Ed 30 Set/Out 2012
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1sindiavipar.com.br |
Diretoria
Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Alfredo KaeferSecretário: Roberto Pecoits Tesoureiro:João Roberto Welter Diretores Efetivos:Claudemir R. Bongiorno e Roberto KaeferDiretores Suplentes:Sidney D. Bottazzari, Ciliomar Tortola, Ivan Lima, Paulo C. Felipe, Dilvo Grolli e Valter PitolConselho Fiscal Efetivos:Mário F. Camargo e Célio B. Martins Filho Conselho Fiscal Suplentes:Paulo Karakida, Evaldo Ulinski e Osvaldo F. JuniorDelegado Representante Efetivo: Domingos Martins e Pedrinho Furlan Suplentes:Cláudio de Oliveira e Paulo César M. T. Cordeiro
Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | www.sindiavipar.com.br [email protected]
Ed. nº 30 - Set/Out 2012
As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.
É com muito orgulho que escrevo o editorial desta 30ª Revista Avicultura do
Paraná, um importante veículo para a difusão de informações da nossa cadeia. Outro
motivo de comemoração é que em novembro o Sindiavipar completa 20 anos de atu-
ação em prol das indústrias avícolas paranaenses, cumprindo a vocação da nossa enti-
dade.
Recentemente, esteve em campo a Expedição Avicultura, levantamento
técnico-jornalístico do Agronegócio Gazeta do Povo, que mapeou a atividade e deba-
teu sua variáveis. A iniciativa, que contou com o apoio técnico do Sindivipar, percorreu
os principais polos produtivos do estado para traçar um diagnóstico do setor, apon-
tando soluções e oportunidades, inclusive em momentos turbulentos como este.
Temos acompanhado de perto qualquer situação que possa impactar na nossa
cadeia. Na busca por alternativas para minimizar o aumento das commodities, assim
como durante a greve dos fiscais agropecuários, o Sindiavipar junto com outras enti-
dades do setor vem articulando frente ao governo a adoção de medidas para resguar-
dar esta que é uma atividade tão importante socioeconomicamente.
A avicultura tem feito sua lição de casa, esperamos agora que o governo faça a
sua parte. O 2° Workshop Sindiavipar, evento
técnico-científico voltado para as indústrias aví-
colas, bateu recorde de público, reunindo quase
150 participantes. A participação em peso nos
faz ver que juntos estamos trilhando o caminho
certo para driblar quaisquer obstáculos: busca
constante por capacitação, inovação e quali-
dade.
Uma ótima leitura!Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Avicultura do Paraná, escreva para nós:[email protected].
No caminho certo
Fale conosco
Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar
Editorial
ExpedienteRevista Avicultura do Paraná
Produção:
CNC Comunicação
cnccomunicacao.com.br
Jornalista responsável:
Guilherme Vieira (MTB-PR: 1794)
Editora-chefe:
Cecilia Gibson (MTB-PR: 6472)
Reportagem:
Bruna Robassa, Cecilia Gibson, Danielle
Rodrigues e Karina Kanashiro
Colaboração:
Camila Barbieri, Mariana
Macedo, Patricia Herman
e Rogério Ferreira
Design e diagramação:
Cleber Brito
Marketing:
Mônica Fukuoka
Impressão:
Maxi Gráfica
selo SFC
Foto
: Div
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ção
Foto
: AEN
oti
cias
Espaço Sindiavipar.............................06
Radar...................................................08
Agenda.................................................. 10
Observatório........................................10
Capacitação.........................12
Entrevista.............................................14
Evento..................................................16
Ciência................................................... 18
Mundo...................................................19
Bem-estar animal...............................20
Oportunidades....................................22
Capa..................................... 24
Insumos.................................................30
Fiep........................................................32
Legislação............................33
Pesquisa e tecnologia......................34
Artigo técnico......................................36
Ubabef...................................................37
Seab-PR.................................................38
Nutrição...............................................40
Associados...........................42
Notas e registros.................................44
Estatísticas...........................................46
Artigo motivacional ..........................48
Culinária................................................50
RAIO-XO setor avícola foi alvo de um mapeamento detalhado da Expedição Avicultura. A equipe técnico -jornalística rodou 5 mil km pelos prin-cipais polos de produção do Paraná entre julho e agosto deste ano.
NOVIDADECocari inaugura no mês de ou tubro sua nova uni-dade in dustrial avícola em Man daguari. Com 32.500 m² de área construída, o empreendimento irá gerar 1.500 empregos diretos e 6 mil indiretos.
24 Capa
42 Associados
WORKSHOPA 2ª edição do Workshop Sindiavipar reuniu qua-se 150 profissionais das áreas técnicas das indús-trias avícolas. O evento contou com a presença de palestrantes nacio-nais de alto nível.
14 Capacitação
GENÉRICOSComeça a vigorar a lei dos genéricos de uso ve -terinário. O Ministério da Agricultura será responsá-vel pelo registro e acom-panhará desde a fabrica-ção até o emprego dos medicamentos.
33 Legislação
Seções
Colaboração:
Camila Barbieri, Mariana
Macedo, Patricia Herman
e Rogério Ferreira
Design e diagramação:
Cleber Brito
Marketing:
Mônica Fukuoka
Impressão:
Maxi Gráfica
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6 | sindiavipar.com.br
JULHO
AGOSTO
23/08: Reunião na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab-PR). Objetivo: buscar soluções para
amenizar a crise no setor e envio de solicitações para o ministro da Agricultura. Participantes: representantes de ban-
cos (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, BRDE) e representantes da cadeira avícola (Sindiavipar, Ocepar e Faep).
09/07: Reunião no Centro de Eventos da Federação das In-
dústrias do Paraná (Fiep) do Conselho Temático Infraestrutura
– Porto de Paranaguá.
20/07: Reunião da Câmara de Mercado na sede da União
Brasileira de Avicultura (Ubabef) em São Paulo, presidida por
Domingos Martins, também presidente do Sindiavipar. Objeti-
vo: análise de conjuntura e projeções de exportação.
24/07: Café da manhã de lançamento da Expedição Avicul-
tura Gazeta do Povo em Curitiba. Participantes: Domingos
Martins e autoridades.
31/07: Reunião com a assessoria jurídica da Fiep. Assunto:
Avaliação e documentação sobre greve dos fiscais do Porto
de Paranaguá. Participante: Célio Roberto de Morais, assessor
jurídico da Fiep.
13/08: Apoio para reunião e treinamento da Brasil Foods no salão de reuniões do Sindiavipar.
06/07: Reunião na sede do Sindiavipar com o coordenador
do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa-PR), Humber-
to Schiffer Cury. Objetivo: Avaliar pedido de extratificação do
prazo para a Certidão de Registro da Avicultura Comercial.
19 e 20/07: Conferência Internacional do Eurofins em In-
daiatuba. Participante: Nickeli Rossi Wolf, da Globoaves, re-
presentando o Sindiavipar (Comissão Temática de Meio Am-
biente).
24/07: Reunião na sede da Fiep do Conselho Temático Meio
Ambiente e Recursos Naturais. Participantes: Fábio do Grupo
GTFoods, Nickeli Rossi Wolf e De Bonna da Globoaves. Objeti-
vo: revisão da Resolução SEMA 54/2006.
