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21 ISSN 1980-0894 Dossiê, Vol.8 Nº3, Ano 2013 ESTUDO DA CONSCIÊNCIA DO CONSUMIDOR COM RELAÇÃO AOS ATIVOS SINTÉTICOS E ATIVOS NATURAIS PRESENTES NOS COSMÉTICOS STUDY OF CONSUMER AWARENESS IN RELATION TO SYNTHETIC AND NATURAL SUBSTANCES PRESENT IN COSMETICS Flavia Gimenez 1 Letícia de Cássia Valim Dias 2 Célio Takashi Higuchi 3 Resumo Como o mercado de cosméticos está entre os que obtiveram maior crescimento na última década, estando o Brasil em terceiro lugar no ranking mundial quando se trata de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, o presente projeto tem por finalidade fazer um levantamento comparativo entre os cosméticos, sua composição, ativos de origem sintética e os de origem natural. Podendo, ao final, estabelecer conclusões sobre a consciência do consumidor com relação a cada um deles, tal como destacar os benefícios ou dificuldades estabelecidos por cada tipo. O estudo será feito por meio de levantamento e revisão de literatura científica já existente. Palavras-chave: ativos sintéticos, ativos naturais, mercado de cosméticos 1 Graduanda do curso Tecnologia em Estética e Cosmética no Centro Universitário Senac. 2 Professor (a)/Orientador (a) do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética Centro Universitário Senac São Paulo e-mail: [email protected] 3 Mestre e farmacêutico pela UNESP, Araraquara, e pesquisador responsável pela linha de pesquisa “Cosméticos Sustentáveis”, Senac, SP. E-mail: [email protected].

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Artigo publicado na edição Vol. 8 nº 3 - Revista InterfacEHS Publicação Científica do Centro Universitário Senac - ISSN 1980-0894 Acesse a edição na íntegra! http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/InterfacEHS/?page_id=1353 Resumo Como o mercado de cosméticos está entre os que obtiveram maior crescimento na última década, estando o Brasil em terceiro lugar no ranking mundial quando se trata de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, o presente projeto tem por finalidade fazer um levantamento comparativo entre os cosméticos, sua composição, ativos de origem sintética e os de origem natural. Podendo, ao final, estabelecer conclusões sobre a consciência do consumidor com relação a cada um deles, tal como destacar os benefícios ou dificuldades estabelecidos por cada tipo. O estudo será feito por meio de levantamento e revisão de literatura científica já existente.

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ISSN 1980-0894 Dossiê, Vol.8 Nº3, Ano 2013

ESTUDO DA CONSCIÊNCIA DO CONSUMIDOR COM RELAÇÃO AOS

ATIVOS SINTÉTICOS E ATIVOS NATURAIS PRESENTES NOS

COSMÉTICOS

STUDY OF CONSUMER AWARENESS IN RELATION TO SYNTHETIC

AND NATURAL SUBSTANCES PRESENT IN COSMETICS

Flavia Gimenez1

Letícia de Cássia Valim Dias2

Célio Takashi Higuchi3

Resumo

Como o mercado de cosméticos está entre os que obtiveram maior crescimento na

última década, estando o Brasil em terceiro lugar no ranking mundial quando se trata de

produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, o presente projeto tem por

finalidade fazer um levantamento comparativo entre os cosméticos, sua composição,

ativos de origem sintética e os de origem natural. Podendo, ao final, estabelecer

conclusões sobre a consciência do consumidor com relação a cada um deles, tal como

destacar os benefícios ou dificuldades estabelecidos por cada tipo. O estudo será feito por

meio de levantamento e revisão de literatura científica já existente.

Palavras-chave: ativos sintéticos, ativos naturais, mercado de cosméticos

1 Graduanda do curso Tecnologia em Estética e Cosmética no Centro Universitário Senac. 2 Professor (a)/Orientador (a) do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética – Centro Universitário Senac – São

Paulo e-mail: [email protected] 3 Mestre e farmacêutico pela UNESP, Araraquara, e pesquisador responsável pela linha de pesquisa “Cosméticos

Sustentáveis”, Senac, SP. E-mail: [email protected].

