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HENRY FORD PRODUÇÃO EM MASSA E LINHA DE MONTAGEM FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO Profª. Larissa Bevervanço Mantovani FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO Profª. Larissa Bevervanço Mantovani

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HENRY FORD PRODUÇÃO EM MASSA E LINHA DE MONTAGEM

FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO

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Linha de Montagem Móvel

Produção em massa

Henry Ford (1863 – 1947)

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Peças padronizadas e Intercambiáveis, produzidas em quantidade

A partir daí deu origem ao Controle de Qualidade – Padronização e simplificação da produção

  Trabalhador especializadoCada pessoa/grupo tem uma tarefa específica e fixa dentro de um

processo pré-definido.Especialização para execução de uma tarefa.

  Críticas: gera mecanização da atividade humana e

alienação do trabalhador.

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Em 1908 – tempo do ciclo de produção era 514 min. Cada trabalhador trazia as peças até seu posto de trabalho e o carro vinha até o trabalhador.

  Em 1913 – passaram a entregar as peças no posto de

trabalho, cada montador executaria uma única tarefa, andando de um carro para outro. Tempo médio de cada etapa do ciclo 2,13 min. Porém surgia um problema, a movimentação consumia tempo e, como os montadores tinham velocidades diferentes de trabalho, os mais rápidos perdiam eficiência quando encontravam os mais lentos pela frente.

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Em 1914 – Surge a Linha de Montagem Móvel e Mecanizada para montagem do chassi, consumia 1h e 33min. de trabalho em contraste com as 12h e 28min. da montagem artesanal. O tempo médio do ciclo era 1,19min. devido à imobilidade do trabalhador.

A nova tecnologia reduzia a necessidade de investimentos em capital.

A velocidade maior da produção diminuía os custos de estoque.

Quanto mais carros eram fabricados, mais baratos ficavam.

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Ford inovou também adotando o dia de trabalho de 8 horas e decidiu dobrar o salário de seus funcionários, passando a hora de trabalho de US$ 2,14 para US$ 5,00. A procura pelos empregos foi gigantesca e tal medida provocou um abalo na bolsa de Nova York, conhecido como o Five Dollar Day (dia dos cinco dólares). Os números de produção do Modelo T eram impressionantes, assim como a eficiência do processo produtivo adotado por Ford. Para se ter uma ideia dos números, em 1914 a Ford tinha 13.000 empregados que produziam 308.162 carros, enquanto as outras 299 montadoras do mundo possuíam juntas 66.350 empregados e produziam apenas 280.000 veículos.

Ford partia do princípio de que os trabalhadores deveriam poder comprar o que produzem.

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Consumo em Massa!

Devido ao novo processo, o tempo de produção do Modelo T caiu e com o passar do tempo diminuiu ainda mais.

Ford pôs em prática a política de produção em massa para consumo em massa.

O modelo, que em 1909 custava US$ 900; passou para US$ 600 em 1913 e o preço foi diminuindo cada vez mais, até chegar a incríveis US$ 260.

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À medida em que a produção aumentava, os preços diminuíam, e com isso o modelo ganhava as ruas do mundo. Por volta de 1920, de cada dois carros no mundo, um era o Ford Modelo T. A produção em linha de montagem e a baixa dos preços faziam com que o carro se tornasse cada vez mais popular e passasse a ocupar um importante lugar na sociedade moderna, tornando-se inclusive um símbolo. A popularização do automóvel modificou de forma brusca as cidades.

Com a facilidade dos transportes, as famílias mais abastadas podiam morar longe dos centros urbanos e se dirigir a eles pelas rodovias que estavam sendo abertas. As cidades cresciam em círculos concêntricos, à medida que as elites se afastavam do centro para viver nas confortáveis casas do subúrbio. As cidades se organizavam em torno do automóvel.

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Desde que fosse preto...  

Detalhe curioso é que o Modelo T só era oferecido em uma cor.

Conta-se que Ford dizia que se podia comprar o T de qualquer cor, contanto que fosse preto... Isso ocorria porque a tinta preta é mais barata e seca mais rápido que as demais cores, o que agiliza o processo produtivo.

Apesar da restrição cromática, o carro foi um sucesso e teve enorme procura. Então, Ford começou a contratar funcionários e construir outras fábricas. Uma nova revolução estava a caminho.

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A lógica de Ford era a seguinte: pouco importa se tinha de baixar o preço dos carros ou aumentar os salários dos funcionários, desde que a atividades continuassem dando lucros.

Além disso, ao aumentar os salários, ele alcançava outros dois objetivos: a motivação de seus empregados e a criação de uma massa de consumidores, já que, para que ocorra o consumo é preciso que exista gente com dinheiro no bolso. Daí dizer-se que Ford teve participação na criação da classe média.

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EXPANSÃO DO MODELO FORD

Surge o trabalhador especializado. Engº. Industrial responsável por Planejamento e Controle de

Montagem. Engº. de Produção responsável pelo Planejamento dos

Processos de Fabricação. Técnicos que calibravam e reparavam as ferramentas. (padrão) Especialistas em Qualidade. Supervisores que deveriam encontrar os problemas na fábrica

para a Administração corrigi-los. No final da linha estavam os reparadores, para

corrigir/consertar as falhas. Faxineiros mantendo as áreas de trabalho bem limpas.

