Grid Code for Isolated Systems Rectificações Finais · À REN por me ter proporcionado todas as...

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Grid Codes for Isolated Systems Susana Galrão Domingos Ludovino Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Júri Presidente: Prof. Doutor Paulo José da Costa Branco Orientador: Prof. Doutor José Manuel Dias Ferreira de Jesus CoOrientador: Profª Doutora Maria Eduarda Pinto de Almeida Pedro Vogal: Prof. Doutor José Pedro da Silva Sucena Paiva Outubro 2010

Transcript of Grid Code for Isolated Systems Rectificações Finais · À REN por me ter proporcionado todas as...

 

 

 

 

Grid Codes for Isolated Systems 

 

 

 

Susana Galrão Domingos Ludovino 

 

 

 

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em 

Engenharia Electrotécnica e de Computadores 

 

 

Júri 

Presidente:    Prof. Doutor Paulo José da Costa Branco 

Orientador:    Prof. Doutor José Manuel Dias Ferreira de Jesus 

Co‐Orientador:  Profª Doutora Maria Eduarda Pinto de Almeida Pedro 

Vogal:      Prof. Doutor José Pedro da Silva Sucena Paiva 

 

 

Outubro 2010 

 

                                     

és como um ídolo, fazes‐me acreditar no possível e lutar pelo impossível fazes‐me perseguir os meus sonhos sem me deixares esquecer quem sou 

insistes no meu bem e tentas que eu não cometa o mal tornaste‐me a pessoa que sou hoje e devo‐te tudo (as coisas boas e menos boas) 

tornaste‐me uma pessoa forte, tal como tu… tenho um sonho: quando crescer quero ser como tu! 

 Mariana 

 

i

 

Este trabalho foi efectuado no âmbito do projecto PTDC/EEA‐ENF/73733/2006, financiado pela 

Fundação para a Ciência e a Tecnologia 

 

 

 

 

Agradecimentos 

 

Aos meus orientadores: ao Professor Ferreira de  Jesus pelas sugestões, críticas e  total disponibilidade… pelo 

seu optimismo e boa disposição. À Professora Eduarda Pedro pela sua ajuda e simplicidade 

 

À REN por me  ter proporcionado  todas  as  condições para  a  realização deste  trabalho  e  aos  colegas Mário 

Andrade,  Gil  Vicente,  Bruno  Nunes,  Tiago  Rodrigues  e  João  Paulo Moreira  pela  amizade  e  ajuda  no  seu 

desenvolvimento 

 

Ao Professor Sucena Paiva por me ter “agarrado” e direccionado para este projecto 

 

À Lígia pelas muitas sugestões, incentivo e principalmente pela sua amizade 

 

À minha família que me acompanhou em mais um desafio, tornando‐o um pouco mais fácil e natural 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ao meu trio: 

ao meu marido pela sua ajuda e solidariedade 

às minhas filhas que com muitas exigências em atenção e carinho me obrigaram a esquecer os momentos mais 

difíceis na elaboração deste trabalho 

ii

Resumo 

O objectivo do trabalho Grid Codes for Isolated Systems é verificar a aplicação do código de uma rede eléctrica 

interligada a uma rede eléctrica isolada. 

Tendo  como base o novo Regulamento da Rede de Transporte em  vigor em Portugal,  foi  feita uma análise 

comparativa com outros regulamentos e procedimentos operacionais, em vigor noutros países da Europa. 

Com as principais conclusões desta análise foi verificada a sua aplicabilidade numa rede eléctrica isolada, com 

forte incorporação de energia eólica. 

Feita a análise de contingências e do regime transitório, foram verificadas as condições de ligação impostas às 

instalações de produção eólica. 

A principal conclusão  foi de que a capacidade dos geradores eólicos suportarem cavas de tensão é essencial 

para a operação estável da  rede. No entanto, a profundidade e  tempo de duração da  cava de  tensão num 

sistema  isolado, deve ser mais exigente do que as curvas das cavas de tensão previstas nos códigos de redes 

interligadas que foram analisados. 

No que  respeita a capacidade dos geradores eólicos  injectarem corrente  reactiva na rede durante a cava de 

tensão,  verificou‐se  que  a  curva  exigida  nos  códigos  de  rede  português  e  espanhol  nunca  é  integralmente 

cumprida. Eventuais variações nos parâmetros do modelo do gerador eólico permitem uma pequena melhoria 

dessa capacidade. 

 

 

Palavras‐chave: Código de rede; rede eléctrica isolada, gerador eólico, cava de tensão, corrente reactiva 

 

   

iii

Abstract 

The aim of this study is to verify the application of an interconnected system grid code in an isolated system. 

Based  on  the  new  Portuguese  transmission  grid  code,  a  comparative  analysis  with  other  grid  codes  and 

operational procedures from other European countries has been made. 

The main conclusions of  this analysis were applied  to an  isolated  system, with  strong  incorporation of wind 

power. 

After verifying the network contingencies and dynamic conditions, the wind farm behavior, as specified by the 

grid codes and the operation procedures, were assessed.  

The main  conclusion  was  that  fault  ride  through  capability  is  essential  for  the  network  stable  operation. 

However,  the depth and duration of  the voltage dip  in an  isolated  system  should be more  severe  than  the 

voltage dips specified by the grid codes issued for interconnected networks. 

As  for  the  requirement of wind generators providing  reactive current during a voltage dip,  it was concluded 

that the curve  imposed by the Portuguese and Spanish grid codes  is not completely obeyed. Changes can be 

made on the parameters of the models of the wind generators to allow a small improvement of this capability. 

 

 

Keywords: grid code, isolated system, wind generator, fault ride through, reactive current 

   

iv

Lista de Tabelas 

TABELA 2.1 ‐ GAMA DE FREQUÊNCIA DO PARQUE EÓLICO POR MODO DE OPERAÇÃO ............................................................... 19 TABELA 2.2 ‐ VARIAÇÃO DA TENSÃO DURANTE A OCORRÊNCIA DE UMA PERTURBAÇÃO NA REDE ................................................ 20 TABELA 2.3 – VARIAÇÃO DA TENSÃO EM CONDIÇÕES NORMAIS DE EXPLORAÇÃO .................................................................... 21 TABELA 2.4 – VARIAÇÃO DA FREQUÊNCIA EM CONDIÇÕES NORMAIS DE EXPLORAÇÃO .............................................................. 21 TABELA 2.5 – CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE PARA DESVIOS DE TENSÃO, FREQUÊNCIA E SOBRECARGA NOS RAMOS CONSIDERANDO O 

REGIME DE CONTINGÊNCIA N‐1 ........................................................................................................................... 22 TABELA 2.6 – CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE PARA DESVIOS DE TENSÃO, FREQUÊNCIA E SOBRECARGA NOS RAMOS CONSIDERANDO O 

REGIME DE CONTINGÊNCIA N‐2 ........................................................................................................................... 23 TABELA 2.7 – CURVAS TENSÃO‐TEMPO DA CAPACIDADE EXIGIDA AOS GERADORES EÓLICOS PARA SUPORTAREM CAVAS DE TENSÃO ... 24 TABELA 2.8 – CURVA DE FORNECIMENTO DE REACTIVA À REDE PELOS GERADORES EÓLICOS DURANTE AS CAVAS DE TENSÃO ............ 25 TABELA 2.9 – SISTEMA DE RESPOSTA A VARIAÇÕES DE FREQUÊNCIA ..................................................................................... 25 TABELA 2.10 – SISTEMA DE RESPOSTA A VARIAÇÕES DE TENSÃO ......................................................................................... 26 TABELA 3.1 – REGIME TRANSITÓRIO: DEFEITOS CUJAS TENSÕES NOS BARRAMENTOS AFECTADOS SAEM FORA DOS LIMITES DO RRT: 

CENÁRIO PV .................................................................................................................................................... 38 TABELA 3.2 – REGIME TRANSITÓRIO: SITUAÇÕES DE DEFEITOS QUE PROVOCAM SOBRECARGAS TEMPORÁRIAS NAS LINHAS E NOS 

TRANSFORMADORES: CENÁRIO PV ....................................................................................................................... 40  

   

v

Lista de Figuras 

FIGURA 1.1 – EVOLUÇÃO DA POTÊNCIA EÓLICA LIGADA. A POTÊNCIA LIGADA DE 3.571 MW CORRESPONDE À POTÊNCIA INSTALADA DE 

3.960 MW ...................................................................................................................................................... 1 FIGURA 1.2 – PRODUÇÃO EÓLICA NO CONSUMO NACIONAL: (A) CRESCIMENTO DA PERCENTAGEM MÉDIA ANUAL; (B) RECORDE DIÁRIO

 ....................................................................................................................................................................... 1 FIGURA 1.3 – PRODUÇÃO DIÁRIA DAS INSTALAÇÕES DE PRODUÇÃO EÓLICA ............................................................................. 2 FIGURA 2.1 ‐ CURVA TENSÃO‐TEMPO DA CAPACIDADE EXIGIDA ÀS INSTALAÇÕES DE PRODUÇÃO EÓLICA PARA SUPORTAREM CAVAS DE 

TENSÃO ............................................................................................................................................................ 7 FIGURA 2.2 ‐ CURVA DE FORNECIMENTO DE REACTIVA PELOS CENTROS ELECTROPRODUTORES EÓLICOS DURANTE CAVAS DE TENSÃO ... 8 FIGURA 2.3 – VALOR DA TG Ф NAS HORAS CP E VS ........................................................................................................... 9 FIGURA 2.4 – CONDIÇÕES DE SIMULAÇÃO DO REGIME DE CONTINGÊNCIA N‐2 ........................................................................ 10 FIGURA 2.5 – CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE PARA DESVIOS DE TENSÃO, ÂNGULO E FREQUÊNCIA ............................................... 11 FIGURA 2.6 – CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE PARA SOBRECARGAS TEMPORÁRIAS .................................................................... 11 FIGURA 2.7– LIMITES DOS PARÂMETROS DE CONTROLO DA REDE ......................................................................................... 15 FIGURA 2.8 – CURVA IMPOSTA NO P.O.12.3 AOS GERADORES EÓLICOS RELATIVO A (A) CAVA DE TENSÃO A SUPORTAR E (B) À 

CORRENTE REACTIVA A INJECTAR NA REDE .............................................................................................................. 16 FIGURA 2.9 – VALORES DAS VARIÁVEIS DE CONTROLO DOS SEIE ......................................................................................... 17 FIGURA 2.10 – CURVA DA CAVA DE TENSÃO PREVISTA PARA OS (A) SEIE E (B) ESPECIFICAMENTE PARA AS CANÁRIAS .................... 17 FIGURA 2.11 – CURVA DA CAVA DE TENSÃO NA IRLANDA ................................................................................................... 18 FIGURA 2.12 – CURVA DE RESPOSTA POTÊNCIA‐FREQUÊNCIA ............................................................................................. 19 FIGURA 2.13 – LOCALIZAÇÃO DO REGULADOR DE TENSÃO (Z) E ZONA DE MEDIÇÃO DO FACTOR DE POTÊNCIA (Y) ......................... 20 FIGURA 2.14 – CURVA DA POTÊNCIA REACTIVA EXIGIDA A UM PARQUE EÓLICO ...................................................................... 20 FIGURA 2.15 – SISTEMA DE CONTROLO DA REGULAÇÃO POTÊNCIA – FREQUÊNCIA EM ESTUDO PELA REE .................................... 26 FIGURA 2.16 – REGULADOR AUTOMÁTICO DA TENSÃO EM ESTUDO PELA REE ....................................................................... 26 FIGURA 3.1 – ESQUEMA SIMPLIFICADO DA ZONA OESTE DA REDE ELÉCTRICA DA ILHA DA MADEIRA, RETIRADO DO ESTUDO [12] ...... 28 FIGURA 3.2 ‐ PERFIL DE TENSÃO EM REGIME ESTACIONÁRIO NOS BARRAMENTOS DE 60 KV ..................................................... 29 FIGURA 3.3 – PERFIL DE TENSÃO EM REGIME ESTACIONÁRIO NOS BARRAMENTOS DE 30 KV ..................................................... 30 FIGURA 3.4 ‐ PERFIL DE TENSÃO EM REGIME ESTACIONÁRIO NOS BARRAMENTOS DE 6,6 KV .................................................... 30 FIGURA 3.5 – LIMITE MÍNIMO DE TENSÃO (0,9 P.U.). PERFIL DE TENSÃO EM REGIME N‐1 NOS BARRAMENTOS DE 60 KV: CENÁRIO PV

 ..................................................................................................................................................................... 32 FIGURA 3.6 – LIMITE MÍNIMO DE TENSÃO (0,9 P.U.). PERFIL DE TENSÃO EM REGIME N‐1 NOS BARRAMENTOS DE 30 KV: CENÁRIO PV

 ..................................................................................................................................................................... 32 FIGURA 3.7 – LIMITE MÍNIMO DE TENSÃO (0,95 P.U.). PERFIL DE TENSÃO EM REGIME N‐1 NOS BARRAMENTOS DE 60 KV: CENÁRIO 

PV ................................................................................................................................................................. 33 FIGURA 3.8 – LIMITE MÍNIMO DE TENSÃO (0,95 P.U.). PERFIL DE TENSÃO EM REGIME N‐1 NOS BARRAMENTOS DE 30 KV: CENÁRIO 

PV ................................................................................................................................................................. 33 FIGURA 3.9 – PERFIL DE TENSÃO EM REGIME N‐1 NOS BARRAMENTOS DE 60 KV: CENÁRIO VIT ............................................... 34 FIGURA 3.10 – LIMITE MÁXIMO DE TENSÃO (1,05 P.U.). PERFIL DE TENSÃO EM REGIME N‐1 NOS BARRAMENTOS DE 30 KV: CENÁRIO 

VIT ................................................................................................................................................................ 34 FIGURA 3.11 – LIMITE MÁXIMO DE TENSÃO (1,05 P.U.) DO RRT. PERFIL DE TENSÃO EM REGIME N‐2 NOS BARRAMENTOS DE 30 KV: 

CENÁRIO VIT ................................................................................................................................................... 36 FIGURA 3.12 – EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA DURANTE UM DEFEITO JUNTO À SE CALHETA: CENÁRIO PV ..................................... 39 FIGURA 3.13 – EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA DURANTE UM DEFEITO JUNTO À SE PALHEIRO FERREIRO: CENÁRIO PV ...................... 40 FIGURA 3.14 ‐ CARACTERÍSTICA TENSÃO‐TEMPO DE REFERÊNCIA E SIMULADA DAS PROTECÇÕES DOS GERADORES EÓLICOS DE ACORDO 

COM O RRT ..................................................................................................................................................... 42 FIGURA 3.15 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DA CAVA DE TENSÃO NOS NOVOS PARQUES EÓLICOS DURANTE UM DEFEITO NO 

TRANSFORMADOR 30/60 KV DA SE CALHETA: CENÁRIO PV .................................................................................... 42 FIGURA 3.16 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DA CAVA DE TENSÃO NOS NOVOS PARQUES EÓLICOS DURANTE UM DEFEITO NO 

TRANSFORMADOR 60/30 KV DA SE PEDRA MOLE: CENÁRIO PV .............................................................................. 43 FIGURA 3.17 ‐ VERIFICAÇÃO DA CURVA DE FORNECIMENTO DE REACTIVA DURANTE A CAVA DE TENSÃO PROVOCADA DURANTE O 

DEFEITO JUNTO À SE CALHETA: CENÁRIO PV ......................................................................................................... 44 FIGURA 3.18 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DE FORNECIMENTO DE REACTIVA DURANTE A CAVA DE TENSÃO PROVOCADA DURANTE O 

DEFEITO JUNTO À SE PEDRA MOLE: CENÁRIO PV ................................................................................................... 44 FIGURA 3.19– VERIFICAÇÃO DA CURVA DE FORNECIMENTO DE REACTIVA DURANTE A CAVA DE TENSÃO PROVOCADA DURANTE O 

DEFEITO JUNTO À SE PALHEIRO FERREIRO: CENÁRIO PV .......................................................................................... 45 FIGURA 3.20 – EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA NOS GERADORES EÓLICOS DURANTE UM DEFEITO JUNTO À SE CALHETA: CENÁRIO PV .. 46 

vi

FIGURA 3.21 – EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA NOS GERADORES EÓLICOS DURANTE UM DEFEITO JUNTO À SE PEDRA MOLE: CENÁRIO PV ..................................................................................................................................................................... 46 

FIGURA 3.22 – EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA DURANTE UM DEFEITO JUNTO À SE VITÓRIA: CENÁRIO VIT ..................................... 48 FIGURA 3.23 – EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA DURANTE UM DEFEITO JUNTO À SE CALHETA ........................................................ 49 FIGURA 3.24 – EVOLUÇÃO DA FREQUÊNCIA DURANTE UM DEFEITO JUNTO À SE CANIÇAL: CENÁRIO VIT ..................................... 49 FIGURA 3.25 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DA CAVA DE TENSÃO NOS NOVOS PARQUES EÓLICOS DURANTE UM DEFEITO NA SE CALHETA: 

CENÁRIO VIT ................................................................................................................................................... 50 FIGURA 3.26 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DA CAVA DE TENSÃO NOS NOVOS PARQUES EÓLICOS DURANTE UM DEFEITO NA 

SE PEDRA MOLE: CENÁRIO VIT .......................................................................................................................... 51 FIGURA 3.27 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DA CAVA DE TENSÃO NOS NOVOS PARQUES EÓLICOS DURANTE UM DEFEITO NA LINHA 60 KV 

DA SE VITORIA PARA SE CALHETA: CENÁRIO VIT .................................................................................................... 51 FIGURA 3.28 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DE FORNECIMENTO DE REACTIVA DURANTE A CAVA DE TENSÃO PROVOCADA DURANTE O 

DEFEITO JUNTO À SE PEDRA MOLE: CENÁRIO VIT .................................................................................................. 52 FIGURA 3.29 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DE FORNECIMENTO DE REACTIVA DURANTE A CAVA DE TENSÃO PROVOCADA DURANTE O 

DEFEITO JUNTO À SE MACHICO: CENÁRIO VIT ....................................................................................................... 52 FIGURA 4.1 – DIAGRAMA DE BLOCOS QUE REPRESENTA A CORRENTE REACTIVA DO GERADOR EÓLICO ......................................... 55 FIGURA 4.2 – TENSÃO OBSERVADA NO GERADOR EÓLICO Nº1 DO NPE6 PARA AS VARIAÇÕES DE XEQ. DEFEITO NA SE PEDRA MOLE: 

CENÁRIO PV .................................................................................................................................................... 56 FIGURA 4.3 – POTÊNCIA ACTIVA OBSERVADA NO GERADOR EÓLICO Nº1 DO NPE6 PARA AS VARIAÇÕES DE XEQ. DEFEITO NA SE PEDRA 

MOLE: CENÁRIO PV ......................................................................................................................................... 56 FIGURA 4.4 – POTÊNCIA REACTIVA OBSERVADA NO GERADOR EÓLICO Nº1 DO NPE6 PARA AS VARIAÇÕES DE XEQ. DEFEITO NA 

SE PEDRA MOLE: CENÁRIO PV ........................................................................................................................... 57 FIGURA 4.5 – DISTRIBUIÇÃO DE IREA/IPED OBSERVADA NO GERADOR EÓLICO Nº1 DO NPE6 PARA AS VARIAÇÕES DE XEQ. DEFEITO NA 

SE PEDRA MOLE: CENÁRIO PV ........................................................................................................................... 57 FIGURA 4.6 – TENSÃO OBSERVADA NOS PARQUES EÓLICOS CONSIDERANDO XEQ=0,5 E XEQ=0,8. DEFEITO NA SE PEDRA MOLE: 

CENÁRIO PV .................................................................................................................................................... 58 FIGURA 4.7 – IREA/IPD OBSERVADA NOS PARQUES EÓLICOS CONSIDERANDO XEQ=0,5 E XEQ=0,8. DEFEITO NA SE PEDRA MOLE: CENÁRIO 

PV ................................................................................................................................................................. 59 FIGURA 4.8 – IREA/IPD OBSERVADA NOS PARQUES EÓLICOS CONSIDERANDO XEQ=0,5 E XEQ=0,8. DEFEITO NA SE ALEGRIA: CENÁRIO PV

 ..................................................................................................................................................................... 60 FIGURA 4.9 – IREA/IPD OBSERVADA NOS PARQUES EÓLICOS CONSIDERANDO XEQ=0,5 E XEQ=0,8. DEFEITO NA SE CALHETA: CENÁRIO PV

 ..................................................................................................................................................................... 60 FIGURA 4.10 – IREA/IPD OBSERVADA NOS PARQUES EÓLICOS CONSIDERANDO XEQ=0,5 E XEQ=0,7. DEFEITO NA SE PEDRA MOLE: 

CENÁRIO PV .................................................................................................................................................... 61 FIGURA 4.11 – IREA/IPD OBSERVADA NOS PARQUES EÓLICOS CONSIDERANDO XEQ=0,5 E XEQ=0,7. DEFEITO NA SE ALEGRIA: CENÁRIO 

PV ................................................................................................................................................................. 61 FIGURA 4.12 – IREA/IPD OBSERVADA NOS PARQUES EÓLICOS CONSIDERANDO XEQ=0,5 E XEQ=0,6. DEFEITO NA SE CALHETA: CENÁRIO 

PV ................................................................................................................................................................. 62 FIGURA 4.13 ‐ CARACTERÍSTICA TENSÃO‐TEMPO DE REFERÊNCIA E SIMULADA DAS PROTECÇÕES DOS GERADORES EÓLICOS DE ACORDO 

COM O P.O.12.2 DO SEIE DAS CANÁRIAS ............................................................................................................. 63 FIGURA 4.14 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DA CAVA DE TENSÃO EXIGIDA NO P.O.12.2, CONSIDERANDO OS GERADORES EÓLICOS COM 

XEQ=0,7 E COM A ALTERAÇÃO DAS PARAMETRIZAÇÕES DOS RELES DE MÍNIMO DE TENSÃO. DEFEITO JUNTO À SE PEDRA MOLE: CENÁRIO PV .................................................................................................................................................... 64 

FIGURA 4.15 – IREA/IPD OBSERVADA NOS PARQUES EÓLICOS CONSIDERANDO A ALTERAÇÃO DAS PARAMETRIZAÇÕES DOS RELES DE 

MÍNIMO DE TENSÃO E XEQ=0,7. COMPARAÇÃO COM A SITUAÇÃO INICIAL (XEQ=0,8 E PARAMETRIZAÇÕES INICIAIS). DEFEITO JUNTO À SE PEDRA MOLE: CENÁRIO PV ............................................................................................................... 64 

FIGURA 4.16 – VERIFICAÇÃO DA CURVA DA CAVA DE TENSÃO EXIGIDA NO P.O.12.2, CONSIDERANDO OS GERADORES EÓLICOS COM 

XEQ=0,6 E COM A ALTERAÇÃO DAS PARAMETRIZAÇÕES DOS RELES DE MÍNIMO DE TENSÃO. DEFEITO JUNTO À SE CALHETA: CENÁRIO PV .................................................................................................................................................... 65 

FIGURA 4.17 – IREA/IPD OBSERVADA NOS PARQUES EÓLICOS CONSIDERANDO A ALTERAÇÃO DAS PARAMETRIZAÇÕES DOS RELES DE 

MÍNIMO DE TENSÃO E XEQ=0,6. COMPARAÇÃO COM A SITUAÇÃO INICIAL (XEQ=0,8 E PARAMETRIZAÇÕES INICIAIS). DEFEITO JUNTO À SE CALHETA: CENÁRIO PV ..................................................................................................................... 66 

FIGURA 5.1 – CURVA DA CAVA DE TENSÃO SUGERIDA NO ÂMBITO DO GRID CODE FOR ISOLATED SYSTEMS .................................. 69    

vii

Lista de Abreviaturas 

AT    Alta Tensão 

CECRE    Centro de Control de Régimen Especial 

CEEL‐IST   Centro de Energia Eléctrica do Instituto Superior Técnico 

CER    Commission for Energy Regulation 

CIMTR3    Induction Generator Model 

DEP‐EM   Direcção de Estudos e Planeamento da Empresa de Electricidade da Madeira, S.A. 

EDA    Electricidade dos Açores, S.A 

EEM    Empresa de Electricidade da Madeira, S.A. 

ENTSO    European Network of Transmission System Operators 

f0    Frequência de referência 

FACTS    Flexible AC Transmission Systems 

FRT    Fault Ride Through 

GEAERA   GE Wind Turbine Aerodynamics 

GECNA    GE Wind Turbine Generator Control 

GEDFA    GE Wind Turbine Doubly‐Fed Induction Generator 

GENSAL    Salient Pole Generator Model 

GEPCHA   GE Pitch Control 

Horas CP  Período com as horas cheias e de ponta 

Horas VS  Período com as horas de vazio e de super vazio 

Ipré‐defeito ou Ipd  Corrente pré‐defeito 

Ireactiva ou Irea  Corrente reactiva 

kLL    Constante de modelo Generator Current Injection dos geradores eólicos tipo MIDA 

Manual do SEPM Manual de Procedimentos de Acesso e Operação do SEPM 

MAT    Muito Alta Tensão 

Mbase    Potência aparente nominal da instalação 

MEID    Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento 

MIDA    Máquina de Indução Duplamente Alimentada 

MIRG    Máquina de Indução de Rotor em Gaiola 

ORT    Operador da Rede Nacional de Transporte 

P.O.    Procedimentos de Operação 

PRE    Produtores/Produção em Regime Especial 

PSS/E    Power System Simulator for Engineering 

PV    Cenário Ponta de Verão 

REE    Rede Eléctrica de Espanha 

REN    Rede Eléctrica Nacional, S.A. 

RESP    Rede Eléctrica Nacional de Serviço Publico 

RNT    Rede Nacional de Transporte 

viii

RQS    Regulamento da Qualidade de Serviço 

RRD    Regulamento da Rede de Distribuição 

RRT    Regulamento da Rede Transporte 

s    Escorregamento 

SE    Subestação 

SEIE    Sistemas Eléctricos Insulares y Extrapeninsulares 

SEN    Sistema Eléctrico Nacional 

SEP    Sistema Eléctrico de Serviço Publico 

SEPM    Sistema Eléctrico de Serviço Público da Madeira 

Siemens PTI  Siemens Power Tecnologies International 

STATCOM  Static Synchronous Compensator 

TIpcmd e TEqcmd  Constantes de tempo do modelo Generator Current Injection dos geradores eólicos tipo MIDA 

U ou V    Tensão 

UC ou VC   Tensão declarada 

UCTE    Union for the Coordination of Transmission of Electricity 

Umin    Valor mínimo da tensão 

Un    Tensão nominal 

UPFC    Controlador Universal de Potência 

VIT    Cenário Vazio de Inverno Típico 

VTGTPA   Under/Over Voltage Generator Tripping Relay 

w0    Velocidade angular 

W2MSFA  Two‐mass Shaft 

WGUSTA  Wind Gust and Ramp 

Xeq    Reactância Equivalente 

Δf    Desvio de Frequência 

ΔPP    Incremento de Potência activa 

   

ix

Índice 

1  Introdução ................................................................................................................... 1 

1.1  Fase A: Análise de códigos de rede existentes para redes eléctricas interligados e para redes eléctricas isoladas .............................................................................................................. 2 

1.2  Fase B: Verificação da aplicabilidade dos códigos de rede analisados numa rede eléctrica isolada   ....................................................................................................................................... 3 

1.3  Fase C: Conclusões para a aplicação de um código de rede numa rede eléctrica isolada .. 3 

2  Análise dos códigos de rede......................................................................................... 4 

2.1  Introdução ...................................................................................................................... 4 

2.2  Em Portugal .................................................................................................................... 5 2.2.2.1  Condições técnicas de ligação de instalações de produção eólicas à RNT (Capítulo 3 do RRT)  6 (RRT 3.7.2) Definição dos transformadores de interligação ..................................................................... 6 (RRT 3.7.3) Capacidade de suportar incidentes da rede ........................................................................... 6 (RRT 3.7.4) Capacidade de suportar cavas de tensão na sequência de defeitos na rede ......................... 7 (RRT 3.7.5) Fornecimento de energia reactiva durante as cavas de tensão ............................................. 7 (RRT 3.7.6) Controlabilidade da geração eólica ........................................................................................ 8 (RRT 3.8.1) Energia reactiva ...................................................................................................................... 9 2.2.2.2  Padrões de segurança para planeamento da RNT (Capítulo 9 do RRT) ................................. 9 (RRT 9.2) Condições topológicas a considerar ........................................................................................ 10 (RRT 9.3) Critérios de estabilidade ......................................................................................................... 10 (RRT 9.4) Limites de aceitabilidade de sobrecarga e de tensão ............................................................. 11 (RRT 9.5.2.3) Hipóteses para simulação considerando as centrais eólicas ............................................. 12 2.2.3.1  Critérios de funcionamento e segurança para a exploração do sistema eléctrico da Madeira (Secção 2.1.2 do Manual do SEPM) ........................................................................................................ 12 (Manual do SEPM 2.1.2.2.1) Frequência ................................................................................................ 12 (Manual do SEPM 2.1.2.2.2) Tensão ....................................................................................................... 13 2.2.3.2  Análises de segurança (Secção 2.1.3 do Manual do SEPM) ................................................. 13 (Manual do SEPM 2.1.3.1) Falha simples (critério N‐1) .......................................................................... 13 (Manual do SEPM 2.1.3.2) Falha de linhas de duplo circuito ................................................................. 13 (Manual do SEPM 2.1.3.2) Falha do maior grupo gerador de serviço .................................................... 14 

2.3  Em Espanha .................................................................................................................. 14 2.3.2.1  Procedimentos de Operação (P.O.) ..................................................................................... 15 (P.O. 1.1.) Condições do funcionamento e segurança de operação do sistema .................................... 15 (P.O. 1.4.) Condições de entrega de energia no ponto de ligação.......................................................... 15 (P.O. 12.3) Resposta dos geradores eólicos a cavas de tensão .............................................................. 16 2.3.2.2  Centro de Control de Régimen Especial (CECRE) .................................................................. 16 

2.3.3  Sistemas Eléctricos Insulares e Extrapeninsulares ........................................................................ 16 2.3.3.1  Procedimentos de Operação (P.O.) ..................................................................................... 17 (P.O.1.) Funcionamento dos SEIE ............................................................................................................ 17 (P.O.12.2) Requisitos mínimos de ligação à rede ................................................................................... 17 

2.4  Irlanda .......................................................................................................................... 18 2.4.1  Introdução ..................................................................................................................................... 18 2.4.2  Wind Farm Transmission Grid Code (WF1/WFPS1) ....................................................................... 18 

(WF1.4) Resposta dos geradores eólicos a cavas de tensão ................................................................... 18 (WF1.5.1) Variação da frequência .......................................................................................................... 19 (1.5.1 WF1.5.2) Resposta de frequência ................................................................................................. 19 (WF1.6.1) Variação da tensão ................................................................................................................. 19 (WF1.6.2) Regulação automática da tensão ........................................................................................... 20 (WF1.6.3) Especificação para a potência reactiva .................................................................................. 20 

x

2.5  Análise comparativa dos códigos de rede estudados ..................................................... 21 2.5.1  Variáveis de controlo do funcionamento da rede ......................................................................... 21 

2.5.1.1  Tensão ................................................................................................................................. 21 2.5.1.2  Frequência ........................................................................................................................... 21 

2.5.2  Análises de Segurança ................................................................................................................... 22 2.5.2.1  Falha simples [N‐1] .............................................................................................................. 22 2.5.2.2  Regime de contingência [N‐2] ............................................................................................. 22 

2.5.3  Ligação dos geradores eólicos à rede ............................................................................................ 23 2.5.3.1  Capacidade para suportar cavas de tensão ......................................................................... 23 2.5.3.2  Fornecimento de energia reactiva à rede durante o defeito .............................................. 24 2.5.3.3  Resposta a variações de frequência .................................................................................... 25 2.5.3.4  Resposta a variações de tensão ........................................................................................... 26 

3  Aplicação dos códigos de rede analisados numa rede electricamente isolada: Rede Eléctrica da Ilha da Madeira ............................................................................................. 27 

3.1  Introdução .................................................................................................................... 27 

3.2  Descrição da Rede Eléctrica da Madeira ........................................................................ 27 

3.3  Regime Estacionário ...................................................................................................... 29 3.3.1  Introdução ..................................................................................................................................... 29 3.3.2  Análise dos resultados ................................................................................................................... 29 

3.4  Análise de Contingências .............................................................................................. 31 3.4.1  Introdução ..................................................................................................................................... 31 3.4.2  Analise dos resultados: contingência em regime [N‐1] ................................................................. 31 

3.4.2.1  Cenário Ponta de Verão ....................................................................................................... 31 3.4.2.2  Cenário Vazio de Inverno Típico .......................................................................................... 34 

3.4.3  Analise dos resultados: contingência em regime [N‐2] ................................................................. 35 3.4.3.1  Cenário Ponta de Verão ....................................................................................................... 35 3.4.3.2  Cenário Vazio de Inverno Típico .......................................................................................... 35 

3.4.4  Conclusão ...................................................................................................................................... 36 

3.5  Regime Transitório ........................................................................................................ 37 3.5.1  Introdução ..................................................................................................................................... 37 3.5.2  Análise dos resultados: cenário Ponta de Verão ........................................................................... 37 

3.5.2.1  Estabilidade transitória na rede: critérios de estabilidade .................................................. 37 Tensão ..................................................................................................................................................... 37 Desvios de frequência ............................................................................................................................. 39 Sobrecargas nas linhas e nos transformadores ...................................................................................... 40 3.5.2.2  Estabilidade transitória nos geradores eólicos .................................................................... 41 Capacidade para suportarem cavas de tensão ....................................................................................... 41 Fornecimento de energia reactiva à rede durante o defeito ................................................................. 43 Resposta a variações de frequência ....................................................................................................... 45 Resposta a variações de tensão .............................................................................................................. 47 

3.5.3  Análise de resultados: cenário Vazio de Inverno Típico ................................................................ 47 3.5.3.1  Estabilidade transitória na rede: critérios de estabilidade .................................................. 47 Tensão ..................................................................................................................................................... 47 Desvios de frequência ............................................................................................................................. 47 Sobrecargas nas linhas e nos transformadores ...................................................................................... 50 3.5.3.2  Estabilidade transitória nos geradores eólicos .................................................................... 50 Capacidade para suportarem cavas de tensão ....................................................................................... 50 Fornecimento de energia reactiva à rede durante o defeito ................................................................. 52 Resposta a variações de frequência ....................................................................................................... 53 Resposta a variações de tensão .............................................................................................................. 53 

3.5.4  Conclusão ...................................................................................................................................... 53 

xi

4  Adequação dos parâmetros dos geradores eólicos para cumprimento dos códigos de redes analisados ............................................................................................................... 54 

4.1.1  Introdução ..................................................................................................................................... 54 4.1.2  Fornecimento de reactiva durante cavas de tensão: alteração de parâmetros ........................... 54 

4.1.2.1  Variação do valor da reactância equivalente (Xeq) ............................................................... 55 4.1.2.2  Validação do novo valor da reactância equivalente ............................................................ 58 4.1.2.3  Validação da alteração do valor da reactância equivalente considerando o cenário Vazio de Inverno Típico .......................................................................................................................................... 62 

4.1.3  Capacidade de suportar cavas de tensão: alteração de parâmetros ............................................ 62 4.1.4  Conclusão ...................................................................................................................................... 66 

5  Grid Code for Isolated Systems: Conclusão ................................................................ 67 

5.1  Análises de segurança ................................................................................................... 67 5.1.1  Regime normal de funcionamento ................................................................................................ 67 

Tensão: .................................................................................................................................................... 67 Frequência: ............................................................................................................................................. 67 Sobrecargas: ........................................................................................................................................... 68 

5.1.2  Regime de contingência [N‐1] ou falha simples ............................................................................ 68 Tensão: .................................................................................................................................................... 68 Frequência: ............................................................................................................................................. 68 Sobrecargas: ........................................................................................................................................... 68 

5.1.3  Regime de contingência [N‐2] ....................................................................................................... 68 Tensão: .................................................................................................................................................... 68 Frequência: ............................................................................................................................................. 68 Sobrecargas: ........................................................................................................................................... 68 

5.2  Ligação dos geradores eólicos à rede ............................................................................ 69 5.2.1  Capacidade de suportar cavas de tensão na sequência de defeitos na rede ................................ 69 5.2.2  Fornecimento de energia reactiva durante as cavas de tensão .................................................... 69 5.2.3  Resposta a variações de frequência .............................................................................................. 70 5.2.4  Resposta a variações de tensão .................................................................................................... 70 

5.3  Outras considerações .................................................................................................... 70 

6  Bibliografia ............................................................................................................... 71 

7  Anexo(s) .................................................................................................................... 73 

8  Apêndice(s) ............................................................................................................... 73  

1

1 Introdução 

Em  1992  foi  ligado  em  Sines  o  primeiro  parque  eólico  à  rede  eléctrica  nacional  de  serviço  público  (RESP), 

constituído por 12 geradores eólicos (ou aerogeradores) com a potência unitária de 150 kW. Desde essa data a 

construção e ligação de parques eólicos (ou também denominadas instalações de produção eólica) tem vindo a 

crescer (Figura 1.1), sendo que no final do 1º semestre de 20101 Portugal tinha já uma potência eólica instalada 

de 3.960 MW, que representava cerca de 21 % da potência total instalada no Sistema Eléctrico Nacional (SEN). 

