Guia de Inspecao de Tanques Rev

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    GUIA 9 INSPEO DE TANQUES DE ARMAZENAMENTO

    GRUPO REGIONAL DE INSPEO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 1

    INSPEO DE EQUIPAMENTOS

    GUIA N 9

    INSPEO EM TANQUES ATMOSFRICOS E DE BAIXA PRESSO

    Relatores: Albary Eckmann Peniche

    Jos Barbato

    Aprovada na reunio de 5. 6/3/70 da Comisso de Inspeo de equipamentos doInstituto Brasileiro de Petrleo.

    Membros da Comisso de Inspeo de Equipamentos do IPB que participaram daelaborao desta guia:

    Aldo Cordeiro Dutra (Coordenador)Albary E. PenicheDjalma BezerraHaroldo Garrastazu FernandesJ. E. Amaral SampaioJos BarbatoMrio Duque Estrada

    CENPES/PETROBRSRPBC/PETROBRSIMEEL S/AREF. MANGUINHOSREF. UNIORPBC PETROBRS

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    GRUPO REGIONAL DE INSPEO DE EQUIPAMENTOS NORTE-NORDESTE 2

    Maurcio LatgNey Vieira NunesGuilherme Coelho CatrambyAlmir FucsHans WestphalenFernando Servos da Cruz

    SERMAT/PETROBRSDEPIN/DIMAT/PETROBRSCENPES/PETROBRSDEPIN/DIMAT/PETROBRSRLAM/PETROBRSREF. UNIO

    DEPIN DIMAT

    Menbros do GRINSP N-Ne que revisaram o guia:Moacir Bispo Ramos CEFET-BA/COOEND

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    GUIA N 9

    INSPEO EM TANQUES ATMOSFRICOS E DE BAIXA PRESSO

    NDICE GERAL

    01 INTRODUO

    02 - NORMAS DE REFERNCIA

    03 OBJETIVO

    04 NOMENCLATURA

    05 TIPOS DE DESCRIO5.1 Tanques Atmosfricos

    5.2 Tanques de Baixa Presso5.3 Revestimento5.4 Acessrios e Equipamentos Auxiliares

    06 RAZES PARA INSPEO

    07 CAUSAS DE DETERIORAO E/OU AVARIA7.1 Corroso7.2 Vazamentos, Trincas e Outras Avarias Mecnicas

    7.3

    Outras Causas08 FREQUNCIA E PROGRAMAO DE INSPEO

    09 TRABALHOS PRELIMINARES, INSTRUMENTOS E FERRAMENTAS9.1 Normas de Segurana9.2 Instrumentos e Ferramentas

    10 INSPEO EXTERNA10.1 Escadas, Plataformas e Passadios

    10.2 Bases e Parafusos de Ancoragem10.3 Conexes10.4 Pintura10.5 Isolamento10.6 Costado10.7 Teto10.8 Acessrios

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    11 INSPEO INTERNA11.1 Conexes11.2 Revestimento/Pintura11.3 Fundo11.4 Costado11.5 Teto

    11.6 Acessrios

    12 ENSAIOS DE PRESSO

    13 LIMITES ESTRUTURAIS13.1 Consideraes Gerais13.2 Mtodo de Clculo13. 3 Concluses

    14 MTODOS DE REPARO, RECUPERAO E RELOCAO DE

    TANQUES14.1 Reparos Reinspecionvel14.2 Reparos Especiais

    15 REGISTROS DE INSPEO15.1 Importncia15.2 Formulrios15.3 Relatrios15.4 Preenchimento dos Relatrios

    1 6REGISTRO FOTOGRFICO DE PROBLEMAS EM TANQUES16.1 Importncia16.2 CORROSO16.3 FALHAS16.4 REPAROS

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    GUIA N 9

    INSPEO DE TANQUES ATMOSFRICOS E DE BAIXA PRESSO

    01 INTRODUO

    Na industria de petrleo e derivados, os tanques so usados para armazenar petrleobruto, produtos intermedirios e acabados da refinao, gases, produtos qumicosem geral e gua.Esses tanques so construdos em diferentes tipos, formas, tamanhos e com variadostipos de materiais. Dado ao domnio da tecnologia de fabricao e de controle dedeteriorao usa-se o ao carbono como principal material de fabricao de tanquesde armazenamento.As caractersticas do lquido armazenado, tais como volatilidade, inflamabilidade,temperatura e presso de armazenamento so importantes fatores na seleo do tipo

    de tanques a ser utilizado.02 - NORMAS DE REFERNCIAAPI American Petroleum InstituteAPI 575API 620API Standard 650 Walded steel tanks for oil storage.API 653API Standard 12A Specification for oil storage tanks with riveted shells.

    PETROBRAS Petrleo Brasileiro S/A

    N 270N 271ABNT Associao Brasileira de Normas TcnicasNBR 7821 Abr/83 da ABNT Tanques soldados para armazenamento de petrleo ederivados.

    03 OBJETIVO

    O objetivo deste guia apresentar as diretrizes bsicas a serem seguidas nostrabalhos de inspeo e manuteno de tanques atmosfricos e de baixa presso

    utilizados para o armazenamento de petrleo e seus derivados. No se trata,entretanto, de regras e nem se tem a pretenso de ser base para elaborao de umcdigo, porem uma boa pratica de engenharia o que no descarta o julgamentosoberano de um competente engenheiro de inspeo.Estas diretrizes cobrem uma srie de prticas observadas na inspeo de tanquesatmosfricos e de baixa presso atualmente em uso, focalizando os mtodos eprocedimentos a serem utilizados, seqncia de inspeo, causas de deterioraoe/ou avarias e outros aspectos da inspeo.

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    NOTA: Todos aqueles que desejarem colaborar visando o aprimoramento desteGuia, podero encaminhar suas sugestes ao Instituto Brasileiro de Petrleo Comisso de Inspeo, as quais sero acolhidas e analisadas com o maior interesse.

    04 NOMENCLARTURA

    Ser adotada neste guia a nomenclatura padronizada pela Comisso de Inspeo doIBP, Guia n 2, 1. parte, e aqui reproduzida devidamente revisada. Vide figuras 1, 2e 3.

    3.1 TETO3.1.1.1 Fixo3.1.1.2 Cnico3.1.1.3 Curvo3.1.1.4 Em umbrela3.1.1.5 Esferide3.1.1.6 Semi-esferoide3.1.1.7 Flutuante3.1.1.8 Simples3.1.1.9 Duplo3.1.1.10 Com flutuador

    a)perifrico elevadob)perifrico rebaixadoc) centrald) radial

    3.1.3 Estruturas de sustentao do teto3.1.3.1 Coluna central3.1.3.2 Colunas intermedirias3.13.3 Coroa central3.1.3.4 Vigas radiais principais3.1.3.5 vigas radiais secundarias3.1.3.6 Vigas transversais3.1.3.7 Cantoneira de apoio

    3.1.3.8 Perna de apoio3.1.2 Costado3.1.3 Cilndrico3.1.4 Esferoidal3.1.5 Fundo3.1.6 Plano3.1.7Curvo

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    3.1.8 Esferoidal3.1.9 Base3.1.10 Chapas de apoio3.1.11Impermeabilizao3.1.12 Berma3.1.13 Anel de proteo da berma3.1.14 Anel de concreto armado3.1.14.1 Acessrios3.1.14.2 Bocas3.1.14.3 Visita3.1.14.4 Medio3.1.14.5 Amostragem3.1.14.6 Conexes3.1.14.7 Entrada e sada de produto3.1.14.8 Entrada de vapor3.1.14.9 Sada de condensado3.1.14.10 Respirao3.1.14.11 Drenagem de fundo

    a) Simplesb) Sanfonado

    3.1.14.12 Chapas de reforo3.1.14.13 Bacia de drenagem3.1.14.14 de teto3.1.14.15 do fundo3.1.15 Vlvula de presso e vcuo3.1.16 Tampa de alvio3.1.17 Anti-rotacional3.1.18 Vedao do teto flutuante3.1.19 Corta chama ou retentor de chama3.1.20 Sistema de medio3.1.20.1 Trena3.1.20.2 Roldanas3.1.20.3 Peso3.1.20.4

    Visor3.1.20.5 Bia

    3.1.20.6 - Remoto3.1.21 Porta de limpeza3.1.22 Contraventamento3.1.23 Escadas3.1.23.1 Marinheiro3.1.23.2 Helicoidal3.1.23.3 Com patamares

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    3.1.23.4 Do teto flutuante3.1.24 Plataforma3.1.25 Fio terra3.2 Dispositivos auxiliares3.6.1- Sistema de drenagem do teto flutuante

    3.2.1.1 Tubo articulado3.2.1.2 Mangueira3.2.1.3 Dreno de emergncia3.2.2 Cmara de espuma3.2.3 Tubo mvel3.2.4 Agitador3.2.5Sistema de aquecimento3.2.5.1 Serpentina3.2.5.2 Radiador3.2.5.3 Feixe tubular3.2.5.4 Baioneta3.2.6 Chicanas3.2.7 Isolamento trmico

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    Figura 1

    Figura 2

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    Figura 3

    05- TIPOS E DESCRIO

    3.3 TANQUES ATMOSFRICOSSo aqueles projetados para operarem a presses entre a atmosfrica e 0,05 Kg/cm2,acima do nvel, do lquido armazenado.Tais tanques so usualmente construdos de ao carbono ou ao liga podendo serrebitados ou soldados. As normas que regulamentam o projeto e a construo dessestanques em ao carbono so as seguintes:NBR 7821 Abr/83 da ABNT Tanques soldados para armazenamento de petrleo ederivados.API Standard 650 Walded steel tanks for oil storage.

    API Standard 12A Specification for oil storage tanks with riveted shells.

    3.3.1 UsosOs tanques atmosfricos so usados para o armazenamento de fludos de baixavolatilidade. Estes so lquidos que tm na temperatura de armazenamento umapresso de vapor absoluta inferior atmosfrica. Presso de vapor a presso nasuperfcie do lquido causada pelos vapores do prprio lquido; ela varia diretamentecom o aumento da temperatura.

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    Petrleo bruto, leo pesado, gasleo, nafta, gasolina e produtos qumicos novolteis so usualmente armazenados em tanques atmosfricos.Os respiradores usados em muitos desses tanques so projetados a fim de manteruma pequena diferena da presso entre o interior do tanque e a atmosfera.