26/07: Reunião do Comitê de Entidades Estaduais na Uba-
bef. Assuntos: registro de granjas, salmonelose, laringotra-
queíte, etc.
Espaço Sindiavipar
6 | sindiavipar.com.br
01/07: Recebimento de informações da Associação dos Fis-
cais da Defesa Agropecuária do Estado do Paraná (Afisa-PR)
sobre greve de funcionários do Departamento de Fiscalização
e Defesa Agropecuária (Defis).
03/07: Reunião na sede do Sindiavipar com representantes
da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Parti-
cipantes: Inácio Kroetz, diretor-presidente da Adapar; Silmar
Pires Bürer, chefe de gabinete da Adapar; Icaro Fiechter, dire-
tor-executivo do Sindiavipar; e representantes de empresas
do setor. Objetivo: Apreciação das atividades da autarquia,
bem como alinhar as ações público-privadas na área de sa-
nidade.
7
05 a 09/08: Participação do Sindiavipar no Congresso Mun-
dial de Avicultura (WPC) em Salvador (BA).
24/08: II Workshop Sindiavipar em Foz de Iguaçu.
Espaço Sindiavipar
Em busca de soluções
Canal aberto
Estreio nesta edição da Re-
vista Avicultura do Paraná este es-
paço para compar t ilhar as v isões
técnicas, logíst icas e de mercado
acompanhadas por este sindicato
patronal , que tem como objet ivo
máximo representar e defender os
interesses das indústr ias avícolas
paranaenses.
Especialmente nos últ i -
mos meses passamos por situa-
ções que nos exig iram uma maior
ar t iculação com o governo, com os
bancos e com entidades nacionais
v isando minimizar os impactos do
aumento do preço dos insumos.
E esta é apenas uma situa-
ção que acompanhamos de per to.
As ações do Sindiavipar são dire-
cionadas aos nossos associados,
e por isso é de suma impor tância
que as indústr ias mantenham con-
tato frequente com o sindicato
para apontar suas necessidades.
Reforço que estamos aber-
tos a receber solicitações, dúvidas
e demandas de todos os nossos
associados a qualquer momento.
Essa comunicação de mão dupla é
de extrema impor tância para toda
a cadeia. É essa união que faz e
manterá o Paraná como maior pro-
dutor e expor tador de frango do
Brasil !
ICARO FIECHTERDiretor executivo do [email protected]
7sindiavipar.com.br |
8 | sindiavipar.com.br
Radar
Neste mês de agosto, a Revista do Sindica-
to das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do
Paraná (Sindiavipar) comemora sua trigésima edição.
Desde setembro de 2007, a revista tem como meta
promover a avicultura no estado do Paraná.
Notícias do mercado, legislação, agenda, ob-
servatório, entrevista com nomes consagrados no se-
tor, artigos técnicos, estatísticas, matérias especiais,
e receitas culinárias são os grandes destaques da pu-
blicação.
Intermediar o bom relacionamento entre as
indústrias produtoras e representantes do governo,
almejando maior representatividade da avicultura
paranaense no cenário brasileiro é um dos objetivos
do Sindiavipar e a revista exerce importante papel
neste quesito.
Para mais informações e conferir a versão online da revista, acesse: sindiavipar.com.br.
Revista da Avicultura do Paranácompleta 30 edições
Prezados senhores, acusamos recebimento da publica-ção Avicultura PR nº 29. Agradecemos e temos certeza de que as informações nela contidas contribuirão para um melhor atendimento aos nossos usuários. Certo de po-dermos contar com novos envios, a Biblioteca Nacional de Agricultura agradece mais uma vez e nos colocamos a disposição para qualquer esclarecimento.
Luiza | Brasília/DF
Resposta:
Olá, Luiza. Agradecemos o retorno e estaremos repassando
a mensagem ao expediente da publicação. Esteja certa de
que continuaremos com a missão de levar informação de
qualidade sobre toda a cadeia avícola do estado do Paraná
aos nossos leitores.
Carta do leitor
PROMOÇÃO AGROSTOCK
9sindiavipar.com.br |
Quer divulgar seu evento aqui? Entre em contato conosco pelo e-mail
[email protected] ou ligue (41) 3224-8737.
Data: 10 a 14 de outubro Local: Toledo (PR)Realização: AavioparE-mail: [email protected]ções: (45) 3055-2410Site: toledo.pr.gov.br
Data: 21 a 23 de novembro Local: Jaboticabal (SP)Realização: Funep e FCAV UnespE-mail: [email protected] Informações: (16) 3209-1303Site: funep.org.br/eventos
Data: 21 a 23 de novembro Local: Bento Gonçalves (RS)Realização: Asgav, Sips e SindilatE-mail: [email protected]ções: (51) 3076-7002Site: avisulat.com.br
1º Simpósio Estadual de Avicultura
IV Simpósio de Qualidade da Carne
Avisulat 2012
Data: 21 e 22 de novembroLocal: Maringá (PR)Realização: UnifrangoE-mail: [email protected] Informações: (44) 3031-2057Site: unifrango.com/eventos
Agenda
VI Encontro Técnico Unifrango
O Brasil poderá ter uma exportação recorde de soja na
temporada 2013/2014 chegando a 37,5 milhões de toneladas, caso
se confirme a grande safra esperada para o país. A estimativa é da
Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Na temporada 2012/2013, a Abiove prevê exportação de
30,5 milhões de toneladas, sendo que a maior parte desse volume
já foi embarcada. Entre janeiro e julho, o Brasil já exportou 27,5
milhões de toneladas, segundo dados do governo.
Para próxima safra com colheita no início de 2013, a Abio-
ve projeta uma produção recorde de 81,3 milhões de toneladas, o
que superaria de longe a anterior, de 66,6 milhões de toneladas e
permitiria a exportação recorde no ano industrial 2013/2014. Para
a Abiove, a temporada
2013/2014 poderá ter
recorde de processa-
mento chegando a 38,5
milhões de toneladas,
ante 35,3 milhões em
2012/2013.
A estimativa
da associação está em
linha com a de analis-
tas privados e com a
previsão do Departa-
mento de Agricultura
dos Estados Unidos
(USDA, na sigla em
inglês).
A revista do Sindiavipar agora é certificada pelo selo FSC - Fo-
rest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal). Trata-se de
uma certificação florestal que comprova que a madeira utilizada nas
páginas da publicação é oriunda de um processo produtivo manejado
de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economica-
mente viável, de acordo com o cumprimento de todas as leis vigentes.
Revista Avicultura PR conquista selo FSC
Exportação recordede soja
11sindiavipar.com.br |
Observatório
11sindiavipar.com.br |
A Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra)
comemorou no dia 28 de julho seu aniversário de seis anos de
fundação. O evento foi realizado após reunião da Assembleia
Geral, em Brasília, que contou com a presença de associados,
autoridades governamentais, entidades, imprensa e outros
convidados.
Na Assembleia Geral foram apresentados os resulta-
dos do primeiro semestre deste ano e os planos para o segun-
do semestre. O presidente da ABRA, Clênio Gonçalves, enfa-
tizou a evolução da associação desde a sua criação e ainda
considerou que a ABRA tem cumprido o principal objetivo.
“Hoje estamos em um patamar de oportunidades
bem mais amplos do que antes nos era dado. A ABRA está no
caminho certo, cumprindo a representação, além da união e o
desenvolvimento do setor”, comenta Gonçalves.
