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9 | Terça-feira, 26 de junho de 2012 | As Doenças do Inverno As Doenças do Inverno As Doenças do Inverno As Doenças do Inverno As Doenças do Inverno Inverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo. Inverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo. Inverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo. Inverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo. Inverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo. O sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de gente O sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de gente O sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de gente O sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de gente O sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de gente para se espalhar para se espalhar para se espalhar para se espalhar para se espalhar. Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como pr . Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como pr . Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como pr . Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como pr . Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como preveni-las. eveni-las. eveni-las. eveni-las. eveni-las. Gripe Febre alta, tosse, secreção nasal, dor de garganta, dor de cabeça e pelo corpo, cansaço físico. Gripe! É um problema res- piratório causado pelo vírus influenza. Ao contrário do que muita gente pensa, não tem nada a ver com o resfriado, cujos sintomas são mais leves. O influenza consegue se apoderar de células das vias aéreas e, para conter essa invasão, o sistema imune re- cruta anticorpos e dispara uma baita rea- ção inflamatória. No final das contas, não é apenas o aparelho respiratório que sente o ataque — o corpo inteiro padece de dores e daquela sensação de moleza. O impacto da agressão varia de acor- do com as condições do hospedeiro — não por menos, a gripe costuma ser mais ne- fasta para os bebês e para quem já passou dos 70 anos. São adotados remédios que atenuam os sintomas, como os antitérmi- cos, os analgésicos e os descongestionan- tes nasais. Depois de avaliar o caso, o médico pode receitar apenas repouso ou recorrer também a antivirais, cuja função é justamente exterminar o influenza. Casos mais graves exigem internação para evitar complicações como pneumonias. Lavar sempre muito bem as mãos, evitar o contato com pessoas com sinto- mas da gripe e, se possível, não frequentar locais apinhados de gente, como shopping, cinemas e aeroportos – todas essas ações contribuem para frear o contágio. Uma me- dida excelente, recomendada, sobretudo à crianças pequenas e idosos, é tomar a va- cina. Ela ensina o sistema imune a criar um pelotão atento, capaz de desmobilizar o ataque do influenza. Meningite Febre, dor de cabeça, fotofobia, vômito, pescoço rígido e manchas roxas no corpo. Nas crianças, os mais comuns são febre ou hipotermia - queda de temperatura – e recusa alimentar. É a inflamação das me- ninges, finíssimas membranas que reves- tem o cérebro e a medula espinhal. Quan- do desencadeado por bactérias, o proble- ma costuma ser mais grave do que sua versão viral. Entre as mais comuns está a hemofilus influenza do tipo B (a vacina con- tra essa bactéria é contemplada pelo calen- dário nacional de vacinação do governo). A chamada meningocócica evolui rapidamen- te. Já a pneumocócica, outro tipo bacteria- no comum, pode surgir depois de uma si- nusite ou uma otite, por exemplo, já que às vezes é causada pelo mesmo micróbio que desencadeia essas inflamações. Existem ainda casos menos frequentes em que a doença é provocada por fungos. Quanto antes for diagnosticada, melhor. Por isso é importante correr para o médico assim que houver uma suspeita. Se a causa for viral, a única coisa a se fazer é tratar os sinto- mas. No caso da bacteriana, o tratamento é realizado por meio de antibiótico introduzido diretamente na veia. O paciente fica interna- do por aproximadamente uma semana. No outono e no inverno, o ideal seria evitar aglo- merações em locais fechados, que facili- tam a proliferação de microorganismos. Para imunização contra a bactéria hemofi- lus influenza tipo B, uma das principais cau- sas de meningite em crianças menores de 5 anos, basta procurar um posto de saúde público, já que ela faz parte do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Existem também vacinas antipneu- mocócicas e antimeningocócicas, mas elas são encontradas somente em clínicas pri- vadas. O Ministério da Saúde estuda a pos- sibilidade de acrescentar uma delas em seu calendário oficial. Bronquiolite Falta de ar, chiado no peito, respiração ofegante, tosse seca, secreção nasal (no começo, o catarro tem cor e textura se- melhantes às da clara de ovo), febre bai- xa. Caracteriza-se por uma inflamação nos bronquíolos, estruturas que se ramificam a partir dos brônquios para transportar o ar até os pulmões. O problema costuma atacar crianças de até seis anos de idade — especialmente os recém-nascidos. A maioria dos casos é causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que entra pe- las vias respiratórias e consegue viajar até os bronquíolos, destruindo as células que os revestem. Para se defender, o sistema imune dispara um processo inflamatório. Isso faz com que essas estruturas fiquem inchadas e recheadas de secreção. Re- sultado: o ar passa por ali com muita difi- culdade. Pessoas acima de 60 anos tam- bém são mais suscetíveis à doença, que às vezes é acompanhada de pneumonia. Nesses casos, o motivo pode ser desde uma infecção viral ou bacteriana a um con- tato com substâncias químicas. Os médi- cos costumam recorrer à inalação e ao uso de remédios antivirais. Se o problema já está mais avançado e propicia uma in- fecção por bactérias, entram em ação os antibióticos. Para conter o processo infla- matório, também são convocados medi- camentos à base de corticóide. Muitas vezes, é preciso que a criança (ou o adul- to) fique internada até se recuperar. Ainda não há vacina que combata o vírus sinci- cial respiratório (VSR). Para diminuir o ris- co de contrair o problema, é importante manter o organismo hidratado bebendo muito líquido. Outra medida é deixar o na- riz sempre limpo — você pode higienizá- lo com o próprio soro fisiológico. Evitar exposição a aglomerações, como esta- ções de metrô ou creches, também ajuda a manter o vírus à distância. Otite Dor de ouvido e febre. O problema que aflige principalmente a criançada é uma in- flamação numa porção mais interna do ou- vido, a chamada orelha média. Ela surge quando vírus ou bactérias que penetram as vias respiratórias conseguem migrar para a orelha. Os agentes por trás da gripe e do resfriado e a bactéria pneumococo, que também causa a pneumonia, estão entre os principais vilões. Num quadro de otite, o processo inflamatório vem acompanhado do acúmulo de secreções purulentas e, cla- ro, das dores. É preciso combater o micro- organismo que disparou o problema. As- sim, se a otite foi uma complicação de uma gripe, deve-se ficar de olho no vírus influen- za, usando, se necessário, drogas antivi- rais, analgésicos e anti-inflamatórios — tudo sob orientação médica. Caso bactérias es- tejam por trás da encrenca, a ordem é re- correr aos antibióticos. Crianças vacinadas contra a gripe correm menos risco de de- senvolver otite. Manter as vias aéreas sem- pre limpas, aplicando, por exemplo, o soro fisiológico no nariz também evita o proble- ma no ouvido, já que se protege a porta de entrada para vírus e bactérias. Para preve- nir a infecção pela bactéria pneumococo, a recomendação é tomar uma vacina, a 7- valente, que livra o organismo de sete va- riações da dita cuja. O imunizante, que ain- da não está na cartilha oficial de vacinação, deve ser aplicado em quatro doses (aos 2, 4 e 6 meses de idade e com um reforço aos 15 meses).

