Especial oratorio corr

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Catedral Metodista de Piracicaba Oratório O Messias (G. F. Haendel) Culto Vespertino 01 de abril de 2007 Participação especial do Coro de Câmera da Escola de Música de Piracicaba Ernst Mahle (EMPEM) O ORATÓRIO “MESSIAS” DE HAEANDEL Dos milhares de oratórios compostos desde a época do Renascimen- to (século XVI) até agora, um dos maiores é “O Messias” de Haendel, não só pelas gigantescas dimensões do texto como – e principalmente – pela luminosa magnificência e poder expressivo da música. A ORIGEM DO GÊNERO “ORATÓRIO” – Desde a Idade Média, a Igreja promovia pequenas representações, em templos e praças públicas, sobre trechos das Escrituras Sagradas e da vida dos santos, para edificação dos fiéis. Naturalmente a música fazia parte dessas representações tão ao gosto popular, numa época em que eram mínimas as diversões públicas e os meios de divulgação de idéias. Nos meados do século XVII, o eclesiástico Felipe Néri, que fundara na Itália uma ordem religiosa chamada Congregação do Oratório, de- senvolveu tais representações piedosas, dando grande ênfase aos cânticos especialmente compostos para tais ocasiões. Essas peças religiosas, des- critivas ou dramáticas, passaram gradualmente a ser chamadas de “orató- rios”, justamente por serem apresentadas nas festas da Congregação do Oratório. Em música, pois, o termo oratório significa cantata religiosa, às vezes de maiores dimensões que esta. As DIFERENTES VOZES NO “MESSIAS” – Na época de seu apa- recimento, os oratórios eram todos “polifônicos”, isto é, apresentados por diversos grupos de cantores que faziam, em cada grupo, a primeira, a segunda, a terceira voz etc. Mas, quando surgiu a ópera, em inícios do século XVII, o oratório também adotou o estilo chamado “homofônico” no qual existe uma voz principal, solista, com acompanhamento de vozes instrumentais. Ao ouvir “O Messias”, note como os recitativos e as árias são expostos por solistas acompanhados de instrumentos, em estilo homofônico, com os vários grupos de vozes diferentes cantando ao mesmo tempo. Também a partir da época barroca, a ópera tornou-se o veículo de obras musicais com representação teatral, com cenário, roupagem e mo- vimentação especial de cada personagem, ao passo que o oratório elimi- nou todo o aspecto cênico, mesmo quando possuía caráter dramático, como o célebre “Jefté” de Carissimi. “O MESSIAS”, OBRA DE LOUVOR – O oratório Messias, do alemão naturalizado inglês Georg Friedrich Haendel, é basicamente um oratório de louvor, expresso em tons vívidos e com intenso relevo de colo- rido. Possui trechos contritos e trechos súplices, em contraste com partes de refulgente majestade, como o “Aleluia”. Na primeira apresentação deste oratório em Londres, o Aleluia cau- sou tal impacto nos ouvintes, que o rei Jorge II levantou-se, num impulso espontâneo, ouvindo-o todo de pé, sendo naturalmente acompanhado por todos os súditos presentes. Daí se originou o costume, ainda hoje mantido naquele país e em certas congregações evangélicas do mundo todo, de os ouvintes levantarem para a audição desse trecho fulgurante. Sobre a composição de “O Messias” cita-se um detalhe espantoso: em pouco mais de vinte dias, de 22 de agosto a 14 de setembro de 1741, Haendel compôs essa magnífica obra, nela deixando toda a marca de seu gênio e a força de sua fé. Afrânio do Amaral Garboggini

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Catedral Metodista de Piracicaba

OratórioO Messias

(G. F. Haendel)

Culto Vespertino01 de abril de 2007

Participação especial do Coro de Câmera da Escola de Música de

Piracicaba Ernst Mahle (EMPEM)

O ORATÓRIO “MESSIAS” DE HAEANDELDos milhares de oratórios compostos desde a época do Renascimen-

to (século XVI) até agora, um dos maiores é “O Messias” de Haendel, não só pelas gigantescas dimensões do texto como – e principalmente – pela luminosa magnifi cência e poder expressivo da música.