Após mais de um mês de greve, os
fiscais agropecuários federais retomaram
suas atividades no começo de setembro.
A categoria aceitou o reajuste salarial de
15,8%, parcelado em três anos proposto
pelo governo federal. Haverá ainda ajustes a
partir de janeiro de 2013, quando a remune-
ração dos fiscais passará a ser na modalida-
de de subsídio.
Em agosto parte dos servidores foi
obrigada a retornar ao trabalho por determi-
nação do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
para garantir a execução dos serviços indis-
pensáveis à população.
A paralisação dos fiscais agropecu-
ários vinha preocupando alguns setores do
agronegócio e atrasando exportações e im-
portações.
Dados divulgados pelo Banco Central
(BC) apontam que, em julho, o setor produtivo da
economia brasileira atraiu em julho US$ 8, 42 bi-
lhões em invest imento estrangeiro. O resultado é
o maior para essa época do ano segundo a sér ie
histór ica do BC , iniciada em 1995; e superou a ex-
pectat iva do órgão que era de US$ 7 bilhões. Em
julho de 2011, o Invest imento Estrangeiro Direto
(IED) , indicador de confiança do mercado na eco-
nomia brasileira , f icou em US$ 5,98 bilhões.
De acordo com pesquisa das Nações Uni-
das, pela pr imeira vez, as quatro pr incipais eco-
nomias emergentes estão entre as cinco mais ci-
tadas como dest inos atrat ivos de invest imento
pelas pr incipais empresas transnacionais no pe-
r íodo 2010 -2012.
Para o ano, a projeção do BC é que sejam
invest idos no País US$ 50 bilhões. Nos últ imos
doze meses (encerrados em julho) , os ingressos
líquidos de IED somaram US$66,3 bilhões, equi-
valentes 2,77% do PIB .
Abra comemora 6 anos
Fiscais agropecuários federais encerram a greve
Brasil atrai US$ 8,4 bilhões
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12 | sindiavipar.com.br
PRESENÇAQuase 150 profissionais do setor
acompanharam a programação
PRESENÇAQuase 150 profissionais do setor
acompanharam a programação
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: Sin
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Capacitação
O 2° Workshop Sindiavipar, rea-
lizado no último dia 24 de agosto, em Foz
do Iguaçu, bateu recorde de participação
nesta edição, contando com a expressiva
participação de quase 150 profissionais
das áreas técnicas das indústrias avíco-
las. O evento, que debate aspectos re-
lacionados à avicultura de corte, é uma
realização do Sindicato das Indústrias de
Produtos Avícolas do Estado do Paraná
(Sindiavipar).
“O objetivo é proporcionar aos
profissionais a oportunidade de atualizar
e ampliar seus conhecimentos, para que
tenham maior capacidade de lidar com
diferentes aspectos técnico-científicos
na sua rotina de trabalho, além de possi-
bilitar a troca de experiências”, comenta
o presidente do Sindiavipar, Domingos
Martins, lembrando que a escolha dos te-
mas teve como ponto de partida uma pes-
quisa junto aos associados da entidade.
Programação A primeira palestra do dia,
com o diretor de produção da União
Brasileira de Avicultura (Ubabef) e
pós-doutor pela Universidade de
Arkansas nos Estados Unidos, Ariel
Mendes, tratou da necessidade da
adoção do sistema de compartimen-
tação para a avicultura brasileira.
Na sequência o doutor em Medicina
Veterinária Preventiva Fernando Bu-
chala abordou aspectos da doença
laringotraqueíte, enquanto o pós-
doutor em Microbiologia Veterinária
Alberto Back falou sobre a salmone-
la.
No período da tarde a douto-
ra em Zootecnia Heloisa Mello expla-
nou os benefícios do bem-estar du-
rante o período de incubação para a
plena expressão do potencial gené-
tico. Já a nutrição durante a primeira
semana de vida e seus impactos na
fase adulta foi tema da palestra do
PhD em Nutrição Mário Penz. Por fim,
o especialista em Ciências Aviárias
José Luiz Januário tratou de aspectos
práticos da ambiência em aviários.
“Os palestrantes elogiaram
o conteúdo e o número de partici-
pantes, indicando o grande interesse
das empresas ao liberar os técnicos
para o evento”, comenta Icaro Fie-
chter, diretor executivo do Sindiavi-
par.
O evento contou também
com uma apresentação do diretor-
presidente da Agência de Defesa
Agropecuária do Paraná (Adapar),
Inácio Kroetz, que atualizou os par-
ticipantes a respeito da metodologia
de trabalho, a estrutura disponível e
as prioridades da autarquia no seg-
mento avícola, buscando ampliar o
Recorde de público2° Workshop Sindiavipar reuniu 150 profissionais para debater aspectos técnico-científicos
PESOEvento reuniu palestrantes de alto nível técnico-científico
Foto
: Sin
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ar
Capacitação
alinhamento entre as ações de sani-
dade realizadas nas esferas pública e
privada.
“Este é de fato o mais com-
pleto evento técnico-científico da
avicultura no Paraná, com a presença
de palestrantes nacionais de alto ní-
vel. Tanto que a Adapar está presen-
te com uma equipe de 12 pessoas.
Eu mesmo fiz questão de vir no dia
anterior para conseguir acompanhar
a programação completa”, afirmou
Kroetz. A Organização das Coopera-
tivas do Paraná (Ocepar) também le-
vou uma equipe de 23 profissionais
ao evento.
Em paralelo ao workshop foi
realizada ainda uma reunião da Câ-
mara de Mercado Interno da Ubabef,
presidida por Martins, que contou
com a participação de empresários
do setor para discutir questões con-
junturais.
Homenagens O Sindiavipar aproveitou a
ocasião para homenagear o médico
veterinário Itamar Ferrari pelo tra-
balho desenvolvido no Comitê Esta-
dual de Sanidade Avícola do Paraná
(Coesa-PR), que coordenou até o co-
meço de março. A Copacol também
foi homenageada pela liberação de
seu funcionário para as atividades.
“São iniciativas como essa que ga-
rantem o crescimento e a consolida-
ção na avicultura paranaense”, avalia
o presidente do Sindiavipar.
Próxima edição A terceira edição do Workshop
Sindiavipar já tem data prevista para
acontecer: agosto de 2014.
AGRADECIMENTOMartins entrega placa para Ferrari
Foto
: Sin
dia
vip
ar
14 | sindiavipar.com.br
Entender qual o estado assu-
mido pelo animal diante do ambiente,
esse é o objetivo de estudar o bem-estar
animal na avicultura. E a importância
dessas pesquisas não se dá apenas pela
recente convicção dos consumidores de
que os animais utilizados na produção
de alimentos devem ser bem tratados,
mas também porque o bem-estar inter-
fere na qualidade final do produto.
A Revista Avicultura do Paraná
conversou sobre esse tema com a
pesquisadora Heloisa Helena de
Carvalho Melo, professora na área
de Zootecnia da Universidade Fe-
deral de Goiás, que falou sobre o
bem-estar ainda durante o período
de incubação, assunto de sua pales-
tra no 2° Workshop Sindiavipar, rea-
lizada em parceria com a professora
Elisabeth Gonzales, da faculdade de
Medicina Veterinária e Zootecnia da
Universidade Estadual Paulista de
Botucatu.