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Em 1915 – A Ford já era a principal fabricante da Inglaterra. Em 1923 – foram produzidos 2,1 milhões de unidades do modelo T. Em 1926 – a Ford montava automóveis em 19 países, além dos EUA.  Ford continuou à frente de sua indústria até 1943, quando se aposentou para gozar os

prazeres da vida e cuidar de sua saúde. Curiosamente, o grande empreendedor acabou perdendo terreno devido à relutância em mudar o Modelo T, quando outras empresas já ofereciam novas cores e equipamentos para seus carros. Ford recuperou prestígio e a liderança nas vendas com seu motor V8, apresentado em 1933.

Henry Ford faleceu aos 83 anos, em sua cidade natal. Ao longo de sua existência, a Ford teve alguns fracassos como o Edsel e vários sucessos, como o Thunderbird e o Mustang.

Quando, em 1927, o bem sucedido Modelo T deixou as linhas de montagem pela última vez, não foi o fim de uma era, mas apenas o despertar de uma nova era que havia começado anos antes, quando o pequeno Ford deixou a fábrica de Detroit para ganhar o mundo. Nenhum carro teve tanto impacto no panorama mundial como o T, pelo que é mais do que justo que seja lembrado para sempre como o Carro do Século XX.

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Henry Ford, em 1921, com sua criação que mudou o mundo: um carro simples, produzido

em massa e vendido com grande sucesso mundo afora

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CURIOSIDADES SOBRE FORD:

Ford era um homem de negócios intuitivo e genial, mas era mau administrador. Gostava de andar pela fábrica e passava muito pouco tempo no escritório. Não tinha paciência para examinar balanços financeiros, detestava banqueiros e mantinha enormes quantias de dinheiro no cofre para não ter que tomá-lo emprestado dos bancos. Seu império era quase auto-suficiente, mas era uma máquina pesada. Ford tinha uma frota de navios, uma ferrovia, minas de carvão e até uma fazenda na Amazônia para produzir borracha. Uma vez deu US$ 1,5 milhão ao inventor Thomas Alva Edison, seu amigo, para que criasse uma bateria elétrica para seus carros. Como Edison não conseguiu produzir uma bateria que funcionasse direito, foi dinheiro jogado fora. Ford também não era muito bom em marketing. Durante 19 anos, ele produziu apenas um tipo de carro, o Modelo T, todos iguais e pretos. Só em 1927 achou que era hora de introduzir mudanças e lançou o Modelo A. Era tarde. A concorrência estava prestes a ultrapassá-lo. Em 1931, a General Motors virou a número 1 da indústria automobilística e nunca mais abandonou o posto.

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Linha de montagem de Ford http://www.youtube.com/watch?v=58xRsfJP

4N8

Linha de Montagem do KA http://www.youtube.com/watch?v=K_tkVs_P

GAE

Linha de montagem da JAC Motors http://www.youtube.com/watch?v=M_tq7sdd

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ALFRED SLOAN Jr. (1875-

1966) E A GM

Num dia de 1924, o presidente da General Motors, Alfred Sloan, lançou o conceito de "um carro para cada bolso", e em poucos anos o leque variado de carros da GM, do popular Chevrolet ao elitista Cadillac, roubou a liderança da Ford e de seus padronizados modelos T.

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Desenvolveu o conceito de descentralização e delegação de autoridade.

Resolveu dois problemas críticos do processo de produção em massa:

Profissionalizar a administração Modificar o produto básico de Ford para servir a

diversos segmentos de mercado.

Estratégias: Relatórios de vendas, participação no mercado,

estoques, lucros e perdas e orçamentos de capital. Surgiram os especialistas em Administração

Financeira e Marketing. Dividiram o trabalho do nível executivo. Administração passa a definir objetivos e políticas

(planejamento) e cobrar resultados. Depois surgiram: Funções de pesquisa, política

financeira, política de vendas.

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Durante 45 anos à frente da administração da General Motors foi ele que, pela primeira vez, criou departamentos, definiu políticas empresariais e desenhou estratégias de longo prazo. E soube como colocar essas ideias em prática.

Enquanto esteve na GM, a montadora não parou de crescer, principalmente através da diversificação e da internacionalização. Enfim, como defende Drucker, ele foi um dos criadores da moderna administração.

Anos antes da expressão “remuneração variável” entrar no vocabulário empresarial, Sloan resumia a necessidade dessa política como uma resposta à “preocupação com o bem-estar dos acionistas da General Motors tanto quanto dos seus executivos. Um está intimamente relacionado ao outro.” Ou seja, sem o envolvimento dos funcionários, os resultados da companhia estariam comprometidos.

Já naquela época, Sloan investia contra um vírus que contamina as empresas até hoje, a dificuldade de se adaptar às mudanças. “Quando descrevi a organização da GM espero não ter deixado a impressão de que acredito que é um produto acabado. Nenhuma empresa deixa de mudar. Virão mudanças para melhor ou para pior.”

O curioso é que, na década de 80, a própria GM enfrentou uma de suas piores crises devido à incapacidade de se adequar aos novos tempos.