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Engrenagens do Carnaval: Como modelar e gerir um
projeto de desfile de uma escola de samba.
Paulo Roberto Rodrigues Junior
Projeto de Graduação apresentado ao
Curso de Engenharia de Produção da
Escola Politécnica, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, como parte dos
requisitos necessários à obtenção do
título de Engenheiro.
Orientador: Prof. Maria Alice Ferruccio da
Rocha, D.Sc.
Rio de Janeiro
Agosto de 2017
Junior, Rodrigues
Engrenagens do Carnaval: Como modelar e gerir um projeto de desfile
de uma escola de samba./Paulo Roberto Rodrigues Junior – Rio de Janeiro:
UFRJ/ Escola Politécnica, 2017.
12 , 84 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Maria Alice Ferruccio da Rocha
Projeto de Graduação – UFRJ/ POLI/ Curso de Engenharia de
Produção, 2017.
Referências Bibliográficas: p. 78-79
1. Gestão de Projetos. 2. 6P´s do Marketing. 3. Desfile de escola de
samba 4. Carnaval I. Da Rocha, Ferruccio II. Universidade Federal do Rio
de Janeiro, UFRJ, Curso de Engenharia de Produção. III. Engrenagens do
Carnaval: Como modelar e gerir um projeto de desfile de uma escola de
samba
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro de Produção.
ENGRENAGENS DO CARNAVAL: COMO MODELAR E GERIR UM PROJETO
DE DESFILE DE UMA ESCOLA DE SAMBA.
Paulo Roberto Rodrigues Junior
Agosto/2017
Orientador: Prof. Maria Alice Ferruccio da Rocha, D.Sc.
Curso: Engenharia de Produção
Resumo:
Este projeto de graduação tem por objetivo estudar a modelagem e o gerenciamento
de um projeto de desfile de uma escola de samba na cidade do Rio de Janeiro e
relacioná-los com conhecimentos de engenharia de produção.
Abordou-se a importância da gestão de projetos para nortear todo o processo de
produção de um evento de carnaval. Discutiu-se sobre seus conceitos básicos e como
eles estão inseridos em uma escola de samba.
Os conceitos das áreas de conhecimento de gestão de projetos e do 6P’s de gestão
de marketing foram abordados e correlacionados. As áreas de gerenciamento de
projetos são escopo, custo, aquisição, risco, tempo, partes interessadas, recursos
humanos, comunicação, qualidade e integração e os 6P’s são produto, processos,
praça, promoção, preço e pessoas. As fases de iniciação, planejamento, execução,
controle e finalização de projetos também foram abordados.
Além disso, foi apresentado um modelo de gestão de projetos evidenciando suas
fases e áreas de conhecimento e os 6P’s do marketing aplicados a uma escola de
samba do carnaval. Vale ressaltar que o modelo é apresentado de forma genérica e
não se refere a nenhuma agremiação em específico.
Palavras-chave: Carnaval, Gestão de Projeto, Marketing
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Industrial Engineer.
CARNIVAL GEARS: HOW TO MODEL AND MANAGE A PARADE PROJECT
FOR A SAMBA SCHOOL.
Paulo Roberto Rodrigues Junior
August/2017
Advisor: Prof. Maria Alice Ferruccio da Rocha, D.Sc.
Course: Industrial Engineering
Abstract:
This graduation project aims to study the modeling and management of a parade
project of a samba school in the city of Rio de Janeiro and how they relate to the
production engineering knowledge.
The importance of project management to guide the entire production process of a
carnival event was discussed. Also, its basic concepts were presented and some
different ways in which they can fit into a samba school were debated.
The concepts of project management knowledge areas and 6P's of marketing
management were addressed and correlated. The areas of project management are
scope, cost, acquisition, risk, time, stakeholders, human resources, communication,
quality and integration and the 6P's are product, processes, square, promotion, price
and people. The phases of initiation, planning, execution, control and finalization of
projects were also addressed.
In addition, a project management model was presented evidencing its phases and
areas of knowledge and the 6P's of marketing applied to a carnival samba school. It is
worth noting that the model is presented in a generic way and does not refer to any
specific association.
Keywords: Carnival, Project Management, Marketing
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Maria Alice Ferruccio da Rocha, docente da Escola Politécnica da
Universidade Federal do Rio de Janeiro pela orientação, paciência e
motivação. Agradeço aos demais professores dessa escola pelos
ensinamentos e lições ao longo do meu processo de graduação em engenharia
de produção. Por fim, agradeço à minha família por todo apoio e carinho.
Dedico esse trabalho aos meus pais Paulo e Idérica por todo o carinho,
incentivo, apoio, e coragem que me trazem todos os dias.
Paulo Roberto Rodrigues Junior
8
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10
1 GESTÃO DE PROJETOS .......................................................................... 13
1.1 POR QUE GERENCIAR PROJETOS? ............................................... 13
1.2 CONCEITOS BÁSICOS ...................................................................... 14
2 FASES E ÁREAS DO CONHECIMENTO E OS 6 Ps DA GESTÃO DE
MARKETING .................................................................................................... 19
2.1 ESCOPO, PRODUTO e PRAÇA ......................................................... 22
2.2 PROCESSOS, TEMPO, QUALIDADE E RISCOS .............................. 25
2.3 AQUISIÇÃO, CUSTO E PREÇO ......................................................... 33
2.4 COMUNICAÇÃO e PROMOÇÃO ........................................................ 38
2.5 RECURSOS HUMANOS, PARTES INTERESSADAS e PESSOAS ... 41
2.6 INTEGRAÇÃO E OS 6P´S .................................................................. 44
3 FASES E ÁREAS DO CONHECIMENTO DE GESTÃO DE PROJETOS E
OS 6 Ps DA GESTÃO DE MARKETING APLICADOS AO CARNAVAL .......... 45
3.1 ESCOPO, PRODUTO E PRAÇA ........................................................ 47
3.2 PROCESSOS, TEMPO, QUALIDADE E RISCOS .............................. 52
3.3 AQUISIÇÃO, CUSTO E PREÇO ......................................................... 61
3.4 COMUNICAÇÃO e PROMOÇÃO ........................................................ 66
3.5 RECURSOS HUMANOS, PARTES INTERESSADAS e PESSOAS ... 68
3.6 INTEGRAÇÃO E OS 6P´S .................................................................. 75
4 CONCLUSÃO ............................................................................................ 76
5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................... 78
APÊNDICE A – ESCOPO DO PROJETO APLICADO AO CARNAVAL ........... 80
APÊNDICE B – CRONOGRAMA GERAL ........................................................ 81
APÊNDICE C – CRONOGRAMA CARROS ALEGÓRICOS ............................ 84
APÊNDICE D – CRONOGRAMA FANTASIAS ................................................ 85
APÊNDICE E –RISCOS ................................................................................... 86
APÊNDICE F – CUSTOS DE FANTASIAS ...................................................... 90
APÊNDICE G – CUSTOS DE ALEGORIAS ..................................................... 91
APÊNDICE H – CUSTOS DE MÃO DE OBRA INDIRETA ............................... 92
9
APÊNDICE I – CUSTOS GERAIS .................................................................... 93
APÊNDICE J – ORGANOGRAMA ................................................................... 96
10
INTRODUÇÃO
A principal pergunta a ser respondida neste trabalho é: como modelar e gerir
um projeto de desfile de uma escola de samba? Podem ser identificados
através dessa pergunta gargalos (de comunicação, logísticos, escopo,
financeiros, administrativos, entre outros) que ocorrem dentro das agremiações
que impeçam a realização de um bom projeto.
Em um desfile de escola de samba é necessário uma gestão eficiente e eficaz
dos recursos para a realização de uma boa apresentação. O desfile pode ser
visto de duas maneiras: pelo viés competitivo, o qual as escolas de samba
competem pelo título do carnaval tendo como cliente o jurado que avalia os
quesitos apresentados, ou pelo viés do entretenimento o qual faz parte de um
produto da cultura popular brasileira que possui como clientes os espectadores
que pagam pelo ingresso nos dias dos desfiles do carnaval e a empresa que
compra os direitos de transmissão televisiva e desta forma exibe o conteúdo
para diversos países.
Como o dia dos desfiles não muda, é necessário um rigoroso controle dos
prazos e atividades que precisam ser realizadas para que no dia do carnaval
esteja tudo na mais perfeita ordem para a disputa do campeonato e realização
de um bom espetáculo. Existem nesses casos então, problemas logísticos de
gestão de recursos e projetos que necessitam ser solucionados.
Além disso, os profissionais do carnaval trabalham com arte o que exige uma
certa capacitação, criatividade e subjetividade para isso, o que de certo modo
acarreta uma certa dependência de poucos ou alguns talentos.
Pretende-se estudar também a maneira como as escolas de samba promovem-
se através do seu marketing tendo em vista que o desfile de escola de samba é
o principal produto mas não apenas o único, já que elas vendem vestuário,
possuem uma marca, realizam eventos e shows, promovem oficinas e etc...
Tem-se então por objetivo estudar em linhas gerais como funciona o
gerenciamento de um projeto para o desfile de uma escola de samba na cidade
do Rio de Janeiro e relacioná-lo com conhecimentos de Engenharia de
Produção.
Será feito para isso uma correlação dos conhecimentos de gestão de projetos e
dos 6Ps do Marketing (Produto, Praça, Pessoas, Promoção, Processos e
preço) (Ferruccio, 2016).
Os objetivos específicos desta monografia são:
Analisar a gestão de projetos por parte das escolas de samba
Analisar a estratégia de uma escola de samba
Analisar processos de confecção de fantasias
11
Analisar processos de confecção de alegorias
Analisar gestão de recursos humanos
Analisar como funciona a logística dos materiais e insumos
Analisar marketing das escolas de samba
As hipóteses que estruturaram a pesquisa em busca de validação foram:
H0: Escolas de samba não possuem planejamento.
H1: Os conceitos de gestão de projeto são aplicáveis ao carnaval
H2: Os conceitos dos 6P’s do marketing são aplicáveis ao carnaval
H3: Os conceitos de gestão de projeto são usados atualmente no carnaval
H4: Os conceitos dos 6P’s do marketing são usados atualmente no carnaval
ao carnaval
H5: Escolas de samba se diferenciam estrategicamente.
O carnaval do Rio de Janeiro movimenta a economia tanto do Estado como do
o município. O samba é reconhecido mundialmente como parte integrante da
cultura brasileira. Desta forma os desfiles de escolas de samba geram uma
expectativa muito grande por parte dos seus espectadores. Além disso, ser
reconhecido como campeão do carnaval promove um status para escola e sua
comunidade. Desta forma é necessário um planejamento e gestão eficaz para
que os grêmios alcancem seus objetivos.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, entrevistas com carnavalescos,
gestores e diretores de escola de samba. Este presente estudo não tem por
objetivo analisar as receitas e suas fontes, nem fazer estudos de viabilidade de
projeto e planejamento financeiro.
Uma limitação está relacionada a abertura das escolas de samba a
concederam através de seus representantes entrevistas. Outra limitação é fato
deste trabalho não utilizar softwares de modelagem de gestão de projeto e
processos como MS Project e Ares.
Embora os desfiles de escolas de samba sejam muitos queridos existem
poucos estudos acadêmicos e científicos na área relacionados com engenharia
de produção. Existe certo senso comum de que o samba não depende da
academia para ser realizado. Este estudo pretende mostrar que algumas
técnicas de engenharia de produção são aplicáveis aos desfiles.
Esta monografia foi estruturada em três capítulos. No capítulo 1 abordou-se a
importância da Gestão de Projetos para nortear todo o processo de produção
de um evento de carnaval. .Discutiu-se sobre conceitos gerais; porque utilizar
as áreas de conhecimento em gestão de projetos em uma escola de samba.
12
No capítulo 2 foram abordados os conceitos de gestão de projetos
correlacionando-os aos 6P’s de gestão de marketing. As fases de gestão de
projetos abordadas foram iniciação, planejamento, execução, controle e
finalização enquanto as áreas do conhecimento foram: escopo, custo,
aquisição, risco, tempo, partes interessadas, recursos humanos, comunicação,
qualidade e integração. Os 6P’s da gestão de marketing tático abordados
foram: produto, processos, praça; promoção, preço e pessoas envolvidas no
evento.
No capítulo 3 apresentou-se um modelo de gestão de projeto e os 6P’s do
Marketing aplicados a uma escola de samba do carnaval do Rio de Janeiro.
Vale ressaltar que o modelo é apresentado de forma genérica e não se refere a
nenhuma agremiação em específico.
13
1 GESTÃO DE PROJETOS
1.1 POR QUE GERENCIAR PROJETOS?
Os projetos fazem parte do modelo de gestão de uma organização, sendo
assim o começo dele está associado às diretrizes superiores organizacionais.
Ele precisa desta forma estar alinhado à estratégia da empresa, suas políticas,
objetivos e ações.
Alguns fatores devem ser levados em consideração ao se fazer um projeto são
eles: a identidade organizacional, a cadeia de valor, a análise Matriz SWOT
(Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças), o mapa estratégico e a
descrição do negócio.
Após essa primeira etapa as diretrizes são formuladas e desdobram-se em
metas associadas a indicadores estratégicos, em metas de desdobramento dos
indicadores estratégicos em indicadores processuais e metas relacionadas a
projetos de melhoria e inovação.
Após essa etapa, é necessário um gerenciamento dos processos e de seus
indicadores com uma melhoria contínua e padronização (como exemplo o ciclo
do PDC. Estas sigla, são as iniciais em inglês das palavras: Plan, Do, Check e
Act que em português significam: Planejar, Fazer, Verificar e Agir; um
gerenciamento da rotina que acompanha as atividades do dia a dia e um
gerenciamento de projetos que inclui a análise do escopo, cronograma, 3Ps,
gestão de recursos e riscos, alocações e Recursos Humanos (RH), etc... Só
então resultados serão gerados para a organização.
Como exemplo pode-se citar uma empresa que depois da análise estratégica
possui como meta aumentar o lucro líquido em 10%. Para isso possui como
decisão estratégica aumentar o número de lojas. E assim é feito um projeto
para analisar o melhor lugar para serem implementadas novas unidades da
organização.
No caso do carnaval não é diferente, cada escola de samba possui um objetivo
específico para aquele campeonato: ganhar o carnaval, estar entre as seis
primeiras colocadas e desfilar nas campeãs ou evitar o rebaixamento. E para
isso é preciso que seja feito um projeto de desfile que atenda e se alinha ao
seu objetivo.
14
1.2 CONCEITOS BÁSICOS
Para darmos prosseguimento é necessário o alinhamento de alguns conceitos
e importantes em gestão de projetos, são eles:
Projeto
Portifólio
PMO
Milestone
3P’s
PMBoK
Figura 1 - Conceitos Básicos de Gerenciamento de Projetos Fonte: VISÁGIO, 2017
1.2.1 Projeto
De acordo com o Project Management Institute (2013), o projeto é um
empreendimento temporário a fim de criar um produto ou serviço único, desta
forma realiza e concretiza algo que nunca foi feito anteriormente diferente de
Gestão de Projetos
Projeto
Portifólio
PMO
Milestone
3P's
PMBOK
15
todos os produtos e serviços similares já existentes. Além disso, um projeto
possui início e fim bem definidos.
Ele diferenciasse de um processo. Este é uma sequência de ações integradas,
mensuráveis e estruturadas que cruzam uma organização de forma horizontal
e que produz um resultado perceptível e que gera no final um valor para o
cliente. Ele ordena as atividades de trabalho de forma específica através do
tempo e do espaço, com início e fim definidos de entradas e saídas. O
processo é uma estrutura para a ação.
No caso do carnaval, o projeto é a criação por parte das escolas de samba de
um desfile único, nunca feito anteriormente que possui início de produção e fim
no dia do seu desfile. Existem casos em que as escolas fazem reedições de
desfiles anteriores, entretanto mesmo nesses casos existe a criação de algo
novo por parte do carnavalesco, sendo confeccionadas fantasias e alegorias
únicas.
Os processos nesse caso seriam tudo aquilo que daria suporte para que o
projeto do desfile fosse colocado em prática. Podemos citar, por exemplo, as
fantasias que passam por processos de costura e decoração. A fantasia em si
não é um projeto único e sim, um processo que faz parte de um projeto. Ela
precisa de entradas como mão de obra e insumos e produz ao final um
resultado perceptível , gerando um certo valor para o cliente (jurados e
público).
1.2.2 Portfólio
O portfólio possui como objetivo alcançar a visão e missão do negócio. Ele vai
muito além do projeto. Além desses dois existe o programa que seria uma
união de projetos que visa atender as necessidades do portfólio.
Pode-se citar como exemplo quando a cidade do Rio de Janeiro foi sede dos
Jogos Olímpicos em 2016. O Portfólio tinha como objetivo sediar de forma
única e inesquecível os Jogos, fazendo com que Rio de Janeiro pudesse
crescer em infraestrutura e melhorar assim a qualidade de vida da sua
população. Desta forma foi idealizado um programa que continha diversos
projetos como a construção da Arena da Barra, da linha quatro do Metrô, do
Parque Olímpico, Arena Deodoro etc.. De forma clara através desse exemplo
pode-se diferir portfólio, programa e projeto.
No caso do carnaval não é diferente. O portfólio está atrelado a como as
escolas de samba se veem nos próximos anos e qual é sua missão e visão.
Uma escola pode ter um portfólio com o objetivo de tornar-se líder do ranking
da Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) nos próximos 5 anos.
Para isso seria necessário um programa de 5 projetos de desfile que
16
atendessem e se alinhassem com esse objetivo. O ranking da LIESA classifica
as escolas de samba contando as colocações do últimos cinco carnavais.
Em resumo, pode-se definir programa como um conjunto de projetos
gerenciados de forma coordenada, visando atingir objetivos difíceis de serem
gerados e administrados isoladamente. Os projetos que o compõem precisam
estar relacionados.
Já o portfólio é uma coleção de projetos e/ou programas agrupados a fim de
facilitar de forma efetiva o gerenciamento do trabalho necessário para alcançar
os objetivos estratégicos do negócio. Nesse caso os projetos e ou programas
não precisam estar relacionados.
Figura 2- Relação Portfólio, Programa e Projeto Fonte: VISÀGIO, 2017
1.2.3 PMO
Project Management Office (PMO) ou Escritório de Gerenciamento de Projetos
é uma estrutura organizacional com obrigações específicas de acordo com o
Project Management Institute (2013). Por exemplo, determinar os sistemas de
padrões de gerenciamento de um projeto.
No caso do carnaval o projeto e toda sua estrutura são gerenciáveis
principalmente pelo diretor de carnaval e sua equipe. Embora não
necessariamente todas as escolas de samba possuam um escritório exclusivo
para eles, a função de PMO é das responsabilidades destes que precisam a
todo instante gerenciar e alinhar aos objetivos da alta administração ao projeto.
Portfólio
Programa
Projeto
17
1.2.4 PMBoK
Project Management Body of Knowledge é um livro que apresenta um conjunto
de boas práticas e referências no que tange a gestão de projetos. Ele é
confeccionado e estabelecido pelo Project Management Institute (PMI).