Revista Avicultura do Pa-raná - Qual a importância de cuidar do bem-estar animal durante o processo de incu-bação? Heloisa Helena de Carvalho
Melo - Em qualquer setor de pro-
dução animal cuidar do bem-estar
é não só uma exigência do mercado
consumidor, mas também é garantir
que os animais preservem a homeosta-
sia fisiológica, ou seja, que consigam re-
gular as reações do seu corpo mediante
fatores externos. Essa condição possi-
bilita aos animais economizar a energia
que será utilizada para a produção e não
para restabelecer a homeostasia. Outro
aspecto refere-se ao animal que não
poderá ser utilizado para a produção
por apresentar algum problema físico
ou sanitário. Esse animal deve sofrer o
mínimo possível e ser submetido a uma
eutanásia que não o faça sofrer.
Com relação à incubação, a
homeostasia térmica durante o desen-
volvimento embrionário possibilita a
obtenção de taxas de eclosão superio-
res e maior percentual de neonatos de
excelente qualidade. Entretanto, em
todo o nascimento haverá também certo
percentual de ovos não eclodidos com
pintos vivos e neonatos defeituosos
que merecerem ser submetidos rapida-
mente a um sistema de eutanásia sem
sofrimento.
Cuidando do bem-estar na in-
cubação, utilizando máquinas que for-
neçam condições adequadas de tempe-
ratura ao desenvolvimento embrionário
e mantendo um sistema de eutanásia
humanitária, pode-se conseguir melho-
res índices produtivos e atender à de-
manda dos consumidores.
Existem pesquisas que compro-vem a efetividade dos cuidados com o bem-estar animal? A quantificação do bem-estar
animal não é uma tarefa fácil. Os pes-
quisadores podem inferir que um animal
está sob condição de bem-estar animal
ao verificar se os 5 F’s, ou 5 liberdades
Bem-estar animal na incubaçãoCuidados com as aves ajudam a alcançar o máximo de seupotencial genético
Entrevista
14 | sindiavipar.com.br
15sindiavipar.com.br |
Cuidando do bemestar na incubação podese conseguir melhores índices
produtivos e atender à demanda dos
consumidores
Entrevista
estão sendo proporcionadas ao animal
(alimentação saudável; conforto e abri-
go apropriados; prevenção ou diagnósti-
co e tratamento rápido de doenças e in-
festações; ausência de medo e estresse,
inclusive na hora do abate; criação em
um espaço que promova o comporta-
mento natural da espécie).
Além disso, a mensuração de
produtividade é um indicativo das con-
dições as quais os animais foram sub-
metidos. Animais produzidos sem a
presença de fatores estressantes têm o
seu metabolismo ocorrendo de forma
normal e, por consequência, apresentam
melhor desempenho e comportamentos
considerados normais para a espécie.
Isso já tem sido comprovado através de
várias pesquisas científicas. Entretanto,
muitas pesquisas fisiológicas e compor-
tamentais ainda precisam ser desen-
volvidas, principalmente com aves, que
possam esclarecer se os sistemas ado-
tados para melhorar o bem-estar animal
são realmente efetivos.
Antes os cuidados com o bem-es-tar só existiam depois da eclo-são. Por que hoje esse cuidado é antecipado? A incubação corresponde a um
período importante na vida útil do fran-
go de corte: cerca de 39%, considerando
22 dias pré-eclosão e mais 35 dias até o
abate. É de suma importância que duran-
te o processo de incubação os embriões/
fetos estejam submetidos à condição de
bem-estar, principalmente térmica, para
a obtenção de neonatos robustos o sufi-
ciente para resistirem ao meio ambiente
de criação e atingirem o máximo do seu
potencial genético de ganho de peso.
Após a importante e necessária
fase de expansão da avicultura indus-
trial, na qual o principal objetivo era pro-
duzir muitos pintos, mais carne, melhor
qualidade e preços acessíveis à popula-
ção, está na hora de se perguntar se os
sistemas de produção de pintos podem
ser aprimorados, melhorando a produti-
vidade e ao mesmo tempo o bem-estar
dos embriões/fetos em desenvolvimen-
to e das aves no período pós eclosão.
Qual o tipo de incubação é mais indicado para atender o bem-es-tar dos embriões? Por quê? De acordo com dados de pes-
quisas recentes, pode-se concluir que as
máquinas de incubação de estágio único
têm sido mais favoráveis para atender o
bem-estar dos embriões.
No início do processo de in-
cubação, o calor produzido pelo meta-
bolismo dos embriões não é suficiente
para manter sua temperatura corporal.
Desta forma, a máquina precisa forne-
cer calor aos embriões. A medida que os
embriões se desenvolvem, o calor pro-
duzido pelo seu metabolismo é maior do
que a temperatura necessária, portanto
ele precisa perder calor para o meio am-
biente. Neste momento a máquina deve
ser capaz de ajudar na retirada desse
calor.
Quando todos os embriões
dentro da máquina possuem a mesma
idade e, portanto, o mesmo estágio de
incubação e mesma demanda de calor,
é possível controlar a temperatura da
máquina de acordo com a demanda dos
embriões. Desta forma, garante-se que
os embriões não sofram estresse tér-
mico, por frio ou calor, proporcionando
a eles situação de bem-estar. Este con-
trole adequado da temperatura não é
conseguido nas máquinas de estágio
múltiplo, onde há embriões em diferen-
tes estágios de desenvolvimento e com
diferentes demandas de temperatura.
Essa técnica já é a mais utili-zada ou ainda é muito cara ou complexa para ser difundida amplamente? A incubação em estágio único
foi o primeiro método adotado na avi-
cultura industrial. Com a necessidade
de aumento de produção de aves que
ocorreu no mundo todo, a incubação em
estágio múltiplo difundiu-se não só para
atender a demanda, mas também para
minimizar o custo com energia. Entre-
tanto, novas tecnologias de construção
de máquinas de incubação possibilita-
rão o uso de máquinas, se não as mais
econômicas do ponto de vista energéti-
co, pelo menos as mais produtivas.
Modificar os atuais incubató-
rios que possuam máquinas de estágio
múltiplo para estágio único vai depen-
der muito da necessidade de expansão.
Evidentemente, alterar a estrutura ope-
racional de um incubatório depende da
vontade técnica da empresa, dos custos,
da adequação das instalações às novas
máquinas e da qualidade das máquinas
aprimoradas constantemente do ponto
de vista técnico.
15sindiavipar.com.br |
16 | sindiavipar.com.br
Evento
Maior exportador mundial de car-
ne de frango, com 41% do volume expor-
tado, o Brasil foi após 34 anos novamente
sede do Congresso Mundial de Avicultura, o
World’s Poultry Congress (WPC), que acon-
teceu de 5 a 9 de agosto no Centro de Con-
venções de Salvador, na Bahia.
Considerado o mais importan-
te evento voltado à difusão de ciência e
tecnologias para a avicultura no mundo, o
WPC 2012 reuniu representantes de mais
de 90 países na capital baiana para apre-
sentar e discutir as mais atuais questões da
avicultura.
O congresso é uma realização da
Associação Mundial de Ciências Avícolas
(WSPA, na sigla em inglês), representada
no Brasil pela Fundação Apinco de Ciên-
cia e Tecnologia Avícolas (Facta), em par-
ceria com a União Brasileira de Avicultura
(Ubabef).