 Figura 1.1 – Evolução da potência eólica ligada. A potência ligada de 3.571 MW corresponde à potência instalada de 3.960 MW 

 

Em termos de abastecimentos dos consumos, a percentagem em que os parques eólicos intervém na satisfação 

do consumo nacional tem vindo a crescer, conforme Figura 1.2(a), tendo atingido no final do 1º semestre de 

2010 a percentagem média de 18 %, com um recorde diário de 63 % em Março de 2010, Figura 1.2(b). 

 

 

Figura 1.2 – Produção eólica no consumo nacional: (a) crescimento da percentagem média anual; (b) recorde diário 

 

Face aos valores de potência eólica  já  instalada e à volatilidade da produção eólica  (conforme o exemplo da 

Figura 1.3), a integração e a perda de elevados volumes de produção eólica no SEN começa a ter repercussões 

significativas na segurança da rede e na qualidade de serviço de abastecimento. 

Assim e uma vez que se prevê um crescimento contínuo de incorporação de potência eólica na rede eléctrica 

(com a ligação de novos parques eólicos e/ou com a ampliação de parques eólicos já em funcionamento), tanto 

a  nível  nacional  como  internacional,  tem  havido  uma  enorme  reflexão  e  discussão  sobre  as  capacidades 

1 Dados obtidos na publicação Energia Eólica em Portugal – 1º Semestre 2010, da REN, S.A. (www.ren.pt) 

2

técnicas a exigir a esses equipamentos, assim como sobre a capacidade de controlo e gestão da sua produção. 

Esta  reflexão e discussão  têm  envolvido universidades, entidades oficiais,  gestores  e operadores das  redes, 

promotores das instalações de produção e fabricantes da tecnologia. 

 Figura 1.3 – Produção diária das instalações de produção eólica 

 

Enquanto  em  alguns  países  da  Europa,  como  sejam  Espanha,  Irlanda  e  Alemanha  já  foram  definidas 

orientações  específicas  para  a  ligação  das  instalações  de  produção  de  energia  renovável  (em  particular  a 

eólica),  estando mesmo  em  apreciação  novas  regras mais  exigentes,  em  Portugal  só  recentemente  foram 

aprovados  os  novos  códigos  de  rede  (Regulamento  da  Rede  de  Transporte  e  Regulamento  da  Rede  de 

Distribuição), onde  foram  introduzidas  as  condições  técnicas de  ligação  dos  produtores  em  regime  especial 

(PRE)2. 

No entanto, estes códigos de rede não se aplicam às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, existindo 

procedimentos de acesso e operação específicos para a sua aplicabilidade e que não contemplam a ligação de 

instalações de produção eólica. 

Enquadrado neste contexto, o trabalho proposto, Grid Codes for Isolated Systems, não poderia ser mais actual 

e pertinente. Aceite o desafio, o trabalho desenvolveu‐se em três fases distintas. 

1.1 Fase A: Análise de códigos de rede existentes para redes eléctricas interligados e para redes eléctricas isoladas 

O objectivo deste trabalho é verificar a aplicação de um código de rede interligada numa rede eléctrica isolada. 

Assim,  propõe‐se  na  primeira  fase  (capítulo 2)  começar  por  analisar  o  novo  Regulamento  da  Rede  de 

Transporte,  como exemplo de um  código de  rede  interligada. Para além deste  regulamento, que  servirá de 

base, serão analisados e comparados outros códigos e procedimentos de rede. Uma vez que na segunda fase 

(fase experimental) será utilizada a rede eléctrica da Madeira, como exemplo de uma rede eléctrica isolada, vai 

ser analisado o Manual de Procedimentos de Acesso e Operação do Sistema Eléctrico Público da Madeira. Este 

Manual  estabelece  um  conjunto  de  regras,  procedimentos,  deveres  e  direitos  das  partes,  no  âmbito  de 

coordenação do funcionamento das redes de transporte e distribuição e das instalações ligadas à rede eléctrica 

da Madeira.    

2 Produção em regime especial (PRE) é a actividade licenciada ao abrigo de regimes jurídicos especiais, no âmbito da adopção de políticas destinadas a incentivar a produção de electricidade, nomeadamente através da utilização de recursos endógenos renováveis ou de tecnologias de produção combinada de calor e electricidade (fonte: www.erse.pt) 

3

Para além destes documentos nacionais, serão analisados os procedimentos de operação em vigor em Espanha 

e um anexo ao código de rede da Irlanda.  

Considera‐se  interessante  a  análise  dos  procedimentos  que  estão  em  vigor  em  Espanha  devido  à  forte 

incorporação na  rede eléctrica de  instalações de produção em  regime especial, o que  implicou não  só uma 

adaptação  e  actualização  dos  procedimentos  anteriormente  definidos,  como  também  uma  gestão  dessa 

produção. Por outro lado, a existência de pequenos sistemas e sistemas eléctricos isolados, levaram à definição 

de  procedimentos  específicos.  Estes  sistemas  são  os  designados  por  Sistemas  Eléctricos  Insulares  e 

Extrapeninsulares  (SEIE)  e  são  relativos  às  ilhas  Canárias  e  Baleares,  assim  como  aos  pequenos  sistemas 

eléctricos de Ceuta e Melilla. 

Sendo  a  Irlanda  uma  rede  eléctrica  (praticamente)  isolada,  será  analisado  o  documento  Wind  Farm 

Transmission  Grid  Code  Provisions  (WF1/WFPS1),  anexo  ao  código  de  rede  existente,  que  reflecte 

especificamente as preocupações relacionadas com a ligação de parques eólicos à rede. 

Por fim, será efectuada uma análise conjunta e comparativa dos vários códigos/procedimentos de rede. 

1.2 Fase B: Verificação da aplicabilidade dos códigos de rede analisados numa rede eléctrica isolada 

Feita a análise comparativa de vários códigos de rede propõe‐se, na segunda parte do trabalho, verificar a sua 

aplicabilidade a uma rede electricamente isolada (capítulo 3). A rede eléctrica que vai ser utilizada é a da Ilha 

da Madeira, uma vez que, para além de ser uma rede electricamente isolada, incorpora parques eólicos no seu 

mix de centrais de produção de energia eléctrica. 

Esta rede foi criada no âmbito de um trabalho efectuado pelo Centro de Energia Eléctrica do Instituto Superior 

Técnico (CEEL‐IST) e pela Rede Eléctrica Nacional, S.A. (REN), em Março de 2009, denominado Determinação da 

Capacidade de Integração de Energias Renováveis nas ilhas da Madeira e do Porto Santo no período 2006‐2010 

– Impacto do aumento da potência eólica instalada na rede eléctrica da Madeira no ano de 2010. 

O  estudo  do  CEEL‐IST/REN  teve  em  consideração  as  exigências  previstas  no  Regulamento  da  Rede  de 

Transporte,  nomeadamente  em  relação  à  ligação  dos  parques  eólicos  à  rede.  Assim  e  uma  vez  que  as 

exigências do  regulamento português são diferentes dos procedimentos exigidos em Espanha ou na  Irlanda, 

propõe‐se no capítulo 4 alterar alguns dos parâmetros dos geradores eólicos e verificar se a sua aplicação é ou 

não mais favorável para o funcionamento de uma rede eléctrica isolada. 

1.3 Fase C: Conclusões para a aplicação de um código de rede numa rede eléctrica isolada 

Após a análise  individual e comparativa que foi efectuada dos vários códigos de rede e da sua aplicabilidade 

numa rede eléctrica isolada, propõe‐se apresentar na terceira e última fase do trabalho Grid Codes for Isolated 

Systems, as conclusões obtidas. 

   

4

2 Análise dos códigos de rede 

2.1 Introdução Pretende‐se neste capítulo apresentar uma análise de alguns códigos de rede, tomando como ponto de partida 

o código de rede da rede de transporte portuguesa, denominado Regulamento da Rede de Transporte (RRT). 

Este documento vem actualizar o anterior regulamento que, entre outras coisas, não especificava as condições 

técnicas  de  ligação  dos  produtores  em  regime  especial  (PRE),  nomeadamente  das  instalações  de  produção 

eólicas. 

Em complemento e uma vez que o RRT não se aplica às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores, foi feita 

uma análise ao Manual de Procedimentos de Acesso e Operação do Sistema Eléctrico Público da Madeira. Este 

documento especifica as condições de ligação e operação das instalações ligadas à rede eléctrica da Madeira e 

a  sua análise  foi de extrema  importância uma  vez que a  rede eléctrica da  ilha da Madeira  foi utilizada nas 

simulações efectuadas na 2ª fase do proposto no âmbito do trabalho Grid Codes for Isolated Systems, que será 

descrita no capítulo 3. O RRT e o Manual do SEPM são analisados na secção 2.2. 

Na secção 2.3 serão apresentadas as medidas já adoptadas pelo operador da rede eléctrica de Espanha, a nível 

da operação do sistema, com a criação de procedimentos de operação e de gestão do sistema, específicos para 

a produção em regime especial e com a criação de um centro de controlo dedicado exclusivamente à produção 

em  regime  especial.  Na  mesma  secção  serão  analisados  os  procedimentos  operacionais  criados 

especificamente para os  Sistemas  Eléctricos  Insulares  e  Extrapeninsulares  (SEIE).  São  considerados  Sistemas 

Eléctricos  Insulares  e  Extrapeninsulares  os  sistemas  eléctricos  das  Ilhas  Canárias  e  Baleares  e  os  pequenos 

sistemas  de  Ceuta  e Melilla,  cuja  responsabilidade  de  gestão  e  operação  é  também  do  operador  da  rede 

eléctrica de Espanha. 

Para além da realidade portuguesa e espanhola, considerou‐se  interessante analisar uma parte específica do 

código de rede da Irlanda uma vez que, face à sua geografia e configuração de rede, pode ser considerada uma 

rede  eléctrica  (praticamente)  isolada. Nesta  perspectiva  foi  analisado  um  anexo  do  código  de  rede,  criado 

especificamente  para  definir  as  condições  de  ligação  dos  parques  eólicos  à  rede,  denominado Wind  Farm 

Transmission Grid Code (WF1/WFPS1). 

Para  terminar  o  capítulo 2,  na  secção 2.4,  foi  feita  uma  análise  conjunta  dos  códigos  de  rede  analisados 

individualmente, agregando, por um  lado, os parâmetros de controlo do  funcionamento da  rede em  regime 

estacionário e em regime de contingência, e por outro lado as exigências em cada um dos países na ligação dos 

parques eólicos às suas redes. 

   

5

2.2 Em Portugal 

2.2.1 Introdução Os códigos de rede em vigor em Portugal Continental são designados por Regulamento da Rede de Transporte 

(RRT), quando relativo à rede de transporte de energia eléctrica e Regulamento da Rede de Distribuição (RRD), 

quando relativo à rede de distribuição. Os anteriores RRT e RRD, que entraram em vigor em 20003 e em 19994, 

respectivamente, não especificavam as condições técnicas de ligação dos produtores em regime especial (PRE), 

nomeadamente das instalações eólicas. 

No entanto e face ao enorme crescimento da potência eólica integrada no Sistema Eléctrico de Serviço Publico 

(SEP) e aos problemas de exploração associados a este crescimento, nomeadamente a nível da estabilidade da 

rede e da variabilidade da produção, houve necessidade de actualizar esses regulamentos. O crescimento da 

potência eólica tem‐se verificado quer em termos de número de parques eólicos  já construídos, quer da sua 

dimensão que, por questões de optimização da potência e por questões ambientais se traduz numa cada vez 

maior  potência  instalada,  com  geradores  eólicos  (também  denominados  aerogeradores)  on‐shore  que  em 

Portugal podem ir até aos 3 MW de potência unitária. Face a esta realidade, foi recentemente publicada a [1] 

Portaria nº 596/2010, de 30 de  Julho,  com a aprovação dos novos  regulamentos: Regulamento da Rede de 

Transporte (ANEXO I da Portaria nº 596/2010) e Regulamento da Rede de Distribuição (ANEXO II da Portaria nº 

596/2010). 

Estes regulamentos não se aplicam à Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. A concessionária da rede 

eléctrica da Madeira, Empresa de Electricidade da Madeira, S.A. (EEM) e a concessionária da rede eléctrica dos 

Açores, Electricidade dos Açores, S.A. (EDA), têm procedimentos de acesso e operação específicos aplicados à 

sua  realidade. Na  Região Autónoma  da Madeira,  a  EEM  tem  publicado  o  [2] Manual  de  Procedimentos  de 

Acesso e Operação do Sistema Eléctrico Público da Madeira (doravante designado por Manual do SEPM) que 

estabelece um conjunto de regras, procedimentos, deveres e direitos das partes, no âmbito de coordenação do 

funcionamento das redes de transporte e distribuição e das instalações ligadas a essas redes. 

Uma vez que este trabalho tem como base a rede eléctrica da  ilha da Madeira, será também analisado neste 

capítulo o Manual do SEPM. 

2.2.2 Portugal Continental: Regulamento da Rede de Transporte Este  estudo  foi  focalizado  essencialmente  no  RRT,  dando  particular  importância  às  condições  técnicas  de 

ligação  de  instalações  de  produção  eólica  à  RNT  e  aos  padrões  de  segurança  para  planeamento  da  RNT, 

contemplando essas instalações. O actual RRD não foi analisado no âmbito deste trabalho. 

3 Despacho nº 10315/2000, de 3 de Maio 4 Despacho nº 13615/1999, de 24 de Junho 

6

2.2.2.1 Condições  técnicas  de  ligação  de  instalações  de  produção  eólicas  à  RNT 

(Capítulo 3 do RRT) 

(RRT 3.7.2) Definição dos transformadores de interligação 

As  redes  de  AT5  (ao  nível  dos  60  kV,  na  REN)  e MAT6  são  redes  rigidamente  ligadas  à  terra,  pelo  que  o 

transformador de interligação da subestação de um parque eólico que liga à RNT deve ter, do lado da rede, um 

regime de neutro concordante com o da RNT. Assim, é exigido aos parques eólicos que: 

Os  transformadores de  interligação de  instalações de produção  eólicas devem  ser, quanto aos 

seus  enrolamentos  principais,  estrela  (do  lado  da  rede)  /  triângulo  (do  lado  da  instalação  de 

produção), sendo o neutro do enrolamento em estrela ligado rigidamente à terra. No entanto, por 

indicação  do  ORT7,  os  transformadores  de  interligação  das  instalações  de  produção  eólicas 

podem  ter  de  ser  dimensionados  de modo  a  que  a  ligação  do  seu  neutro  à  terra  possa  ser 

efectuada através de uma impedância limitadora. 

Ou seja, o neutro do primário do transformador do produtor tem que estar ligado à terra, sendo a única forma 

de o fazer, através do enrolamento em estrela. Para o transformador estrela/triângulo, a impedância vista do 

lado do enrolamento em estrela é idêntica à impedância de curto‐circuito, visto que as correntes homopolares 

circulam  livremente no enrolamento em triângulo. No entanto, e uma vez que pode ser necessário  limitar as 

correntes  de  curto‐circuito  à  terra,  são  instaladas  reactâncias  nos  neutros  dos  enrolamentos  primários  de 

alguns  desses  transformadores.  A  ligação  do  neutro  à  terra  através  de  impedâncias  permite  reduzir  as 

correntes de curto‐circuito fase‐terra. 

(RRT 3.7.3) Capacidade de suportar incidentes da rede 

Do  ponto  de  vista  do  RRT,  as  protecções  de  interligação  previstas  no  [3]  Guia  Técnico  das  Instalações  de 

Produção Independente de Energia Eléctrica (protecção de máximo/mínimo de frequência, máximo/mínimo de 

tensão, máximo de corrente e máximo de tensão homopolar), para as instalações de produção eólicas ligadas 

directamente à RNT, não devem ser consideradas. No entanto, os geradores eólicos devem ter, no seu sistema 

de  protecção  e  controlo,  a  função  de máximo  de  frequência  activa  e  regulada  para  o  valor  de  frequência 

regulamentado de 51,5 Hz e a  função de mínimo de  frequência activa e regulada para o valor de frequência 

regulamentado de 47,5 Hz, conforme descrito no RRT: 

As  instalações de produção eólicas devem  suportar  incidentes,  sem  se desligarem da  rede, nas 

seguintes condições: 

a) Desvios de frequência entre 47,5 e 51,5 Hz; 

b) Componente inversa da corrente, até 5% da corrente nominal. 

Com a disposição a) pretende‐se garantir que a desligação dos geradores eólicos (dentro da gama definida) não 

amplie ainda mais o desequilíbrio entre a produção e o consumo. 

5Na Alta Tensão (AT) a tensão entre fases tem valor eficaz superior a 45 kV e igual ou inferior a 110 kV. 6Na Muito Alta Tensão (MAT) a tensão entre fases tem valor eficaz superior a 110 kV 7ORT é o operador da rede nacional de transporte em MAT 

7

(RRT 3.7.4) Capacidade de suportar cavas de tensão na sequência de defeitos na rede 

A  capacidade  dos  geradores  eólicos  suportarem  cavas  de  tensão8  decorrentes  de  defeitos  trifásicos, 

monofásicos e bifásicos, é de extrema importância, permitindo que se mantenham ligados à rede e que, após a 

eliminação do defeito, retomem gradualmente a sua produção. 

As  instalações  de  produção  eólica  devem  permanecer  ligadas  à  rede  para  cavas  de  tensão 

decorrentes de defeitos trifásicos, bifásicos ou monofásicos sempre que a tensão, no enrolamento 

do lado da rede do transformador de interligação da instalação de produção eólica, esteja acima 

da curva apresentada na Figura 2.1, não podendo consumir potência activa ou reactiva durante o 

defeito e na fase de recuperação da tensão: 

 Figura 2.1 ‐ Curva tensão‐tempo da capacidade exigida às instalações de produção eólica para suportarem cavas de 

tensão 

 

Após a eliminação do defeito e início da recuperação da tensão, no enrolamento do lado da rede 

do transformador de  interligação da  instalação de produção eólica, a potência activa produzida 

deve  recuperar de acordo com uma  taxa de crescimento por segundo não  inferior a 5% da sua 

potência nominal. 

Durante a ocorrência de um defeito o gerador eólico deve permanecer ligado à rede sem que haja injecção de 

potência activa, no entanto, após o defeito e no  início da recuperação, a potência activa deverá  ir crescendo 

até  atingir  novamente  a  potência  nominal  (ou  a  potência  no  instante  em  que  ocorreu  o  defeito).  Com  a 

implementação  desta  capacidade  nos  geradores  eólicos,  evita‐se  que  exista  maior  desequilíbrio  entre  a 

geração e o consumo após a eliminação do defeito, no entanto a protecção da interligação do parque eólico de 

mínimo de tensão não pode estar activa. 

(RRT 3.7.5) Fornecimento de energia reactiva durante as cavas de tensão 

Em complemento da disposição anterior, os geradores eólicos devem fornecer reactiva durante a ocorrência do 

defeito de forma a compensar o abaixamento da tensão da rede, contribuindo para uma atenuação do defeito 

e reduzindo a extensão da rede afectada pelo defeito. 

As instalações de produção eólicas devem fornecer corrente reactiva durante cavas de tensão, de 

acordo com a Figura 2.2, proporcionando desta forma suporte para a tensão na rede. 

8 Cava de tensão é a queda súbita da tensão numa, duas, ou nas três fases, seguida da sua recuperação

U/U

nominal [p

u] 

tempo [s] 

8

O cumprimento desta curva de produção mínima de corrente reactiva durante afundamentos de 

tensão pelas instalações de produção eólica deve iniciar‐se com um atraso máximo de 50 ms após 

a detecção da cava de tensão. 

 Figura 2.2 ‐ Curva de fornecimento de reactiva pelos centros electroprodutores eólicos durante cavas de tensão 

Notas 

1  ‐  Zona  correspondente  ao  regime  de  funcionamento  em  defeito  e  recuperação. O  produtor 

eólico, na sequência de um defeito que provoque cavas de tensão superiores a 10 %, deve cumprir 

a  curva  de  produção mínima  de  corrente  reactiva  com  um  atraso máximo  de  50 ms  após  a 

detecção da cava de tensão. 

2  ‐  Zona  correspondente  ao  regime  de  funcionamento  normal  (ao  entrar  nesta  zona  de 

funcionamento o produtor eólico deve regressar ao regime decorrente das regras de reactiva em 

vigor). 

3 ‐ Ipré‐defeito (Ipd) ‐ corrente injectada na rede pelo produtor eólico no instante imediatamente antes 

da ocorrência da cava de tensão. 

4  ‐  Ireactiva  (Irea)  ‐ corrente reactiva  (valor da componente reactiva da corrente)  injectada na rede 

pelo produtor eólico. 

(RRT 3.7.6) Controlabilidade da geração eólica 

Em  certas  situações  de  exploração  do  SEN9,  nomeadamente  quando  se  verifiquem 

congestionamentos  por  indisponibilidade  de  equipamentos  ou  quando  estiver  em  causa  a 

segurança do equilíbrio produção‐consumo, o ORT poderá controlar a produção das  instalações 

de  produção  eólica  para  que  estas  não  excedam  um  determinado  valor  de  potência  por  ele 

definido. 

Em casos especiais de forte redução do consumo e excesso de oferta de produção, ou perante a ocorrência de 

falhas  técnicas no sistema, pode haver necessidade de alterar a  injecção ou o  fluxo de potência na rede, de 

9 SEN – Sistema eléctrico nacional 

I reactiv

a/I npré‐defeito [%

]  

U/Unominal [pu] 

9

modo  a  assegurar  que  todos  os  seus  componentes  sejam  explorados  dentro  dos  limites  nominais.  Nesta 

eventualidade, os parques eólicos podem vir a ser afectados, globalmente ou para uma determinada área de 

rede,  podendo  ser  despachados  através  da  solicitação  da  redução  ou  limitação  da  sua  potência  activa  de 

injecção na rede por um determinado período de tempo. Para que seja possível o controlo da produção dos 

parques eólicos, estes têm que estar ligados, directamente ou através de um centro de despacho, ao operador 

da rede. 

(RRT 3.8.1) Energia reactiva 

Todos os produtores em regime especial ligados à RNT devem, nas horas CP10, fazer acompanhar, 

em  regime normal de  funcionamento, o  fornecimento de energia activa,  injectada no ponto de 

ligação, de uma quantidade de energia reactiva de acordo com a seguinte tabela: 

 Figura 2.3 – Valor da tg Ф nas Horas CP e VS 

 

Relativamente aos valores fixados, no quadro anterior, para as quantidades de energia reactiva, 

admite‐se uma tolerância de ± 5 % da energia activa no mesmo período. 

O fornecimento de energia reactiva é controlado pelo ORT, podendo, desde que acordado com o 

ORT, serem estabelecidos outros limites de funcionamento, devendo o produtor ter a capacidade 

de modular o  fornecimento de energia  reactiva no  intervalo correspondente a uma tg Ф de 0 a 

0,2. 

Com esta disposição pretende‐se evitar que no período de vazio e super vazio, em que não há necessidade de 

potência reactiva, haja injecção de reactiva por parte dos parques eólicos provocando um aumento indesejado 

da tensão e que no período de horas cheias e de ponta a não injecção de potência reactiva, quando necessária, 

provoque um abaixamento da tensão da rede. No entanto pode haver situações em que haja necessidade de 

definir outros limites diferentes dos estabelecidos na Figura 2.3, nomeadamente quando os parques eólicos se 

localizam no interior do país, onde existem menos centros de consumo e portanto não é necessária a injecção 

de potência reactiva. Os parques eólicos localizados em zonas onde existe maior consumo, normalmente junto 

ao  litoral,  poderão  colaborar  na  regulação  da  tensão  da  rede  adaptando  a  necessidade,  ou  não,  de 

fornecimento de potência reactiva com as necessidades reais da rede. 

2.2.2.2 Padrões de segurança para planeamento da RNT (Capítulo 9 do RRT) 

No Capítulo 9 do RRT são descritos os padrões de segurança considerados no planeamento da RNT, com vista à 

obtenção  de  uma  adequada  qualidade  e  continuidade  de  serviço  no  abastecimento  dos  consumos  (tendo 

também em conta ao  seu valor económico) e  salvaguardando o bom  funcionamento das  redes  interligadas. 

10 Horas CP – período com as horas cheias e de ponta Horas VS – período com as horas de vazio e de super vazio 

10

Nesta  secção  resumem‐se  as  considerações  com maior  relevância  para  este  trabalho,  nomeadamente  em 

relação às condições topológicas a considerar (RRT 9.2), aos critérios de estabilidade (RRT 9.3), aos  limites de 

aceitabilidade  de  sobrecarga  e  de  tensão  (RRT 9.4)  e  às  hipóteses  para  simulação  da  produção  em  regime 

especial, nomeadamente para as centrais eólicas (RRT 9.5.2.3). 

(RRT 9.2) Condições topológicas a considerar 

Nas simulações da RNT devem ser consideradas 3 condições de rede distintas, sendo que os resultados dessas 

simulações  devem  respeitar  sempre  os  limites  de  aceitabilidade  de  tensão  e  de  sobrecarga  definidos  em 

RRT 9.4. Estas condições de rede são: 

(RRT 9.2.1.1): Situação n – Consideram‐se todos os elementos da RNT em serviço. 

(RRT 9.2.1.2): Regime de contingência n‐1 – Considera‐se a  falha de um qualquer elemento da 

RNT  (linha  simples,  circuito  de  linha  dupla,  grupo  gerador,  autotransformador,  transformador, 

bateria de  condensadores), devendo nos  restantes,  sem excepção, não  se verificarem violações 

dos critérios de tensão e de sobrecarga, sem qualquer reconfiguração topológica a nível da RNT. 

(RRT  9.2.1.3):  Regime  de  contingência  n‐2  –  Supõe‐se  a  falha,  simultânea  ou  não,  de  dois 

elementos da RNT. O  regime de contingência n‐2 não é aplicado genericamente a  toda a  rede. 

Deverão apenas ser avaliados os casos apontados na tabela seguinte: 

 Figura 2.4 – Condições de simulação do regime de contingência n‐2 

 

No critério proposto para a contingência n‐1‐1 admite‐se que, após a primeira falta, a reposição 

do  nível  de  segurança  de  funcionamento n‐1  possa  ser  conseguida  com  recurso  a medidas de 

redespacho ou de reconfiguração da rede. 

(RRT 9.3) Critérios de estabilidade 

Os grupos geradores  ligados à  rede  (excepto os eólicos), não devem perder o sincronismo ou desligar‐se da 

rede  quando  sujeitos  a  defeitos  trifásicos  e  fase‐terra  eliminados  pelo  funcionamento  dos  sistemas  de 

protecção. Quanto aos geradores eólicos, estes devem ter a capacidade de suportar cavas de tensão conforme 

a Figura 2.1. 

(RRT 9.3.2): No caso dos geradores eólicos é tida em consideração nas simulações a capacidade 

ou não dos mesmos resistirem às cavas de tensão resultantes de defeitos na rede. Os geradores 

eólicos que tenham capacidade para suportarem cavas de tensão (fault ride through capability – 

FRTC) devem manter‐se  ligados perante cavas de tensão resultantes de defeitos na rede sempre 

11

que a tensão no enrolamento do lado da rede do transformador de interligação da instalação de 

produção esteja acima da curva apresentada na figura constante da Figura 2.1. 

Para  os  geradores  eólicos  que  tenham  capacidade  de  resistência  aos  defeitos,  a  sua  resposta 

perante defeitos na  rede é  simulada  tendo em conta as parametrizações especificadas para as 

suas protecções. 

(RRT 9.4) Limites de aceitabilidade de sobrecarga e de tensão 

Para os diferentes regimes, normal ou de contingência, os valores da tensão, do desvio angular e do desvio de 

frequência nos barramentos não devem violar os limites estabelecidos na Figura 2.5.  