Pode ser utilizado pelas escolas de samba e estas poderiam individualmente
criar modelos próprios de gestão que não dependessem apenas da
administração da escola, tendo em vista que sempre existem mudanças. O
modelo deveria ser constituído por um caráter técnico e ser um legado que
engrandecesse o espetáculo.
1.2.5 Milestone
Os milestones são marcos no cronograma. Pode-se citar como exemplo
quando a escola de samba define seu samba-enredo para o próximo ano do
carnaval. A partir daquele momento toda escola incorpora em si e realiza
mentalmente que o carnaval para o próximo ano começou.
Além de milestones, existe a baseline que é a linha de base ou referência
inicial do projeto. A partir dessa linha pode-se acompanhar a maneira como
está evoluindo o projeto, em termos financeiros, custos, confecções, etc..
1.2.6 3Ps
Os 3Ps são :
Progresso
Plano
Problema
O progresso determina se os produtos estão em andamento, com atrasos ou
concluídos no período vigente. É necessário que haja um acompanhamento do
progressos de confecção de alegorias e fantasias por exemplo.
O Plano evidencia as tarefas a serem executadas e por quem. Auxilia desta
forma na coordenação das equipes e datas de entregas de cada subproduto.
Através dele pode-se visualizar de forma melhor o progresso do projeto e se
ele está alinhado as diretrizes. Na seção 3.1 será analisado de forma mais
detalhada o planejamento das escolas de samba para um desfile.
Todo e qualquer projeto é suscetível a problemas. Por isso eles devem ser
listados e possíveis riscos devem ser identificados a fim de que existam
soluções mitigadoras de risco e todo o projeto evolua e ocorra da melhor
maneira possível. Deve não apenas fazer uma lista e saber os possíveis riscos
como também acompanhá-los de perto, atualizando sempre seu status. O ideal
é gerenciar o risco para que problemas não ocorram e acabem atrapalhando o
18
andamento do projeto. Na seção 3.2 será analisado de forma mais detalhada
fatores que podem influenciar de forma negativa o andamento do projeto.
19
2 FASES E ÁREAS DO CONHECIMENTO E OS 6 Ps DA GESTÃO DE
MARKETING
As fases e áreas do conhecimento utilizadas são baseadas na metodologia de
Gestão de Projetos asseguradas pelo Project Management Institute (PMI) e os
6Ps do Marketing (preço, praça, produto, promoção, pessoas e processos) são
baseados na teoria de Ferruccio, 2016.
As fases são: Iniciação, planejamento, execução, controle e finalização.
Entretanto ao longo do projeto o planejamento, execução e controle precisam
sempre ser realimentados a fim de que se tenha uma melhor gestão do projeto.
Para cada uma das fases existe um conjunto de produtos associados. Na fase
de iniciação é preciso que o projeto seja autorizado pela alta administração
tendo um termo de abertura do projeto.
No planejamento é preciso definir e refinar os objetivos e escolher as melhores
alternativas. Um exemplo de miniproduto desta fase é o cronograma. Na fase
de execução é necessária a coordenação dos profissionais envolvidos e dos
recursos necessários para a execução do planejamento. O cronograma
também é um produto que pertence a esta fase. Na fase de controle devesse
garantir que os objetivos estão sendo alcançados tratando-os de forma
monitorada e considerando seus desvios. Já na finalização é formalizado o
encerramento do projeto.
Vale ressaltar que as fases não são sequenciais, havendo desta forma uma
sobreposição entre elas. Ao mesmo tempo em que se inicia pode-se começar o
planejamento, e o monitoramento é feito ao mesmo tempo em que os
processos de execução estão em curso por exemplo. Vide figura 3.
Figura 3 - Nível de Interação entre os processos e fases de um projeto Fonte:http://3.bp.blogspot.com (Acesso em 02/07/2017)
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Já as áreas de conhecimento são: escopo, risco, custo, aquisição, tempo,
stakeholders, recursos humanos, comunicação, qualidade e integração. Cada
uma delas será analisada em suas respectivas seções.
Figura 4 – Gestão de projetos e suas áreas de conhecimento Fonte: Adaptado de VISAGIO, 2017
Já os 6P´s do marketing são produto, praça, processos, preços, pessoas e
promoção. Cada uma das áreas está correlacionada aos 6Ps do Marketing de
acordo com o tabela 1.
Gestão de Projetos
Escopo
Custo
Aquisição
Risco
Tempo
Partes Interessadas
Recursos Humanos
Comunicação
Qualidade
Integração
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Tabela 1- FASES E ÁREAS DO CONHECIMENTO E OS 6 Ps DA GESTÃO DE MARKETING
Gestão de Projeto (AREAS) Gestão de Marketing (6Ps)
ESCOPO Controla o que está e o que não está
incluso dentro do projeto.
PRODUTO Bem ou serviço produzido.
PRAÇA Local onde o consumidor tem acesso
ao produto.
TEMPO Define prazos para a elaboração do
projeto. PROCESSOS
Todos os processos de negócio e de suporte relacionados na sequencia do
evento (cadeia de Valor)
QUALIDADE Define padrões que satisfaçam o
cliente
RISCO Probabilidade de ocorrência de um
evento. Possuem impacto no projeto.
CUSTO Valor necessário para produção do
produto (bem ou serviço) PREÇO Componente gerador de receita. AQUISIÇÕES
Compras de produtos (bens ou serviços) externos a organização
RECURSOS HUMANOS Toda a equipe que pertence participa direta ou indiretamente dos processos
da organização.
PESSOAS Pessoal que trabalha internamente ou
externamente a organização. PARTES INTERESSADAS
Entidades impactadas pelo projeto.
COMUNICAÇÃO Transmissão de mensagem interna ou
externa a organização
PROMOÇÃO Ato que eleva o status de um produto
(bem ou serviço)
INTEGRAÇÃO O quanto uma área de conhecimento
de um projeto pode impactar outra área.
TODOS OS 6PS
Fonte: O autor
22
2.1 ESCOPO, PRODUTO e PRAÇA
2.1.1 Escopo
Na abordagem do gerenciamento de projeto, o escopo controla e define o que
está e o que não está incluso dentro do projeto.
As partes interessadas devem estar a par e serem envolvidas nesse processo
a fim de que nenhuma delas seja deixada de lado e um possível problema ou
opinião seja esquecido. As visões devem ser equilibradas para que
posteriormente seja elaborada uma estrutura analítica de projeto (EAP) e essa
seja validada por todas as partes, a partir daí então se gerencia o escopo.
A Estrutura Analítica do projeto divide o escopo do projeto em partes
gerenciáveis, identificando as entregas do projeto. O primeiro nível representa
a divisão do projeto e seu ciclo de vida. Os níveis seguintes dividem o projeto
em partes entregáveis menores.
Figura 5 – Estrutura Analítica do Projeto Fonte: Adaptado de VISÁGIO 2017
Algumas premissas devem ser consideradas para a criação do EAP:
Todas as partes devem estar envolvidas
Todo e qualquer trabalho que esteja fora da EAP não deve ser
considerado e não faz parte do projeto
Deve ser construído do genérico para o mais específico
Cada nível da EAP é mais específico do que o segmento acima
23
Os pacotes finais de trabalho devem ser facilmente identificáveis e
estimáveis ( em termos de custo e prazo ) a fim de que se tenha um
maior controle e medição do progresso do projeto.
Além disso podem ser identificadas algumas vantagens na criação de uma
EAP, são elas:
Servir de insumo básico para a criação de um cronograma
Contribuir para o alinhamento e manutenção do foco da equipe
Facilitar a comunicação entre as partes envolvidas
Ser um modelo replicável para projetos semelhantes. No caso do
carnaval, por exemplo, de um ano para o outro seriam feitas pequenas
alterações na EAP, tendo em vista que a base de um desfile sempre é a
mesma
Ajudar, caso haja, novos membros do time do projeto, o envolvimento
deles com o escopo
Relacionar causas e efeitos de cada atividade
Contribuir como base para estimativa de custos e de prazo
Prevenir sobre o que não está dentro do escopo de projeto
2.1.2 Produto
Na visão do marketing, o Produto (bem ou serviço) é a base fundamental de
todo e qualquer negócio. As empresas procuram a todo instante se diferenciar
e possuírem uma vantagem competitiva em relação aos outras seus
concorrentes de modo a satisfazer as necessidades dos seus clientes.
Os produtos variam de acordo com o seu grau de diferenciação, eles
pertencem a uma faixa que varia desde commodities que possuem baixa
diferenciação e identificação de marca até produtos com alto grau de
diferenciação o qual o cliente percebe de imediato o valor adquirido por ele.
Eles podem de acordo com Kotler (1999) possuir diferentes tipos de
diferenciação como:
Diferenças físicas – Diferenças de características, desempenho,
durabilidade, design, estilo, embalagem, adequação, entre outras.
Diferenças de disponibilidade – Diferenças de meios de comunicação e
atendimento com o cliente
Diferenças de serviços – Diferenças de entrega, instalação,
manutenção, consultoria, etc
Diferenças de preço – Diferenças de preços altos ou baixos.
Diferenças de imagem – Diferenças de marcas, meio inserido etc
24
2.1.3 Praça
A Praça evidencia como os produtos (bem ou serviço) devem ser distribuídos
para o seu público alvo. O vendedor ou fornecedor pode fazer isso de forma
direta ou por meio de terceiros. Sendo assim, a praça define a conveniência, a
relação e o modo o qual o produto chegará até o cliente.
A praça, ponto de venda ou canal (ponto) de distribuição é usado para definir o
local onde o consumidor poderá ter acesso ao produto (bem ou serviço).
Quando o produto é disponibilizado pela internet, o canal passa a ser on-line. A
venda do produto on-line, isto é, em lojas virtuais e e-commerce vem
crescendo em todo o mundo.
25
2.2 PROCESSOS, TEMPO, QUALIDADE E RISCOS
2.2.1 Processos
Processos são um conjunto de atividades com o objetivo de gerar um produto
(bem ou serviço). Eles devem atender os objetivos estratégicos da empresa e
podem se dividir em macroprocessos e microprocessos.
Pode-se tornar uma organização mais eficiente ao melhorar seus processos,
para isso, deve-se conhecê-los detalhadamente, pois em muitos casos, eles
não são explícitos ou são muito complexos envolvendo diversas áreas da
organização. Para melhorá-los é preciso em primeiro lugar saber como eles
estão estruturados, sendo necessárias modelações para analisar as atividades
realizadas, os participantes, os recursos e informações compartilhadas.
Ao serem modelados é possível ter um maior entendimento do negócio e obter
possíveis melhorias de produtividade, custos, tempo, entre outros, identificando
atividades candidatas à automação, oportunidades de terceirização, utilização
de sistemas, alocação de recursos, etc..
2.2.2 Tempo
O gerenciamento do tempo envolve e define prazos para a elaboração do
projeto. São necessários alguns processos para a execução dessa etapa de
acordo com o PMI (2013):
Planejar o gerenciamento do cronograma – Processo que estabelece o
planejamento, desenvolvimento, gerenciamento, execução e controle do
cronograma do projeto.
Definir atividades – processo de ações específicas a fim de produzir as
entregas do projeto.
Sequenciar atividades – processo que relaciona as atividades do projeto.
Estimar recursos das atividades – Estima tipos e quantidades de
recursos necessários para realizar cada atividade.
Estimar durações das atividades – O processo que estima o tempo
necessário para iniciar e terminar cada tarefa.
Desenvolver o cronograma – Processo de análise das atividade,
durações, recursos e restrições do cronograma.
Controlar o cronograma – Processo de monitoramento das atividades e
se elas estão sendo executadas de acordo com a linha de base.
Para planejar o gerenciamento do cronograma é necessária a linha de base do
escopo que inclui neste caso o EAP e cada subproduto que precisa ser
26
entregue por este e outras informações e decisões caso sejam requisitadas
como riscos, comunicações e custos. Além disso, é importante opiniões
especializadas de pessoas que forneçam de forma mais precisa através de sua
experiência com projetos passados ou com conhecimento adquirido os tempos
de execução de atividades e recursos necessários para que o projeto vigore.
Algumas técnicas e usos de ferramentas computacionais podem ajudar na
elaboração do cronograma. As equipes também devem realizar reuniões a fim
de desenvolver da melhor forma esta etapa da elaboração de um projeto.
O plano de gerenciamento deve considerar e contemplar o maior nível de
exatidão possível, de forma a não tornar as atividades com certa “gordura”
temporal, ou seja, em um exemplo, algo que poderia ser feito em apenas um
dia é contabilizado no cronograma como se fosse feito em dois ocasionando
atraso desnecessário e fugindo da realidade. É preciso também atentar-se para
a unidade de medida utilizada.
O cronograma deve sempre estar atualizado de acordo com os procedimentos
organizacionais e ser registrado nele cada avanço das atividades anteriormente
planejadas. Se necessário podem ser criados limites de controle que auxiliam o
monitoramento e regras de medição de desempenho como, por exemplo:
percentagem de completude do projeto. Uma lista de marcos deve ser definida
a fim de melhorar a visualização e acompanhamento do projeto.
O sequenciamento de atividades determinará as relações entre as partes que
compõem o projeto. Ele define a sequência lógica de trabalho a fim de obter o
maior nível de eficiência possível. O método do diagrama de precedência
(MDP) é uma técnica utilizada para sequenciar as atividades. O MDP inclui
quatro tipos de dependências, são eles:
Término para Início – Uma atividade sucessora não pode começar até
que uma atividade predecessora tenha terminado.
Término para término – Uma atividade sucessora não pode terminar até
que a atividade predecessora tenha terminado.
Início para início – Uma atividade sucessora não pode iniciar até que a
atividade predecessora tenha sido iniciada.
Início para término - Uma atividade sucessora não pode terminar até que
a atividade predecessora tenha sido iniciada.
O MDP término para início é o mais utilizado enquanto o início para término é
uma das relações menos utilizadas.
As relações de dependência também podem ser caracterizadas de acordo com
os seguintes atributos:
27
Obrigatória – onde para realizar algo obrigatoriamente o que foi feito
anteriormente precisa ter sido executado
Arbitradas – a qual é adquirida através da experiência e conhecimento
do gestor de projetos que define a melhor maneira sequencial com base
nos seus critérios. Não depende tecnicamente de algo, apenas da
arbitrariedade. Elas devem por isso serem sempre documentadas.
Externas – Envolve as relações que pertencem ao projeto com as que
não fazem parte dele. Uma mudança de lei, por exemplo, é uma
dependência externa.
Interna – Envolve relações apenas de atividades pertencentes ao projeto
e de seu sequenciamento.
Desta forma as dependências podem ser obrigatórias ou arbitradas, internas ou
externas, sendo agrupadas com dois atributos. Como por exemplo, uma
relação pode ser obrigatória e interna enquanto outra pode ser arbitrada e
externa.
Podem existir antecipações e ou esperas. As antecipações ocorrem quando
uma atividade sucessora ocorre de forma adiantada em relação a uma
predecessora enquanto as esperas é a quantidade de tempo em que uma
atividade sucessora está atrasada devido a não realização ou espera da
predecessora.
Para o sequenciamento deve ser realizado um diagrama de rede do
cronograma do projeto que representa graficamente os tempos e as relações
de dependência.
Figura 6 – Diagrama de Rede do Cronograma Fonte: PMBoK, 2013
28
Cada atividade deve ter os recursos necessários para a sua realização
estimada deve ser considerado o calendário de recursos que determina se eles
estão disponíveis na data de uso. Alguns fatores como o histórico e opinião
especializada podem ajudar. Além disso, métodos e soluções alternativas
podem ser analisados.
A estimativa bottom-up é um método que detalha e divide os pacotes do EAP
em uma forma mais destrinchada a fim de que se tenha dessa forma maior
precisão dos recursos utilizados, ela agrega as estimativas do nível mais baixo
do EAP. Softwares de gerenciamento de projeto são muito utilizados nessa
etapa.
Estimar os períodos das atividades determina o tempo necessário para
realização de cada processo. Devem ser levados em consideração os recursos
e a quantidade de esforço de trabalho requerida. Existe três tipos de
estimativas:
Análoga – relaciona o projeto atual com um projeto que já foi feito
anteriormente,
Estimativa paramétrica - Desenvolve cálculos através de parâmetros,
como por exemplo, a utilização estatística de dados históricos. Esse
estimativa analisa detalhadamente os recursos e possui um grau de
sofisticação maior.
Estimativa de três pontos – Considera três tipos de situações: mais
provável (Tm), otimista (To) e pessimista (Tp) e obtém um resultado final
do que deve ser considerado através de duas distribuições:
o Distribuição triangular onde Te=(To + Tm + Tp)/3 (eq. 1)
o Distribuição Beta onde Te= (To + 4Tm + Tp)/6 (eq. 2)
Devem ser consideradas algumas reservas para contingência nas estimativas,
entretanto, elas devem ser justificáveis para que não haja excessos prejudiciais
ao andamento do projeto.
O desenvolvimento do cronograma leva em conta tudo que foi descrito
anteriormente. A análise da rede do cronograma pode ser feito através de
vários métodos. O método do caminho crítico é usado para determinar a
duração mínima do projeto e o grau de flexibilidade nos outros caminhos
lógicos dentro da rede. O método da corrente crítica leva em consideração
reservas ao longo de qualquer caminho levando em consideração os recursos
limitados e incertezas do projeto.
29
Algumas técnicas de otimização de recursos podem ser utilizadas. O
nivelamento de recursos é uma delas que ajusta as datas de início e fim de
cada atividade a fim de equilibrar a demanda dos recursos em cada uma delas.
Outra técnica é a estabilização dos recursos que determina e delimita de forma
pré- definida os recursos a serem utilizados.
Além disso, podem ser consideradas técnicas de criação de modelos que
avaliam possíveis cenários. Existe por exemplo a análise do cenário E-se que
avalia uma opção alternativa a apresentada anteriormente. A simulação de
outros cenários que envolve o cálculo e realização de possíveis alternativas
também é uma técnica que pode ser utilizada.
O cronograma, além disso, pode ser comprimido visando diminuir por algum
motivo o tempo de duração do projeto. Apenas as atividades pertencentes ao
caminho crítico podem ser comprimidas afinal as outras não alteram o tempo
mínimo de duração do projeto.
As saídas do desenvolvimento do cronograma são: a linha de base que pode
ser alterada conforme o tempo e mediante aos procedimentos de controle; o
cronograma do projeto que apresenta a conexão entre as atividades com
datas, durações, marcos e recursos planejados, os dados do cronograma que
contém informações para descrição e controle dele e o calendário do projeto
que identifica os dias em que os recursos estão disponíveis. Essas saídas
podem conforme o andamento do projeto serem atualizadas. O cronograma é
apresentado frequentemente em forma de gráficos e diagramas.
O controle do cronograma serve para monitorar o andamento das atividades e
atualização de como o projeto está se desenvolvendo. As mudanças na linha
de base só podem ocorrer caso seja aprovado pelo procedimento de controle
integrado das mudanças. Alguns fatores como o desempenho do trabalho ao
longo do projeto devem ser considerados para uma melhor avaliação de
possíveis mudanças.