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As Doenças do InvernoAs Doenças do InvernoAs Doenças do InvernoAs Doenças do InvernoAs Doenças do InvernoInverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo.Inverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo.Inverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo.Inverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo.Inverno... É quando a temperatura baixa e diversas doenças passam a atormentar o organismo.

O sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de genteO sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de genteO sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de genteO sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de genteO sistema respiratório é o principal alvo de vírus e bactérias, que aproveitam os locais fechados e cheios de gentepara se espalharpara se espalharpara se espalharpara se espalharpara se espalhar. Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como pr. Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como pr. Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como pr. Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como pr. Conheça algumas das doenças mais comuns do inverno e saiba como preveni-las.eveni-las.eveni-las.eveni-las.eveni-las.

Gripe

Febre alta, tosse, secreção nasal, dorde garganta, dor de cabeça e pelo corpo,cansaço físico. Gripe! É um problema res-piratório causado pelo vírus influenza. Aocontrário do que muita gente pensa, não temnada a ver com o resfriado, cujos sintomassão mais leves. O influenza consegue seapoderar de células das vias aéreas e, paraconter essa invasão, o sistema imune re-cruta anticorpos e dispara uma baita rea-ção inflamatória. No final das contas, não éapenas o aparelho respiratório que sente oataque — o corpo inteiro padece de dores edaquela sensação de moleza.

O impacto da agressão varia de acor-do com as condições do hospedeiro — nãopor menos, a gripe costuma ser mais ne-fasta para os bebês e para quem já passoudos 70 anos. São adotados remédios queatenuam os sintomas, como os antitérmi-cos, os analgésicos e os descongestionan-tes nasais. Depois de avaliar o caso, omédico pode receitar apenas repouso ourecorrer também a antivirais, cuja função éjustamente exterminar o influenza. Casosmais graves exigem internação para evitarcomplicações como pneumonias.

Lavar sempre muito bem as mãos,evitar o contato com pessoas com sinto-mas da gripe e, se possível, não frequentarlocais apinhados de gente, como shopping,cinemas e aeroportos – todas essas ações

contribuem para frear o contágio. Uma me-dida excelente, recomendada, sobretudo àcrianças pequenas e idosos, é tomar a va-cina. Ela ensina o sistema imune a criarum pelotão atento, capaz de desmobilizar oataque do influenza.