 Figura 2.5 – Critérios de aceitabilidade para desvios de tensão, ângulo e frequência 

 

A banda estabelecida em funcionamento normal para a tensão é, de acordo com o Regulamento da Qualidade 

de Serviço11, ± 5% em relação à tensão declarada (Uc). As regras da UCTE12 relativas aos  limites de frequência 

estabelecem que a frequência da rede deve manter‐se nos 50 Hz. De acordo com o Regulamento da Qualidade 

de Serviço, em condições normais de exploração o valor médio da frequência fundamental (50 Hz) deve estar 

compreendido entre os valores de ± 1% de 50 Hz, durante cerca de 95 % do tempo, e entre – 6 % e + 4 % de 

50 Hz,  durante  100%  do  tempo.  Nas  linhas  e  nos  transformadores  não  se  devem  verificar  sobrecargas 

temporárias  superiores  às  percentagens  estipuladas  na  Figura 2.6,  sendo  que  os  valores  indicativos  das 

sobrecargas temporárias têm como referência as capacidades nominais dos transformadores e as capacidades 

máximas das linhas. 

 Figura 2.6 – Critérios de aceitabilidade para sobrecargas temporárias 

 

11 Despacho nº 5255/2006, de 8 de Março de 2006, aprova o Regulamento da Qualidade de Serviço que estabelece os padrões mínimos de qualidade, de natureza técnica e comercial, a que deve obedecer o serviço prestado pelas entidades do Sistema Eléctrico Nacional. 12 A Union for the Coordination of Transmission of Electricity (UCTE) desde 1 de Julho de 2009 que foi integrada na European Network of Transmission System Operators (ENTSO) que é uma associação europeia de TSO, que junta 42 TSO de 34 países. 

12

(RRT 9.5.2.3) Hipóteses para simulação considerando as centrais eólicas 

As  centrais  eólicas  são  representadas  através  de  um  equivalente  por  subestação  da  RNT,  que 

simula  um  agregado  coerente  de  toda  a  produção  eólica  na  área  de  influência  da  respectiva 

subestação. 

Esta Central equivalente deve ser simulada, com produção entre 10 % (mínimo) e 80 % (máximo) 

da sua potência nominal, com vista a avaliar o seu impacto nos trânsitos e no comportamento da 

RNT, quer em regime permanente, quer em regime perturbado. 

Para  efeitos  de  planeamento  de  transformação mínima  necessária  em  cada  subestação  para 

assegurar o abastecimento dos consumos, considera‐se que, no estado actual de desenvolvimento 

da  tecnologia  deste  tipo  de  centrais,  a  produção  eólica  não  contribui  com  qualquer  valor  de 

potência garantida. 

Face  à  variabilidade  do  vento  a  produção  dos  parques  eólicos  pode  variar  rapidamente  pelo  que  nas 

simulações para efeitos de elaboração dos planos de produção da geração eólica, são considerados 3 cenários 

de produção. O cenário de produção mínima, que corresponde a 10 % da potência nominal do parque eólico, o 

cenário de produção intermédio, com 30 % da potência nominal e o cenário de produção máximo, com 80 % da 

potência  nominal  do  parque  eólico.  Por  outro  lado,  face  ao  carácter  intermitente  da  geração  eólica,  no 

dimensionamento  dos  transformadores  de  potência  para  uma  determinada  subestação  da  RNT  não  é 

considerada a potência eólica  ligada nessa subestação como potência garantida para satisfazer os consumos 

necessários das cargas ligadas a essa subestação. 

2.2.3 Ilha da Madeira: Manual de Procedimentos do Acesso e Operação do SEPM A  rede  eléctrica  da  ilha  da Madeira, uma  vez  que  é  uma  rede  eléctrica  isolada,  tem  especificidades  que  a 

caracterizam. Assim, o Manual de Procedimentos do Acesso e Operação do SEPM (Manual do SEPM) estabelece 

um  conjunto  de  regras,  procedimentos,  deveres  e  direitos  das  partes,  no  âmbito  de  coordenação  do 

funcionamento  das  redes  de  transporte  e  distribuição  e  das  instalações  ligadas  à  rede  eléctrica  de  serviço 

público da  ilha da Madeira. Pretende‐se nesta  secção apresentar algumas das  considerações do Manual do 

SEPM mais importantes no âmbito deste trabalho. 

2.2.3.1 Critérios de funcionamento e segurança para a exploração do sistema eléctrico da 

Madeira (Secção 2.1.2 do Manual do SEPM) 

As  variáveis  de  controlo  que  permitem  controlar  o  funcionamento  da  rede  eléctrica  de  cada  ilha  são:  a 

frequência,  tensão, potência e  temperatura nos elementos da rede de  transporte  (linhas,  transformadores e 

aparelhagem  associada)  e  a  regulação  de  frequência  –  potência. Os  limites  admissíveis  destas  variáveis  de 

controlo são definidos de seguida. 

(Manual do SEPM 2.1.2.2.1) Frequência 

A frequência de referência (f0) e as margens de variação na rede de transporte do SEPM são estabelecidas de 

acordo com as recomendações da UCTE, sendo que a frequência de referência é de 50,00 Hz. 

13

Para evitar uma diminuição da reserva primária, a frequência não deverá permanecer, de forma 

durável, fora do intervalo: f0 ± 500 mHz, em regime não perturbado. 

(Manual do SEPM 2.1.2.2.2) Tensão 

Em situação normal de exploração os valores da tensão não deverão ultrapassar ± 10 % do valor 

nominal. 

Se  considerarmos a  rede de 60 kV  como  sendo a  rede de  transporte de electricidade na  ilha da Madeira, a 

variação  de  ± 10%  do  valor  nominal,  impõem  limites  de  54 kV  (0,9 p.u.)  para  a  tensão mínima  e  de  66 kV 

(1,1 p.u.) para a tensão máxima. 

2.2.3.2 Análises de segurança (Secção 2.1.3 do Manual do SEPM) 

No Manual do SEPM são considerados 3 tipos de falhas: falha simples, falha de linhas de duplo circuito e falha 

do  maior  grupo  gerador  em  serviço.  A  ocorrência  de  qualquer  uma  destas  falhas  não  deverá  implicar 

interrupções  no  abastecimento  de  energia  nem  degradação  significativa  da  qualidade  com  que  esta  é 

fornecida. Após o incidente, as tensões em regime estacionário deverão estar compreendidas entre ± 10% do 

valor nominal. 

(Manual do SEPM 2.1.3.1) Falha simples (critério N‐1) 

A falha simples (ou critério N‐1) é considerada quando ocorre uma falha de um qualquer elemento da rede de 

transporte, não devendo implicar: 

‐  Sobrecargas  permanentes  nas  linhas  de  transporte,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas  transitórias  (de  duração  igual  ou  inferior  a  vinte  minutos)  até  20 %  da  sua 

capacidade  nominal  ou  até  30 %  eliminada  rapidamente  (duração  inferior  ou  igual  a  dez 

minutos); 

‐  Sobrecargas  em  permanência  nos  transformadores,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas (de duração  igual ou  inferior a duas horas) até 10 % da sua capacidade nominal no 

Verão e 20 %, no Inverno. 

(Manual do SEPM 2.1.3.2) Falha de linhas de duplo circuito 

São consideradas  linhas de duplo circuito, as  linhas cujos circuitos partilham apoios em pelo menos um dos 

troços do seu traçado. Quanto às sobrecargas, não deverão, em regra, implicar: 

‐  Sobrecargas  permanentes  nas  linhas  de  transporte,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas  transitórias  (de  duração  igual  ou  inferior  a  vinte  minutos)  até  30 %  da  sua 

capacidade nominal; 

‐  Sobrecargas  em  permanência  nos  transformadores,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas (de duração  igual ou  inferior a duas horas) até 10 % da sua capacidade nominal no 

Verão e 30 % no Inverno. 

14

(Manual do SEPM 2.1.3.2) Falha do maior grupo gerador de serviço 

Podem ser consideradas, nas análises de segurança, a ocorrência da falha do maior grupo gerador em serviço 

considerando a eliminação dos desvios resultantes num intervalo não superior a 15 minutos. Esta contingência 

não deve ter como consequência: 

‐  Sobrecargas  permanentes  nas  linhas  de  transporte,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas  transitórias até 20 % da  sua  capacidade nominal  com duração  igual ou  inferior a 

vinte minutos ou até 30 % com duração inferior ou igual a dez minutos; 

‐  Sobrecargas  em  permanência  nos  transformadores,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas,  com  duração  igual  ou  inferior  a  duas  horas,  até  10 %  e  20 %  da  sua  capacidade 

nominal respectivamente no Verão e no Inverno. 

2.3 Em Espanha 

2.3.1 Introdução Espanha tem apostado na energia eólica não só no desenvolvimento da tecnologia dos conversores de energia 

eólica em energia eléctrica, como também, na sua integração segura e eficiente na rede eléctrica. Neste âmbito 

e com vista a  facilitar ao máximo a  integração de geração não despachável, o operador da rede eléctrica de 

Espanha estabeleceu uma série de medidas de gestão do sistema que permite a operação segura e estável do 

sistema eléctrico e criou um centro de controlo que supervisiona e controla unicamente a produção em regime 

especial  (com destaque para a geração eólica). A criação deste centro de comando e controlo, denominado 

Centro de Control de Régimen Especial  (CECRE), permite maximizar a  integração da geração eólica de  forma 

compatível  com a  segurança do  sistema eléctrico. Por outro  lado estão previstos  complementos à  tarifa de 

venda  de  energia  eléctrica  dos  parques  eólicos,  que  incentivam  a  adaptação  das  características  de 

funcionamento dos geradores eólicos às necessidades de funcionamento da rede eléctrica. Ou seja, regulação 

da  actividade de produção em  regime especial estabelece que a  venda de energia eléctrica destas  centrais 

pode ser feita através de uma tarifa regulada (tarifa única que depende do tipo de instalação de produção de 

energia)  ou  através  da  venda  da  energia  no  mercado  de  produção  de  energia  eléctrica,  sendo  o  preço 

negociado pelo promotor podendo, ou não,  ser acrescido de uma bonificação. Esta bonificação é variável e 

depende  do  preço  de  referência  de mercado.  Independentemente  da  forma  de  venda  de  energia,  estão 

previstos complementos para os parques eólicos que: 

• Mantenham  um  determinado  valor  do  factor  de  potência  (estabelecido  pelo  operador  da  rede 

eléctrica anualmente); 

• Tenham, comprovadamente, geradores eólicos com a capacidade de sobreviver a cavas de tensão de 

acordo com o estabelecido no procedimento de operação (P.O.) 12.3 e descrito na secção 2.3.2.1. 

Na secção 2.3.2 resume‐se alguns dos procedimentos de operação, mais importantes para o desenvolvimento 

deste trabalho, e na secção 2.3.3 apresenta‐se, de forma sucinta, as principais funcionalidades do CECRE. 

Para além da rede eléctrica “peninsular”, foram analisados os procedimentos operacionais que o operador da 

rede e gestor da rede eléctrica de Espanha especificou para os Sistemas Eléctricos Insulares e Extrapeninsulares 

(SEIE).  São  considerados  SEIE os  sistemas eléctricos das  ilhas Canárias e Baleares, assim  como os pequenos 

15

sistemas  eléctricos de Ceuta  e Melilla.  Estes procedimentos de operação  têm  especial  interesse no  âmbito 

deste trabalho (Grid Code for Isolated Systems), pelo que será feita uma análise na secção 2.3.3. 

2.3.2 Espanha Peninsular 

2.3.2.1 Procedimentos de Operação (P.O.) 

(P.O. 1.1.) Condições do funcionamento e segurança de operação do sistema 

O  [4]  P.O. 1.1  é  denominado  por  Criterios  de  funcionamiento  y  seguridad  para  la  operación  del  sistema 

eléctrico.  Neste  procedimento  são  definidos  os  critérios  de  segurança  a  considerar  no  sistema  eléctrico 

espanhol de forma a garantir a continuidade e qualidade de serviço. Por outro lado são também estabelecidas 

as margens de variação admissíveis nos parâmetros de controlo e segurança da rede. Estes parâmetros são a 

frequência, a tensão e as sobrecargas nos diferentes elementos da rede:  linhas, transformadores e restantes 

elementos da rede. Na Figura 2.7 descrevem‐se os critérios de segurança estabelecidos em regime normal e 

em situação de contingência. 

 

 Figura 2.7– Limites dos parâmetros de controlo da rede 

 

 (P.O. 1.4.) Condições de entrega de energia no ponto de ligação 

O  [5]  P.O. 1.4  é  denominado  por  Condiciones  de  entrega  de  la  energía  en  los  puntos  frontera  de  la  red 

gestionada por el operador del sitema. Este procedimento estabelece as condições de entrega de energia nos 

pontos de ligação das centrais de geração de energia à rede eléctrica, nomeadamente em relação à variação da 

frequência e da tensão que é admissível em funcionamento normal. 

• A  frequência  nominal  é  de  50 Hz,  sendo  admissível,  em  funcionamento  normal,  a  variação  entre 

49,85 Hz e 50,15 Hz. No caso do funcionamento em ilha de parte do sistema eléctrico espanhol e por 

tanto não ligado à rede da UCTE, a frequência deve‐se manter dentro dos limites estabelecidos. 

• Em  funcionamento  normal,  a  tensão  no  nível  de  400 kV  deve‐se manter  entre  390 kV  e  420 kV, 

podendo atingir valores extremos de 375 kV e 435 kV. No nível de  tensão de 220 kV, a variação de 

tensão pode estar compreendida entre 205 kV e 245 kV, podendo baixar aos 200 kV. 

16

(P.O. 12.3) Resposta dos geradores eólicos a cavas de tensão  

O [6] P.O. 12.3 denominado por Requisitos de respuesta frente a huecos de tensión de las instalaciones eólicas, 

estabelece  os  requisitos  que  os  parques  eólicos  têm  que  cumprir  para  garantir  a  continuidade  de  serviço 

quando ocorre uma cava de tensão na rede. Durante a ocorrência de um curto‐circuito trifásico, bifásico à terra 

ou monofásico  a  instalação  deve manter‐se  ligada  à  rede  acima  da  curva  da  Figura 2.8(a)  e  deve  fornecer 

corrente reactiva conforme a curva da Figura 2.8(b). 

 (a)                                                                                                   (b) 

Figura 2.8 – Curva imposta no P.O.12.3 aos geradores eólicos relativo a (a) cava de tensão a suportar e (b) à corrente reactiva a injectar na rede 

 

2.3.2.2 Centro de Control de Régimen Especial (CECRE) 

O CECRE  foi  criado em 2006  com o objectivo de  supervisionar e  controlar em  tempo  real as  instalações de 

produção  em  regime  especial  ligadas  à  Rede  Eléctrica  de  Espanha  (REE)  permitindo,  assim,  uma  maior 

integração de centrais de produção de energia renovável no sistema eléctrico sem comprometer a segurança 

da rede. Todas as  instalações de produção em regime especial, cuja potência  instalada é superior a 10 MW, 

têm que estar ligadas ao CECRE. O CECRE tem como funcionalidades: 

• Contactar em tempo real e de forma centralizada, os diversos centros de controlo que, por sua vez, 

estão encarregues de enviar as instruções para as instalações de produção; 

• Receber as informações necessárias das instalações de produção para a sua operação em tempo real; 

• Garantir a operação do sistema de forma segura e eficiente; 

• Fazer  simulações  em  tempo  real  de  forma  a  permitir maximizar  a  geração  renovável mantendo  o 

sistema seguro. 

2.3.3 Sistemas Eléctricos Insulares e Extrapeninsulares As  ilhas Canárias e Baleares, assim  como os pequenos  sistemas eléctricos de Ceuta e Melilla,  são definidos 

como Sistemas Eléctricos Insulares e Extrapeninsulares (SEIE). Esta designação surge da necessidade de definir, 

face às  suas  características,  legislação, procedimentos de operação e exigências de  ligação específicas. Para 

uma adequada gestão técnica dos SEIE foi aprovado um conjunto de orientações e procedimentos específicos, 

publicados através da [7] Resolución 9613, de 28 de Abril de 2006, cujos procedimentos mais  importantes no 

âmbito deste trabalho se descrevem. 

17

2.3.3.1 Procedimentos de Operação (P.O.) 

(P.O.1.) Funcionamento dos SEIE  

O  P.O.1  é  denominado  por  Funcionamiento  de  los  Sistemas  Eléctricos  insulares  e  extrapeninsulares.  Este 

procedimento estabelece os critérios de segurança e  funcionamento a aplicar aos SEIE de  forma a garantir a 

continuidade  de  abastecimento  de  energia  eléctrica  com  qualidade  e  segurança. Na  Figura 2.9  é  feito  um 

resumo dos valores admissíveis para as variáveis de  controlo dos  sistemas em  funcionamento normal e em 

caso de contingências. As variáveis de controlo consideradas são a frequência, a tensão nos barramentos e as 

sobrecargas admissíveis nos diferentes elementos da rede. 

 Figura 2.9 – Valores das variáveis de controlo dos SEIE 

 

A frequência nominal é de 50 Hz no entanto, admite‐se variações, em funcionamento normal, entre 49,85 Hz e 

50,15 Hz. Para intervalos de tempo inferiores a 5 minutos a frequência pode variar entre 49,75 Hz e 50,25 Hz, 

sem que as instalações se desliguem da rede.  

(P.O.12.2) Requisitos mínimos de ligação à rede 

Neste procedimento, denominado por  Instalaciones  conectadas a  la  red de  transporte de  energia  eléctrica: 

requisitos  mínimos  de  diseño,  equipamiento,  funcionamiento  y  seguridad  y  puesta  em  servicio,  são 

estabelecidos os requisitos mínimos exigidos a uma instalação de forma a garantir que essa instalação ligada à 

rede  de  transporte  não  perturba  o  bom  funcionamento  dos  SEIE.  Nesta  secção  apenas  é  identificada  na 

Figura 2.10(a) a curva da cava de tensão que as instalações de produção em regime especial, ligadas no SEIE, 

devem ser capazes de suportar quando ocorrem defeitos trifásicos, bifásicos ou monofásicos. Para instalações 

ligadas na rede eléctrica das Canárias a curva altera‐se, de acordo com a Figura 2.10(b). Os restantes requisitos 

e desenhos da rede descritos no P.O.12.2 não serão analisados. 

 (a)                                                                                                 (b) 

Figura 2.10 – Curva da cava de tensão prevista para os (a) SEIE e (b) especificamente para as Canárias 

18

2.4 Irlanda 

2.4.1 Introdução A ilha da Irlanda divide‐se (politica e electricamente) em duas zonas: a Irlanda do Norte (pertencente ao Reino 

Unido) e a Republica da  Irlanda  (doravante denominada  Irlanda). As duas redes eléctricas estão actualmente 

ligadas entre si através de uma linha dupla de 275 kV e duas linhas de 110 kV. Por outro lado a rede eléctrica da 

Irlanda do Norte está  ligada à  rede eléctrica britânica através de um  cabo  submarino de  corrente  contínua 

(cabo DC com a capacidade de 500 MW), estando planeada a construção de uma nova ligação entre a Irlanda 

(na zona de Dublin) e a Grã‐Bretanha, que por sua vez está  ligada à rede da UCTE. Assim, a  Irlanda pode ser 

considerada como uma rede eléctrica (praticamente) isolada. Neste sentido julgou‐se interessante apresentar 

nesta  secção  algumas  considerações  do  documento  [8] Wind  Farm  Transmission  Grid  Code  Provisions 

(WF1/WFPS1). Este documento, publicado pela entidade reguladora da Irlanda (CER)13, é um anexo ao código 

de  rede  existente,  reflectindo  as  preocupações  relacionadas  com  a  ligação  de  parques  eólicos  à  rede, 

nomeadamente quanto à capacidade técnica que os geradores eólicos devem ter para suportarem alterações 

mais ou menos  intempestivas da rede. Nesta secção resumem‐se as exigências  impostas nesse documento, a 

nível da capacidade dos parques eólicos suportarem cavas de tensão e de reagirem a variações da frequência e 

a variações da tensão da rede. 

2.4.2 Wind Farm Transmission Grid Code (WF1/WFPS1) 

(WF1.4) Resposta dos geradores eólicos a cavas de tensão 

O ponto WF1.4 do documento  [8] é denominado por Fault Ride Through  requirements  (FRT). Neste ponto é 

exigido  ao  parque  eólico  que  se mantenha  ligado  à  rede,  durante  quedas  de  tensão  verificadas  quando  a 

tensão medida  no  transformador  de  potência  do  parque  eólico,  do  lado  da  rede,  esteja  acima  da  curva 

representada  na  Figura 2.11.  Para  além  de  se manter  ligado,  o  gerador  eólico  deve  ter  capacidade  para, 

durante  a  queda  de  tensão,  fornecer  potência  activa  de  forma  a manter  a mesma  tensão  e maximizar  a 

corrente reactiva na rede, sem exceder os  limites dos geradores eólicos. A maximização da corrente reactiva 

deve  ocorrer  durante  pelo menos  600 ms  ou  até  que  a  tensão  da  rede  volte  ao  seu  intervalo  normal  de 

funcionamento. O parque eólico deve fornecer pelo menos 90 % da potência activa máxima disponível, o mais 

rapidamente possível. 

 Figura 2.11 – Curva da cava de tensão na Irlanda   

13 Commission for Energy Regulation (CER) 

19

(WF1.5.1) Variação da frequência 

O ponto WF1.5.1 é denominado por Transmission system frequency ranges e define que o parque eólico deve 

ter a capacidade para funcionar para cada um dos modos de operação da Tabela 2.1, na gama de frequência 

estabelecida. Nenhum gerador eólico deve iniciar o seu funcionamento enquanto a frequência estiver acima de 

50,2 Hz. 

Modo de operação Gama de Frequência 

Operar normalmente e de forma continua  49,5 Hz – 50,5 Hz 

Manter‐se ligado à rede durante 60 m 47,5 Hz – 52,0 Hz 

Manter‐se ligado à rede durante 20 s cada vez que a 

frequência desce abaixo de 47,5 Hz 

47,0 Hz – 47,5 Hz 

Tabela 2.1 ‐ Gama de frequência do parque eólico por modo de operação 

 

(1.5.1 WF1.5.2) Resposta de frequência 

A  resposta  do  sistema  à  variação  de  frequência  é  tratada  no  ponto 1.5.1 WF1.5.2  que  é  denominado  por 

Frequency response. Por questões de segurança da rede o operador da rede pode ter que enviar um setpoint a 

limitar  a potência  activa produzida pelo parque eólico. O parque eólico  tem que  ter  a  capacidade de  fazer 

funcionar  cada  gerador  eólico  num  modo  reduzido,  limitando  a  sua  potência.  O  parque  eólico  deve  ter 

instalado um sistema de resposta de frequência (Frequency Response System) de forma a funcionar de acordo 

com a curva da Figura2.12. Quando a frequência está dentro dos valores normais de funcionamento da rede, o 

parque eólico deve ter a potência activa abaixo da capacidade máxima disponível (recta B‐C). Assim, quando a 

frequência  vai  para  valores  abaixo  do  ponto B,  o  Frequency  Response  System  deve  aumentar  a  potência  a 

injectar na rede de acordo com a recta B‐A, voltando à situação inicial assim que a frequência recupere o seu 

valor nominal. Por outro  lado, quando a frequência ultrapassa o ponto C a resposta do sistema deve seguir a 

curva C‐D‐E. 

 Figura 2.12 – Curva de resposta potência‐frequência 

 

(WF1.6.1) Variação da tensão 

No ponto WF1.6.1 é definida a gama de variação da tensão admissível: Transmission system voltage range. Em 

funcionamento normal, o parque eólico deve manter‐se ligado à rede eléctrica com a sua capacidade máxima 

disponível (ou, em caso de limitação, na sua capacidade máxima definida) com variações de ± 10 % da tensão 

20

nominal. Em caso de perturbações na rede, os intervalos de variação da tensão são alargados, de acordo com a 

Tabela 2.2. 

Níveis de Tensão Intervalo de variação

400 kV 350 kV – 420 kV

220 kV 200 kV – 245 kV

110 kV 99 kV – 123 kV

Tabela 2.2 ‐ Variação da tensão durante a ocorrência de uma perturbação na rede 

 

(WF1.6.2) Regulação automática da tensão 

Com  a  gama  de  variação  de  tensão  admissível  é  exigido  um  sistema  de  regulação  no  ponto WF1.6.2, 

denominado por Automatic voltage regulation. Considerando o esquema de ligações da Figura 2.13, o parque 

eólico  deve  ter  instalado  um  sistema  de  regulação  de  tensão  (voltage  regulation  system)  idêntico  aos 

reguladores de tensão convencionais. O sistema deve ser capaz de receber um setpoint com o valor da tensão, 

no ponto de  ligação  (Z), e actuar sobre a potência  reactiva do parque eólico de  forma a alcançar o valor da 

tensão pretendido. 

 Figura 2.13 – Localização do regulador de tensão (Z) e zona de medição do factor de potência (Y) 

 

(WF1.6.3) Especificação para a potência reactiva 

O ponto WF1.6.3, denominado Reactive power capability, determina a gama de potência reactiva que o parque 

eólico  deve  ser  capaz  de  injectar/absorver.  Considerando  os  intervalos  de  tensão  definidos  em WF1.6.1,  o 

parque eólico deve ser capaz de  funcionar com qualquer valor do  factor de potência  (medido no ponto Y da 

Figura 2.13) definido na Figura 2.14. 

 Figura 2.14 – Curva da potência reactiva exigida a um parque eólico    

21

2.5 Análise comparativa dos códigos de rede estudados Nesta  secção  pretende‐se  fazer  a  comparação  entre  os  vários  códigos  de  rede  estudados.  Inicialmente 

comparam‐se  os  parâmetros  fundamentais  para  o  funcionamento  da  rede,  em  regime  estacionário,  como 

sejam a tensão e frequência. De seguida comparam‐se os limites de aceitabilidade permitidos na rede, durante 

uma  falha  simples  (contingência N‐1)  e durante o  regime de  contingência N‐2. Por último  comparam‐se  as 

exigências efectuadas na  ligação de geradores eólicos, quanto à capacidade de suportarem cavas de  tensão, 

injecção de reactiva durante o defeito na rede e quanto ao sistema de controlo de frequência e tensão exigido. 

2.5.1 Variáveis de controlo do funcionamento da rede 

2.5.1.1 Tensão 

Na Tabela 2.3 são especificados os valores das tensões nominais das redes, assim como a variação da tensão 

permitida em condições normais de exploração. 

Código de rede em análise Intervalo das tensões de alimentação da rede 

(kV) (p.u.) 

Portugal Continental: RRT U = ± 5 % U 

400 kV: 380 ‐ 420220 kV: 209 ‐ 231 

150 kV: 142,5 ‐ 157,5 63 kV: 59,85 ‐ 66,15 

0,95 – 1,05 

Ilha da Madeira: Manual do SEPM U = ± 10 % U 

60 kV: 54 – 6630 kV: 27 – 33 

0,90 – 1,10 

Espanha peninsular: P.O.1.4. da REE 400 kV: 390 – 420220 kV: 205 – 245 

400 kV: 0,98 – 1,05220 kV: 0,93 – 1,11 

SEIE de Espanha: P.O.1. para SEIE 220 kV: 210 – 245132 kV: 125 – 145 66 kV: 62 – 72 

220 kV: 0,96 – 1,11132 kV: 0,95 – 1,10 66 kV: 0,94 – 1,09 

Irlanda: WF1/WFPS1 U = ± 10 % U  

400 kV: 360 ‐ 440220 kV: 198 ‐ 242 110 kV: 99 ‐ 121 

400 kV: 0,90 – 1,10220 kV: 0,90 – 1,10 110 kV: 0,90 – 1,10 

Tabela 2.3 – Variação da tensão em condições normais de exploração 

Enquanto na Península Ibérica a variação de tensão está na ordem dos 5 % ‐ 7%, nas ilhas (Madeira, Canárias e 

Irlanda) esta variação tem um intervalo um pouco superior, na ordem dos 10 %. 

2.5.1.2 Frequência 

Em condições normais de exploração o valor médio da frequência fundamental (f0 = 50 Hz), para cada uma das 

redes estudadas, deve estar compreendido entre os valores especificados na Tabela 2.4. 

Código de rede em análise  Intervalo das frequências permitidas 

Portugal Continental: RRT  49,5 – 50,5Ilha da Madeira: Manual do SEPM  49,5 – 50,5

Espanha peninsular: P.O.1.4. da REE  49,85 ‐ 50,15

SEIE de Espanha: P.O.1. para SEIE 49,85 ‐ 50,15

t < 5 min: 49,75 – 50,25 

Irlanda: WF1/WFPS1 49,5 – 50,5

t < 60 min: 47,5 – 52,0 Tabela 2.4 – Variação da frequência em condições normais de exploração   

22

2.5.2 Análises de Segurança 

2.5.2.1 Falha simples [N‐1] 

Quando há a simulação de uma  falha simples num dos elementos da  rede, seja ele um grupo gerador, uma 

linha, um auto‐transformador, um transformador ou uma bateria de condensadores, é designado por regime 

de contingência  [N‐1] ou  falha simples. Na Tabela 2.5 são apresentados os  limites de aceitabilidade da rede, 

definidos  em  cada  um  dos  códigos  de  rede  estudados,  tendo  em  consideração  os  limites  da  tensão,  da 

frequência e das sobrecargas nos ramos numa situação de falha simples. 

 

Código de rede em análise 

Tensão (p.u.) 

Frequência(Hz) 

Sobrecarganas linhas (%) 

Sobrecarga nos Transformadores (%) 

Portugal Continental: RRT 

400 kV: 0,93 – 1,05 220 kV: 0,93 – 1,11 150 kV: 0,93 – 1,10 63 kV: 0,95 – 1,05 

49,5 – 50,5 

t < 20 min 

Inverno: 15 Intermédia: 15

Verão: 15 

t < 20 min 

Inverno: 25 Intermédia: 15 

Verão: 10 

20 min < t < 2 h 

Inverno: 20 Intermédia: 10 

Verão: 5 

Ilha da Madeira: Manual do SEPM 

0,90 – 1,10  49,5 – 50,5 t < 20 min: 20 t < 10 min: 30 

t < 2h 

Inverno: 20 Verão: 10 

Espanha peninsular: P.O.1.1. da REE 

400 kV: 0,95 – 1,09 220 kV: 0,93 – 1,11 

49,85 ‐ 50,15  t < 20min: 15  Inverno: 10 

SEIE de Espanha: P.O.1. para SEIE 

220 kV: 0,93 – 1,11 132 kV: 0,93 – 1,10 66 kV: 0,91 – 1,09 

49,85 ‐ 50,15 para t < 5 min: 49,75 – 50,25 

t < 20min: 15 

t < 20 min 

Inverno: 25 Intermédia: 20 

Verão: 15 

20 min < t < 8 h 

Inverno: 15 Intermédia: 10 

Verão: 5 

Irlanda: WF1/WFPS1  

400 kV: 0,88 – 1,05 220 kV: 0,91 – 1,11 110 kV: 0,90 – 1,12 

Não foi estudado 

Tabela 2.5 – Critérios de aceitabilidade para desvios de tensão, frequência e sobrecarga nos ramos considerando o regime de contingência N‐1 

 

O WF1/WFPS1 é um anexo ao código de rede existente, reflectindo apenas as preocupações relacionadas com 

a ligação de parques eólicos à rede pelo que não fazia parte deste documento informação sobre os limites de 

aceitabilidade da rede perante um regime de contingência [N‐1]. 

 

2.5.2.2 Regime de contingência [N‐2] 

O  regime de  contingência  [N‐2] não  é  aplicado  genericamente,  sendo  simulado  em  casos particulares  e de 

acordo  com  o  âmbito  de  aplicação.  Se  for  considerado  o  código  de  rede  português  o  regime  [N‐2]  é 

estabelecido  tendo em  consideração a  rede  topológica de Portugal Continental14, no entanto para a  ilha da 

Madeira e para os SEIE a contingência [N‐2] ocorre quando se verifica uma falha numa linha de duplo circuito(a) 

14  As  condições  de  simulação  do  regime  de  contingência  [N‐2]  previstas  em  [1]  considera  a  falha  simultânea  de  dois circuitos do mesmo apoio no caso das  linhas duplas que ponham em causa o abastecimento das áreas da Grande Lisboa, incluindo a península de Setúbal, e do Grande Porto, assim como a falha de dois elementos quaisquer, não simultânea, com possibilidade de redespacho de produção e reconfiguração da rede, após a primeira falha (contingência N‐1‐1) em toda a rede de 400 kV e nos autotransformadores inseridos nos eixos com função de grande transporte. 