Pode ser realizada análise de tendências que examina o desempenho do
projeto, o método do caminho crítico que observa as atividades mais
importantes referentes ao prazo mínimo de entrega do produto, o método da
corrente crítica que compara o tamanho do buffer restante com o necessário
para proteger a da data de entrega e o gerenciamento do valor agregado que
demonstra as variações entre o que foi previsto e o que efetivamente foi
realizado.
Caso seja necessária solicitações de mudanças devem ser feitas alterando a
linha de base do cronograma e/ou de custos e atualizações devem ser
realizadas nos documentos que pertencem ao projeto. Alguns ativos
organizacionais podem ser feitos como, por exemplo, um documento que
evidencia as causas das variações.
30
2.2.3 Qualidade
O gerenciamento da qualidade inclui processos que determinam políticas de
qualidade e padrões de modo que o projeto satisfaça as necessidades dos
seus clientes. Ela é o grau que determina se o projeto cumpre com os
requisitos predeterminados. Deve haver estímulo à melhoria continua dos
processos, padrões e políticas. A má qualidade gera aumento de custos, baixo
nível de satisfação do cliente, atrasos no cronograma, retrabalho, aumento de
riscos, entre outros.
De acordo com o PMI (2013) existem três principais processos de
gerenciamento da qualidade:
Planejar o gerenciamento da qualidade
Realizar a garantia da qualidade
Realizar o controle da qualidade
Para planejar o gerenciamento da qualidade é necessário o escopo que
determina os padrões e especificações do produto. Deve ser feito a partir daí
técnicas de planejamento como análise de custo-benefício dos insumos; custo
da qualidade (CDQ) que se divide em dois tipos de custos, o de conformidade
que previne custos através de treinamento, utilização de equipamentos, tempo
de execução preciso, documentação de processos, realização de testes e
inspeções entre outros e o custo por falta de conformidade causado por falhas
internas como retrabalho e descarte ou por faltas externas encontradas pelo
cliente gerando perdas de negócios, garantia do produto e responsabilidade.
Algumas ferramentas de qualidade básicas são diagramas de causa e efeito,
fluxogramas, folhas de verificação, diagramas de Pareto, histogramas, gráficos
de controle e diagramas de dispersão. Além disso pode ser feito benchmarking
que compara o projeto vigente com outros que podem ser da organização
executora ou externos a ela, projeto de experimentos e amostragem estatística.
Algumas ferramentas adicionais que podem ser utilizadas são brainstorm
geradores de ideias, análise do campo de forças, técnica de grupo nominal ,
ferramentas de gerenciamento e controle da qualidade e reuniões.
Sendo realizadas estas técnicas e utilização das ferramentas se tem um plano
de gerenciamento da qualidade, um plano de melhorias do processo, métricas
de qualidade, listas de verificação da qualidade e atualizações nos documentos
do projeto. Para realização da garantia da qualidade serão utilizadas esses
procedimentos como entrada.
Para garantir a qualidade podem ser gerados diagramas de afinidades, inter-
relacionamentos, de árvores, rede de atividades e matriciais que relacionam
causas, efeitos, e integração entre os processos de qualidade, assim como
31
gráfico dos programa do processo de decisão (GPPD) usado para
compreensão de uma meta em relação as etapas envolvidas para alcançá-lo e
matriz de priorização que identifica as principais questões a serem tratadas.
Além disso podem ser realizadas auditorias de qualidade e análises de
processos a fim de garantir as especificações.
Ao ser concluído estes procedimentos podem ser gerados solicitações de
mudanças, atualizações no plano de gerenciamento e nos documentos do
projeto.
Para controlar a qualidade podem ser utilizadas as sete ferramentas de
qualidade básicas já descritas anteriormente, amostragem estatística e
inspeções. Deve ser analisado possíveis solicitações de mudança para sua
aprovação. Como saídas deste processo temos medições de controle da
qualidade, mudanças validadas, entregas verificadas, informações sobre o
desempenho do trabalho, solicitações de mudança e atualizações no
gerenciamento, documentos e ativos dos processos organizacionais.
2.2.4 Riscos
O gerenciamento de risco inclui os processos de identificação e análise de
controle de riscos de um projeto. Os riscos possuem probabilidade de
ocorrerem e um impacto no projeto. Idealmente deve-se reduzir a probabilidade
e o impacto a fim que não ocorram eventos negativos no projeto.
De acordo com o PMI (2013) existem seis processos de gerenciamento de
riscos:
Planejar o gerenciamento de riscos – Define como conduzir as
atividades de risco
Identificar os riscos – Determina quais riscos podem afetar o projeto
Realizar a análise qualitativa dos riscos – Prioriza os riscos com base
em sua probabilidade e impacto
Realizar a análise quantitativa dos riscos – Analisa numericamente o
efeito dos riscos
Planejar respostas ao riscos – Desenvolvimento de opções e ações que
reduzem os riscos
Controlar os riscos – Controlar os riscos a fim de mitigá-los e combatê-
los.
Alguns riscos são individuais e pontuais enquanto outros podem ser gerais e
globais afetando e existência do próprio projeto. As organizações podem ter
32
apetite ao risco o qual estão dispostas a tê-lo para o ganho de recompensas
futuras.
Para desenvolver o plano de riscos é necessário uma metodologia, papéis e
responsabilidades, orçamento, prazos, definição de escalas, matriz de
probabilidade de impacto, categorização dos riscos, acompanhamento etc..
Para a identificação dos riscos podem ser revistas documentações ou fatos que
já ocorreram anteriormente. Algumas técnicas de coleta de informações como
brainstorm, técnica Delphi , entrevistas e análise de causas principal podem ser
utilizadas. Além disso, podem ser analisadas as premissas do projeto e serem
feitas técnicas de diagramas como, por exemplo, de causa e efeito. A opinião
de especialistas novamente deve ser considerada e análise de forças,
fraquezas, ameaças e oportunidades também ajuda no processo. Ao final é
desenvolvido o registro de riscos identificando-os.
Na análise qualitativa dos riscos é avaliada a probabilidade e o impacto deles
sendo desenvolvida uma matriz de probabilidade e impacto. Deve ser levada
em consideração a qualidade dos dados existentes. Os riscos devem ser
categorizados e sua urgência avaliada pela organização e por especialistas.
Na análise quantitativa dos riscos são utilizadas técnicas de apresentação de
dados como entrevistas e utilização de distribuições de probabilidade. São
usadas também técnicas de modelagem e análise quantitativa de riscos como
a sensibilidade dos dados e o valor monetário esperado para tipos diferentes
de cenários modelados e simulados. Especialistas são fundamentais nesse
processo.
As repostas aos riscos negativos são realizadas através de estratégias de
prevenção, transferência, mitigação ou aceitação. Para os positivos através de
estratégias de exploração, melhoramento, aceitação e compartilhamento. Para
um riscos devem ser alocadas respostas de contingencia.
Para o controle de riscos devem ser feitas reavaliações, auditorias, análises de
variação e tendências, de reservas e medição do desempenho técnico e
profissional ao longo do projeto. Para o melhor controle são necessárias
reuniões constantes.
Esses processos geram atualizações em muitos documentos. Devem ser
geradas ações corretivas ou preventivas aos riscos ou eventuais problemas.
Além disso, devem ser geradas informações sobre o desempenho do trabalho.
33
2.3 AQUISIÇÃO, CUSTO E PREÇO
2.3.1 Aquisição
Os processos de gerenciamento de aquisições referem-se a comprar ou
adquirir produtos ou serviços externos a organização. Ele abrange contratos e
pedidos de compras.
De acordo com o PMI (2013) existem quatro processos para gerenciar as
aquisições, são eles
Planejar o gerenciamento das aquisições – Documenta as decisões de
compra do projeto e identifica fornecedores em potencial evidenciando
como será feita a abordagem com estes
Conduzir as aquisições – Obtém resposta dos fornecedores, os
seleciona e os contrata.
Controlar as aquisições – Acompanha, monitora e gerencia os contratos
e estabelece caso necessário mudanças e decisões contratuais .
Encerrar as aquisições – Finaliza as aquisições do projeto.
Para planejar o gerenciamento é necessário analisar o que será feito e
produzido internamente e o que deverá ser comprado servindo então como
insumo do projeto. Idealmente deve se fazer pesquisa de mercado
identificando principais fornecedores e preços dos produtos ou serviços. A
opinião de especialistas é útil e devem ser realizadas reuniões a fim de definir o
melhor plano de aquisições. Alguns fatores como atendimento as necessidades
especificadas, garantia, custo geral, ciclo de vida do produto, abordagem
técnica, entre outros deve ser levada em consideração.
Para conduzir as aquisições devem ser utilizadas técnicas de avaliação de
propostas e analíticas. Reuniões periódicas com os fornecedores ou licitantes,
assim como reuniões da equipe do projeto auxiliam acordos, negociações e
tomadas de decisões. A aquisição pode ser iniciada também através da
publicidade do fornecedor que tem a organização como cliente potencial.
Podem ser feitas estimativas individuais e independentes para cada
fornecedor. A experiência de especialistas facilita este processo. Desta forma
os fornecedores são selecionados e obtêm-se com eles acordos e calendários
de aquisições.
Para o controle das aquisições é necessário a criação de um sistema de
pagamentos, de controle de mudanças de contratos e gerenciamento de
registros. Deve ser analisado o desempenho das aquisições e se elas estão de
acordo com as conformidades e especificações do projeto assim como o
desempenho do trabalho gerando desta forma relatórios de desempenho.
34
Inspeções, auditorias devem ser executadas periodicamente e caso haja
reivindicações elas devem ser administradas.
Para encerrar e finalizar todas as aquisições do projeto é necessário que haja
como já descrito anteriormente um sistema de gerenciamento de registros. As
aquisições devem ser negociadas da melhor maneira possível para a
organização e auditorias devem ser realizadas a fim de garantir a qualidade do
processo.
2.3.2 Custo
A gerência dos custos do projeto envolvem a partes e processos que envolvem
estimativas, orçamentos, financiamento, planejamento e controle dos custos.
De acordo como o PMI (2013) existem 4 principais processos:
Planejar o gerenciamento de custos – estabelece políticas,
procedimentos e documentos de planejamento dos custos.
Estimar os custos – Fornece as estimativas de custo.
Determinar o orçamento – Agrega os custos estimados e determina o
orçamento do projeto
Controlar os custos - Monitora e controla o orçamento definido
anteriormente.
Projetos com um escopo menor possuem maior integração de custo entre os
pacotes de entrega. Estágios iniciais do projeto podem ser mais influenciáveis
quanto ao custo do que os que já estão no estágio final do projeto.
Alguns fatores devem ser levados em consideração para a elaboração do custo
do projeto são elas: escopo, cronograma, programa de recursos humanos,
riscos, cultura da população impactada pelo projeto e fatores locais, sistemas e
registros históricos.
Algumas técnicas podem facilitar o planejamento para gerenciar os custos. A
opinião especializada guiada por informações históricas, técnicas analíticas de
pesquisas de custos e reuniões de planejamento são exemplos delas.
O plano de gerenciamento de custos deve considerar unidades de medida,
nível de precisão, nível de exatidão, associações com procedimentos
organizacionais, limites de controle, regras de medição de controle, formato de
relatórios, descrições de processos e outros detalhes relevantes adicionais.
As estimativas de custo deve ser o mais refinada possível a fim de evitar
desperdícios. Elas são feitas baseadas nas informações obtidas até o
momento. Elas devem incluir também possíveis alternativas.
35
Para estimar os custos algumas ferramentas e técnicas podem ser úteis como:
Opinião especializada guiada por informações históricas
Estimativa análoga baseada em projeto anterior semelhante
Estimativa paramétrica que relaciona estatisticamente os dados
históricos relevantes e outras variáveis.
Estimativa Bottom-Up que estima os componentes de trabalho, onde
cada pacote individual de trabalho é estimado em um nível maior de
detalhes e o procedimento é feito em forma de cadeia até alcançar os
níveis mais altos.
Pela estimativa dos três pontos já descrita na seção 2.2 que relacionar
três possibilidades (otimista, realista e pessimista) através de uma
fórmula matemática.
Análise de reservas que determina reservas de contingência e de
gerenciamento para o projeto. As de contingência são utilizadas para
acomodar riscos conhecidos, a linha de base de custo inclui esta
reserva. Enquanto a de gerenciamento é utilizada para acomodar riscos
desconhecidos e/ou possíveis mudanças no projeto, o orçamento inclui
tanto a reserva de contingência quanto a de gerenciamento do projeto.
Custo da qualidade que abordado na seção 2.2
Softwares de gerenciamento de projetos como planilhas
computadorizadas e simulações
Análise de propostas de fornecedores que se baseia nas cotações de
preços e custos de fornecedores qualificados
E técnicas de tomadas de decisão em grupo como brainstorming, e
técnica Delphi para melhorar o engajamento e comprometimento da
equipe.
Para determinar o orçamento é analisado as estimativas e suas bases assim
como acordos feitos com fornecedores e outra partes interessadas no
processo. Deve ser feita a agregação de custos de todos os componentes do
EAP. Deve ser considerada também análise de reservas, opinião
especializada, relações históricas de modelos matemáticos simples ou
complexos e limites de recursos financeiros.
O controle de custos deve assegurar que os desembolsos e gastos não
excedam em termos financeiros o que foi autorizado para o período. As partes
interessadas no projeto devem estar informadas a respeito de mudanças
aprovadas. Algumas técnicas e ferramentas de controle de custos são:
36
Gerenciamento do valor agregado (GVA) - Correlaciona o escopo, o
cronograma, e medições de recursos para avaliar o andamento do
projeto. Essa técnica desenvolve três dimensões, valor planejado do
projeto definido pelo valor autorizado designado ao trabalho, valor
agregado que mede o trabalho executado em termos de orçamento
autorizado para tal atividade e custo real realizado incorrido no período.
As variações também devem ser monitoradas, como variações de
prazos (VPR) e de custos (VC). Existe dois índices além desses
importantes, o primeiro é o desempenho de prazos (IDP), definido como
o valor agregado/valor planejado que mede o grau de eficiência do uso
de tempo pela equipe do projeto, o segundo é o desempenho de custo
(IDC), definido como valor agregado/custo real que mede a eficiência de
custos do trabalho executado.
Previsão – Conforme o andamento do projeto algumas mudanças
podem ocorrer, para isso podem ser feitos prognósticos que sejam
diferentes dos concebidos anteriormente e alguns ajustes devem ser
realizados. Uma previsão de estimativa no término com isso é
alcançada.
Índice de desempenho para término (IDPT) – métrica de desempenho
de custo que deve ser alcançado com recursos restantes para cumprir
com uma meta ou índice especificado previamente.
Análises de desempenho - que considera variações comparativas entre
o que foi planejado e a realidade, considerando variações de custo, de
término e de prazos. São consideradas também algumas tendências que
podem existir no processo.
Softwares – utilizados principalmente no GVA
Análise de reservas – monitorar situação de reservas de contingência e
de gerenciamento
Os valores de variação de custos, variação de prazos, índice de custos, índice
de desempenho de prazos e índice de desempenho para término de cada
componente da EAP deve ser calculado e documentado. Da mesma forma o
valor da estimativa de término deve ser calculado e comunicado as partes
interessadas. Devem ser observados a causas das variações se existirem,
ações corretivas escolhidas e lições aprendidas durante o processo.
37
2.3.3 Preço
O preço é o componente gerador de receitas, diferentemente de todo os outros
P’s que geram custos. Desta forma todas as empresas tendem a elevar os
seus preços e analisar a demanda até atingir o ponto de maximização dos seu
lucros.
Para aumentar a demanda por seu produto ou serviço as empresas fornecem
descontos aos seus clientes desta forma são definidos dois tipos de preços: o
de lista definido pelo vendedor anteriormente e o preço final que pode ser ou
não com desconto.
A definição de preço pode ser baseada em dois fatores principais: custo e
valor. Na definição por custo as empresas acrescentam um markup sobre o
custo do produto enquanto na definição por valor é estimado o valor máximo o
qual um cliente pagaria pelo produto.
As empresas podem utilizar estratégias de marketing diversas a fim de
conquistar um cliente, uma delas é o estabelecimento de linhas de produto ou
serviço o qual o cliente opta pelo o que melhor lhe satisfaça e paga o
determinado preço por isso.
38
2.4 COMUNICAÇÃO e PROMOÇÃO
2.4.1 Comunicação
O gerenciamento da comunicação tem por objetivo atingir o publico correto
pelo canal correto assegurando que todas as informações sejam coletadas,
armazenadas, planejadas, controladas, gerenciadas e distribuídas de maneira
apropriada.
De acordo com o PMI (2013) existem três processos que compõem o
gerenciamento das comunicações do projeto, são eles:
Planejar o gerenciamento das comunicações - Desenvolver um plano
que contem as necessidades de informações das partes interessadas no
processo.
Gerenciar as comunicações – Processo de criação, modelagem,
armazenamento, distribuição das informações
Controlar as comunicações - Processo de monitoramento e controle das
informações e comunicações.
As comunicações podem ser interna ou externa, formal ou informal, vertical ou
horizontal, oficial ou não oficial, escrita e oral, verbal ou não verbal. As
habilidades relacionadas a esse processo são de escutar, perguntar,
solucionar, persuadir, motivar, resumir, entre outras.
Para planejar o gerenciamento das comunicações é necessário responder
quem, quando, onde, qual formato, e como as informações devem ser
passadas. É necessário conhecer todas as partes interessadas no processo.
Devem ser analisados os requisitos das comunicações, as tecnologias de que
podem ser utilizadas para passar a informações e os modelos e métodos de
comunicações. Reuniões fazem parte deste processo também a final elas são
responsáveis pelas decisões e comunicação das organizações.
Para gerenciar as comunicações é necessário relatórios de comunicação do
projeto que evidenciam se as informações estão sendo compreendidas,
recebidas, criadas, distribuídas da maneira correta. Devem ser periodicamente
atualizadas as informações e todos os documentos que cernem este processo.
O controle do gerenciamento das comunicações é feito através de sistemas de
softwares, opinião especializada e reuniões periódicas a fim de garantir que as
informações estão sendo passadas da melhor maneira possível.
39
2.4.2 Promoção
A promoção tem por objetivo comunicar uma mensagem para o público-alvo do
produto. De acordo com Kotler (1999) ela se enquadra em cinco categorias
bem amplas:
Propaganda
Promoção de vendas
Relações Públicas
Forças de Vendas
Marketing direto
Das ferramentas descritas, a mais poderosa é a propaganda que promove o
conhecimento das pessoas sobre o produto, serviço ou ideia da empresa Ela
constrói uma imagem, aceitação e um grau de preferência sobre o que está
sendo transmitido. A propaganda é mais eficaz quando possui alvo restrito em
canais que são acessados em específico pelo seu público-alvo. Nesses casos
ela é um investimento, embora seja de difícil medição o retorno de investimento
em propaganda (ROAI). Este indicador é mais fácil ser medido em marketing
direto. O ROAI é calculado dividindo-se o número de pessoas que solicitam
informações ou fazem um pedido de compra pelo custo total de marketing.