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Abstract

As the cosmetics market is among the highest growth achieved in the last decade,

Brazil being the third in the world rankings when it comes to personal care products,

perfumes and cosmetics, this project aims to make a comparative study between

cosmetics they use, in its composition, active synthetic origin and those using active

natural origin. May, in the end, to draw conclusions on consumer awareness with

respect to each of them, such as highlighting the benefits or difficulties established for

each type. The study will be done through survey and review of existing scientific

literature.

Keywords: synthetic actives, natural actives, cosmetics market

1. Introdução

Um cosmético, mesmo possuindo em sua composição somente ativos naturais,

pode apresentar algum tipo de alergia ao consumidor? Em termos de segurança, qual

pode ser mais confiável: um cosmético com ativos naturais ou um com ativos

sintéticos?

Para responder essas e outras perguntas, é necessário entender alguns conceitos

sobre pele, ativos presentes nos cosméticos, índices atuais de mercado e de toxicologia.

Segundo levantamento realizado pela União para Bio Comércio Ético (UEBT,

2012), no Brasil cerca de 70% dos entrevistados mostraram preocupação em conhecer

a origem dos ingredientes naturais usados para fabricar cosméticos, demostrando

consciência com a preservação da fauna e flora. Além do mais, 69% deixariam de

comprar um produto caso soubessem que o fabricante não se atenta às boas práticas na

cadeia de abastecimento.

Este estudo mostra como o brasileiro está cada dia mais preocupado com os ativos

existentes na composição de um cosmético e, em decorrência disso, cada vez mais

exigente na escolha de um produto.

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1.2. Conceituando pele

Não há como falar de cosméticos sem primeiro entender o correto funcionamento

da fisiologia da pele humana.

A pele representa 12% do peso seco total do corpo, com peso de

aproximadamente 4,5 quilos, e é de longe o maior sistema de órgãos expostos ao meio

ambiente. Um pedaço de pele com aproximadamente 3 cm de diâmetro contém: mais de

3 milhões de células, entre 100 e 340 glândulas sudoríparas, 50 terminações nervosas e

90 cm de vasos sanguíneos. Estima-se ainda, 50 receptores por 100 milímetros

quadrados, num total de 640.000 receptores sensoriais. O número de fibras sensoriais

oriundas da pele que entram na medula espinhal por via de raízes posteriores é superior

a meio milhão (BJORKSTEIN, 1983 apud GUIRRO e GUIRRO, 2004).

Pela resistência e flexibilidade da pele, determina-se a plasticidade cutânea.

Caracteristicamente dinâmica, a pele apresenta alterações constantes, sendo dotada de

grande capacidade renovadora e de reparação, e de certo grau de impermeabilidade.

Tem como função maior e vital a conservação da homeostasia: termorregulação,

controle hemodinâmico e produção e excreção de metabólicos (AZULAY, 2008).

Segundo Vivier (1997), a pele pode exercer diferentes funções:

Manutenção da sua própria integridade e da integridade do organismo;

Proteção contra agressões e agentes externos (físicos, químicos e biológicos);

Absorção e secreção de líquidos;

Controle de temperatura;

Barreira à prova d’água;

Absorção de luz ultravioleta, protegendo o organismo de seus efeitos nocivos;

Metabolismo de vitamina D;

Funções estéticas e sensoriais.

A pele é composta por duas camadas principais: a epiderme, camada superficial

composta de células epiteliais intimamente unidas e a derme, camada mais profunda

composta de tecido conjuntivo denso irregular. O limite entre a epiderme e a derme não

é regular, mas caracteriza-se pela presença de saliências e reentrâncias das duas

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camadas que se ajustam entre si, formando as papilas dérmicas (GUIRRO e GUIRRO,

2004).

Sob a derme, está a tela subcutânea (subQ). Também denominada de hipoderme,

essa tela é constituída dos tecidos conjuntivos areolar e adiposo. As fibras se estendem

da derme fixando a pele à tela subcutânea, a qual, por sua vez, se conecta aos tecidos e

órgãos subjacentes. A tela subcutânea serve como um depósito para armazenar gordura

e contém os grandes vasos sanguíneos para irrigação (TORTORA e GRABOWSKI,

2006).

Como funções estéticas e sensoriais, consideram-se a aparência, o toque, a

maciez, a exalação de odores, a coloração e a sensibilidade da pele, responsáveis pela

atração física e social do homem (HARRIS, 2003).

