Guia do Alfabetizador - 2º Bim
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APRESENTAO
Caro alfabetizador,
A Secretaria de Estado de Educao de Minas Gerais editou em 16 de abril de 2008 a
Resoluo n 1086/08 que dispe sobre a organizao e o funcionamento do ensino
fundamental nas escolas estaduais de Minas Gerais. Essa resoluo determina a garantia
de oportunidades educativas requeridas para o atendimento das necessidades bsicas de
aprendizagem dos educandos, prevendo a durao de nove anos para o ensino fundamental,
sendo que, o ciclo da alfabetizao ter a durao de trs anos de escolaridade, o ciclo
complementar, a durao de 2 anos e mais quatro anos finais organizados em anos de
escolaridade.
A programao curricular dos ciclos de alfabetizao e complementar deve ser estruturadade a ampliar capacidades e conhecimentos, gradativamente dos mais simples aos mais
complexos, contemplando de maneira articulada e simultnea, a alfabetizao e o letramento
(Art. 10 / Resoluo SEE n 1086/08).
O ciclo da alfabetizao ter suas atividades pedaggicas organizadas de modo a assegurar
que ao final de cada ano do ciclo, todos os alunos sejam capazes de:
I 1 Ano:
a) desenvolver atitudes e disposies favorveis leitura;b) conhecer os usos e as funes sociais da escrita;
c) compreender o princpio alfabtico do sistema da escrita;
d) ler e escrever palavras e sentenas.
II 2 Ano:
a) ler e compreender pequenos textos ;
b) produzir pequenos textos escritos;
c) fazer uso da leitura e da escrita nas prticas sociais.
III 3 Ano:
a) ler e compreender textos mais extensos;
b) localizar informaes no texto;
c) ler oralmente com fluncia e expressividade;
d) produzir frases e pequenos textos com correo ortogrfica.
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Enfim, a Resoluo 1086/08 determina que ao final do ciclo de alfabetizao, todos os
alunos devam ter consolidado as capacidades referentes leitura e escrita necessrias
para expressar-se, comunicar-se e participar das prticas sociais letradas e ter desenvolvido
o gosto e o apreo pela leitura.
Concludo o primeiro bimestre do ano escolar o momento de darmos prosseguimento aotrabalho com base em novas sugestes de prticas pedaggicas e propostas de atividades
que daro continuidade ao processo de aprendizagem da leitura e da escrita de seus
alunos.
Voc est recebendo o Guia do Alfabetizador referente ao 2 bimestre. Propomos que avalie
os resultados em relao ao desenvolvimento da oralidade, apropriao do sistema de
escrita e construo de procedimentos relacionados ao ato de ler, que foram propostos
no 1 bimestre e que trace novas metas consultando o QUADRO DAS CAPACIDADESLINGSTICAS.
Observe com ateno aqueles alunos que ainda no estabelecem uma relao entre o que
se fala e o que se escreve. Essa observao o ajudar na formao de grupos de trabalho
produtivos em que os alunos troquem experincias acerca das hipteses de leitura e escrita
e possam assim se ajudar, com a sua mediao. Conforme o artigo 12 da Resoluo
1086/08, a escola dever ao longo de cada ano do Ciclo, acompanhar sistematicamente
a aprendizagem dos alunos, utilizando estratgias diversas para sanar as dificuldadesevidenciadas.
Vamos utilizar o tema FESTAS para contextualizar as prticas de oralidade, leitura e escrita
centrando-se nos aspectos culturais, para alm da ludicidade. Utilizaremos o conceito de
festas populares para contextualizar a prtica por meio de pesquisas, conversas e entrevistas.
Cabe escola aproveitar as manifestaes culturais ampliando o trabalho com o ldico e
aprofundando o conhecimento em relao escrita e leitura.
As festas juninas so as principais festas populares brasileiras, depois do carnaval. So
festas que resgatam as tradies tpicas dos costumes do interior. As escolas de todo o pas
contribuem para que se mantenha essa tradio fazendo com que nessa poca do ano as
pessoas se contagiem com o Brasil rural e as crianas se divirtam com as comemoraes.
nesse momento que a escola pode formar e desenvolver o desempenho lingstico do
cidado e conhecer as variedades lingsticas, ensinar a respeitar a diversidade cultural
e as maneiras de falar e agir de acordo com as comunidades rurais, familiares e seus
conterrneos.
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Neste segundo bimestre continuaremos o trabalho com diversos gneros e suportes textuais.
Ampliaremos a prtica da escrita e leitura conjugando novas capacidades e prticas com o
foco na alfabetizao e letramento. Este o material referente s prticas pedaggicas do
2 bimestre do 1 ano do Ciclo da Alfabetizao. Nele voc encontrar sugestes de prticas
pedaggicas que o auxiliaro no processo de alfabetizao e letramento dos seus alunos.As prticas sugeridas neste Guia so:
As contribuies da psicomotricidade no letramento e alfabetizao
Descobrindo novas formas de grafar as letras
Prticas de letramento festa junina
Trabalhando com cruzadinhas
Trabalhando com o jogo da forca na apropriao da escrita e leitura
Trabalhando com jogos de tabuleiro
O uso de filmes e desenhos animados na prtica pedaggica
Acreditamos que por meio da leitura e reflexo do material apresentado, o trabalho com os
alunos se efetive tanto no aproveitamento de sua experincia quanto no enriquecimento
e valorizao das metodologias e procedimentos aplicados, em busca da apropriao da
alfabetizao e letramento, com sucesso.
Esperamos que voc, alfabetizador, continue utilizando o Guia e suas dicas para renovar
e resignificar ainda mais sua prtica pedaggica. Aguardamos sugestes e crticas queserviro como oportunidades de aprendizagem e formao continuada.
Afetuosamente,
Equipe de elaborao do Guia.
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NOME ANIVERSRIORE
(nome e endere
CONHECENDO O ALUNO
Alfabetizador,
Propomos o preenchimento do quadro abaixo, ao iniciar o ano letivo, para que voc possa lembrar-se da da
que muito significativo para eles ) , o nome do responsvel e a forma de contato em caso de emergncia.
No seu dirio de classe, registre as informaes importantes para que voc possa intervir e apoiar seu alun
com as outras crianas e com toda a comunidade escolar. Exemplo: Se seu aluno tem alguma necessidade
medicamento, se necessita de alguma orientao ou acompanhamento, entre outros.
Nome da Escola:____________________________________________________Ano:_________Ciclo:___
Professor:_______________________________________________Turma:__________________________
01
02
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06
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HORRIOS
INCIO
RECREIO
SEGUNDA-FEIRA TERA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-
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EIXOS
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORALCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Dar continuidade s Prticas RODADE CONVERSA e DIA DA CAIXASURPRESA iniciadas no 1 bimestre.
Propiciar situaes em que a crianarelate fatos da vida cotidiana, fatosocorridos no final de semana, na horado recreio, fazendo comentrios sobreos trabalhos realizados, etc.
Planejar com a participao dascrianas a preparao para a festajunina:-Quem j foi a uma festa junina?- Quem j participou de uma festa
Junina?-O que h numa festa junina?-O que se comemora nessa festa?
Participar das interaes cotidianasem sala de aula:
-escutando com ateno e compre-enso;
-expondo opinies nos debates com oscolegas e com o alfabetizador.
Diria
Por ocasio dos preparativos da festa
junina
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EIXOS
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORALCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
-Qual a contribuio que poderemosoferecer para a festa junina da escola?-O que nossa turma apresentar na
festa junina?
Discutir na Roda de Conversa osresultados da pesquisa realizadaoralmente.
Por ocasio dos preparativos da festajunina
Usar a lngua falada em diferentessituaes escolares, buscandoempregar a variedade lingsticaadequada.
Solicitar s crianas que dem avisosou recados para o alfabetizador ou
para os alunos de outras turmas.
Primeiramente certifique-se de que oaluno compreendeu o recado que vai
transmitir.
Diria
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EIXOS
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORALCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Orientar para que se comunique comobjetividade e centre-se no contedoda mensagem.
Propor a brincadeira Telefone semfio.
Propor a exposio oral dos resul-tados da pesquisa individual a respeitodo tema proposto.
Sempre que necessrio
Respeitar a diversidade das formas deexpresso oral manifestas por colegas,professores e funcionrios da escola,bem como por pessoa da comunidadeextra-escolar.
Demonstrar atitude respeitosa diantedas variedades lingsticas apresen-tadas pelos alunos, seus familiares eseus conterrneos. Estimular orespeito mtuo diante das diferentesformas de expresso por meio deargumentao e exposio.
Discutir o modo de falar da Turma doChico Bento aps assistirem o DVD.
Sistematicamente
Quinzenalmente
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EIXOS
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORALCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Realizar com pertinncia tarefas cujodesenvolvimento dependa de escutaatenta e compreenso
Desenvolver atividades que exijamescuta atenta das orientaes naexecuo das tarefas propostas como
confeco de bandeirinhas, argolas,dobrar o papel para confeco dosconvites e outros adereos para adecorao da festa junina.
Semanal
Planejar a fala em situaes formais.Sugerir uma pesquisa com a ajuda dafamlia sobre os temas trabalhados.Sugesto: a festa junina no Brasil,comidas e brincadeiras tpicas, modosde vestir, msicas, etc.
Orientar os alunos na apresentao doresultado das pesquisas realizadas,usando gravuras e cartazes comorecursos auxiliares que facilitaro acompreenso dos ouvintes.Planejar
com as crianas qual a melhor formade transmitir o resultado das pesquisasaos interlocutores, qual a linguagem aser usada (coloquial ou formal).
Propor entrevista com funcionrios daescola, pais e pessoas da comunidade,pedindo sugestes para apresentaoda turma na festa junina.
Mensal
Por ocasio dos preparativos para afesta junina
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EIXOS
CAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Desenvolver atitudes e disposiesfavorveis leitura.
Orientar as crianas quanto a outrasformas de enriquecer os temaspesquisados. Para aprofundamento
dos mesmos, visitar a biblioteca daescola procurando informaes emrevistas, livros e enciclopdias. Casosua escola possua o Laboratrio deInformtica visite-o, buscandoinformaes na internet .