A ORIGEM DO GÊNERO “ORATÓRIO” – Desde a Idade Média, a Igreja promovia pequenas representações, em templos e praças públicas, sobre trechos das Escrituras Sagradas e da vida dos santos, para edifi cação dos fi éis. Naturalmente a música fazia parte dessas representações tão ao gosto popular, numa época em que eram mínimas as diversões públicas e os meios de divulgação de idéias.

Nos meados do século XVII, o eclesiástico Felipe Néri, que fundara na Itália uma ordem religiosa chamada Congregação do Oratório, de-senvolveu tais representações piedosas, dando grande ênfase aos cânticos especialmente compostos para tais ocasiões. Essas peças religiosas, des-critivas ou dramáticas, passaram gradualmente a ser chamadas de “orató-rios”, justamente por serem apresentadas nas festas da Congregação do Oratório.

Em música, pois, o termo oratório signifi ca cantata religiosa, às vezes de maiores dimensões que esta.

As DIFERENTES VOZES NO “MESSIAS” – Na época de seu apa-recimento, os oratórios eram todos “polifônicos”, isto é, apresentados por diversos grupos de cantores que faziam, em cada grupo, a primeira, a segunda, a terceira voz etc. Mas, quando surgiu a ópera, em inícios do século XVII, o oratório também adotou o estilo chamado “homofônico” no qual existe uma voz principal, solista, com acompanhamento de vozes instrumentais.

Ao ouvir “O Messias”, note como os recitativos e as árias são expostos por solistas acompanhados de instrumentos, em estilo homofônico, com os vários grupos de vozes diferentes cantando ao mesmo tempo.

Também a partir da época barroca, a ópera tornou-se o veículo de obras musicais com representação teatral, com cenário, roupagem e mo-vimentação especial de cada personagem, ao passo que o oratório elimi-nou todo o aspecto cênico, mesmo quando possuía caráter dramático, como o célebre “Jefté” de Carissimi.

“O MESSIAS”, OBRA DE LOUVOR – O oratório Messias, do alemão naturalizado inglês Georg Friedrich Haendel, é basicamente um oratório de louvor, expresso em tons vívidos e com intenso relevo de colo-rido. Possui trechos contritos e trechos súplices, em contraste com partes de refulgente majestade, como o “Aleluia”.

Na primeira apresentação deste oratório em Londres, o Aleluia cau-sou tal impacto nos ouvintes, que o rei Jorge II levantou-se, num impulso espontâneo, ouvindo-o todo de pé, sendo naturalmente acompanhado por todos os súditos presentes. Daí se originou o costume, ainda hoje mantido naquele país e em certas congregações evangélicas do mundo todo, de os ouvintes levantarem para a audição desse trecho fulgurante.

Sobre a composição de “O Messias” cita-se um detalhe espantoso: em pouco mais de vinte dias, de 22 de agosto a 14 de setembro de 1741, Haendel compôs essa magnífi ca obra, nela deixando toda a marca de seu gênio e a força de sua fé.

Afrânio do Amaral Garboggini

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ACOLHIDA E ADORAÇÃO

• Prelúdio

• IntróitoCoro - (Apoc. 19:6; 11:15; 19:16)

Aleluia, pois o Senhor Onipotente reina. O reino deste mundo já passou a ser de nosso Senhor e de seu Filho e Ele reinará para sempre. Rei dos reis e grande Senhor e Ele reinará para sempre e sempre.

• Palavra de Acolhida e Oração:Rev. Paulo Dias Nogueira

CONFISSÃO

Ária – Soprano (Jó 19:25, Cor 15:20)Eu sei: meu Redentor está vivo e retornará no dia fi nal. Se meu corpo é corroído, ainda assim em minha carne verei a Deus. Dos mortos Cristo ressurgiu: primícias daqueles que dormem.