Abertura
A abertura da 24ª edição do
WPC reuniu diversas autoridades do se-
tor como o presidente da WPSA, Bob Pyn;
do ministro da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho; do
governador do Estado da Bahia, Jaques
Wagner; e do Secretário da Agricultura,
Irrigação e Reforma Agrária do Estado da
Bahia, Eduardo Salles; entre outras.
O presidente da Facta e repre-
sentante da WPSA Brasil, Edir Nepomu-
ceno da Silva, destacou a importância
da avicultura no contexto global em sua
apresentação. “Ao longo dos anos o setor
avícola tem se tornado um dos fornecedo-
res de alimentos mais eficientes, com alta
qualidade e baixo custo, sendo uma das
principais fontes alimentares do mundo”,
afirmou.
O presidente da Ubabef, Francis-
co Turra, também participou da cerimônia
e discursou sobre a importância do setor
avícola brasileiro para o mercado mun-
dial. ”Com um terço da nossa produção,
contribuímos para a segurança alimentar
de mais de 150 mercados em todo o mun-
do”, disse.
O evento teve sequência com a
abertura oficial da WPC Expo 2012, uma
das maiores feiras de negócios do setor
realizada paralelamente ao congresso,
onde mais de 100 empresas apresenta-
ram as novas tendências e tecnologias
para a cadeia produtiva e industrial de
aves e ovos.
Programação técnica Foram mais de 50 palestrantes
de renome internacional reunidos no WPC,
promovendo debates sobre as mais varia-
das áreas de atuação da avicultura. As pa-
lestras foram divididas por temas, como:
Tecnologias de Nutrição e de Rações; Sani-
dade e Biosseguridade Avícolas; Produção
de Matrizes Pesadas e Frangos; Produção e
Processamento de Ovos Comerciais; Bem-
Estar de Aves e Ambiência; Economia e
Marketing; Segurança dos Alimentos; Abate
e Processamento; Outras Espécies Avícolas
e Sistemas de Produção; Genética e Repro-
dução; Produção Familiar, Educação, etc.
Centenário WPSA A WPSA aproveitou o evento para
comemorar o seu centenário. Para marcar
a data, foi montada uma exposição com
pôsteres que contam a história da entida-
Brasil se despede do WPC Após 34 anos país foi novamente palco do maior evento da avicultura mundial
17sindiavipar.com.br |
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de. A mostra reuniu todas as publicações
relacionadas à entidade desde a sua funda-
ção, como análises de congressos, cursos e
livros.
Novo presidente Durante o congresso ocorreu
também a eleição do novo presidente da
WPSA, que fica a cargo do brasileiro Edir
Nepomuceno da Silva, atual presidente da
Facta. Para o novo dirigente a presença de
um brasileiro na presidência da associação
representa um passo importante para a
cadeia avícola nacional. “O Brasil tem con-
quistado reconhecimento internacional na
produção comercial de aves, principalmen-
te no uso de tecnologias que ajudam a me-
lhorar a qualidade e contribuem para baixar
os preços da produção”, comenta.
Dentre as ações previstas pela
nova gestão está a realização de eventos
satélites em congressos e conferências do
setor avícola, bem como promover a trans-
ferência tecnológica entre a avicultura bra-
sileira a de outros países como a África.
Próximas edições Realizado a cada quatro anos,
as próximas edições do Congresso
Mundial de Avicultura acontecem na
China, em 2016, e na França, em 2020.
Mais informações: www.wpsa.com.
18 | sindiavipar.com.br
A Colibacilose aviária (CA)
acomete diversas espécies de aves
e geralmente é vista em galinhas,
perus e patos. A doença é de ocor-
rência mundial e é mais frequente
em aves jovens, principalmente em
criações com ambiente e manejo
deficientes ou como manifestação
secundária a outras doenças ou es-
tresses intensos.
Os principais sintomas
apresentados são: septicemia, pe-
ritonite, onfalite, celulite, granulo-
ma, panoftalmia, artrite, sinovite,
osteomielite, ooforite, salpingite e
aerossaculite.
O agente etimológico da
doença é a Escherichia coli, uma
bactéria Gram negativa que cresce
em temperaturas de 18 a 44ºC. A E.
coli coloniza o trato intestinal de
aves e mamíferos. No caso das aves,
cerca de 10 a 15% dos coliformes
fecais são representados por soro-
tipos de E. coli potencialmente pa-
togênicos.
O comprometimento da in-
tegridade da mucosa do trato di-
gestivo, respiratório e reprodutivo
facilitam a invasão e o estabeleci-
mento da infecção pela bactéria. A
principal fonte de infecção das aves
é o contato com a cama, pó, água e
ambiente contaminados com o ma-
terial fecal , o que torna a Colibaci-
lose aviária uma doença ambiental
O diagnóstico presuntivo
da CA é feito com base no histórico
do lote, nos sintomas e nas lesões.
O isolamento e a identificação da
E. coli confirmam o diagnóstico, e
quando possível ele deve ser soro-
tipificado. Outras infecções virais,
bacterianas e fúngicas podem ser
causas primárias e a E. coli age ape-
nas como oportunista.
O tratamento das infecções
causadas pela E. coli pode ser feito
com diversos antibióticos, que são
escolhidos com base no antibiogra-
ma e nas observações dos resulta-
dos de campo. Já foram usados com
sucesso os antibióticos tetracicli-
na, cloranfenicol , ampicilina, neo-
micina, nitrofuranos, gentamicina
sulfa/trimetoprim, ácido nalidíxi-
lo, espectinomicina, estreptomi-
cina, su l fas e fluoroquinolonas. O
tratamento feito no começo da in-
fecção é mais efetivo.
Já a prevenção da doença
pode ser feita com um programa sa-
nitário rigoroso e com a manuten-
ção do ambiente criatório livre de
pó, gás de amônia e com boas práti-
cas de manejo.
Colibacilose aviáriaA doença infecciosa bacteriana afeta principalmente aves jovens
Ciência
Fonte: Manual de Doenças de Aves,
Alberto Back
19sindiavipar.com.br |
Brazilian ChickenFrangos brasileiros ganham selo que assegura sua qualidade
SEGURANÇAGarantia de qualidade na mesa
Mundo
A União Brasileira de Avicultura
(Ubabef) lançou, em julho, o selo interna-
cional Brazilian Chicken, com o objetivo
de oferecer aos importadores do frango
brasileiro um diferencial e uma garantia
de qualidade nas exportações. A chan-
cela, criada pela entidade avícola com
apoio da Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos (Apex-
-Brasil), visa promover a divulgação das
propriedades e assegurar as boas carac-
terísticas dos produtos que apresentam
o selo nos mercados importadores inter-
nacionais.
Segundo o presidente executi-
vo da Ubabef, Francisco Turra, entre os
princípios reconhecidos pelo selo esta-
rão a biossegurança, a sustentabilidade,
o respeito ao meio ambiente e aos con-
sumidores. “O selo certificará a identifi-
cação comum entre os produtos avícolas
exportados e os valores demandados
pelos consumidores dos mercados abas-
tecidos pela carne de frango do Brasil”,
explica.