A propaganda decide tomar decisões sobre missão, mensagem, mídia, moeda
(finanças) e mensuração informando, persuadindo ou lembrando os clientes-
alvo.Os anúncios são idealizados para promover conscientização,
interesse,desejo ou ação.
O projeto da mensagem interage diretamente com o veículo e canal de
transmissão escolhido. Deve-se tomar cuidado com os custos gerados pelas
propagandas analisando a frequência e o impacto gerado por elas. Para
mensurar é preciso medir o nível de persuasão e aumento da preferência a
marca. Os projetos de propaganda devem ser constantemente avaliados.
A promoção de vendas gera uma grande variedade de incentivos ao
consumidor e cliente. Mas se deve tomar cuidado porque excessos de
promoções enfraquecem a preferência deles.
As atividades de relações públicas consistem em publicações, eventos,
notícias, causas comunitárias, identidade visual, lobby e causas sociais
evidenciando ações e intenções da empresa perante o meio o qual se insere.
Elas representam sólidos investimentos
A força de vendas possui vantagens de ter uma relação de proximidade com o
cliente. É preciso conhecer o cliente para o tornar satisfeito. Uma abordagem
40
comum é aumentar a força interna de vendas em relação a força externa para
reduzir custos. Ela pode ser feita através de distribuidores. Uma atitude
importante é fazer análise de tempo e de responsabilidade no caso de forças
de venda diretas, a automação de vendas tornando o ambiente para o
vendedor mais eficiente torna este trabalho mais produtivo.
Para o marketing direto, muitas empresas utilizam do seu banco de dados com
informações e preferências dos seus clientes para tomar ações específicas em
veículos e canais que atingem especificamente o seu público-alvo.
41
2.5 RECURSOS HUMANOS, PARTES INTERESSADAS e PESSOAS
2.5.1 Recursos humanos
O gerenciamento de recursos humanos envolve os processos e procedimentos
relacionados à organização e condução da equipe do projeto. As pessoas
possuem habilidades, papéis e responsabilidades distintas dentro da
organização e é necessário que se gerencie o seu trabalho.
De acordo com o PMI (2013) existem quatro principais processos de
gerenciamento de recursos humanos, são eles:
Desenvolver o plano dos recursos humanos – Envolve a identificação e
documentação das necessidades, responsabilidades, hierarquia,
habilidades e plano de gerenciamento do pessoal.
Mobilizar a equipe do projeto – Confirma a disponibilidade dos recursos
e equipe necessária para a realização do projeto.
Desenvolver a equipe do projeto – Melhora as competências e interação
entre a equipe.
Gerenciar a equipe do projeto – Acompanha o desempenho dos
membros, resolvendo problemas, fornecendo feedback e otimizando o
desempenho.
Para planejar o gerenciamento de recursos humanos é necessário
confeccionar o organograma da empresa e descrever cada um dos cargos que
o compõe. O networking organizacional demonstra a maneira como as pessoas
se relacionam e interagem dentro da empresa. A teoria organizacional pode
ajudar a compreender como as organizações funcionam evidenciando que
medidas que valem para algumas não valem para outras e vice-versa. A
opinião especializada novamente fornece informações necessárias para os
cargos dentro da empresa como, por exemplo, as suas necessidades,
habilidades requisitadas, determinação de relacionamentos hierárquicos entre
outros.
Como saída deste processo é gerado o plano de gerenciamento dos recursos
humanos que contém os papéis e responsabilidades, o organograma, o plano
de gerenciamento de pessoal que inclui calendário de recursos, necessidades
de treinamento, reconhecimento e recompensas entre outros.
Para mobilizar a equipe do projeto deve haver se necessário pré-designação a
qual a equipe do projeto é selecionada com antecedência, negociação entre as
partes, contratação caso não haja internamente de algum serviço exterior,
equipes virtuais e análises que envolvem critérios múltiplos como, por exemplo,
42
disponibilidade, custo, experiência, capacidade, habilidades, atitudes e fatores
internacionais.
Para o desenvolvimento da equipe do projeto é necessário atentar-se para as
habilidades interpessoais, treinamento,, atividades de grupo, as regras básicas
aceitáveis dentro da organização, agrupamento de membros mais ativos em
um mesmo espaço físico, reconhecimento e recompensas pelo trabalho
executado, e utilização de ferramentas de avaliação dos funcionários.
Para gerenciar a equipe do projeto é necessário o diálogo com a equipe, o
gerenciamento de conflitos, as avaliações de desempenho, e utilização de
habilidades interpessoais como liderança, influência e negociação. Podem ser
geradas solicitações de mudança e atualizações no projeto como um todo.
2.5.2 Partes Interessadas
O gerenciamento das partes interessadas inclui os processos de identificação
de todas as pessoas que são afetadas e impactadas pelo projeto de forma
direta ou indireta. Deve ser desenvolvidas estratégias de engajamento que
englobem todas as partes.
De acordo com o PMI (2013) existem quatro processos de gerenciamento das
partes interessadas, são eles:
Identificar as partes interessadas – Identificas pessoas, grupos e
organização envolvidos e impactadas pelo projeto.
Planejar o gerenciamento das partes interessadas – Desenvolve
estratégias de gerenciamento para engajar as partes interessadas
Gerenciar o engajamento das partes interessadas – Comunica e
trabalha as partes interessadas aliando as necessidades e expectativas
Controlar o engajamento das partes interessadas - Monitora os
relacionamentos com as partes interessadas de modo a ajustar as
estratégias
Para identificar as partes interessadas é apenas necessário entender como
funciona a organização de forma global e todas as pessoas e grupos que são
afetados. Pode ser feito um diagrama que relaciona o poder com o interesse
das pessoas envolvidas no projeto de modo a dividir as partes em grupos para
manter satisfeito, monitorar, gerenciar com atenção e manter informado.
Reuniões e opiniões de pessoas especializadas são necessárias no processo.
Ao final tem-se o registro de todos os stakeholders do projeto. O diagrama
teórico é apresentado na figura 6.
43
Figura 7 – Diagrama de relação entre poder e interesse Fonte: Adaptado de PMBoK, 2013
Para planejar o gerenciamento das partes devem ser utilizadas técnicas
analíticas dividindo cada parte interessada conforme seu nível de engajamento
com o projeto. Elas podem estar desinformadas, resistentes, neutras, darem
apoio ou liderarem atividades e processos. Elas estão com nível de
engajamento desejado ou necessitam serem comunicadas. Reuniões e
opiniões especializadas facilitam o processo.
Para gerenciar o engajamento das partes interessadas são necessárias
habilidades interpessoais e de gerenciamento como estabelecimento de
confiança, solução de conflitos, escuta ativa, superação de resistência a
mudança, consenso, influencia, negociação e modificação de comportamento
organizacional. Além disso, devem ser utilizados métodos de comunicação
apropriados.
Para controlar o engajamento das partes interessadas é necessária a utilização
de sistemas de gerenciamento de informações, opinião de especialistas e
reuniões constantes.
2.5.3 Pessoas
As pessoas trabalham internamente ou externamente a organização são todos
os envolvidos que já foram descritos: partes interessadas e recursos humanos
da organização.
44
2.6 INTEGRAÇÃO E OS 6P´S
A área de Integração em gerenciamento de projeto tem como objetivo o
controle geral das mudanças. Esta área vai se preocupar com a influência dos
fatores que criam as mudanças nos projetos e cuidar para assegurar que elas
sejam benéficas e não prejudiquem o andamento geral do projeto. Deve-se
registrar na matriz de integração que determinada mudança ocorreu e
gerenciar as mudanças no momento em que elas estejam ocorrendo. A
integração correlaciona-se com mudanças nos 6P’s assim como nas outras
áreas de conhecimento de gestão de projetos.
A Integração deve manter a integridade das medidas básicas de desempenho.
Todas as mudanças aprovadas devem estar refletidas no plano do projeto, mas
somente as mudanças do escopo do projeto vão afetar as medidas básicas de
desempenho. A Integração deve assegurar que as mudanças no escopo de um
produto estejam refletidas no documento de alteração de escopo. A integração
também vai coordenar as mudanças entre as áreas de conhecimento. A área
de integração deve, por exemplo, cuidar para que uma mudança proposta de
prazo não afete o custo, o risco, a qualidade e a alocação de pessoal. Os
elementos de entrada de um projeto são: plano do projeto; relatórios de
desempenho e as requisições de mudança e os elementos de saída são: as
lições aprendidas e o relatório final com as mudanças que ocorreram dentro do
projeto.
Figura 8 - Matriz de Integração Fonte: Adaptado do PMBoK, 2013 - A Guide to the Project
Management Body of Knowledge (PMBoK® Guide)–Fifth Edition (BRAZILIAN PORTUGUESE)
45
3 FASES E ÁREAS DO CONHECIMENTO DE GESTÃO DE PROJETOS E
OS 6 Ps DA GESTÃO DE MARKETING APLICADOS AO CARNAVAL
As escolas de samba não fazem o termo de abertura do projeto de uma forma
oficial, geralmente ocorre de forma informal quando se anuncia o enredo para o
próximo ano. O mesmo fato existe com os processos de finalização do projeto
que acontecem quando as notas são apuradas e se tem o resultado final
daquele ano para o carnaval.
O planejamento do desfile ocorre analisando e definindo o escopo, riscos,
custos e aquisições do projeto. A execução coordena as pessoas envolvidas
nos processos e o tempo de realização do serviço. O controle monitora através
das comunicações tudo o que deve ser feito e a qualidade com que devem ser
executados os processos. A integração engloba todas as fases do
conhecimento.
Tabela 2 - Correlação entre as áreas do conhecimento de gestão de Projetos e os 6 P’s e sua atuação no carnaval
Gestão de Projeto (AREAS) Gestão de Marketing (6Ps)
ESCOPO O escopo é definido pelos quesitos fantasias, alegorias, bateria, samba-
enredo, comissão de frente, evolução, harmonia, mestre-sala e porta-
bandeira e enredo a serem julgados e pelo regulamento das Ligas.
PRODUTO O escopo é definido pelos quesitos fantasias, alegorias, bateria, samba-
enredo, comissão de frente, evolução, harmonia, mestre-sala e porta-
bandeira e enredo a serem julgados e pelo regulamento das Ligas.
PRAÇA Local de venda do produto (TV e
sambódromo) e disponibilização de ingressos.
TEMPO Cronogramas das entregas do projeto
PROCESSOS
Todos os processos necessários para o projeto de um desfile. Produção de fantasias, alegorias, ensaios, etc...
QUALIDADE Indicadores, qualidade dos materiais,
qualidade da mão de obra, etc...
RISCO Segurança
CUSTO Custos referentes ao escopo
PREÇO Valor dos ingressos e contratos com
46
Gestão de Projeto (AREAS) Gestão de Marketing (6Ps)
AQUISIÇÕES Compras dos materiais, máquinas e
equipamentos necessários para realização do projeto
as empresas de televisão.
RECURSOS HUMANOS Toda a equipe que pertence participa direta ou indiretamente dos processos
do projeto PESSOAS
Todos os envolvidos Partes interessadas
Patrocinador, sociedade, redes de televisão, jurados etc..
COMUNICAÇÃO Quadros, murais de comunicação,
PROMOÇÃO Vinhetas, realização de eventos, etc
INTEGRAÇÃO O quanto uma área de conhecimento
de um projeto pode impactar outra área.
TODOS OS 6PS
Fonte: O autor
47
3.1 ESCOPO, PRODUTO E PRAÇA
3.1.1 Escopo
A partir deste modelo foi montado um EAP para definição de um escopo de um
projeto de uma escola de samba do Rio de Janeiro. O modelo é para uma
escola qualquer e não para nenhuma em específico. Ele inclui todas as áreas e
quesitos avaliados na avenida. O modelo encontra-se no APENDICE A.
Vale ressaltar que alguns fatores como a quantidade de alegorias, de
componentes e de alas são definidos antecipadamente e diferem de escola
para escola de samba tendo em vista o grupo ao qual pertencem (Especial ou
Série A). Escolas do grupo especial geralmente desfilam com 6 alegorias e
entre 3000 e 4000 componentes, enquanto as escolas da série A desfilam com
4 alegorias e entre 1500 e 2500 componentes.
No dia do desfile no grupo especial existem seis jurados, espalhados ao longo
da avenida em três cabines. Através de um sorteio são definidos os quatro
jurados que as notas efetivamente contribuirão para o resultado, os outros dois
não sorteados também avaliarão as escolas, entretanto suas notas serão
computadas apenas caso ocorra algo com os quatro oficiais, como por
exemplo, estes faltarem no dia.
Foram definidos de acordo com o escopo dez grandes áreas as quais devem
estar inclusas dentro do projeto de carnaval, são elas: Regulamento, Enredo,
Mestre-Sala e Porta–Bandeira, Alegorias e Adereços, Fantasias, Comissão de
Frente, Harmonia, Samba-Enredo, Bateria e Evolução. Pode-se observar que
essas áreas são quesitos a serem julgados e avaliados adicionados a área do
regulamento que prevê algumas obrigatoriedades. No grupo de acesso possui
ainda o quesito conjunto, entretanto ele reúne todas as qualidades e engloba
todos os quesitos apresentados de uma forma mais genérica. Por isso não foi
evidenciado ou separado como uma fase do EAP. A partir de agora será
evidenciado o que compõe cada uma dessas áreas, e os “mini produtos”
entregues por cada uma delas.
O regulamento apresenta diversas normas os quais as escolas de samba
devem seguir. Cada liga seja ela do grupo especial ou de acesso é responsável
por administrar e fiscalizar as escolas de samba para que elas cumpram as
regras conforme estabelecido. Pode haver variações no regulamento para cada
liga. Entretanto as obrigatoriedades devem ser vistas, cumpridas e analisadas
pela diretoria da escola para que essa não perca pontos ou pague multas. O
regulamento define, por exemplo, o número mínimo e máximo de alegorias,
número mínimo de integrantes da bateria e de baianas, proíbe utilização de
merchandising durante o espetáculo, entre outras normas. Todas elas devem
ser avaliadas com calma e cautela pela equipe do projeto e devem estar
inseridas dentro do escopo.
48
Referente aos quesitos o enredo primeiramente deve ser definido. A diretoria
se reúne a fim de determinar o tema que será tratado no próximo desfile. Ele
pode ser patrocinado ou de cunho autoral do carnavalesco, dependendo única
e exclusivamente da escolha da escola de samba. Depois, no dia do desfile, o
enredo será contado e mostrado em fantasias, alegorias e representações
cenográficas de canto e dança com base na sinopse e roteiro da escola.
Com base no enredo e no projeto do carnaval, as escolas do grupo especial
devem enviar a Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) formulários
preenchidos por seus representantes quesito por quesito, com detalhes que
ajudam aos julgadores a consolidarem a sua avaliação. Através desses
formulários a liga elabora um documento oficial contendo todas as informações
a respeito dos desfiles de todas as escolas de samba do grupo especial
chamado Livro Abre-Alas. Alguns exemplos de informações contidas nesse
documento são a ordem de como será apresentado cada quesito com os
respectivos nomes dos carros alegóricos, fantasias, destaques e o que cada
elemento que compõe o desfile representa. As escolas do grupo de Acesso
devem fazer o mesmo com a liga que as administra.
O enredo é avaliado de acordo com a sua concepção, ou seja, a ideia básica e
o desenvolvimento teórico proposto e também pela sua realização que
evidencia como ele é mostrado no dia do desfile através da sua capacidade de
compreensão, apresentação sequencial, desenvolvimento dos elementos
plástico-visuais e criatividade. Ocorrem penalizações quando existe troca de
ordem ou falta de alas e alegorias que não seguem o roteiro apresentado
anteriormente, por exemplo.
No que tange o quesito mestre-sala e porta bandeira os casais precisam estar
preparados para o desfile com sua coreografia de jurados pronta e fisicamente
aptos para isso. Apenas o primeiro casal é avaliado e contribui para o resultado
final, entretanto percalços podem ocorrer e o segundo casal ter que substituí-
los. A sua fantasia também é avaliada pelos jurados, nesta mesma seção será
falado sobre isso ao ser abordado o assunto fantasias.
A dança deve apresentar um bailado característico, no ritmo do samba com
mesuras, meneios, giros, etc, sendo obrigatória a sua apresentação para o
módulo julgador. Devem apresentar graça, leveza, passos coordenados,
sintonia e integração.
A função do mestre-sala é cortejar sua porta-bandeira, proteger e apresentar o
pavilhão da escola demonstrando passos elegantes, riscado e reverência a sua
dama. Já a porta-bandeira tem como função conduzir o pavilhão deixando-o
sempre desfraldado, sem enrolar em seu próprio corpo ou sob
responsabilidade do mestre-sala. Tudo o que estiver fora disso deve
penalizado. Tem-se como exemplo de penalização a queda ou perda de
alguma parte da fantasia.
49
Referente a comissão de frente a idealização do que ela representará deve
estar definida assim como os componentes devem estar preparados para
executar a coreografia. Seu julgamento é definido através da concepção e
indumentária utilizada os quais são avaliados a criação, a capacidade de
impactar positivamente o público e a adequação da roupa para o tipo de
apresentação proposta. Além disso, é avaliada a apresentação e realização os
quais deve haver saudação ao público, coordenação, sincronismo e
criatividade em sua evolução. Ao cair, por exemplo, qualquer parte da fantasia
mesmo que de forma indesejada e acidental deve ser penalizado.
No conjunto de alegorias e adereços devem ser confeccionados todos e
quaisquer elementos sobre rodas da escola, incluindo-se os tripés e, além
disso, os elementos cenográficos que não estejam sobre rodas excluindo-se os
da comissão de frente que são analisados por aquele quesito em específico.
Entretanto, mesmo que não conte pontos para o quesito alegorias e adereços o
tripé da comissão pertence a esta fase para facilitar o gerenciamento. São
analisadas no quesito alegorias e adereços, a concepção e adequação das
alegorias ao tema proposto e sua criatividade, assim como a realização a qual
é evidenciada a impressão causada ao público, formas, mistura de cores,
acabamentos, cuidados de confecção etc.. Destaque e composições dos carros
também são avaliados nesse quesito, pois se entende que eles completam o
entendimento das alegorias. São penalizados, por exemplo, mal acabamento e
exposição indevida de objetos como escadas.
Ao que diz respeito às fantasias todas elas devem ser confeccionadas dentro
do barracão ou ateliês da escola. Elas foram divididas em três grupos
principais: fantasias de alas, fantasias de carros alegóricos (composições e
destaques), e fantasias avulsas feitas especialmente para alguns quesitos
como mestre-sala e porta-bandeira e comissão de frente e para algumas
figuras e personalidades importantes como rainha de bateria e musas da
escola. As fantasias de mestre e sala e porta-bandeira devem estar bem
acabadas, causar boa impressão e estarem adequadas para a realização da
dança. Dentro do quesito fantasias não são julgadas as fantasias em cima dos
carros alegóricos, nem do casal de mestre-sala e porta-bandeira e nem da
comissão de frente, entretanto para fins de gestão elas devem ser
administradas de forma conjunta, por isso na fase “Fantasia” do EAP elas
foram colocadas reunidas.