    3.3.2 TiposH vrios tipos de tanques atmosfricos classificados de acordo com a forma do teto.Nos de teto fixo o mais simples deles o de teto cnico, com a forma aproximada deum cone reto, atingindo suas dimenses at 75 m de dimetro e at 18 m de altura.Nos tanques de maior dimetro o teto suportado por elementos estruturais. Ostanques de teto curvo, com a forma de uma superfcie esfrica, e os de teto emumbrela, estes decorrentes da modificao do teto curvo de tal forma que qualquerseo de corte horizontal do teto seja um polgono regular, so raramenteempregados acima de 18 m de dimetro.Outro tipo o de teto flutuante, usado a fim de reduzir as perdas por evaporao a

    um valor mnimo, pela manuteno de um espao de vapor constante acima dolquido armazenado.O teto construdo de tal modo que flutua sobre a superfcie do lquidoarmazenado, sendo o mais simples deles, aqueles em forma de tampa simples (nicolenol) e muito usado aqueles provido de flutuadores anulares com ou semflutuadores centrais. Ultimamente o tipo mais usado o de panela dupla, ousimplesmente teto duplo (double deck) ou duplo lenol.A vedao do espao entre o costado do tanque e seu teto mvel feita por meio deuma chapa-sapata pressionada firmemente contra o costado por molas (expostas aotempo ou submersas no lquido armazenado) ou por contrapesos e com uma

    membrana flexvel fixada entre a sapata e a chapa do teto. Outros tipos de vedaoutilizam uma bolsa anular de borracha o material especial cheia de lquido ou gs, ouum anel de resina esponjosa, ambos protegidos contra as intempries. Um tipobastante usado para gasmetros aquele em que o teto flutua em uma selagem delquido ou a selagem feita por uma membrana flexvel, fixada entre o topo do tetoe o costado.Para o armazenamento de pequenas quantidades de fluidos presso atmosfricapodem ser usados tanques cilndricos, usualmente com tampas planas e montadosem posio horizontal.

    3.4 TANQUES DE BAIXA PRESSO

    So aqueles projetados para operarem a presso entre 0,05 e 1,00 Kg/cm2.Tais tanques so usualmente construdos de ao carbono e, mais comumente,soldados. A norma que regulamenta o seu projeto e construo a seguinte:API Standard 620 Recomended rules for desing and construction of large welded,low perssure storage tanks.

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    Os tanques de baixa presso podem tambm ser construdos de acordo com o cdigode vasos de presso no sujeitos chama, exceto para os valores da taxa de trabalhodo material, que devero ser mais altas.

    3.4.1 UsosOs tanques de baixa presso so usados para o armazenamento de fluidos maisvolteis. Estes so lquidos que tm na temperatura de armazenamento uma pressode vapor absoluto entre 0,5 e 1,00 Kg/cm2.Petrleo bruto leve, mistura para uso na gasolina, nafta leve, pentano e produtosqumicos volteis so armazenados em tanques de baixa presso.

    3.4.2 TiposOs dois tipos mais comumente empregados so semi-esferoidal e esferoidal,projetados para resistirem presso que se desenvolve no interior do tanque, sem

    dispositivos ou meios capazes de alterar seu volume interno. Para isso tais tanquesso providos de vlvulas de segurana a fim de evitar que a presso ultrapasse osvalores admissveis.O tanque semi-esferoidal similar ao de teto-fixo, exceto ao fundo e ao teto, que socurvos.O tanque esferide essencialmente esfrico, porm achatado.

    3.5 REVESTIMENTONos casos onde se prev corroso, os tanques podem ser recobertos internamente

    com materiais resistentes tais como chumbo, alumnio, borracha, vidro, aos-liga,resinas, fibra de vidro e cimento-armado (gunite).

    3.6 ACESSRIOS E EQUIPAMENTOS AUXILIARES previsto na maioria dos tanques o uso de acessrios tais como: vlvulas de pressoe vcuo, anti-rotacional, retentor de chama, escadas, etc. De acordo com a suautilizao os tanques podem ter ou no pintura e ou isolamento trmicoexternamente.

    04 RAZES PARA INSPEODentre as razes que justifiquem a inspeo nos tanques de armazenamento citam-se: a) verificao de suas condies fsicas; b) determinao da taxa de corroso; c)avaliao das causas de deteriorao e/ou avaria d) avaliao da integridade fsica.Pelo conhecimento desses dados torna-se possvel tomar medidas preventivas a fimde reduzir a probabilidade de incndio ou perda de capacidade do armazenamento;manter seguras suas condies de trabalho; efetuar reparos ou determinar

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    antecipadamente a necessidade de substituio e prevenir ou retardar deterioraesfuturas.

    04 CAUSAS DE DETERIORAO E/OU AVARIA

    3.7CORROSOA corroso a causa principal da deteriorao das chapas de ao carbono de umtanque de armazenamento, por isso sua localizao e medio so as razesprincipais da inspeo de um tanque.

    3.7.1 CORROSO EXTERNAA corroso atmosfrica, que pode ocorrer em todas as superfcies externas do tanquepode variar entre desprezvel e severa, dependendo das condies do ambiente, asquais podem ser classificadas como leve, de mdia intensidade e severa podendo ser

    localizada ou generalizada. Assim, uma atmosfera sulforosa ou cida pode destruirpelculas de proteo e aumentar a taxa de corroso. Qualquer superfcie externa deum tanque e seus equipamentos auxiliares sero corrodos mais rapidamente, casosobre eles no exista nenhuma pelcula de proteo.Qualquer depresso ou bolsa na qual pode haver acmulo de gua por longosperodos de tempo, ser foco de corroso localizada.O tipo de tanque e os detalhes de sua construo podem afetar a localizao e aintensidade da corroso externa. Assim, em tanque rebitados, a corroso por clulade concentrao cida pode ocorrer com mais freqncia que nos demais. Alemdisso, os vazamentos pelas juntas rebitadas podem destruir a pelcula de proteo

    (pintura) na rea do vazamento criando caminho e ou concentrao diferencialacelerando a corroso localizada.A corroso externa do fundo do tanque pode ser problema srio, pois o materialusado como base do tanque podem conter composto qumicos corrosivos; assim,quando escria de alto forno, contendo compostos de enxofre, usada comomaterial componente da base,, torna-se quando molhada, altamente corrosiva. Apresena de argila como contaminante da areia da base causa corroso eletroqumicacom conseqente formao de alvolos nos locais de concentrao de argila.A m preparao da base com drenagem deficiente pode permitir que a gua, emcontato com o fundo, provoque uma corroso eletroqumica. Se o tanque armazena

    produto corrosivo e houver vazamento atravs do fundo, o produto pode acumular-se entre a base e o fundo e corroer sua superfcie externa. Uma vedao deficienteentre a base e o fundo pode corroer sua superfcie externa. Uma vedao deficienteentre a chapa de apoio do fundo do tanque e sua base ou seus suportes ( quando otanque montado acima do solo) pode permitir o acmulo de umidade e acelerar acorroso em determinadas reas da chapa de apoio ou do fundo.

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    3.7.2 CORROSO INTERNA

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    A corroso interna dos tanques de armazenamento depende principalmente dascaractersticas do lquido armazenado e do material de que construdo o tanque.Assim como a eficincia do sistema de proteo contra corroso instalado, se esteexistir.A corroso mais severa ocorre em tanques que armazenam produtos qumicoscorrosivos ou produtos de petrleo contendo compostos corrosivos. Em muitos

    casos necessrio o uso de revestimento (tinta base de silicato de zinco, resinaepoxy, guinite, ect.), os quais so mais resistentes s propriedades corrosivas doproduto armazenado do que o material de que feito o tanque (ao).Em alguns casos particulares necessrio construir o tanque de um materialresistente corroso, por exemplo: tanques de ao inoxidvel ou alumnio, paraarmazenagem de cido ntrico a 45% e nitrato de amnio a 85% respectivamente, ouproteger um de ao carbono com revestimentos adequados. Por vezes a construode tanques com materiais mais nobres visam a no contaminao do produto porexemplo nas industrias alimentcias e farmacuticas.Os tanques que armazenam petrleo e seus derivados so usualmente construdos de

    ao carbono, e normalmente, a intensidade de corroso varia principalmente emfuno do lquido armazenado. Os tanques que armazenam leos pesados (10 API emais pesados) podem apresentar taxa de corroso at 0,05mm/a no anel superior docostado, os que armazenam leos leves(50 API e mais leves) at 0.5mm/a nos aniscorrespondentes 2/3 da altura do tanque.

    FIGURA 4 (P-116B)

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    A figura mostra o costado do tanque internamente, atestando a corrosogeneralizada severa sofrida pelo mesmo, normalmente no 3 anel que o ora

    documentado.

    Os tanques que armazenam produtos intermedirios podem apresentar uma taxa decorroso mais alta devido ao teor do H2S, gua absorvida, produtos qumicos

    residuais, pH baixo e temperatura elevada. As reaes de corroso tpicas que seprocessam num tanque armazenando gasolina so as seguintes:

    Fe +2H2O+O22 Fe++ + 4OH -

    2 Fe (OH)2 2FeO.H2O (escama dura)3 FeO + H2O 3Fe3O4 + H2(escama preta)2 Fe3O4+ O23Fe2O3.nH2O ( escama marrom)

    Figura 5 (P-116B)V-se a grande quantidade de produtos de corroso depositados sobre o teto

    flutuante

    A corroso interna no espao de vapor acima do nvel de lquido comumentecausada por vapores de gs sulfdrico, vapor de gua, oxignio ou uma combinaodos trs; nas reas cobertas pelo lquido armazenado a corroso pode ser causadapelo gs sulfdrico, sais,outros compostos de enxofre ou pela gua. A solubilidadeda gua no petrleo e derivados que aumenta com o aumento de temperatura eindepende do grau API e a solubilidade do oxignio (que aumenta com aumento dosgraus API e diminui com o aumento da temperatura) a freqncia de utilizao dotanque, o tipo do teto, a presso de vapor e alocao do tanque so os fatores deinfluncia das taxas de corroso previstas para o teto, costado e o fundo do tanqueem questo.Mecanismos associados a tenses cclicas ou no normalmente relacionados com oregime operacional do equipamento tambm podem influenciar nas taxas decorroso dos tanques.

    Figura 6Teto corrodo e perfurado pela corroso interna

    A corroso galvnica do ao carbono pode ser encontrada nas chapas galvanizadas

    de selagem do teto flutuante, ou na superfcie interna do fundo quando em contatocom o lato da bia ou bronze da trena de medio, que se tenha desprendido.Outras deterioraes que podem ser consideradas como formas de corroso so:empolamento pelo hidrognio, fendimento por lcali, corroso grafdica e adezincificao. Exceto o fendimento lcali, que pode ser causado por qualquermaterial custico existente no lquido armazenado, as demais deterioraes no socomuns nos tanques de armazenamento.