Somente as empresas asso-
ciadas à Ubabef que exportem há pelo
menos 12 meses poderão utilizar o selo
Brazilian Chicken nas embalagens de
seus produtos e em seus materiais pro-
mocionais. As agroindústrias também
deverão atender a uma avaliação com
mais de 70 itens e só serão aprovadas
após a análise de uma comissão técnica.
Ainda, depois de certificada, as
empresas terão os parâmetros verifica-
dos periodicamente por auditorias in-
dependentes credenciadas pela Ubabef,
que possuem técnicos que comprova-
damente conhecem a cadeia produtiva
avícola. “Com isso, vamos agregar mais
confiabilidade e valor ao produto brasi-
leiro”, ressalta Turra.
Resultados Hoje, a Ubabef conta com mais
de 30 agroindústrias filiadas, respon-
sáveis por 97% de toda a exportação
da avicultura brasileira, que embarcam
para mais de 150 países. A expectati-
va da entidade é de que o selo estimule
ainda mais a preferência pelos produtos
brasileiros, aumentando assim o volume
e a receita com a exportação de
carne de aves. Para saber
mais acesse: brazilian-
chicken.com.br.
19sindiavipar.com.br |
20 | sindiavipar.com.br
Foto
: Lim
ger
Novas técnicas e profissionais bem treinados reduzemperdas geradas pelo estresse
Entre as cinco liberdades
estabelecidas em 1992 pelo Farm
Animal Welfare Committee (FAWC),
conselho de referência mundial em
normas de bem-estar animal, estão a
ausência de medo e de estresse entre
os frangos de corte, inclusive na hora
do abate. Essa, inclusive, é uma das
maiores preocupações dos profissio-
nais do setor.
Os animais, sob pressão, po-
dem adotar comportamentos a gre s-
sivos, sofrer com alteração da tem-
peratura ambiental, provocar e sofrer
lesões e fraturas. O conceito de es-
tresse é aplicável para homens e ani-
mais, explica o médico veterinário e
professor doutor José Maurício Fran-
ça. “O estresse é uma resposta do or-
ganismo a um fator ou a combinação
de fatores que afetam o conforto e
bem-estar do indivíduo. O conceito é
geral”, explica.
Entre os animais de produção,
o medo e a angústia podem ser causa-
dos por vários fatores. A baixa mobi-
lidade da ave dentro do barracão por
causa da alta densidade, por exemplo,
priva o animal de exercitar comporta-
mentos naturais, como ciscar, e pode
até fazer com que ele perca peso por
não conseguir chegar ao alimento. Ru-
ídos externos e luminosidade excessi-
va também podem causar estresse na
ave, interferindo até mesmo na imu-
nidade. “Animais estressados podem
representar grandes perdas econô-
micas. Além de desenvolver doenças
com mais facilidade, há casos em que
os frangos não atingem os padrões de
qualidade necessários para ir para o
mercado ou mesmo morrem no aviá-
rio”, afirma França.
Segundo o médico veteriná-
rio, alguns estudos apontam que até
Livres de medo e angústia
Bem-estar animal
21sindiavipar.com.br |
Conheça a diretoria daAdapar Diretor-presidente: Inácio Afon-
so Kroetz (médico veterinário)
Chefe de gabinete: Silmar Burer
(médico veterinário)
Diretor de Defesa Agropecuária:
Adriano Luiz Ceni Riesemberg
(engenheiro agrônomo)
Diretor Administrativo-Financei-
ro: Adalberto Luiz Valiati (enge-
nheiro agrônomo)
Capacitação Para França, a palavra-chave
em bem-estar na avicultura industrial
é o treinamento de mão de obra. Ele
explica que os funcionários precisam
ser capacitados para identificar si-
nais de que o animal está estressado
e corrigir as causas. Além disso, quem
trabalha diretamente com o manejo
e conhece o comportamento animal
pode evitar o estresse em várias eta-
pas, desde a alimentação até o pré-
-abate. “É fundamental preparar o
trabalhador, mas o setor avícola ain-
da não dá toda a atenção necessária
para isso. É preciso conscientizar os
gestores dos impactos financeiros”,
comenta.
70% das perdas de um lote de aves
podem ser atribuídas a não adoção
de medidas que visam o bem-estar
do animal. O pesquisador explica ain-
da que uma das piores fases em ter-
mos de angústia e medo para as aves
é durante a fase final, já que os ani-
mais apresentam maior peso. A alta
densidade dentro das caixas na hora
do transporte podem elevar a tempe-
ratura corporal do animal e causar a
morte. “As aves estão indo para a li-
nha de abate, mas não é por isso que
precisam sofrer. Há meios de produzir
em larga escala de forma humanitá-
ria”, relata.
Soluções Controle de temperatura, den -
s idade adequada em 32 kg/m² no avi-
ário, sistema de ventilação eficaz,
camas limpas e redução de ruídos são
características ambientais que devem
ser observadas para garantir o bem-
-estar das aves. França explica que
para acabar com o estresse térmico,
um dos que mais causa perdas, exis-
tem modernos sistemas de climatiza-
ção, por exemplo.
Com relação ao transporte
para o abatedouro, a quantidade de
aves dentro de cada caixa, o treina-
mento de motoristas, a luz adequada
na área de pendura podem reduzir o
sofrimento dos animais e as perdas no
lote. “Existem várias formas de apli-
car o bem-estar na prática. Profissio-
nais têm o compromisso ético de im-
plantar essas técnicas e buscar novas
soluções”, acrescenta.
Bem-estar animal
22 | sindiavipar.com.br
O secretário da Agricultura e do
Abastecimento, Norberto Ortigara, esteve
na Assembleia Legislativa no dia 18 de se-
tembro para falar sobre a crise que afeta
a avicultura paranaense e as medidas ado-
tadas pelo governo para apoiar os produ-
tores. O segmento é responsável por cerca
de 660 mil empregos no Paraná, entre di-
retos e indiretos.
Ortigara lembrou que o Paraná
se tornou o maior produtor nacional de
carne de frango, com uma produção anual
de 2,8 milhões de toneladas. Anualmente
são abatidas no estado 1,4 bilhão de aves,
o que corresponde a um abate de 4 mi-
lhões de aves por dia.
Ele informou que a Secretaria da
Agricultura elaborou, em conjunto com
entidades do setor produtivo, um docu-
mento com reivindicações, enviado aos
ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro;
do Desenvolvimento Agrário, Pepe Var-
gas; da Fazenda, Guido Mantega; do Plane-
jamento, Míriam Belchior; e da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann.
Origem da crise De acordo com Ortigara, o setor
avícola no estado vinha crescendo num
“ritmo chinês” até que em agosto deste
ano o preço da soja e do milho, grãos que
compõem a ração animal, registrou alta
além da normalidade, em decorrência do
anúncio da quebra da safra de milho nor-
te-americana. A tonelada de farelo de soja,
que era vendida a R$ 611,82 em agosto de
2011, hoje está em R$ 1.400,00 – ou seja,
o preço mais do que dobrou.
Com o capital de giro esgotado
em função dessa pressão de custos, as em-
presas instaladas já começaram a reduzir
a oferta de carne na tentativa de ajustar a
produção e a demanda. Mesmo assim o se-
tor continua crescendo no estado por con-
ta de novas plantas industriais que entram
em operação até o final deste ano. Hoje no
Paraná são 42 indústrias entre abatedou-
ros e incubatórios e cerca de 19 mil avicul-
tores que dependem do setor para gerar
receita.
