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    ENSINO DE MÚSICA:

    OS FIOS DA MARIONETE OU OS FIOS DE ARIADNE?

     No prelo, a ser publicado em volume organizado pelo Dr. Luis Queiroz, UFPB,

    1o semestre 21!. Liberado com consentimento pelo organizador,

    e"clusivamente para uso no pro#eto $%usica na &scola', ((, )&)* 21!.

    Regina Marcia Simão Santos

    n+o mais o papel do detetive nem do proessor, maso de simplesmente $pu"ar ios' ao inv-s de $decirar'

    F&//0, 2, p. 345.

    0tuei na Universidade Federal do &stado do /io de 6aneiro UN(/(75 por mais

    de ! anos, dos 8uais a maior parte na disciplina Pr9tica de &nsino. Disponibilizo aos

    leitores 8ue gostam ou 8ue gostariam ainda mais5 de ensinar m:sica algumas 8uest;es

    8ue oram oco de nossas conversa primeiro e segundo segmentos do ensino undamental,

    &duca

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    t-cnica usada em dierentes culturas, uma arte ancestral 8ue vem incorporando

     permanentemente novas tecnologias e materiais ao longo da sua [email protected]

    0riadne az parte de um conto mitol@gico. Arata>se do mito de 0riadne e seu io

    no labirinto D&L&U&, 144, p. 11E>12152. 0riadne est9 entre Aeseu e Dioniso>Aouro.

    Aeseu lembra o er@i. &le vence o touro. &le re8uenta o labirinto, decira enigmas, mas

    tem uma impotncia para rir e brincar. )egurando o seu io, 0riadne guiou Aeseu no

    labirinto. 0o lado de Aeseu, 0riadne - a =nima, a 0lma, mas a alma reativa, de negaAouro e

    descobre nele uma vontade airmativaG ele nada carrega, e sabe rir, brincar, dan

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    $%:sica erudita - m:sica 8ue n+o tem ritmo' trata das ip@teses dos alunos e a

     produ

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    reconecimento atento 'recondu"indo ao ob

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    ;oule" '@33@C /00@(D  fala do tempo e do espaço musical,

    qualicando-os como liso e estriado. >efere-se ao tempo musical liso

    ou amorfo  e ao tempo musical estriado ou pulsante.  &spaBrasileiro de Filosoia da &duca

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    métrica irregular. Ji" da métrica regular, metronGmica e dos

    compassos, das pulsaç)es e suas subdivis)es, valores de duraço K

    sempre o %ábito 6arraigado7 de 6medir o tempo musical por uma

    espécie de oscilaço de um p*ndulo7 'p. BD(. $sse tempo pulsado é

    suscetível de ser modicado pela velocidade, aceleraço ou

    desaceleraço. esse tempo pulsado impera um tempo cronométrico

    como bali"agem regular ou irregular, mas sempre sistemática 'pode

    ser a pulsaço, ou uma unidade menor, ou um múltiplo da pulsaço(.

    ;oule" trata do tempo liso ou amorfo, que s9 de uma maneira

    global se refere ao tempo cronomético, ou tem como refer*ncia uma

    pulsaço única e regular caracteri"ada por proporço desigual, ou

    duraç)es sem nen%uma indicaço de proporço. Jestaca o tempo

    reto 'qualquer que se

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    'as deniç)es so m9veis, no curso mesmo de uma obra(. Portanto, o

    espaço sonoro pode sofrer diferentes tipos de corte, se

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    ecado, medido, demarcado para a8uele 8ue vai atravess9>lo. Nele, o tra#eto e as

     paradas s+o determinadas pelos pontos previamente estabelecidosG - )ibelius, - *opin,

    - )travinsKi... 7 ato - 8ue nem o liso nem o estriado se mantm como ormas isoladasH

     passa>se de um para outroG ora voltamos a ecar um espalo,

    atentos s pistas, escutas, ip@teses dos alunos, aos modos pelos 8uais s+o aetados e

    aetam os materiais. C9 sempre algum modo de estar no espaos, reintegrando>os, gerando ormas etc etc...4 )obre aprendizagem como inven

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    astrup 21H 245, num eno8ue deleuziano, ala da aprendizagem como

     potncia de problematiza?P, @330, p. D(. o caso, vamos ver

    o que está acontecendo nesta música de +ibelius, de S%opin, ou

    nesta cantada por Pavarotti...

    O caso Thriller : as c!+t!ras -!.enis e as esc!tas em"/ricas dos s!-eitos

    Thriller  - lan

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    *onsiderar a pr9tica social n+o - procedimento a ser adotado apenas no in?cio do

     processo pedag@gico. Paul Cirst 144!5 deende uma educaaprendizagem >, mas das pr9ticas da cultura )0NA7), 144!, p.125.