23

(linhas cujos circuitos partilham apoios em pelo menos um dos seus troços) ou quando ocorre uma  falha no 

maior grupo gerador em serviço(b). Em Espanha  (península) é considerada contingência  [N‐2] a  falha de uma 

linha de duplo circuito e a falha simultânea do maior grupo gerador numa zona e da linha de interligação dessa 

zona com o resto do sistema. Tendo em consideração estas observações, na Tabela 2.6 são apresentados os 

limites de aceitabilidade da rede da tensão, frequência e das sobrecargas nos ramos no regime de contingência 

[N‐2]. 

 

Código de rede em análise 

Tensão (p.u.) 

Frequência(Hz) 

Sobrecarganas linhas (%) 

Sobrecarga nos Transformadores (%) 

Portugal Continental: RRT 

400 kV: 0,90 – 1,05 220 kV: 0,90 – 1,11 150 kV: 0,90 – 1,10 63 kV: 0,94 – 1,05 

49,5 – 50,5 

t < 20 min 

Inverno: 15 Intermédia: 15

Verão: 15 

t < 20 min 

Inverno: 25 Intermédia: 15 

Verão: 10 

20 min < t < 2 h 

Inverno: 20 Intermédia: 10 

Verão: 5 

Ilha da Madeira: Manual do SEPM 

0,90 – 1,10  49,5 – 50,5 

(a) t < 20 min: 30 (b) t < 20 min: 20(b) t < 10 min: 30 

t < 2h (a) Inverno: 30 (a) Verão: 10 

t < 2h (b) Inverno: 20 (b) Verão: 10 

Espanha peninsular: P.O.1.1. da REE 

400 kV: 0,94 – 1,09 220 kV: 0,91 – 1,11 

49,85 ‐ 50,15  15 Inverno: 20 

Intermédia: 15 Verão: 10 

SEIE de Espanha: P.O.1. para SEIE 

220 kV: 0,91 – 1,11 132 kV: 0,90 – 1,10 66 kV: 0,85 – 1,09 

49,85 ‐ 50,15 para t < 5 min: 49,75 – 50,25 

t < 20min: 15 

t < 20 min 

Inverno: 25 Intermédia: 20 

Verão: 15 

20 min < t < 8 h 

Inverno: 15 Intermédia: 10 

Verão: 5 

Irlanda: WF1/WFPS1  

400 kV: 0,88 – 1,05 220 kV: 0,91 – 1,11 110 kV: 0,90 – 1,12 

Não foi estudado 

Tabela 2.6 – Critérios de aceitabilidade para desvios de tensão, frequência e sobrecarga nos ramos considerando o regime de contingência N‐2 

 

Também nesta análise não foram apresentados os dados relativos aos limites de aceitabilidade da rede perante 

um regime de contingência [N‐2], uma vez que o documento WF1/WFPS1, que é um anexo ao código de rede 

existente, não apresenta esta informação. 

 

2.5.3 Ligação dos geradores eólicos à rede 

2.5.3.1 Capacidade para suportar cavas de tensão 

Na Tabela 2.7 apresentam‐se as curvas de cavas de tensão que estão a ser exigidas nos códigos de rede que 

foram estudados ao longo do capítulo 2. 

   

24

Código de rede em análise  Curva da cava de tensão exigida aos geradores eólicos

Portugal Continental: RRT Valor mínimo tensão (Umin): 0,2 p.u. 

Duração com Umin: 0,5 s 

 Ilha da Madeira: Manual do SEPM 

Valor mínimo tensão (Umin): ‐ Duração com Umin: ‐ 

Curva não especificada 

Espanha peninsular: P.O.12.3. da REE Valor mínimo tensão (Umin): 0,2 p.u. 

Duração com Umin: 0,5 s 

 

Canárias: P.O.12.2. para SEIE Valor mínimo tensão (Umin): 0 p.u. 

Duração com Umin: 0,5 s 

 

Irlanda: WF1/WFPS1 Valor mínimo tensão (Umin): 0,15 p.u. 

Duração com Umin: 0,625 s  

 Tabela 2.7 – Curvas tensão‐tempo da capacidade exigida aos geradores eólicos para suportarem cavas de tensão 

 

2.5.3.2 Fornecimento de energia reactiva à rede durante o defeito 

O gerador eólico deve, durante uma cava de tensão, fornecer reactiva à rede proporcionando suporte para a 

tensão da rede. Na ilha da Madeira não há nenhum procedimento específico para os parques eólicos (pelo que 

não está definida nenhuma curva de cavas de tensão a suportar ou de reactiva a  injectar na rede durante o 

defeito). Nos SEIE, apesar de ser especificada uma curva mais exigente para os geradores eólicos do que as 

curvas  verificadas  nos  códigos  de  rede  da  Península  Ibérica,  também  não  foi  especificada  uma  curva  de 

fornecimento de reactiva na rede. Na Irlanda há uma curva de variação da potência reactiva, mas em função da 

potência  activa,  pelo  que  não  está  directamente  relacionada  com  as  cavas  de  tensão.  Na  Tabela 2.8 

apresentam‐se  as  curvas de  fornecimento dessa  reactiva proposta nos  códigos de  rede estudados, onde  se 

pode constatar que a potência reactiva não é especificada nas ilhas.   

U/U

nominal [p

u] 

tempo [s] 

25

Código de rede em análise Curva de fornecimento de reactiva à rede pelos geradores eólicos

durante as cavas de tensão 

Portugal Continental: RRT 

 Ilha da Madeira: Manual do SEPM  Curva não especificada 

Espanha peninsular: P.O.12.3. da REE 

 SEIE de Espanha: P.O. para SEIE  Curva não especificada 

Irlanda: WF1/WFPS1   Curva não especificada Tabela 2.8 – Curva de fornecimento de reactiva à rede pelos geradores eólicos durante as cavas de tensão 

 

2.5.3.3 Resposta a variações de frequência 

Na Tabela 2.9 apresentam‐se os sistemas previstos nos códigos de rede estudados para responder às variações 

de frequência da rede. 

Código de rede em análise  Sistema de resposta a variações de frequência 

Portugal Continental: RRT 

Não  é  especificado  um  sistema  de  resposta  a  variações  de frequência, sendo apenas referido que os geradores eólicos devem suportar  incidentes,  sem  se  desligarem da  rede,  para  desvios  de frequência entre 47,5 Hz e 51,5 Hz. 

Ilha da Madeira: Manual do SEPM  Não especificadoEspanha peninsular: P.O. da REE  Ver Nota

Canárias: P.O. para SEIE  ‐

Irlanda: WF1/WFPS1 

 Tabela 2.9 – Sistema de resposta a variações de frequência 

 

Nota: Em Outubro de 2008  foi publicado, para  comentários, um documento15 que pretende estabelecer os 

requisitos mínimos de desenho, funcionamento, entrada em serviço e segurança dos parques eólicos e centrais 

fotovoltaicas  ligadas  à  rede  de  transporte  espanhola.  No  documento  de  trabalho  é  proposto  que  estas 

instalações de  geração  tenham um  sistema de  regulação potência  ‐  frequência, que  seja  capaz de produzir 

15 [9] Documento de trabajo sobre requisitos técnicos de las instalaciones eólicas, fotovoltaicas y todas aquellas instalaciones de producción cuya tecnologia no emplee un generador síncrono conectado directamente a la red 

I reactiva/I

npré‐defeito [%

]  

U/Unominal [pu] 

26

incrementos e decrementos de potência activa proporcionais aos desvios de frequência no ponto de ligação à 

rede. Este sistema deve ter um comportamento semelhante ao diagrama de blocos simplificado da Figura 2.15, 

em que ∆f corresponde ao desvio de frequência em relação à frequência nominal da rede, ∆Pp é o incremento 

da potência e Mbase é a potência aparente nominal da instalação. 

 Figura 2.15 – Sistema de controlo da regulação potência – frequência em estudo pela REE 

 

No sistema previsto no código de rede da Irlanda o parque eólico deve funcionar normalmente abaixo da sua 

capacidade máxima disponível para que seja possível aumentar a potência a injectar na rede pelo parque eólico 

quando ocorrem abaixamentos da frequência. 

2.5.3.4 Resposta a variações de tensão 

Na Tabela 2.10 são apresentados os sistemas de regulação de tensão, previstos nos regulamentos estudados, 

para aplicação nos parques eólicos. 

Código de rede em análise  Sistema de resposta a variações de tensão 

Portugal Continental: RRT 

O parque eólico tem que ter em permanência uma tgφ = 0,2, nas horas  CP,  e  tgφ  =  0 nas horas VS, podendo  o  gestor do  sistema definir outros  limites para o  fornecimento de  reactiva. Durante o defeito o parque  eólico  tem que  cumprir  a  curva de  injecção de corrente reactiva prevista na secção 2.5.3.2 

Ilha da Madeira: Manual do SEPM  Não especificadoEspanha peninsular: P.O. da REE  Ver Nota

Canárias: P.O. para SEIE  ‐

Irlanda: WF1/WFPS1 O  parque  eólico  deve  ter  instalado  um  sistema  de  regulação  de tensão  semelhante  a  um  regulador  de  tensão  convencional (instalados nos geradores sincronos). 

Tabela 2.10 – Sistema de resposta a variações de tensão 

 

Nota:  sobre  a  resposta  a  variações  de  tensão  é  apresentado  no  [9]  documento  de  trabalho  proposto  pelo 

operador  da  rede  de  transporte  espanhola,  um  sistema  de  regulação  automático  de  tensão  com  um 

comportamento similar ao regulador de tensão utilizado nos geradores síncronos convencionais. Este sistema 

compara a tensão no ponto de ligação (V) com a tensão no gerador (Vc), injectando uma corrente reactiva (Ir) 

de forma a compensar os desvios da tensão, conforme o diagrama de blocos simplificado da Figura 2.16. 

 Figura 2.16 – Regulador automático da tensão em estudo pela REE  

 

Na Irlanda, para além do sistema de regulação de tensão previsto o parque eólico deve ser capaz de funcionar 

dentro da gama definida na Figura2.14.   

27

3 Aplicação  dos  códigos  de  rede  analisados  numa  rede 

electricamente isolada: Rede Eléctrica da Ilha da Madeira 

3.1 Introdução Após a análise de alguns códigos de rede no capítulo 2, pretende‐se neste capítulo verificar a aplicação desses 

códigos a uma rede electricamente isolada. A rede escolhida foi a da Ilha da Madeira, uma vez que, para além 

de  ser  uma  rede  electricamente  isolada,  tem  incorporado  no  seu mix  de  centrais  de  produção  de  energia 

eléctrica, instalações de produção eólicas.  

Como  base  deste  estudo  foi  utilizado  o  trabalho  efectuado  pelo  Centro  de  Energia  Eléctrica  do  Instituto 

Superior Técnico  (CEEL‐IST) e pela Rede Eléctrica Nacional, S.A.  (REN), em Março de 2009, denominado  [12] 

Determinação da Capacidade de Integração de Energias Renováveis nas ilhas da Madeira e do Porto Santo no 

período 2006‐2010 – Impacto do aumento da potência eólica instalada na rede eléctrica da Madeira no ano de 

2010. Este trabalho foi o último de um conjunto de três [10], [11] e [12], cujo objectivo foi o de determinar o 

montante de  reforço de potência eólica  tecnicamente admissível para os anos de 2006, 2008 e 2010, assim 

como as características que devem possuir os geradores eólicos a  instalar, de forma a maximizar a produção 

eólica na Região Autónoma da Madeira. 

Com os resultados das simulações foram verificados os critérios de funcionamento e segurança estabelecidos 

no Manual do SEPM e, principalmente,  foi verificada aplicação de um código de  rede criado para uma  rede 

interligada16. O código de rede que se aplicou foi o RRT onde foram verificadas as condições técnicas de ligação 

de instalações de produção de energia assim como a aplicação dos padrões de segurança exigidos.  

Assim, na secção 3.2 é caracterizada a rede eléctrica da  Ilha da Madeira, na secção 3.3 é analisado o regime 

estacionário da rede, na secção 3.4 é verificado o comportamento da rede em regime de contingência [N‐1] e 

[N‐2],  na  secção 3.5  é  feito  o  estudo  do  regime  transitório  da  rede,  com  uma  observação  especial  ao 

cumprimento dos requisitos técnicos exigidos aos geradores eólicos durante a existência de cavas de tensão. 

Por último, na secção 3.6 e como conclusão da análise efectuada no Capítulo 3 é apresentada uma reflexão ao 

não  cumprimento  integral dos  requisitos exigidos  aos  geradores  eólicos,  apresentando‐se uma proposta de 

adequação de alguns parâmetros desses geradores, com vista ao cumprimento integral do exigido no RRT. 

3.2 Descrição da Rede Eléctrica da Madeira Para facilitar a análise dos resultados obtidos nas simulações, descrevem‐se de forma sucinta as considerações 

mais  importantes dos estudos  [10],  [11] e  [12]  relativos à  rede eléctrica da  ilha da Madeira. No estudo  [12] 

foram  analisados  quatro  cenários  de  carga  possíveis  e  duas  configurações  de  rede  alternativas,  uma 

configuração  radial  e  outra  configuração  em  malha  fechada  num  ponto  estratégico  de  escoamento  da 

produção eólica para a rede. 

16 Redes interligadas são redes de transporte distintas (e eventualmente de distribuição) operadas por diferentes empresas que estão  ligadas entre si. Esta  ligação permite não só  trocas comerciais, como proporciona ajuda mútua entre as redes interligadas em caso de perda de geração, permitindo reduzir a reserva estática e girante de cada uma das redes. 

28

Nas simulações efectuadas para validação dos parâmetros dos códigos de rede, foram considerados dois dos 

cenários de  carga, Ponta de Verão  (PV) e Vazio de  Inverno Típico  (VIT) e a  configuração de  rede em malha 

fechada.  Esta  configuração, denominada  como  configuração  avançada,  fecha  a malha  no  Posto  de  Corte  e 

Seccionamento de Bica da Cana (BDC), que está  localizado  junto ao aglomerado da geração eólica. A geração 

eólica está quase toda concentrada no mesmo local, junto ao Paul da Serra, tendo sido considerada a potência 

eólica instalada na ilha da Madeira de 33,14 MW, considerando o cenário Normal, passando para 54,14 MW no 

cenário Muita  Eólica.  Este  acréscimo  de  20 MW  foi  concentrado  num  único  barramento  denominado  por 

PAUL3OUT. A parametrização dos parques eólicos  foi  realizada considerando dois  tipos de comportamentos 

distintos dos seus geradores, face a eventuais perturbações na rede: os geradores mais recentes, denominados 

por Novos na Figura 3.1,  têm capacidade para  suportar cavas de  tensão, os  restantes geradores eólicos não 

têm essa capacidade. Para além da geração eólica, existem 3 centrais térmicas (Vitória, Caniçal e Meia Serra) e 

10 centrais hidroeléctricas. 

No Anexo 1 apresentam‐se dois mapas do Sistema Eléctrico Público da Madeira (SEPM), um referente à rede de 

transporte  e  o  outro  à  rede  de  distribuição,  que  são  parte  integrante  da  [13]  Caracterização  da  Rede  de 

Transporte  e  Distribuição  em  AT  e MT,  de Março  de  2010,  documento  publicado  anualmente  pela  Rede 

Eléctrica da Madeira, S.A. No Anexo 2 apresentam‐se as siglas e abreviaturas de todas as centrais e subestações 

da rede eléctrica da Madeira, assim como das instalações novas dimensionadas nos estudos [10], [11] e [12]. 

 Figura 3.1 – Esquema simplificado da zona oeste da rede eléctrica da Ilha da Madeira, retirado do estudo [12] 

29

3.3 Regime Estacionário 

3.3.1 Introdução A estabilidade de um sistema é definida pela capacidade do sistema regressar ao regime estacionário após a 

ocorrência  de  uma  perturbação.  Se  regressar  a  um  regime  idêntico  ou  próximo  ao  que  tinha  antes  da 

ocorrência de uma perturbação, o sistema é considerado estável. Assim, deve ser verificado se no regime pós‐

perturbação as variáveis de controlo do funcionamento do sistema se mantêm dentro dos limites estabelecidos 

nas tabelas 2.4 e 2.5, do capítulo 2. 

3.3.2 Análise dos resultados Em  condições  normais  de  exploração  da  rede  as  variações  de  tensão  não  devem  ultrapassar  os  limites  da 

Tabela 2.4. Dos códigos de  rede estudados, o  limite mínimo da  tensão é definido nas  ilhas da Madeira e da 

Irlanda  e  tem  o  valor  de  0,90 p.u. O  valor máximo  nesses  códigos  de  rede  é  de  1,10 p.u.,  no  entanto  em 

Espanha a variação de tensão pode subir aos 11 % (1,11 p.u.), no nível de tensão de 220 kV. 

Os resultados do trânsito de energia, considerando a configuração avançada, mostram que os níveis de tensão 

em todos os barramentos da rede se encontram dentro dos  limites estabelecidos. A evolução dos valores de 

tensão  obtidos,  no  cenário  Ponta  de  Verão  (PV)  e  Vazio  de  Inverno  Típico  (VIT),  por  nível  de  tensão  nos 

barramentos,  é  apresentada  nas  figuras  seguintes:  a  Figura 3.2  caracteriza  os  barramentos  de  60 kV,  a 

Figura 3.3 caracteriza os barramentos de 30 kV e a Figura 3.4 os barramentos de 6,6 kV. 

 

 Figura 3.2 ‐ Perfil de tensão em Regime Estacionário nos barramentos de 60 kV 

   

30

 Figura 3.3 – Perfil de tensão em Regime Estacionário nos barramentos de 30 kV 

 

 Figura 3.4 ‐ Perfil de tensão em Regime Estacionário nos barramentos de 6,6 kV 

   

31

3.4 Análise de Contingências 

3.4.1 Introdução Num sistema de energia eléctrica a análise de contingências permite verificar as consequências no trânsito de 

energia,  resultantes de  simulações  em  regimes de  exploração da  rede  sem  alguns dos  seus  elementos.  Em 

regime normal de funcionamento, regime sem falha [N], todos os elementos da rede estão em serviço. 

Quando há a simulação de uma  falha simples num dos elementos da  rede, seja ele um grupo gerador, uma 

linha, um auto‐transformador, um transformador ou uma bateria de condensadores, é designado por regime 

de contingência [N‐1]. O regime de contingência [N‐2] não é aplicado genericamente, sendo simulado em casos 

particulares e de acordo com o âmbito de aplicação. 

Qualquer destes regimes de contingências não deve ter como consequência a interrupção no abastecimento de 

energia nem a degradação significativa na qualidade da energia fornecida. Para além da qualidade de serviço 

no  abastecimento  aos  clientes  é  também  importante  garantir  o  bom  funcionamento  e  a  preservação  dos 

equipamentos, sendo estabelecidos critérios de aceitabilidade na tensão dos barramentos e na carga que flui 

nas linhas e nos transformadores. 

3.4.2 Analise dos resultados: contingência em regime [N‐1] Conforme descrito no capítulo 2, em situação de falha simples na rede não se devem verificar situações em que 

os  limites  da  Tabela 2.5  (limites  de  tensão,  frequência  e  sobrecargas  temporárias  nas  linhas  e  nos 

transformadores) sejam ultrapassados. 

3.4.2.1 Cenário Ponta de Verão 

Com a rede no cenário Ponta de Verão foram analisadas as situações de falha da rede que provocam variação 

da tensão fora do intervalo permitido para a variação da tensão nas ilhas (Madeira e Irlanda): cerca de 0,9 p.u. 

como limite inferior e 1,1 p.u. como limite superior. Para este intervalo foram identificadas 3 situações em que 

houve um abaixamento da tensão inferior a 0,90 p.u. 

1. a abertura da linha de 30 kV da Subestação (SE) Calheta (CTA) para a Central Hídrica da Calheta (CAV), 

que  provoca  a  perda  da  geração  de  dois  grupos  hídricos,  cada  um  com  5,25 MW,  totalizando 

10,5 MW; 

2. a abertura da linha de 60 kV da SE Caniçal (CNL) para a Central Térmica do Caniçal (CTC), que provoca 

a saída do maior grupo térmico em funcionamento, com 30,3 MW; 

3. a abertura da linha de 60 kV da SE Machico (MCH) para a SE Palheiro Ferreiro (PFE), que é a linha de 

transporte que  liga a Central Térmica do Caniçal (CTC) à zona de grande consumo, junto à cidade do 

Funchal. 

Nas figuras 3.5 e 3.6 apresenta‐se o perfil da tensão nos barramentos de 60 kV e nos barramentos de 30 kV.    

32

 Figura 3.5 – Limite mínimo de tensão (0,9 p.u.). Perfil de tensão em Regime N‐1 nos barramentos de 60 kV: cenário PV 

 

 Figura 3.6 – Limite mínimo de tensão (0,9 p.u.). Perfil de tensão em Regime N‐1 nos barramentos de 30 kV: cenário PV 

 

Se for considerado o intervalo mais restritivo de apenas 5% da variação da tensão, conforme estabelecido para 

os  63 kV  no  código  de  rede  português,  verifica‐se  que  nos  barramentos  de  60 kV  a  situação mantém‐se, 

conforme  Figura 3.7,  no  entanto  nos  barramentos  de  30 kV  há mais  situações  em  que  o  limite mínimo  de 

tensão (0,95 p.u.) é ultrapassado, conforme Figura 3.8. 

   

33

 Figura 3.7 – Limite mínimo de tensão (0,95 p.u.). Perfil de tensão em Regime N‐1 nos barramentos de 60 kV: cenário PV 

 

 Figura 3.8 – Limite mínimo de tensão (0,95 p.u.). Perfil de tensão em Regime N‐1 nos barramentos de 30 kV: cenário PV 

 Relativamente  aos  limites  de  aceitabilidade  de  sobrecargas  temporárias  nas  linhas  e  nos  transformadores 

verificam‐se 3 situações de sobrecarga em linhas/transformadores. Esta sobrecarga deve‐se essencialmente ao 

facto desses ramos estarem em paralelo. A ocorrência de um defeito num dos ramos e consequentemente a 

saída desse ramo (transformador ou linha), provoca uma sobrecarga no ramo que está em paralelo: 

• Quando um dos circuitos da  linha de 30 kV entre a Central Térmica de Vitória  (CTV) e a SE Virtudes 

(VTS) é desligado, os outros (2) circuitos ficam em sobrecarga, atingindo 2,7 %; 

• Quando um dos circuitos da linha de 30 kV entre a SE Funchal (FCH) e a SE Virtudes (VTS) é desligado, 

os outros (2) circuitos ficam em sobrecarga, atingindo 4,5 %; 

34

• Quando é desligado um dos transformadores 30/60 kV da SE Machico (MCH), o outro transformador 

fica em sobrecarga, atingindo 42,7 %.  

3.4.2.2 Cenário Vazio de Inverno Típico 

Considerando agora a rede com o cenário Vazio de  Inverno Típico, observa‐se que as tensões são muito mais 

elevadas, não havendo no entanto violação dos valores de tensão considerados nas ilhas. Se for considerado o 

código de rede português, em que o limite é de 1,05 p.u. no RRT, também não há violação deste valor a nível 

dos  barramentos  de  60 kV,  conforme  Figura 3.09,  no  entanto,  existem  situações  de  contingência,  nos 

barramentos de 30 kV em que é ultrapassada a tensão de 1,05 p.u., conforme se observa na Figura 3.10.  

 Figura 3.9 – Perfil de tensão em Regime N‐1 nos barramentos de 60 kV: cenário VIT 

 

 Figura 3.10 – Limite máximo de tensão (1,05 p.u.). Perfil de tensão em Regime N‐1 nos barramentos de 30 kV: cenário VIT 

 

Neste  cenário de  carga não  se  verificam  situações de  sobrecargas  temporárias  em  linhas, nem  sobrecargas 

temporárias em transformadores. 

   

35

3.4.3 Analise dos resultados: contingência em regime [N‐2] Relativamente  às  condições  de  contingência  [N‐2]  que  foram  descritas  no  capítulo 2,  os  limites  de 

aceitabilidade foram resumidos na Tabela 2.6. 

Conforme descrito na  secção 2.2.3  (capítulo 2),  a  análise de  contingência  [N‐2] na  rede  eléctrica da  ilha da 

Madeira é feita de acordo com os critérios de segurança definidos no Manual do SEPM. Esta análise é feita em 

situações decorrentes de  falhas  simultâneas dos dois  circuitos das  linhas duplas e da  falha do maior  grupo 

gerador em  serviço. Neste pressuposto,  foram  realizadas  simulações de  falhas  simultâneas dos circuitos das 

linhas seguintes:  

• Linha de 30 kV, da Central Térmica de Vitória (CTV) para a SE Sta Quitéria (STQ), com 2 circuitos; 

• Linha de 30 kV, da Central Térmica de Vitória (CTV) para a SE Amparo (AMP), com 3 circuitos; 

• Linha de 30 kV, da Central Hídrica da Calheta (CAV) para a SE Calheta (CTS), com 2 circuitos; 

• Linha de 30 kV, da SE Pedra Mole (PML) para o PSC Pedras (PED), com 2 circuitos. 

Quanto à contingência [N‐2] resultante da falha do maior grupo gerador em serviço, varia com o cenário em 

estudo: no cenário Ponta de Verão o maior grupo gerador é o grupo da Central Térmica do Caniçal  (GRCTC), 

com 30,3 MW, e no cenário Vazio de Inverno Típico o maior grupo gerador é o grupo 18 da Central Térmica de 

Vitória (G18CTV), com 11,3 MW. 

3.4.3.1 Cenário Ponta de Verão 

Nas  simulações efectuadas para a  rede com o  cenário Ponta de Verão verificou‐se que nos barramentos de 

30 kV e de 60 kV, a  tensão mantém‐se dentro dos  limites de aceitabilidade  considerados na Tabela 2.7. No 

entanto, com a abertura de algumas das linhas atrás referidas, ocorrem sobrecargas temporárias em algumas 

linhas da rede, conforme se descreve: 

• Com a abertura da linha de 30 kV da Central Térmica de Vitória (CTV) para a SE Amparo (AMP), a linha 

de 30 kV entre a Central Térmica de Vitória (CTV) e a SE Virtudes (VTS) fica em sobrecarga, atingindo 

um valor de 37,5 %; 

• Com a abertura da linha de 30 kV da Central Térmica de Vitória (CTV) para a SE Sta Quitéria (STQ), a 

linha  de  30 kV  entre  a  Central  Térmica  de Vitória  (CTV)  e  a  SE Virtudes  (VTS)  fica  em  sobrecarga, 

atingindo um valor de 8,0 %; 

• Com a abertura da linha de 30 kV da SE Pedra Mole (PML) para o PSC Pedras (PED), a linha de 30 kV 

entre a SE S. Vicente  (SVC) e o PCS Bico da Cana  (BDC)  fica em  sobrecarga, atingindo um valor de 

15,8 %. 

De observar que na primeira situação, quando é aberta a linha de 30 kV CTV ‐ AMP, ocorre uma sobrecarga na 

linha de 30 kV CTV ‐ VTS de (37,5 %) que é superior aos limites estabelecidos nos códigos de rede português e 

espanhol (limite de 15 %) assim como do limite estabelecido no Manual do SEPM (limite de 30 %). 

3.4.3.2 Cenário Vazio de Inverno Típico 

No cenário Vazio de Inverno Típico e à semelhança do verificado na análise efectuada para a contingência [N‐1], 

também no estudo de contingência [N‐2] se verificaram violações do limite máximo da tensão em barramentos 

36

de 30 kV, quando considerado o valor de 1,05 p.u. do RRT. No entanto não chega a ultrapassar o limite máximo 

de tensão definido no caso das ilhas, conforme se pode verificar na Figura 3.11. Neste cenário não se verificam 

sobrecargas nas linhas nem nos transformadores. 

 Figura 3.11 – Limite máximo de tensão (1,05 p.u.) do RRT. Perfil de tensão em Regime N‐2 nos barramentos de 30 kV: cenário VIT 

 

3.4.4 Conclusão Considerando a rede em qualquer dos cenários de carga Ponta de Verão ou Vazio de Inverno Típico, os limites 

das  variáveis  de  controlo  de  funcionamento  da  rede,  durante  a  ocorrência  de  uma  falha  simples  num  dos 

elementos da rede, estão dentro dos intervalos de aceitabilidade considerados nos códigos de rede das ilhas da 

Madeira e da Irlanda. Quando verificada a aplicação do código de rede português, nomeadamente em relação 

à variação da  tensão da  rede que passa de 10 % nas  ilhas para 5 % no RRT, ocorrem mais  situações de não 

cumprimento desse intervalo. 

Durante o regime de contingência [N‐2], o perfil da tensão, considerando o cenário Ponta de Verão, está dentro 

dos limites estabelecidos nos códigos de rede estudados. Já no cenário Vazio de Inverno Típico as tensões nos 

barramentos da  rede  tem um perfil mais elevado, no entanto não chegam a passar os  limites estabelecidos 

para as ilhas.  

Relativamente aos procedimentos de operação da rede espanhola (península e SEIE) verifica‐se que os limites 

mínimos  admissíveis  para  a  variação  da  tensão  são  próximos  dos  limites  estabelecidos  no  código  de  rede 

português, e os  limites máximos admissíveis são próximos dos  limites estabelecidos nos códigos de rede das 

ilhas. 

   

37

3.5 Regime Transitório 

3.5.1 Introdução Num  sistema  de  energia  eléctrica  o  estudo  de  estabilidade  transitória  tem  como  objectivo  a  análise  da 

estabilidade do sistema após a ocorrência de um defeito num determinado ramo da rede, que pode ser uma 

linha  ou  um  transformador,  sendo  o  ramo  defeituoso  retirado  de  serviço.  A  estabilidade  do  sistema  só  é 

conseguida quando as oscilações provocadas pelo defeito são amortecidas no período pós‐defeito e  tendem 

para um valor estacionário. 

Para  a  análise  da  estabilidade  transitória  da  rede  eléctrica  da  ilha  da Madeira,  foi  provocado  um  defeito 

trifásico  simétrico nos barramentos  terminais de  cada  ramo da  sua  rede de  transporte,  sendo  o  tempo de 

eliminação do defeito e consequente abertura do ramo defeituoso, de 250 ms. A duração das simulações foi de 

30 s, tempo suficiente para que a rede atingisse o regime estacionário pós perturbação. 

Nas secção 3.5.2 são apresentados os resultados das simulações efectuadas considerando o cenário de carga 

Ponta de Verão e na  secção 3.5.3 o cenário de carga Vazio de  Inverno Típico. Para cada cenário de carga, é 

analisado o comportamento da rede através das suas variáveis de controlo  (tensão,  frequência e sobrecarga 

nas linhas/transformadores) assim como o comportamento dos geradores eólicos face ao defeito provocado na 

rede. De acordo com os códigos de rede analisados no capítulo 2, os geradores eólicos devem suportar defeitos 

que ocorram na  rede  sem  se desligarem, pelo que  será  verificado o  seu  comportamento perante  cavas de 

tensão, a sua capacidade de injectar intensidade de corrente reactiva na rede durante o período de defeito e a 

sua resposta às variações de frequência e de tensão na rede.  

Independentemente  do  cenário  de  carga  estudado  foi  identificada  uma  perturbação  que  origina  sempre 

sobrecargas nos ramos e  tensões  fora dos  limites estabelecidos. Essa situação ocorre quando é provocado o 

defeito no Transformador 60/6,6 kV da SE Alegria, numa zona em que a rede é radial e cujo defeito origina a 

formação de uma ilha (com geração e carga). 

3.5.2 Análise dos resultados: cenário Ponta de Verão Para  o  cenário  Ponta  de  Verão  foram  efectuadas  86  simulações  que  se  resumem  no  Anexo 3.  Para  cada 

simulação foi feita uma análise ao comportamento da rede e ao comportamento dos geradores eólicos, face ao 

defeito simulado. 

3.5.2.1 Estabilidade transitória na rede: critérios de estabilidade 

Nesta secção vão ser analisadas as variações da tensão, as variações da frequência e as sobrecargas nas linhas e 

nos transformadores, decorrentes dos defeitos provocados nos vários ramos na rede de transporte do SEPM. 

Das simulações efectuadas  foram verificados os  limites  impostos pelos códigos de  rede das  ilhas  (Madeira e 

Irlanda) e pelo código de rede português (RRT), de acordo com a Tabela 2.5.  