Propostas Para Ortigara, a recuperação da
avicultura passa pela recuperação da per-
da de capital de giro das indústrias. O do-
cumento enviado ao governo federal pede
a liberação de uma linha de crédito nos
moldes do Programa de Capitalização das
Cooperativas Agropecuárias (Procap Agro)
para viabilizar a continuidade das ativi-
dades dos abatedouros nesse período de
crise.
Conforme o documento enviado
ao governo federal, para solucionar o pro-
blema a taxa de juros para essa linha de
crédito deve ser de no máximo de 5,5% ao
ano ou Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)
mais 1% ao ano e com prazo mínimo de
cinco a seis anos para pagamento.
Outra reivindicação apresentada
foi a agilização da remoção dos estoques
do milho da região Centro-Oeste para o
Paraná, via Companhia Nacional do Abas-
tecimento (Conab), que promove vendas
de milho em balcão para os pequenos avi-
cultores a preços subsidiados.
A remoção dos estoques de milho
da região Centro-Oeste para venda subsi-
diada em balcão iria baratear o preço do
milho na região Sul do país, sem afetar o
preço ao produtor, explicou o secretário.
Em busca de apoioOrtigara relata na Assembleia ações adotadas paraapoiar avicultores
Mercado
23sindiavipar.com.br |
Isotherm oferece soluções térmicas sob medida para o setor avícola
Tributação
Informe
Isolamentos para aviários Fundada em março de 2009, em
Matelândia, a Isotherm - Soluções Térmi-
cas atua no mercado de isolamento tér-
mico para atender indústrias frigoríficas,
supermercados, lacticínios, distribuido-
res de bebidas e outros, possuindo uma
linha completa de produtos com o que
há de mais avançado em painéis, portas e
acessórios.
Para o setor avícola, especifica-
mente, a Isotherm disponibiliza um aviá-
rio térmico climatizado, construído com
paredes e cobertura em EPS (poliesterino
expandido) a fim de otimizar a conserva-
ção de temperatura e o bem-estar animal.
Esse tipo de aviário é de fácil limpeza,
evita o acúmulo de poeiras, melhora a
ambiência, além de economizar energia e
eliminar a umidade interna da alvenaria.
A empresa também tem como
diferencial a qualidade de sua equipe
técnica industrial e comercial, oferecen-
do projetos compatíveis com as necessi-
dades específicas de seus clientes e agi-
lidade na entrega dos orçamentos. Mais
informações: isothermpr.com.br ou (45)
3262-4000.
23sindiavipar.com.br |
No último dia 19 de setembro, o
Conselho Temático de Assuntos Tributá-
rios da Federação das Indústrias do Para-
ná (Fiep) realizou no Cietep, em Curitiba,
sua reunião bimestral para debater ques-
tões relativas à tributação.
Na ocasião, o diretor-geral da
Secretaria Estadual da Fazenda (Sefa),
Clovis Rogge, falou sobre os acertos e
acordos estabelecidos entre os três esta-
dos do Sul para uniformização do ICMS. Já
o coordenador do Departamento Econô-
mico da Fiep, Maurílio Schmitt, mostrou
estudos da Confederação Nacional da In-
dústria (CNI) sobre a unificação do PIS e
Cofins.
Também houve uma apresenta-
ção de Dorgival Lima Pereira, coordena-
dor executivo da Sombra do Imposto e
assessor da presidência da Fiep. Por fim,
foi aberto espaço para informes do de-
partamento de Assuntos Legislativos da
entidade.
O encontro foi acompanhado
pelo diretor-executivo do Sindicato das
Indústrias de Produtos Avícolas do Para-
ná (Sindiavipar), Icaro Fiechter, e repre-
sentantes de empresas do setor. “Esses
são temas de interesse das indústrias
avícolas, por isso temos acompanhado de
perto seus desdobramentos”, comenta
Fiechter.
O Conselho Temático de Assun-
tos Tributários tem por objetivo congre-
gar o maior número possível de forças da
sociedade para debater sobre a elevada
carga de impostos brasileira e propor
soluções que amenizem o problema e au-
mentem a competitividade do país.
Carga de impostosConselho da Fiep se reúne para debater uniformizaçãoe unificação de tributos
24 | sindiavipar.com.br
Mapeamento da cadeiaExpedição Avicultura rodou5 mil km pelos principaispolos de produção do Paraná
Capa
24 | sindiavipar.com.br
25sindiavipar.com.br |
Responsável por 10% de to-
das as riquezas geradas pelo agro-
negócio nacional, o setor avícola foi
alvo de um mapeamento detalhado
nos meses de julho e agosto. Isso
porque a Expedição Avicultura, uma
iniciativa do Agronegócio Gazeta
do Povo, visitou os principais polos
produtores do Paraná para traçar um
raio-X do setor. A iniciativa aprovei-
tou o know-how e a capilaridade da
Expedição Safra, projeto realizado
da há seis temporadas, e contou com
o oferecimento do Grupo Unifrango
e com o apoio técnico do Sindicato
das Indústrias de Produtos Avícolas
do Estado do Paraná (Sindiavipar).
A equipe técnico-jornalísti-
ca saiu a campo com o objetivo de
mapear a avicultura, desde a pro-
dução, passando pelo abate até a
exportação. Mas segundo o coor-
denador da Expedição Avicultura
e gerente do Agronegócio Gazeta
do Povo, Giovani Ferreira, o proje-
to buscou ir além dos além dos nú-
meros, abrindo espaço para discutir
tecnologia, manejo, genética e com-
petitividade. “Nossa meta é traçar
um diagnóstico das tendências para
o setor nos próximos 10 anos consi-
derando todas as variáveis que en-
volvem a cadeia produtiva”, explica.
Em meio à turbulência que
o setor enfrenta por causa da alta
nos insumos, a equipe visitou coo-
perativas e produtores no sudoeste
e oeste do Paraná e verificaram a
situação in loco. Encontraram algu-
mas indústrias já estudando ajustar
a produção para evitar excesso de
oferta. Na Coopavel, cooperativa
com sede em Cascavel, por exem-
plo, a redução vai ocorrer nos pró-
ximos meses. Planejado para abater
280 mil aves por dia, o frigorífico já
operava com capacidade ociosa de
25% no primeiro semestre de 2012
e deve diminuir a produção para 190
mil frangos por dia. Para minimizar
o impacto no campo, a cooperativa
orientou os integrados a alojar um
lote a menos neste ano. Outros fri-
goríficos também realizaram ajus-
tes na linha de produção.
A Expedição encontrou ain-
da vários exemplos de como os em-
presários estão se preparando para
explorar melhor o mercado e diver-
sificando investimentos. Este é o
caso do Grupo GTFoods, de Marin-
gá, que está lançando uma linha de
batata palito congelada com marca
própria. O grupo trabalha ainda com
alimentos congelados como polen-
ta, mandioca e algumas variedades
de fruta, além de carnes suína e
bovina.
Ciliomar Tortola, diretor do
GTFoods, acredita que momentos de
crise podem trazer também novas
possibilidades. “Eles acabam sendo
uma boa oportunidade para quem
está bem preparado. Foi o nosso
caso. Compramos três abatedouros
nos últimos anos e não descartamos
a possibilidade de novas aquisi-
ções”, revela.
