Fidel Castro

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Fidel Castro Nasceu em Bíran, Cuba, a 13 de Agosto de 1926 (88 anos) O líder político marxista que liderou a Revolução Cubana e foi Presidente de Cuba desde 1976 até 2008 Joana Rodrigues, nº5, 12º B

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Fidel Castro

• Nasceu em Bíran, Cuba, a 13 de Agostode 1926 (88 anos)

• O líder político marxista que liderou aRevolução Cubana e foi Presidente deCuba desde 1976 até 2008

Joana Rodrigues, nº5, 12º B

Início de vidaEducado num colégio interno Jesuíta, Castro cresceu em ótimas

condições ao contrário da população pobre de Cuba.

Apesar de ser intectualmente dotado, Fidel interessava-se mais

pelo desporto do que pelos estudos.

Estudou no El Colegio de Belen e candidatou-se à equipa de

basebol da escola.

Após a sua graduação em 1945, Castro entrou em Direito na

Universidade de Havana e interessou-se pela política

nacionalista de Cuba, tornando-se anti-imperialista e socialista.

Iniciação na politica e condenações

Em 1947, viajou até à Republica Dominicana para se juntar a uma expedição que pretendia derrubar o

ditador Rafael Trujillo.

Regressado da Universidade, Castro listou-se no Partido Ortodoxo, partido anticomunista criado para

combater a corrupção governamental em Cuba. Os seus objetivos eram o nacionalismo, a

independência económica e as reformas sociais.

O fundador e candidato à presidência, Eduardo Chibas, perdeu as eleições em 1948 mas apesar da

derrota inspirou Castro. Chibas considerou concorrer novamente à presidência, em 1951, pois

pretendia expor a corrupção e avisar a população acerca do General Bastista, um ex-Presidente que

planeava voltar ao poder. No entanto, o seu esforço não vingou após a recusa dos aliados em

desmascarar o Governo. Chibas acaba por se suicidar.

Em 1948, graças ao casamento Castro encontra estabilidade

financeira e começa a ter contactos na política.

No entanto, devido a um golpe do General Batista que,

superando o atual Governo, consegue cancelar as eleições.

Castro perde a legitimidade política e fica sem sustento para

a família. O seu casamento chega assim ao fim em 1955.

Com Batista agora no poder, Castro organiza juntamente com

o Partido Ortodoxo um golpe de estado.

Tentativa fracassadaNo dia 26 de Julho de 1953, Castro

e os seus apoiantes atacam um

quartel militar.

No entanto, o golpe sai fracassado

e Castro é capturado, julgado,

condenado e sentenciado a 15

anos de prisão.

O fracasso da tentativa de golpe

de Estado torna Fidel Castro

famoso e faz emergir uma

constante oposição ao regime

vigente.

Guerrilha contra o General BatistaCastro é libertado em 1955, sob perdão do Governo Batista, e vai para o México, onde conhece

Ernesto “Che” Guevara.

Castro arranja uma nova estratégia para derrubar Batista, a Guerrilha. Guevara acreditava que o

problema da pobreza da Americana Latina apenas seria retificado através de uma revolução.

Em 1956, Castro volta para Cuba juntamente com alguns rebeldes. Rapidamente as forças do

Governo mataram e capturaram a maioria deles. Fidel Castro, o seu irmão Raul e Guevara

conseguem escapar e durante os 2 anos seguintes, as forças de Castro travam uma guerrilha com

o Governo cubano.

Castro consegue organizar um Governo Paralelo, realizar uma pequena reforma agrária e

controlar a produção agrícola e industrial das províncias.

Em 1958, Castro e as forças organizaram uma série de campanhas militares bem-sucedidas por Cuba

como forma de capturar e controlar as áreas-chave do país.

Com a perda de apoio popular e com a abandono militar em grande escala, o Governo de Batista

colapsou graças aos esforços de Fidel.

Em 1959, com 32 anos, Castro consegue concluir a

Guerrilha e obter o controlo de Cuba.

O novo governo foi criado, com José Miro Cardona como

Primeiro-Ministro, e rapidamente obtiveram o

reconhecimento dos EUA, e Castro assumiu o posto de

Comandante-Chefe do Exercito. No entanto, Cardona

resigna e Castro torna-se Primeiro-Ministro.

Virada para o Comunismo

Castro implementou uma série de reformas ao

nacionalizar fábricas e plantações tentando pôr fim à

dependência económica dos EUA.

Durante este período, Castro continuou a negar ser

comunista, mas para muitos americanos as suas políticas

iam de acordo com o estilo soviético de controlo

económico e governamental.

Em Abril de 1959, Castro visitou os EUA e contratou uma

renomeada empresa de Relações Internacionais para o

ajudaram a promover a sua viajem. No entanto o

Presidente Eisenhower recusou encontrar-se com ele.

Em Maio, Castro assinou a 1ª lei da reforma agrária, que limitou o tamanho do terreno arrendado e

proibiu ter propriedades arrendadas partilhadas.

A intenção era desenvolver uma classe independente de agricultores. Na realidade, o programa

tornava os agricultores empregados do estado.