No quesito de fantasias são julgadas todas as outras que não compõem as
restrições acima, e elas são avaliadas de acordo com a concepção e
adequação ao enredo e sua capacidade de serem criativas. Além disso, é
avaliada a realização, a impressão causada, a exploração de materiais, a
utilização das cores, acabamentos, uniformidade de detalhes dentro das alas
etc.. Um exemplo de penalização é a falta significativa de chapéus, sapatos e
elementos que comprometam a proposta definida.
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Através desse quesito pode-se verificar que existe diferença na organização
para a produção das fantasias e se elas de fato contribuirão para o quesito que
possui o mesmo nome. As fantasias, são analisadas em 4 quesitos diferentes:
Mestre-sala e porta-bandeira – fantasia do casal que se apresenta em
frente ao módulo de julgamento é analisada pelo jurado deste quesito.
Alegorias e adereços – Fantasias em cima dos carros alegóricos,
composições e destaque são analisadas pelos jurados deste quesito.
Comissão de Frente – Fantasias dos componentes da comissão de
frente são analisados por este quesito
Fantasias – Todas as outras fantasias (alas e qualquer outra peça
única) é avaliada dentro deste quesito.
Na harmonia da escola o canto da escola deve estar preparado, ou seja, toda a
escola deve cantar e estar em perfeita igualdade e consonância com o
“puxador” da escola. Para isso é preciso que a equipe de harmonia também
esteja preparada a fim de corrigir, reparar e estimular os componentes a
cantarem na hora do desfile.
Na fase samba-enredo é necessário que a escola defina e possua um para
cantar no dia do desfile. Dentro do quesito é analisada a letra que pode ser
descritiva ou interpretativa, respeitando a descrição do enredo. Deve possuir
riqueza poética, bom gosto e adaptação aos desenhos melódicos. É avaliado
também a melodia que deve conter características próprias do samba, riqueza
e capacidade de sua harmonia musical facilitar o canto por parte dos
componentes.
Referente à bateria, ela deve estar preparada para realizar tudo o que seu
quesito exige. É analisada a manutenção regular de sustentação e cadência,
as conjugações dos sons emitidos por todos os instrumentos e a criatividade e
versatilidade da bateria.
Na evolução da escola é necessária a definição dos tempos de apresentação
da comissão de frente, casal de mestre-sala e porta-bandeira e bateria. Este
último não é obrigatório parar de frente ao módulo julgador. Além disso, é
preciso que o tempo de desfile esteja definido e se conforme com as
exigências do regulamento que prevê um limite de apresentação de cada
escola de samba. No quesito evolução são avaliadas a fluência da
apresentação, a espontaneidade, criatividade, empolgação dos componentes e
a coesão do desfile.
3.1.2 Produto
O produto foi definido pelo escopo do projeto com todas as suas características
em todos os quesitos da escola de samba como mostrado e evidenciado no
EAP. Comprovando a correlação com o escopo do projeto.
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As escolas de samba desenvolvem um desfile procurando a cada ano se
diferenciar uma das outras tendo em vista que competem entre si e querem
trazer novidades ao público e aos jurados. Isso ocorre em todos os quesitos.
3.1.3 Praça
A praça é local de realização do carnaval, no caso o Rio de Janeiro, mais
especificamente no sambódromo da Marques de Sapucaí. As escolas de
samba movimentam através do seu espetáculo a economia do município e
estado.
Existem cinco maneiras diferentes de assistir aos desfiles, são elas: camarotes,
frisas, boxes especiais, arquibancadas e cadeiras Os ingressos são adquiridos
via internet, fax ou presencialmente.
52
3.2 PROCESSOS, TEMPO, QUALIDADE E RISCOS
3.2.1 Processos
Os macroprocessos do carnaval atravessam todas as fases e partes do escopo
já citados anteriormente. Primeiramente a escola de samba analisa possíveis-
enredos para o carnaval vigente, fatores como patrocínios e capacidade de
criação são analisados nessa etapa e o enredo é escolhido.
Ao escolher o enredo é necessária então uma pesquisa bibliográfica para
confecção de um documento chamado sinopse que define a história que será
contada na avenida. Ele descreve como o tema será abordado e é divulgado
para a imprensa e para os compositores que o utiliza para escrever o samba.
Deste modo, começam as disputas de samba-enredo da escola e após este
processo um samba vencedor é escolhido o que encadeia uma série de
ensaios de harmonia, canto e evolução dentro da quadra com todos os
integrantes e ensaios específicos e exclusivos de casais de mestre-sala e
porta-bandeira, alas coreografadas e bateria os tornando preparados para o
desfile.
A partir da pesquisa, o carnavalesco idealiza a representação da comissão de
frente, se reúne com os coreógrafos deste quesito para saber viabilidade e
novas ideias e por fim define sua representação. A partir daí ele idealiza as
fantasias de alas, de composições de carros, de mestre-sala e porta-bandeira,
de musas, de intérprete e carro de som, de rainha de bateria e da própria
comissão de frente. De modo similar as alegorias, tripé, e tripé da comissão
são idealizados. Entende-se por idealização a definição do que cada parte que
compõe o desfile irá representar a partir da história pesquisada. Após essa
etapa cada uma das fantasias, alegorias e tripés são desenhados por ele.
Após essa etapa, para as fantasias de ala é necessária a confecção de
protótipos. O protótipo é a confecção e representação de apenas uma das
fantasias da ala, ele serve para estimar custos e para servir de modelo para a
replicação das outras fantasias que compõe a ala. Na figura 9 pode-se
observar o desenho e o protótipo para uma fantasia de um conjunto de
fantasias.
53
Figura 9 – Protótipo e desenho de fantasia Fonte:https://www.facebook.com/LeandroVieirarj/photos/a.730827790334832.1073741828.27112469
9638479/903430276407915/?type=3&theater (Acesso em 31/07/2017)
Após a idealização e definição de todas as fantasias, alegorias e
representações e elaboração da sinopse é produzido o roteiro da escola que
deve ser entregue a LIESA e posteriormente aos jurados.
As fantasias de ala começam a ser produzidas após o protótipo, já as fantasias
específicas por serem únicas começam a ser produzidas com base nos
desenhos. Vale ressaltar que algumas composições de carros alegóricos e
fantasias da comissão de frente também podem possuir protótipos, mas isso
ocorre apenas quando há um grande número de fantasias do mesmo tipo para
serem replicadas. De modo similar as alegorias e tripés começam a ser
produzidos após os desenhos artísticos e técnicos. Os processos de produção
de carros alegóricos e fantasias serão abordados a seguir.
Para os carros alegóricos é importante saber que as escolas de samba
possuem os chassis em forma de patrimônio. De um carnaval para o outro a
escola desmonta o carro do último carnaval para então construir um novo
preservando o mesmo chassi.
O processo de produção de um carro alegórico começa com o desenho e o
projeto de acordo com a criatividade e inovação do carnavalesco. Após isso, a
estrutura física do carro é desmontada para que seja modelado e construído
tudo de acordo com as especificações do novo projeto.
O chassi e a parte mecânica são verificados de forma preventiva para que o
carro não apresente problemas desse tipo no futuro, isso sendo feito toda a
parte estrutural de ferragens a qual inclui queijos (estruturas que sustentam
54
componentes), locais de destaques, de sustentação do carro e de esculturas é
fixada.
Após esse passo são realizados processos de marcenaria o qual as ferragens
ficam revestidas pela madeira. Então as esculturas são colocadas no carro
alegórico nas partes predeterminadas anteriormente, elas podem ser de isopor
ou de fibra. Uma vez colocadas, passam por um processo de pastelação que
as reveste com um material para que recebam a pintura.
A pintura das esculturas e, caso haja necessidade, das outras partes do carro
alegórico é feita. Após isso o carro é decorado com forros, pedras, penas, entre
outros materiais. Espelhos e iluminação entram na parte final do processo e
caso o carro tenha movimento das esculturas e outras partes ele é realizado. O
processo de produção de um carro alegórico é evidenciado na figura 10.
Figura 10 – Processos de produção de uma alegoria. Fonte: o Autor
Para cada uma as etapas em verde na figura (ferragem, marcenaria,
esculturas, pintura, decoração, espelho e iluminação) o material deve ser
comprado e transportado para o barracão através de fretamento ou entrega
dos fornecedores. Só então os processos podem ser efetivamente executados.
Os processos de produção dos tripés convencionais e tripés de comissão de
frente são semelhantes aos de uma alegoria excluindo-se apenas a parte
mecânica tendo em vista que aqueles não possuem motores e são empurrados
na avenida. Na figura 11 pode-se observar uma escultura de um carro
alegórico.
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Figura 11- Escultura em um carro alegórico Fonte: https://www.facebook.com/LeandroVieirarj/photos/a.271135642970718.66237.271124699638479/751
019354982342/?type=3&theater (Acesso em 31/07/2017)
O processo de produção de uma fantasia ocorre de maneira segmentada e
integrada. Uma fantasia é composta por chapéu, roupa (casaca ou camisa e
calça) e sapato. Todas elas em grande maioria possuem estas três partes.
Além disso pode haver, esplendor, gola e adereços de mão. Vale ressaltar que
não existe a obrigatoriedade de que uma das partes comece a ser executada
antes da outra, entretanto caso haja limitação de recursos fica arbitrada a
escolha da ordem de produção da fantasia. Na figura 12 pode-se observar um
exemplo de fantasia e o seu desenho.
56
Figura 12 - Exemplo de fantasia e seu desenho Fonte:https://www.facebook.com/LeandroVieirarj/photos/a.271129909637958.66233.2711246996384
79/870504259700517/?type=3&theater acesso em 31/08/2017 (Acesso em 31/07/2017)
O processo de produção de chapéu, esplendor e adereços de mão consistem
em armar a estrutura com arame ou outro tipo de material de armação, forrar
com espuma e tecidos, tingir caso haja necessidade, decorar e novamente
tingir.
A produção da gola e da roupa consiste em cortar o tecido, costurar, bordar e
tingir (caso necessário), decorar e novamente tingir para retocar. Para os
sapatos depois de comprados devem ser tingidos e decorados. Eles são
adquiridos dos fornecedores de tal forma que a sua produção é terceirizada.
Sendo assim, passam pelas etapas já descritas anteriormente apenas caso
haja necessidade. A figura 13 demonstra separadamente cada um dos
processos de produção para as partes de uma fantasia.
57
Figura 13 – Processos de produção para cada parte da fantasia Fonte: O Autor
Vale ressaltar que antes de cada um dos processos os materiais devem ser
comprados e transportados para os ateliês externos ou internos aos barracões
das escolas para que eles possam ser transformados e produzidos em
fantasias conforme os processos de produção já descritos. Após o processo de
produção da fantasia elas são ensacadas e entregues aos componentes
conforme evidenciado na figura 14.
Figura 14 – Macroprocesso para produção de uma fantasia Fonte: O autor
3.2.2 Tempo
Para o carnaval foram desenvolvidos três tipos de cronogramas. Um
cronograma geral, um de produção de fantasias e outro de produção de
alegorias. Eles foram feitos com base em todos os processos já mencionados.
Não estão inclusos nos calendários as datas de início e fim de cada processo,
afinal, eles devem ser determinados pelas escolas de samba de acordo com a
sua política de prazos, entretanto foi mantida a relação de ordem entre as
atividades descritas através da coluna “predecessor”.
Chapéu Armar estrutura ForrarPintar (caso necessário)
DecorarPintar (caso necessário)
Esplendor Armar estrutura ForrarPintar (caso necessário)
DecorarPintar (caso necessário)
Gola Cortar tecido CosturarBordar (caso necessário)
Tingir (caso necessário)
Decorar Tingir (caso necessário)
Roupa Cortar tecido CosturarBordar (caso necessário)
Tingir (caso necessário)
Decorar Tingir (caso necessário)
Adereços de mão
Armar estrutura ForrarPintar (caso necessário)
DecorarPintar (caso necessário)
Sapato Tingir (Se necessário)
Decorar ( Se necessário)
58
No cronograma geral pode-se observar que existem as ações de produção de
fantasias e alegorias e essas que são descritas em um nível de
aprofundamento maior nos cronogramas de alegorias e de fantasias.
Vale ressaltar que para os tripés do desfile e tripés da comissão de frente
devem ser excluídos do calendário de produção de alegorias a parte mecânica
tendo em vista que esses elementos não possuem motores.
No caso de utilização prática pelas escolas de samba, o calendário geral deve
conter todas as fantasias, alegorias e tripés. Como este trabalho não evidencia
um projeto específico com quantidades de alas e alegorias, as ações que
precisam ser feitas para mais de uma ala, musa, casais de mestre-sala e porta-
bandeira, alegorias e tripés foram resumidos e representados pela letra “N” no
cronograma geral.
Vale ressaltar que este modelo de cronograma foi feito com base nos
processos já descritos anteriormente e que, além disso, existe a arbitrariedade
de como alocar os recursos da mão de obra e do responsável por determinada
ação, tendo em vista que eles possuem limitações para executar o trabalho,
por exemplo, o carnavalesco não consegue desenhar todas as alas ao mesmo
tempo então ele escolhe e estabelece prazos de quais alas desenhará primeiro
e quais desenhará depois. As escolas de samba devem considerar então essa
alocação de recursos ao fazerem em termos práticos seu cronograma.Os
cronogramas geral, de produção de alegorias e de produção de fantasias estão
evidenciados respectivamente nos Apêndices B, C e D.
Como já descrito nesta seção é necessário para a definição dos períodos fazer
estimativas de tempo que podem ser análogas, paramétricas ou de três pontos.
Apenas depois disso que pode ser elaborado um diagrama de redes
identificando o caminho crítico.
3.2.3 Qualidade
A qualidade do desfile e dos quesitos varia de escola de samba para escola de
samba. Algumas possuem recursos para contratarem bons profissionais e
insumos que possuam um impacto artístico e plástico melhor. A qualidade
depende da aplicabilidade desses recursos e do custo-benefício tanto da mão
de obra empregada quanto dos materiais utilizados. Todas as técnicas e
ferramentas descritas anteriormente podem ser utilizadas.
O padrão de qualidade das fantasias de ala é estabelecido através dos
protótipos que como já citado anteriormente serve como modelo para a
confecção do restante das fantasias de uma ala.
A qualidade dos carros alegóricos deve estar de acordo com o planejado e
desenhado pelo carnavalesco e pelos avais técnicos das prestadoras de
serviços de engenharia. Diferentemente das fantasias de ala não é possível
59
confeccionar um carro de molde e replicá-lo. Por isso o acompanhamento de
cada processo e etapa de produção de uma alegoria deve ser feito de perto
pela alta administração da escola e pelo carnavalesco a fim de que ele possua
a qualidade prescrita e desejada anteriormente.
A qualidade da bateria, comissão de frente e mestre-sala e porta-bandeira é
determinada principalmente através de bons profissionais em cada quesito e
dos ensaios realizados por eles. Da mesma forma o canto da escola que
compõe o quesito harmonia possui boa qualidade na realização periódica na
quadra de ensaios com todos os integrantes da escola.
O samba-enredo de qualidade é definido através das disputas dentro da
quadra. Existe uma variação de anos para anos e o próprio enredo e sinopse
facilitam ou não o processo de uma boa escolha. Os compositores se baseiam
na sinopse para fazer a letra do samba, ou seja, uma sinopse bem redigida
com uma reunião clara do que será abordado dentro do desfile por parte do
carnavalesco faz com o que a probabilidade de um samba ser bom aumente. É
claro que não depende apenas disso, mas também do talento das parcerias
que compõem os sambas.
Nos últimos anos tem crescido a procura por samba-enredos encomendados
pelas escolas ou seja, a agremiação decide não fazer disputa de samba dentro
da quadra e seleciona e contrata alguns compositores para compor o samba do
ano. Tem-se observado que mesmo assim, não havendo concorrência, a
qualidade do samba-enredo não tem diminuído. Isso se deve ao fato de
contratarem bons profissionais para executar esta tarefa.
A qualidade do enredo é algo bastante subjetivo. Algumas escolas de samba
possuem historicamente identificação com alguns temas em específico.
Algumas geralmente possuem temas africanos, outras prestam homenagens a
personalidades da música ou do teatro e se sentem mais a vontade para falar
sobre esses temas. A repercussão e expectativa da mídia podem servir como
termômetro da qualidade de um enredo ou não.
Um desfile de qualidade é aquele que não possui penalidades e que cumpre o
regulamento de forma adequada respeitando todas a normas e procedimentos
descritos pelas ligas.
Servem como feedback da qualidade as premiações que são concedidas ao
final dos desfiles para as escolas de samba. Pode-se citar prêmios como o
Estandarte de Ouro, Tamborim de Ouro, Gato de Prata, Samba-net, entre
outros. Todos esses possuem um corpo de jurados que avaliam, por exemplo,
a melhor escola e o melhor samba daquele ano e outros quesitos.
60
Por fim, o resultado final dos desfiles e as notas dos jurados evidenciam a
qualidade de cada quesito e de forma comparativa avaliam escola por escola
obtendo-se a classificação geral.
3.2.4 Riscos
No carnaval foram listados os possíveis riscos que podem ocorrer em um
projeto, de acordo com a probabilidade e impacto que possuem. Quanto maior
o número da priorização maior atenção o risco deve ter. Além disso, foram
elaboradas ações mitigadoras ou preventivas e o locus de controle. No
apêndice E foram elencados os riscos de um desfile.
Vale ressaltar que as escolas de samba devem estar a par de todo o
regulamento de desfiles das ligas que as administram e que podem por ventura
mais riscos que os já descritos nesta seção.
61
3.3 AQUISIÇÃO, CUSTO E PREÇO
3.3.1 Aquisição
Como já dito é necessário que haja um planejamento e documentação dos
materiais a serem utilizados em cada fantasia com suas respectivas
quantidades sejam elas avulsas, composições de carros alegóricos ou de alas
para que se possam identificar os melhores fornecedores posteriormente.
Desta forma o desenho das fantasias e escolha de materiais feitos pelo
carnavalesco e principalmente o protótipo das fantasias serve como base para
as aquisições do projeto.
Ao começar o projeto para os desfiles, as escolas de samba reaproveitam os
materiais do carnaval passado fazendo uma seleção do que pode ou não ser
utilizado para o ano vigente. Algumas escolas do grupo de acesso compram
inclusive esculturas e fantasias de escolas do grupo especial para que através
de pequenos processos de alteração elas sejam remodeladas e utilizadas. É
necessário que haja um controle cada vez maior das fantasias para que as
mesmas possam ser reaproveitadas, muitas das vezes os componentes as
jogam fora assim que acabam de desfilar o que ocasiona desperdício. Algumas
escolas para se protegerem disso garantem ao desfilante que caso ele devolva
a fantasia sua inscrição para o desfile do próximo ano está garantida. Mas isso
só tem funcionado para escolas do grupo especial, pois a demanda de pessoas
para desfilar é muito alta, nas escolas do grupo de acesso por serem menores
e ter mais vagas de desfile esse procedimento não obtém sucesso. Esse tipo
de conduta vale apenas para as alas da comunidade tendo em vista que
nessas alas o componente paga apenas o valor de inscrição do desfile e não
precisa pagar o valor da fantasia por completo, nas alas comerciais o
integrante delas não precisa devolver tendo em vista que ele pagou
integralmente pelo valor da fantasia e desta maneira pode fazer com ela o que
quiser.