    6on PaZnter 143!5 discorre sobre essa possibilidade de um curr?culo de m:sica

    e8uilibrado, n+o por ter um pouco de canto, leitura, escrita, aprecia

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    sobrenatural e e"plora gneros como o soul, rocK , /]B e pop. &m pouco mais de um

    ano, o 9lbum se tornou > e continua a ser, at- 21 > o 9lbum mais vendido de todos os

    tempos, com vendas estimadas por diversas ontes entre I e 11 mil;es de c@pias ao

    redor do mundo. &m 1432  eram poucos os pa?ses 8ue produziam listas oiciais de

    9lbuns mais vendidos e Thriller  esteve na primeira posit?tulo, incluindo um treco do

    rap n+o inclu?do na mi"agem inal da cant?tulo, algumas escutas s+o bem>vindas. 0

    m:sica est9 na mem@ria como um espet9culo>so para ver, ouvir, dan

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    dedos, p-s, todo o corpo. Fazem isso um pouco timidamente, sentados. 7bservo 8ue os

    recortes s+o diversos, 9 muitas linas 8ue se cruzam no emaranado r?tmico 8ue vai se

    ormando, a partir das estruturas eleitas por cada um do grupo. 0os poucos vou

     provocando>os 8uanto escuta dessa diversidade de ritmos produzidos no grupo. Fica

    em evidncia uma ou outra marcase

    combina

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    cria

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    &ssa dieren

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    redu

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    )0NA7), 22, p. I!>E51. Portanto, estamos longe de nos contentarmos com uma

    escuta $banal', conorme e"p;e Pierre )caeer, $a escuta de todos n@s', supericial,

    com o ouvinte $desprovido de curiosidade' )*C0&FF&/, 1433, p. 2>!, apud 

    )0NA7), 22, p. I5 e 8ue, segundo palavras de F9tima )antos, $opera respondendo

    de modo 8uase 8ue autom9tico' p. I5. Por outro lado, Pierre )caeer destaca como

    vantagem dessa escuta $banal' o ato de $estar aberta a muitas direse obra de Pierre )caeer intitulada $Aratado de los ob#etos musicales'.13  F9tima )antos vai desenvolver a ideia de escuta nVmade, atrelada a essa discuss+o sobre rizoma)0NA7), 22, p. 4>145.

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    /etomo as palavras de )ilvio Ferraz apresentadas na abertura do te"toG $n+o

    mais o papel do detetive nem do proessor, mas o de simplesmente `pu"ar ios ao inv-s

    de `decirar' F&//0, 2, p. 345. 7 papel do proessor como a8uele 8ue $pu"a

    ios', como grande or8uestrador da produ45.

    0 a

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     TTTTTTTTTTTT. A :úsica Mo21E.

     . (ntrodu!.

     . 7 8ue - a FilosoiaR Arad.G Bento Prado 6r. e. 0lberto 0. %uoz. /io de

    6aneiroG &d. !E, 1442.

    F&//0, )ilvio. 3 li-ro das sonoridades  Xnotas dispersas sobre composi um

    livro de m:sica para n+o>m:sicos ou de n+o>m:sica para m:sicos. /io de 6aneiroG

    Letras, 2.

    C(/)A, Paul. &ducation, noledge and Practices. (nG B0//7W, /obinH WC(A&,

    Patricia ed.5.  %e144.

    =A+>?P, Lirgínia. Aprendi"agem, arte e invenço. 8n& O8+, Janiel

    'org.(. Nietzsche e eleuze! pensamento nGmade. >io de Uaneiro&

    >elume JumaráC Vortale"a, S$& +ecretaria de Sultura e Jesporto

    do $stado, @33/. p. @3B-@@2.

     TTTTTTTTT. funcionamento da atenço no trabal%o do cart9grafo. 8n&PA+++, $duardoC =A+>?P, LirgíniaC $+SW++8A, Oiliana da. 'orgs.(

    "istas do #étodo da $artogra%a! pesquisa-intervenço e produço

    de sub6ac8ues. Boulez l=ge postmoderneG le temps de /-pons. (nG

     .  0e Combat de Chronos et d23rph4e  essais5. *ristian Bourgois

    &diteur, 144!. p.14>21I.

     . /-pons e a crise da $comunica

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    PAJOV, :aria do Sarmo Pei!oto. Oinguagens cifradas em torno do

    labirinto. &nterfaces, >io de Uaneiro, n. , p. @2-2@, /00B.

    P0[NA&/, 6on.  Music in the (econdar< (chool Curriculum. *ambridge UniversitZ

    Press, 143!.

    )0NA7), F9tima *. 9or uma escuta n;madeG a m:sica dos sons da rua. )+o PauloG

    &DU*, 22.

    )0NA7), /egina %arcia )im+o. 7 menino do viol+oG a escola e a educa