Sempre que se fizer necessrio
LEITURA
Dar continuidade prtica deCONTAO DE HISTRIAS eemprstimo de livros.
Diria
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EIXOS
LEITURACAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Desenvolver capacidades relativas aocdigo escrito especificamentenecessrias leitura;
-saber ler, reconhecendo globalmenteas palavras.
Trabalhar palavras relacionadas aotema proposto. Por exemplo, festajunina (pipoca, canjica, milho, fogueira,
pescaria, balo,bandeirinha, etc.) emcruzadinhas, jogo da forca, caa-palavras, entre outras.
Diria
-saber decodificar palavras e textosescritos.
Propor a leitura de frases e pequenostextos produzidos pelas crianas.
Diria
Desenvolver capacidades necessrias
leitura com fluncia e compreenso:
Propor s crianas antes da leitura perguntas como:O texto que vamos ler est escrito numjornal? Em um livro? Em umaembalagem? Que espcie (gnero) detexto ser esse? Para que ele serve?Quem conhece outros textos parecidoscom esse? Onde?
Diria
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EIXOS
LEITURACAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
-identificar as finalidades e funes daleitura em funo do reconhecimentodo suporte, do gnero e da
contextualizao do texto.
Comentar e discutir com os alunos oscontedos dos textos lidos, buscandocompreender informaes que no
estejam expl ic i tadas no textoassociando-as sua experinciapessoal. Inter-relacionando, no casodas histrias, quem fez o que, quando,onde e por que, construindo sentidopara o texto lido.
A part i r da lei tura fe i ta peloalfabetizador, em voz alta, de receitasculinrias, histrias, sinopse do filmeem DVD, quadrinhas, canes,parlendas, listas, cantigas, instruesde jogos, propor s crianas oreconhecimento dos suportes, dosgneros e a contextualizao do texto.
Sistematicamente
Diria
-antecipar contedos de textos a serem
lidos em funo do seu suporte, seugnero e sua contextualizao.
Incentivar os alunos a levantar
hipteses sobre o texto a ser lido,propondo perguntas: Este texto tratade que assunto? uma histria? umareceita? triste? engraado?
Diria
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EIXOS
LEITURACAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
-levantar e confirmar hiptesesrelativas ao contedo do texto que estsendo lido.
A partir da leitura em voz alta, oalfabetizador interrompe, perguntandoaos alunos: o que acham que vai
acontecer, como o texto vai prosseguir,e por que pensam assim.
Diria
-buscar pistas textuais,intertextu-pais e contextuais ara ler nas
entrelinhas (fazer inferncias),
ampliando a compreenso.
Fazer uma leitura em voz alta,
expressiva e completa, despertando a
ateno dos alunos para palavras
emdestaque, formatos grficos,
ilustraes.
Diria
-construir compreenso global dotexto l ido, unif icando e inter-relacionando informaes explcitas eimplcitas, produzindo inferncias.
Instigar os alunos a prestarem atenoe explicitarem a relao entre o ttulo eo texto, a descobrirem e explicarem osporqus do mesmo levando-os ainterligarem informaes, produzindoinferncias.
Diria
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EIXOS
LEITURACAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
-avaliar efetivamente o texto, fazerextrapolaes.-ler oralmente com fluncia eexpressividade.
Propor aos alunos que comentemavaliando afetivamente o texto lido,partilhando suas emoes, fazendo
extrapolaes (isto , transpondo osentido do texto para sua vivncia,realidade).
Diria
Compreender diferenas entre aescrita alfabtica e outras formasgrficas.
Propor aos alunos que pesquisem oulevantem hipteses sobre a presenade smbolos que representam osnmeros em calendrios, listastelefnicas, folhetos com preos demercadorias, etc.
Diria
Explorar com os alunos os espaa-mentos entre as palavras, apontandocada palavra escrita e os sinais depontuao no final de cada frase.
Diria
Dominar convenes grficas:
-compreender a orientao e oalinhamento da escrita da Lngua
Portuguesa;
-Compreender a funo da segmen-tao dos espaos em branco e dapontuao de final de frase.
Orientar os alunos quanto direoconvencional da escrita alfabtica.Exemplo: a escrita ocupa, emseqncia, a frente e o verso da folha
de papel; escreve-se dentro dasmargens e a partir da margemesquerda.
Diria
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EIXOS
APROPRIAO DO SISTEMA DA ESCRCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Reconhecer unidades fonolgicascomo slabas, rimas, terminaes depalavras,etc.
Criar situaes em que os alunosprestem ateno pauta sonora daspalavras. Produzir com eles listas de
palavras que comecem, ou queterminem, com determinada letra ouslaba.Exemplo, na msica sugerida para sertrabalhada nesse bimestre, encontrarno texto palavras que terminem emO:MO, BALO, SABO.
Duas vezes por semana
Conhecer o alfabeto: Apresentar aos alunos o alfabeto epromover, por meio de jogos,situaes que lhes possibilitem adescoberta de que se trata de umconjunto de smbolos as letras cujonome foi criado para indicar um dosfonemas e o que cada uma delas poderepresentar na escrita Exemplo:
algumas msicas que so cantadasenquanto pula-se corda, JOGO DAFORCA, BINGO DE LETRAS,CRUZADINHA, etc..Propor a atividade de preencher aslacunas seguindo a ordem alfabtica.
Diria
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EIXOS
APROPRIAO DO SISTEMA DA ESCRCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Compreender a categorizaoe funcional das letras.
grfica Desenvolver atividades paracriana perceba a categorizao dasletras (maisculas, minsculas,
imprensa, cursiva) e seu aspectofuncional (quais letras devem serusadas para escrever determinadaspalavras e em que ordem). Exemplo:agrupando letras maisculas/mins-culas ou cursiva/imprensa; desemb-aralhando letras para se escreverpalavras.
que a
Conhecer e utilizar diferentes tipos deletra (forma e cursiva)
O alfabetizador dever avaliar qual omomento adequado para apresentarsistematicamente aos seus alunos asletras maisculas e minsculas. Parasaber mais leia Prtica PedaggicaDescobrindo novas formas degrafar as letras.
Sistematicamente
Sistematicamente
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EIXOS
APROPRIAO DO SISTEMA DA ESCRCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Dominar as relaes entre grafemas efonemas.
O alfabetizador dever identificar quala hiptese levantada e compreender oraciocnio feito pelos alunos acerca daescrita alfabtica. Propor atividadesem que as crianas identifiquem arelao fonema-grafema num conjuntode palavras, como, exemplo, aidentificao do fonema /p/ naspalavras: pipoca, pula, pato,p, p.
Explorar palavras parecidas, cuja
diferena se deve a um fonema, repre-
sentado na escrita por uma letra: pane-
la, janela, cola, mola, etc.
Propor separao de palavras emslabas construindo novas palavras apartir das slabas encontradas. E mais,
atividades que pedem a identificao ecomparao de palavras: cruzadinha,texto lacunado confrontando a escritaproduzida pelo aluno e a escrita pa-dro.Produzir coletivamente o convite paraa festa junina.
Sistematicamente
Compreender a natureza alfabtica dosistema de escrita.
Sistematicamente
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EIXOS
APROPRIAO DO SISTEMA DA ESCRCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Dominar regularidades ortogrficas Trabalhar sistematicamente com ascrianas o conhecimento da morfologiada lngua. Por exemplo: a indicao de
gnero (menino/menina) e o nmerodos nomes. Para a indicao denmero, costuma-se utilizar o morfemas, que indica singular e plural( menino/meninos e menina/meninas).No caso dos nomes terminados em r ez, a desinncia de plural assume aforma -es: mar / mares; cruz / cruzes.
Sistematicamente a partir dashipteses e observaes das crianas
Dominar irregularidades ortogrficas. Propor atividades de memorizao depalavras onde h irregularidadesortogrficas. Por exemplo: cruzadi-nhas, ditado colorido, caa-palavras,jogo da memria de letras, trilhas, etc.
Sistematicamente a partir das hip
teses e observaes das crianas
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EIXOS
APROPRIAO DO SISTEMA DA ESCRCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Em funo da freqncia dessaspalavras nos textos escritos que ascrianas vo ler e escrever. Exemplo:
no comeo de palavras a letra S (sapo,segredo, sino, sopapo, subida) e,diante de/e/ e /i/, tambm pela C (cego,ciranda). Em slabas de meio depalavras, aumentam as possibilidadesde grafia: entre vogais o fonema /s/pode ser escrito com C (oceano), comSS (ossada, com XC (exceto), com (espao), com SC (nascimento); antesde vogal e depois das letras N e L, ofonema /s/ pode ser escrito com ografema C (vencem, calcem), ou S(pensem, ensaboar, valsa), ou (abenoar, danar,cala). Para sabermais consulte o caderno 2 do CEALE,pgina 40.
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EIXOS
COMPREENSO, PRODUO E VALORIZAO DA CUCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Conhecer, utilizar e valorizar os modosde produo e circulao da escrita nasociedade.
Proporcionar aos alunos o contato comdi ferentes gneros (not c ias,quadrinhas, cantigas, poesias,
histrias, receitas, etc) e suportes detextos escritos (cpia de textomimeografado, cartazes, jornais, livrosde receitas, jornais, embalagens deprodutos, etc.).Confeco de lbum de receitas decomidas tpicas da festa junina.
Diria
Conhecer os usos e funes sociais daescrita.
Levar para a sala de aula e dispo-nibilizar para observao e manuseiopelos alunos, muitos textos, perten-centes a gneros diversificados, pre-
sentes em diferentes suportes.
Diria
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EIXOS
COMPREENSO, PRODUO E VALORIZAO DA CUCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Conhecer os usos da escrita na culturaescolar.
Orientar as crianas para perceberemcomo so usados e para que servemos suportes e instrumentos de escritano cotidiano escolar como porexemplo, livro didtico, livros dehistrias, caderno, bloco de escrever,papel ofcio, cartaz, lpis, borracha,
computador.Elaborar com as crianas cartazescom o resultado da pesquisa realizadasobre o tema proposto, orientando-ascomo dispor um texto no cartaz, qualtipo de letra e que recursos grficosdeve-se usar: lpis de cor; lpis deescrever; caneta hidrogrfica ou tintaguache?.