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    3.8 VAZAMENTOS, TRINCAS E OUTRAS AVARIAS MECNICASAlgumas justificativa importante para se inspecionar um tanque de armazenamentoso a verificao de vazamentos existentes ou em potencial a fim de prevenir perdasdo material armazenado, diminuir reas perigosas e salvaguardar a integridade

    humana e o patrimnio industrial, a extenso da vida til do equipamento e ocontrole da deteriorao do equipamentoComo lquido armazenado em qualquer tanque representa vultuoso investimentoqualquer perda por vazamento no deve ser tolerada. Alm disso, se a perda forinstantnea e total (como tem acontecido em alguns casos) uma grande avaria podeocorrer em equipamentos vizinhos ao tanque, assim como no meio ambiente.Os vazamentos so comumente resultantes da corroso, mas podem tambm ocorrerem juntas soldadas ou rebitadas indevidamente, atravs de conexes rosqueadas eflangeadas, ou atravs de trincas nas soldas ou nas prprias chapas.As trincas podem resultar de vrias causas, sendo as mais freqentes as seguintes:

    1 - soldagem imprpria;2 - concentrao de tenses no aliviadas ao redor de conexes;3 - reforo insuficiente das conexes;4 - esforos causados pelo recalque do terreno;5 - vibraes;6 - projeto ou reparo mal executado;7 - falha operacional;8o tenses cclicasOs locais mais provveis da ocorrncia de trincas situam-se na juno fundo-costado, ao redor de conexes e bocas de visita, ao redor dos furos rebitados e nas

    juntas soldadas.Embora a inspeo no identifique trincas em potencial, ela pode perfeitamentedefinir as condies das trincas existentes antes que elas se tornem perigosas.

    3.9 OUTRAS CAUSASA vlvula de presso e vcuo e o dispositivo de ventilao podem tornar-seinoperantes devido presena de materiais gomosos ou carbonatados, corroso naspartes mveis e suas guias, ao depsito de corpos estranhos e ao isolamento dodispositivo de segurana feito por pessoas no autorizadas.

    O medidor de nvel do tipo flutuante pode no servir sua finalidade devido avazamento no flutuador causado por corroso ou trincas, e pelo rompimento da trenade medio ou dos cabos-guia da bia. O dreno de gua do teto em tanques de tetoflutuante pode no funcionar devido ao seu tamponamento por materiais estranhosou fechamento indevido da vlvula do bloqueio, permitindo o acmulo excessivo deguas pluviais, o que pode provocar o afundamento das chapas ou o adernamento doteto. A mangueira ou tubulao internas de drenagem pode vazar permitindo que o

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    contedo do tanque seja contaminado com gua ou o contedo seja tambm drenadocom gua, ou flutue nesta alcanando a face superior do teto.O recalque causado pela compresso ou movimento do solo por baixo do tanque oude sua fundao pode ser tambm considerado como uma avaria mecnica.

    Normalmente um leve recalque uniformemente distribudo no deve causar avarias

    no tanque e conseqentemente no deve ser considerado como condio perigosa, oque no ocorre quando o recalque diferencial, principalmente em se tratando detanque de teto flutuante.

    05 FREQUNCIA E PROGRAMAO DE INSPEO

    O intervalo entre inspees dos tanques de armazenamento determinado em funodos seguintes fatores:

    - natureza do lquido armazenamento- necessidade de manuteno- disponibilidade do tanque parainspeo- sobre-espessura e taxa de corroso- condio nas inspees anteriores- mtodos e materiais de construo.- Outros fatores como localizao

    geogrfica e etc.

    O intervalo entre inspees gerais de um tanque interna e externa- dever serdeterminado pela sua histria para dado servio, a menos que outras razes

    indiquem que sua inspeo deva ser antecipada.Assim, tanques que apresentam um taxa de corroso moderada devero serinspecionados a cada 5 anos ou mais e tanques que armazenam materiais altamentecorrosivos devero ser inspecionados cada ano, se necessrio.Um registro histrico da utilizao do tanque dever estar disponvel de modo que afreqncia para inspeo geral seja programada em funo das taxas de corroso eda vida provvel.A inspeo programada de um tanque dever ser realizada mais freqentemente, acada 1-2 anos, sem necessidade de retirar o tanque de operao; com as informaesobtidas poder-se- visualizar a necessidade de antecipar a inspeo interna

    programada.A inspeo interna dever ser efetuada de acordo com o programado, ou por ocasioda retirada do tanque de operao para fins de limpeza, mesmo que o intervalo deinspeo previsto no tenha sido alcanado.Normalmente, para tanques com mais de 10m de dimetro recomenda-se osseguintes intervalos para inspeo em geral:

    1 - tanques de derivados de petrleo (querosene e mais leves) acabados ou semi-acabados; devero sofrer inspeo geral a cada 5 anos;

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    2 - tanques de petrleo bruto, diesel, gasleo e resduo: devero ser inspecionados acada 8 anos; embora possam sofrer severa corroso na zona de vapores (teto) e degua (fundo);3 - tanques de leo combustvel, asfalto e produtos pesados: devero serinspecionados cada 10 anos.

    Os tanques de dimetro inferior a 10m no necessitam ser retirados de servioespecificamente para fins de inspeo interna, a menos que haja dvidas quanto estabilidade estrutural.Quando, em decorrncia das inspees, obtm-se uma vida provvel do tanquemenor que a freqncia de sua inspeo, ele dever sofrer acompanhamento commedies a intervalos iguais ou menores que metade de sua vida prevista.Tanques recm-construdos devero ser inspecionados, aps sua utilizao,dentro deum prazo razovel, caso no haja experincia prvia de seu comportamento com oliquido armazenado. de grande interesse que tais tanques sejam submetidos a mainspeo de montagem, executando-se inclusive medio da espessura das chapas do

    costado, do fundo e teto.

    4 TRABALHOS PRELIMINARES, INSTRUMENTOS EFERRAMENTAS

    8.1 Normas de seguranaAntes de ser iniciado qualquer servio de inspeo deve ser tomada uma serie deprecaues a saber:1 - Toda inspeo externa s dever ser realizada aps o inspetor ter-se munido dapermisso de trabalho correspondente emitida por quem de direito.

    2 - Para execuo da inspeo interna o inspetor pode aproveitar-se da permissoemitida Manuteno, obedecendo todas as recomendaes de segurana nelacontidas.3 - O inspetor deve, antes de iniciar a inspeo de um tanque, comunicar ao seusupervisor que todas as medidas de segurana foram tomadas podendo ento iniciaro servio previsto. aconselhvel a realizao antecipada de ma inspeo visualdirigida sobre-cabea com o fim de evitar a queda de componentes avariados dotanque ou produtos da corroso, sobre o inspetor, no decorrer da inspeo detalhada.

    8.2 Instrumentos e ferramentas

    Todos os instrumentos e ferramentas necessrios para a inspeo de um tanquedevero ser verificados,quanto disponibilidade, aferio e bom funcionamento,antes da efetivao dos servios.Especificamente, os instrumentos e ferramentas constantes da relao n1 soaqueles utilizados rotineiramente no decorrer de quase todas as inspees, e aquelesda relao n2 devero estar disponveis para qualquer eventual necessidade.

    RELAO N1

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    Raspadores de ponta e de lminaMartelo de bola e picadorCalibres mecnicos (interno e externos)Mquina fotogrficaPaqumetroFio prumo

    Trena ou escala zig-zagMicrmetros de inspetor e de profundidadeEscova de ao ou de latoLanternas prova de exploso (simples e com extenso)LupaImAparelhos ultrassnicos para determinao de espessuras e/ou falhasRELAO N2

    Serra para trepanao

    SoluoCaixa de vcuoDetector de falhas pelo espectro magnticoEnsaio para exsudao de lquidos penetrantesTeodolitoServio de radiografia com Raios X e Raios GamaMquina fotogrficaMedidor magntico de espessura e de detector de descontinuidades emrecobrimentos no magnticosOs apoios necessrios preparao e execuo dos servios de inspeo tais como:

    auxiliares, iluminao, ventilao, andaime, escada, balancim,vapor, gua, ar,energia eltrica, mscara de ar fresco, etc., devero ser fornecidos por outros rgos.

    5 INSPEO EXTERNAEntendemos por inspeo externa de tanques de armazenamento a inspeorealizada com um tanque em operao, destinada verificao de todos aquelescomponentes que podem ser observados com o tanque em uso. Inclui tambm amedio de espessura no destrutiva das chapas do costado e do teto.

    5.1 Escadas, plataformas e passadiosPreferencialmente a inspeo externa deve ser iniciada pela escada de acesso ao teto

    do tanque, atravs de uma inspeo visual ou teste de martelo a fim de serdeterminada a existncia de corroso e de peas quebradas. Em particular, dever serdeterminado se essas peas esto ou no seguras para uso, no mnimo, at a prximainspeo.Em tanques de grandes dimenses a escada pode possuir patamares intermedirios,suportados por estruturas apoiadas em sapatas de concreto; estas devero ento serinspecionadas antes da escada, quanto a trincas, desagregao do concreto ou outras

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    avarias srias. Os parafusos chumbados no concreto devero ser verificados quanto corroso no local onde afloram no concreto. Os degraus de cada escada devero serinspecionados quanto ao desgaste e corroso, pois alm da perda de resistnciadevido corroso, eles tornam-se inseguros devido ao desgaste. Os parafusos nodevero estar frouxos, nem quebrados e nem com corroso excessiva. As juntassoldadas devero ser inspecionadas quanto a trincas. Os corrimos devero ser

    forados a fim de se verificar sua segurana; particular ateno deve ser dada aoscorrimos feitos de tubos, pois neles pode desenvolver-se corroso interna. Todas asjuntas em que possa haver acumulao de gua devem ser inspecionadascuidadosamente com um raspador ou pelo martelo. Se as superfcies so pintadas, acorroso pode se desenvolver por baixo da pelcula de tinta; empolamento ouenferrujamento da pelcula so sinais evidentes de corroso na estrutura metlica.Qualquer plataforma ou passadio elevado pode ser inspecionado da mesma maneiraque a escada. As extremidades dos degraus podem ser verificadas com o calibre e asdemais reas devem ser testadas com o martelo. Os pontos baixos, onde se acumulagua, devem ser verificados cuidadosamente, pois a corroso pode desenvolver-se

    rapidamente em tais reas; furos de dreno evitar o empoamento de gua. Ossuportes podem tambm ser medidos quanto sua espessura e verificados quanto sua espessura e verificados quanto a empenamentos ou outros sinais de avarias.Escadas helicoidais cujos degraus so soldados diretamente no costado doequipamento podem apresentar corroso nestas soldas que devem ter atenoespecial.Todas as anormalidades encontradas, caso no requeiram reparos imediatos, devemser relatadas e marcadas por tintas para providencias futuras.

    9.2- BASES PARAFUSOS DE ANCORAGEM

    As bases de qualquer tanque podem ser sob a forma de um colcho de areiaimpermeabilizado, estacas e laje, anel de concreto ou suportes metlicos.