Esses tecidos, como quaisquer outros, gradualmente passam por mudanças de

acordo com a idade, sendo que, na pele, essas alterações são mais facilmente

reconhecidas. Atrofia, enrugamento, ptose e lassidão representam os sinais mais

aparentes de uma pele senil (ORIA, 2003).

Desde os primórdios da civilização, os cuidados com a pele fazem parte de um ritual

muito além da higiene. Egípcios, romanos e gregos tinham no banho um sofisticado

prazer. Tornaram-se pioneiros no desenvolvimento de tratamentos estéticos ligados ao

relaxamento. No Egito, as mulheres costumavam se banhar várias vezes ao dia, alternando

águas quente e fria. Os banhos eram seguidos de massagens com óleos aromáticos. Em

Roma, as mulheres eram atendidas por escravas conhecidas como cosmetae cujos nomes

dariam origem, não acidentalmente, a palavra cosmética. Os gregos, por sua vez, seriam

responsáveis pela invenção dos cremes faciais contra rugas. Sua fórmula de sucesso

incluía cera derretida, azeite de oliva, rosas esmagadas para proporcionar um aroma

agradável e lanolina extraída da lã de ovelhas, ingredientes usados pela cosmetologia até

hoje (SAGGIORO, 1999).

O uso de cremes, géis, loções e tônicos para limpar a pele deve fazer parte das

atribuições diárias do indivíduo contemporâneo. O resultado será bem gratificante e, em

médio e longo prazo, econômico, podendo adiar tratamentos mais caros e invasivos

(KEDE et al., 2010 apud LUCA et al., 2013).

Até o início da década de 1960, teorias científicas sugeriam, os ingredientes

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cosméticos raramente penetram nas camadas da pele. Entretanto, hoje muitos

especialistas suspeitam que a penetração ocorra com a maioria dos ingredientes

(FARAHMAND e MAIBACH, 2012 apud LUCA et al., 2013). A definição penetração

cutânea é usada para produtos com ação tópica, ou seja, formulações cosméticas e

dermatológicas. Enquanto, a permeação cutânea têm sido mais empregada para produtos

de ação sistêmica, ou seja, transdérmicos. A substância pode permear através da pele

por meio de difusão ativa e atravessar a epiderme intacta ou através dos apêndices da

pele, porém ocupam pequena porcentagem da superfície toda, por isso, a permeação é

considerada pequena (LEONARDI, 2008 apud LUCA et al., 2013).

Como consumidores e profissionais de saúde têm se tornado mais esclarecidos no

que concerne à segurança, a penetração cutânea de componentes de fragrância e de

ingredientes cosméticos tem sido de grande interesse. Por conseguinte, a indústria tem

procurado formas de estimar a penetração de estruturas químicas através da pele

humana (FARAHMAND e MAIBACH, 2012 apud LUCA et al., 2013).

1.3. Mercado de cosméticos

Atualmente, o Brasil compreende a terceira posição no mercado mundial de

higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (ABIHPEC, 2012), ficando atrás somente dos

Estados Unidos e do Japão.

A participação crescente da mulher brasileira no mercado de trabalho aliada à

utilização de tecnologia de ponta e o consequente aumento da produtividade são os

principais fatores para o excelente crescimento do setor. Além desses fatores, também

merecem destaque os lançamentos constantes de novos produtos, atendendo cada vez

mais às necessidades do mercado, e o aumento da expectativa de vida, trazendo a

necessidade de conservar uma impressão de juventude (CORRÊA, 2006).

A relação do brasileiro com o cosmético é proveniente de uma cultura de

miscigenação de raças tornando o culto ao corpo saudável explicável pelo clima tropical

e a utilização de trajes leves que deixam as partes do corpo à mostra; à fascinação das

mulheres brasileiras pelos cabelos; a utilização de maquiagem diariamente, ao menos

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pelo uso do batom; à higiene pessoal, através do banho diário, da utilização de

desodorantes, deocolônias e à busca pela juventude da pele (OLIVEIRA, 2010).