Tensão 

Na  Tabela 3.1  é  identificado  o  ramo  em  que  foi  provocado  o  defeito  trifásico  simétrico  (sendo, 

consequentemente,  retirado de  serviço)  e os barramentos  cuja  variação de  tensão  atingiu  valores  fora dos 

38

limites do código de rede português. Das simulações efectuadas verificaram‐se várias situações com variações 

da tensão abaixo do limite mínimo estipulado no RRT (0,95 p.u.), e apenas uma situação em que a tensão no(s) 

barramento(s) afectado(s) pelo defeito atingiu valores ligeiramente acima de 1,05 p.u. Esta situação ocorreu no 

defeito provocado no Transformador 60/6,6 kV do Grupo 20 da Central Térmica de Vitória (VTO6‐G20CTV), em 

que a tensão desse grupo atingiu o valor de 1,0503 p.u. Os defeitos que ocorrem  junto à Central Térmica do 

Caniçal (CTC), na linha de ligação da central e no transformador do grupo, provocam abaixamentos de tensão 

em vários barramentos uma vez que, o grupo da CTC garante à rede cerca de 25 % da reactiva gerada. 

Identificação do ramo onde foi provocado o defeito simétrico trifásico 

Barramentos cujos valores de tensão estão fora dos limites estabelecidos no RRT 

Valor extremo da tensão (p.u.) 

Linha 60 kV da SE Caniçal para a C. Térmica do Caniçal 

(CNL6‐CTC6) 

SE Caniçal, 6,6 kV (CNL6.6) 0,9255SE Machico, 6,6 kV (MCH6.6) 0,9286

SE Santo da Serra, 6,6 kV (SSR6.6)  0,9433 SE Santana, 6,6 kV (STA6.6)  0,9433 

SE S. Roque do Faial, 30 kV (LDF3)  0,9348 SE Santana, 30 kV (STA3) 0,927SE Caniçal, 60 kV (CNL6) 0,9011SE Machico, 60 kV (MCH6) 0,9028

Transformador 60/11 kV da C. Térmica do Caniçal – Defeito nos 60 KV 

(CTC6‐GRCTC) 

SE Caniçal, 6,6 kV (CNL6.6) 0,9255SE Machico, 6,6 kV (MCH6.6) 0,9286

SE Santo da Serra, 6,6 kV (SSR6.6) 0,9433SE Santana, 6,6 kV (STA6.6)  0,9493 

SE S. Roque do Faial, 30 kV (LDF3)  0,9348 SE Santana, 30 kV (STA3) 0,927SE Caniçal, 60 kV (CNL6) 0,9011

C. Térmica do Caniçal, 60 kV (CTC6)  0,9011SE Machico, 60 kV (MCH6)  0,9028 

Transformador 60/11 kV da C. Térmica do Caniçal – Defeito nos 11 KV 

(GRCTC‐CTC6) 

SE Caniçal, 6,6 kV (CNL6.6) 0,925SE Machico, 6,6 kV (MCH6.6) 0,9281

SE Santo da Serra, 6,6 kV (SSR6.6) 0,9428SE Santana, 6,6 kV (STA6.6)  0,9488 

SE S. Roque do Faial, 30 kV (LDF3)  0,9343 SE Santana, 30 kV (STA3) 0,9265SE Caniçal, 60 kV (CNL6) 0,9006

C. Térmica do Caniçal, 60 kV (CTC6)  0,9006 

SE Machico, 60 kV (MCH6)  0,9023 SE Palheiro Ferreiro, 60 kV (PFE6)  0,9498 

Transformador 30/60 kV da SE Pedra Mole – Defeito nos 30 kV 

(PML3‐PML6) 

SE Ponta Delgada, 6,6 kV (PDG6.6)  0,9444 C. Hídrica Serra d’Água (SDA6.6) 0,9392

SE Ponta do Pargo, 6,6 kV (PDP6.6)  0,9484 1º Transformador 6,6/60 kV 

da SE Machico – Defeito nos 6,6 kV (MCH6.6‐MCH6) 

SE Machico, 6,6 kV (MCH6.6)  0,9446 

Linha 60 kV da SE Machico para a SE Palheiro Ferreiro 

(MCH6‐PFE6) SE Machico, 60 kV (MCH6)  0,9474 

Transformador 60/6,6 kV do Grupo 20 da C. Térmica de Vitoria – Defeito nos 60 kV 

(VTO6‐G20CTV) Grupo 20 C. Térmica Vitória, 6,6 kV (G20CTV)  1,0503 

Tabela 3.1 – Regime Transitório: defeitos cujas tensões nos barramentos afectados saem fora dos limites do RRT: Cenário PV 

   

39

Os procedimentos de operação da  rede eléctrica de Espanha apresentam  limites para a  variação da  tensão 

semelhantes ao RRT (no seu valor mínimo de tensão) e às  ilhas (no seu valor máximo da tensão), pelo que a 

lista de ocorrências da Tabela 3.1, mantém‐se válida também nesta situação. 

Desvios de frequência 

Numa rede electricamente isolada, como é o caso da rede eléctrica da ilha da Madeira, a frequência da rede é 

um  indicador  muito  relevante  para  a  verificação  da  estabilidade  do  sistema.  Neste  sentido,  foram 

monitorizados 5 barramentos estratégicos que permitem  identificar a ocorrência de separações na rede e/ou 

situações de  instabilidade da  rede. Os barramentos de 30 kV monitorizados,  são: Machico  (MCH3),  Funchal 

(FCH3), Calheta (CTA3), Santo da Serra (SSR3) e S. Vicente (SVC3). 

Nos  defeitos  simulados  no  cenário  de  carga  Ponta  de  Verão,  não  foi  identificada  nenhuma  situação  de 

instabilidade, tendo a frequência estabilizado antes do tempo de simulação (t = 30 s).  

No entanto, verificou‐se que quando o defeito ocorre junto às subestações que agregam grandes quantidades 

de geração e pouco consumo a frequência desce momentaneamente abaixo do limite estabelecido no RRT e no 

Manual do SEPM  (49,5 Hz). É o caso da SE Calheta, que recolhe a produção de todos os parques eólicos que 

estão  localizados no Paul da Serra e grande parte das centrais hídricas, e o caso da SE Caniçal, que  liga a C. 

Térmica do Caniçal que fica no extremo oriente da ilha, afastado da zona de grande consumo. 

Quando o defeito ocorre  junto  às  subestações que  estão perto dos  grandes  centros de  consumo mas  com 

pouca geração, a frequência ultrapassa ligeiramente o valor de 50,5 Hz (limite máximo do RRT e do Manual do 

SEPM). Esta  situação  verifica‐se na  SE Palheiro  Ferreiro e na  SE Vitoria, que  se  localizam  junto  à  cidade do 

Funchal. 

Nas  figuras  3.12  e  3.13,  apresenta‐se  a  evolução  da  frequência  ao  longo  do  tempo  nos  5  barramentos 

monitorizados  (MCH3, FCH3, CTA3, SSR3 e SVC3), considerando um defeito  junto à SE Calheta, Figura 3.12 e 

junto à SE Palheiro Ferreiro, Figura 3.13. Nestas figuras estão representados os limites mínimos e máximos de 

frequência permitidos no código de rede português  (cujos valores são os mesmos no Manual do SEPM) e os 

limites impostos nos P.O.1.1 (referente a Espanha peninsular) e P.O.1 (dos SEIE). 

 Figura 3.12 – Evolução da frequência durante um defeito junto à SE Calheta: Cenário PV   

40

 Figura 3.13 – Evolução da frequência durante um defeito junto à SE Palheiro Ferreiro: Cenário PV 

 

Quando  o  defeito  ocorre  junto  à  SE  Palheiro  Ferreiro  (PFE)  e  junto  à  SE  Vitoria  (VTO),  as  frequências  nas 

subestações monitorizadas observam uma maior oscilação.  

Sobrecargas nas linhas e nos transformadores 

Na Tabela 3.2 estão listadas as situações de defeito que provocam sobrecargas nos ramos. Para cada situação é 

identificado o elemento da rede e a percentagem de sobrecarga nesse elemento. 

Nos ramos em paralelo, quando um ramo é retirado de serviço devido a uma perturbação, o(s) ramo(s) que se 

encontram em paralelo passa(m) a veicular a carga que era transportada no ramo que ficou fora de serviço e 

pode, ou não, entrar em sobrecarga. É o caso dos  transformadores da SE Caniçal, que estão em paralelo. A 

sobrecarga que se observa no transformador que fica  ligado é  igual, quer se desligue o transformador 1 ou o 

transformador 2. 

Isto  não  acontece  nos  transformadores  da  SE  Machico  que  estão  em  paralelo,  uma  vez  que  estes 

transformadores  têm  potências  nominais  diferentes.  O  1º  Transformador  6,6/60 kV  tem  uma  potência  de 

15 MVA e o 2º Transformador 6,6/60 kV tem uma potência de 10 MVA. Nos transformadores de 30/60 kV, o 

transformador 1 tem uma potência de 15 MVA e o transformador 2 tem uma potência de 25 MVA. 

Identificação do ramo onde foi provocado o defeito simétrico trifásico 

Ramo em Sobrecarga Sobrecarga

(%) 1º Transformador 6,6/60 kV 

da SE Machico – Defeito nos 6,6 kV (MCH6.6‐MCH6) 

2º Transformador 6,6/60 kV da SE Machico 

(MCH6.6‐MCH6_2) 40,4 % 

1º Transformador 60/6,6 kV da SE Machico – Defeito nos 60 kV 

(MCH6‐MCH6.6) 

2º Transformador 60/6,6 kV da SE Machico 

(MCH6.6‐MCH6_2) 34,1 % 

Tabela 3.2 – Regime Transitório: situações de defeitos que provocam sobrecargas temporárias nas linhas e nos transformadores: Cenário PV 

41

Identificação do ramo onde foi provocado o defeito simétrico trifásico (cont.) 

Ramo em Sobrecarga Sobrecarga

(%) 2º Transformador 30/60 kV 

da SE Machico (MCH3‐MCH6_2) 

1º Transformador 30/60 kV da SE Machico 

(MCH3‐MCH6) 17,7 % 

1º/2º Transformador 60/6,6 kV na SE Caniçal (CNL6‐CNL6.6) 

2º/1º Transformador 6,6/60 kV da SE Caniçal 

(CNL6.6‐CNL6) 12,4 % 

Linha 60 kV da SE Caniçal para a C. Térmica do Caniçal 

(CNL6‐CTC6) 

Transformador 6,6/60 kV do Grupo 20 da C. Térmica Vitória (G20CTV‐VTO6) 

0,5 % 

Transformador 60/11 kV da C. Térmica do Caniçal 

(CTC6‐GRCTC) 

Transformador 6,6/60 kV do Grupo 20 da C. Térmica Vitória (G20CTV‐VTO6) 

0,5 % 

Tabela 3.2 – Regime Transitório: situações de defeitos que provocam sobrecargas temporárias nas linhas e nos transformadores: Cenário PV (cont.) 

 

3.5.2.2 Estabilidade transitória nos geradores eólicos 

Nesta  secção  pretende‐se  analisar  o  comportamento  dos  geradores  eólicos  face  a  perturbações  na  rede 

eléctrica.  Conforme  descrito  na  secção 3.2,  na  rede  eléctrica  da Madeira  foram  considerados  dois  tipos  de 

geradores eólicos. Os geradores eólicos mais recentes que têm capacidade para suportar cavas de tensão que 

ocorrem na rede e os geradores eólicos mais antigos que não têm essa capacidade. 

Os geradores eólicos mais antigos são máquinas de indução de rotor em gaiola (MIRG) e os outros geradores, 

com capacidade para suportarem cavas de tensão, são máquinas de indução duplamente alimentadas (MIDA). 

O funcionamento destas máquinas e o funcionamento de outros equipamentos que também fazem parte do 

sistema eléctrico da Madeira (a máquina síncrona, o regulador de tensão e o regulador de carga‐velocidade), é 

descrito no APÊNDICE (1). 

Capacidade para suportarem cavas de tensão 

As cavas de tensão são abaixamentos de tensão que ocorrem durante instantes de tempo que podem ser mais 

ou menos prolongados. No estudo  [12] os geradores eólicos do  tipo MIDA17  foram especificados de  forma a 

serem  resistentes  às  cavas  de  tensão,  através  das  protecções  de mínimo  de  tensão,  conforme  curva  da 

Figura 3.14. 

Esta  curva  foi  definida  tendo  em  conta  a  curva  imposta  no  código  de  rede  português  sendo,  no  entanto, 

semelhante  à  curva  exigida  em  Espanha  (excepto  nas  Canárias).  Na  Tabela 2.7,  da  secção 2.5.3,  foram 

apresentadas as curvas de cava de tensão exigidas nos vários códigos de rede. 

   

17 Os parques eólicos que possuem geradores eólicos com máquinas do tipo MIDA, são os NPE2, NPE5, NPE6, NPE7, NPE8 e ME 

42

 Figura 3.14 ‐ Característica tensão‐tempo de referência e simulada das protecções dos geradores eólicos de acordo com o RRT 

 

Nas simulações efectuadas no cenário de carga Ponta de Verão verificou‐se que, em quase todos os defeitos, 

os geradores eólicos do tipo MIDA permanecem ligados à rede quando a cava de tensão está dentro da curva 

definida no RRT  e nos  P.O.12.3.,  excepto nas  situações  em que o defeito  ocorre  junto  às  subestações que 

electricamente estão mais próximas destes parques eólicos. 

Quando  o  defeito  ocorre  nos  30 kV  de  um  dos  transformadores  60/30  kV  da  SE  Calheta  (que  estão  em 

paralelo), verifica‐se que dois dos parques eólicos têm uma queda de tensão abaixo da curva especificada nos 

RRT e P.O.12.3 e que portanto são desligados da rede. O NPE6 atinge uma tensão mínima de 0,1259 p.u. em 

t = 0,249 s e o ME chega mesmo a atingir o valor de 0 pu, ficando com esse valor durante 0,249 s. Quando o 

defeito  é  eliminado  (em  t = 0,35 s)  e  o  transformador  60/30 kV  onde  ocorreu  o  defeito  é  retirado  ficando 

apenas  o  segundo  transformador  em  serviço,  todos  os  geradores  eólicos  recuperam  a  sua  tensão  para  os 

valores iniciais, conforme se pode visualizar na Figura 3.15.  

 Figura 3.15 – Verificação da curva da cava de tensão nos novos parques eólicos durante um defeito no Transformador 30/60 kV da 

SE Calheta: Cenário PV   

43

A tensão que está a ser monitorizada é a tensão medida no transformador do grupo gerador no lado da rede 

eléctrica (no secundário), pelo que os geradores eólicos que foram desligados da rede passam a “visualizar” a 

tensão que fica na rede após a recuperação do defeito. 

Quando  o  defeito  ocorre  nos  30  kV  do  Transformador  60/30  kV  da  SE  Pedra Mole  verifica‐se  que,  apesar 

nenhum  parque  eólico  atingir  tensões  tão  baixas  como  quando  ocorre  o  defeito  na  SE  Calheta,  existem  4 

parques eólicos em que a tensão está abaixo do  limiar que os obriga a desligar da rede. Esta situação ocorre 

nos  NPE2,  NPE5,  NPE7  e  no  NPE8,  conforme  mostra  a  Figura 3.16  (as  curvas  dos  NPE7  e  NPE8  estão 

sobrepostas). O NPE6  está electricamente mais  afastado da  SE Pedra Mole pelo que  a  cava de  tensão não 

atinge valores tão baixos. 

 Figura 3.16 – Verificação da curva da cava de tensão nos novos parques eólicos durante um defeito no Transformador 60/30 kV da 

SE Pedra Mole: Cenário PV 

 

Fornecimento de energia reactiva à rede durante o defeito 

Em  complemento  à  capacidade  de  suportar  cavas  de  tensão,  conforme  disposição  anterior,  os  geradores 

eólicos devem ser capazes de fornecer corrente reactiva durante a ocorrência do defeito por forma compensar 

o abaixamento da tensão da rede. Ao fornecer corrente reactiva ao sistema, o parque eólico está a contribuir 

para minimizar o impacto da queda de tensão do defeito, reduzindo a extensão da rede afectada pelo defeito e 

melhorando a qualidade de serviço. 

Para a verificação da corrente reactiva  injectada na rede durante o defeito  foi desenvolvido o algoritmo que 

está explicado no APÊNDICE (2). 

Para todas as 86 simulações do cenário de carga Ponta de Verão, foi verificado o cumprimento das curvas de 

fornecimento de reactiva à rede do código de rede português e espanhol, resumidas na Tabela 2.9, capítulo 2. 

Em todas as simulações efectuadas, verificou‐se que os modelos dos geradores eólicos não cumprem a curva 

de fornecimento de reactiva do RRT, principalmente no período pós‐defeito durante a recuperação. 

   

44

A título de exemplo, apresenta‐se nas figuras seguintes a distribuição de   em relação à variação da tensão, 

considerando 3 defeitos em subestações diferentes. A Figura 3.17 corresponde a um defeito junto à SE Calheta, 

a Figura 3.18 a um defeito junto à SE Pedra Mole e a Figura 3.19 junta à SE Palheiro Ferreiro. 

 Figura 3.17 ‐ Verificação da curva de fornecimento de reactiva durante a cava de tensão provocada durante o defeito junto à SE Calheta: 

Cenário PV 

 

As subestações de Calheta e Pedra Mole são as subestações que colectam a produção dos parques eólicos que 

têm  capacidade  de  suportar  cavas  de  tensão,  pelo  que  um  defeito  provocado  nestas  subestações  tem  um 

impacto  significativo  nos  geradores  eólicos.  Como  comparação  é  apresentada  a  distribuição    observada 

quando  ocorre  um  defeito  junto  à  SE  Palheiro  Ferreiro,  que  está  electricamente  distante  desses  parques 

eólicos. 

 Figura 3.18 – Verificação da curva de fornecimento de reactiva durante a cava de tensão provocada durante o defeito junto à SE Pedra 

Mole: Cenário PV   

45

 Figura 3.19– Verificação da curva de fornecimento de reactiva durante a cava de tensão provocada durante o defeito junto à SE Palheiro 

Ferreiro: Cenário PV 

 

Resposta a variações de frequência 

No capítulo 2 foram apresentadas algumas estratégias que os operadores de rede têm delineado de forma a 

fazer com que os geradores eólicos  respondam a variações de  frequência que surjam na  rede eléctrica. Nos 

parques  eólicos  simulados na  rede  eléctrica da Madeira não  foi  considerado nenhum  sistema de  regulação 

potência – frequência, conforme previsto no código de rede da Irlanda e no documento de trabalho proposto 

pela  REE.  Assim,  apenas  foi  verificada  se  a  variação  de  frequência  que  ocorre  na  rede  provocada  por  um 

defeito, está dentro dos  limites estabelecidos no código de rede português. O RRT  impõe que as  instalações 

eólicas devem suportar  incidentes, sem se desligarem da rede, para desvios de frequência entre os 47,5 Hz e 

51,5 Hz. 

Das simulações efectuadas verificou‐se que em todas as situações a frequência medida nos barramentos dos 

geradores eólicos dos NPE2, NPE5, NPE6, NPE7, NPE8 e ME se mantêm dentro dos limites estabelecidos. 

A  título  de  exemplo  apresentam‐se  nas  figuras  3.20  e  3.21  a  evolução  da  frequência  nos  parques  eólicos 

monitorizados considerando o defeito junto às subestações que mais influências têm nos comportamentos dos 

parques eólicos. 

46

 Figura 3.20 – Evolução da frequência nos geradores eólicos durante um defeito junto à SE Calheta: Cenário PV 

 

Em qualquer das situações apresentadas nas figuras 3.20 e 3.21, a frequência estabiliza abaixo dos 50 Hz. 

 Figura 3.21 – Evolução da frequência nos geradores eólicos durante um defeito junto à SE Pedra Mole: Cenário PV 

   

47

Resposta a variações de tensão 

Conforme descrito no capítulo 2, há duas filosofias diferentes para compensar as variações de tensão da rede. 

No documento de trabalho da REE e no código de rede da Irlanda é exigido aos parques eólicos um sistema de 

regulação automático de tensão em que os desvios da tensão sejam compensados com a injecção de corrente 

reactiva na rede. 

Em Portugal é  feito de  forma manual pelo operador da rede um controlo de  reactiva, em que em situações 

extremas é enviado um setpoint aos promotores das instalações eólicas de forma a alterar a reactiva a injectar 

na  rede. Actualmente, com a publicação do novo código de  rede português é  imposto às  instalações eólicas 

uma tgφ = 0,2 nas horas Cheias e de Ponta e uma tgφ = 0 nas horas de vazio e super vazio. No entanto o gestor 

do sistema pode definir outros limites de acordo com as necessidades locais da rede onde está ligado o parque 

eólico. Nos parques eólicos simulados na rede eléctrica da Madeira foi imposto um cos φ unitário de forma a 

não haver injecção de potência reactiva na rede. 

3.5.3 Análise de resultados: cenário Vazio de Inverno Típico No cenário Ponta de Verão foram efectuadas simulações considerando toda a rede de transporte do SEPM. Já 

no cenário de carga Vazio de Inverno Típico, apenas foram simulados os defeitos (cerca de 40 simulações) que 

maior  impacto  poderiam  ter  na  rede  de  transporte,  conforme  resumo  do  Anexo 4.  Para  cada  uma  destas 

simulações foi feita uma análise ao comportamento da rede e ao comportamento dos geradores eólicos, face 

ao defeito simulado. 

3.5.3.1 Estabilidade transitória na rede: critérios de estabilidade 

Nesta secção são analisadas as variações da tensão, as variações da frequência e as sobrecargas nas  linhas e 

nos transformadores, considerando o cenário Vazio de Inverno Típico. Face aos resultados obtidos foi verificado 

que se cumprem os limites descritos na Tabela 2.6. 

Tensão 

De  todas  as  simulações  efectuadas  verificou‐se  que,  para  além  do  defeito  provocado  no  Transformador 

60/6,6 kV da SE Alegria, não existe nenhuma situação em que a tensão nos barramentos afectados pelo defeito 

atinja valores fora dos intervalos definidos nos códigos de rede estudados (RRT e Manual SEPM). 

Desvios de frequência 

Relativamente aos desvios de frequência verificou‐se que em quase todas as simulações no cenário de carga de 

Vazio  de  Inverno  Típico  os  valores  de  frequência  medidos  nos  barramentos  de  30 kV  monitorizados  são 

excedidos no período transitório. 

Quando o defeito ocorre nas subestações que estão  junto ao grande centro de consumo, nomeadamente as 

subestações  de  Alegria  (ALE),  Palheiro  Ferreiro  (PFE)  e  Vitoria  (VTO),  a  frequência  nas  subestações 

monitorizadas observam uma maior oscilação.  

Na Figura 3.22 pode‐se visualizar a evolução da  frequência nos 5 barramentos monitorizados quando ocorre 

um defeito na Linha 60 kV entre a SE Vitoria e a SE Alegria, junto à SE Vitoria. Durante este defeito, observa‐se 

48

um pico de frequência máximo nas subestações da Calheta (CTA) e São Vicente (SVC), que são subestações que 

estão  mais  perto  dos  centros  electroprodutores.  A  frequência  nestas  duas  subestações  ultrapassa 

momentaneamente  o  limite  dos  50,5  Hz  do  código  de  rede  português.  Após  a  eliminação  do  defeito  e 

consequente retirada do ramo onde ocorreu o defeito, verifica‐se um abaixamento da frequência, que chega a 

passar o limite mínimo (49,5 Hz). Há de seguida uma recuperação da frequência nas subestações monitorizadas 

que estabiliza antes dos 30s da simulação num valor abaixo da frequência fundamental (50 HZ). 

Se  for considerado o código de  rede espanhol a  situação ainda  se agrava mais, uma vez que o  intervalo de 

variação da frequência é menor (49,85 ‐ 50,15). 

 Figura 3.22 – Evolução da frequência durante um defeito junto à SE Vitória: Cenário VIT 

 

Quando o defeito ocorre no  transformador 60/30 kV da SE Pedra Mole  (PML) ou num dos  transformadores 

60/30  kV  da  SE  Calheta  (CTA),  a  frequência  nas  subestações  monitorizadas  estabiliza  abaixo  do  limite 

estipulado no Manual do SEPM (49,5 Hz) mas antes de ser efectuado o deslastre de frequência, conforme se 

pode verificar na Figura 3.23. 

 

49

 Figura 3.23 – Evolução da frequência durante um defeito junto à SE Calheta 

 

Quando  o  defeito  ocorre  junto  à  C.  Térmica  do  Caniçal,  verifica‐se  um  abaixamento  da  frequência  que  é 

recuperado rapidamente, conforme se mostra na Figura 3.24. 

Figura 3.24 – Evolução da frequência durante um defeito junto à SE Caniçal: Cenário VIT 

50

Sobrecargas nas linhas e nos transformadores 

Para  além da  sobrecarga  verificada quando ocorre o defeito no Transformador 60/6,6  kV da  SE Alegria, no 

cenário Vazio de Inverno Típico não se verificam sobrecargas nas linhas nem nos transformadores.

3.5.3.2 Estabilidade transitória nos geradores eólicos 

Considerando agora o  cenário de  carga Vazio de  Inverno Típico, pretende‐se analisar o  comportamento dos 

geradores eólicos face a perturbações na rede eléctrica. 

Capacidade para suportarem cavas de tensão 

No cenário de carga Vazio de Inverno Típico um defeito junto à SE Calheta ou junto à SE Pedra Mole é sentido 

com mais  intensidade  do  que  no  cenário  Ponta  de  Verão,  propagando‐se  por mais  parques  eólicos.  Nas 

Figuras 3.25  e  Figura 3.26  observam‐se  as  cavas  de  tensão  sentidas  nos  geradores  eólicos  (junto  ao 

transformador do grupo, do lado da rede) durante a ocorrência de um defeito nestas subestações. 

 Figura 3.25 – Verificação da curva da cava de tensão nos novos parques eólicos durante um defeito na SE Calheta: Cenário VIT 

   

51

 Figura 3.26 – Verificação da curva da cava de tensão nos novos parques eólicos durante um defeito na SE Pedra Mole: Cenário VIT 

 

No cenário Vazio de Inverno Típico verificou‐se que os defeitos que ocorrem junto à SE Vitória são sentidos nos 

parques  eólicos,  conforme  Figura 3.27,  sendo  que  os  NPE2  e  NPE6  acabam  por  se  desligar  da  rede.  Esta 

situação não se verificou no cenário Ponta de Verão. 

 Figura 3.27 – Verificação da curva da cava de tensão nos novos parques eólicos durante um defeito na Linha 60 kV da SE Vitoria para 

SE Calheta: Cenário VIT 

   

52

Fornecimento de energia reactiva à rede durante o defeito 

À semelhança do que se verificou no cenário de carga de Ponta de Verão, em todas as simulações efectuadas 

no cenário Vazio de Inverno Típico os geradores eólicos não cumprem a curva de fornecimento de reactiva dos 

códigos de redes. A título de exemplo, apresenta‐se nas figuras seguintes a distribuição de   em relação à 

variação da tensão, considerando um defeito numa subestação próxima (electricamente) dos parques eólicos e 

numa outra  subestação mais  afastada. A  Figura 3.28  corresponde  a um defeito  junto  à  SE  Pedra Mole  e  a 

Figura 3.29 junto à SE Machico. 

 Figura 3.28 – Verificação da curva de fornecimento de reactiva durante a cava de tensão provocada durante o defeito junto à SE Pedra 

Mole: Cenário VIT 

 

 Figura 3.29 – Verificação da curva de fornecimento de reactiva durante a cava de tensão provocada durante o defeito junto à 

SE Machico: Cenário VIT   

53

Resposta a variações de frequência 

Uma vez que não foi considerado nenhum sistema de regulação potência – frequência, conforme previsto no 

código de rede da Irlanda e no documento de trabalho proposto pela REE, apenas foi verificada se a variação 

de frequência na rede provocada por um defeito, está ou não dentro dos limites estabelecidos no RRT (47,5 Hz 

e 51,5 Hz).  

À semelhança do cenário de carga Ponta de Verão, também no cenário Vazio de Inverno Típico, verificou‐se que 

em  todas as  situações a  frequência medida nos barramentos dos geradores eólicos dos NPE2, NPE5, NPE6, 

NPE7, NPE8 e ME se mantêm dentro dos limites estabelecidos. 

Resposta a variações de tensão 

A situação descrita para o cenário de carga Ponta de Verão mantém‐se válida no cenário de carga Vazio de 

Inverno Típico. De facto, não só não são considerados sistemas de regulação automático de tensão nos parques 

eólicos dimensionados na rede eléctrica da Madeira, como os valores da tg φ impostos pelo gestor do sistema 

não dependem do cenário de carga em estudo. 

3.5.4 Conclusão Na  análise  da  estabilidade  transitória  da  rede  efectuada  considerando  o  cenário  de  carga  Ponta  de Verão, 

conclui‐se que a aplicação dos limites de tensão impostos nas ilhas (cujo intervalo é mais permissivo) provoca 

menos situações de infracção desses limites, do que se forem considerados os limites de tensão do código de 

rede português. No cenário Vazio de Inverno Típico, a única situação de não cumprimento provoca tensões tão 

baixas, que não cumprem nenhum dos códigos de rede estudados. 

Em ambos os cenários de carga estudados verificou‐se que a  frequência monitorizada nos 5 barramentos de 

referência da rede eléctrica da Madeira, apresenta flutuações que ultrapassam os limites do RRT e do Manual 

do  SEPM.  No  entanto  não  se  verificaram  situações  de  instabilidade  da  rede,  sendo  essas  flutuações  da 

frequência  transitórias. A  frequência acaba por estabilizar antes dos 30 s da simulação, normalmente abaixo 

dos 50 Hz. Os limites impostos para a frequência nos procedimentos de operação são muito limitativos, quando 

comparados com o intervalo previsto no RRT e no Manual do SEPM. 

Quanto  às  sobrecargas  em  alguns  ramos  da  rede,  devem‐se  essencialmente  ao  facto  da  rede  ser  radial, 

nomeadamente na ligação entre a Central Hídrica de Terça e a SE Alegria. Para além desta ligação as restantes 

situações  verificaram‐se  em  ramos  paralelos,  em  que  a  saída  de  um  dos  ramos  (linha  ou  transformador) 

provoca sobrecarga no outro ramo. 

Os geradores eólicos do tipo MIDA foram dimensionados para suportarem cavas de tensão de acordo com a 

curva prevista no RRT que é muito  semelhante à  curva exigida pelo operador da  rede eléctrica de Espanha 

(excepto nas Canárias). Em ambos os cenários de carga verifica‐se que existem parques eólicos que se desligam 

da rede, uma vez que a tensão desce abaixo do valor mínimo de tensão permitido (0,2 p.u.). No cenário Vazio 

de Inverno Típico, para além dos defeitos  junto às subestações da Calheta e Pedra Mole, também os defeitos 

junto à SE Vitória provocam a saída de parques eólicos. 

54

Em  nenhum  dos  cenários  de  carga  os  geradores  eólicos  cumprem  as  curvas  de  fornecimento  de  reactiva 

estabelecidas nos códigos de  redes. As variações de  frequência medidas nos geradores eólicos estão dentro 

dos limites estabelecidos no RRT. 

Neste trabalho não foi analisada a regulação da variação da frequência através da alteração da potência activa 

fornecida pelos geradores eólicos, conforme sugerido no documento de trabalho proposto pela REE ou exigido 

no código de rede da Irlanda, nem a utilização de reguladores de tensão nos geradores eólicos como forma de 

resposta a variações de tensão existentes na rede. 

4 Adequação dos parâmetros dos geradores eólicos para 

cumprimento dos códigos de redes analisados 

4.1.1 Introdução Da  análise  efectuada  no  capítulo 2  verificou‐se  que  as  curvas  das  cavas  de  tensão  exigidas  aos  geradores 

eólicos nos códigos de  rede das  ilhas das Canárias e da  Irlanda são mais severas do que a curva da cava de 

tensão exigida na Península  Ibérica. Por outro  lado, constatou‐se que a aplicabilidade das exigências desses 

códigos de rede  (capítulo 3), relativamente ao fornecimento de reactiva durante as cavas de tensão na rede, 

nunca é cumprida integralmente pelos geradores eólicos. 

Assim, no capítulo 4, secção 4.1.2, propõe‐se alterar o(s) parâmetro(s) dos geradores eólicos do tipo MIDA por 

forma a fazer cumprir ao máximo a curva de injecção de reactiva exigida, verificando‐se quais as consequências 

dessa  alteração  no  funcionamento  da  rede  eléctrica  durante  a  ocorrência  de  um  defeito  (em  regime 

transitório). 