    Normalmente a inspeo que se realiza para pesquisar as avarias nestes tipos debases a verificao de recalques, principalmente diferenciais. Se for verificado umrecalque, principalmente diferenciais. Se for notado um recalque excessivo oudesigual, a situao deve ser corrigida antes ocorra uma avaria sria e os valores dorecalque, obtidos atravs de levantamentos, devem ser registrados em um grficotempo-recalque para comparaes futuras.

    A junta entre o concreto da base e a chamada de apoio deve ser selada a fim deprevenir a infiltrao de gua para baixo do tanque. A inspeo visual combinadacom a ao local de raspagem facilita a verificao dessa ocorrncia.As colunas de ao devem ser inspecionadas quanto a sua corroso; para isso elasdevem ser testadas com um martelo e podem ser tambm calibradas e os valoresobtidos podem ser comparados com a espessura original de uma seo no corroda,para fins da determinao da perda do material. As colunas devem ser inspecionadasvisualmente com fio de prumo ou nvel de bolha, para verificas se elas se encontramem prumo.

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    As condies de qualquer parafuso de ancoragem podem visualmente serdeterminadas pela inspeo visual. Um a pancada de martelo lateralmente sob aporca do parafuso podem revelar a existncia de corroso na seo do parafusoabaixo da chapa-base. A distoro do parafuso, empenamento de qualquer coluna etrinca excessivas no concreto so sinais de recalque srio da base.

    9.3-CONEXES

    As conexes do tanque devem ser inspecionadas quanto a corroso externa e ainspeo visual combinada com a ao de raspagem e decapagem revelar suaintensidade. Se a tubulao penetra no solo, este, ao redor do tubo, deve ser cavado,pois a corroso pelo solo especialmente severa neste ponto. Aps o tubo ter sidoexposto deve ser raspado e limpo a fim de permitir a inspeo visual.As tubulaes conectadas ao tanque devero ser inspecionadas quanto a distorescaso o tanque tenha sofrido algum recalque excessivo. Exploso interna ou fogopodem causar distores. Caso haja qualquer evidencia de distoro ou trincas na

    rea em redor das conexes, todas as juntas e o costado nesta rea devem serinspecionados quanto a existncia de trincas. Para isto o metal deve ser bastantelimpo com escovas de fios de bronze a fim facilitar a inspeo visual vistadesarmada com a aplicao de teste pela exsudao de lquidos penetrantes.

    9.4 - PINTURA

    As condies fsicas do recobrimento de proteo de chapas metlicas devem serverificadas visualmente, e para se decidir quando o tanque deve ser novamente

    pintado deve ser levada em considerao no s a intensidade da deteriorizao dapelcula de proteo, mas tambm a aparncia do tanque.Convm relembrar que a durao da pelcula de tinta depende de uma srie defatores, dentre eles citam-se: preparao e superfcie, condies atmosfricas porocasio da pintura, mtodo de aplicao da tinta, nmero de demos, espessura dapelcula, etc.Exemplificando: 02 demos de acabamento (espessura mnima de 0,12 mm) quandoaplicadas por pistola em tempo seco e ensolarado, sob chapas jateadascomercialmente podem durar, em uma atmosfera considerada normal, 10 anos, nachapa do costado e 05 anos nas chapas do teto. Por tais motivos torna-se

    impraticvel recomendar antecipadamente que os tanques sejam repintados aintervalos regulares; contudo, o registro das inspees anuais recomendado.A deteriorizao da pelcula de tinta pode ocorrer sob vrias formas a saber:gretamento, fendilhamento, escamao, empoamento, descascamento, empolamento,enferrujamento e eroso, cujas definies e graus de severidade foram padronizadaspela Comisso de Inspeo do IBP, guia n 2, 2 parte.A pelcula de tinta nos tetos a mais suscetvel s deteriorizaes acimaenumeradas. Em particular, a do teto flutuante deve ser inspecionadascuidadosamente, ainda mais porque tais tetos podem ser pintados com segurana

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    exceto quando o tanque esta fora de servio ou teto estivar em sua posio mais altae inativo. bom relembrar que quando o zarco usado como fundo ele deve sersempre recoberto com pigmentos estveis nas condies atmosfricaspredominantes, pois caso contrrio ele se transforma em carbonato bsico dechumbo, de cor branca, passando intermediariamente, pela cor rosa, que no protegeas chapas contra corroso como se deseja.

    9.5 ISOLAMENTO

    Uma inspeo visual , normalmente, suficiente para se verificar as condies doisolamento trmico externo de um tanque. Inspeo cuidadosa deve ser feita ao redorde todas as conexes e ao redor do bero de tanques horizontais. Umas poucasamostras podem ser removidas, especialmente das reas sombreadas do tanque, demodo a se determinar no s as condies do isolamento, mas tambm da parede docostado isolado. Os elementos de suporte e fixao do isolamento devem serverificados quanto corroso e quebras. reas de isolamentos encharcadas,

    deterioradas e sem chapa de proteo devem ser removidas para avaliao docostado, da ancoragem e do estado do isolamento nas reas adjacentes.

    9.6 COSTADO

    A verificao da corroso nas superfcies externas do tanque (locais onde a pinturaencontra-se deteriorada, sob isolamento trmico, em reas onde no tenham sidopintadas ou em tanques no pintados) de uma importncia capital.A corroso externa, mais comumente causada pela unidade, oxignio e vaporescidos presentes na atmosfera, pode tambm ocorrer no fundo do tanque pelos

    elementos corrosivos presentes no solo, por outros materiais estranhos que podemestar em contato com ele, pelo produto corrosivo armazenado no tanque e delevazado. Em verdade o que ocorre normalmente a combinao da ao dos diversosfatores acima citados.Se qualquer material estranho se acumular ao redor da parte inferior do costado, ouse o tanque sofreu um recalque, de modo que fique parcialmente enterrado, umainspeo cuidadosa dever ser feita na linha de nvel e abaixo dela. Para isso, ocostado dever ser descoberto completamente, se possvel; caso contrrio ele deverser descoberto em vrios pontos at uns 30 cm abaixo do nvel do terreno.A superfcie externa do costado, particularmente no local de vazamento e sob o

    isolamento, dever ser inspecionada visualmente, suplementando com a remoo dapintura de proteo e picamento, a fim de se localizar reas corrodas. Quando seevidencia uma extensa corroso externa ou outras formas de avaria necessrioinspecionar toda a superfcie do costado.Qualquer evidncia de corroso deve ser investigada. Se o tanque estiver emoperao, os produtos da corroso podero ser removidos por raspagem com escovade lmina, de tal modo a definir a extenso e a intensidade da corroso.A medida da espessura das chapas deve ser executada nas reas mais corrodas,porm normalmente uma medio deve ser feita em cada anel do costado ao longo

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    da escada de acesso ao teto e uma altura de 5 a 10 cm da junta soldada horizontalinferior do anel em questo, caso a corroso seja severa mais de uma medio deveser feita por anel, de acordo com as necessidades. Tais medidas devem, futuramente,ser comparadas com aquelas tomadas anteriormente para um mesmo local. Aprofundidade de reas corrodas localizadas pode ser medida com auxlio de umargua plana e micrmetro de profundidade, este mesmo instrumento deve ser usado

    para medir alvolos, localizados principalmente nas reas sombreadas e prximas deeventuais fontes de calos, pois estes fatores aceleram a taxa de corroso. Qualquerelemento estrutural ligado diretamente ao costado do tanque deve ser visualmenteinspecionado ou nele efetuado um teste de martelo. O uso do calibre deve serconsiderado, caso haja evidncia de alguma corroso. Qualquer bolsa formada entreo elemento estrutural e o costado deve ser inspecionada quando existncia decorroso por concentrao diferencial. As soldas entre o elemento estrutural e ocostado devem ser verificadas visualmente quando a trincas, caso elas existam, assoldas devem ser limpas completamente com escovas e inspecionadas pelo mtodomagntico, atravs de um im potente, ou pela exsudao de lquidos penetrantes.

    Caso o taque armazene soda custica deve ser inspecionada particularmente quanto existncia de fendimento por lcali, principalmente ao redor das conexes soldadasao costado para o sistema de aquecimento interno, ou qualquer regio soldadaporventura aquecida da estrutura. Esta forma de deteriorao manifesta-se peloaparecimento de trincas, que propagando-se da superfcie interna para a externa dotanque, possibilitam o vazamento da soda custica que depositar sais brancosvisveis os quais indicam uma condio sria de deteriorao.O costado, e na medida do possvel o fundo do tanque devem ser inspecionadosvisualmente pelo teto, quando ao empolamento pelo hidrognio com ou sem apresena de trincas. A localizao dos grandes empolamentos deve ser registrada e

    quando o tanque estiver fora de operao a espessura da chapa deve ser medida, afim de se determinar sua real espessura.Alm da inspeo sob o ponto de vista da corroso, o costado dos tanques deve serexaminado quanto presena de vazamentos trincas e empenamentos.Os vazamentos so notados na maioria das vezes pela descolorao ou ausncia depintura na rea do vazamento. A natureza de qualquer vazamento deve sercuidadosamente observada, pois caso haja alguma indicao de que ele proveniente de uma trinca, o tanque deve ser retirado de servio to cedo quantopossvel, a fim de ser completamente inspecionado e reparado.As trincas so mais comumente encontradas nas soldas das conexes dos tanques,

    nas juntas soldadas, nas ligaes metlicas entre rebites ou parafusos, nas soldas dosacessrios ao tanque e na solda do costado ao fundo do tanque. Quando so usadascantoneiras para apoio do teto ou do costado, pode ocorrer o aparecimento de trincasnas chapas de apoio. Usualmente a inspeo visual suficiente para o descobrimentode trincas, entretanto, a fim de serem definidas suas extenses em toda a reasuspeita, dever ser limpa com escova a fim de ser minuciosamente inspecionadapelos mtodos de partculas magnticas ou de exsudao de lquidos penetrantes. Osempenamentos so normalmente evidenciados pela inspeo visual mesmo a uma

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    distncia razovel, levando em considerao que h sempre uma pequena distoronas vizinhanas de uma junta soldada e que outras mais podem ser encontradas.Entretanto, tais distores podem ser medidas com uma rgua-desempeno colocadacontra o costado. Uma tarefa importante a determinao das causas da distoroque pode ser causada pelo recalque do terreno, ao do vento, sobre-presso internado tanque causada por ventilao deficiente, vcuo, severa corroso nas chapas do

    costado, movimentao da tubulao conectada ao costado ou outra avariamecnica. Quanto um tanque apresenta distoro, as juntas soldadas dos costadospodem estar severamente solicitadas em alguns pontos, com tendncia a trincarem.Como indicado previamente as juntas mais suscetveis de trincarem so as dasligaes do fundo com o costado e as verticais do costado. O mtodo de inspeopor partculas magnticas, atravs de um potente im, pode ser usado para detectaras trincas, devendo a superfcie a ser inspecionada ter sido previamente bem limpacom uma escova. Caso a superfcie soldada seja rugosa ou saliente demais sobre asuperfcie das chapas soldadas, pode ser necessrio esmerilhar as soldas a fim de seobter uma superfcie razoavelmente lisa, sem cantos vivos ou descontinuidade, o que

    s pode ser feito com o tanque fora de operao. Os mtodos de exsudao porlquido penetrante e pelos Raios-X podem tambm ser usados: o primeiro deles como tanque operando e o segundo somente com tanque fora de operao.Se o tanque de construo parafusada ou rebatida, um nmero de parafusos erebites selecionados ao acaso deve ser inspecionado quanto rigidez. Isto pode serfeito batendo-se lateralmente nas cabeas do parafuso ou rebite e apoiando os dedoscontra o lado oposto e contra a chapa por eles fixada.A movimentao do parafuso ou rebite ser facilmente verificada.Quando o tanque se situa em atmosfera agressiva interessante retocar a pinturadanificada pela ao da pancada do martelo.