Verifica-se que as grandes empresas do setor de cosméticos e, principalmente, as

empresas transnacionais adotam estratégias definidas com relação ao desenvolvimento

de novos produtos investindo em centros próprios de Pesquisa e Desenvolvimento

(P&D) e/ou parcerias extramuros e com processos de gestão do conhecimento

estruturados. Já as pequenas e médias empresas, muitas vezes não dispõem de capital

necessário para a realização de investimentos de P&D ou de uma situação econômico-

financeira que permita assumir os riscos inerentes ao desenvolvimento de novos

produtos. Muitas dessas empresas também não dispõem de uma gestão do

conhecimento. No Brasil, embora seja predominante a presença das grandes empresas

internacionais do setor, pode-se observar a existência de um grande número de

empresas de capital nacional, algumas das quais vem realizando atividades de

desenvolvimento de produto no país, adotando estratégias no sentido de incrementar sua

participação no mercado nacional e também no mercado internacional (AVELAR e

SOUZA, 2005).

Sendo um mercado extremamente crescente e com consumidores cada vez mais

preocupados com a origem e os tipos dos ativos encontrados nos cosméticos, observou-

se o aumento, nas últimas décadas, no consumo de produtos formados por ativos

naturais.

Esse é o resultado da preocupação da sociedade contemporânea com a

preservação do meio ambiente, da constituição de um estilo de vida mais saudável e do

desenvolvimento da consciência de sustentabilidade.

Para Gomes (2009), a questão ambiental ganhou uma dimensão maior e universal

na virada do século XX, e a preocupação com a qualidade de vida passou a ser

praticamente assunto de saúde pública: consumir produtos naturais passou a ser visto

como uma questão moderna, de caráter atual, símbolo de uma nova fase no mundo do

consumo.

Segundo Miguel (2011), estudos indicam o mercado internacional de produtos

naturais para cuidado pessoal tem um crescimento médio anual avaliado em torno de 8 a

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25%. E esses mesmos estudos também indicam para os mercados de produtos sintéticos,

do mesmo setor, uma taxa média de crescimento inferior: girando em torno de 3 a 10%.

1.4. Percepção do consumidor

A percepção é o processo pelo qual o indivíduo seleciona, organiza e interpreta as

informações recebidas, para atribuir significado ao meio em que vive. No livro

Administração de marketing, o autor norte-americano, Philip Kotler, explica: o

comportamento do consumidor é influenciado por quatro fatores principais: cultural

(cultura, subcultura e classe social); social (grupos de referência, família, papéis e

posições sociais); pessoal (idade e ciclo de vida); e psicológico. Esses fatores fornecem

subsídios para entender o consumidor de maneira efetiva (FRANQUILINO, 2013).

O consumo é um processo contínuo e vai muito além da troca de uma quantia

financeira por uma mercadoria ou serviço. Envolve questões e influenciam o

consumidor antes, durante e depois da compra, e também todo o processo de busca,

escolha e tomada de decisão. Quando se fala de consumo, se fala não só de objetos

tangíveis, mas de experiências, ideias e características intangíveis (SOLOMON, 2002).

A compreensão da relação entre indivíduos e objetos de consumo, suscita o

entendimento do Homem como um ser dotado de necessidades sociais que sobrepujam

as necessidades naturais. As suas escolhas apresentam uma lógica social pautada nos

significados do grupo ao qual pertence. O homem satisfaz suas necessidades

fundamentadas nos significados sociais da sua cultura. A natureza (instinto) determina o

que não pode deixar de ser feito para assegurar a sobrevivência dos indivíduos, mas é o

convívio social, o fator determinante dos objetos a serem consumidos pelo grupo

(MELO et al., 2005).

Segundo Melo et al. (2005), os cosméticos estão associados a imagens, como a

saúde, a preservação ou mesmo, a recuperação da juventude. As relações entre beleza e

saúde são recorrentes nos anúncios de cosméticos. Nas mensagens publicitárias, as

marcas desse setor comunicam, não somente o corpo perfeito, a saúde, mas também a

beleza e a juventude comparecem como mercadorias simbólicas anunciadas, subliminar

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e conjuntamente, com a mercadoria concreta: o produto cosmético. Com a adoção de

novos hábitos alimentares, a prática de atividades físicas, a utilização de recursos

técnicos que embelezam o rosto, corpo, pele, cabelos, além da aplicação diária do

produto, os resultados benéficos prometidos podem ser conquistados.

Para Souza (2013), o fato de um cosmético ser uma mercadoria a qual não precisa

necessariamente de uma indicação e ainda o pesado marketing apresentado por esses

produtos, gera-se o aumento do consumo. Muitas vezes desnecessário e, ainda partindo

do pressuposto do cosmético poder ser usado por um longo período, é necessário a

garantia da segurança desses itens.