Por outro lado e uma vez que a curva da cava de tensão analisada no capítulo 3 foi a curva do RRT, propõe‐se 

na secção 4.1.3 alterar as protecções dos geradores eólicos do tipo MIDA de forma a fazer com que suportem 

cavas  de  tensão mais  severas.  Será  utilizada  como  referência  a  curva  proposta  no  P.O.12.2,  do  SEIE  das 

Canárias,  uma  vez  que,  de  todas  as  curvas  analisadas  no  capítulo 3,  esta  curva  é  a mais  exigente.  Foram 

simulados  alguns  defeitos  no  cenário  Ponta  de  Verão,  para  se  verificar  o  comportamento  da  rede  face  ao 

dimensionamento das protecções dos geradores eólicos com vista à aplicação desta curva. 

Os  resultados obtidos nas  simulações efectuadas,  considerando as alterações propostas nas  secções 4.1.2 e 

4.1.3  estão  resumidas nos Anexo 5, para o  cenário  Ponta  de Verão,  e no Anexo 6, para o  cenário Vazio  de 

Inverno Típico. 

4.1.2 Fornecimento de reactiva durante cavas de tensão: alteração de parâmetros No  estudo  efectuado  para  o  regime  transitório  verificou‐se  que  em  nenhuma  das  situações  era  cumprida 

integralmente a curva de fornecimento de reactiva durante as cavas de tensão. Para tentar cumprir essa curva 

propôs‐se alterar os valores de  , através da variação da corrente reactiva (Irea), uma vez que a corrente pré‐

defeito  (Ipd)  tem um  valor  constante. O  valor da  Ipd  corresponde à  corrente  injectada na  rede pelo gerador 

eólico  no  instante  inicial,  imediatamente  antes  da  ocorrência  do  defeito  (t = 0 s)  e  depende  apenas  das 

55

condições  iniciais do gerador eólico. O método criado para o calculo da percentagem   e a verificação da 

curva do RRT são apresentados no APÊNDICE (2). 

Para  alterar o  valor da  corrente  reactiva,  foi  analisado o bloco Generator Current  Injection do diagrama de 

blocos que caracteriza os geradores eólicos do tipo MIDA, da Figura AP1.13, do APÊNDICE (1). O esquema do 

Generator Current Injection está representado na Figura 4.1. 

 Figura 4.1 – Diagrama de blocos que representa a corrente reactiva do gerador eólico 

 Dos parâmetros que constituem o Generator Current Injection, apenas poderiam ser alteradas as constantes de 

tempo TIpcmd e TEqcmd, a reactância equivalente Xeq ou a constante KPLL. Os valores do escorregamento (s) e da 

velocidade angular (w0) estão relacionados com a potência activa e não devem ser mexidos uma vez que são 

variáveis definidas nas condições iniciais e utilizadas em todo o modelo. Assim e uma vez que as constantes de 

tempo TIpcmd e TEqcmd dependem do valor do escorregamento (s) e KPLL depende da velocidade W0, optou‐se por 

variar o valor da reactância equivalente (Xeq), que está relacionada com a potência reactiva e que, tipicamente, 

tem o valor de 0,8. 

4.1.2.1 Variação do valor da reactância equivalente (Xeq) 

O valor da  reactância equivalente  (Xeq) deste modelo do gerador eólico é  tipicamente 0,8. Para  se perceber 

qual o comportamento do modelo à alteração da reactância equivalente variou‐se o valor de Xeq entre 0,1 e 1, 

num único parque eólico, mantendo‐se as restantes condições de simulação. O parque eólico escolhido foi o 

NPE6 e as simulações foram efectuadas considerando o cenário de carga Ponta de Verão, com um defeito no 

Transformador 30/60 kV da SE Pedra Mole, sendo esse ramo retirado de serviço após a eliminação do defeito. 

Para cada simulação foi observado o comportamento das grandezas do gerador eólico nº 1, do NPE6, de modo 

a perceber o  impacto da variação da reactância equivalente no andamento da tensão, da potência activa, da 

potência reactiva e na percentagem de corrente reactiva injectada na rede. 

Na Figura 4.2 observa‐se as curvas de tensão obtidas para cada valor de Xeq. Quando o valor Xeq é mais baixo, a 

queda de tensão é menor e mais rápida. À medida que o Xeq vai aumentando (entre 0,1 e 0,4) a profundidade 

da  cava  de  tensão  e  a  sua duração  também  aumenta.  Para  Xeq = 0,5  a  curva  observada mantêm  o mesmo 

comportamento que para Xeq = 0,6 e 0,7  (em  tensão e  tempo). Quando Xeq passa para 0,8 a  curva altera‐se 

atingindo  um  valor  de  tensão  um  pouco  mais  baixo  mas  com  uma  recuperação  mais  rápida.  O  mesmo 

comportamento é verificado para Xeq = 0,9 e 1. 

   

56

 Figura 4.2 – Tensão observada no gerador eólico nº1 do NPE6 para as variações de Xeq. Defeito na SE Pedra Mole: Cenário PV 

 

De acordo com o código de rede português, a potência activa injectada na rede durante um defeito deveria ser 

nula. Na Figura 4.3 constata‐se que isso não acontece. No entanto, verifica‐se que quanto maior o valor de Xeq 

mais próximo de zero fica a potência activa. Após a eliminação do defeito, a potência activa injectada aumenta 

e é tanto maior, quanto menor for o valor de Xeq. 

 Figura 4.3 – Potência activa observada no gerador eólico nº1 do NPE6 para as variações de Xeq. Defeito na SE Pedra Mole: Cenário PV

57

Na Figura 4.4 observa‐se que a potência reactiva  injectada na rede, durante o defeito, é tanto maior quanto 

menor for o valor de Xeq. A Figura 4.5 mostra a distribuição de  , para os vários valores de Xeq. 

 Figura 4.4 – Potência reactiva observada no gerador eólico nº1 do NPE6 para as variações de Xeq. Defeito na SE Pedra Mole: Cenário PV 

 

 Figura 4.5 – Distribuição de Irea/Iped observada no gerador eólico nº1 do NPE6 para as variações de Xeq. Defeito na SE Pedra Mole: 

Cenário PV 

 

Para Xeq igual a 0,8, 0,9 e 1 as curvas da tensão, potência activa e potência reactiva são semelhantes pelo que a 

alteração do Xeq para estes valores não traz qualquer tipo de benefício para a rede.  

   

58

Por outro, para os valores de 0,1 e 0,2 as curvas da  tensão, potência activa e potência  reactiva apresentam 

variações muito elevadas. Assim e de acordo com o observado da Figura 4.5, o valor a considerar como mais 

favorável será Xeq = 0,5. 

4.1.2.2 Validação do novo valor da reactância equivalente 

O valor de 0,5 para Xeq aparenta ser a melhor opção de forma a ser cumprida pelo gerador eólico a curva de 

injecção de corrente reactiva exigida no código de rede português. Assim, alterou‐se o valor de Xeq para 0,5, em 

todos os geradores eólicos da rede eléctrica da Madeira e simulou‐se para o mesmo cenário de carga, o mesmo 

defeito  no  Transformador  30/60 kV  da  SE  Pedra  Mole.  Dos  resultados  obtidos  observa‐se  que,  com  a 

diminuição  do  Xeq  há  um  aumento  nas  tensões  registadas  durante  o  defeito. Os  4  parques  eólicos  que  se 

desligavam  da  rede,  quando  Xeq = 0,8, mantêm‐se  agora  ligados. Na  Figura 4.6  compara‐se  as  tensões  nos 

parques eólicos considerando Xeq = 0,5 e Xeq = 0,8. 

 Figura 4.6 – Tensão observada nos parques eólicos considerando Xeq=0,5 e Xeq=0,8. Defeito na SE Pedra Mole: Cenário PV  

 

Apesar  deste  resultado  ser mais  favorável,  no  cumprimento  da  curva  de  injecção  da  corrente  reactiva  o 

Xeq = 0,5 provoca aumentos exagerados da reactiva  injectada na rede. De facto e conforme se pode visualizar 

Figura 4.7,  o  NPE6  é  o  que  tem melhor  desempenho  (conforme  se  tinha  concluído  com  a  Figura 4.5)  no 

entanto, nos  restantes parques eólicos, a percentagem de   aumenta,  chegando mesmo a ultrapassar os 

200 % no caso do NPE5. 

   

59

 Figura 4.7 – Irea/Ipd observada nos parques eólicos considerando Xeq=0,5 e Xeq=0,8. Defeito na SE Pedra Mole: Cenário PV 

 

Face a estes resultados e de forma a verificar se o comportamento seria semelhante, caso os defeitos fossem 

provocados noutros locais da rede, foram efectuadas outras simulações no mesmo cenário de carga. Tendo em 

consideração a análise do capítulo 3, considerou‐se  interessante simular um defeito  junto à SE Calheta e um 

defeito  junto à SE Alegria, admitindo agora Xeq = 0,5. Comparando os  resultados destas  simulações,  com os 

resultados obtidos na situação inicial (com Xeq = 0,8), verifica‐se que: 

• Considerando o defeito junto à SE Alegria, há um agravamento das tensões junto aos barramentos de 

6,6  kV  da  SE  Alegria  e  da  Central  Hídrica  de  Terça,  no  entanto  deixa  de  existir  sobrecarga  no 

transformador da Central Hídrica de Terça; 

• Considerando o defeito junto à SE Calheta, a tensão mínima verificada durante o defeito nos NPE6 e 

ME aumenta ligeiramente, no entanto, ambos os parques eólicos continuam a desligar‐se da rede; 

• Em  ambas  as  simulações,  a  dispersão    não  cumpre  a  curva  pretendida,  verificando‐se  algumas 

melhorias, mas à custa de injecção de reactiva acima dos 100%. 

   

60

 Figura 4.8 – Irea/Ipd observada nos parques eólicos considerando Xeq=0,5 e Xeq=0,8. Defeito na SE Alegria: Cenário PV 

 

 Figura 4.9 – Irea/Ipd observada nos parques eólicos considerando Xeq=0,5 e Xeq=0,8. Defeito na SE Calheta: Cenário PV 

 Uma vez que os resultados obtidos com Xeq = 0,5 não foram totalmente satisfatórios, simulou‐se novamente os 

3 defeitos (junto à SE Pedra Mole, junto à SE Alegria e junto à SE Calheta) alterando agora o valor de Xeq para 

0,6 e 0,7. Em qualquer das simulações, verificou‐se que quanto mais baixo o valor de Xeq, menor é a cava de 

tensão sentida pelo gerador eólico, pelo que, menos parques eólicos se desligam da rede. 

   

61

Apesar de nenhuma das simulações efectuadas ser conclusiva na escolha de um valor único para Xeq, verifica‐se 

que quando o defeito ocorre junto à SE Pedra Mole e junto à SE Alegria, existe uma concentração da   mais 

adequada à curva exigida no RRT, quando Xeq = 0,7 (do que quando Xeq = 0,5), conforme se pode verificar nas 

figuras 4.10 e 4.11. No defeito  junto à SE Calheta, a melhor  situação verifica‐se quando Xeq = 0,6, conforme 

Figura 4.12. No Anexo 5 apresentam‐se os  resultados das simulações efectuadas no cenário Ponta de Verão, 

para os vários valores de Xeq. 

 Figura 4.10 – Irea/Ipd observada nos parques eólicos considerando Xeq=0,5 e Xeq=0,7. Defeito na SE Pedra Mole: Cenário PV 

 

 Figura 4.11 – Irea/Ipd observada nos parques eólicos considerando Xeq=0,5 e Xeq=0,7. Defeito na SE Alegria: Cenário PV 

62

 Figura 4.12 – Irea/Ipd observada nos parques eólicos considerando Xeq=0,5 e Xeq=0,6. Defeito na SE Calheta: Cenário PV 

 

4.1.2.3 Validação da alteração do valor da reactância equivalente considerando o cenário 

Vazio de Inverno Típico 

O cenário de carga Vazio de  Inverno Típico  foi estudado utilizando o mesmo método do utilizado no cenário 

Ponta de Verão, da secção 4.1.2.2. 

Para além dos  (3) defeitos  simulados no cenário Ponta de Verão  (defeito  junto à SE Pedra Mole,  junto à SE 

Alegria  e  junto  à  SE  Calheta)  foram  efectuadas  mais  duas  simulações  junto  à  SE  Vitória.  No  Anexo 6 

apresentam‐se os resultados das simulações efectuadas neste cenário de carga. 

Os defeitos provocados  junto à SE Vitória foram efectuados na  linha 60 kV da SE Vitoria para a Pedra Mole e 

num dos Transformadores 30/60 kV da SE Vitoria. Os resultados obtidos nas simulações efectuadas no cenário 

Vazio de Inverno Típico (Anexo 6), permitiram chegar à mesma conclusão do que os do cenário Ponta de Verão: 

• A diminuição do valor de Xeq provoca um ligeiro aumento da tensão dos geradores eólicos, pelo que há 

menos parques eólicos a desligarem‐se da rede; 

• É possível melhorar a dispersão de  , alterando o valor de Xeq, no entanto não é possível definir um 

valor único para Xeq aplicado a todas as situações de defeito. 

4.1.3 Capacidade de suportar cavas de tensão: alteração de parâmetros Face  aos  resultados  obtidos  na  secção 4.1.2,  considerou‐se  interessante  alterar  as  parametrizações  das 

protecções  dos  geradores  eólicos  do  tipo  MIDA  de  forma  a  suportarem  cavas  de  tensão  mais  severas, 

verificando‐se o  seu  impacto na  rede eléctrica da Madeira. Dos  códigos de  rede analisados no  capítulo 2, a 

curva da cava de tensão mais exigente é a exigida ao SEIE das Canárias é a, conforme Figura 2.9 (b), pelo que 

foi verificada a sua aplicação.   

63

 Figura 2.9 (b) – Curva da cava de tensão prevista especificamente para as Canárias 

 

Para  fazer cumprir esta curva,  foram alteradas as parametrizações das protecções de mínimo de  tensão dos 

geradores eólicos do tipo MIDA, de forma a fazer cumprir a curva da cava de tensão da Figura 4.13. 

 Figura 4.13 ‐ Característica tensão‐tempo de referência e simulada das protecções dos geradores eólicos de acordo com o P.O.12.2 do 

SEIE das Canárias 

 

Com  as  protecções  de mínimo  de  tensão  de  todos  os  geradores  eólicos  alteradas,  foram  efectuadas  duas 

simulações  no  cenário  de  carga  Ponta  de  Verão.  Os  defeitos  foram  provocados  em  subestações  de  forte 

impacto no funcionamento dos parques eólicos (na SE Pedra Mole e na SE Calheta). 

No defeito no Transformador 30/60 kV, da SE Pedra Mole, foi considerado para todos os geradores eólicos o 

valor do Xeq = 0,7 uma vez que, de acordo com os resultados obtidos na secção 4.1.3, se mostrou ser o valor 

mais  favorável. Os  resultados obtidos  (Anexo 5) mostram que  todos os parques  eólicos  com  capacidade de 

suportar cavas de tensão se mantêm ligados à rede, conforme Figura 4.14, inclusive os 4 parques eólicos que 

se desligavam inicialmente (NPE2, NPE5, NPE7 e NPE8). Relativamente às restantes condicionantes, observa‐se 

o seguinte: 

• Não ocorrem situações em que a tensão da rede sai fora dos limites exigidos nos códigos de rede; 

• Nenhum dos 5 barramentos de 30 kV monitorizados,  regista desvios de  frequência  fora dos valores 

definidos nos códigos de rede; 

• Não se verificam situações de sobrecargas temporárias nas linhas nem nos transformadores; 

64

• Não ocorrem desvios de frequência nos geradores eólicos fora dos limites estipulados no RRT; 

• A dispersão dos valores da  corrente  reactiva  injectada na  rede durante o defeito está  ligeiramente 

superior à dispersão verificada na situação  inicial  (em que Xeq = 0,8 e os  relés de mínimo de  tensão 

estavam parametrizados de acordo com a curva de cava de tensão prevista no RRT). Na Figura 4.15 é 

possível verificar essa diferença. 

 

 Figura 4.14 – Verificação da curva da cava de tensão exigida no P.O.12.2, considerando os geradores eólicos com Xeq=0,7 e com a 

alteração das parametrizações dos reles de mínimo de tensão. Defeito junto à SE Pedra Mole: Cenário PV 

 

 Figura 4.15 – Irea/Ipd observada nos parques eólicos considerando a alteração das parametrizações dos reles de mínimo de tensão e 

Xeq=0,7. Comparação com a situação inicial (Xeq=0,8 e parametrizações iniciais). Defeito junto à SE Pedra Mole: Cenário PV

65

No defeito no Transformador 30/60 kV, da SE Calheta, a situação que  foi considerada mais  favorável para o 

cumprimento da curva de fornecimento de corrente reactiva foi com Xeq = 0,6. Os resultados obtidos (Anexo 5) 

mostram que todos os geradores eólicos com capacidade para suportar cavas de tensão se mantêm ligados à 

rede,  conforme  Figura 4.16,  inclusive os dois parques  eólicos que  se desligavam  inicialmente  (NPE6  e ME). 

Relativamente às restantes verificações e à semelhança da situação anterior, observa‐se que: 

• Não ocorrem situações em que a tensão da rede sai fora dos limites exigidos nos códigos de rede; 

• Nenhum dos 5 barramentos de 30 kV monitorizados,  regista desvios de  frequência  fora dos valores 

definidos nos códigos de rede; 

• Não se verificam situações de sobrecargas temporárias nas linhas nem nos transformadores; 

• Não ocorrem desvios de frequência nos geradores eólicos, fora dos limites estipulados no RRT; 

• A  dispersão  dos  valores  da  corrente  reactiva  injectada  na  rede  durante  o  defeito  é  ligeiramente 

superior à situação verificada inicialmente (em que Xeq = 0,8 e os relés de mínimo de tensão estavam 

parametrizados de acordo com a curva de cava de tensão prevista no RRT). Na Figura 4.17 é possível 

observar essa diferença. 

 

 Figura 4.16 – Verificação da curva da cava de tensão exigida no P.O.12.2, considerando os geradores eólicos com Xeq=0,6 e com a 

alteração das parametrizações dos reles de mínimo de tensão. Defeito junto à SE Calheta: Cenário PV 

   

66

 Figura 4.17 – Irea/Ipd observada nos parques eólicos considerando a alteração das parametrizações dos reles de mínimo de tensão e 

Xeq=0,6. Comparação com a situação inicial (Xeq=0,8 e parametrizações iniciais). Defeito junto à SE Calheta: Cenário PV 

 

4.1.4 Conclusão O valor da reactância equivalente (Xeq) que vem por defeito no modelo dos geradores eólicos utilizados neste 

trabalho é de 0,8. A variação deste valor permite alterar o desempenho do gerador, a nível da  tensão e das 

potências activa e reactiva  injectadas/absorvidas da rede. Para tentar cumprir a curva exigida nos códigos de 

rede  da  península  ibérica,  quanto  à  injecção  de  corrente  reactiva  na  rede  durante  um  defeito  (e 

consequentemente, durante uma cava de tensão), foi alterado o valor de Xeq. Independentemente do cenário 

de  carga em estudo, a  redução do Xeq  faz com que a  tensão  “vista” pelo gerador eólico, durante a  cava de 

tensão, suba  ligeiramente, havendo geradores eólicos que, com Xeq = 0,8, se desligavam da  rede e que, com 

valores abaixo de 0,8, se mantêm ligados à rede. 

Por outro  lado, a alteração do Xeq nos geradores eólicos para valores  inferiores a 0,8, melhora  ligeiramente o 

desempenho da  rede a nível da  tensão, uma vez que os parques eólicos ao  se manterem  ligados durante o 

defeito  não  contribuem  para  a  propagação  desse  defeito.  A  nível  de  sobrecargas  nos  ramos  e  desvios  de 

frequência não se verificaram alterações significativas. 

No entanto, para que fosse cumprida a curva da corrente reactiva a injectar na rede durante o defeito, não foi 

possível definir um valor de Xeq único, tendo‐se concluído que o Xeq mais favorável depende da localização do 

parque eólico e do local da rede onde ocorre o defeito. 

Para  além da  alteração do Xeq,  foram  alteradas  as protecções de mínimo de  tensão para que os geradores 

eólicos não se desligassem da rede quando fossem sujeitos a cavas de tensão mais exigentes. 

67

Com a nova parametrização verificou‐se que, pelo facto de mais parques eólicos permanecerem ligados à rede, 

a  tensão  nos  barramentos  afectados  durante  o  defeito  aumentava  ligeiramente  evitando  uma  maior 

propagação  do  defeito.  Assim,  ao  não  contribuírem  para  a  propagação  do  defeito,  também  as  restantes 

variáveis de controlo do  funcionamento da  rede  (frequência e sobrecarga nas  linhas e nos  transformadores) 

apresentam melhores desempenhos. 

Com a nova parametrização das protecções dos geradores eólicos e se fosse exequível na prática alterar o valor 

de Xeq adequando a cada situação de defeito, seria possível melhorar a dispersão de  , exigida na curva dos 

códigos de rede sem, no entanto, ser cumprida integralmente. 

5 Grid Code for Isolated Systems: Conclusão 

O  trabalho Grid  Code  for  Isolated  Systems  tem  como  objectivo  verificar  a  aplicação de  um  código  de  rede 

interligada numa rede isolada tendo sido desenvolvido em 3 fases distintas. Na primeira fase (apresentada no 

capítulo 2)  foi  feita  uma  análise  individual  dos  códigos/procedimentos  de  rede  em  vigor  em  Portugal 

continental,  na  ilha  da  Madeira,  na  Irlanda  e  em  Espanha  e  nos  seus  Sistemas  Eléctricos  Insulares  e 

Extrapeninsulares. Deste estudo resultou uma análise conjunta e comparativa (secção 2.4) que serviu de base 

para o desenvolvimento da segunda fase do trabalho (fase experimental). 

A fase experimental iniciou‐se no capítulo 3, onde foi verificada a aplicação desses códigos/procedimentos de 

rede numa rede electricamente isolada com forte incorporação de produção eólica. A rede que foi utilizada nas 

simulações foi a rede eléctrica da Madeira, criada no âmbito do trabalho [12], cujo objectivo desse trabalho foi 

o de determinar o montante de reforço da potência eólica  tecnicamente admissível de  forma a maximizar a 

produção eólica na Região Autónoma da Madeira. 

Nas  simulações  efectuadas  foram  verificados  os  limites  impostos  nos  parâmetros  de  controlo  de 

funcionamento da rede (tensão, frequência, sobrecargas nas linhas e sobrecargas nos transformadores) assim 

como as exigências na  ligação dos parques eólicos à rede. Assim e ainda no âmbito da análise experimental, 

foram  alterados  (no  capítulo 4)  alguns  parâmetros  característicos  dos  geradores  eólicos  de  forma  a  validar 

algumas das exigências dos códigos/procedimentos de rede estudados. 

Neste  capítulo 5,  que  corresponde  à  terceira  e  última  fase  do  trabalho  Grid  Code  for  Isolated  Systems, 

apresentam‐se  as  principais  conclusões  da  aplicação  dos  códigos/procedimentos  de  rede  estudados,  numa 

rede electricamente isolada. 

5.1 Análises de segurança 

5.1.1 Regime normal de funcionamento Tensão:  os  valores  da  tensão  não  deverão  ultrapassar  ± 10% do  valor  nominal  (conforme  considerado  no 

Manual do SEPM e o WF1/WFPS1). 

Frequência: para evitar uma diminuição da reserva primária, a  frequência não deverá permanecer  fora do 

intervalo de ± 1 % de f0, durante cerca de 95 % do tempo e entre – 6 % e + 4 % de f0, durante 100 % do tempo. 

Considera‐se a frequência fundamental (f0) igual a 50 Hz (conforme considerado no RRT/RQS). 

68

Sobrecargas: não se devem verificar sobrecargas nas linhas nem nos transformadores em regime normal de 

funcionamento (conforme considerado em todos os códigos/procedimentos estudados). 

5.1.2 Regime de contingência [N‐1] ou falha simples Quando ocorre uma falha simples de um qualquer elemento da rede, seja um grupo gerador, uma  linha, um 

transformador, um auto‐transformador ou uma bateria de condensadores. 

Tensão:  os  valores  da  tensão  não  deverão  ultrapassar  ± 10% do  valor  nominal  (conforme  considerado  no 

Manual do SEPM e o WF1/WFPS1). 

Frequência: para evitar uma diminuição da reserva primária, a  frequência não deverá permanecer  fora do 

intervalo de ± 1 % de f0, durante cerca de 95 % do tempo e entre – 6 % e + 4 % de f0, durante 100 % do tempo. 

Considera‐se a frequência fundamental (f0) igual a 50 Hz (conforme considerado no RRT/RQS). 

Sobrecargas: a rede eléctrica deve ser dimensionada de forma a não se verificarem situações de sobrecargas 

permanentes, podendo ser consideradas sobrecargas temporárias nas linhas e nos transformadores (conforme 

considerado no Manual do SEPM): 

‐  Sobrecargas  permanentes  nas  linhas  de  transporte,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas  transitórias  (de  duração  igual  ou  inferior  a  vinte  minutos)  até  20 %  da  sua 

capacidade  nominal  ou  até  30 %  eliminada  rapidamente  (duração  inferior  ou  igual  a  dez 

minutos); 

‐  Sobrecargas  em  permanência  nos  transformadores,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas (de duração igual ou inferior a duas horas) até 10 % da sua capacidade nominal, no 

Verão, e 20 %, no Inverno. 

5.1.3 Regime de contingência [N‐2] A contingência [N‐2] não é aplicada de forma genérica a todas as redes. No caso de um sistema electricamente 

isolado, à parte de alguma especificidade particular, devem ser consideradas como contingência grave, a falha 

de  linhas  de  duplo  circuito  (linhas  cujos  circuitos  partilham  apoios  em  pelos menos  um  dos  troços  do  seu 

traçado) ou a falha do maior grupo gerador de serviço. 

Tensão:  os  valores  da  tensão  não  deverão  ultrapassar  ± 10% do  valor  nominal  (conforme  considerado  no 

Manual do SEPM e o WF1/WFPS1). 

Frequência: para evitar uma diminuição da reserva primária, a  frequência não deverá permanecer  fora do 

intervalo de ± 1 % de f0, durante cerca de 95 % do tempo e entre – 6 % e + 4 % de f0, durante 100 % do tempo. 

Considera‐se a frequência fundamental (f0) igual a 50 Hz (conforme considerado no RRT/RQS). 

Sobrecargas: a rede eléctrica deve ser dimensionada de forma a não se verificarem situações de sobrecargas 

permanentes, podendo ser consideradas sobrecargas temporárias nas linhas e nos transformadores (conforme 

considerado no Manual do SEPM). 

   

69

No caso da falha de linhas de duplo circuito, considera‐se: 

‐  Sobrecargas  permanentes  nas  linhas  de  transporte,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas  transitórias  (de  duração  igual  ou  inferior  a  vinte  minutos)  até  30 %  da  sua 

capacidade nominal; 

‐  Sobrecargas  em  permanência  nos  transformadores,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas (de duração  igual ou  inferior a duas horas) até 10 % da sua capacidade nominal no 

Verão e 30 % no Inverno. 

Se for a falha do maior grupo gerador de serviço, considera‐se: 

‐  Sobrecargas  permanentes  nas  linhas  de  transporte,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas  transitórias até 20 % da  sua  capacidade nominal  com duração  igual ou  inferior a 

vinte minutos ou até 30 % com duração inferior ou igual a dez minutos; 

‐  Sobrecargas  em  permanência  nos  transformadores,  podendo,  no  entanto,  ser  admitidas 

sobrecargas,  com  duração  igual  ou  inferior  a  duas  horas,  até  10 %  e  20 %  da  sua  capacidade 

nominal respectivamente no Verão e no Inverno. 

5.2 Ligação dos geradores eólicos à rede 

5.2.1 Capacidade de suportar cavas de tensão na sequência de defeitos na rede Na secção 4.1.3, verificou‐se ser mais favorável para o sistema a aplicação nos geradores eólicos de uma curva 

da cava de tensão semelhante à exigida no SEIE das Canárias. Assim, sugere‐se que as instalações de produção 

eólica  permaneçam  ligadas  à  rede  para  cavas  de  tensão  decorrentes  de  defeitos  trifásicos,  bifásicos  ou 

monofásicos  sempre  que  a  tensão,  no  enrolamento  do  lado  da  rede  do  transformador  de  interligação  da 

instalação de produção eólica, esteja acima da curva apresentada na Figura 5.1: 

 Figura 5.1 – Curva da cava de tensão sugerida no âmbito do Grid Code for Isolated Systems 

 

Para que os geradores eólicos possam cumprir esta curva, as protecções de mínimo de tensão dos geradores 

eólicos não poderão actuar dentro do intervalo de tempo de duração permitido para a cava de tensão. 

5.2.2 Fornecimento de energia reactiva durante as cavas de tensão De acordo com os resultados obtidos no capítulo 3, a curva de  injecção de corrente reactiva a fornecer pelos 

geradores  eólicos  à  rede durante  a  cava de  tensão,  prevista  no  RRT  e  no  P.O.12.3,  nunca  é  integralmente 

70

cumprida.  O  modelo  dos  geradores  eólicos  considerado  no  estudo,  não  permite  muita  flexibilidade  na 

alteração do valor da corrente reactiva a injectar/absorver da rede. Teoricamente essa alteração seria possível 

com a variação da reactância equivalente Xeq. No entanto, a variação do valor de Xeq pode não ser exequível na 

prática, para além de que se verificou que, nas simulações efectuadas no capítulo 4 com este modelo, continua 

a não ser cumprida integralmente a curva de injecção de corrente reactiva proposta. 

5.2.3 Resposta a variações de frequência Relativamente  à  resposta  a  variações  de  frequência,  apenas  foi  verificado  (no  capítulo 3)  se  os  geradores 

eólicos  se mantinham  ligados quando a  frequência na  rede variava, devido a um defeito na  rede, atingindo 

valores fora dos  limites estabelecidos no RRT (47,5 Hz e 51,5 Hz). No âmbito deste trabalho não foi estudado 

nenhum sistema de regulação de frequência. 

5.2.4 Resposta a variações de tensão Conforme descrito no capítulo 2, há duas filosofias diferentes para compensar as variações de tensão da rede: 

através de um sistema de regulação automático de tensão (conforme proposto no WF1/WFPS1) ou através do 

controlo de reactiva (conforme proposto no RRT). 

Nas simulações efectuadas não  foi considerado um sistema de  regulação automático de  tensão nos parques 

eólicos e foi imposto um cos φ unitário, de forma a não haver injecção de potência reactiva na rede. 

5.3 Outras considerações Foram  apresentadas nas  secções 5.1  e 5.2  as principais  conclusões do  trabalho proposto, de  verificação da 

aplicação  de  um  código  de  rede  interligada  a  uma  rede  electricamente  isolada.  No  entanto,  ao  longo  da 

pesquisa efectuada para o desenvolvimento deste trabalho, foram surgindo alguns temas muito interessantes 

que  não  foram  aqui  tratados  uma  vez  que  fugiam  do  âmbito  do  trabalho  proposto.  Estes  temas  estão 

relacionados essencialmente com a ligação de parques eólicos à rede, sendo que, pelo facto de uma rede estar 

electricamente  isolada  não  deve  ser  impeditivo  da  incorporação  deste  tipo  de  instalações, mas  antes  um 

desafio. 

• Aplicação de um sistema de controlo da variação da frequência nos geradores eólicos: 

O controlo de variação de  frequência nas centrais convencionais é  feito de  forma natural com a energia 

cinética do gerador síncrono, que evita numa  fase  inicial abaixamentos abruptos da  frequência da  rede, 

mas  também  através  de  um  controlo  primário  de  frequência  que  pode  ser  efectuado  através  de 

reguladores de carga – velocidade. Com a substituição destas centrais convencionais por parques eólicos, 

verifica‐se que, devido ao desacoplamento electrónico, os geradores eólicos da rede não só não têm esta 

capacidade natural de atenuar os abaixamentos da frequência como não lhes têm sido exigido o controlo 

primário de frequência, por forma a contribuírem para a estabilidade do sistema durante as variações de 

frequência da rede. 