    9.7 TETO

    O teto de um tanque pode ser inspecionado, em grande parte, da mesma maneira queo costado.O uso de cintos de segurana recomendado quando se inspeciona as extremidadesdo teto de um tanque alto. Em tetos fixos recomenda-se, quando a segurana do teto duvidosa, o uso de pranchas de madeira como passadio. Nos tanques de tetoflutuante tambm recomenda-se tal medida de segurana, alm daquela de s serfeita a inspeo com o teto na sua posio mais alta ou em posio mais baixa,

    porm com altura do nvel de lquido em posio estacionria. Com o tanque vazio,adequadamente ventilado, ele pode ser inspecionado em qualquer posio.A escada, a plataforma e as rodas-guia da escada de acesso ao teto flutuante dostanques so sujeitas corroso e a distores. A escada pode ser inspecionada damesma maneira que as escadas externas; caso ela tenha cado fora da plataforma-guia, decorrente da rotao do teto, este e especialmente seu sistema de selagemdevem ser inspecionados visualmente quando a avarias mecnicas. As rodas-guiadevem mover-se livremente no decorrer da movimentao do teto.

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    O escapamento de gases do sistema de selagem do teto flutuante bastante difcil deser achado visualmente e, embora quase sempre exista uma pequena intensidade, de menor importncia. Contudo, um escapamento excessivo indica que a selagemno funciona normalmente. A inspeo visual evidenciar tal fato e em alguns casoso reparo definitivo dever ser feito com o tanque em servio, porm com o teto nasposies j descritas. Caso contrrio, o escapamento com o reparo provisrio dever

    ser notado, a fim de que o definitivo seja executado com o tanque fora de operao.Todos os componentes metlicos do sistema de vedao devem ser inspecionadosvisualmente quanto corroso que comumente bastante severa quando o tanque selocaliza em ambientes com alta umidade relativa do ar.O sistema de drenagem dos tetos flutuantes deve ser verificado, principalmentequando obstrues, pois este no permitindo a drenagem das guas pluviaisacumuladas, podem provocar afundamento do teto.A plataforma e guarda-corpos do teto devem ser inspecionados da mesma maneiracomo descrito anteriormente.A corroso interna nas chapas do teto usualmente mais severa nas reas ou

    depresses onde a gua pode acumular-se antes de evaporar. Nos tanques quecontem vapores corrosivos, cujo escapamento possvel atravs de aberturas no teto,no sistema de selagem ou sistema de respirao pode ocorrer severa corrosoexterna nas reas vizinhas ao mesmo. O procedimento de inspeo a ser adotadopode ser aquele mesmo usado para as chapas do costado, e a medio no-destrutivada espessura das chapas deve ser efetuada em um mnimo de 04 pontos, dependendodo dimetro do tanque.

    9.8-ACESSORIOS

    Os retentores de chama e respiradores devem ser inspecionados visualmente,principalmente quando corroso e entupimentos de suas telas ou grandes. Averificao do nvel de leo nas vlvulas de presso e vcuo devem ser realizadas aum s tempo com a inspeo visual de todos os seus componentes. O sistema demedio do tanque deve ser inspecionado quanto a corroso em geral, rompimentoda trena, furo da bia, etc.O ante-rotacional deve ser inspecionado quanto corroso, principalmente nos elosda corrente do contrapeso e sistema de guia.A tubulao de espuma no sistema de combate a incndio do tanque deve serinspecionada entre a vlvula de bloqueio da tubulao e a sua entrada no tanque. A

    medio da espessura do tubo em qualquer pontos, a inspeo visual do tubo e seussuportes e o teste do martelo so mtodos normalmente empregados.

    10- INSPEO GERAL

    A inspeo geral e aquela que se executa com o tanque completamente fora deoperao, devidamente aberto, limpo, ventilado e iluminado de modo que sejaobservado em toda a sua extenso, tanto externa quanto interna.10.1 CONDIES EXTERNAS

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    10.1.1-Fundo

    A corroso na superfcie externas das chapas do fundo de um tanque que repousasobre um radie de concreto ou diretamente sobre o solo, no possvel de serverificada externamente. Contudo tal inspeo necessria e o mtodo do tneopode ser usado quando o tanque estiver vazio. Como o re-enchimento do tnel com

    areia seca ou pedra britada difcil de ser feito, este mtodo deve ser aplicadoapenas na periferia do tanque.O mtodo da retirada de trecho na chapa do fundo por ocasio da inspeo interna bem mais seguro, mais prtico e usualmente mais rpido.Inspees no destrutivas com ultra-som B-SCAN e C-SCAN so mtodos quepermitem avaliar a superfcie externas das chapas de fundo sem remoo dasmesmas.Inspees usando corrente parasitas permitem detectar furos nas chapas de fundo detanque.10.1.2- Conexes

    Todas as conexes do tanque devem ser testadas com martelo como meioaproximado de verificar suas espessuras. A inspeo visual acompanhada pela aode raspagem suficiente para verificar a existncia de corroso externa. Se atubulao do tanque que submerge no solo, esta deve ser escavada em redor doponto de entrada, pois a corroso pelo solo pode ser severa neste ponto.

    10.1.3-TetoTodas as chapas do teto devem ser testadas com um martelo, independentemente desua aparncia, pois elas so muito susceptveis de serem rapidamente corrodasinternamente devido ocorrncia de vapores. Externamente a corroso se processa

    principalmente nas reas onde ocorre empoamento e gua. Aps o teste do marteloa pintura de proteo dever ser refeita nos locais avariados.Tanto nos tanques de teto fixos como flutuantes o teste do martelo acima referidodever ser feito preferencialmente antes que o tanque seja limpo, pois caso contrrioconsidervel poeira e escamao se desprendem da superfcie.Alm do teste do martelo, usado para verificar aproximadamente resistncia daschapas, dever ser efetuadas uma medio de espessura precisa naqueles locais ondea corroso se faz presente com maior intensidade.Caso ela no existe, a medio dever ser feitas nas chapas correspondentes zonade vapores, quando se tratar de teto flutuante.

    A medio no destrutiva poder ser feita com o tanque em operao. A mediodestrutiva atravs de furos para inspeo e uso de micrometro de inspetor oprocedimento usado para a medio de espessura. O furo dever ser aberto combroca de 12,7 mm (1/2) e posteriormente tamponado com bujo rosqueado (roscade tubo cnica, 18 fios/polegada conicidade de x p) se a espessura da chapa forsuperior a 3mm, caso contrrio devera ser ele fechado com metal de solda. Otamponamento com bujo permite a utilizao posterior do furo para efeito decontrole da taxa de corroso

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    O interior dos flutuadores dever ser inspecionado visualmente quanto a possveisvazamentos, imediatamente aps o tanque estar vazio ou no decorrer de um posterioreste hidrosttico do prprio tanque; a chapa do fundo, de no mnimo um flutuador,dever ter sua espessura medida.No decorrer da inspeo, quanto corroso, dever tambm ser constatadavisualmente a presena de vazamentos no teto, podendo ser utilizada o teste de ar a

    baixa presso como meio auxiliar.O sistema de vedao do teto flutuante dever ser inspecionado visualmente quantoa existncia de corroso, peas quebradas e de outras deterioraes de seuscomponentes. As peas mecnicas expostas, tais como molas, contrapesos,pantgrafos, sapatas, etc; so sujeitas a avarias mecnicas, alem de desgaste e dacorroso.Como a maioria dos tetos flutuante so equipados com guias ou estabilizadorescontra rotao, devem elas serem inspecionadas visualmente contra a corroso,desgaste ou distoro. Se as guias foram encontradas distorcidas sinal indicativode que o teto girou excessivamente e o costado dever ser ento inspecionado.

    O sistema de drenagem do teto flutuante, independentemente dos tipos existentes,dever funcionar normalmente, pois sua obstruo ou vazamentos poder causaravarias ou contaminaes e/ou perdas de produto, respectivamente.Quando tal sistema de tubos metlicos, estes devero ser testados com o martelo esuas juntas mveis inspecionadas quando a desgaste e estanqueidade.Independentemente dos tipos, os tubos dos sistemas e suas juntas devero sertestados com gua sob presso, em duas etapas: na primeira delas o sistema deve serpressurizado com 2,1Kg/cm2, por maia hora, a fim de ser verificada a existncia devazamentos nos tubos, mangueira ou juntas rgidas. A presso ser ento reduzidapara 0,4Kg/cm2,por maia hora para testar a estanqueidade das juntas mveis,

    quando existentes. Esta segunda etapa, justifica-se pois tem sido comprovado que asjuntas mveis so estanques s mais altas presses, o que no ocorre s baixaspresses. Aps o teste de presso as linhas de dreno devero ser verificadas quanto aentupimentos, pela abertura da vlvula de dreno.

    10.1.4-AcessriosAs vlvulas de presso e vcuo e o suspiro devero ser totalmente inspecionadosquanto ao entupimento e estanqueidade, se suas partes mveis esto livres, semdesgastes, sem corroso; no caso de vlvulas com flutuadores, se esto estanques ese o nvel de leo esta correto.

    Os retentores de chama devero ser inspecionados quanto a corroso e entupimentosde sua colmia.Os sistemas de medio de nvel devero ser inspecionados visualmente de formacuidadosa. Assim nos flutuadores devero ser verificadas a existncia de corroso,trincas e a sua estanqueidade; nos cabos, trenas e correntes, a existncia de desgastee corroso; nas roldanas, se esto girando livremente e lubrificadas; os tubos e guiasse esto com entupimento.