Em geral, um consumidor que tem problema com cosmético tentará

primeiramente substituir o produto por outro. Somente quando o produto suspeito não

pôde ser identificado ou quando a dermatite persiste após o produto suspeito ter sido

substituído, o consumidor consulta um médico clínico geral, e raramente um

dermatologista (DOOMS-GOOSSENS, 1993).

1.5. Os ativos presentes nos cosméticos

Em nível mundial cresce a chamada “onda verde”, isto é, o interesse pela

utilização de produtos vegetais, tanto do ponto de vista farmacológico como do

cosmetológico. Essa utilização abrange:

Extratos: são preparações líquidas obtidas pela extração de seus ativos por

diversos métodos, veiculados geralmente em propilenoglicol, dando origem aos

extratos glicólicos, muito utilizados em produtos cosméticos;

Óleos fixos vegetais: são obtidos dos frutos ou apenas das sementes e são ricos

em triglicerídeos (fração saponificável). A fração insaponificável é heterogênea, e

nela encontra-se: esqualeno, fitosterois, provitaminas e vitaminas lipossolúveis,

principalmente as vitaminas A e E. É uma fração muito importante para a

cosmética, e muitos dos óleos utilizados têm seu valor exatamente por conter essa

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fração. São utilizados na cosmética, principalmente, por suas propriedades de

emoliência, evitando o ressecamento da pele;

Manteigas: são ricas em ácidos graxos, esteróis e vitaminas. As principais são:

Manteiga de cupuaçu: obtida das sementes da Theobroma grandiflorum. É um

produto da Amazônia, naturalmente refinado;

Manteiga de oliva, manteiga de abacate, manteiga de manga: têm ação

antioxidante, auxiliando no tratamento da pele envelhecida, graças à suas

propriedades emolientes e revitalizantes;

Manteiga de cacau: obtida de sementes do cacau, é constituída principalmente de

glicéridos do ácido palmítico e oleico. Tem propriedades emolientes;

Manteiga de karité: obtida de sementes da Butyrospermum parkii K (Shea), árvore

de origem africana. Rica em lipídios (45% A 55%), constituídos por uma mistura

equilibrada de ácido oleico e esteárico. O uso da manteiga de karité como um

unguento para massagem corpo, emoliente para cabelo, suavizantes de ferimentos

e eritema é uma antiga tradição na África. É nutritivo (antirrugas), emoliente,

protetor solar e coadjuvante na elasticidade cutânea;

Manteiga de shorea (Shorea butter): cera sólida, tem uso similar ao da manteiga

de karité. Não é oleosa ao tato e é suave à pele;

Manteiga de bacuri (Plantonia insigns): é indicada para hidratar peles cansadas e

também apresenta eficácia em tratamento contra acne;

Manteiga de ucuuba (Virola surinamensis): por sua comprovada ação anti-

inflamatória, cicatrizante e antisséptica, é indicada para peles oleosas e acneicas.

Seguindo toda essa tendência do aumento no consumo de produtos naturais, o uso

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desenfreado de cosméticos deste gênero, tendo em mente serem 100% seguros, pode ser

um dado um tanto quanto preocupante.

Assim, é importante o entendimento claro do conceito de ativo, seja qual for sua

procedência: natural ou sintético.

Uma formulação ou composição cosmética, contém substâncias ou grupos de

substâncias com as seguintes categorias: veículo ou excipiente, ativos, conservantes,

corretivos, corantes, pigmentos e ainda perfumes ou óleos essenciais.

Os ativos são substâncias químicas ou biológicas (sintéticas ou naturais) com

atividade comprovadamente eficaz sobre a célula do tecido. Enquanto o veículo é

responsável pelo transporte, pela forma cosmética e finalmente por garantir a melhor

penetração na pele, o ativo promove a ação específica sobre a célula, podendo ser de

várias formas, por exemplo, hidratação, nutrição, cicatrização, revitalização, entre

outros (BORGES, 2010).

Desta forma, há cosméticos de ação adstringente, com ativos de extratos vegetais

ricos em taninos, de ação anti-inflamatória; com alfa-bisabolol, de ação antisséptica,

como é o tea tree oil, dentre outros. Podem ser de origem vegetal, animal, obtidos

sinteticamente ou por biotecnologia (REBELLO, 2011).