Nos finais de 1959, a revolução de Castro radicalizou-se, com purgas dos líderes militares e a supressão

da imprensa que criticassem as políticas de Castro.

O governo de Fidel começou também a estabelecer relações com a União Soviética. Em 1960, Cuba

assinou um contrato de trocas comerciais com o objetivo de comprar petróleo à União Soviética e

estabelecer igualmente relações diplomáticas.

Os EUA tinham em Cuba várias refinarias de petróleo, no entanto, Castro apoderou-se destas. Os EUA

retaliaram, cancelando a importação de açúcar cubano. Estes atos iniciaram os conflitos entre os dois

estados.

Crise dos Misseis

CubanosA tentativa secreta de invasão dos EUA, em 1959, serviu

para consolidar o poder de Castro.

Em 1961 o presidente Eisenhower colocou um ponto

final nas relações diplomáticas com o governo cubano e

Fidel Castro declarou oficialmente Cuba como um estado

socialista.

1962 - Embargo económico dos EUA a Cuba, política que

ainda hoje se mantém.

Assim, Fidel intensifica as relações com a União

Soviética, o que originou a famosa Crise dos Misseis

Cubanos quando Nikita Khrushchev inicia a construção

secreta de uma base para misseis nucleares em território

cubano, a menos de 90 milhas da Florida.

Cuba sob liderança de

Castro

Em 1965, ele fundou e liderou o Partido Comunista

Cubano.

Na década de 70, Castro autonomeou-se porta-voz dos

países do 3º mundo e forneceu apoio militar às forças

pró-russas presentes em África.

Apesar de Cuba ser bastante subsidiada pelo governo

soviético, essas expedições fracassaram e deixaram a

economia cubana em maus lenções. Em 1976 torna-se

presidente de Cuba.

Apesar da promessa do governo americano de não

invadir Cuba, eles continuavam a tentar arranjar forma

de derrubar Castro. Ele foi ao longo dos anos alvo a

abater da CIA, mas sem sucesso.

No entanto, as liberdades civis

foram afastadas através do

encerramento dos sindicatos, da

proibição de greve e encerramento

de jornais independentes assim

como perseguições às instituições

religiosas.

Castro afastou a sua oposição com

execuções e prisões, assim como

com emigração forçada. Os

exilados fugiram para Miami, para

onde Castro também enviou

reclusos e doentes mentais.

O regime de Castro abriu novas escolas, aumentou a

alfabetização e criou o sistema nacional de saúde que

diminuiu a mortalidade infantil.

Colapso da URSSApós o colapso da União Soviética em 1991, a economia cubana sofreu repercussões e a revolução de

Castro perdeu força. Sem acesso a importações de combustível a baixos preços e sem a União Soviética

para comprar açúcar e outros bens, o desemprego e a inflação subiram. A contração da economia

cubana resultou no desaparecimento de 85% dos mercados.

Castro tornara-se adepto do controlo estatal durante fases de crise económica, adotando um comércio

semi-liberalista e encorajando os investimentos estrangeiros.

Em 2001, após a destruição provocada pelo Furacão Michelle, Castro recusou a ajuda humanitária

americana, mas propôs a compra a dinheiro de bens alimentares aos EUA. A administração de Bush

cumpriu e autorizou o envio da comida.

Com as reservas de combustível demasiado baixas, Castro ordenou o fecho de 118 fábricas e enviou

para a Venezuela médicos em troca de petróleo.

Declínio da saúde do líder

Nos finais da década de 90, a especulação acerca da idade e estado de saúde de Castro começou a

surgir.

Em 2006 num anúncio público, Castro nomeia provisoriamente o seu irmão Raul como líder nacional,

até então segundo líder e sucessor já nomeado em 1997.

Em 2008, com 81 anos Fidel castro abdicou permanentemente da presidência de Cuba devido à fraca

condição física e cedeu o poder ao seu irmão Raul. A Assembleia Nacional de Cuba elegeu oficialmente

Raul Castro como presidente de Cuba, apesar de Fidel Castro permanecer como cabeça de lista do

Partido Comunista.

Em 2011, foi revelado que Fidel Castro havia oficialmente

deixado o seu papel no Partido.

Raul Castro venceu as eleições para liderar o Partido,

substituindo o seu irmão, e elegeu o revolucionário José

Ramon Machado Venture para ser braço-direito, 2º do

Partido.

Fidel Castro, na sua reforma, passou a dedicar-se a

escrever artigos sobre a sua experiencia e opinião na

coluna “Reflections of Fidel”. O facto de não terem saído

logo artigos seus, em janeiro de 2012 diz-se que Fidel

havia falecido, boato que desaparece com a publicação de

vários artigos do ex-Presidente

Apesar de já não estar envolvido nos assuntos do dia-a-dia da gestão de Cuba, Castro exerce um enorme poder

político no país e no exterior.

Ele continua a reunir-se com líderes estrangeiros, como por exemplo com Mahmoud Ahmadinejad do Irão, em

2012, durante as suas visitas a Cuba.

Até o Papa Bento organizou uma audiência especial com Castro no final de sua viagem em março de 2012, no

intuito de obter uma maior liberdade religiosa para os católicos que vivem na nação comunista.