras e mexilhões;·
cobre: fígado, nozes, mexilhões, mariscos, ostras, a soja e a castanha-do-
pará.;·
cloro: O cloro é encontrado no sal de cozinha (NaCl), algas e azeitonas;
cromo: carne de boi e fígado;·
enxofre: carne, leite, ovos, queijos, cereais, frutas secas;
ferro: fígado, carnes, ovos, cereais e frutas;sódio: carnes, manteiga e peixes;·
flúor: A maior fonte alimentar de flúor é água com um conteúdo deste mineral
de 0,55-14 ppm. O flúor é um elemento presente em todos os alimentos; as
fontes mais ricas são o chá e o pescado de mar, em que as suas espinhas
também são ingeridas,
fósforo: carnes, porco, frango, peixe, ovos e leite;
iodo: ostras, moluscos, mariscos e peixes de água salgada; leite e ovos
oriundos de animais que tenham pastado em solos ricos em iodo ou que foram
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alimentados com rações que continham o nutriente; vegetais oriundos de solos
ricos em iodo;
magnésio: hortaliças de folhas verdes, cereais, peixes, carnes, ovos, feijão,
soja, banana;
manganês: cereais, nozes, café e farinha;·
molibdênio: trigo, cevada, aveia e fígado bovino;·
potássio: banana, frutas secas, nozes, carnes, vegetais e peixes;·
selênio: grãos, cebolas, carnes, leites vegetais;
sódio: sal de cozinha (NaCl), sal natural dos alimentos;
zinco: fígado, gema de ovo, queijos e carnes;·
Avaliação
Durante a execução desta atividade no computador, avalie a participação
de seus alunos. De volta à sala de aula promova uma discussão geral ou peça
aos alunos que escrevam uma pequena dissertação sobre o assunto. Estimule
a associação de idéias, pois isto ajuda ao aluno ter uma visão mais
contextualizada da Química.
Atividades Complementares
Se possível, divida a turma em três grandes grupos e peça aos alunos de
cada grupo que façam uma pesquisa sobre:
GRUPO 1: As fontes naturais (alimentos) onde encontramos cada um dos 21
elementos que constituem o corpo humano e a tolerância de cada um deles no
organismo;
GRUPO 2: A importância desses 21 elementos em outras áreas como
metalurgia, agricultura, etc;
GRUPO 3: Elementos químicos prejudiciais ao homem.
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Bibliografia Consultada ALDRIDGE, S. A fórmula do corpo. Revista Super Interessante, Julho de 1996,
84.
HAROLD, A. H., Manual de Química Fisiológica. Tradução: J. Reinaldo
Magalhães. São Paulo: Atheneu Editora São Paulo S.A., 4ª edição, 1997,
442-461.
RUIZ, A. G.;. GUERRERO, J. A. C. Química. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2002, 314.
VAITSMAN, D. S.; AFONSO, J. C. O.; DUTRA, P. B. Para que servem os
elementos químicos. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2001.
MIESSLER, G. L.; TARR, D. A. Inorganic Chemistry. New Jersey: Prentice-Hall,
Inc., 1991.
http://www.medicinacomplementar.com.br/
Professor(a), podem surgir vários
questionamentos sobre este assunto, mas lembre-se que “A ousadia do fazer é que abre o campo do possível. E é o fazer - com seus erros e acertos - que nos possibilita a construção de algo consistente”. [...] GARCIA, Pedro Benjamim. Paradigmas em crise e a educação. In: BRANDÃO, Z. (org.). A crise dos paradigmas e a educação. São Paulo: Cortez, 1994. pp. 58-66.
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Para estudos complementares
A seguir são indicados alguns materiais para a realização de estudos
complementares sobre a importância da Química e dos elementos químicos no
corpo humano e em outros segmentos cotidianos:
BAPTISTA, J. A.; DINIZ, F. V.; FERREIRA, G. A. L.; SILVA, R. R. A Química e
a Conservação dos Dentes. Química Nova na Escola, nº 13, 2001.
(http://qnesc.sbq.org.br/online)
GUGLIOTTI, M. A Química do Corpo Humano: Tensão Superficial nos
Pulmões. Química Nova na Escola, nº 16, 2002.
(http://qnesc.sbq.org.br/online)
PERUSSO, F. M.; CANTO, E. L. Química na abordagem do cotidiano. 4a
edição. Volume 1. São Paulo: Moderna, 2006. Nas páginas 188 e 189,
encontra-se uma Tabela Periódica que relaciona algumas das inúmeras
aplicações dos elementos químicos no cotidiano.
Professor(a) no site: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/10496,
você pode observar uma Tabela Periódica interativa produzida por
FRESHNEY, P. A.