Após a criação de uma fórmula cosmética, é importante a procedência de alguns

testes antes de fabricá-la e comercializá-la.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2008), conforme a

legislação brasileira vigente e harmonizada no Mercosul, exige a apresentação dos

dados de Controle de Qualidade (especificações) no ato da regularização de um produto

cosmético. Nas inspeções, é exigida a apresentação das especificações, dos métodos de

ensaio e dos registros das análises. A empresa deve cumprir o estabelecido no Termo de

Responsabilidade, constante do dossiê de registro/notificação, por meio do qual declara

que os produtos atendem aos regulamentos e outros dispositivos legais referentes ao

controle de processo e de produto acabado, e aos demais parâmetros técnicos relativos

às Boas Práticas de Fabricação.

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1.6. Perigo: o uso incorreto de cosméticos

Os cosméticos são formulados utilizando ingredientes apropriados de alto perfil

de segurança e em níveis de concentração adequada. Muitos desses ingredientes foram,

de início, introduzidos para uso na indústria farmacêutica e, posteriormente, para

cosméticos. Embora não seja a unanimidade, pode-se afirmar que os cosméticos são

produtos seguros quando utilizados de maneira adequada e seguindo recomendações do

fabricante (OLIVEIRA, 2010).

Um cosmético regulamentado como natural, é formado por 95% de ingredientes

naturais (ECOCERT, 2012), e não isenta o seu consumidor de desenvolver um processo

de irritabilidade em decorrência do seu uso.

Segundo Pinto (2013), a correta formulação de cosméticos à base de plantas é

mais complexa e de eficácia mais imprevisível comparadas a moléculas definidas,

provenientes de síntese química. Parte dos produtos cosméticos naturais possuem um ou

mais ingredientes vegetais para justificar o marketing ecológico, após o qual se pode

esconder a presença de componentes químicos ativos cuja segurança e eficácia

proporcionam a satisfação do usuário. Os ingredientes de origem vegetal chegam às

mãos do formulador, quase sempre procedentes de indústrias intermediárias,

utilizadoras de uma complexa tecnologia extratora e estabilizadora, acompanhada, por

vezes, de biotecnologias modificadoras das moléculas vegetais para torná-las mais

adequadas para uma determinada indicação.

Com o crescimento da indústria cosmética, juntamente das pesquisas

desenvolvedoras de ativos dermatológicos e bases diferenciadas, observa-se, ainda

assim, não raros os casos de intoxicação por cosméticos. O grande problema é feito pelo

usuário nunca ou quase nunca relacionar seu processo alérgico ou sua intoxicação ao

uso destes produtos. Isso porque o consumidor acredita no cosmético e nos benefícios

associados por ele, não aceitando que possa causar algum dano à saúde, tamanha a

crença colocada neste tipo de produto (SOUZA, 2013).

O grande problema da questão da toxicidade nos cosméticos talvez seja o grande

número desses produtos usados no cotidiano, estando eles em contato direto com o

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corpo humano, podendo assim afirmar que é possível ficar exposto num só dia a uma

série de substâncias químicas de natureza e comportamento específicos (SANTOS,

2008).

Muitas irritações presenciadas por vezes na pele podem ser definidas como

intolerâncias locais, podendo corresponder a reações de desconforto, variando sua

intensidade desde ardor, coceira e pinicação. Podendo chegar até a corrosão e destruição

do tecido (CHORILLI et al., 2006).

Perfumes e conservantes são os alérgenos mais frequentemente encontrados em

cosméticos embora, evidentemente, outros tipos de ingredientes possam estar

envolvidos. Por conseguinte, são necessários extensos e investigativos testes de alergia

para identificar todos os alérgenos em potencial (GOOSSENS e LEPOITTEVIN, 2003).

Rancé (2011) explica como os alérgenos presentes nos cosméticos podem chegar

à pele de várias maneiras diferentes: por aplicação direta, por ocasional contato com a

superfície contaminada com alérgeno, por contato aerotransportado (por exemplo,

vapores ou gotas), por transferência pelas mãos às áreas mais sensíveis (por exemplo, as

pálpebras), por um produto usado pelo parceiro (ou qualquer outra pessoa), ou ser

fotoinduzida, resultantes do contato com um foto-alérgeno e exposição à luz solar, em

particular luz UV-A.