Orientar a explorao dessesmateriais, valorizando o conhecimentoprvio do aluno, possibilitando a ele
dedues e descobertas, explicitandoinformaes desconhecidas. Porexemplo: indicando o sumrio numaenciclopdia ou lista telefnica,mostrando como um jornal organizado em cadernos,etc.
Diria
Diria
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EIXOS
COMPREENSO, PRODUO E VALORIZAO DA CUCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Elaborar com as crianas cartazescom o resultado da pesquisa realizadasobre o temaproposto, orientando-as
como dispor um texto no cartaz, qualtipo de letra e que recursos grficosdeve-se usar: lpis de cor; lpis deescrever; caneta hidrogrfica ou tintaguache?.
Desenvolver as capacidades neces-srias para o uso da escrita no contextoescolar:
Saber usar os objetos de escrita pre-sentes na cultura escolar.
Discutir com os alunos como usar ecuidar dos cadernos para sua boaconservao (passando as folhas umaa uma, segurando corretamente o lpisde cor, o lpis de escrever, a tesoura, aborracha, o apontador,etc.).Orientar a marcao das linhas docaderno para a escrita na pauta.Orientar sobre como sentar-secorretamente na carteira para ler eescrever, cuidar dos materiaisescolares, lidar com a tela, o mouse e oteclado do computador.
Diria
Diria
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EIXOS
COMPREENSO, PRODUO E VALORIZAO DA CUCAPACIDADES PRTICAS FREQNCIA
Desenvolver atividades motoras paraaquisio da habilidade de escrever deforma legvel (picar papel com os
dedos, recorte, colagem, dobradura,enfiagem, pintura, modelagem demassinha e argila,etc.), levando osalunos a refletirem sobre a nece-ssidade de uma boa apresentaoesttica para que as produesescritas possam ser lidas por outraspessoas.
DiriaDesenvolver capacidades especficaspara escrever.
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Como fazer o conhecimento do aluno avanar?
Sabemos que no existe um nico processo de ensino e aprendizagem. Essa relao
cognitiva e pedaggica acontece no desenvolvimento da prtica pedaggica. Cabe, a ns,
educadores e alfabetizadores compreendermos o caminho percorrido pelo nosso aluno,
identificar as informaes que perpassam pela sala de aula e propor atividades que permitam,que tanto o acesso a informao, quanto a construo de conhecimento, se adaptem e
dialoguem na relao ensino-aprendizagem.
O alfabetizador precisa planejar, intervir e mediar a ao do aprendiz em relao ao objeto
de conhecimento, mas para que o processo seja efetivo no sentido da promoo da
aprendizagem, alguns princpios devem ser seguidos:
- os alunos precisam apresentar o que sabem sobre o contedo que se quer ensinar e para
isso, a relao de confiana e autonomia deve ser construda coletivamente;- a organizao e o planejamento das prticas e das atividades devem ser avaliados e
devem promover a circulao de informaes;
- os contedos e atividades precisam manter suas caractersticas de objetos socioculturais
sem se transformarem em simples objetos escolares vazios de significado e sentido.
Nem sempre ser possvel apenas organizar as atividades pensando nesses princpios,
pois depende do contedo, seus objetivos e da orientao da atividade. No entanto, sua
seleo e indicao podem direcion-los para uma prtica pedaggica focada no letramentoe alfabetizao, alm dos muros da escola.
Lembre-se de retomar as prticas pedaggicas indicados no Guia do primeiro bimestre, pois
a interao em sala de aula contnua e todos os processos, metodologias e procedimentos
precisam ser considerados de acordo com a
necessidade e o desenvolvimento da turma. Consulte os resultados de desempenho de seus
alunos para que as capacidades e habilidades lingsticas sejam introduzidas, sistematizadas
e consolidadas.
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PRTICAS PEDAGGICAS
AS CONTRIBUIES DA PSICOMOTRICIDADE PARA LETRAMENTO E PARA
ALFABETIZAO
O que acontece em nosso corpo quando escrevemos?
Para escrever realizamos o movimento de vrios ossos, sendo cinco palmares, oito dopunho, alguns tendes e diversos msculos do brao. Tudo isso amparado por ombros e a
coluna vertebral.
Grafar uma atividade motora, seja traando letras, manuseando letras mveis, digitando
no teclado do computador ou tambm usando lpis, caneta, borracha, tesoura, cola, etc.
Por isso, necessrio propiciar experincias para o desenvolvimento de competncias
motoras.
As habilidades motoras precisam ser aprendidas e, na maioria das vezes treinadas. Aaquisio de habilidade especfica para escrever requer destreza motora e conhecimento
da cultura escrita.
A coordenao motora e as diferentes formas de expresso
fundamental que a criana vivencie a sua mobilidade, desfrutando da sua linguagem
corporal e capacidade motora, atravs de brincadeiras, jogos, danas, desenhos, modelagem,
atividades esportivas, demonstraes de afeto, reprodues e imitaes comportamentais,etc.
Muitas vezes, associado ao movimento infantil encontra-se a linguagem musical e as artes
visuais, presente em todas as culturas, nas mais diversas situaes, integrando aspectos
ldicos, afetivos, estticos e cognitivos e contemplando aspectos motores.
As artes visuais expressam e comunicam sentimentos e idias atravs do trao, cor, forma,
espao e volume em produes de desenho, escultura, brinquedos, pintura, bordados, entre
outros. Em muitas propostas pedaggicas as artes visuais foram compreendidas como meros
passatempos, no sendo valorizadas como atividades importantes para o desenvolvimento
da coordenao motora.
Muitas brincadeiras do universo infantil envolvem msica, possibilitando as crianas
expressarem emoes, desenvolvimento da ateno e da concentrao, ritmo e controle
motor. Habilidades imprescindveis no processo da aquisio da leitura e da escrita.
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Em sntese, o processo de alfabetizao precisa ser transformado em um jogo enriquecido
com atividades corporais, expresso grfica e plstica por meio de desenhos e pinturas,
expresso oral em rodas de conversas, registros escritos, entre outros. Quanto mais
estmulos estiverem presentes, mais significativa ser a aprendizagem e mais slidos
sero o conhecimento e a assimilao dos conceitos pelos alunos. aconselhvel que a
alfabetizao acontea a partir do corpo, dos gestos, do que est prximo da realidade dacriana, do que palpvel.
Expresso oral e escrita
O trabalho com o movimento contribui para a expresso, pois necessrio a capacidade
de se relacionar com o outro, usando a linguagem oral atravs do dilogo para a
resoluo de problemas, o que sempre acontece em contextos de jogos e brincadeiras.
As atividades coletivas e jogos em grupo renem situaes extremamente produtivaspara o desenvolvimento da capacidade de dilogo, de respeito ao outro e proporcionam
momentos de prtica e conscincia das regras. Em algumas situaes de impasse quanto
ao cumprimento das regras torna-se necessrio recorrer leitura ou fazer o registro escrito
das regras dos jogos em questo.
Assim, aprender a linguagem oral e escrita ampliar as possibilidades de participao nas
prticas sociais, nos significados culturais pelos quais se interpreta e representa a realidade,
atravs do desenvolvimento de quatro competncias bsicas: falar, escutar, ler e escrever.
Motricidade: forma de expresso
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educao Infantil, o movimento, para a
criana, significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espao. A
criana se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mmicas faciais e interage
utilizando fortemente o apoio do corpo. A dimenso corporal integra-se ao conjunto da
atividade da criana. O ato motor faz-se presente em suas funes expressiva, instrumental
ou de sustentao s posturas e aos gestos.
A movimentao das crianas na sala de aula deve ser considerada como um recurso
para aprendizagem e no um obstculo, pois a criana aprende por meio da expresso
corporal e ao vivenciar desafios motores. Existe a concepo de que o corpo e a mente
so desvinculados, e o crebro no fizesse parte do corpo. A escola no foge a essa regra,
como se fosse possvel matricular s a cabea, deixando o corpo do lado de fora nas aulas
e, somente percebendo o corpo na aula de educao fsica e no recreio.
Ao brincar e jogar a criana participa das construes de re-gras, sendo assim, [...] as crianas constroem conhecimen-tos e vivem relaes sociais especficas, repletas de valorese significados (CARVALHO; GUIMARES, 2002, p. 80).
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Essa concepo de corpo aparece, ainda que no conscientemente, nas escolas. Aorganizao da sala, as rotinas de tempo, a distribuio do lanche, as aulas, revelam comoesse corpo tratado. Em geral, um corpo que atrapalha a aprendizagem e que precisa sercontido, por isso as crianas esto sentadas em fila, umas atrs das outras, e no podemmovimentar-se sem autorizao. As prprias regras da escola quando se pode beber
gua, quando levantar da cadeira, quando comear a atividade, se pode ou no virar para olado agem sobre o corpo e podem inibir um envolvimento ativo do aluno com as atividadespropostas.
Insiste-se, por exemplo, que as crianas se organizem sempre em fila. No entanto, aprendera andar pela escola sem ser dessa forma apresenta, do ponto de vista cognitivo, daaprendizagem de relacionamento e da autonomia, um desafio muito maior do que andar emfila.
Assim, devemos ressaltar queaprender um ato psicomotor,embora, muitas vezes,separemos o corpo da mente, damesma forma que separamoso que cognitivo do que psicomotor. Como diz Wallon,o ato mental e o ato motor soindissociveis.
O significado do modelo no trabalho com o movimento
Uma ao pode ser realizada por meio de diferentes movimentos, por isso no se deveinsistir em ensinar criana, principalmente no incio do processo de alfabetizao, umgesto nico tido como a tcnica mais adequada para resolver a atividade proposta.
Quando o alfabetizador repete gestos-modelo estar contribuindo para a assimilao demovimentos estereotipados. As atividades propostas s crianas, bem como os ambientesem que esto inseridas e materiais oferecidos, devem contemplar oportunidades para queela ganhe consistncia com variabilidade.