Como o carnaval pertence a indústria criativa os materiais podem ser limitados
a estoque do fornecedor, por isso existe a necessidade de verificar se o
insumo para determinada ala conseguirá suprir e compor todas as fantasias da
ala e não apenas parte dela perante aos fornecedores. Isso deve ser feito ao
realizar o protótipo.
Muitas das vezes apenas um fornecedor possui o insumo para determinada
fantasia, pois de acordo com o carnavalesco aquilo é melhor e mais atrativo e
não pode ser substituído por outro elemento.
Alguns carnavalescos não encontram no mercado o que necessitam para
determinadas alas e assim criam soluções alternativas como, por exemplo, a
criação de modelos específicos de tecidos com textura e beleza diferenciados
62
os quais a indústria têxtil confecciona diretamente para atingir as necessidades
exigidas pela escola.
No carnaval em específico as escolas de samba possuem poucos
fornecedores, pode-se citar Babado da Folia e Caçula como os principais no
Rio de Janeiro para os insumos que compõem as partes criativas do desfile
como tecidos, pedras e etc.. Existem também outros fornecedores de ferros,
madeira, isopor, equipamentos, pintura etc..
A logística de compra de material varia de acordo com o projeto de cada ano.
Alguns materiais como espuma, arame e penas são comprados de acordo com
a demanda e com pouca antecedência outros como isopor, pedraria e tecidos
existe a utilização de estoque.
Cada escola de samba possui sua forma de compra e pagamento perante aos
fornecedores, umas usam carta de credito e outras pagam em espécie. Desta
forma elas não compram os materiais coletivamente o que poderia aumentar o
seu poder de barganha frente aos fornecedores. Isso ocorre devido não apenas
a forma de pagamento como também pelo fato de competirem umas com as
outras.
É necessário adquirir, além disso, ferramentas para o trabalho dos funcionários
como máquinas de costura, tesoura, agulha, pincéis, solda, serra, lixadeiras,
bancadas, tornos, grampos, instrumentos de medição, martelos, sargentos,
refiladores, alicates, arcos de serra, formões, ferramentas de pressão e aperto,
furadeiras, chave de fenda, chave Philips, canivete, lima, cinzel, teste de
tensão, lâmpada de prova, multímetro, farolete, fitas isolante, descascador de
fios, teste de continuidade, fita passa-fios, morsa, bigorna, guindastes,
escadas, equipamentos elétricos entre outras ferramentas. Todas elas devem
pertencer idealmente ao patrimônio da escola de samba e seu uso deve ser
controlado para que se tenha o devido cuidado e manutenção caso haja
necessidade. Alguns profissionais ao serem contratados principalmente
marceneiros, eletricistas e ferreiros já possuem essas ferramentas.
Para os carros alegóricos existe a necessidade de fiscalização e
acompanhamento de projetos por empresas e prestadoras de serviço de
engenharia ou da própria empreiteira do barracão pra que seja garantida a
segurança das pessoas integrantes dos carros alegóricos assim como sua
passagem na avenida.
Para o grupo de acesso existem várias dificuldades, pois é necessário fazer um
espetáculo digno e semelhante ao do grupo especial com um valor bem
inferior, entretanto, a mão de obra qualificada e materiais pra confecção do
carnaval são altos e os funcionários e fornecedores cobram o mesmo preço do
que para o grupo especial, tornando as dificuldades financeiras ainda maiores.
63
Ao serem identificados e escolhidos os fornecedores é necessário que haja m
acompanhamento de perto das entregas requeridas. Vale lembrar que alguns
fornecedores entregam os materiais e outros não entregam havendo assim a
necessidade de fretamento, cada caso deve ser avaliado e controlado com
cautela.
É necessário também o controle dos contratos por parte dos investidores e
partes interessadas que investem no projeto através de repasses feitos as
respectivas ligas do grupo de acesso ou do especial, ou diretamente as escolas
de samba. E, além disso, o controle dos contratos da equipe e funcionários das
agremiações. Vale ressaltar que existem funcionários que são contratados e
outros que ganham apenas por algum serviço prestado.
3.3.2 Custo
Os profissionais que trabalham diretamente com a produção de fantasias,
alegorias e tripés podem receber por serviço prestado a escola ou também
podem ser funcionários e receberem salário fixo cujo mínimo no caso do Rio de
Janeiro é de R$1052,34.
Para as fantasias de ala o custo é desenvolvido multiplicando o custo do
protótipo pelo número de integrantes que compõem a ala. O custo do protótipo
é feito destrinchando cada parte da fantasia (chapéu, esplendor, adereço de
mão, gola, roupa e sapato) calculando seu custo.
Além disso, deve ser alocado o custo da mão de obra direta (costureiras,
pintores, decoradores, etc) para a confecção da ala. Por exemplo, se duas
costureiras ganham cada uma mil reais por mês e para costurar uma ala é
necessária uma semana com o trabalho das duas costureiras, então o trabalho
empregado para costurar a ala é de duzentos e cinquenta reias de cada uma
das costureiras, totalizando quinhentos reais. A mão de obra será evidenciada
de forma mais detalhada na seção 3.5. No apêndice F encontra-se o modelo
que deve ser seguido para o cálculo de custos de fantasias. Os salários,
contratos e ganhos através de serviços tanto de mão de obra direta quanto
indireta devem incluir os custos com alimentação e transportes caso haja.
As tabelas que se seguem destrincham as fantasias e alegorias em partes ou
processos descrevendo quais itens devem ser comprados para cada uma delas
com quantidade, valor, total do custo e observações que devem ser
consideradas, como por exemplo, data de entregas dos fornecedores.
Vale ressaltar que em termos práticos devem ser elencados todos os materiais
necessários que compõem as fantasias e alegorias. Por exemplo, em uma
tabela que possua “materiais de decoração” devem estar tipos de tecidos,
pedras, e penas que devem ser utilizados.
64
A direção da escola de samba muitas vezes tenta encaixar e distribuir os
custos com produção de fantasias e alegorias de maneira uniforme durante o
desfile. Em termos práticos muitas das vezes elas já possuem um limite de
gastos e custos que devem seguir para o ano, principalmente escolas do grupo
de acesso que não possuem receita variável tão grande como as do grupo
especial e desta forma ficam muito amarradas às subvenções concedidas pela
prefeitura. O projeto possuindo um limite de gastos faz com que o carnavalesco
e a direção da escola procurem soluções factíveis a fim de reduzir custos.
Para as quantidades e valores descritos podem ser realizadas estimativas
análogas de projetos anteriores, paramétricas, bottom-up e de três pontos já
mencionadas e descritas nesta seção.
Para as fantasias de musas, rainha de bateria, intérprete, integrantes do carro
de som, composições (sem protótipo) e comissão de frente (sem protótipo)
como são peças únicas deve-se excluir da tabela de custos o total para
fantasias para fantasias da ala.
Para os carros alegóricos é necessário compreender cada processo e a mão
de obra impregnada neles. Assim como para as fantasias os custos com mão
de obra devem ser alocados, só que desta vez para cada processo, conforme o
apêndice G. Vale ressaltar que para os tripés a tabela deve ser a mesma
excluindo-se apenas a parte mecânica tendo em vista que esses elementos
não possuem parte motora.
Os custos de mão de obra indireta, ou seja de funcionários e pessoas que não
participam efetivamente da produção devem ser feitos separadamente e estão
descritos no apêndice H.
Com base nesses três tipos de custos (fantasias, alegorias e mão de obra) foi
elaborada uma tabela que descreve e evidencia esses e todos os custos
envolvidos no projeto com um todo. O apêndice I demonstra custos fixos,
variáveis, investimentos e aquisições de toda a escola de samba durante um
projeto de carnaval.
Como pode ser observado na tabela de custo geral, em negrito estão os custos
totais utilizados pelas tabelas de custos de fantasias, alegorias e mão de obra
já mencionados anteriormente. Para os itens que possuem ao lado a letra N,
significa que existe mais de um item, por exemplo, fantasias de ala N deve ser
substituídos em termos práticos por fantasias da ala um, fantasias da ala dois,
etc...
3.3.3 Preço
O preço é o componente gerador de receita. As ligas das escolas estabelecem
os preços de compra dos ingressos para cada tipo já mencionado, entretanto
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eles não são capazes de multiplicado pelo número de espectadores arcarem
com todos os custos do carnaval.
As receitas dessa forma são geradas não apenas pelos ingressos como por
subvenções governamentais, direitos de transmissão de desfile, patrocínios,
lucratividade com eventos na quadra entre outros
66
3.4 COMUNICAÇÃO e PROMOÇÃO
3.4.1 Comunicação
A comunicação no carnaval é feita muitas das vezes de maneira informal
através de responsáveis por executar cada tarefa dentro do barracão. Com o
avanço da tecnologia as informações são passadas via meios eletrônicos
como, por exemplo, pelo aplicativo “Whats App” o qual existem grupos com os
principais funcionários e integrantes da escola que facilitam e agilizam
processos de comunicação. Vale ressaltar que antigamente quando não
existiam tantas facilidades tecnológicas as informações as vezes demoravam
para ser transmitidas ou eram feitas via chamadas telefônicos.
A comunicação dentro do barracão e dos ateliês é feita através de murais de
evolução e metas a serem cumpridas. O qual relaciona os prazos a serem
entregues, o cumprimento deles, a existência de empecilhos que atrapalhem a
confecção de alguma fantasia ou alegoria, etc..
No desenvolvimento de um plano de comunicação deve envolver o que
comunicar, a quem, por que, como, quando, quem vai comunicar, fonte de
informações e o que alcançar com a comunicação, conforme a tabela 3.
Tabela 3 – Plano de comunicação
PLANO DE COMUNICAÇÃO
CONTEÚDO (O Que
comunicar)
STAKEHOLDERS (A Quem
comunicar)
OBJETIVO (Por que
comunicar)
MÉTODO E MÍDIA (Como
comunicar)
FREQÜÊNCIA (Quando
comunicar)
FONTE DA INFORMAÇÃO (Onde buscar fatos e dados)
FEITO POR (Quem
comunicar)
RESULTADO ESPERADO
(O que alcançar com
esta comunicação)
Fonte: VISAGIO, 2017
Como exemplo pode-se citar a comunicação do andamento da confecção de
uma alegoria para o presidente da escola, pois tem por objetivo terminar a
produção dela. O meio de comunicação utilizado é através de reuniões
semanais. Busca-se informações com as pessoas que estão confeccionando o
carro e com o diretor de barracão sobre o andamento. Quem irá comunicar
será o diretor de carnaval e esperasse que a comunicação seja boa pois os
prazos estão sendo alcançados.
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3.4.2 Promoção
Referente a promoção, as escolas de samba promovem eventos nas suas
quadras, fazem projetos sociais , confeccionam produtos para venda com a
marca da escola como camisas e bonés, entre outras atividades.
Utilizam-se das mídias sociais e imprensa especializada em carnaval para dar
notícias ao público, divulgar enredos, contratações, etc.. A mídia é presente
também quando se aproximam os desfiles e são lançadas as vinhetas
divulgando o samba enredo na emissora de televisão que compra os direitos
de transmissão do desfile.
Os ensaios técnicos também são uma forma de promoverem parcialmente o
trabalho que será apresentado no dia oficial, eles são realizados gratuitamente
nos sambódromo da Marques de Sapucaí.
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3.5 RECURSOS HUMANOS, PARTES INTERESSADAS e PESSOAS
3.5.1 Recursos Humanos
No carnaval, primeiramente é definida a equipe que irá compor o projeto. No
ambiente do carnaval existe uma grande rotatividade de profissionais. As
escolas quando terminam um ano, geralmente começam o próximo se
fortalecendo e montando uma equipe de peso para disputar o campeonato,
chegar ao desfile das campeãs ou se manterem no grupo para não serem
rebaixadas. Variando obviamente de acordo com a estratégia de cada
agremiação, sua missão e visão para os próximos anos.
Geralmente a equipe é definida bem no começo do processo logo após a
definição de quem será o presidente. Vale ressaltar que as escolas realizam
eleições após o carnaval visando desta forma o próximo ano. O tempo de
mandato varia de escola para escola, podendo ser triênios, quadriênios, ou até
mesmo vitalícios.
É preciso então definir cada um dos postos de trabalho que interfiram na
gestão ou que contem de forma direta com sua contribuição no dia do desfile
com pontos para a escola de samba.
Desta forma precisam são definidos:
Carnavalesco: Responsável pela criação e idealização artística do
espetáculo.
Diretor de Carnaval: Responsável pela gestão do projeto e alinhamento
com as ideias do carnavalesco.
Diretor de barracão: Responsável por fazer funcionar o barracão onde
são confeccionadas as alegorias, adereços e fantasias. Está mais ligado
ao conceito estrutural do que artístico do projeto.
Diretor de Harmonia: Responsável pela evolução da escola no dia do
desfile, não deixando que a escola estoure o tempo. E fazer com que os
componentes cantem na avenida.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Responsáveis através da sua dança em
contribuir com pontos para o quesito de mesmo nome.
Diretor de bateria: Responsável pelo andamento da bateria da escola de
samba, seu andamento e criatividade.
Coreógrafo da comissão de frente: Responsável por coreografar artistas
que contribuem com pontos para o quesito de mesmo nome.
Intérprete e carro de som – Responsáveis por conduzir o canto da
escola no dia do desfile.
Após a definição desses profissionais que atuam de forma direta e pertencem a
alta administração da escola ou impactam efetivamente as notas dadas pelos
jurados em cada quesito outros profissionais devem ser escolhidos para
69
produção e execução do carnaval, estes atuarão nos barracões ou ateliês das
escolas de samba.
As escolas do grupo de acesso por possuírem um barracão com pouco espaço
e insalubre geralmente contratam ateliês externos para a confecção das
fantasias e produzem apenas os carros alegóricos dentro dos barracões. Já as
escolas do grupo especial confeccionam tanto as fantasias de alas e
composições quanto os carros alegóricos dentro da cidade do samba em seu
respectivo espaço.
Para a confecção e produção das fantasias existe a necessidade de
costureiras, bordadeiras, aderecistas, pintores, decoradores e desenhistas já
para a confecção e produção de alegorias e adereços são necessários
ferreiros, marceneiros, decoradores, escultores, mecânicos, pintores,
eletricistas, iluminadores e profissionais responsáveis pela movimentação das
esculturas nos carros alegóricos que vem de Parintins, Amazonas. A
quantidade desses profissionais varia de acordo com a estrutura de cada
agremiação. Atualmente uma equipe de confecção de carnaval grande
ultrapassa cem profissionais.