Assim, independente do grau de risco que o produto cosmético apresenta, este

deve ser seguro. Entende-se por segurança de cosméticos a ausência razoável de risco

de lesão significativa em condições de uso previsíveis, ou seja, defini-se segurança em

termos de probabilidade de que o produto não provoque danos significativos. Quando se

fala em segurança de produtos cosméticos, deve-se entender: não existe 100% de

segurança em nenhuma substância química, pois a água pode ser perigosa se

administrada em quantidades inadequadas (CHORILLI et al., 2007).

1.7. Toxicologia

A ciência responsável por estes estudos de intoxicação é a Toxicologia. É a

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ciência multidisciplinar que estuda a interação entre o organismo e um agente químico

capaz de produzir respostas nocivas, levando ou não à morte ou mesmo comprometendo

uma função orgânica (SANTOS, 2008).

Os conhecimentos sobre toxicologia datam de registros egípcios de 1500 a.C.,

onde o homem tinha conhecimentos tóxicos do efeito do veneno extraído de variedades

de plantas e animais (OLIVEIRA, 2010).

Gomes (2013) levantou alguns possíveis componentes ativos, de origem sintética

e natural, eventualmente sensibilizadores da pele:

Bálsamo de Peru: ativo natural presente em perfumes, cremes, loções e águas de

colônia;

Lanolina: ativo natural usado para hidratação, presente em cremes e loções;

Triclosan: ativo sintético com função antisséptica, presente em desodorantes e

antiperspirantes;

Hidroquinona: ativo de origem sintética ou natural com função clareadora,

presente em fotoprotetores e bronzeadores;

Cera de carnaúba: ativo natural com propriedade de coloração, presente em bases

para maquiagem e batons;

Cera de abelha: ativo natural com função emoliente, moldante,

impermeabilizante, cicatrizante e anti-inflamatória, presente em máscaras e cremes

depilatórios;

Folhas de Henna: ativo natural com propriedade de coloração, presente em

tinturas para cabelo;

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Óleo de menta: ativo natural com propriedade constritora, analgésica e

bactericida, presente em cremes de barbear;

Óleo de coco: ativo natural com função umectante e auxiliadora de hidratação,

presente em xampus e cremes de barbear.

2. Objetivos

O objetivo deste levantamento comparativo entre cosméticos constituídos por

ativos de origem sintética e cosméticos constituídos por ativos de origem natural é

estudar a visão do consumidor com relação a esses dois tipos de produtos, e a sua opção

de compra.

3. Justificativa

Existe uma preocupação da sociedade contemporânea com a qualidade de vida. O

aumento do consumo de produtos naturais, tal como do aumento na procura por

cosméticos, de uma forma geral, os quais retardem o envelhecimento e superem

dificuldades nas características físicas do indivíduo, trazendo assim beleza e jovialidade.

Assim, o intuito do presente projeto é desenvolver um estudo que oriente o

consumidor quanto ao uso correto dos cosméticos como um todo, sendo eles de origem

natural ou não-natural.

4. Metodologia

O presente projeto foi desenvolvido por meio de levantamento bibliográfico e

demais literaturas científicas já existentes sobre o tema, abordando o âmbito de tendências

do mercado de cosméticos, farmacologia dos ativos, toxicologia e ainda fisiopatologia

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dermatológica. Sendo realizada uma revisão sobre o assunto com base em todo o material

levantado e encontrado.

5. Considerações finais

Visto o mercado de cosméticos estar em crescente ascensão, faz necessário o seu

correto entendimento, bem como uma devida atenção a utilização correta de produtos

deste âmbito. Visando assim a genuína eficácia proposta pelos artigos cosméticos nas

propagandas feitas ao consumidor.

Informar, conscientizar, além das demais funções propostas por esses tipos de itens:

são parâmetros de suma importância ao comercializar-se um cosmético.

Usar produtos específicos e que se adaptem a cada tipo de fisiologia é

imprescindível na prevenção de patologias, a exemplo de dermatites de contato e

eritemas.

Cada consumidor é único e com características físicas e genéticas próprias. Por isso,

o uso de cosméticos deve ser de forma responsável e respeitosa das características de cada

um. Devendo-se sempre procurar um médico em cada de qualquer tipo de alergia ou

patologia mais grave.

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Aceito em 16/12/2013