Mais importante do que buscar o jeito certo de pular corda, arremessar uma bola, porexemplo, estimular a criana a resolver esse desafio de diferentes maneiras, de diferentesdistncias. Essas aes permitem que a criana escolha as respostas para os diferentesdesafios buscando solues alternativas e criativas para os mesmos problemas. Isso noquer dizer que o alfabetizador no deva fornecer informaes s crianas sobre os caminhospara encontrar melhores solues, demonstrar movimentos que ele conhece ou chamar aateno da criana para a maneira como um colega resolveu aquele desafio. Portanto, odesenvolvimento motor ocorre, basicamente, por dois processos: o aumento da diversidade
e da complexidade.
importante que as aulas incorporem a expressividade e a mo-bilidade prprias s crianas. Assim, um grupo disciplinado no aquele em que todos se mantm quietos e calados, mas simum grupo em que os vrios elementos se encontram envolvidose mobilizados pelas atividades propostas. Os deslocamentos,as conversas e as brincadeiras resultantes desse envolvimentono podem ser entendidos como disperso ou desordem, e simcomo uma manifestao natural das crianas. Compreender ocarter ldico e expressivo das manifestaes da motricidade in-fantil poder ajudar o professor a organizar melhor a sua prtica,levando em conta as necessidades das crianas
(Referencial Curricular Nacional para a Educao Infantil
Volume 3 - 1998).
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O aumento da diversidade se d pela possibilidade de a criana vivenciar um mesmo
esquema de ao em diferentes contextos.
O aumento da complexidade envolve aprendizagem de novos movimentos a partir daqueles
que a criana j domina e diversifica. Por exemplo: a criana aprende a andar diversificando
essa ao em relao ao tempo, aos deslocamentos, s mudanas de direo; a partir desseandar ela desenvolve o correr e o correr diversificado, que depois pode ser combinado a
outros movimentos, como quicar uma bola, dando origem a um movimento mais complexo
ainda, que driblar a bola num jogo de futebol.
Para um bom desenvolvimento motor preciso, ento, garantir a diversificao dos
movimentos e a graduao das dificuldades, levando em considerao o desenvolvimento
e a aprendizagem da criana num determinado momento. Mas preciso superar a viso
de que o desenvolvimento motor um processo natural e progressivo que acontece sema necessidade de um ambiente favorvel sua ocorrncia. Entendemos que esses dois
processos so indissociveis.
Uma caracterstica singular do movimento humano a necessidade de construir, ao mesmo
tempo, consistncia e variabilidade, por isso, preciso deixar de lado a idia de que existem
formas gestuais ideais, nicas, certas que a criana deve aprender.
A consistncia garante o encontro de coordenaes motoras mais eficientes, construdaspara que a criana apresente solues frente aos desafios motores. Podemos observar
esse desafio quando a criana folhear, pela primeira vez, as pginas de seu caderno ou
manipular lpis e borracha (em diferentes formatos e texturas).
Para aprender a escrever, por exemplo, preciso que a criana ganhe consistncia em sua
capacidade de controlar as contraes musculares adequadas para realizar o movimento.
Seja traando letras ou manuseando as letras mveis.
A consistncia garante encontrar um caminho seguro e confivel para realizar o movimento.
No entanto, estamos constantemente sendo desafiados pelos variados portadores de texto
(revistas, panfletos, livros) a serem manuseados, podemos usar papel, letras mveis ou
teclado do computador para escrever, e a variabilidade de nosso sistema motor que
garante essa adaptabilidade e odesenvolvimento de esquemas de ao flexveis.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
LETRAMENTO E A ALFABETIZAO
Para que a alfabetizao seja um aprendizado envolvente e contextualizado nada melhor
que utilizar a leitura e a escrita na prtica das brincadeiras, seja fazendo o registro das
regras atravs da escrita, explicando as regras oralmente ou lendo gneros textuais queapresentem msicas, jogos e brincadeiras que ainda no fazem parte do repertrio da
turma.
Para que a brincadeira, numa situao dirigida, seja proveitosa e atinja seus objetivos,
deve ser bem organizada, conduzida e avaliada. Imprescindvel uma conduo firme, justa
com orientaes de fcil compreenso e numa seqncia lgica para as crianas. Para
estimular a participao efetiva das crianas, nas brincadeiras propostas, primordial o
professor demonstrar entusiasmo legtimo.
Sugestes para o planejamento e execuo de jogos e de brincadeiras.
Planejar - Sempre planeje: escolher o jogo ou brincadeira adequada, considerando os
seguintes aspectos: idade, interesses, nmero de crianas, materiais necessrios; espao
disponvel; etc.
Orientar o grupo: motivar as crianas para a atividade e ser bastante claro ao apresentar as
regras, garantindo a compreenso de todos.
Distribuir ateno a todos: auxiliar aos alunos que apresentarem mais dificuldades,
estabelecendo limites e ajudando-os a cumprir as regras.
Acalmar as crianas e iniciar outra atividade: disponha de alguns minutos para conversao,
tecendo alguns comentrios sobre a atividade concluda, anteriormente.
Dominaros procedimentos didticos que iro auxiliar efetivamente o desempenho docentedurante as atividades.
Aspectos importantes a serem observados durante o desenvolvimento das
atividades
Envolver todas as crianas na atividade. Importante lembrar, que numa situao escolar,
nem todas as crianas podero participar ao mesmo tempo; nesse caso, recorre-se ao
revezamento... uns jogam, outros torcem;
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Estimular a participao de todas as crianas nos jogos e brincadeiras. interessante queo professor realize uma demonstrao com ajuda de alguns alunos de como executar a
tarefa proposta para garantir que todos compreenderam o desenvolvimento da atividade;
Circular entre as crianas permite ao professor verificar quais esto com dificuldade eajud-las;
Dar ateno especial para s crianas que apresentem dificuldades na execuoda brincadeira, por qualquer que seja o motivo, para que elas possam superar suasdificuldades;
Observar se todas as crianas esto participando ativamente nas brincadeiras e jogospropostos e se esto tendo oportunidade suficiente para isto;
Proporcionar condies para a criana criar novas formas de movimento. importanteque ela tenha a oportunidade de testar suas prprias idias, resolver problemas com oseu prprio movimento;
Propiciar tarefas em que a criana encontre a maneira de realiz-la com seu prpriomovimento. O professor deve explicar, sem fazer uso da demonstrao;
Favorecer o exerccio da liderana, caso surja uma criana como lder;
Mudar a liderana para que todas as crianas tenham a experincia de liderar;
Utilizar formas em que no deixem crianas sem grupo, caso a atividade demandeformao de grupo;
Definir maneiras para as crianas retirarem e guardarem os materiais usados na atividadeproposta;
Promover o retorno o mais breve possvel das crianas eliminadas quando houver ocritrio de eliminao no desenvolvimento da atividade;
Realizar a correo da brincadeira ou jogo, o professor deve atentar-se para:- colocar as crianas sentadas de forma que todas consigam enxergar oprofessor executando a atividade do jogo ou brincadeira, relembrando as regrase combinados;- demonstrar o passo a passo ao desempenhar a brincadeira ou jogo;
- solicitar que experimentem a brincadeira ou jogo aps a demonstrao..
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
LETRAMENTO E A ALFABETIZAO - CONTINUAO
Propiciar atividades em pequenos grupos para a criana ter a oportunidade de ajudar ocolega, assim experimentar observar as suas aes e, s vezes, corrigir a si prprio e/
ou ao outro;
Estabelecer um sinal de parada para retomar a ateno das crianas muito til.Normalmente a elevao do brao, acompanhada pela voz eficaz.
Fantasma
Correr nas pontas dos ps, sem fazer qualquer rudo.GiganteFicar nas pontas dos ps, estender os braos para cima e caminhar com passadas largas.
SaciDar voltas, pulando num s p.
Boneco de panoAmolecer o corpo, deixando os braos pendidos para os lados e andar completamenterelaxado.
RelgioAfastar as pernas e inclinar o tronco um lado e para o outro, dizendo tic-tac.
Soldado de chumbo
Esticar bem as pernas e os braos e andar com o corpo duro, fazendo movimentosexagerados com os braos.
CanguruFicar em p, com os joelhos ligeiramente curvados e os ps unidos. Levar os braosflexionados frente, encostando-os ao tronco. Deixar as mos relaxadas e cadas e darlongos saltos frente , sempre com os ps unidos.
Pular cordaPular corda uma brincadeira praticada pelas crianas de todo o mundo. As meninas soas que mais brincam com corda, mas os meninos tambm podem e devem pular. uma
brincadeira muito divertida, pode-se pular corda sozinho ou com outras crianas. Mas, em
grupo, fica muito mais divertido.
Atividades dirigidas para o desenvolvimento da coordenaomotora que auxiliaro no processo de aquisio da leitura e es-crita. Seguem alguns exemplos:
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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H uma quantidade considervel de parlendas e cantigas que do ritmo s atividades com
corda. O professor pode ensin-las. Caso tenha mais de uma corda, organize trios: dois
batendo e um pulando. Desafie os grupos a irem testando uma a uma, para verificarem qual a mais fcil, mais rpida, mais difcil, etc.
As crianas que batem a corda vo contando ou falando as letras do alfabeto at que quem
estiver pulando encoste o p na corda. Quando a criana errar ter de dizer uma palavra em
que a letra aparece no incio.
Duas crianas batem a corda em ritmo normal. Uma terceira chega e reproduzem o
dilogo:Tem, tem. (a criana que chega)-
-Quem ? (as duas que batem a corda)-
Seu bem (criana).-
Pode entrar. (as crianas que batem a corda).-
Algumas msicas podem ser cantadas enquanto pula-se corda observando o ritmo. Por
exemplo:
Um homem bateu minha porta. E eu abri. Senhoras e senhores, ponham a mo no cho.
Senhoras e senhores, pulem num p s. Senhoras e senhores, dem uma rodadinha e
vo pro olho da rua.
Com quem? Com quem? ( Nome da criana que est pulando) vai se casar? Louro, moreno,
careca, cabeludo. Rei, ladro, soldado, capito. Qual a letra do seu corao?
Suco gelado, cabelo arrepiado, qual a letra do seu namorado? A,B,C,D, E,F,G,H,I,J,
K,L,M,N,O,P,Q,R,S,T,U,V,W,X,Y,Z. Quando a menina erra, ter de dizer um nome que
comece com aquela letra.