Profissionais como carnavalesco, diretor de carnaval, diretor de harmonia,
diretor de bateria, iluminador e movimentadores de esculturas não são
reconhecidos pelas leis brasileiras e pela Classificação Brasileira de
Ocupações (CBO), isso se deve ao fato do carnaval ainda estar em processo
de profissionalização. Abaixo se encontram os profissionais que trabalham com
o carnaval e são reconhecidos perante a lei brasileira e à CBO como suas
respectivas descrições de cargos:
Coreógrafo (CBO 2628-15) – Concebem e concretizam projeto cênico em dança, realizando montagens de obras coreográficas; executam apresentações públicas de dança e, para tanto, preparam o corpo, pesquisam movimentos, gestos, dança, e ensaiam coreografias. podem ensinar dança. 1
Marceneiro (CBO 7711-05) – Preparam o local de trabalho, ordenando fluxos do processo de produção, e planejam o trabalho, interpretando projetos desenhos e especificações e esboçando o produto conforme solicitação. confeccionam e restauram produtos de madeira e derivados(produção em série ou sob medida). entregam produtos confeccionados sob medida ou restaurados, embalando, transportando e montando o produto no local da instalação em conformidade com as normas e procedimentos técnicos e de segurança, qualidade,higiene e preservação ambiental.2
Ferreiro (CBO – 7221-05) – Preparam matrizes e a linha de produção para forjar peças metálicas, calibram peças forjadas a frio. Podem reparar peças forjadas.3
Artesão escultor (CBO 7911-30) – Os profissionais desta família ocupacional criam e confeccionam produtos artesanais utilizando-se de vários tipos de
1 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/262815-coreografo (Acesso em 25/07/2017) 2 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/771105-marceneiro (Acesso em 25/07/2017) 3 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/722105-forjador (Acesso em 25/07/2017)
70
matérias primas, tais como: fibras, madeira, pedras, sementes e cascas, tecidos, metais, couro, látex dentre outros. Para tanto, utilizam-se de várias técnicas de tratamento, preparação e transformação das matérias primas utilizadas. Finalizam seus produtos de modo que os mesmos retratem a cultura local e identifiquem seu autor. São responsáveis pela comercialização de seus produtos como também do gerenciamento de seus negócios.4
Técnico Mecânico (CBO 3141-10) – Elaboram projetos de sistemas eletromecânicos; montam e instalam máquinas e equipamentos; planejam e realizam manutenção; desenvolvem processos de fabricação e montagem; elaboram documentação; realizam compras e vendas técnicas e cumprem normas e procedimentos de segurança no trabalho e preservação ambiental.5
Mecânico de veículos automotores a diesel (CBO 9144-25) – Elaboram planos de manutenção; realizam manutenções de motores, sistemas e partes de veículos automotores. substituem peças, reparam e testam desempenho de componentes e sistemas de veículos. trabalham em conformidade com normas e procedimentos técnicos, de qualidade, de segurança e de preservação do meio ambiente.6
Trabalhadores da pintura de equipamentos, veículos, estruturas metálicas e de compósitos (CBO 7233) – Analisam e preparam as superfícies a serem pintadas e calculam quantidade de materiais para pintura. Identificam, preparam e aplicam tintas em superfícies, dão polimento e retocam superfícies pintadas. Secam superfícies e reparam equipamentos de pintura.7
Eletricista de instalações (veículos automotores e máquinas operatrizes, exceto aeronaves e embarcações) (CBO 9531-15) – Planejam serviços de instalação e manutenção eletroeletrônicos em veículos, estabelecendo cronogramas e estimando prazos. instalam sistemas e componentes eletroeletrônicos em aeronaves, embarcações e veículos, elaborando leiautes e esquemas, interpretando e corrigindo esquemas, conectando cabos aos equipamentos e acessórios e testando o funcionamento de máquinas, equipamentos e sistemas para operação.realizam manutenções preventiva, preditiva e corretiva, inspecionando visualmente máquinas e equipamentos, diagnosticando defeitos eletroeletrônicos, desmontando,reparando, lubrificando, substituindo e montando componentes, ajustando componentes e peças e simulando o funcionamento de componentes e equipamentos. Elaboram documentação técnica, cumprem normas de segurança, meio ambiente e saúde e realizam com qualidade as instalações eletroeletrônicas.8
Costureiro na confecção em série (CBO 7632-10) - Organizam o local de trabalho, preparam máquinas e amostras de costura, operam má quinas de costura na montagem em série de peças do vestuário em conformidade comas normas e procedimentos técnicos de qualidade, segurança, meio ambiente e saúde. 9
Operadores de máquinas para bordado e acabamento de roupas (CBO 7633) – Organizam o local de trabalho, preparam máquinas de costura e de bordar
4 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/791130-artesao-escultor (Acesso em 25/07/2017) 5 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/314110-tecnico-mecanico (Acesso em 25/07/2017) 6 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/914425-mecanico-de-veiculos-automotores-a-diesel-exceto-tratores (Acesso em 25/07/2017) 7 http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloResultado.jsf (Acesso em 25/07/2017) 8 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/953115-eletricista-de-instalacoes-veiculos-automotores-e-maquinas-operatrizes-exceto-aeronaves-e-embarcacoes (Acesso em 25/07/2017) 9 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/763210-costureiro-na-confeccao-em-serie (Acesso em 25/07/2017)
71
para acabamento de roupas. Preparam peças para costura, e bordado, de acordo com os gabaritos. Costuram acessórios e bordam peças confeccionadas. Controlam a qualidade da costura e dos acabamentos de peças do vestuário.10
Bordador, a mão (CBO 7682-05) – Criam e riscam o desenho para bordá-los. Prendem e cortam tecidos desenhados. Cerzem peças, bordam-nas e dão acabamento. Comercializam bordados e serviços de reparo em tecidos.11
Desenhista técnico (ilustrações artísticas CBO 3184-10) – Interpretam solicitações de desenhos; elaboram desenhos de produtos ou serviços;submetem desenhos à aprovação. dão acabamento final em desenhos; indicam características de materiais e acabamentos em desenhos; organizam e solicitam adequação ergonômica do posto de trabalho.12
Artista (artes visuais – CBO 2624-05) – Concebem e desenvolvem obras de arte e projetos de design, elaboram e executam projetos de restauração e conservação preventiva de bens culturais móveis e integra dos. Para tanto realizam pesquisas, elaboram propostas e divulgam suas obras de arte, produtos e serviços 13
Dançarinos tradicionais e populares (CBO 3761) - Os dançarinos tradicionais e populares dançam, sozinhos, em pares ou em grupo com fins ritualísticos, performáticos e espetaculares, pesquisam e estudam, reinterpretam danças tradicionais e populares; criam espetáculos, ministram aulas e inserem seu acervo cultural em diferentes contextos (sociais, pedagógicos e terapêuticos). 14
Músico intérprete cantor – (CBO 2627-05) - Interpretam músicas por meio de instrumentos ou voz, em público ou em estúdios de gravação e para tanto aperfeiçoam e atualizam as qualidades técnicas de execução e interpretação, pesquisam e criam propostas no campo musical.15
Assessor de imprensa – CBO (2611-10) - Recolhem, redigem, registram através de imagens e de sons, interpretam e organizam informações e notícias a serem difundidas, expondo, analisando e comentando os acontecimentos. Fazem seleção, revisão e preparo definitivo das matérias jornalísticas a serem divulgadas em jornais, revistas, televisão, rádio, internet, assessorias de imprensa e quaisquer outros meios de comunicação com o público. 16
Auxiliar de compras (CBO – 4110-05) - Executam serviços de apoio nas áreas de recursos humanos, administração, finanças e logística; atendem fornecedores e clientes, fornecendo e recebendo informações sobre produtos e serviços; tratam de documentos variados, cumprindo todo o procedimento necessário referente aos mesmos. atuam na concessão de microcrédito a
10 http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloResultado.jsf (Acesso em 25/07/2017) 11 http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/pesquisas/BuscaPorTituloResultado.jsf(Acesso em 25/07/2017) 12 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/318410-desenhista-tecnico-ilustracoes-artisticas (Acesso em 25/07/2017) 13 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/262405-artista-artes-visuais (Acesso em 25/07/2017) 14 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/3761-dancarinos-tradicionais-e-populares (Acesso em 25/07/2017) 15 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/262705-musico-interprete-cantor (Acesso em 25/07/2017) 16 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/261110-assessor-de-imprensa (Acesso em 25/07/2017)
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microempresários, atendendo clientes em campo e nas agências, prospectando clientes nas comunidades. 17
Após a identificação de todos os profissionais necessários deve-se confirmar a
disponibilidade da equipe que compõe o projeto assim como todos os recursos
necessários para que elas possam executar bem seu trabalho.
No apêndice J foi modelado um organograma para uma escola de samba do
grupo especial. Foi inserido o cargo de diretor de arte, responsável pela
confecção e produção da parte artística, este cargo é utilizado em algumas
escolas, entretanto em outras não, sendo assim suas funções são incorporadas
pelo carnavalesco da escola. Como se pode observar a presidência é o grau
máximo dentro da escola de samba e a direção de carnaval funciona como sua
assistente gerindo, alinhando e promovendo o engajamento de todos as
pessoas abaixo dela. A seguir vem os profissionais do carnaval já elencados
anteriormente como coreógrafo da comissão de frente, mestre-sala e porta-
bandeira, diretor de bateria, intérprete e carro de som, carnavalesco, direção de
harmonia, direção de marketing, departamento financeiro e direção de
marketing.
O diretor de bateria possui diretores internos dentro de sua ala responsável por
cada tipo de instrumento e esses comandam cada um dos integrantes e
percussionistas da ala.
Abaixo do carnavalesco existe o diretor de barracão e o diretor de arte. O
primeiro está mais atrelado ao conceito estrutural da escola sendo o
responsável pelos ferreiros, marceneiros, escultores, mecânicos e eletricistas
enquanto o segundo está atrelado a parte artística da escola de samba sendo
responsável pelos chefes de ateliês, pintores, iluminadores e decoradores. Os
chefes de ateliês por sua vez são responsáveis pelos chefes de costura e estes
pelas costureiras, bordadeiras, aderecistas e desenhistas.
Vale ressaltar que quanto maior a dificuldade financeira da escola e seu porte
existem acúmulos de cargos dentro da organização. Por exemplo, nas escolas
do grupo de acesso alguns diretores de carnaval assumem a função de diretor
de barracão e funções do departamento financeiro.
Para o departamento de marketing responsável pela promoção de toda escola
existe abaixo dele a assessoria de imprensa da escola. No departamento
financeiro existem profissionais que viabilizarão as compras ou não dos
insumos necessários. Nem toda escola de samba possui esse departamento.
Para mobilizar a equipe do projeto deve sempre que possível promover o
conhecimento e cursos para os profissionais das escolas de samba.
Atualmente algumas oferecem para seus profissionais e pessoas comuns que
17 http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/411005-auxiliar-de-escritorio (Acesso em 25/07/2017)
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queiram aprender cursos profissionalizantes e participação em projetos sociais
que ensinam as atividades e afazeres do carnaval. Existem projetos culturais
independentes que, por exemplo, formam casais de mestre-sala e porta-
bandeira.
Todo e qualquer investimento em pessoal torna as pessoas qualificadas para
os procedimentos a serem executados dentro das escolas tornando o trabalho
mais produtivo. As escolas de samba promovem às vezes viagens para seus
carnavalescos e direção da escola a fim de que eles pesquisem melhor e
conheçam melhor sobre os enredos e desta forma consigam adquirir resultados
melhores.
A equipe deve estar mobilizada e integrada a todo o momento e algo que
facilita este processo é a comunicação descrita na seção 3.4.
3.5.2 Partes Interessadas
No carnaval, as partes interessadas em um projeto de escola de samba foram
identificadas, elas são:
A sociedade como um todo, tanto as pessoas presentes no dia dos
desfiles como as que assistem pela televisão em escala mundial a
um produto de entretenimento e da cultura popular brasileira. Devem
ser mantida informada.
Rede de televisão que transmite os desfiles. Deve-se gerenciar com
atenção.
Prefeitura do Município que financia e gere o carnaval como um todo
na cidade do Rio de Janeiro e arrecada tributos com ele. Deve-se
manter satisfeito.
Fornecedores de matérias-primas e insumos. Deve-se manter
informados.
Moradores de ruas que precisam ser fechadas para execução de
ensaios técnicos de rua. Deve-se manter informados.
Jurados que avaliam os desfiles. Devem ser gerenciados com
atenção.
Patrocinadores e investidores das escolas de samba que conseguem
se promover através delas. Devem ser gerenciados com atenção.
Equipe do projeto que gerencia e faz o projeto andar. Deve ser
gerenciada com atenção
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Integrante e componentes da escola tanto os que desfilam em alas
comerciais como de alas da comunidade como baianas, velha
guarda, compositores, passistas entre outros.
Ao longo do projeto cada uma das partes interessadas deve ser classificada
como desinformada, resistente, neutra, dão apoio ou lideram processos dentro
da organização como já descrito anteriormente. È necessário alinhar e engajar
a todo o momento para que todas as partes interessadas fiquem satisfeitas.
3.5.3 Pessoas
As pessoas trabalham internamente ou externamente a organização são todos
os envolvidos que já foram descritos anteriormente em partes interessadas e
recursos humanos da organização.
75
3.6 INTEGRAÇÃO E OS 6P´S
No carnaval existem os responsáveis por cada ação capaz de executar o
desfile já descrito na seção 3.2.2 e a comunicação entre eles é fundamental
para que o projeto esteja na mais perfeita integração, afinal o escopo envolve
diversas áreas e quesitos diferentes.
Todas as áreas de conhecimento devem ser avaliadas periodicamente a fim de
que se obtenha o resultado esperado e caso mudanças precisem ser
realizadas deve ser verificado toda a cadeia afetada por ela. Um exemplo
prático disso é quando um carnavalesco precisa reduzir o custo de uma
fantasia por causa do orçamento e isso afetará a qualidade do projeto, os
processos de produção e consequentemente o tempo, etc.. Desta forma a
integração interage com todos as áreas de conhecimento como também com
os 6P´s já mencionados tendo em vista que mudanças podem impactar o
produto, o preço, a praça, a promoção, os processos e as pessoas.
No próprio dia do desfile tudo deve estar pronto e integrado para uma boa
execução do trabalho e desta maneira a escola consiga alcançar os seus
objetivos baseado na sua estratégia para aquele carnaval.
Foi elaborada uma lista de ferramentas de gestão de um projeto de carnaval
que deve ser utilizada pelas escolas de samba com base nas áreas de
conhecimento de gestão de projetos e dos 6P´s do marketing. A lista é
evidenciada na tabela 4 e resume todas as ferramentas utilizadas neste
trabalho de forma a integrar o projeto.
Tabela 4 – Lista de Ferramentas utilizadas em um projeto de um desfile
ÁREAS DO CONHECIMENTO FERRAMENTA
Escopo, produto e praça Estrutura Analítica do Projeto
Processos, tempo, qualidade e riscos
Cronograma Geral
Cronograma de Carro Alegórico
Cronograma de Fantasias
Lista de Riscos
Aquisição, custo e preço
Custo de Fantasia
Custo de Alegoria
Custo Mão de Obra Indireta
Custo Geral
Comunicação e promoção
Plano de Comunicação
Recursos humanos, partes interessadas e pessoas
Organograma
Lista de Partes Interessadas
Lista de Papéis e Responsabilidades
76
4 CONCLUSÃO
Este trabalho apresentou um modelo de gestão de projetos correlacionado aos
6P’s do marketing apresentando assim o modo como as escolas de samba
devem gerir um projeto de desfile. Alguns gargalos foram identificados como,
por exemplo, a dependência financeira de algumas escolas de samba dos
subsídios governamentais.
Foi verificado que uma gestão eficiente e eficaz dos recursos é capaz de gerar
uma boa apresentação, tanto pelo viés competitivo como pelo viés cultural e de
entretenimento. Mas para isso é necessário um rigoroso controle dos prazos,
atividades e riscos para a realização de um bom espetáculo considerando a
gestão dos recursos (pessoas, materiais e equipamentos) utilizados.
Foi compreendido como funciona o gerenciamento de um projeto para o desfile
de uma escola de samba na cidade do Rio de Janeiro e os conceitos de
engenharia de produção, gestão de projeto e marketing foram aplicados.
Através deste trabalho, observou-se que:
As escolas de samba possuem planejamento prático e aplicam os
conceitos de gestão de projeto mesmo sem saber, refutando H0
Os conceitos de gestão de projeto são aplicáveis ao carnaval tendo em
vista a realização da modelagem realizada, validando H1
Os conceitos dos 6P’s do marketing são aplicáveis ao carnaval tendo em
vista a modelagem realizada, validando H2
Os conceitos de gestão de projeto são usados atualmente no carnaval
embora não sejam elaborados dentro das organizações de forma clara,
validando H3
Os conceitos dos 6P’s do marketing são usados atualmente no carnaval
embora não sejam elaborados dentro das organizações de forma clara,
validando H4
Escolas de samba se diferenciam estrategicamente, pois cada uma tem
um objetivo de classificação no carnaval, validando H5.
Houve uma limitação relacionada a abertura das escolas de samba a
concederam através de seus representantes entrevistas e informações sobre
os projetos já feitos.
A pesquisa bibliográfica e entrevistas com carnavalescos, gestores e diretores
de escola de samba foram fundamentais e importantes para a execução deste
trabalho, complementando o conhecimento prático com o teórico. Os desfiles
de escolas de samba conseguem desta maneira relacionar-se com os
conceitos de engenharia de produção.
77
Observou-se a correlação entre as fases (iniciação, planejamento, execução,
controle e finalização), áreas do conhecimento (escopo, custo, aquisição, risco,
tempo, partes interessadas, recursos humanos, comunicação, qualidade e
integração) e os 6P’s da gestão de marketing (produto, processos, praça;
promoção, preço e pessoas) de tal forma a facilitar o projeto de um desfile de
escola de samba e conclui-se desta maneira que os objetivos deste trabalho
foram alcançados.
78
5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DA ROCHA, Maria Alice Ferruccio. Notas de sala de aula da disciplina de
Marketing, 2016. Aula ministrada em 2016 na Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
Dinsmore, Paul Campbell. Gerenciamento de Projetos: como gerenciar seu
projeto com qualidade, dentro do prazo e custos previstos / Paul Campbell
Dinsmore, Fernando Henrique da Silveira Neto. – Rio de Janeiro:
Qualitymark,2004.
Kotler, Philip. Marketing para o século XXI: Como criar, conquistar e dominar
mercados / Philip Kloter [tradução Bazán Tecnologia e Linguística]. – São
Paulo: Futura, 1999.
Meredith, Jack; Mantel Jr, Samuel. Administração de projetos – Uma
abordagem gerencial. 4ª edição
Project Management Institute (PMI). Um guia do gerenciamento de projetos
(Guia PMBoK) – Quinta edição, EUA : Project Management Institute, 2013.
VISÁGIO. Notas de sala de aula do curso de gestão de projetos, 2017. Aula
ministrada em 2017 na Univiságio, Rio de Janeiro, 2017.
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79
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veiculos-automotores-e-maquinas-operatrizes-exceto-aeronaves-e-
embarcacoes(Acesso em 25/07/2017)
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serie (Acesso em 25/07/2017)
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artisticas(Acesso em 25/07/2017)
http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/262405-artista-artes-visuais (Acesso em
25/07/2017)
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populares(Acesso em 25/07/2017)
http://www.ocupacoes.com.br/cbo-mte/262705-musico-interprete-cantor(Acesso
em 25/07/2017)
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em 25/07/2017)
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25/07/2017)
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71124699638479/870504259700517/?type=3&theater(Acesso em 31/07/2017)
https://www.facebook.com/pg/LeandroVieirarj/photos/ (Acesso em 31/07/2017)
http://g1.globo.com/economia/noticia/salario-minimo-em-2017-veja-o-
valor.ghtml (Acesso em 31/07/2017)
80
APÊNDICE A – ESCOPO DO PROJETO APLICADO AO CARNAVAL
Projeto Carnaval
Regulamento
Quantidades de componentes, carros
alegóricos e alas definido
Obrigatoriedades cumpridas
Enredo
Enredo definido
Roteiro do desfile pronto
Enredo mostrado
Mestre Sala e Porta-Bandeira
1 Casal Preparado
2 Casal Preparado
Alegorias e Adereços
Tripé comissão de frente pronta
Alegoria 1 pronta
Alegoria ... Pronta
Alegoria N pronta
Tripé 1 pronto
Tripé ... pronto
Tripé N pronto
Fantasias
Fantasias de Alas prontas
Fantasia ala 1 Pronta
Fantasia Ala ... Pronta
Fantasia Ala N pronta
Fantasias de carros alegóricos prontas
Fantasias Composição Carro 1
Pronta
Fantasias Composição Carro ...