• Aplicação de um sistema de controlo da variação da tensão nos geradores eólicos; 

• Equipamento de controlo da tensão e frequência nos parques eólicos (FACTS); 

• Comando e controlo dos parques eólicos pelo Despacho;   

71

6 Bibliografia 

[1]  MEID, Portaria nº 596/2010 ‐ Anexo I: Regulamento da Rede de Transporte, 30 de Julho de 2010; 

[2]  ERSE,  Regulamento  de  Relações  Comercias  –  Artigo  59º: Manual  de  Procedimentos  do  Acesso  e 

Operação do SEPM, Abril de 2004; 

[3]  DGEG, Guia Técnico das Instalações de Produção Independente de Energia Eléctrica, 1994; 

[4]  REE, P.O. 1.1 ‐ Criterios de funcionamiento y seguridad para la operación del sistema eléctrico, 1998; 

[5]  REE, P.O. 1.4 ‐ Condiciones de entrega de la energía en los puntos frontera de la red gestionada por 

el operador del sitema, 1998; 

[6]  REE, P.O. 12.3 ‐ Requisitos de respuesta frente a huecos de tensión de las instalaciones eólicas, 2006; 

[7]  Ministerio da la Presidencia, Resolución 9613, de 28 de Abril de 2006; 

[8]  CER, Wind Farm Transmission Grid Code Provisions, CER/04/237, Julho de 2004; 

[9]  REE, Documento  de  trabajo  sobre  requisitos  técnicos  de  las  instalaciones  eólicas,  fotovoltaicas  y 

todas  aquellas  instalaciones  de  producción  cuya  tecnologia  no  emplee  un  generador  síncrono 

conectado directamente a la red, Outubro 2008 (Versión 1); 

[10]  CEEL‐IST/REN,  Determinação  da  Capacidade  de  Integração  de  Energias  Renováveis  nas  ilhas  da 

Madeira e do Porto Santo no período 2006‐2010 – Diagnostico Técnico da Situação Actual, Fevereiro 

de 2006; 

[11]  CEEL‐IST/REN,  Determinação  da  Capacidade  de  Integração  de  Energias  Renováveis  nas  ilhas  da 

Madeira e do Porto Santo no período 2006‐2010 – Impacto do Aumento da Potência Eólica Instalada 

na Rede Eléctrica da Ilha da Madeira no ano de 2008, Fevereiro de 2007; 

[12]  CEEL‐IST/REN,  Determinação  da  Capacidade  de  Integração  de  Energias  Renováveis  nas  ilhas  da 

Madeira e do Porto Santo no período 2006‐2010 ‐ Impacto do Aumento da Potência Eólica Instalada 

na Rede Eléctrica da Ilha da Madeira no ano de 2010, Março de 2009; 

[13]  DEP‐EM, Caracterização da Rede de Transporte e Distribuição em AT e MT, Março de 2010; 

[14]  REN, A Energia Eólica em Portugal – 1º Semestre de 2010, Agosto de 2010; 

[15]  J. S. Paiva, Redes de Energia Eléctrica – Uma análise Sistémica, IST Press, Abril de 2005; 

[16]  R. Castro, Condições Técnicas e Económicas da Produção em Regime Especial Renovável, DEEC‐IST, 

Fevereiro de 2003 (Edição 2); 

[17]  F.  de  Jesus  e  R.  Castro,  Equipamento  Eléctrico  dos  Geradores  Eólicos,  DEEC‐IST,  Abril  de  2008 

(Edição 1); 

[18]  R. Castro, Energias Renováveis e Produção Descentralizada – Introdução à Energia Eólica, DEEC‐IST, 

Março de 2008 (Edição3.1); 

[19]  C. Nabe e K. Burges, The  Irish “All  Island Grid Study” – Methodology and Results, 7th  International 

Workshop on Large Scale Integration of Wind Power and on Transmission Networks for Offshore Wind 

Farms, Maio de 2008; 

[20]  IWEA, Renewable‐Energy in 2020, All‐Island Energy Market: Renewable Electricity – A ‘2020 Vision’, 

Setembro de 2005; 

72

[21]  T.M. Papazoglou and A. Gigandidou,  Impact and benefits of distributed wind generation on quality 

and security  in the case of the Cretan EPS, CIGRE/IEEE PES  International Symposium on Quality and 

Security of Electric Power Delivery Systems, Outubro de 2003, pp. 193—197; 

[22]  T.  Senjyu,  T. Nakaji,  K. Uezato  and  T.  Funabashi, A hybrid power  system using alternative  energy 

facilities  in  isolated  island,  IEEE Transactions on Energy Conversion, Vol. 20,  Issue 2, pp. 406‐‐414, 

Junho de 2005; 

[23]  E.G.  Potamianakis  and  C.D.  Vournas, Modeling  and  simulation  of  small  hybrid  power  systems,  in 

Proceedings of IEEE Power Tech Conference 2003, Bologna, Junho de 2003; 

[24]  J. Kabouris, A. Koronides and A. Maissis, Wind power integration into electricity networks in Greece, 

10th Mediterranean Electrotechnical Conference (MELECON ), Maio de 2000; 

[25]  S.K.  Salman,  Detection  of  embedded  generator  islanding  condition  using  elliptical  trajectory 

technique,  Sixth  International Conference on Developments  in Power  System Protection, Março de 

1997; 

[26]  F. de  Jesus, R. Castro, P. Correia et  al., Bases para o estudo da estabilidade da Rede Nacional de 

Transporte com forte penetração de produção eólica, Symposium on Renewable Energies in Portugal 

(ENER´04), Figueira da Foz, Maio de 2004; 

[27]   S. Paiva, F. de Jesus, R. Castro, P. Correia et al., Estudo de estabilidade transitória da rede portuguesa 

de  transporte de  energia  eléctrica  com  elevados  volumes de produção  eólica  (in Portuguese and 

English), 11th CIGRE Iberoamerican Regional Meeting , Hernandarias, Paraguay, Maio de 2005. 

73

7 Anexo(s) 

Anexo (1) – Mapa do SEPM da a) rede de transporte e da b) rede de distribuição, publicados em [13] 

Anexo (2) – Lista das Siglas e Abreviaturas dos elementos da rede eléctrica da Madeira e das novas centrais, 

consideradas nos estudos [10], [11] e [12] 

Anexo  (3)  –  Regime  transitório:  lista  das  simulações  efectuadas  no  cenário  Ponta  de  Verão  e  resumo  dos 

resultados obtidos 

Anexo  (4) – Regime transitório:  lista das simulações efectuadas no cenário Vazio de  Inverno Típico e resumo 

dos resultados obtidos 

Anexo  (5)  –  Adequação  dos  parâmetros  dos  geradores  eólicos:  lista  das  simulações  efectuadas  no  cenário 

Ponta de Verão e resumo dos resultados obtidos 

Anexo (6) – Adequação dos parâmetros dos geradores eólicos: lista das simulações efectuadas no cenário Vazio 

de Inverno Típico e resumo dos resultados obtidos 

 

8 Apêndice(s) 

Apêndice (1) – Modelos de simulação utilizados na caracterização da Rede Eléctrica da Madeira. Afectação e 

despacho das unidades de geração 

Apêndice  (2) – Método de medição da corrente  reactiva a  injectar na  rede pelos geradores eólicos durante 

uma cava de tensão provocada por um defeito na rede 

 

 

ANEXO (1) Mapa da rede de transporte do SEPM 

Mapa da rede de distribuição do SEPM    

ANEXO (2) Lista das siglas e abreviaturas dos elementos da rede eléctrica da Madeira e das novas centrais, consideradas nos estudos [10], [11] e [12]    

PE1 Parque Eólico ENEREEM_Actual

PE2 Parque Eólico PERFORM_Paúl da Serra

PE3 Parque Eólico ENERGÓLICA_Paúl da Serra

PE4 Parque Eólico ENERGÓLICA_Caniçal

NPE2 Parque Eólico PERFORM_Paúl da Serra (novos)

NPE5 Parque Eólico Quinta do Lorde

NPE6 Parque Eólico ENEREEM_PE1

NPE7 Parque Eólico ENEREEM_PE2

NPE8 Parque Eólico ENEREEM_PE3

CAV Central Hídrica Calheta

CTI Central Hídrica Calheta de Inverno

FDN Central Hídrica Fajã da Nogueira

FDP Central Hídrica Fajã de Padres

LBR Central Hídrica Lombo do Brasil

SCR Central Hídrica Socorridos

DAS Central Hídrica Serra d'Agua

STQ Central Hídrica Santa Quitéria

RDJ Central Hídrica Ribeira da Janela

TER Central Hídrica Terça

CTC Central Térmica Caniçal

CTV Central Térmica Vitória

MSR Central Térmica Meia Serra

ALE Subestação Alegria

AMP Subestação Amparo

CAN Subestação Caniço

CGR Subestação Cabo Girão

CNL Subestação Caniçal

CTS Subestação Calheta

FCH Subestação Funchal

FNT Subestação Fontes

LDF Subestação S. Roque do Faial

LDM Subestação Lombo do Meio

LIV Subestação Livramento

MCH Subestação Machico

PDG Subestação Ponta Delgada

PFE Subestação Palheiro Ferreiro

PVM Subestação Ponte Vermelha

SJO Subestação S. João

SSR Subestação Santo da Serra

STA Subestação Santana

STQ Subestação Santa Quitéria

SVC Subestação S. Vicente

PDP Subestação Ponta do Pargo

POI Subestação Poiso

VIT Subestação Vitória

VIV Subestação Viveiros

VTS Subestação Virtudes

PML Subestação Pedra Mole

BDC Posto de Seccionamento Bica da Cana

LDV Posto de Seccionamento Lombo da Velha

AEP Posto de Seccionamento Aeroporto

LOI Posto de Seccionamento Loiral

PED Posto de Seccionamento Pedra

Centrais

Subestações/Postos de Seccionamento

Siglas e Abreviaturas das instalações do SEPM

ANEXO (3) Regime  transitório:  lista  das  simulações  efectuadas  no  cenário  Ponta  de Verão e resumo dos resultados obtidos    

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo

f (Hz)

Instante

t (s)Nº PE

Instante

t (s)BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,5292 GRTER 0,5292 GRTER-TER6.6 509,2

ALE6.6 0,6617 ALE6.6 0,6617 ALE6.6-TER6.6 174,8 174,8 174,8

TER6.6 0,6366 TER6.6 0,6366

ALE6-VIV6 16001-16013 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

ALE6-VTO6 16001-16014 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

GRTER 0,662 GRTER 0,662 GRTER-TER6.6 490,5 NPE2 0

TER6.6 0,7534 TER6.6 0,7534 ALE6.6-TER6.6 168,4 168,4 168,4 NPE5 0

ALE6.6 0,7372 ALE6.6 0,7372 NPE7 0

NPE7 0

NPE8 0

CNL6.6 0,9255 MCH3 49,3402 3,9499

MCH6.6 0,9286 FCH3 49,33965 4,1499

SSR6.6 0,9433 CTA3 49,3392 3,8499

STA6.6 0,9493 SSR3 49,3402 3,9499

LDF3 0,9348 SVC3 49,34 3,8499

STA3 0,927

CNL6 0,9011

MCH6 0,9028

CNL6.6-CNL6 10608-16005 Transformador CNL6.6-CNL6_2 112,4 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CNL6.6-CNL6_2 10608-16005 Transformador CNL6.6-CNL6 112,4 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH3 49,42715 4,1499 NPE6 0,141 NPE6 0,1259 0,35

FCH3 49,42605 4,3499 ME 0,101 ME 0,0000 0,101

CTA3 49,4289 4,5499

SSR3 49,42715 4,1499

SVC3 49,4287 4,5499

MCH3 49,42715 4,1499 NPE6 0,141 NPE6 0,1259 0,35

FCH3 49,42605 4,3499 ME 0,101 ME 0,0000 0,101

CTA3 49,4289 4,5499

SSR3 49,42715 4,1499

SVC3 49,4287 4,5499

CTA6-CTA3 16006-13015 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CTA6-CTA3_2 16006-13015 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CTA6-LDM6 16006-16003 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CTA6-VTO6 16006-16014 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CNL6.6 0,9255 MCH3 49,34175 3,9499

MCH6,6 0,9286 FCH3 49,3413 4,1499

SSR6.6 0,9433 CTA3 49,3408 3,8499

STA6.6 0,9493 SSR3 49,34175 3,9499

LDF3 0,9348 SVC3 49,34155 3,8499

STA3 0,927

CNL6 0,9011

MCH6 0,9028

CNL6.6 0,9255 MCH3 49,34175 3,9499

MCH6.6 0,9286 FCH3 49,3413 4,1499

SSR6.6 0,9433 CTA3 49,3408 3,8499

STA6.6 0,9493 SSR3 49,34175 3,9499

LDF3 0,9348 SVC3 49,34155 3,8499

STA3 0,927

CNL6 0,9011

CTC6 0,9011

MCH6 0,9028

G16CTV-VTO6 10601-16014 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

G17CTV-VTO6 10666-16014 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

G18CTV-VTO6 10667-16014 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

G20CTV-VTO6 10665-16014 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CNL6.6 0,925

MCH6.6 0,9281

SSR6.6 0,9428

STA6.6 0,9488

LDF3 0,9343

STA3 0,9265

CNL6 0,9006

CTC6 0,9006

MCH6 0,9023

PFE6 0,9498

GRSCR-SCR6 10639-16011 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

LDM6-CTA6 16003-16006 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

LDM6-LDM6.6 16003-10641 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

LDM6-PML6 16003-16002 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

LDM6.6-LDM6 10641-16003 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH3-MCH6 13027-16008 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH3-MCH6_2 13027-16008 Transformador MCH3-MCH6 117,7 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-CNL6 16008-16005 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-CNL6_2 16008-16005 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-MCH3 16008-13027 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-MCH3_2 16008-13027 Transformador MCH3-MCH6 117,7 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-MCH6.6 16008-10643 Transformador MCH6.6-MCH6_2 134,1 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-MCH6.6_2 16008-10643 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-PFE6 16008-16009 Linha MCH6 0,9474 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6.6-MCH6 10643-16008 Transformador MCH6.6 0,9446 MCH6.6-MCH6_2 140,4 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6.6-MCH6_2 10643-16008 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE3-PFE6 13032-16009 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE3-PFE6_2 13032-16009 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH3 50,64235 0,35

SSR3 50,6414 0,35

MCH3 50,64235 0,35

SSR3 50,6414 0,35

MCH3 50,64235 0,35

SSR3 50,6414 0,35

MCH3 50,64235 0,35

SSR3 50,6414 0,35

MCH3 50,64235 0,35

SSR3 50,6414 0,35

MCH3 50,64235 0,35

SSR3 50,6414 0,35

MCH3 50,64235 0,35

SSR3 50,6414 0,35

PFE6.6-PFE6 10646-16009 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE6.6-PFE6_2 10646-16009 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PDG6.6 0,9444 NPE2 0,354 NPE2 0,1786 0,35

SDA6.6 0,9392 NPE5 0,266 NPE5 0,1274 0,35

PDP6.6 0,9484 NPE7 0,263 NPE7 0,1274 0,35

NPE8 0,263 NPE8 0,1274 0,35

PML6-LDM6 16002-16003 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML6-PML3 16002-13071 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML6-VTO6 16002-16014 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

SCR6-GRSCR 16011-10639 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

SCR6-VTO6 16011-16014 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

SJO6-SJO6.6 16012-10652 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

SJO6-SJO6.6_2 16012-10652 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

SJO6-VIV6 16012-16013 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

SJO6-VTO6 16012-16014 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

SJO6.6-SJO6 10652-16012 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

SJO6.6-SJO6_2 10652-16012 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VIV6-ALE6 16013-16001 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VIV6-PFE6 16013-16009 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VIV6-SJO6 16013-16012 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VIV6-VIV6.6 16013-10658 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VIV6-VIV6.6_2 16013-10658 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VIV6.6-VIV6 10658-16013 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VIV6.6-VIV6_2 10658-16013 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO3TR1-VTO6 13055-16014 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO3TR2-VTO6 13056-16014 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO3TR3-VTO6 13057-16014 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

MCH3 50,5478 0,35

SSR3 50,54675 0,35

From BUS - To BUS

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede Ligação dos geradores eólicos

Regime Transitório (rede eléctrica da Madeira: Muita Eólica): Cenário Ponta de Verão

VTO6-VTO3TR1

NPE´s fora de serviço

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRTVTO6-VTO3TR3 16014-13057 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE6-VIV6 16009-16013 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE6-VTO6 16009-16014 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Linha

PFE6-PFE6.6_2 16009-10646

Linha

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Potênca activa e reactiva nula. Os NPE estão desligados

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CTA3-CTA6 13015-16006 Transformador

CTA3-CTA6_2 13015-16006 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-G20CTV 16014-10665 Transformador G20CTV 1,0503

16009-13032 Transformador

PFE6-PFE6.6

PFE6-PFE3_2

Transformador

Transformador

16009-10646

PFE6-MCH6 16009-16008 Linha

G20CTV-VTO6 100,5

MCH6 0,9474

G20CTV-VTO6

100,5

100,5

G20CTV-VTO6

G20CTV

16007-11100 Transformador

CTC6-CNL6

CNL6-CTC6

Desvios frequência dos geradores

eólicos no RRT [47,5-51,5]Sobrecarga nos ramos (%)

Desvios frequência da rede do SEPM

[49,5-50,5]

Limites de Tensão do

RRT [0.95-1.05]

Limites de Tensão do

SEPM [0.90-1.10] Cumprimento da curva

do FRT do RRTCumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML3-PML6 13071-16002 Transformador

GRCTC-CTC6 11100-16007 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Linha

16009-13032 Transformador

100,4

16005-16007 Linha

ALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador

ALE6.6-ALE6 10603-16001 Transformador

16007-16005

VTO6-ALE6 16014-16001 Linha

PFE6-PFE3

CTC6-GRCTC

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-CTA6 16014-16006 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-G16CTV 16014-10601 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-G17CTV 16014-10666 Transformador

VTO6-G18CTV

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

16014-10667 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-PFE6 16014-16009 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-PML6 16014-16002 Linha

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-SJO6 16014-16012 Linha

VTO6-SCR6 16014-16011 Linha

16014-13055 Transformador

VTO6-VTO3TR2 16014-13056 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CNL6-CNL6.6

CNL6-CNL6.6_2

CNL6-MCH6_2 16005-16008 Linha

CNL6.6-CNL6 112,4

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

16005-10608 Transformador

16005-10608 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CNL6.6-CNL6 112,4

CNL6-MCH6 16005-16008 Linha

ANEXO (4) Regime  transitório:  lista  das  simulações  efectuadas  no  cenário  Vazio  de Inverno Típico e resumo dos resultados obtidos    

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo f

(Hz)

Instante t

(s)Nº PE Instante t (s) BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,5561 GRTER 0,5561 GRTER-TER6.6 131,6 MCH3 49,48045 3,5499

ALE6.6 0,6685 ALE6.6 0,6685 FCH3 49,47975 3,5499

TER6.6 0,6325 TER6.6 0,6325 CTA3 50,91685/49,4794 0,35/3,5499

SSR3 49,4804 3,5499

SVC3 50,7489/49,4803 0,35/3,5499

MCH3 49,4107 3,5499

FCH3 49,41 3,5499

CTA3 50,91685/49,4095 0,35/3,5499

SSR3 49,4107 3,5499

SVC3 50,7489/49,41045 0,35/3,5499

MCH3 49,41095 3,5499

FCH3 49,4102 3,5499

CTA3 50,91685/49,4097 0,35/3,5499

SSR3 49,4109 3,5499

SVC3 50,7489/49,4107 0,35/3,5499

GRTER 0,3832 GRTER 0,3832 GRTER-TER6.6 148,3

TER6.6 0,4813 TER6.6 0,4813

ALE6.6 0,577 ALE6.6 0,577

CNL6-CNL6.6 16005-10608 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CNL6-CNL6.6_2 16005-10608 Transformador

MCH3 49,34135 3,15

FCH3 49,3418 3,15

CTA3 49,34145 3,15

SSR3 49,34135 3,15

SVC3 49,3419 3,15

CNL6-MCH6 16005-16008 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CNL6-MCH6_2 16005-16008 Linha

CNL6.6-CNL6 10608-16005 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CNL6.6-CNL6_2 10608-16005 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH3 49,05235 1,55 NPE2 0,326 NPE2 0,1564 0,35

FCH3 49,05195 1,55 NPE6 0,119 NPE6 0,0837 0,35

CTA3 49,043 1,55 ME 0,101 ME 0,0000 0,101

SSR3 49,05265 1,55

SVC3 49,0446 1,55

MCH3 49,05235 1,55 NPE2 0,326 NPE2 0,1564 0,35

FCH3 49,05195 1,55 NPE6 0,119 NPE6 0,0837 0,35

CTA3 49,043 1,55 ME 0,101 ME 0,0000 0,101

SSR3 49,05265 1,55

SVC3 49,0446 1,55

CTA6-CTA3 16006-13015 Transformador

CTA6-CTA3_2 16006-13015 Transformador

CTA6-LDM6 16006-16003 Linha

CTA6-VTO6 16006-16014 Linha

MCH3 49,3463 3,15

FCH3 49,3467 3,15

CTA3 49,3464 3,15

SSR3 49,34625 3,15

SVC3 49,3468 3,15

MCH3 49,3463 3,15

FCH3 49,3467 3,15

CTA3 49,3464 3,15

SSR3 49,34625 3,15

SVC3 49,3468 3,15

G16CTV-VTO6 10601-16014 Transformador

G17CTV-VTO6 10666-16014 Transformador

G18CTV-VTO6 10667-16014 Transformador

G20CTV-VTO6 10665-16014 Transformador

MCH3 49,42585 3,05

FCH3 49,4261 3,05

CTA3 49,4256 3,05

SSR3 49,4258 3,05

SVC3 49,4261 3,05

GRSCR-SCR6 10639-16011 Transformador

LDM6-CTA6 16003-16006 Linha

LDM6-LDM6.6 16003-10641 Transformador

LDM6-PML6 16003-16002 Linha

LDM6.6-LDM6 10641-16003 Transformador

MCH3-MCH6 13027-16008 Transformador

MCH3-MCH6_2 13027-16008 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-CNL6 16008-16005 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-CNL6_2 16008-16005 Linha

MCH6-MCH3 16008-13027 Transformador

MCH6-MCH3_2 16008-13027 Transformador

MCH6-MCH6.6 16008-10643 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6-MCH6.6_2 16008-10643 Transformador

MCH6-PFE6 16008-16009 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6.6-MCH6 10643-16008 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

MCH6.6-MCH6_2 10643-16008 Transformador

PFE3-PFE6 13032-16009 Transformador

PFE3-PFE6_2 13032-16009 Transformador

MCH3 49,4293 3,5499

FCH3 49,4329 3,5499

CTA3 50,5785/49,43275 0,2710/3,5499

SSR3 49,42925 3,5499

SVC3 50,51795/49,43355 0,2710/3,5499

MCH3 49,4362 3,5499

FCH3 49,4358 3,5499

CTA3 50,5785/49,4357 0,2710/3,5499

SSR3 49,43615 3,5499

SVC3 50,51795/49,43645 0,2710/3,5499

MCH3 49,4357 3,5499

FCH3 49,4354 3,5499

CTA3 50,5785/49,4353 0,2710/3,5499

SSR3 49,43565 3,5499

SVC3 50,51795/49,43605 0,2710/3,5499

MCH3 49,4357 3,5499

FCH3 49,4354 3,5499

CTA3 50,5785/49,4353 0,2710/3,5499

SSR3 49,43565 3,5499

SVC3 50,51795/49,43605 0,2710/3,5499

MCH3 49,4357 3,5499

FCH3 49,4354 3,5499

CTA3 50,5785/49,4353 0,2710/3,5499

SSR3 49,43565 3,5499

SVC3 50,51795/49,43605 0,2710/3,5499

MCH3 49,43485 3,5499

FCH3 49,4347 3,5499

CTA3 50,5785/49,4346 0,2710/3,5499

SSR3 49,4348 3,5499

SVC3 50,51795/49,4353 0,2710/3,5499

MCH3 49,43485 3,5499

FCH3 49,4345 3,5499

CTA3 50,5785/49,4344 0,2710/3,5499

SSR3 49,4346 3,5499

SVC3 50,51795/49,4351 0,2710/3,5499

PFE6.6-PFE6 10646-16009 Transformador

PFE6.6-PFE6_2 10646-16009 Transformador

MCH3 48,73985 3,021 NPE2 0,179 NPE2 0,08323 0,35

FCH3 48,7399 3,021 NPE5 0,151 NPE5 0,06566 0,35

CTA3 48,7381 3,021 NPE6 0,339 NPE6 0,19161 0,35

SSR3 48,7398 3,021 NPE7 0,151 NPE7 0,06566 0,35

SVC3 48,7393 3,021 NPE8 0,151 NPE8 0,06566 0,35

PML6-LDM6 16002-16003 Linha

PML6-PML3 16002-13071 Transformador

PML6-VTO6 16002-16014 Linha

SCR6-GRSCR 16011-10639 Transformador

SCR6-VTO6 16011-16014 Linha

SJO6-SJO6.6 16012-10652 Transformador

SJO6-SJO6.6_2 16012-10652 Transformador

SJO6-VIV6 16012-16013 Linha

SJO6-VTO6 16012-16014 Linha

SJO6.6-SJO6 10652-16012 Transformador

SJO6.6-SJO6_2 10652-16012 Transformador

VIV6-ALE6 16013-16001 Linha

VIV6-PFE6 16013-16009 Linha

VIV6-SJO6 16013-16012 Linha

VIV6-VIV6.6 16013-10658 Transformador

VIV6-VIV6.6_2 16013-10658 Transformador

VIV6.6-VIV6 10658-16013 Transformador

VIV6.6-VIV6_2 10658-16013 Transformador

VTO3TR1-VTO6 13055-16014 Transformador

VTO3TR2-VTO6 13056-16014 Transformador

VTO3TR3-VTO6 13057-16014 Transformador

MCH3 50,53395/49,11205 0,763/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5326/49,1113 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,10945 0,272/3,6629

SSR3 50,5348/49,112 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,1109 0,35/3,6629

MCH3 50,536/49,09215 0,7630/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,53445/49,09155 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,0881 0,272/3,6629

SSR3 50,53695/49,0921 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,08975 0,35/3,6629

MCH3 50,53345/49,1123 0,7630/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,53235/49,1116 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,10975 0,272/3,6629

SSR3 50,5343/49,11225 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,1112 0,35/3,6629

MCH3 50,5176/48,5847 0,4630/3,9569 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5016/48,58505 0,4630/3,9569 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/48,58595 0,272/3,9569

SSR3 50,5245/48,58465 0,4630/3,9569

SVC3 50,89905/48,5849 0,35/3,9569

MCH3 48,55215 3,7929 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 48,55215 3,7929 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/48,5511 0,272/3,7929

SSR3 50,5061/48,5521 0,4630/3,7929

SVC3 50,89905/48,5499 0,35/3,7929

MCH3 50,5209/48,98935 0,763/3,4559 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,51975/48,98845 0,763/3,4559 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/48,98955 0,272/3,4559

SSR3 50,5218/48,9893 0,763/3,4559

SVC3 50,89905/48,99075 0,35/3,4559

MCH3 50,5363/49,111 0,763/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5327/49,11025 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,10835 0,272/3,6629

SSR3 50,53715/49,11105 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,1098 0,35/3,6629

MCH3 50,5395/49,0897 0,763/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5377/49,0891 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,0849 0,272/3,6629

SSR3 50,54045/49,08965 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,08595 0,35/3,6629

MCH3 48,9933 3,5629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 48,99215 3,5629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/48,99065 0,272/3,5629

SSR3 50,5031/48,99325 0,463/3,5629

SVC3 50,89905/48,99195 0,35/3,5629

MCH3 50,5382/49,11015 0,763/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5362/49,1094 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,10755 0,272/3,6629

SSR3 50,53905/49,1101 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,10895 0,35/3,6629

MCH3 50,53435/49,1101 0,763/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5361/49,10915 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,1075 0,272/3,6629

SSR3 50,5352/49,11005 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,10895 0,35/3,6629

MCH3 50,53435/49,1101 0,763/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5361/49,10915 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,1075 0,272/3,6629

SSR3 50,5352/49,11005 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,10895 0,35/3,6629

MCH3 50,53435/49,1101 0,763/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5361/49,10915 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,1075 0,272/3,6629

SSR3 50,5352/49,11005 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,10895 0,35/3,6629

Regime Transitório (rede eléctrica da Madeira: Muita Eólica): Cenário Vazio de Inverno Típico

From BUS - To BUS

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede Ligação dos geradores eólicos

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Limites de Tensão do Limites de Tensão do Sobrecarga nos ramos (%) Desvios frequência da rede do SEPM Desvios frequência dos geradores

Cumprimento da curva do FRT do RRT

NPE´s fora de serviço

ALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador

Cumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

ALE6.6-ALE6 10603-16001 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRTCNL6-CTC6 16005-16007 Linha

13015-16006 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CTA3-CTA6_2 13015-16006 Transformador

CTA3-CTA6

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRTCTC6-CNL6 16007-16005 Linha

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRTCTC6-GRCTC 16007-11100 Transformador

Linha

GRCTC-CTC6 11100-16007 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE6-MCH6 16009-16008 Linha

ALE6-VIV6 16001-16013 Linha

ALE6-VTO6 16001-16014

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE6-PFE3 16009-13032 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE6-PFE3_2 16009-13032 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE6-PFE6.6 16009-10646 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE6-PFE6.6_2 16009-10646 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PFE6-VIV6 16009-16013 Linha

PFE6-VTO6 16009-16014 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML3-PML6 13071-16002 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

16014-16001 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-CTA6 16014-16006 Linha

VTO6-ALE6

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-G16CTV 16014-10601 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-G17CTV 16014-10666 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-G18CTV 16014-10667 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-G20CTV 16014-10665 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

16014-16009 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-PML6 16014-16002 Linha

VTO6-PFE6

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-SCR6 16014-16011 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-SJO6 16014-16012 Linha Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

16014-13056 Transformador

VTO6-VTO3TR1 16014-13055 Transformador

VTO6-VTO3TR3 16014-13057 Transformador

VTO6-VTO3TR2

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

ANEXO (5) Adequação  dos  parâmetros  dos  geradores  eólicos:  lista  das  simulações efectuadas no cenário Ponta de Verão e resumo dos resultados obtidos    

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo

f (Hz)

Instante

t (s)Nº PE

Instante

t (s)BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,5292 GRTER 0,5292 GRTER-TER6.6 509,2

ALE6.6 0,6617 ALE6.6 0,6617 ALE6.6-TER6.6 174,8 174,8 174,8

TER6.6 0,6366 TER6.6 0,6366

MCH3 49,42715 4,1499 NPE6 0,141 NPE6 0,1259 0,35

FCH3 49,42605 4,3499 ME 0,101 ME 0,0000 0,101

CTA3 49,4289 4,5499

SSR3 49,42715 4,1499

SVC3 49,4287 4,5499

PDG6.6 0,9444 NPE2 0,354 NPE2 0,1786 0,35

SDA6.6 0,9392 NPE5 0,266 NPE5 0,1274 0,35

PDP6.6 0,9484 NPE7 0,263 NPE7 0,1274 0,35

NPE8 0,263 NPE8 0,1274 0,35

Xeq=0,5

Xeq=0,8 (Cenário Ponta de Verão)

From BUS - To BUS

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede

PML3-PML6 13071-16002 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CTA3-CTA6 13015-16006 Transformador

ALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador

Ligação dos geradores eólicos

Limites de Tensão do

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Cumprimento da curva

do FRT do RRTCumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

Limites de Tensão do Sobrecarga nos ramos (%) Desvios frequência da rede do SEPM NPE´s fora de serviço Desvios frequência dos geradores

Funcionamento da rede Ligação dos geradores eólicos

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo

f (Hz)

Instante

t (s)Nº PE

Instante

t (s)BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,2999 GRTER 0,2999 ALE6.6-TER6.6 76,4 76,4 76,4

ALE6.6 0,771 ALE6.6 0,771

TER6.6 0,4813 TER6.6 0,4813

MCH3 49,453 4,1499 NPE6 0,262 NPE6 0,1382 0,35

FCH3 49,45235 4,3499 ME 0,114 ME 0,0000 0,114

CTA3 49,45535 4,5499

SSR3 49,453 4,1499

SVC3 49,45505 4,5499

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede

Cumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

Limites de Tensão do

RRT [0.95-1.05]

Limites de Tensão do

SEPM [0.90-1.10]Sobrecarga nos ramos (%)

Desvios frequência da rede do SEPM

[49,5-50,5]

Desvios frequência dos geradores

eólicos no RRT [47,5-51,5] Cumprimento da curva

do FRT do RRT

From BUS - To BUS

Ligação dos geradores eólicos

CTA3-CTA6 13015-16006 Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML3-PML6 13071-16002 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Transformador

ALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador

From BUS - To BUS

Tipo de RamoLimites de Tensão do

RRT [0.95-1.05]