Variao da mesma msica para os meninos:
Suco gelado, peruca arrepiada, qual a letra da sua namorada? A,B,C,D, E,F,G,H,I,J,K,L,
M,N,O,P,Q,R,S,T,U,V,W,X,Y,Z. Quando ao menino erra, ter de dizer um nome que comece
com aquela letra.
Batalho, lho, lho. Quem no entra um bobo. Abacaxi, xi, xi. Quem no sai um
saci!
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
LETRAMENTO E A ALFABETIZAO - CONTINUAO
N unca me viu, cara de pavio! Nunca te vejo, cara de percevejo! No me atormente, cara
de _______________! Voc s reclama, cara de ______________! V se no implica,
cara de ___________! Voc no se importa, cara de ____________!
Quem foi pra Portugal, perdeu o mingau! Quem foi pra Pirapora, perdeu a hora! Quem foi
para a roa, perdeu a carroa! Etc..
Chamada
Enquanto duas crianas batem a corda, as outras formam uma fila. Cada
um entra na corda, pulando trs vezes e dizendo:- Pique, rabo, emenda!
No quarto pulo, sai da corda, e a criana seguinte entra na mesma hora.
Pescaria do alfabeto
Material:
letras em papel carto com ganchinhos, varas de pescar, areia, fichas de nomes dos alunos
ou palavras trabalhadas.
Desenvolvimento:
Dispor as letras na areia para serem pescadas
Pescar uma letra, para ser colocada sobre uma ficha cuja palavra tenha a letra1)
pescada.
Pescar uma letra e dizer uma palavra em que ela aparece no incio.2)
Circuitos e percursos
Material
Pneus, caixotes, cordas, barbantes, bambols, bancos, mesas, cadeiras, colchonetes, tocos
de madeira, blocos de espuma ou papelo, panos grandes, tneis de pano.
Desenvolvimento
O professor e as crianas organizam os diferentes materiais, montando o percurso emseqncia ou na forma de labirinto, criando passagens secretas, trechos com larguras
e alturas limitadas etc. Terminada a tarefa, as crianas comeam a percorrer o percurso
construdo.
Objetivos
Encontrar solues corporais para os desafios propostos no percurso ou circuito; experimentar
novas formas de deslocamento em espaos diferenciados (alongando-se, abaixando,
arrastando, puxando, rolando, segurando, apoiando etc.); desenvolver os aspectos motor,
social e cognitivo.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Fingir de esttua
Material
Um aparelho de som e fitas ou CDs variados.Desenvolvimento
Voc fica no controle do aparelho de som. Enquanto a msica toca, as crianas devem
caminhar ou danar pode ser ou no, no ritmo da msica. Quando a
msica pra, elas tambm param imediatamente do jeito que esto e ficam sem se mexer
at a msica recomear.
Objetivo
Trabalhar o contraste entre som e silncio.
Boliche
Material
Garrafas pet, bola de meia, tampinhas, papel e lpis
Desenvolvimento
Dividir a turma em dois grupos.
Cada criana na sua vez joga a bola com o objetivo de derrubar as garrafas.
Marcam-se os pontos conforme o nmero de garrafas derrubadas.
Variaes
Boliche dos numerais
(colar um numeral em cada garrafa).
A criana deve escrever os numerais das garrafas cadas, ou separar o nmero de tampinhas
correspondente ao nmero de garrafas cadas, ou somar dois ou trs numerais das garrafas
cadas...
Boliche das letras ou palavras
(colar uma letra em cada garrafa ou uma palavra)
A criana deve escrever as letras das garrafas cadas, ou desenhar uma figura cujo nome
se inicia com uma das letras das garrafas cadas, ou ler as palavras das garrafas cada, ou
criar uma frase com uma das palavras das garrafas, etc.
Corre comadre Corre Compadre
Material
Uma bola e lugar amplo.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Desenvolvimento
Organizar as crianas atrs de uma linha ponto de partida.
O professor arremessar a bola rolando at uma outra linha, a de chegada, dizendo CORRE
COMADRE CORRE COMPADRE.
Todas as crianas devem correr tentando atingir a linha de chegada antes da bola.
Ganharo a partida as crianas que conseguirem cortar a linha de chegada antes da bola.
Objetivos
Desenvolver ateno, rapidez, coordenao viso- motora, organizao espao- temporal,
coordenao dinmica geral.
Esvaziar e encher
Material
caixas com vrios objetos (o nmero de caixas ser correspondente ao nmero de filas a
serem formadas)
Desenvolvimento
Distribuir as crianas em duas ou trs filas. As crianas ficaro atrs de uma linha traada no
cho. frente da linha de cada fila, numa distncia de 20 metros, colocar uma caixa.
Ao sinal do professor, o primeiro de cada fila dever correr at a caixa e retirar todos os
objetos da caixa utilizando uma s mo. Ao retirar todos os objetos da caixa voltar correndo
e ocupar o ltimo lugar da fila.
Assim que a primeira criana ultrapassar a linha, a segunda correr para repor os objetos
na caixa, tambm usando apenas uma das mos.
Vence o jogo a fila que todas as crianas foram at a caixa.
Objetivos
Desenvolver ateno, velocidade, coordenao motora e coordenao dinmica geral.
Roupas no varal
Material
Corda de varal e balde com panos e pregadores.
Desenvolvimento
As crianas distribudas em dois ou trs grupos. Ao sinal dado as primeiras crianas de
cada fila devem sair correndo levando o balde que tem ao seu lado, e pendurar no varal as
roupas que tem dentro. Devem tambm colocar os prendedores necessrios.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
LETRAMENTO E A ALFABETIZAO - CONTINUAO
Aps pendurarem, devem trazer de volta para os prximos da fila que devem retornar e
retirar as roupas da corda e os prendedores, trazendo para o seguinte da fila. O seguinte
da fila dever ir pendurar, e assim sucessivamente. A equipe, que todos os participantesforem em menos tempo e de forma correta, ser a vencedora.
Objetivos
Desenvolver ateno, velocidade, coordenao motora e coordenao dinmica geral.
Caa Fantasmas
Material
Um lenol.
Desenvolvimento
Crianas sentadas, em crculo. Uma criana escolhida aleatoriamente para sair da sala
por alguns instantes.
As demais crianas permanecem sentadas. Uma criana da roda coberta com o lenol (
importante que no aparea nenhuma parte do corpo e que ela permanea em silncio).
A criana que est do lado de fora da sala volta e dever adivinhar qual colega foi coberto.
Em outro momento, dois participantes podem trocar de lugar ou at mesmo o grupo todo,
dificultando para quem est adivinhando.
Os participantes podem discutir na roda a posio em que estavam sentados: quem estava
de um lado, quem estava de outro e o que mudou (as trocas), no final da brincadeira.
Objetivos
Desenvolver percepo visual, memria, organizao espacial, ateno.
Vai e Vem
Material
Nenhum
Desenvolvimento
As crianas sentadas no cho em crculo. Uma criana fica fora do crculo, em p.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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A criana escolhida ir correr no sentido horrio (direta) da roda. Ela escolher um colega
colocando a mo em seu ombro.
Quando a criana de fora da roda indicar o colega e gritar VEM, ele dever levantar-se
e correr para a direita. Quando gritar VAI, o escolhido correr para a esquerda, tentando
ocupar novamente seu lugar no crculo.
Quem ficar em p continua a brincadeira escolhendo outro colega, e assim, sucessivamente.
A brincadeira terminar quando diminuir o interesse das crianas.
ObjetivosDesenvolver a agilidade, lateralidade e a organizao espacial.
Barata assustada
Material
Um objeto qualquer que possa passar de mo em mo.
DesenvolvimentoAs crianas sentadas em crculo.
A um sinal dado pelo professor (uma batida de palma, por exemplo), o objeto passa
rapidamente de mo em mo para o colega da direita. Ouvindo um novo sinal (duas palmas,
por exemplo) as crianas fazem o objeto voltar, ou seja, para a esquerda.
O professor d vrios sinais correspondendo a cada mudana de direo do objeto.
A brincadeira acabar quando os jogadores perderem o interesse pelo jogo.
Objetivos
Desenvolver ateno, rapidez, coordenao viso motora e lateralidade.
Corrida das trs pernas
Material
Faixas para amarrar as pernas, suficientes para todas s crianas.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Desenvolvimento
As crianas se dividem em duplas, amarram a faixa no joelho, unindo a perna direita dos
dois jogadores.
A dupla deve segurar-se firme pela cintura e quando o professor der o sinal de largada, as
crianas saem correndo tentando cruzar a linha de chegada.
A dupla que alcanar primeiro linha de chegada, vence o jogo.
Objetivos
Desenvolver ateno, rapidez, equilbrio dinmico, organizao espao-temporal.
Estimular a solidariedade e a parceria atravs da sincronia exigida para o bom desempenho
das duplas.
JOGO DA FRUTA
Material
Uma bola
Desenvolvimento
As crianas formam um crculo e uma vai para o meio da roda. Cada criana escolhe uma
fruta.
A criana que est no meio da roda dever jogar a bola para cima e gritar o nome de uma
fruta. A criana (fruta- escolhida) pega a bola enquanto as demais crianas correm. Ao pegar
a bola a criana grita: Salada de frutas. Ao som dessa ordem quem estiver correndo dever
parar.
A criana que est com a bola a arremessar tentando acertar um colega. As crianas no
podero sair do lugar para esquivar da bola.
A criana que for acertada ir para o meio do crculo e chamar uma outra fruta.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Objetivos:
Desenvolvimento da ateno, rapidez, coordenao viso-motora e vocabulrio (frutas).
Pele de serpente
Desenvolvimento
As crianas devem formar uma fila, de pernas abertas e mos nos ombros do colega da
frente.
O ltimo da fila dever rastejar entre as pernas dos colegas at chegar ao incio da fila.
Depois ser a vez do penltimo da fila, e assim sucessivamente, at que todas as crianas
mudem de lugar.
Ao terminar a fila pode recomear em sentido contrrio.
O jogo terminar quando as crianas perderem o interesse pela brincadeira.
Objetivos
Desenvolvimento da ateno, coordenao motora, organizao espao-temporal.
Caador de TartarugasMaterial
Uma quadra de esportes
Desenvolvimento
As crianas dispersam-se pela quadra e o professor escolhe um caador que ir caar
as tartarugas.