Pronta
Fantasias Composição Carro N
Pronta
Fantasias Destaque Carro 1 Pronta
Fantasias Destaque Carro ... Pronta
Fantasias Destaque Carro N Pronta
Fantasias específicas prontas
Fantasia comissão de frente pronta
Fantasia 1 casal pronta
Fantasia 2 casal pronta
Fantasia Rainha de Bateria pronta
Fantasia musa 1 pronta
Fantasia musa ... Pronta
Fantasia Musa N pronta
Fantasia Intérprete pronta
Comissão de Frente
Ideia definida
Componentes preparados
Harmonia
Canto da Escola preparado
Equipe de Harmonia preparada
Samba-Enredo
Samba-Enredo definido
Bateria
Bateria preparada
Evolução
Tempo de Apresentação
comissão de frente definido
Tempo de Apresentação casal
de MS e definido
Tempo de Apresentação bateria
defindo
Tempo de desfile definido
81
APÊNDICE B – CRONOGRAMA GERAL
Cronograma Geral
Nº Ação Responsável Data de
Início
Data de Fim
Predecessor
1 Analisar regulamento e
obrigatoriedades Diretoria
-
2 Definir quantas alas,
componentes e carros alegóricos irão desfilar
Diretoria
1
3 Analisar possíveis Enredos Diretoria
-
4 Escolher enredo Diretoria
3
5 Pesquisar enredo Carnavalesco
4
6 Confeccionar Sinopse Carnavalesco
5
7 Divulgar Sinopse para
imprensa e compositores Carnavalesco
6
8 Realizar disputa de samba Diretoria
7
9 Escolher samba Diretoria
8
10 Ensaiar harmonia e evolução
da escola Diretor de Harmonia
9
11 Ensaiar Mestre-sala e Porta-
bandeira a parte Mestre-sala e
Porta-Bandeira 9
12 Ensaiar Bateria a parte Mestre de
Bateria 9
13 Idealizar representação da
comissão de frente Carnavalesco
5
14 Reunir com coreógrafos da
comissão de frente Carnavalesco
13
15 Definir representação da
comissão de frente Carnavalesco
14
16 Ensaiar comissão de frente Coreógrafo da Comissão de
Frente 9,15
17 Idealizar fantasia de ala N Carnavalesco
5
18 Idealizar fantasias de carro N Carnavalesco
5
19 Idealizar fantasias casal de
mestre sala e porta bandeira N
Carnavalesco
5
20 Idealizar fantasias musas N Carnavalesco
5
21 Idealizar fantasia interprete e
carro de som Carnavalesco
5
82
Cronograma Geral
Nº Ação Responsável Data de
Início
Data de Fim
Predecessor
22 Idealizar fantasia rainha de
bateria Carnavalesco
5
23 Idealizar fantasias da comissão de frente
Carnavalesco
15
24 Desenhar fantasias de ala N Carnavalesco
17
25 Desenhar fantasias de carro
N Carnavalesco
18
26 Desenhar fantasias casal de mestre sala e porta bandeira
N Carnavalesco
19
27 Desenhar fantasias musas N Carnavalesco
20
28 Desenhar fantasia interprete
e carro de som Carnavalesco
21
29 Desenhar fantasia rainha de
bateria Carnavalesco
22
30 Desenhar fantasia da comissão de frente
Carnavalesco
23
31 Fazer Protótipo de fantasias
Ala N Carnavalesco
24
32 Idealizar Alegoria N Carnavalesco
5
33 Idealizar Tripé N Carnavalesco
5
34 Idealizar Tripé comissão de
frente Carnavalesco
5
35 Desenhar/Projetar Alegoria N Carnavalesco
32
36 Desenhar/Projetar Tripé N Carnavalesco
33
37 Desenhar/Projetar Tripé
comissão de frente Atelier/Chefe
de Atelier 34
38 Produzir fantasias de ala N Atelier/Chefe
de Atelier 31
39 Produzir fantasias de carro N Atelier/Chefe
de Atelier 25
40 Produzir fantasias casal de
mestre sala e porta bandeira N
Atelier/Chefe de Atelier
26
41 Produzir fantasias musas N Atelier/Chefe
de Atelier 27
42 Produzir fantasia interprete e
carro de som Atelier/Chefe
de Atelier 28
43 Produzir fantasia rainha de
bateria Atelier/Chefe
de Atelier 29
83
Cronograma Geral
Nº Ação Responsável Data de
Início
Data de Fim
Predecessor
44 Produzir fantasia da comissão de frente
Diretor de barracão/ Diretor de Carnaval
30
45 Produzir Alegoria N
Diretor de barracão/ Diretor de Carnaval
35
46 Produzir Tripé N
Diretor de barracão/ Diretor de Carnaval
36
47 Produzir tripé comissão de
frente Carnavalesco
37
48 Elaborar roteiro Diretoria
6;15,17 a 21; 30 ao 32
49 Ensaiar alas coreografadas a
parte Coreógrafo de
ala 9
Fonte: O autor
84
APÊNDICE C – CRONOGRAMA CARROS ALEGÓRICOS
Cronograma Carros Alegóricos
Nº Ação Responsável Data de
Início Data Fim Predecessor
1 Projetar carro Carnavalesco
-
2 Desmontar carro do ultimo carnaval Diretor de barracão
1
3 Verificar chassi e parte mecânica Mecânico
2
4 Ferragem Ferreiro
3
5 Marcenaria Marceneiro
4
6 Fazer esculturas brutas Escultor
1
7 Colocar esculturas no carro Escultor
6
8 Pastelação das esculturas Escultor
7
9 Pintura Pintor
8
10 Decoração Diretor de Arte/ Decorador
9
11 Espelhos e Iluminação Iluminador
10
12 Movimento dos carros (Parintins) Movimentador de Parintins
11
Fonte: O autor
85
APÊNDICE D – CRONOGRAMA FANTASIAS
Cronograma de Produção de Fantasias
Nº Ação Responsável Data de Início
Data Fim Predecessor
1 Confeccionar chapéu Carnavalesco
-
2 Confeccionar Esplendor Diretor de barracão
-
3 Confeccionar Gola Mecânico
-
4 Confeccionar Roupa Ferreiro
-
5 Processar Sapatos Marceneiro
-
6 Confeccionar adereços de mão Escultor
-
Fonte: O autor
86
APÊNDICE E –RISCOS
Impactos e probabilidades baixos correspondem ao número um, médios ao número dois e altos ao número três. (1 –Baixo 2 - Médio 3 - Alto)
Risco Locus de Controle Probabilidade Impacto Priorização Classificação Ação
Barracão pegar fogo
INTERNO 2 3 6 Médio
Investir em equipamentos de
segurança e prevenção contra
incêndios
Carro alegórico pegar fogo
INTERNO 1 3 3 Baixo
Investir em equipamentos de
segurança e prevenção contra
incêndios
Carro alegórico bater
EXTERNO/INTERNO 2 3 6 Médio
Preparar o motorista e garantir que o mecanismo de direção seja o melhor possível
Carro alegórico não entrar na
avenida por não conseguir fazer a
curva
INTERNO 2 3 6 Médio
Preparar o motorista, fazer carros menores,
reformar sambódromo.
Carro alegórico apresentar problemas mecânicos
INTERNO 1 3 3 Baixo Garantir
conformidade mecânica
Não entregar fantasias
INTERNO 1 3 3 Baixo Executar
cronograma
Fantasias não chegarem na
avenida INTERNO 1 2 2 Baixo
Garantir logística do dia da avenida. Entregar fantasias com antecedência.
1 Casal de mestre-sala e
porta-bandeira se contundir
EXTERNO 2 2 4 Médio
Investir no preparo físico do casal.
Preparar segundo casal
1 casal de mestre-sala e porta-bandeira não chegar na
avenida
EXTERNO/INTERNO 2 3 6 Médio
Investir na concentração do casal em hotel ou
outro espaço
Patrocinador desistir
EXTERNO 1 3 3 Baixo Estabelecer
contratos
Caminhão da bateria não
chegar no desfile EXTERNO/INTERNO 2 3 6 Médio
Garantir horário e passe livre
concedido pela prefeitura ao
caminhão
Atrasos dos subsídios da prefeitura ou
governo federal
EXTERNO 2 3 6 Médio Conceder cartas de crédito aos fornecedores
Carro alegórico não ficar pronto integralmente
INTERNO 1 2 2 Baixo
Seguir regras e especificações
conforme calendário
Estourar o tempo de desfile
INTERNO 2 1 2 Baixo Planejar e executar
tempo de desfile
Acidentes na pista EXTERNO 2 3 6 Médio
Garantir segurança das pessoas
juntamente com a liga investindo em equipamentos e
pessoal de segurança e
controle
Condições da pista ruins para
dança EXTERNO 2 2 4 Médio
Passar serragem na avenida
Condições climática ruins
EXTERNO 2 1 2 Baixo Garantir
juntamente com a liga drenagem da
87
Risco Locus de Controle Probabilidade Impacto Priorização Classificação Ação
pista
Acidentes dentro do barracão
INTERNO 1 3 3 Baixo Garantir e investir em equipamentos
de segurança
Não prestar contas com a Liga
que rege INTERNO 1 3 3 Baixo
Prestar contas no prazo determinado
Não retirar as alegorias do
barracão no prazo estipulado pela
liga
INTERNO 1 2 2 Baixo
Retirar no prazo estabelecido alegorias do
barracão
Não retirar os carros alegóricos e componentes da dispersão no prazo estipulado
INTERNO 1 1 1 Baixo
Retirar os carros alegóricos e
componentes da dispersão no prazo
estipulado
Não apresentar as alegorias na
Área de concentração no
horário estipulado pela liga
INTERNO 1 1 1 Baixo
Apresentar as alegorias na área de concentração
no horário estipulado pela liga
Faltar luz ou som na avenida
EXTERNO 2 1 2 Baixo
Investir em geradores e em
equipamentos de som de qualidade
perante a liga
Não utilizar o tempo mínimo de
desfile INTERNO 1 1 1 Baixo
Utilizar o tempo mínimo de desfile
Não ter contingente míninmo de
baianas
INTERNO 1 2 2 Baixo Ter contingente
mínimo de baianas
Não ter contingente
mínimo de bateria INTERNO 1 2 2 Baixo
Ter contingente mínimo de bateria
Ter homens como baianas
INTERNO 1 2 2 Baixo Não ter homens como baianas
Apresentar animais vivos
INTERNO 1 2 2 Baixo Não apresentar animais vivos
Apresentar pessoas com
genitália amostra, decorada ou
pintada
INTERNO 1 2 2 Baixo
Não apresentar pessoas com
genitália amostra, decorada ou
pintada
Utilizar instrumentos de sopro na bateria
além do apito
INTERNO 1 2 2 Baixo
Não apresentar pessoas com
genitália amostra, decorada ou
pintada
Apresentar menos ou mais alegorias que o requerido
pelo regulamento
INTERNO 1 2 2 Baixo
Apresentar número de alegorias conforme o
regulamento
Apresentar número superior
ao de tripes exigidos
INTERNO 1 2 2 Baixo Apresentar número de tripés conforme
o regulamento
Utilizar mershandising em enredo, alegorias,
adereços, alas, destaques ou samba-enredo
INTERNO 1 2 2 Baixo
Não utilizar mershandising em enredo, alegorias,
adereços, alas, destaques ou samba-enredo
Não ter o número mínimo e máximo dos componentes da comissão de
frente
INTERNO 1 2 2 Baixo
Respeitar o número mínimo de
máximo de componentes da
comissão de frente
Não apresentar a comissão de
frente no módulo 1
INTERNO 1 2 2 Baixo Apresentar a
comissão de frente no módulo 1
Nas respeitar as datas de entrega
INTERNO 1 2 2 Baixo Respeitar as datas
de entrega de
88
Risco Locus de Controle Probabilidade Impacto Priorização Classificação Ação
de enredo a Liga enredo a Liga
Não respeitar as datas de entrega de samba-enredo
a Liga
INTERNO 2 2 4 Médio
Respeitar as datas de entrega de
samba-enredo a Liga
Não entregar até a data
estabelecida quem será o
primeiro casal da agremiação
INTERNO 2 2 4 Médio
Entregar até a data estabelecida quem
será o primeiro casal da
agremiação
Não entregar até a data
estabelecida histórico e
justificativa do enredo, ficha
técnica da agremiação e
outros documentos que
julgar necessários
INTERNO 2 2 4 Médio
Entregar até a data estabelecida histórico e
justificativa do enredo, ficha
técnica da agremiação e
outros documentos que julgar
necessários
Não entregar o Roteiro do desfile
INTERNO 2 2 4 Médio Entregar o roteiro
do desfile no prazo
Possuir carros alegóricos com
dimensões maiores que as
estabelecidas no regulamento
INTERNO 1 3 3 Baixo
Respeitar dimensões dos carros alegórico previstas pelo regulamento
Não desfilar com alegorias inéditas
INTERNO 1 2 2 Baixo Desfilar com
alegorias inéditas
Alegorias não possuir em
equipamento de segurança
INTERNO 2 2 4 Médio
Investir em equipamento de segurança nos
carros alegóricos
Desfilar com número do
componentes inferior ao mínimo
exigido ou superior ao
máximo exigido
INTERNO 1 1 1 Baixo
Repeitar número máximo e mínimo de componentes
no desfile
Possuir número superior de
componentes da diretoria no dia do
desfile
INTERNO 1 1 1 Baixo
Respeitar número máximo de
componentes da diretoria no dia do
desfile
Não cumprir leis dos juizados de
menores INTERNO 1 3 3 Baixo
Cumprir leis dos juizados de menores.
Providenciar crachás de desfile
para crianças
Vilimpediar publicamente ato ou objeto religioso
INTERNO 1 3 3 Baixo Não vilimpediar
publicamente ato ou objeto religioso
Não cumprir leis relacionadas ao
Corpo de Bombeiros
INTERNO 1 3 3 Baixo
Cumprir leis e normas
relacionadas ao Corpo de
Bombeiros
Desfilar com interprete, mestre
de bateria, mestre-sala porta bandeira e com
comissão de frente que já
desfilou anteriormente
INTERNO 1 2 2 Baixo
Não desfilar com interprete, mestre
de bateria, mestre-sala porta bandeira e com comissão de
frente que já desfilou
anteriormente.
Jurados não irem aos desfiles
EXTERNO 2 2 4 Médio
Garantir concentração dos jurados em hotéis e disponibilidade deles nos dias de
desfile
89
Risco Locus de Controle Probabilidade Impacto Priorização Classificação Ação
Notas dos jurados serem extraviadas
EXTERNO 2 3 6 Médio Garantir perante a liga a segurança
das notas
Fonte: O autor
90
APÊNDICE F – CUSTOS DE FANTASIAS
Parte Item Quantidade Valor Total Observação
Chapéu
Materiais de estrutura R$ -
Materiais de forração R$ -
Materiais de pintura R$ -
Materiais de decoração R$ -
Esplendor
Materiais de estrutura R$ -
Materiais de forração R$ -
Materiais de pintura R$ -
Materiais de decoração R$ -
Adereços de Mão
Materiais de estrutura R$ -
Materiais de forração R$ -
Materiais de pintura R$ -
Materiais de decoração R$ -
Gola
Tecidos e panos R$ -
Materiais costurar e bordar R$ -
Materiais de pintar R$ -
Materiais de decorar R$ -
Roupa
Tecidos e panos R$ -
Materiais costurar e bordar R$ -
Materiais de pintar R$ -
Materiais de decorar R$ -
Sapato
Materiais de pintura R$ -
Materiais de decoração R$ -
Calçado R$ -
Total para uma fantasia R$ -
Número de fantasias R$ -
Total para fantasias da ala R$ -
Item Quantidade Valor Total Observação
Mão de Obra (costureiras, bordadeiras, decoradores,
pintores,...) R$ -
Total Geral R$ -
Fonte: O autor
91
APÊNDICE G – CUSTOS DE ALEGORIAS
Processo Item Quantidade Valor Total Observação
Desmontar alegoria Mão de Obra R$ -
Verificar parte mecânica e chassi
Mão de Obra (Mecânico)
R$ -
Componentes e materias
mecânicos R$ -
Ferragem
Mão de Obra (Ferreiro)
R$ -
Ferro e outros materiais
relacionados R$ -
Marcenaria
Mão de Obra (Marceneiro)
R$ -
Madeira e outros materiais
relacionados R$ -
Fazer esculturas, colocar no carro e pastelar
Mão de Obra (Escultor)
R$ -
Materiais para Esculpir ( Isopor,
Fibra, outros) R$ -
Materiais de pastelar
R$ -
Pintura
Mão de Obra (Pintor)
R$ -
Tinta e outros materiais
relacionados R$ -
Decoração
Mão de obra (Decorador)
R$ -
Materiais para decorar (penas, tecidos, pedras,
etc)
R$ -
Espelhar e Iluminar
Mão de Obra (Decorador)
R$ -
Materiais para espelhar e
iluminar R$ -
Movimento do carro
Mão de Obra (Movimentador)
R$ -
Materiais para movimentar
R$ -
Total com materiais R$ -
Total com mão-de-obra R$ -
Total Geral R$ -
Fonte: O autor
92
APÊNDICE H – CUSTOS DE MÃO DE OBRA INDIRETA
Tipo de Custo Item Quantidade Valor Total Observação
Fixo Mestre-sala e
Porta-Bandeira
Fixo Mestre de
Bateria
Fixo Diretor de carnaval
Fixo Diretor de barracão
Fixo Diretor de Arte
Fixo Diretor de Harmonia
Fixo Intérprete
Fixo Integrante do Carro de Som
Fixo Coreógrafo
Comissão de Frente
Fixo Coreógrafo de Alas e Carros
Fixo Carnavalesco
Fixo
Coreógrafo Mestre-sala e Porta-bandeira
(caso haja)
Fixo Diretor
financeiro
Fixo Auxiliar de compras
Fixo/Variável Serviços Gerais
Variável Assessoria de
Imprensa
Variável Empurradores
de carro
Variável Motoristas
Variável
Segurança (quadra,
barracão, dia do desfile)
Fonte: O autor
93
APÊNDICE I – CUSTOS GERAIS
Tipo de Custo
Item Quantidade Valor Total Observação
Variável Fantasia de ala N
Variável Composições de carro
N
Variável Fantasias casal de mestre sala e porta
bandeira N
Variável Fantasias musas N
Variável Fantasia interprete e
carro de som
Variável Fantasia rainha de
bateria
Variável Fantasias da comissão
de frente
Variável Alegoria N
Variável Tripé N
Variável Tripé comissão de
frente
Variável Eventos na quadra
Variável Ensaio técnico
Variável Materiais de serviços
gerais
Variável Fretes
Investimento Viagens/Compra de
Livros para desenvolver enredo
Fixo/Variável Mão de Obra
Fixo Aluguel de máquina e equipamentos (caso
haja)
Fixo Aluguel de espaços -
quadra, galpão, barracão (caso haja)
Fixo IPTU
Fixo Marketing empresarial
Fixo Manutenção de site
Fixo Linhas telefônicas
Fixo Taxa de incêndio
94
Tipo de Custo
Item Quantidade Valor Total Observação
Fixo Tarifas bancárias
Fixo Água do barracão
Fixo Energia do barracão
Fixo Água da quadra
Fixo Energia da quadra
Fixo Gás
Fixo Preparo físico mestre-sala e porta-bandeira
Fixo Preparo físico comissão
de frente
Fixo Prêmio ao vencedor do
samba
Fixo Reserva de contingencia
Fixo Reserva de
gerenciamento
Aquisições Ferramentas e
equipamentos para estruturas de fantasias
Aquisições Ferramentas e
equipamentos de forração
Aquisições Ferramentas e
equipamentos de pintura
Aquisições Ferramentas e
equipamentos de decoração
Aquisições Ferramentas e
equipamentos para costurar
Aquisições Ferramentas e
equipamentos para bordar
Aquisições Ferramentas e
equipamentos mecânicos
Aquisições Ferramentas e
equipamentos de ferragem
Aquisições Ferramentas e
equipamentos de marcenaria
Aquisições Ferramentas e
equipamentos de esculpir
Aquisições Ferramentas e
equipamentos de movimentar carros
95
Tipo de Custo
Item Quantidade Valor Total Observação
Aquisições Ferramentas e
equipamentos de iluminação e energia
Aquisições Ferramentas e materiais
de trabalho do carnavalesco
Aquisições Manutenção e compra de instrumentos da bateria
Total Geral
Fonte: O autor
96
APÊNDICE J – ORGANOGRAMA
Fonte: O Autor
Presidência
Coreógrafo Comissão de
Frente
Mestre-Sala e Porta-
Bandeira
Diretor de Bateria
Diretores de Instrumentos
Percussionistas
Intérprete e Carro de Som
Carnavalesco
Diretor de barracão
Ferreiros
Marceneiros
Escultores
Mecânico
Eletricista
Diretor de arte
Chefe de Ateliê
Chefe de Costura
Costureiras
Bordadeira
Aderecista
Desenhista
Pintores Iluminadores Decoradores
Direção de Harmonia
Direção de Marketing
Assessoria de Imprensa
Departamento Financeiro
Assistente de compras
Diretor de Carnaval