Eutanásia lord byron.docx
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Eutansiapor Lord ByronText document with red question mark.svgDados de edio venturaE as que, isentas da dor, do mundo hajam corrido,Em qualquer condio, a humana criaturaDir: "Melhor me fora o nunca haver nascido!"indisponveis[iniciar]Traduo de Joo Cardoso de Menezes e Souza, Baro de Paranapiacaba.Quando o tempo me houver trazido esse momento,Do dormir, sem sonhar que, extremo, nos invade,Em meu leito de morte ondule, Esquecimento,De teu sutil adejo a langue suavidade!
No quero ver ningum ao p de mim carpindo,Herdeiros, espreitando o meu supremo anseio;Mulher, que, por decoro, a coma desparzindo,Sinta ou finja que a dor lhe estar rasgando o seio.
Desejo ir em silncio ao fnebre jazigo,Sem luto oficial, sem prstito faustoso.Receio a placidez quebrar de um peito amigo,Ou furtar-lhe, sequer, um breve espao ao gozo.
S amor lograr (se nobre dor se esquive,E consiga, no lance, inteis ais calar),No que se vai finar, na que lhe sobrevive,Pela vez derradeira, o seu poder mostrar.
Feliz se essas feies, gentis, sempre serenas,Contemplasse, at vir a triste despedida!Esquecendo, talvez, as infligidas penas,Pudera a prpria Dor sorrir-te, alma querida.
Ah! Se o alento vital se nos afrouxa, inerte,A mulher para ns contrai o corao!Iludem-nos na vida as lgrimas, que verte,E agravam ao que expira a mgoa e enervao.
Praz-me que a ss me fira o golpe inevitvel,Sem que me siga adeus, ou ai desolador.Muita vida h ceifado a morte inexorvelCom fugaz sofrimento, ou sem nenhuma dor.
Morrer! Alhures ir... Aonde? Ao paradeiroPara o qual tudo foi e onde tudo ir ter!Ser, outra vez, o nada; o que j fui, primeiroQue abrolhasse existncia e ao vivo padecer!...
Contadas do viver as horas de