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    10.2 Condies internas

    10.2.1 Consideraes geraisToda inspeo interna requer um planejamento antecipado do material, mo de obraespecializada e de apoio.As precaues necessrias execuo da inspeo envolvem esvaziamento de

    tanque, a purga de gases, a limpeza da borra e incrustaes espessas, e a lavagemadequada uma boa inspeo.Por razes de segurana uma inspeo visual preliminar dever ser o primeiro passoa ser seguido. Assim o teto e seus suportes devero ser inspecionados visualmente distncia e em primeiro lugar; a seguir, pela ordem o costado e o fundo; se possveldevem ser estabelecidos os locais onde a corroso uniforme ou alveolar evidente.Ordinariamente o espao de vapor, a linha lquido-vapor e o fundo do tanque so oslocais mais susceptveis corroso.

    10.2.2 Teto e suportes

    Normalmente uma inspeo visual da superfcie do teto e seu sistema de sustentao suficiente, a menos que a corroso seja severa, o que requer uma medio a fim deser verificada a sua intensidade.Ateno especial deve ser dada inspeo das colunas central e intermedirias, nonvel correspondente s reas mais corridas do costado; neste caso, a verificao dasespessuras dos suportes necessria. Caso as colunas sejam de formato cilndrico,devero existir prximos base, furos de drenagem para permitir a drenagem dacoluna e o escape de gases; por tal motivo os furos devero ser verificados quanto aentupimentos e refeitos quando necessrio.As soldas estruturais do sistema de sustentao do teto, assim como seus parafusos,

    devero ser examinados cuidadosamente, atravs de uma inspeo visual e teste demartelo,caso a corroso ou distoro sejam aparentes.Como a inspeo visual do teto requer em alguns casos a montagem de andaimes,dever ser aproveitada a oportunidade para serem verificadas as condies fsicas emecnicas da roldana do cabo de acionamento do tubo mvel quando este existir.

    10.2.3 CostadoComo a corroso interna usualmente mais severa que a externa, comprometendoportanto a resistncia estrutural do tanque, particular ateno deve ser dada inspeo do costado.

    As reas de incidncia de maior corroso variam em funo da movimentao doproduto dentro do tanque. Assim, o espao de vapor e a linha correspondente interface lquido-vapor so as reas mais susceptveis de serem corrodas; contudo,se o costado alternativamente exposto ao lquido e ao espao de vapor, ou olquido armazenado tem caractersticas corrosivas, todo o costado pode sofrercorroso uniforme.Quando a corroso for severa as medies feitas no decorrer da inspeo externadevero ser completadas por medies por mtodos destrutivos e no-destrutivos.Normalmente quando as chapas apresentam suas superfcies severamente corrodas

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    ou quando suas espessuras aproximam-se da mnima permitida, no recomendvele as vezes impossvel, a utilizao do segundo mtodo, neste caso partimos para afurao das chapas afim de obtermos uma medio mais precisa, medio esta a serrealizada preferencialmente pelo lado interno do costado. Assim sendo, pode-sefazer 8 furos por anel, distanciados 5 a 10 cm das juntas soladas superior e inferiordo anel, segundo 4 prumadas.

    A localizao da primeira prumada fundamentada na inspeo visual da reainterna do costado com corroso mais severa, rea esta caracterizada por esfoliaoexcessiva, as demais sero dela defasadas de 90. Posteriormente os furos deveroser tamponados por meio de solda. O anel do costado adjacente junta soldada dotopo com a cantoneira de apoio do teto, dever ser inspecionado visualmente vistadesarmada ou no, quanto s trincas. Tal inspeo tambm necessria nas juntassoldadas das vrias chapas dos anis do costado e nas juntas soldadas das conexes.

    10.2.4 FundoO fundo do tanque deve ter todas as chapas totalmente testadas com o martelo

    independentemente de sua aparncia e a inspeo visual quanto a existncia dealvolos e trincas nas juntas soldadas dever dar-se a um s tempo com o teste demartelo. Este procedimento dever ser adotado pois os alvolos, alojando os ditosprodutos a corroso s sero descobertos mediante a remoo destes, que podem serdesalojados pela ao do martelo. O uso do martelo picador tambm de grandeutilidade na pesquisa de alvolos cheios de produtos de corroso. Assim procedendodefine-se a locao dos alvolos cujas profundidades devero ser medidas.As juntas soldadas podem ser inspecionadas visualmente quanto a vazamentos e asrebitadas podem ser verificadas correndo uma lmina ou apalpador ao longo dasjuntas. Neste caso, se a junta estiver aberta, a lmina passar pela abertura e

    descobrir a falha. Os rebites devero ser verificados ao acaso quando ao aperto ecorroso; para isso devero eles ser raspados a fim de serem removidos os produtosde corroso. Detalhe importante a existncia de depresses no fundo e nas reasem redor ou por baixo dos suportes do teto e dos acessrios internos, pois qualquergua a coletada promove acelerao de corroso.O nmero de medies da espessuras das chapas depende da dimenso do tanque eda intensidade da corroso encontrada. Quando for observada pouca corroso, uma aquatro leituras sero suficientes; entretanto, quando a corroso for severa, umnmero maior de leitura dever ser obtido na rea mais corroda. O mtodo no-destrutivo nas reas severamente corrodas pode ser usado; entretanto a execuo de

    furos de inspeo e utilizao de micrmetro de inspeo o procedimento maispreciso.Como a corroso na superfcie externa do fundo de tanques que repousam no solo impossvel de ser avaliada pela inspeo externa, usa-se detecta-la atravs deinspeo interna, pelo teste de martelo ou algumas medies de espessuras a porprocessos no-destrutivos.Quando se deseja uma verificao precisa o melhor mtodo cortar seesrepresentativas (mnimo de 100 cm2) das chapas do fundo, tendo o cuidado de deixaros cantos arredondados, a fim de evitar concentraes de tenes por ocasio de

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    reparo. Se for encontrada severa corroso, chapas adicionais podero ser cortadasem outras reas.O fundo dever ser tambm inspecionado visualmente quanto a avarias causadas porrecalque, caracterizadas pelo desnvel de suas chapas.

    10.2.5 Revestimentos

    Quando as superfcies internas de um tanque so revestidas com materiais resistentes corroso, tais como chumbo, borracha, resinas, vidro ou cimento, os mtodos deinspeo so diferentes dos usuais.Nestes casos a finalidade da inspeo verificarse o revestimento encontra-se em posio adequada e se no apresenta furos nemtrincas, ou outras falhas.Usualmente, como os materiais no metlicos e o chumbo so usados comorevestimento de tanques de ao carbono, que armazenam materiais extremamentecorrosivos, de considervel importncia que eles sejam verificados quanto aexistncia de aberturas atravs das quais o liquido possa alcanar o ao carbono.Os materiais no metlicos podem ser testados quanto a permeabilidade eltricas que

    indicar qualquer falha existente.Uma das maneiras de inspecionar revestimento de chumbo raspar levemente, comuma faca a rea suspeita, a fim de remover a fina e escura camada de xido dechumbo, expondo assim o chumbo brilhante, o que permite, por contraste, mostrarqualquer defeito. As juntas soldadas de chumbo so particularmente susceptveis dese abrirem, e abaulamentos no revestimento so sinais bastante positivos devazamentos, indicando uma falha na condio mecnica do revestimento.Os revestimentos de borracha, fibra de vidro e resinas anti-corrosivas deveminspecionados por abaulamento, empolamento ou fragmentao.Cuidado especial deve ser tomado no decorrer dos trabalhos dentro dos tanques

    revestidos de chumbo, borracha, fibras de vidro ou resinas, a fim de evitar a avariamecnica desses revestimentos.Os revestimentos de cimento (gunite), bastante usados e aplicadospneumaticamente, so bastante difceis de serem inspecionados, embora a avariamecnica, a fragmentao, as trincas e o desprendimento sejam facilmente vistos, oque no ocorre com as pequenas trincas e porosidade. Em alguns casos estas avariaspodem apresentar-se como ndoas de ferrugem na superfcie do cimento, causadaspela penetrao dos produtos de corroso do ao e em outros casos pela incidnciade abaulamentos.Como conseqncia da corroso que ocorre por trs do revestimento, o cimento

    perde sua aderncia com o ao; isto pode ser constatado pelo som e sentimentos deleves pancadas de martelo.No caso de dvidas quanto s condies de revestimento de cimento e do metalbase, uma pequena rea de revestimento pode ser cortada a fim de detalhar ainspeo. Caso seja encontrada a corroso, outras reas podem ser verificadas.

    10.2.6 Equipamentos auxiliaresQuaisquer equipamentos auxiliares internos tais como serpentinas, radiadores, seussuportes, conexes, tubo mvel e outros, devem ser inspecionados visualmente.

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    As serpentinas, radiadores e seus suportes devem ser verificados quanto a corroso,empenamento e trincas; com exceo dos componentes de ferro fundido, os demaisdevem ser testados com o martelo. As serpentinas e radiadores devem ser testadoshidrostaticamente a fim de serem verificados quanto estanqueidade.Caso exista a suspeita de trincas nas conexes e suas soldas devem elas serinspecionadas pelo mtodo de partculas magnticas ou pela exsudao de lquidos

    penetrantes.Se as tubulaes conectadas ao tanque transportam produtos corrosivos ou se houveralguma outra razo promotora de grande perda de espessura, o bocal e os tubosdevem ser medidos. Se a primeira junta da tubulao depois do tanque fordesmontada, dever ser executada uma inspeo visual interna e medio direta noslocais acessveis.A espessura das conexes pode tambm ser calculadas diretamente pela mediodos dimetros interno e externo.10.2.7 Verificao de vazamentoNo decorrer da inspeo geral de um tanque, seu fundo e costado devero ser

    verificados quanto a estanqueidade; para isso o teste hidrosttico executado nodecorrer da inspeo o melhor mtodo de se detectar vazamentos. Se o teste nofor realizado usa-se para o costado o mtodo de exsudao por liquido penetrante,com o liquido penetrante aplicado numa face e o revelador na oposta.Outro procedimento de se descobrir vazamentos no fundo do tanque e pelo uso dacaixa de vcuo. Neste caso a rea suspeita aps ter sido bem limpa, e recoberta comuma soluo de sabo, feita na proporo de 1/10 cm de sabo liquido/gua.A parte aberta da caixa de vcuo ento pressionada firmemente sobre a rea ate seter 0,05 a 0,20 kg/cm2 de vcuo, ocasio em que dever-se- ter uma vedaoperfeita. Um vcuo entre 0,70 e 0,35kg/cm2 deve ser obtido no decorrer do teste,

    ocasio em que os vazamentos sero evidenciados como bolhas de sabo, vistasatravs do vidro na parte superior da caixa.O fundo dos tanques que repousam no solo pode tambm ser verificados quanto avazamentos atravs dos trs procedimentos a seguir, sendo que em todos os casosdevera ser construda uma pequena barragem de argila ao redor e externamente aofundo, vedando-o do ambiente externo. No primeiro procedimento a superfcieinterna e recoberta com uma soluo de sabo e aplicada na superfcie externa umapresso de ar correspondente a 10 cm de coluna de gua, o ar pode ser injetado comuma mangueira atravs da barragem ou atravs de um furo aberto pela superfcieinterna do fundo.