Dado o sinal de incio o caador sai correndo para pegar os colegas. Esses evitaro
ser apanhados deitando-se no cho, de costas, braos e pernas encolhidos, imitando
uma tartaruga (deitadas sobre o dorso), devendo permanecer assim, apenas por alguns
segundos. Enquanto estiverem nessa posio, no podero ser caados. A tartaruga que
for apanhada sai do jogo. Vencer o ltimo a ser pego.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Objetivos
Organizao espacial e temporal, equilbrio esttico, velocidade, coordenao motora.
Observao
Conforme o nmero de participantes, pode-se escolher dois ou trs caadores.
A mgica
Material
Um pano para cada participante tapar os olhos.
Desenvolvimento
Crianas em dupla. Uma dever estar deitada no cho com os olhos vendados, a outra ao
seu lado com o pano na mo.A criana da dupla que est com o pano na mo dever, com o mesmo, tapar uma parte
do corpo do seu colega, e dizer: Fulano, sumiu uma parte de seu corpo. Qual foi?.
A criana que est com os olhos vendados dever responder, e depois de um certo tempo
trocar as posies.
ObjetivosDesenvolver esquema corporal.
Galinha cega
Material
Garrafa pet vazia e uma venda para os olhos.
Desenvolvimento
Formar uma roda e uma das crianas ficar no meio dessa roda, a galinha cega no caso,
com uma garrafa pet nas mos e os olhos vendados.
A roda comea a girar e a cantar e quando a galinha cega bater no cho com sua garrafa
pet, a roda para.
A galinha cega deve estender sua garrafa pet em direo a outra criana, que se aproximar,
ficando em frente e ao alcance das mos da galinha cega. Essa dever tentar reconhecer o
colega pelo tato. Se conseguir, essa criana ser a galinha cega. Caso contrrio, o jogador
volta para seu lugar e o jogo continua.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Ganhar a partida, a criana que conseguir ficar menos tempo no meio da roda.
Objetivos
Desenvolver esquema corporal, organizao espacial, socializao.
Cabra-cega
(Tambm conhecido por cobra-cega, pata-cega, galinha-cega)
Material:
Uma tira de tecido escuro ou um leno para vendar os olhos da cabra-cega.
Desenvolvimento:
Aps a escolha do espao onde ser feita a brincadeira, as crianas iro sortear quem ser
a cabra-cega.
Em seguida, vendar os olhos de uma criana, a cabra-cega. As crianas rodam a cabra
e saem correndo. A cabra deve agarrar algum e adivinhar quem . Se acertar, a criana
escolhida ser a prxima cabra-cega. Se errar, o jogo continua.
Objetivos:
Desenvolvimento da coordenao motora, ateno e sentido de localizao, percepo e
discriminao ttil e auditiva.
Cabra-cega ( variao )
Todos formamf uma roda e ficam de mos dadas. Quem for escolhido para ser a cabra-cega
fica com os olhos vendados e vai para o meio da roda.
A cabra-cega tem de agarrar algum da roda, que no pode ficar parada: quem estiver dolado para onde a cabra estiver indo, foge; quem est do outro lado, avana. Se a cabra-cega
for esperta, conseguir pegar algum que est atrs dela.
Se a corrente da roda quebrar, o jogador que estiver do lado esquerdo de quem soltou a
mo fica sendo a cabra-cega e a brincadeira comea de novo.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
LETRAMENTO E A ALFABETIZAO - CONTINUAO
Jogo das argolas
Material
Argola, 3 garrafas pet numeradas, saquinho contendo letras.
Desenvolvimento
As crianas devero encaixar as argolas nas garrafas pet, dispostas verticalmente no
cho.
A criana aps jogar a argola encaixando-a na garrafa, sortear uma letra e ter de dizer
palavras comeadas com a letra sorteada, na quantidade indicada pelo nmero registrado
na garrafa onde a argola se encaixou.
Por exemplo: Se a argola se encaixar na garrafa de numeral 2 e a letra sorteada for a letra
F, a criana ter de dizer duas palavras iniciadas pela letra F.
Importante
O nmero de garrafas e de letras a serem sorteadas ir aumentando conforme o processo
de aquisio de leitura e escrita da sua turma. Inicialmente pode-se colocar somente as
vogais dentro do saquinho se estas forem as letras trabalhadas no momento.
Passa anel
Material
Um anel. (O anel pode ser substitudo por uma pedrinha).
Desenvolvimento
As crianas ficam em fila, lado a lado, sentadas ou em p, com as mos unidas.
Uma delas escolhida para passar o anel que est entre as suas mos.
Inicia-se o jogo com a criana que est com o anel, passando de mo em mo das outras
crianas, tentando deixar o anel por entre mos unidas. Enquanto, a criana passa o anel
vai dizendo:
- Tome este anelzinho e no diga nada a ningum.
Aps passar por todas as crianas, ela j dever ter deixado o anel com uma delas.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
LETRAMENTO E A ALFABETIZAO - CONTINUAO
Aps isso, a criana que estava com o anel e que o passou a outra, pergunta a qualqueruma das crianas, menos quela que est com o anel:
- Com quem voc acha que est o anel?
Se a criana escolhida acertar, ela recomea a brincadeira, passando o anel.
Variao
As crianas se sentam em roda segurando um barbante amarrado contendo um anel. Umacriana fica fora da roda com os olhos vendados enquanto as crianas cantam: Perdimeu anel no buraco da parede. Quem achar me d de volta meu anel de pedra verde. Aofinal da msica a criana de olhos vendados se volta para o grupo e tenta descobrir com
quem est o anel. Caso erre, a criana que est com o anel assume o seu lugar e, assim,sucessivamente.
Gato e rato
Regras
Definir entre as crianas quem ser o gato e quem ser o rato.1 -As crianas da roda iro estabelecer a que horas o rato vai chegar, enquanto o gato2 -
estiver distante.
A roda ser considerada a casa que protege o rato e dever impedir a entrada do3 -gato sem soltar as mos.
Quando o gato conseguir entrar na roda, as crianas devero permitir que o rato saia4 -e, assim, sucessivamente.
Desenvolvimento:
As crianas, de mos dadas, formam um crculo, ficando uma dentro dele (rato) e outra fora(gato).
Enquanto as crianas giram, acontece o seguinte dilogo:Gato: - Seu ratinho est em casa?As crianas na roda: - No, Senhor!Gato: - A que horas ele volta?As crianas: - s oito horas. (ou qualquer outra)Gato: - Que horas so?
As crianas: - Uma hora.
Gato: - Que horas so?
As crianas: - Duas horas.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
LETRAMENTO E A ALFABETIZAO - CONTINUAO
Ao chegar a hora determinada pelo grupo, as crianas param de rodar e o gato lhes
pergunta:
- Seu ratinho j chegou ?As crianas: - Sim, Senhor !
Gato: - Do-me licena para entrar ?
As crianas: - Sim, Senhor !
Comea ento a perseguio do gato ao rato, que as crianas ajudam a esconder, facilitando
sua entrada e a sada do crculo e dificultando a passagem do gato.
O jogo terminar quando o gato conseguir pegar o rato.
Mame, posso ir?
Desenvolvimento
Traar no cho duas linhas distanciadas mais ou menos oito metros, uma da outra.
Definir qual criana ser a mame e as demais sero os filhos.
As crianas, os filhos, ficam atrs de uma das linhas e a mame atrs da outra, do lado
oposto.
A brincadeira consiste em os filhos avanarem em direo linha em que est a
mame.
Isso feito atravs de vrios tipos de passos, ordenados conforme a vontade da mame.
As crianas perguntam: - Mame, posso ir?
Mame: - Pode.
Crianas: - Quantos passos?
Mame: - Dois de formiguinha. (poder ser de outro tipo) avanado em direo mame.
A criana que chegar primeiro junto mame ser sua substituta.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Tipos de passos
formiguinha (colocar o p unido frente do outro);
elefante (avanar com passos enormes, terminando com um pulo);canguru (movimentar-se, pulando, agachando);
cachorro (avanar de quatro ps, isto , usando os ps e as mos).
Quente e frio - esconder objetos
Desenvolvimento
Uma criana esconde um objeto, enquanto as outras fecham os olhos. voz de pronto, as
crianas saem a procurar o tal objeto.
Quem escondeu o objeto vai orientando, conforme a distncia que os outros estiveremdo esconderijo: Est quente (quando prximo), Est frio, (quando distanciado), Est
queimado (quando bem perto).
Quem encontrar o objeto ser encarregado de escond-lo na repetio da brincadeira.
Jogo da cadeira ou dana das cadeiras
Material
uma cadeira a menos que a quantidade de crianas, som e cd ou fita cassete.
Desenvolvimento
Colocar as cadeiras em crculo. Todas as crianas sentam, uma fica de p.
O professor coloca a msica e d incio brincadeira.
Todos levantam e andam em roda das cadeiras ao som da msica.
Quando a msica parar, cada criana dever sentar em uma cadeira.
Quem ficar sem lugar, sai da brincadeira.
Assim, as cadeiras vo sendo retiradas, uma a uma, diminuindo o nmero de
participantes.
Vence aquele que conseguir sentar na cadeira que restar.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Pular elstico
Material
Um elstico grande com as extremidades costuradas. Para cada grupo de trs crianas.
Desenvolvimento
Duas crianas entram no elstico e o conservam estirado, na altura dos tornozelos, pernas
afastadas (elsticos em linhas paralelas).
Uma criana pula sobre o elstico distendido, realizando uma srie de provas.
Prova I
pular no lado 1, ficando com um p dentro do paralelo e o outro fora;a)
pular no lado 2, ficando com um p dentro e o outro fora.b)
Prova II
pular, pisando um p sobre o elstico (lado 1) e o outro fora (lado 2);a)
pular, pisando um p sobre o elstico (lado 2) e o outro p fora (lado 1).b)
Prova III - Tringulo
O jogador que o pulador toma lugar num dos lados, segurando o elstico coma)
as duas pernas: pula, deixando s uma perna prendendo o elstico com as duas
pernas;
repete o mesmo movimento com o outro p.b)
Prova IV Dois tringulos
-pular, levando o elstico do lado 2 para frente (lado 1) com um p, trazendo no calcanhar
do outro p o elstico do lado 1 para o 2.