Limites de Tensão do

SEPM [0.90-1.10]Sobrecarga nos ramos (%) NPE´s fora de serviço

Desvios frequência dos geradores

eólicos no RRT [47,5-51,5] Cumprimento da curva

do FRT do RRTCumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

Desvios frequência da rede do SEPM

[49,5-50,5]

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Xeq=0,6

NPE´s fora de serviço

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo

f (Hz)

Instante

t (s)Nº PE

Instante

t (s)BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,7038 GRTER 0,7038 ALE6.6-TER6.6 69,2 69,2 69,2

ALE6.6 0,747 ALE6.6 0,747

TER6.6 0,7845 TER6.6 0,7845

MCH3 49,4421 4,1499 NPE6 0,187 NPE6 0,1328 0,35

FCH3 49,4413 4,3499 ME 0,102 ME 0,0000 0,102

CTA3 49,4443 4,5499

SSR3 49,44375 4,4499

SVC3 49,4441 4,5499

PDG6.6 0,9487 NPE5 0,425 NPE5 0,1986 0,35

SDA6.6 0,9435 NPE7 0,422 NPE7 0,1983 0,35

NPE8 0,422 NPE8 0,1984 0,35

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo

f (Hz)

Instante

t (s)Nº PE

Instante

t (s)BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,5862 GRTER 0,5862 ALE6.6-TER6.6 64 64 64

Sobrecarga nos ramos (%)Desvios frequência da rede do SEPM

[49,5-50,5]

Desvios frequência dos geradores

eólicos no RRT [47,5-51,5] Cumprimento da curva

do FRT do RRTCumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

Xeq=0,7

From BUS - To BUS

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Limites de Tensão do

RRT [0.95-1.05]

Limites de Tensão do

SEPM [0.90-1.10]

PML3-PML6 13071-16002 Transformador

CTA3-CTA6 13015-16006 Transformador

Cumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

ALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

do FRT do RRT

Ligação dos geradores eólicos

NPE´s fora de serviço

GRTER 0,5862 GRTER 0,5862 ALE6.6-TER6.6 64 64 64

TER6.6 0,7064 TER6.6 0,7064

MCH3 49,4337 4,1499 NPE6 0,157 NPE6 0,1289 0,35

FCH3 49,43275 4,3499 ME 0,101 ME 0,0000 0,101

CTA3 49,4357 4,5499

SSR3 49,4337 4,1499

SVC3 49,4355 4,5499

PDG6.6 0,9444 NPE2 0,409 NPE2 0,18359 0,35

SDA6.6 0,9392 NPE5 0,321 NPE5 0,12876 0,35

PDP6.6 0,9484 NPE7 0,317 NPE7 0,12876 0,35

NPE8 0,318 NPE8 0,12876 0,35

ALE6-ALE66 -> Xeq = 0,7

CTA3-CTA6 -> Xeq = 0,6

PML3-PML6 -> Xeq = 0,7

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo

f (Hz)

Instante

t (s)Nº PE

Instante

t (s)BUS t (s) f (Hz)

Alteração das parametrizações das protecções dos geradores eólicos

From BUS - To BUS

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede

Cumprimento da curva

do FRT do RRTCumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Limites de Tensão do

RRT [0.95-1.05]

Limites de Tensão do

SEPM [0.90-1.10]

Ligação dos geradores eólicos

NPE´s fora de serviçoSobrecarga nos ramos (%)Desvios frequência da rede do SEPM

[49,5-50,5]

Desvios frequência dos geradores

eólicos no RRT [47,5-51,5]

0,50,5 0,7 0,7 0,5 0,5 0,5; 0,6 ou 0,7Qual o melhor Xeq

PML3-PML6 13071-16002 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRTCTA3-CTA6 13015-16006 Transformador

ALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML3-PML6 (Xeq=0,7) 13071-16002 Transformador

CTA3-CTA6 (Xeq=0,6) 13015-16006 Transformador

ANEXO (6) Adequação  dos  parâmetros  dos  geradores  eólicos:  lista  das  simulações efectuadas  no  cenário  Vazio  de  Inverno  Típico  e  resumo  dos  resultados obtidos    

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo f

(Hz)

Instante t

(s)Nº PE Instante t (s) BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,5561 GRTER 0,5561 GRTER-TER6.6 131,6 MCH3 49,48045 3,5499

ALE6.6 0,6685 ALE6.6 0,6685 FCH3 49,47975 3,5499

TER6.6 0,6325 TER6.6 0,6325 CTA3 50,91685/49,4794 0,35/3,5499

SSR3 49,4804 3,5499

SVC3 50,7489/49,4803 0,35/3,5499

MCH3 49,05235 1,55 NPE2 0,326 NPE2 0,1564 0,35

FCH3 49,05195 1,55 NPE6 0,119 NPE6 0,0837 0,35

CTA3 49,043 1,55 ME 0,101 ME 0,0000 0,101

SSR3 49,05265 1,55

SVC3 49,0446 1,55

MCH3 48,73985 3,021 NPE2 0,179 NPE2 0,08323 0,35

FCH3 48,7399 3,021 NPE5 0,151 NPE5 0,06566 0,35

CTA3 48,7381 3,021 NPE6 0,339 NPE6 0,19161 0,35

SSR3 48,7398 3,021 NPE7 0,151 NPE7 0,06566 0,35

SVC3 48,7393 3,021 NPE8 0,151 NPE8 0,06566 0,35

MCH3 50,5395/49,0897 0,763/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5377/49,0891 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,0849 0,272/3,6629

SSR3 50,54045/49,08965 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,08595 0,35/3,6629

MCH3 50,53435/49,1101 0,763/3,6629 NPE2 0,363 NPE2 0,1970 0,272

FCH3 50,5361/49,10915 0,763/3,6629 NPE6 0,272 NPE6 0,1310 0,35

CTA3 51,1984/49,1075 0,272/3,6629

SSR3 50,5352/49,11005 0,763/3,6629

SVC3 50,89905/49,10895 0,35/3,6629

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo f

(Hz)

Instante t

(s)Nº PE Instante t (s) BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,5957 GRTER 0,5957 CTA3 50,52075 0,271

ALE6.6 0,7737 ALE6.6 0,7737 SVC3 50,58485 0,35

TER6.6 0,6821 TER6.6 0,6821

MCH3 48,79675 2,963 NPE6 0,162 NPE6 0,1006 0,35

FCH3 48,797 2,963 ME 0,115 ME 0,0000 0,115

CTA3 48,78995 2,963

SSR3 48,7967 2,963

SVC3 48,79085 2,963

MCH3 48,993 2,656 NPE2 0,262 NPE2 0,09268 0,35

FCH3 48,9929 2,656 NPE5 0,243 NPE5 0,07312 0,35

CTA3 48,9932 2,656 NPE7 0,241 NPE7 0,07312 0,35

SSR3 48,99295 2,656 NPE8 0,241 NPE8 0,07312 0,35

SVC3 48,99095 2,656

MCH3 50,52015/49,44565 0,75/3,5499

FCH3 50,52095/49,44465 0,75/3,5499

CTA3 50,9154/49,44135 0,35/3,3599

SSR3 50,5222/49,4456 0,45/3,5499

SVC3 50,75775/49,44255 0,35/3,5499

MCH3 50,52225/49,45915 0,75/3,5499

FCH3 50,5249/49,4576 0,75/3,5499

CTA3 50,9154/49,45665 0,35/3,5499

SSR3 50,52265/49,4591 0,75/3,5499

SVC3 50,75775/49,4578 0,35/3,5499

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo f

(Hz)

Instante t

(s)Nº PE Instante t (s) BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,4953 GRTER 0,4953 CTA3 50,78305 0,35

ALE6.6 0,6941 ALE6.6 0,6941 SVC3 50,6523 0,35

TER6.6 0,5878 TER6.6 0,5878

MCH3 48,74135 3,022 NPE6 0,139 NPE6 0,0948 0,35

FCH3 48,74175 3,022 ME 0,103 ME 0,0000 0,103

CTA3 48,73545 2,922

SSR3 48,7413 3,022

SVC3 48,73695 2,922

MCH3 48,98155 5,58 NPE2 0,225 NPE2 0,08851 0,35

FCH3 48,98125 2,58 NPE5 0,194 NPE5 0,06983 0,35

CTA3 48,9814 2,68 NPE7 0,192 NPE7 0,06983 0,35

SSR3 48,9815 2,58 NPE8 0,192 NPE8 0,06983 0,35

SVC3 48,97895 2,68

MCH3 50,5468/49,41325 0,75/3,5499

FCH3 50,5498/49,4116 0,75/3,5499

CTA3 50,54385/49,45665 0,75/3,5499

SSR3 50,52265/49,4132 0,75/3,5499

SVC3 50,52755/49,4118 0,85/3,5499

Nome Numero BUS Valor (pu) BUS Valor (pu) Ramo RATING A RATING B RATING C BUSValor extremo f

(Hz)

Instante t

(s)Nº PE Instante t (s) BUS t (s) f (Hz)

GRTER 0,6402 GRTER 0,6402 CTA3 50,8568 0,35

ALE6.6 0,7684 ALE6.6 0,7684 SVC3 50,7057 0,35

TER6.6 0,7175 TER6.6 0,7175

MCH3 48,5742 3,147 NPE2 0,423 NPE2 0,1986 0,35

FCH3 48,5748 3,147 NPE6 0,126 NPE6 0,0906 0,35

CTA3 48,5724 3,047 ME 0,101 ME 0,0000 0,101

SSR3 48,57415 3,147

SVC3 48,57265 3,047

MCH3 48,95435 2,582 NPE2 0,197 NPE2 0,0855 0,35

FCH3 48,95415 2,582 NPE5 0,168 NPE5 0,06745 0,35

CTA3 48,9549 2,682 NPE7 0,166 NPE7 0,06745 0,35

SSR3 48,9543 2,582 NPE8 0,166 NPE8 0,06745 0,35

SVC3 48,9525 2,682

MCH3 50,5657/49,35845 0,75/3,6499

FCH3 50,56595/49,35765 0,75/3,6499

CTA3 51,10975/49,3529 0,2710/3,6499

SSR3 50,56835/49,35845 0,45/3,6499

SVC3 50,86315/49,3541 0,35/3,6499

MCH3 50,56855/49,37295 0,85/3,6499

FCH3 50,56925/49,3718 0,75/3,6499

CTA3 51,10975/49,37025 0,2710/3,6499

SSR3 50,56885/49,3729 0,85/3,6499

SVC3 50,86315/49,3718 0,35/3,6499

From BUS - To BUS

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede Ligação dos geradores eólicos

Xeq=0,6

From BUS - To BUS

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede Ligação dos geradores eólicos

Xeq=0,7

From BUS - To BUS

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede Ligação dos geradores eólicos

Xeq=0,5

From BUS - To BUS

Tipo de Ramo

Funcionamento da rede Ligação dos geradores eólicos

Xeq=0,8 (Cenário Vazio de Inverno Típico)

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-VTO3TR1 16014-13055 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-PML6 16014-16002 Linha

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML3-PML6 13071-16002 Transformador

CTA3-CTA6 13015-16006 Transformador

Cumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

ALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

NPE´s fora de serviçoLimites de Tensão do

RRT [0.95-1.05]

Limites de Tensão do

SEPM [0.90-1.10]Sobrecarga nos ramos (%)

Desvios frequência da rede do SEPM

[49,5-50,5]

Desvios frequência dos geradores

eólicos no RRT [47,5-51,5]Cumprimento da curva do FRT do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRTVTO6-VTO3TR1 16014-13055 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML3-PML6 13071-16002 Transformador

CTA3-CTA6 13015-16006 Transformador

Cumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

ALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

NPE´s fora de serviçoLimites de Tensão do

RRT [0.95-1.05]

Limites de Tensão do

SEPM [0.90-1.10]Sobrecarga nos ramos (%)

Desvios frequência da rede do SEPM

[49,5-50,5]

Desvios frequência dos geradores

eólicos no RRT [47,5-51,5]Cumprimento da curva do FRT do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-VTO3TR1 16014-13055 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

VTO6-PML6 16014-16002 Linha

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML3-PML6 13071-16002 Transformador

CTA3-CTA6 13015-16006 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRTALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

PML3-PML6

VTO6-VTO3TR1 16014-13055 Transformador

VTO6-PML6 16014-16002 Linha

13071-16002 Transformador

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

CTA3-CTA6 13015-16006 Transformador

ALE6-ALE6.6 16001-10603 Transformador

Sobrecarga nos ramos (%)Desvios frequência da rede do SEPM

[49,5-50,5]

Desvios frequência dos geradores

eólicos no RRT [47,5-51,5]Cumprimento da curva do FRT do RRT Cumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

NPE´s fora de serviçoLimites de Tensão do

RRT [0.95-1.05]

Limites de Tensão do

SEPM [0.90-1.10]

Não é cumprida integralmente a curva da Fig.2 do RRT

Desvios frequência dos geradores

eólicos no RRT [47,5-51,5]Cumprimento da curva do FRT do RRT Cumprimento da curva de Injecção de Reactiva do RRT

NPE´s fora de serviçoLimites de Tensão do

RRT [0.95-1.05]

Limites de Tensão do

SEPM [0.90-1.10]Sobrecarga nos ramos (%)

Desvios frequência da rede do SEPM

[49,5-50,5]

APÊNDICE (1) Modelos de simulação O Power System Simulator for Engineering (PSS/E) é um pacote de software que permite simular o trânsito de 

energia de uma rede eléctrica em regime estacionário e em regime perturbado. Para estudar a rede eléctrica 

da  Ilha  da Madeira  foram  utilizados modelos  de  simulação  existentes  em  bibliotecas  do  PSS/E‐2918. Neste 

apêndice descrevem‐se, de  forma  sucinta, os modelos utilizados nas  simulações efectuadas, assim  como os 

valores dos parâmetros que foram atribuídos a cada um dos modelos. 

Modelos dos Geradores Síncronos A grande maioria das centrais hídricas e  térmicas que compõem o SEPM estão equipadas com geradores do 

tipo máquinas  síncronas de pólos  salientes. No  regime estacionário estes geradores  são definidos como nós 

tipo PV, que são nós de potência activa constante ‐ módulo da tensão constante, sendo necessário definir: os 

limites de produção máxima e mínima de potência reactiva, a potência nominal da máquina e a reactância sub‐

transitória na base da potência nominal. Para as simulações em regime transitório é utilizado o modelo GENSAL 

(Salient Pole Generator Model), cujos parâmetros são introduzidos no programa no Formato AP1.1, em que: 

• IBUS é o barramento da rede eléctrica onde está ligado o modelo; 

• T’d0, T’’d0 e T’’q0 são constantes de tempo transitórias e sub‐transitórias em vazio; 

• H é a constante de inércia; 

• D é o amortecimento; 

• Xd e Xq são reactâncias síncronas, X’d reactância transitória, X’’d=X’’q reactâncias sub‐transitórias e X1 

reactância de dispersão do estator; 

• S(1.0) e S(1.2) são as características de magnetização da máquina. 

IBUS, ‘GENSAL’, I, T’d0, T’’d0, T’’q0, H, D, Xd, Xq, X’d, X’’d, X1, S(1.0), S(1.2)/ 

Formato AP1.1 – Formato de dados do modelo GENSAL  

Nos  quadros  das  figuras  AP1.1  e  AP1.2  listam‐se  os  valores  definidos  em  [2]  para  as  Centrais  Térmicas  e 

Hídricas, respectivamente. 

 Figura AP1.1 – Parâmetros dos Geradores Síncronos das Centrais Térmicas do SEPM   

18 Versão 29 do programa PSS/E, da Siemens PTI 

 Figura AP1.2 – Parâmetros dos Geradores Síncronos das Centrais Hídricas do SEPM 

 

Modelo dos Reguladores de Tensão Um gerador síncrono necessita de um sistema de excitação que assegure as funções de regulação e protecção 

do  gerador  através  do  controlo  da  tensão. A  regulação  dos  valores  de  tensão  depende  essencialmente  do 

trânsito  de  potência  reactiva.  Um  desequilíbrio  entre  a  potência  reactiva  produzida  e  a  potência  reactiva 

consumida provoca um desvio de tensão nos barramentos que é ajustada com o regulador de tensão, tendo 

um escalão de  tensão  como  referência. Na  Figura AP1.3. apresenta‐se o diagrama de blocos do modelo do 

regulador de tensão. 

 Figura AP1.3 – Esquema do regulador de tensão IEEET1 

 

O modelo utilizado para  simular os  reguladores de  tensão, associados aos geradores  síncronos,  foi o  IEEET1 

(IEEE Type 1 Excitation  System)  cujos parâmetros definidos em  [2] para  cada um dos  grupos geradores  são 

apresentados nos quadros das figuras AP1.4 e AP1.5 e introduzidos no programa com o Formato AP1.2. 

IBUS, ‘IEEET1’, I, Tr, Ka, Ta, Vmax, Vmin, Ke, Te, Kf, Tf, 0., E1, S(E1), E2, S(E2)/ 

Formato AP1.2 – Formato de dados do regulador de tensão: modelo IEEET1 

 

 Figura AP1.4 – Dados dos reguladores de tensão das Centrais Térmicas   

 Figura AP1.5 – Dados dos reguladores de tensão das Centrais Hídricas 

 

Modelo dos Reguladores de Carga ‐ Velocidade Num  sistema eléctrico a potência consumida varia com o  tempo pelo que, para manter o equilíbrio entre a 

produção e o consumo, a potência produzida tem que se ajustar às necessidades do consumo. A frequência de 

uma  rede  está  relacionada  com  o  equilíbrio  entre  as  potências  activas  gerada  e  consumida  dessa  rede. O 

controlo primário de frequência da rede é assegurado pelos reguladores de carga – velocidade, associados aos 

grupos geradores. O diagrama de blocos do regulador carga‐velocidade DEGOV1 (Woodward Diesel Governor) 

apresenta‐se na Figura AP1.6. 

 Figura AP1.6 – Esquema do regulador de carga‐velocidade DEGOV1 

 

Na  rede  eléctrica  da Madeira  foi  utilizado  este modelo  para  simular  os  reguladores  de  carga  ‐  velocidade 

associados  às  centrais  térmicas  equipadas  com motores de  combustão  interna. No quadro da  Figura AP1.7 

apresentam‐se  os  valores  assumidos  em  [2]  para  os  parâmetros  no  Formato AP1.3,  referente  ao modelo 

DEGOV1. 

IBUS, ‘DEGOV1’, I, Droop Control, T1, T2, T3, K, T4, T5, T6, Td, Tmax, Tmin/, Droop, Te/ 

Formato AP1.3 – Formato de dados do regulador de carga‐velocidade: modelo DEGOV1  

 Figura AP1.7 – Dados dos reguladores DEGOV1 das Centrais Térmicas com motores de combustão interna 

Nas centrais com turbinas a vapor, que são a Central Hídrica dos Socorridos (SCR), a Central Térmica de Meia 

Serra (MSR) e o Grupo 20 da Central de Vitória (G20CTV), foi utilizado o modelo IEESGO (IEEE Standard Turbine‐

Governor), cujo esquema se apresenta na Figura AP1.8. 

 Figura AP1.8 – Esquema do regulador de carga‐velocidade IEESGO 

 

Para  o modelo  IEESGO  foram  considerados  os  parâmetros  da  Figura AP1.9  introduzidos  de  acordo  com  o 

Formato AP1.4. O  valor  de  Pmax  do G20CTV  depende  da  condição  de  carga  dos  grupos  a  diesel  da  Central 

Térmica de Vitória (grupos G17CTV, G18CTV e G19CTV) na proporção indicada na Figura AP1.10. 

IBUS, ‘IEESGO, I, T1, T2, T3, T4, T5, T6, K1, K2, K3, Pmax, Pmin/ 

Formato AP1.3 – Formato de dados do regulador de carga‐velocidade: modelo IEESGO  

 Figura AP1.9 – Dados do regulador IEESGO da Central Hídrica dos Socorridos, da Central Térmica de Meia Serra e do G20CTV 

 

 Figura AP1.10 – Relação entre a potência do G20CTV e a potência dos G17CTV, G18CTV e G19CTV 

 

Modelo dos Geradores de Indução de Rotor em Gaiola As máquinas de indução com o rotor em gaiola (denominadas por MIRG) são máquinas que consomem sempre 

potência  reactiva  independentemente  do  seu  ponto  de  operação.  Assim,  e  porque  a  potência  reactiva 

necessária à magnetização destas máquinas aumenta com a potência activa enviada para a rede, é necessário 

instalar sistemas de compensação de potência reactiva. Estes sistemas, que permitem minimizar a constante 

de injecção de reactiva na rede, podem ser: baterias de condensadores simples, baterias de condensadores em 

escalões ou STATCOM19. 

Na ilha da Madeira, existem 4 parques eólicos constituídos por MIRG. Estes 4 parques eólicos (os mais antigos) 

são o Parque Eólico de ENEREEM (designado por PE1), constituído por 5 geradores eólicos, o Parque Eólico de 

PERFORM  (designado  por  PE2)  com  6  geradores,  o  Parque  Eólico  de  ENERGÓLICA  (designado  por  PE3), 

composto por 4 geradores e o Parque Eólico de ENERGÓLICA (designado por PE4), constituído por 2 geradores. 

Os PE1, PE2 e PE3 estão localizados no Paul da Serra e o PE4 está localizado no Caniçal. Para além dos parques 

eólicos acima referidos, a Central Hídrica do Lombo do Brasil (LBR) e a Central Hídrica da Terça (TER) também 

estão equipadas com MIRG.  

No  regime  estacionário,  os modelos MIRG  são  iguais  aos modelos  utilizados  para  as máquinas  síncronas, 

excepto na definição dos limites da potência reactiva, devido à característica acima referida. Para as simulações 

em regime transitório é utilizado o modelo CIMTR3 (Induction Generator Model), do PSS/E. Os dados a fornecer 

a este modelo têm como grandezas base a potência nominal e tensão nominal da máquina, sendo necessário 

definir: 

• constantes de tempo da máquina, quer seja de gaiola simples (T’) ou de gaiola dupla (T’’); 

• constante de inércia (H); 

• amortecimento (D); 

• reactâncias síncronas (X), transitórias (X’), sub‐transitórias (X’’) e de dispersão do estator (Xl); 

• característica de magnetização da máquina (S). 

Estes parâmetros  são escritos de acordo com o Formato AP1.5 e os valores que  foram  considerados em  [2] 

estão tabelados na Figura AP1.11.  

IBUS, ‘CIMTR3’, I, T’, T’’, H, X, X’, X’’, Xl, E1, S(E1), E2, S(E2), 0., SYN‐POW/ 

Formato AP1.4 – Formato de dados do modelo CIMTR3  

 Figura AP1.11 – Parâmetros das MIRG dos (a) parques eólicos PE1, PE2, PE3 e PE4 e (b) das Centrais Hídricas de Lombo do 

Brasil e Terça   

19 STATCOM (static synchronous compensator) é um dispositivo electrónico utilizado para regular a tensão no ponto de ligação através do controlo do fluxo de potência reactiva 

Modelo dos Geradores de Indução Duplamente Alimentados O princípio de  funcionamento das máquinas  de  indução  duplamente alimentadas  (denominadas por MIDA) 

permite controlar a velocidade da máquina através de um sistema de conversão CA/CC/CA ligada ao rotor da 

máquina, conforme Figura AP1.12. Os conversores CA/CC/CA, ligados ao transformador elevador, controlam a 

tensão contínua aos  terminais do condensador do subsistema de corrente contínua e controlam o  factor de 

potência aos terminais da máquina. O estator da máquina encontra‐se directamente ligado à rede. 

 Figura AP1.12 – Esquema simplificado das máquinas tipo MIDA 

 

O  aumento  da  incorporação  de  geração  eólica  foi  efectuado,  no  âmbito  dos  estudos  [2]  e  [3],  através  da 

instalação de novos parques eólicos constituídos por máquinas do  tipo MIDA com capacidade para suportar 

cavas de tensão. No PE2, para além dos 6 geradores instalados com máquinas do tipo MIRG, foram previstos 3 

novos geradores com máquinas do tipo MIDA (os GR7, GR8 e GR9 do designado NPE2, para os distinguir dos 

restantes  geradores  eólicos do mesmo PE2).  Foram dimensionados  ainda mais 4 parques  eólicos: o Parque 

Eólico Quinta  do  Lorde  (designado  por NPE5),  constituído  por  2  geradores,  o  Parque  Eólico  ENEREEM_PE1 

(designado por NPE6), constituído por 3 geradores, o Parque Eólico ENEREEM_PE2 (designado por NPE7), com 

4 geradores e o Parque Eólico ENEREEM_PE3  (designado por NPE8), constituído por 7 geradores eólicos. No 

cenário Muita Eólica o acréscimo de 20 MW foi simulado com um único gerador do tipo MIDA, denominado 

por Muita Eólica (ME). 

Nos estudos em regime transitório os geradores eólicos, que não sejam do tipo MIRG, são representados por 

modelos eólicos existentes numa biblioteca do PSS/E denominada WINDLIB. O modelo eólico que representa 

as máquinas do tipo MIDA é composto por quatro sub‐modelos específicos: o sub‐modelo GEAERA, que calcula 

a  força  aerodinâmica  aplicada  ao  rotor  da  turbina;  o  sub‐modelo  GECNA  que  representa  o  controlo  do 

conversor do  lado do rotor; o GEDFA que representa o gerador de  indução duplamente alimentado; e o sub‐

modelo de controlo do ângulo de pitch das pás do rotor que é designado por GEPCHA. Para além destes sub‐

modelos  são  ainda utilizados modelos  para  a  velocidade  do  vento  (WGUSTA), que  servem  de  input  para o 

gerador eólico e um modelo para o sistema de duas massas do rotor associado à caixa de velocidade da turbina 

(W2MSFA).    

A Figura AP1.13 apresenta o diagrama de blocos dos geradores com máquinas do tipo MIDA, consideradas no 

estudo [3], e a ligação entre os vários sub‐modelos. 

 Figura AP1.13 – Diagrama de blocos dos modelos para simulação de geradores do tipo MIDA 

 

Os geradores eólicos dos novos parques eólicos  (NPE5, NPE6, NPE7 e NPE8), assim  como os  três grupos do 

NPE2,  foram  representados  pelo  modelo  GE,  com  a  potência  de  1,5  MW.  Uma  vez  que  cada  parque  é 

representado  por  um  equivalente  com  a  potência  total,  foi  calculado  o  número  de máquinas  de  1,5 MW 

necessárias para satisfazer a potência  instalada prevista e a potência gerada pelo parque. Foi considerado no 

estudo  [2] que a potência gerada  corresponde a 80%20 da potência  instalada prevista. No quadro da Figura 

AP1.14 são especificados os parâmetros considerados no estudo  [2] e no quadro da Figura AP1.15 os dados 

equivalentes para cada parque eólico. 

 Figura AP1.14 – Parâmetros das MIDA dos parques eólicos NPE2, NPE5, NPE6, NPE7 e NPE8 

   

20 No estudo [3] foi considerado que a potência gerada por um parque eólico corresponde a 90% da potência instalada desse parque e não os 80% considerados no estudo [2]. 

 Figura AP1.15 – Dados equivalentes dos parques eólicos (NPE2, NPE5, NPE6, NPE7 e NPE8) com máquinas do tipo MIDA  

 Nos parques eólicos com geradores do tipo MIDA foram dimensionadas as protecções de mínimo e máximo de 

tensão (de acordo com o modelo VTGTPA) de forma a não se desligarem de rede durante a ocorrência de uma 

cava de tensão, com a amplitude e duração da cava prevista na Figura AP1.16. 

 Figura AP1.16 – Curva da cava de tensão a suportar pelos geradores eólicos tipo MIDA 

 

Afectação e despacho das unidades de geração O  principal  objectivo  do  estudo  [3]  foi  avaliar  o  impacto  do  aumento  da  potência  eólica  instalada  na 

estabilidade da rede, pelo que foi considerado que a potência eólica injectada na rede correspondia a 90% da 

potência  eólica  instalada  (e  não  os  80%  considerados  inicialmente  no  estudo  [2]).  Neste  pressuposto  e 

considerando o cenário Muita Eólica, a potência eólica injectada considerada foi de 48,7 MW. 

O despacho das unidades hídricas e das unidades térmicas alocado para cada cenário foi calculado tendo como 

base os dados  fornecidos pela EEM, assim como os valores estipulados para a  reserva girante necessária na 

rede. A reserva girante, considerando o cenário Ponta de Verão, é de 44 MW e, no cenário Vazio de  Inverno 

Típico, de 32 MW, sendo garantida pelos grupos das Centrais Térmicas de Vitória (CTV) e Caniçal (CTC). 

Calculados  os montantes  a  alocar  a  cada  uma  das  centrais,  para  cada  um  dos  cenários,  e  considerando  a 

potência da carga estimada para o  cenário Ponta de Verão  (de 192 MW) e para o  cenário Vazio de  Inverno 

Típico (de 95 MW), foram definidos em [3] os valores de produção descritos na Tabela AP1.1. 

Centrais Configuração Avançada ‐ Cenário Muita Eólica Ponta de Verão Vazio de Inverno Típico 

Hídrica (MW)  18 10,1Eólica (MW)  48,7 48,7Térmica (MW)  130,4 38,7Total (MW)  197,1 97,5Perdas 2,6 % 2,6 %Tabela AP1.1 – Valores de produção considerando os cenários PV e VIT no estudo [3] 

   

APÊNDICE (2) Método de medição da corrente reactiva a injectar na rede pelos geradores eólicos durante uma cava de tensão provocada por um defeito na rede No APÊNDICE (2) apresenta‐se o método do calculo da relação (U/Un) com (Irea/Ipd), tanto no regime normal de 

funcionamento como no regime de defeito e recuperação do defeito, de forma a verificar a curva exigida aos 

geradores eólicos no RRT. Tendo em consideração o método desenvolvido e os dados disponíveis nos modelos 

dos  geradores  eólicos  simulados,  demonstra‐se  como  foram  obtidos os  valores  de  Irea  e  de  Ipd.  Por  último, 

apresenta‐se o fluxograma do algoritmo criado para o cálculo e verificação do cumprimento da curva do RRT. 

Condições de verificação da curva de fornecimento de reactiva pelos geradores eólicos, prevista no RRT No RRT é exigido às instalações de produção eólicas que sejam capazes de injectar na rede corrente reactiva, 

de acordo com a Figura 2.2. 

 Figura 2.2 ‐ Curva de fornecimento de reactiva pelos centros electroprodutores eólicos durante cavas de tensão 

 

Em cada simulação efectuada e para todos os geradores eólicos com capacidade de suportar cavas de tensão, 

foram calculadas a corrente reactiva  (Irea) e a corrente pré‐defeito  (Ipd),  tendo‐se verificado as  igualdades da 

Tabela AP2.1, de forma a cumprir a curva da Figura 2.2. 

Regime de funcionamento      %  

Em regime normal de funcionamento  0,811    20 

Em regime de defeito e recuperação 

0,5 0,811  2,25 2,025 100 

0,5  90 100 

Tabela AP2.1 – Condições de verificação do fornecimento de corrente reactiva 

   

I reactiv

a/I npré‐defeito [%

]  

U/Unominal [pu] 

Cálculo da corrente reactiva (Irea) e da corrente pré‐defeito (Ipd)  

Para o cálculo da corrente reactiva (Irea) foi considerada a Equação AP2.1: 

   

Equação AP2.1   

Se  se  admitir  que  a  componente  imaginária  da  tensão  é  praticamente  nula  ( 0    U  pode‐se 

simplificar a Equação AP2.1 de forma a obter o seguinte sistema de equações: 

  

Equação AP2.2  

Para cada instante (t) foi calculada a Irea em módulo, considerando a potência reactiva (Q) e o valor da tensão à 

saída do gerador eólico. 

| || || | 

Equação AP2.3  

Para  o  cálculo  da  corrente  pré‐defeito  (Ipd),  considerou‐se  que  Ipd  é  a  corrente  observada  no  instante 

imediatamente antes da ocorrência do defeito  (t0) e que  idealmente nesse  instante a potência reactiva deve 

ser nula (Q=0). Assim, Ipd é calculada de acordo com a Equação AP2.4: 

| || | 

Equação AP2.4   

Fluxograma de verificação da curva de fornecimento de reactiva pelos geradores eólicos prevista no RRT Tendo em consideração as condições da Tabela AP2.1, que representam o regime normal de funcionamento e 

o regime de funcionamento durante o defeito e durante a sua recuperação, assim como os valores de Irea e Ipd, 

foi criado o algoritmo descrito no fluxograma da Figura AP2.1 para validação da curva da Figura 2.2 

   

 Figura AP2.1 – Fluxograma implementado para verificação da curva de fornecimento de reactiva durante cavas de tensão