Meningite

Febre, dor de cabeça, fotofobia, vômito,pescoço rígido e manchas roxas no corpo.Nas crianças, os mais comuns são febreou hipotermia - queda de temperatura – erecusa alimentar. É a inflamação das me-ninges, finíssimas membranas que reves-tem o cérebro e a medula espinhal. Quan-do desencadeado por bactérias, o proble-ma costuma ser mais grave do que suaversão viral. Entre as mais comuns está ahemofilus influenza do tipo B (a vacina con-tra essa bactéria é contemplada pelo calen-dário nacional de vacinação do governo). Achamada meningocócica evolui rapidamen-te. Já a pneumocócica, outro tipo bacteria-no comum, pode surgir depois de uma si-nusite ou uma otite, por exemplo, já que àsvezes é causada pelo mesmo micróbio quedesencadeia essas inflamações. Existemainda casos menos frequentes em que adoença é provocada por fungos. Quantoantes for diagnosticada, melhor. Por isso éimportante correr para o médico assim quehouver uma suspeita. Se a causa for viral,a única coisa a se fazer é tratar os sinto-mas. No caso da bacteriana, o tratamento é

realizado por meio de antibiótico introduzidodiretamente na veia. O paciente fica interna-do por aproximadamente uma semana. Nooutono e no inverno, o ideal seria evitar aglo-merações em locais fechados, que facili-tam a proliferação de microorganismos.Para imunização contra a bactéria hemofi-lus influenza tipo B, uma das principais cau-sas de meningite em crianças menores de5 anos, basta procurar um posto de saúdepúblico, já que ela faz parte do ProgramaNacional de Imunizações do Ministério daSaúde. Existem também vacinas antipneu-mocócicas e antimeningocócicas, mas elassão encontradas somente em clínicas pri-vadas. O Ministério da Saúde estuda a pos-sibilidade de acrescentar uma delas em seucalendário oficial.

Bronquiolite

Falta de ar, chiado no peito, respiraçãoofegante, tosse seca, secreção nasal (nocomeço, o catarro tem cor e textura se-melhantes às da clara de ovo), febre bai-xa. Caracteriza-se por uma inflamação nosbronquíolos, estruturas que se ramificama partir dos brônquios para transportar oar até os pulmões. O problema costumaatacar crianças de até seis anos de idade— especialmente os recém-nascidos. Amaioria dos casos é causada pelo vírussincicial respiratório (VSR), que entra pe-las vias respiratórias e consegue viajar atéos bronquíolos, destruindo as células que

os revestem. Para se defender, o sistemaimune dispara um processo inflamatório.Isso faz com que essas estruturas fiqueminchadas e recheadas de secreção. Re-sultado: o ar passa por ali com muita difi-culdade. Pessoas acima de 60 anos tam-bém são mais suscetíveis à doença, queàs vezes é acompanhada de pneumonia.Nesses casos, o motivo pode ser desdeuma infecção viral ou bacteriana a um con-tato com substâncias químicas. Os médi-cos costumam recorrer à inalação e aouso de remédios antivirais. Se o problemajá está mais avançado e propicia uma in-fecção por bactérias, entram em ação osantibióticos. Para conter o processo infla-matório, também são convocados medi-camentos à base de corticóide. Muitasvezes, é preciso que a criança (ou o adul-to) fique internada até se recuperar. Aindanão há vacina que combata o vírus sinci-cial respiratório (VSR). Para diminuir o ris-co de contrair o problema, é importantemanter o organismo hidratado bebendomuito líquido. Outra medida é deixar o na-riz sempre limpo — você pode higienizá-lo com o próprio soro fisiológico. Evitarexposição a aglomerações, como esta-ções de metrô ou creches, também ajudaa manter o vírus à distância.

Otite

Dor de ouvido e febre. O problema queaflige principalmente a criançada é uma in-

flamação numa porção mais interna do ou-vido, a chamada orelha média. Ela surgequando vírus ou bactérias que penetram asvias respiratórias conseguem migrar paraa orelha. Os agentes por trás da gripe e doresfriado e a bactéria pneumococo, quetambém causa a pneumonia, estão entreos principais vilões. Num quadro de otite, oprocesso inflamatório vem acompanhadodo acúmulo de secreções purulentas e, cla-ro, das dores. É preciso combater o micro-organismo que disparou o problema. As-sim, se a otite foi uma complicação de umagripe, deve-se ficar de olho no vírus influen-za, usando, se necessário, drogas antivi-rais, analgésicos e anti-inflamatórios — tudosob orientação médica. Caso bactérias es-tejam por trás da encrenca, a ordem é re-correr aos antibióticos. Crianças vacinadascontra a gripe correm menos risco de de-senvolver otite. Manter as vias aéreas sem-pre limpas, aplicando, por exemplo, o sorofisiológico no nariz também evita o proble-ma no ouvido, já que se protege a porta deentrada para vírus e bactérias. Para preve-nir a infecção pela bactéria pneumococo, arecomendação é tomar uma vacina, a 7-valente, que livra o organismo de sete va-riações da dita cuja. O imunizante, que ain-da não está na cartilha oficial de vacinação,deve ser aplicado em quatro doses (aos 2,4 e 6 meses de idade e com um reforçoaos 15 meses).