    O borbulhamento da soluo de sabo e sinal da existncia de vazamento. Osegundo procedimento consiste em bombear gua sobre o fundo do tanque ate umaaltura correspondente a 20 cm acima do nvel do fundo;os vazamentos seroevidenciados pela infiltrao de gua atravs do fundo. O terceiro procedimentoimplica no enchimento inicial do tanque com 20 cm de gua e na pressurizaoposterior de ar sobre o fundo com presso equivalente a 30 cm de gua; osvazamentos sero evidenciados como bolhas de ar atravs da gua.Assim como para o fundo e costado, o teto fixo dos tanques poder tambm sertestado quanto a vazamentos aplicando-se o seguinte procedimento: com o tanque

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    cheio de gua ate o seu limite permissvel e todas as conexes do teto bloqueadas,injetar ar no espao de vapor, pressurizado ate 5 cm de coluna de gua.Com pressomantida neste valor, passar soluo de sabo nos locais a serem inspecionados.Para o caso de tetos flutuantes, os testes a serem utilizados envolvem a verificaode vazamentos nos flutuadores, na panela, no sistema de vedao e no de drenagem.No caso dos flutuadores os procedimentos implicam no enchimento dos mesmos

    com gua e observao, pela parte inferior do teto, ou o enchimento do tanque ateque o teto flutue e observao do interior dos flutuadores pelo menos durante umahora.A verificao de vazamentos atravs da panela de tetos flutuante e feita uma horaaps o teto estar flutuando em gua.O teste de vazamento atravs do sistema de vedao deve ser feito com o tetoflutuando em gua aps terem sido bloqueadas todas as conexes. A seguir, injetarcontinuamente, no espao de vapor, ar comprimido de modo a manter uma pressocorrespondente a 4 cm de coluna de gua.A quantidade de ar injetada deve ser medida continuamente, se a vedao deixar de

    passar mais de 0,30cm3

    por minuto por 30 cm de dimetro do tanque, o selo deve serreparado.A presena de vazamentos atravs do sistema de drenagem do teto e verificada nodecorrer do enchimento com gua dos tubos rgidos ou flexveis do sistema,conforme j descrito. Obvia e a necessidade de serem controlados com ummanmetro todas as presses a serem mantidas no decorrer dos testes.

    11- ENSAIOS DE PRESSAOO termo ensaio aqui usado aplica-se unicamente ao processo de enchimento do

    tanque com um liquido ou gs, a uma presso estipulada pelas normas com afinalidade de testa-lo quanto a sua resistncia estrutural e estanqueidade.Tal ensaio e executado aps o termino da construo, de um novo tanque poremaplica-se tambm para a verificao de vazamentos ou aps execuo de reparosestruturais. Neste caso, aps os trabalhos de reconstruo ou de reparos, tais como ainstalao de um novo fundo ou substituio de anis do costado, o tanqueatmosfrico deve ser cheio co gua e no decorrer do enchimento observados quantoa possveis vazamentos; vinte quatro horas aps devera ele ser esvaziado, no semantes ser feita nova observao. Caso inexista gua para o ensaio e as conexes doteto do tanque possa ser devidamente bloqueadas, pode ser usado o ensaio com ar

    pressurizado com 5 cm de coluna de gua, embora este procedimento tenha muitopouco uso como ensaio de estanqueidade, aplica-se ento a soluo de sabo nasreas suspeitas de tanque, particularmente nas soldas afim de verificar possveisvazamentos.Os tanques de baixa presso so ensaiados da mesma forma que os atmosfricos,exceto com relao a presso que deve ser maior e de acordo com a presso doprojeto.Os tanques projetados e suportados de tal modo que sejam instveis quando cheiosde gua ou tanques nos quais a corroso e bastante severa, ou tanques nos quais a

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    presena de gua no e tolerada no liquido normalmente armazenado, devero serensaiados com ar, aps ter sido aprovado o uso deste ensaio pelos rgosresponsveis.

    12 LIMITES ESTRUTURAIS

    12.1 Consideraes gerais

    A inspeo de tanques de armazenamento perde consideravelmente seu valor amenos que os limites da corroso e outras formas de deteriorao que possam serseguramente toleradas sejam razoavelmente bem conhecidas para o tanque eminspeo. H, portanto, dois aspectos a serem considerados:1) a taxa de corroso; 2) o limite seguro da deteriorao. Como na maioria dos casos, a taxa de corrosometlica pode ser obtida pela comparao das espessuras, medidas em duas ou maisinspees, registradas em um grfico espessuras versus datas de inspeo. Deletambm se obtm o limite estimado de deteriorao atravs de uma extrapolao.

    A maioria das outras formas de deteriorao, tais como avarias mecnicasprovocadas pelo vento, trinca, falhas operacionais de acessrios, etc.,soimprevisveis, pois elas ocorrem momentaneamente.Em qualquer hiptese, se o limite seguro de deteriorao e determinado, oconhecimento da poca em que o tanque ira alcana-lo de considervelimportncia, pois se for um futuro prximo, os reparos ou substituies devem serfeitos imediatamente; caso contrario torna-se possvel adiar os reparos at umaprxima inspeo geral programada ou reformular o intervalo de inspeo.Obviamente quando o limite for alcanado deve ser tomada uma ao imediata a fimde repor o tanque em condies seguras de retornar a operao o mais breve

    possvel, pois como sabido, o parque de tanques de uma industria jamais e superdimensionado. Assim sendo, de interesse que a espessura mnima para cada tanqueseja conhecida antecipadamente e que os mtodos de clculos a serem empregadossejam bem compreendidos. Os limites das outras formas de deteriorao tero queser determinados com base nos conhecimentos de todas as condies envolvidas epelo bom senso.Devido ao grande numero de variveis que afetam a espessura mnima e a grandevariedade de dimenses, tipos e mtodos de construo de tanques, no e possvelneste guia expor todos os mtodos de clculos a serem empregados; entretanto,considerando os tanques atmosfricos soldados como os mais usados para armazenar

    petrleo e seus derivados, expomos no pargrafo a seguir o mtodo de calculo a serempregado na determinao da espessura mnima do costado, por ser estecomponente susceptvel a corroso mais freqente e severa.Os mtodos para a determinao da espessura mnima de novos tanques sodefinidos nas normas e padres de sua construo.Na maioria dos casos a nova espessura inclui alguma sobre-espessura acima daquelaespessura necessria a resistir a presso interna do tanque, presso esta determinadapela altura do liquido armazenado mais a presso de vapor, caso ela exista para o

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    liquido aludido. Essa sobre-espessura pode ser decorrente de cada um ou de todos osseguintes fatores:

    a) sobre-espessura deliberadamente acrescida no projeto como sobre-espessurapara corroso

    Normalmente para tanques atmosfricos isso no e feito, embora possa ser em

    decorrncia da previso de uma alta taxa de corroso para o mesmo; para ostanques de baixa presso e grande tamanho essa pratica e mais comum.

    b) Sobre espessura decorrente de uso de chapa comercial, cuja espessura superao valor mnimo calculado.

    Tal sobre-espessura e bastante comum e embora pequena, tem grandeimportncia quando a taxa de corroso e baixa.

    c) Sobre-espessura resultante do estabelecimento deliberado de uma espessuramnima para fins de construo.

    Particularmente para tanques de grandes dimenses, a espessura de suas chapaspode ser maior que aquela requerida pelo clculo, de modo que o construtor detanque possa monta-lo mais facilmente.

    d) Sobre-espessura resultante de uma espessura mnima arbitraria especificadapelas normas de construo.

    O fundo de tanques que repousam sobre bases macias e o teto dos atmosfricosno esto sujeitos praticamente a tenso e, forosamente suas chapas s teroespessuras suficientes para dar estanqueidade ao tanque; as chapas de teto, alemdo mais, devem ser suficientes espessas para resistir ao peso prprio entre as

    vigas de sustentao.Exemplificando: as normas da ABNT e API, para tanquessoldados, estabelecem uma espessura mnima de 4.7mm (3/16) 6,4mm (1/4)para as chapas do teto e fundo, respectivamente.

    e) sobre-espessura nas reas superiores das chapas dos anis do costado.Como em todos os tanques a presso exercida no costado pelo peso do liquidoarmazenado e maior no fundo e diminui uniformemente ate o nvel do liquido, aomenos uma rea de todas as suas chapas e mais espessa que o necessrio; istonaturalmente, e devido ao seguinte fato: na norma API a espessura da chapa ecalculada par um esforo aplicado a 30 cm acima da junta horizontal inferior do anel

    em questo; na norma ABNT a espessura da chapa e calculada por um esforoaplicado na linha de centro da junta horizontal inferior do anel em questo. Emambos os casos a rea da chapa acima do local da aplicao do esforo e maisespessa que a requerida. Por esse motivo, se ocorrer corroso nas reas descritas,no s a sobre-espessura, mas tambm a inexistncia de junta soldada nestas reas,pode permitir que o tanque permanea em servio por mais tempo que era de seesperar.

    f) Sobre-espessura disponvel resultante da mudana de servio do tanque

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    sabido que as espessuras das chapas do costado de tanques so normalmentecalculadas para resistirem aos esforos de um determinado liquido (usualmente guapara os tanques atmosfricos), e com uma presso de vapor adicional de 0 a 0,5kg/cm2para tanques de baixa presso. Se as condies de operao so diferentesdaquelas para as quais o tanque foi projetado, isto , se forem armazenados lquidosmais leves, ou lquidos com presso de vapor menor, ou ambos, as chapas

    trabalharo com uma sobre espessura. Inversamente, se o costado for corrodo,torna-se necessrio abrandar as condies de servio de modo a permitir a continuautilizao do tanque; ou se as condies de servios so menos severas, o tanquepode seguramente trabalhar nas mesmas condies por um perodo maior.

    g) Sobre-espessura disponvel resultante da utilizao parcial do tanque.Como a espessura das chapas do costado e calculada considerando-se o tanque cheiode liquido, obter-se-a uma sobre-espessura adicional caso sua altura de utilizaoseja inferior aquela do projeto.Na determinao da espessura mnima das chapas de um tanque devera ser usado o

    mtodo bsico definido pelas normas, e os fatores enumerados e discutidas acimadevero ser levados em considerao e aplicados.Neste particular, convm lembrarque as normas permitem considerar algumas das sobre-espessuras comocontribuintes para o reforo das conexes. Assim, antes de serem consideradascomo sobre-espessuras para corroso aquelas definidas em b, c e e devera serdeterminado se elas foram usadas ou no para reforar as conexes acima de 2.Caso positivo, tais sobre-espessuras no podero ser utilizados totalmente paraprolongar a vida do tanque. Por consideraes praticas e comum serem consideradosapenas trs valores para densidade a ser aplicada na formula padro. Assim: 1)quando o valor da densidade do liquido armazenado e menor que 0,876, om-se

    sempre este valor; 2 ) quando o valor da densidade do liquido armazenado se situaentre 0,876 e 1,000 usa-se sempre o ltimo valor, 3o) quando o valor da densidadedo liquido maior do que 1,000 usa-se o valor real da densidade.O resultado ser uma espessura definida como mnima para um determinado tanquee que quando alcanada, implica na necessidade de execuo de reparo ousubstituies.Deve aqui ser lembrado que um alvolo ou uma pequena rea corroda ate aespessura mnima no enfraquece consideravelmente a chapa sob o ponto de vista deresistncia aos esforos atuantes; entretanto, os reparos devem ser executados a fimde prevenir vazamentos caso a corroso prossiga.