Coro - (Cor. 15:21)Por um homem veio a morte; também por um homem nos veio a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, também todos em Cristo serão vivifi cados.

• Chamado à Confi ssãoRev. Paulo Dias Nogueira

• Oração silenciosa

• Declaração do perdão de Deus

LOUVOR

Recitativo – Baixo (I Cor. 15:51, 52)Ouvi, revelo um mistério: nem todos dormiremos, mas seremos transformados num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta.

Ária – Baixo (I Cor. 15:52, 53)A trombeta soará e os mortos ressurgirão incorruptíveis. Assim todos seremos transformados; o corruptível deve ressurgir incor-ruptível, pois importa que o mortal se revista da imortalidade.

Ato de Louvor e Ação de Graças Ofertas especiais de gratidão (Processional).

EDIFICAÇÃO

Recitativo – Contralto (I Cor. 15:54)Então se cumprirá o que está escrito: a morte foi tragada na vitó-ria.

Dueto – Contralto e Tenor (I Cor. 15:55, 56)Onde está, ó morte tua vitória? Onde está teu aguilhão? O agui-lhão da morte é o pecado e a força é a lei.

Coro - (I Cor. 15:57)Mil graças rendei a Deus, de quem vem a vitória, por Nosso Se-nhor Jesus.

SermãoRev. Paulo Dias Nogueira

DEDICAÇÃO

Ária – Soprano (Rom. 8:31,33, 34)Se Deus é por nós, quem pode ser contra? E quem acusará os eleitos do Senhor? Pois se Deus os justifi ca, quem irá condená-los? Foi Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou. Quem está á direita de Deus, por nós intercede ao Senhor.

Coro - (Apoc. 5:12, 13)Digno é o cordeiro que foi morto. Digno é de receber louvor, sabedoria, riquezas, força, poder honra, glória e benção. Bênçãos e honra e toda glória sejam dadas com louvor ao Pai no seu trono em glória; ao Filho Senhor, poder para sempre e sempre!

CoroAmém!

Oração Final e Bênção ApostólicaRev. Paulo Dias Nogueira

• Saudação do Ministério do Acolhimento

POSTLÚDIO

• Coro da EMPEMSopranos: Ana Foizer, Ana Lúcia Passuelo, Bruna Borghesi, Carina Pe-trini, Cíntia Corrêa, Daniele Defavari, Débora Letícia, Elisa Victória, Érica Gualazi, Laura Fargetti, Maria Alexandra Souza, Maria Apparecida Mahle, Mônica Moraes, Nara Sebastião, Síilvia Gobbo, Tânia Perticarrari e Vera M. Vieira.

Contraltos: Adelina Pinotti, Ângela Tupy, Elisa Ayres, Emanuela Olivei-ra, Eneida Lobo, Graziele Tinos, Lílian Degáspari, Lígia Mokreys, Lucia-na Pimpinato, Maria Odete Ribeiro e Sonia C.F. Dechen.

Tenores: Alex Cazzonatto, Alexandre Garcia, Anderson Oliveira, Antô-nio Pessotti, Carlos E. Dutra, Cláudio Costa, Cláudio L. Vieira, Daniel Pedroso, Eduardo A. Franco, Eduardo Salim, Everson Paduan, José Luiz de Maio, José R. Gallo, Marcos Villa Nova e Walter Sândalo.

Baixos: Danilo Schmidt, Edison Cerignoni, Elizeu Pozzani, Jonathas B. Ramos, José Vicente Fessel, Levi E. dos Santos, Lucas Metler, Manoel Elias, Marcos Januário, Rudy Santos, William de Barros e Wulf Schmi-dt.

Solistas: Ana Foizer, Débora Letícia, Elisa Victória, Sonia Dechen, Antô-nio Pessotti, Cláudio L. Vieira e Marcos Januário.

Organista: Eliana Asano

Regência: Maestro José R. Gallo

Celebrante: Rev. Paulo Dias Nogueira