Prova V - Xis
a partir do lado 1, pular, colocando um ponto inicial:a)
b) a partir do lado 1, pular, com os dois ps juntos de cada lado do Xis e saltar forab)
para o lado. 2: repetir o mesmo tipo de pulo, voltando ao lado 1.
Conforme acerto entre o grupo ldico, a colocao do elstico pode subir at a barriga da
perna.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
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Eu com as quatro
DesenvolvimentoCrianas em nmero de quatro, em crculo, sem dar as mos.
O jogo consiste num movimento seqenciado de batidas de mos acompanhadas por versosritmados.
Iniciam dizendo 1, 2, 3, 4, batendo com as mos nas laterais das coxas. A seguir associamos seguintes gestos: E eu - batem no peito com os braos cruzados frente; com asquatro - batem com as palmas das mos nas palmas das companheiras laterais, mosem posio vertical, com flexo do punho, ponta dos dedos para cima; E eu - palmasindividuais, altura do peito; com essa - batem palmas nas da companheira que estcolocada esquerda; E eu _ palmas individuais; com aquela - batem palmas nas dacompanheiras que est colocada a direita; E ns palmas individuais; por cima - ascompanheiras, que esto frente a frente,, batem as palmas uma da outra, em posiomais elevada; E ns- palmas individuais; por baixo - batem nas palmas das mos dacompanheira que est frente, em posio mais abaixo; E eu - batem no peito com osbraos cruzados frente; com as quatro- batem com as palmas das mos nas palmas dascompanheiras laterais.
A brincadeira segue com a movimentao j descrita, porm, a cada repetio as crianasalternam as posies, ou seja, quem numa vez bateu por cima bater, inicialmente, porbaixo.
Letra da cantiga
Um dois, trs, quatro.E eu com as quatro,e eu com essa,E eu com aquela,
E ns por cima,E ns por baixo.Bis
Variao
C, c, c (batendo com as mos nas laterais das coxas).
Uma banana pra voc ( cruzam os braos sobre o peito, batendo com as palmas das mos
nos prprios ombros).
E eu com as quatro.
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A IMPORTNCIA DAS ATIVIDADES E BRINCADEIRAS CORPORAIS PARA O
LETRAMENTO E A ALFABETIZAO - CONTINUAO
Escravos de JNmero de participantes:
Distribuir as crianas em grupos de 5 a 10.
Desenvolvimento:
Crianas sentadas no cho em crculo; um objeto (pedrinha, caixa de fsforo ousementes).
As crianas vo entoando a cantiga, marcando os tempos fortes; passam o objeto deuma para outra, no sentido dos ponteiros do relgio. Somente na parte onde dizem zigue -zigue - z o objeto passado na direo contrria, retornando-se, logo a seguir, primeiradireo contrria, retornando-se, logo a seguir, primeira direo. Quem erra cai fora. Osltimos dois sero os vencedores.
Letra da cantiga:
Escravos de JJogavam caxang.Bota, tira.Deixa o Z PereiraFicar.Guerreiros com guerreirosFazem zigue - zigue - z
BisEscravos de JJogavam caxang.Tira, bota.Deixa o Z PereiraFicar.Guerreiros com guerreirosFazem zigue-zigue-z
Ateno - concentrao
DesenvolvimentoCrianas em crculo.
No incio, dizem juntos Ateno e batem palmas trs vezes. Segue: Concentrao - trsbatidas de palmas; Vai haver revoluo e o lder completa Se voc no disser o nome de... (fruta, brinquedo,etc ou palavra que comece com determinada slaba ou letra). Seguindoa ordem da roda (direita ou esquerda), um de cada vez responde solicitao feita.Quem no atender ordem dever pagar uma prenda sugerida pelo lder: imitar bailarina,pular num p s, etc).
A cada rodada haver a troca do lder.
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PRTICA PEDAGGICADESCOBRINDO NOVAS FORMAS DE GRAFAR AS LETRAS
Alguns a chamam de letra basto, outros de caixa alta, ainda imprensa ou maiscula.
Todas essas nomenclaturas identificam o mesmo tipo de letra que o tipo sugerido, pela
equipe elaboradora deste Guia, para a alfabetizao dos alunos de seis anos. A letra basto ideal para iniciar o processo de alfabetizao, pois requer menos coordenao motora,
fcil de ser copiada e assimilada rapidamente pelos alunos. Eles conseguem reproduzir
as palavras que o alfabetizador escreve no quadro de giz e a identificam nos mais diversos
contextos, como: televiso, jornais, revistas, outdoors, livros, placas de transito, sinalizaes
de hospitais, ambulncias, rtulos de embalagens, letreiros, teclas de computadores, etc.
A escrita inicial dos alunos no uma simples reproduo mecnica da lngua, mas um
processo de assimilao e percepo dos objetos, pessoas, lugares, fatos, enfim, tudo na
vida tem um nome. Esse nome pode ser representado de forma escrita e quando escritopode ser entendido por todos, pois a lngua possui padres construdos pelo homem para
que o entendimento das palavras seja mantido ao longo da histria. Portanto, quando a
criana ainda est sendo alfabetizada no aconselhvel utilizar vrios tipos de letra, pois
essa diversidade s complicar e dificultar o processo de assimilao e entendimento da
lngua.A apresentao dos diversos tipos de letra deve ser feita aps assimilao do cdigo
da escrita, aproveitando palavras significativas para as crianas da turma.A alfabetizao
deve ser natural e refletir os contextos sociais para que ocorra de forma eficaz e, os alunos
colham dela o gosto pela leitura e pela prtica da lngua nos mais diversos contextos sociais
e culturais.
medida que suas crianas avanam nas hipteses sobre a escrita imprescindvel que seja
intensificado o trabalho com outras formas grficas, apresentando novos suportes textuais e
explorando o alfabeto exposto na sala de aula. Oriente para que as crianas percebam que
uma mesma letra pode ser grafada de formas diferentes: maiscula, minscula, cursiva e
basto.
A partir da avaliao diagnstica de sua turma nesse segundo bimestre voc, alfabetizador,poder perceber a necessidade ou no de introduzir a letra cursiva. A letra cursiva, por usar
linhas onduladas e entrelaadas, exige mais coordenao motora, um maior esforo do
aluno.
Quando a criana j estabilizou suas hipteses sobre a escrita, ou seja, assimilou o processo
da escrita convencional, usando slabas, vogais, e percebeu as regularidades da nossa
escrita, o processo de transposio da letra basto para a letra cursiva fica mais fcil, pois
a criana no precisa se preocupar com letras a utilizar, e sim, com os aspectos grficos e
mecnicos.
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PRTICA PEDAGGICAPRTICAS DE LETRAMENTO - FESTA JUNINA
A valorizao dos saberes construdos dentro e fora da sala de aula deve ser condio
para que o alfabetizador se aproprie do tema escolhido, como por exemplo, o tema FESTA
JUNINA sugerido para o guia do 2 bimestre do 1 ano do ciclo de alfabetizao.
Esse tema pode ainda no ter sido trabalhado ou sistematizado pelas crianas de 6
anos, mas quando se aprende na escola e, principalmente, quando a proposta de ensino
planejada com base em pesquisa e discusso coletiva, (alunos e comunidade escolar)
torna-se elemento fundamental para a efetivao da alfabetizao.
Apresentaremos situaes de letramento que possibilitem a interveno do alfabetizador
e a necessidade da utilizao de prticas reais de leitura e escrita, no contexto da festa
junina.
As atividades propostas, alm dos aspectos cultural e ldico, so uma tima oportunidade
para se trabalhar a coordenao motora, esquema corporal, conceitos (em cima, embaixo,
esquerda, direita, frente, atrs, etc.), contribuindo no desenvolvimento de habilidades para
a aquisio da escrita e leitura.
Na prtica pedaggica letramento e festa junina, indicaremos textos instrucionais que do
orientaes precisas para a realizao de diversas atividades: montar um adereo para adecorao da festa, seguir uma instruo escrita de como realizar as brincadeiras tpicas
de uma festa junina. O discurso do texto instrucional, especificamente em receitas e em
manuais, normalmente, vem divididos em duas partes: uma contm listas de elementos a
serem utilizados e a outra explica como proceder no seu uso.
Vrias receitas de comidas tpicas da festa junina levam milho: milho cozido, mingau,
pamonha, bolo de milho, canjica, pipoca, etc. Alm de pesquisar sobre
essas receitas, que tal construir um milharal de mentirinha com as crianas de 6 anos?Quando o milharal estiver pronto, monte junto com as crianas um espantalho para proteg-
lo.
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Agora que o mi-lharal ficou pronto, que
al montar um espantalhopara espantar as avesamintas?
MILHARALMaterial necessrio
Tubos de papel higinico
Papel fantasia amarelo Papel crepom verde e amarelo
Tesoura
Cola
Como fazer
1. Com a ajuda dos alunos colecione tubos de papel higinico.
2. Encape-os com papel fantasia amarelo para serem a base de cada milho.
3. Coloque a meninada para picar papel crepom amarelo fazendo bolinhas quefuturamente sero os gros.
4. Passe cola em apenas uma parte dos tubos que j estiverem encapados e pea s
crianas para colarem nele as bolinhas de papel crepom.
5. Finalize cada espiga com papel crepom verde.
6. Arme o milharal numa grade ou tela da escola, adicionando algumas folhas em papel
crepom verde.
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ESPANTALHO
Material necessrio
- 2 cabos de vassoura
- Meio metro de tecido ou TNT- Barbante
- 1 camisa de manga comprida velha
- 1 cala velha
- Agulha e linha
- Palha de milho
- Chapu de palha
- Tinta para tecido- Jornal ou revistas usadas
- 1 lata grande cheia de areia
Como fazer
1. Amarre os cabos de vassouras formando um T.
2. Costure a base da camisa no cs da cala.
3. Faa um furo entre as pernas da cala.
4. Vista a roupa na armao.
5. Pea s crianas para amassarem os jornais ou as revistas para o enchimento do
espantalho.
6. Amarre as bocas da cala e os punhos da camisa com barbante para que o enchimento
no escape.