    O fundo e o teto de tanques atmosfricos que repousam no solo so dimensionadosquanto a espessura de suas chapas de modo arbitrrio pelas normas de construo,pois eles no so submetidos a presses diferenciais. Normalmente permite-se quetais chapas se corroam ate uma espessura remanescente de 2,5 mm, abaixo da qualqualquer alvolo pode perfura-las. Para componentes e acessrios de tanquesatmosfricos, tais como flutuadores, tubo mvel, tubo de drenagem do teto flutuante,conexes, vlvulas e estruturas secundarias, nem a espessura mnima nem o mtodode seu calculo so definidos pelas normas, o que no ocorre com os suportes do teto,vigas, radiais,plataformas e escadas.

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    Para a parte estrutural de tanques, incluindo plataformas, os mtodos usuaisempregados no projeto de estrutura metlicas pode ser usado para o calculo dascargas permissveis.As tubulaes, conexes e vlvulas externas e as serpentinas e aquecedores internosdo tanque devero ser inspecionados de acordo com as normas m vigor. permitidoque a corroso de tubos, conexes e vlvulas localizadas dentro do tanque se

    processe ate quase ao ponto de promoverem o aparecimento de vazamentos, poisnormalmente tais acessrios so sujeito a muito baixas ou nenhuma pressodiferencial.Um bom julgamento e de capital importncia para a determinao dos limites dedeteriorao de um tanque e a experincia adquirida e o melhor guia. Os dois fatoresmais importantes a serem considerados na deciso de aprovar ou condenar umtanque ou parte dele so a perda de produo e a segurana operacional, poissabemos que o vazamento do liquido armazenado, inflamvel na maioria dos casos,pode produzir uma condio operacional insegura.Algumas formas de deteriorao de tanques no so de tal natureza que a deciso a

    ser tomada e quase automtica. Neste inclui-se a existncia de trincas, que por suaparticularidade de progredirem rapidamente devem ser reparadas antes que o tanqueretorne a operao. Avarias mecnicas serias, inoperncia de equipamentosauxiliares, vazamentos e avarias nos revestimentos so condies a seremremediadas antes que o tanque volte a armazenar.

    12.2 Mtodo do calculoConsiderando que os tanques atmosfricos de ao carbono soldados so os maisempregados para armazenar petrleo e seus derivados, deduziremos a seguir aformula geral a ser usada no calculo da espessura mnima das chapas do costado e a

    adaptao dessa formula para as normas ABNT e API. Quando se tratar de tanquesaparafusados, normalmente usados em campos de produo, de capacidade ate1.600m3 (10.000 barris) consultar a API-Std-12B.

    12.2.1 Formula geralConsideremos um tanque cilndrico cheio de liquido cujas paredes so submetidas auma solicitao simples de trao.

    1 - consideremos, desse tanque, um anel do costado e analisemos as forcas que neleatuam, sendo:

    P = pressoF = forca resistente presso = 2F1R = raio mdiodS =elemento de superfcied =ngulo centraldF =forca atuante em dSdV e dH =componentes de dFh =altura do anel

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    e = espessura do anel

    Determinao da forca resistente presso , para uma altura unitria:DF = p.dS como dS = d.r.h, e h = 1DF = p. d. r

    As componentes atuante de dF se reduzem a dV, j que a componente dH se anulapor simetria, e como:dV = d.F. sen. ,

    obtem-se:dV = pr.sen. . dintegrando V = o

    dvV = 2.p.rComo nas condies de equilbrio V = Fe =2F1Obtem-se :

    F1 = p.r

    2) Como a presso exercida sobre um anel do costado e funo do peso especificodo liquido armazenado, ou seja:p=.H sendo = peso especificoH = altura do anel

    Obtemos :F1 = .H.r

    3 )- Para o calcula da espessura de uma anel e por definio.

    = F1 sendo = carga suportada pela seo unitria do material e comoA

    F1 =.H.r

    A = h.eH = 1r = D

    2obtemos = HD

    2elogo = HD

    2

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    O valor de ,considerado como a taxa mxima de trabalho permissvel do material,deve ser comutado na formula acima j levando em considerao o coeficiente desegurana, que e a relao entre as tenses de ruptura e permissvel.Como nos anis do costado existem juntas verticais da amarrao das chapas, deveraa formula em questo ser corrigida, considerando-se um fator de eficincia das ditasjuntas,E.

    Logo, a formula geral ser:

    e = HD

    2E

    12.2.2 Formula pela norma P-NB-89 da ABNTConsiderando:

    ( taxa mxima de trabalho permissvel para o ao carbono especificado)= 1.500kg/cm2j com um coeficiente de segurana de 2,5; (peso especifico do liquido) = g (em g cm

    3);

    H (altura da base do anel medida na aresta superior da cantoneira de fixao doteto ou na parte inferior de qualquer ladro que limite o nvel de enchimento dotanque = h (em metros);

    D (dimetro interno do tanque, em metros)

    Obtemos:

    e = g(g/cm3) X100 (cm) h X100 (cm) D=2 X 1.500 X 1.000 X (g/cm 2) X E

    ghD

    300E (em cm)

    ou

    e = g.h.D30.E (em mm)

    Quando as juntas verticais soldadas so de topo com o cordo duplo, ou seja CE = 0,85,Obtm-se :

    e = 0,39,g.h.D (mm)

    Quando as juntas verticais soldadas so sobrepostas com cordo integral duplo dengulo, ou seja: E = 0,75,

    Obtm-se :e = 0,044 . g.h.D (mm)

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    12.2.3 Formula pela Norma 650 do APIConsiderando:

    ( taxa mxima de trabalho permissvel para o ao carbono especificado) =21.000 Ib/pol2, j considerado um coeficiente de 2,5;

    (peso especifico do liquido armazenado, igual a sua densidade vezes opeso especifico da gua) = g.62,42 Ib /p 3 ;

    Quando as juntas verticais soldadas so de topo com cordo duplo, ou seja:

    E: 0,85Obtm-se:

    Quando as juntas verticais soldadas so sobrepostas com cordo integral duplo de

    ngulo, ou seja: E = 0,75,

    Obtm-se:

    12.2.3 - Frmula pela Norma 650 do AP1

    Considerando :

    r (taxa mxima de trabalho permissvel para o ao carbono especificado) = 21 000

    Ib/pol, j considerado um coeficiente de segurana de.. 2,5:

    (peso especfico do lquido armazenado, igual sua densidade vezes o peloespecfico da gua) = g.62,42 lb/p;

    (H-1) (altura da base do anel medida na aresta superior da cantoneira, de fixao do,teto na arte Inferior de qualquer ladro que limite o nvel de enchimento do tanque,menos 1 p) em Ps; D (dimetro interno nominal do tanque) -em ps -obtemos:

    E = g. 62,42 (Ib) x (H-l) (p) x D(p) (pol2])

    -2 x (p3

    ) x 21000 (lb) x E

    Quando as juntas verticais soldadas so de topo com cordo duplo, ou seja: E :=0,85, obtm-se:

    (em polegadas)e = 0,000146.g. (H-l).D

    e = 0,039 . g. h. D (mm)

    e = 0,044 . g . h D (mm)

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    12,3 - CONCLUSESEm decorrncia da inspeo geral de um tanque j em utilizao e para efeitosprticos, torna-se possvel, considerando uma taxa de corroso definida, aumentarsua vida til provvel, nele aplicando urna ou mais das seguIntes medidas :

    a) -armazenar lquidos mais leves;b) -reduzir a capacidade de armazenagem, diminuindo a altura de utilizao do

    tanque;

    c) -aumentar a eficincia das Juntas soldadas, atravs de uma inspeorigorosa;

    d) -empregar chapas de reforo nas conexes acima de 2" .Por ocasio do projeto de novos tanques e com o conhecimentoantecipado, por experincia, do valor da taxa de corroso para ele prevista,

    possvel aumentar sua vida til provvel pela adio de sobre-espessuras espessuras obtidas pelo clculo ou arbitradas .

    13 -METODOS DE REPARO

    1 -REPAROS REINSPECIONAVEISEstritamente, como os reparos de manuteno no so problemas de inspeo,procurou-se aqui apenas comentar aqueles reparos a serem executados noscomponentes dos tanques os quais requerem :uma nova inspeo por razes desegurana .

    Antes que qualquer reparo seja recomendado ao rgo executante, devero serconhecidas e devidamente interpretadas as normas e padres e construo a fIm deque aqueles reparos no violem os conceitos usados na construo original.Como alguns reparos sero do tipo que afetam a resistncia ou segurana. do tanque,conseqentemente, eles devero ser inspecionado aps seu trmino. Geralmente tambm uma boa prtica fazer uma inspeo rpida de todos os outros reparosrecomendados a fim de ser constatada sua execuo.Os reparos envolvendo a soldagem do teto, fundo e costado so aqueles que devemser novamente inspecionados, com a f1nalidade de ser verificado seu trmino eperfeio da execuo. Para isso, a inspeo visual , suficiente, entretanto a

    inspeo por partculas magnticas ou pela exsudao de lquidos penetrantes podetambm ser usada .Amostras do metal de solda executada nos reparos podem tambm ser removidaspor trepanao a fim de ser verificada sua qualidade. Como o furo decorrente de talmtodo envolve um novo reparo e conseqente uma nova inspeo, comum evitara remoo de tais amostras .

    Os reparos podem tambm ser feitos por rebitagem ou parafusos, porm os mtodosde utilizao devero seguir o estipulado nas normas correspondentes. Juntas

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    rebitadas que apresentem vazamentos podem ser calafetadas, ou soldadas. Quandoas juntas rebitadas so vedadas por solda, os rebites e as juntas devero sercalafetadas por aproximadamente 15 cm em ambas as direes de soldagem. Osrebites defeituosos tambm podem ser substitudos por parafusos, especialmenteaqueles das chapas do fundo, onde possvel alcanar-se sua face oposta.Todos osreparos envolvendo calafetagem, rebitagem , aparafusagem e soldagem devem ser

    novamente inspecionados.

    Quando houver remoo de chapas corrodas, e