7. Acrescente a palha de milho na finalizao das pernas e braos.
8. Para a cabea, dobre o pano ao meio e pea s crianas para ench-la com papel
amassado e depois costure-a na gola da camisa.9. Pinte um rosto bem legal na cabea.
10. Coloque o chapu.
11. Espete o cabo de vassoura na areia.
Inicie essa proposta lendo para as crianas o texto acima. Pea que listem tudo que foi
pedido nas instrues e, escreva item por item, com a interferncia das crianas. uma
tima oportunidade para se evidenciar a importncia da escrita numa situao prtica.
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Em outra situao de letramento, construa com as crianas um bilhete pedindo a ajuda das
famlias na coleta do material que ser utilizado na tarefa. Coloque em evidncia aspectos
importantes desse gnero textual: para quem estamos escrevendo? Quais palavras
usaremos para que o pessoal de casa compreenda nosso pedido? Como despedir? Devemos
agradecer antecipadamente? Como a pessoa que ler o bilhete ficar informada do prazo
para enviar o material pedido? Etc.
No intuito de continuar o trabalho com textos instrucionais seguem alguns exemplos para
que o alfabetizar leia e desenvolva a instruo a ser seguida com as crianas:
ARGOLASMaterial necessrio
Tiras de papel colorido
Cola ou fita adesiva
Como fazer
Cole as tiras de papel em crculo, uma dentro da outra, usando cores alternadas e diversificadas. Quando estiver
no comprimento de 10 metros, pregue as argolas na sala de aula ou ptio da sua escola.
FIGURAS CAIPIRASMaterial necessrio Cabaas, peneiras, vassouras ou bacias plsticas
Tintas variadas ou retalhos de papel colorido
Corda desfiada ou palha de milho.
Como fazer
Pintar ou recortar no papel colorido, olhos, boca, nariz e colar na base (cabaa, peneira, bacia ou vassoura).
Com a corda desfiada ou palha de milho, fazer a cabeleira.Observao: depois de montada a figura, as crianas podem colocar acessrios que quiserem como chapu,
laos de fita, colares, gravata, brincos colarinhos, etc.
As brincadeiras na festa junina, a tornam inesquecvel! Uma boa festa junina no dispensa
as comidas tpicas, a quadrilha, a pescaria, a corrida da batata, entre outras...
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Listamos algumas brincadeiras para deixar a sua festa mais divertida. As brincadeiras
indicadas so um pretexto para o trabalho com a psicomotricidade contextualizada. Escolha
as brincadeiras conforme o perfil da sua turma e bom divertimento!
Pescaria
Pode ser na gua com peixinhos de plstico ou na areia com peixinhos em cartolina. Os
pescadores tm que conseguir pegar os peixes, que correspondem a diferentes brindes.
Material necessrio
Caixa de papelo com areia
Cartolina
Cola
Tesoura
Clipes
Barbante
Varetas
Variao (1) Como fazer
Recortar muitos peixes em cartolina colorida. Fazer um corte no lugar da boca do peixe e
prender um clipe a (parecer uma argola). Fazer varas de pescar amarrando um barbante
em cada vareta. Depois, na outra ponta do barbante amarre um outro clipe aberto na lateral.
O clipe quando aberto tem o formato de gancho, como um anzol. Espete os peixes numa
grande caixa com areia. As crianas usam fichas para terem direito a pescar. A cada peixe
levantado, corresponder um prmio.
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Acertar no alvoMaterial necessrio
Caixa de papelo com a figura de um caipira com a boca bem aberta
Cola
Tesoura
Papel colorido ou tinta guache
Serragem de madeira
Meias
Agulha e linha para finalizar as bolas de meiaComo jogar
Cada jogador recebe trs bolinhas de meia com enchimento de serragem e, de uma certa
distncia, procura jog-las dentro da boca de um grande caipira, desenhado em cartolina.
Ganha um brinde quem conseguir acertar pelo menos uma bola dentro da boca do caipira.
Colocar bigode no caipira Material necessrio Cartolina com a figura de um caipira
Papel colorido ou tinha guache
Cola
Tesoura
Pincel
Fita adesiva para pregar o bigode
2 vendas para os olhos
Como fazer
Desenhar o rosto de um caipira na cartolina. Colar nele, papel colorido ou pint-lo. Cadajogador, de olhos vendados, tentar colocar um bigode na figura. Vencer o que mais seaproximar do objetivo.
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Catar amendoimMaterial necessrio
Gros de amendoim
Colheres
Giz
Como brincar
Trace com o giz a linha de partida e a linha de chegada. Cada criana deve apanhar, com
uma colher, os amendoins colocados sua frente, a uma certa distncia, e lev-los para seu
lugar, junto linha de partida, um de cada vez. Vence quem primeiro rene cinco gros, ou
um outro nmero, a definir.
Corrida de sacosMaterial necessrio
Giz
Apito
Sacos de pano ou aniagem
Como brincar
Semelhante corrida do saci, fazendo cada jogador o percurso com o corpo enfiado em um
saco, bem preso cintura. Vence quem chegar primeiro.
Corrida do saci
Material necessrio
Giz
Apito
Como brincar
Riscar no cho duas linhas paralelas e distantes uma linha de sada, outra de chegada. Ao
sinal do apito, as crianas saem pulando num p s, em direo linha de chegada. Vence
quem chegar primeiro.
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Correio-eleganteMaterial necessrio
Papel
Caneta
Cesta ou caixinha enfeitada
Como brincar
Cada interessado escreve sua mensagem num carto ou papel colorido. Para facilitar, pode-
se levar alguns cartes prontos com quadrinhas amorosas ou engraadas. O entregador
passeando pela festa vai entregando aos destinatrios e recebendo novas mensagens.
CadeiaMaterial
Cadeiras
Microfone
Como brincarEscolhe-se um local isolado ou cercado por cadeiras, para ser a cadeia. Nomeia-se (ou
sorteia-se) um delegado e seus ajudantes. O preso vai at a cadeia e, paga uma prenda
(mostra uma habilidade), para ser solto, que pode ser: cantar, recitar, danar, fazer uma
imitao, etc. Se houver um palco com microfone, a cadeia pode ser colocada num canto
dele. E a prenda, ao ser paga diante do microfone, ser vista por todos da festa.
Cadeia (variao)
Se o correio elegante serve para se aproximar de sua paquera, a cadeia a chance de selivrar daquele(a) chato(a) que no sai do p. Paga-se e ento, os policiais prendem quem
est incomodando. So as pessoas quem decidem por quanto tempo o sujeito fica preso.
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Corrida do ovo na colherMaterial necessrio
Ovo cozido, batata ou limo
Colheres
Giz
Como brincar
Marca-se um local de partida e outro de chegada.
Cada corredor deve segurar com uma das mos (ou
a boca) uma colher com um ovo cozido sobre ela.
Vence quem chegar primeiro ao local de chegada,
sem derrubar o ovo. Se quiser variar, substitua oovo cozido por batata ou limo.
Corrida do Saci ou Corrida dossapatos
Material necessrio
Giz
Como brincar
Traam-se duas linhas paralelas e distantes, uma da outra. Na primeira linha, os corredorestiram os sapatos, que so levados para trs da outra linha, onde so misturados. Dado osinal, eles devem sair pulando com o p esquerdo at a outra linha. Depois de calar seussapatos, devem retornar, pulando com o p direito. Vence quem chegar primeiro ao local de
chegada, estando calado de modo correto.
Corrida de doisMaterial necessrio Giz
Sacos de pano ou aniagem
Como brincar
Marca-se um local de partida e outro de chegada. Os participantes so reunidos em duplas.O p direito de um colocado dentro do saco junto com o p direito de seu par. Dado o sinal,as duplas participantes devem correr at a chegada. Vence a dupla que chegar primeiro.
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Jogo do bicho ou Rabo do burroMaterial necessrio
4 cartolinas coladas formando um grande retngulo com o desenho de um burro decostas
Tinta guache
Fita adesiva
Rabo do animal em papel crepom
Venda para os olhos
Como brincar
Desenhar um burro de costas ou de lado numa cartolina e prender o cartaz numa parede.
Cada criana deve receber uma etiqueta autocolante grande (j destacada). De olhosvendados, a criana deve caminhar at o desenho e colar o rabo do animal. Quem colocaro rabo mais prximo do local correto o vencedor.
Corrida do milhoMaterial necessrio
Giz
Bacia
Gros de milho
Colheres
Copo descartvel
Como brincar
Traam-se duas linhas paralelas e distantes, umada outra. Atrs de uma das linhas, coloca-se uma
bacia com gros de milho. Atrs da outra linha, osparticipantes so reunidos aos pares - um delessegura uma colher e o outro um copo descartvel.Dado o sinal, os participantes com a colher corremat a bacia. Enchem a colher com milho e voltampara a linha de largada. L chegando, colocam omilho no copo que o companheiro segura. Vencea dupla que primeiro encher o copinho com milho.
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Dana da laranjaMaterial necessrio
Aparelho de som
Laranjas
Como brincar
Formam-se alguns casais para a dana. Uma laranja colocada entre as testas de cada
par. Os casais devem danar, sem tocar na laranja com as mos. Se a laranja cair no cho,
o casal desclassificado. A msica prossegue at que fique s um casal.
Jogo da pipocaMaterial
Folhas de jornal, de catlogo telefnico ou derevistas velhas
Giz
Papel
Lpis de escrever ou caneta
Como brincar
Desenhar no cho um retngulo de 20 m de comprimentoe divid-lo ao meio no sentido vertical assim:
As crianas iro amassar folhas de jornal, catlogo telefnico ou revistas velhas. Cada folhaamassada corresponde a uma pipoca.
Organize sua turma em dois grupos. Cada grupo ocupar um lado do campo.
Ao sinal do professor as crianas jogaro as pipocas para o campo do time adversrio.Ao som do apito todos devero parar de jogar os papis amassados para que se efetive acontagem das pipocas.
Vence ao grupo que tiver o menor nmero de pipocas no seu campo.
Objetivos
Desenvolver esprito de equipe e coordenao motora.
Estabelecer a relao quantidade e nmero.
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PRTICA PEDAGGICATRABALHO COM CRUZADINHAS
No momento inicial da alfabetizao, as cruzadinhas oferecem timas oportunidades para
que as cria