Capa
25sindiavipar.com.br |
Ciliomar Tortola
Os momentos de crise acabam sendo uma boa
oportunidade para quem está bem
preparado
26 | sindiavipar.com.br26 | sindiavipar.com.br
Empregos A Expedição constatou ain-
da que a mão de obra especializada
está, em grande parte, concentrada
em pequenas propriedades e tem
mudado a realidade de muitas cida-
des. Dos 43 municípios paranaenses
que apresentam Índice de Desen-
volvimento Humano (IDH) superior
à média estadual, mais de 90% têm
avicultura forte e 24 deles figuram
entre os 100 maiores plantéis de
aves do Paraná.
Em Cafelândia, cidade que
tem o nono maior plantel de aves
do Paraná, a atividade avícola faz
a diferença. O município que tem
apenas 12 mil habitantes ostenta o
7º maior Produto Interno Bruto (PIB)
per capita do estado, superior a R$
15 mil por habitante, e ainda ocupa
a 46ª colocação entre os 399 muni-
cípios do Paraná no ranking estadu-
al de IDH.
Em Siqueira Campos, a rea-
lidade é parecida. O município tem
cerca de 2 milhões de aves aloja-
das. Para manter o trabalhador no
campo, a prefeitura incentiva a ati-
vidade oferecendo auxílio à terra-
planagem, transporte de materiais e
cascalhamento das estradas. “A avi-
cultura é um excelente negócio não
só para o produtor e para a indús-
tria, mas para toda a cidade”, afirma
o diretor de Indústria, Comércio e
Desenvolvimento da prefeitura de
Siqueira Campos, Cláudio Chomski.
O incentivo está dando re-
sultados. Charles Toniette é um
exemplo de como a avicultura gera
renda suficiente para frear a saída
do campo. O jovem produtor, for-
mado em administração, não pensa
em deixar a propriedade para tentar
a vida na cidade. “Na cidade não dá
para ganhar o que eu ganho aqui.
Sair do sítio nem pensar”, revela To-
niette.
Só no Paraná, o setor avícola
gera cerca de 660 mil empregos di-
retos e indiretos segundo dados do
Sindiavipar, o que representa 5% da
população.
Gargalo É da porteira para fora que a
indústria avícola enfrenta os maiores
empecilhos. Um dos gargalos do setor
é a questão logística: a dependência
do sistema rodoviário, a rede de arma-
zenagem deficitária e a capacidade de
embarque limitada dos portos estadu-
ais. Pontos que, segundo a analista de
mercado da Expedição Avicultura Luana
Gomes, enfraquecem a competitividade
da atividade.
Um dos maiores problemas são
os portos paranaenses. Paranaguá ex-
porta apenas 27% de carne de frango
produzidas no Paraná. “Nossa maior fra-
gilidade é a armazenagem”, considera
o presidente do Sindiavipar, Domingos
Martins. De acordo com estimativas do
setor, o Paraná tem à disposição espaço
em câmaras frias suficiente para estocar
aproximadamente 70 mil toneladas. Em
Santa Catarina, apenas dentro do com-
plexo portuário de Itajaí é possível ar-
mazenar 160 mil toneladas.
Porém as melhorias devem
começar em breve. No final de agosto
OPORTUNIDADEEmpresários diversificam investimentos
para explorar melhor o mercado
OPORTUNIDADEEmpresários diversificam investimentos
para explorar melhor o mercado
CapaCapa
o Conselho de Autoridade Portuária
aprovou o documento que vai nortear
as ações voltadas ao desenvolvimento
do Porto de Paranaguá nos próximos
20 anos. O Plano de Desenvolvimen-
to e Zoneamento do Porto Organizado
de Paranaguá estabelece, entre outros
pontos, as áreas para onde o terminal
poderá se expandir e os investimentos
necessários para ampliar e melhorar a
movimentação de cargas. Os estudos
para a ampliação já tiveram início.
O Terminal de Contêineres do
Paraná (TCP), consórcio que gerencia
o terminal de contêineres do Porto de
Paranaguá, pretende duplicar a linha
férrea interligada à malha da ALL/Brado
e passar a operar com dois ramais in-
ternos. A obra faz parte de um plano de
investimentos de R$ 250 milhões que
promete elevar de 1,2 milhão para 1,5
milhão de TEUs/ano (unidade equiva-
lente a um contêiner de 20 pés) a capa-
cidade operacional de embarque do ter-
minal até 2013. “Com isso, esperamos
que a participação do modal ferroviário
seja ampliada para 15% nos próximos
dois anos”, releva o diretor-superinten-
dente comercial do TCP, Juarez Moraes e
Silva.
As empresas privadas também
estão focadas em ampliação. Recente-
mente, duas das três companhias que
atuam fora do cais de Paranaguá, am-
pliaram sua capacidade de armazena-
gem na região do entorno do porto. A
CAP Logística frigorificada aumentou
de 5 mil para 7,5 mil toneladas a sua
capacidade de estocagem. Os armazéns
frigorificados da Martini Meat, que an-
tes comportavam 26,5 mil toneladas,
agora podem abrigar até 30 mil tonela-
das de produtos congelados.
Mãos na massa Enquanto isso, para manter a
liderança nas exportações e ampliar a
participação no mercado externo, as
próprias indústrias paranaenses já es-
tão reagindo para superar fragilidade
em logística com suas próprias armas.
Um exemplo é o Centro de Ar-
mazenagem e Distribuição da Unifran-
go – holding que congrega 17 empresas
avícolas – em Apucarana. O centro terá
capacidade para armazenar 25 mil tone-
ladas de produtos congelados.
Em Cascavel, a Cotriguaçu,
cooperativa que reúnes as empresas
Coopavel, C.Vale, Lar e Copacol, já se
prepara para ter seu próprio complexo
logístico. Com um investimento de R$
50 milhões e obras que devem durar 18
meses, a obra vai permitir que a coope-
rativa tenha um pátio de estacionamen-
to e um desvio ferroviário no terminal
da Ferroeste.
Segundo o diretor-presidente
do Conselho de Administração da Co-
triguaçu, Dilvo Grolli, o novo complexo
permitirá “inverter a logística de trans-
porte” do frango, predominantemente
rodoviária, para o modal ferroviário,
aproximadamente 30% mais econômi-
co. A estimativa é reduzir os custos de
U$ 1,7 mil para U$ 1,2 mil por contêiner
de 25 toneladas.
Caminho Já o ponto forte da cadeia pro-
dutiva também foi facilmente identi-
ficado pela Expedição: qualidade de
gestão das empresas. Mesmo com tur-
bulência econômica, as indústrias se
mostraram prontas para enfrentar as
dificuldades.
O veterinário Fabrício Mon-
teiro, técnico que acompanhou a Expe-
dição Avicultura, revela que ficou im-
pressionado com o gerenciamento das
empresas e conta que o planejamento a
longo prazo foi o que preparou o setor
para enfrentar a crise. “Este momento
de crise será decisivo para algumas em-
ENTRAVESLogística é uma das principais dificuldades fora da porteira
28 | sindiavipar.com.br
presas. O impacto será muito grande,
pois os custos ficarão altos por um bom
tempo. Portanto aquelas empresas que
trabalham com um planejamento mais
detalhado e de longo prazo sofrerão
menos”, afirma o técnico.
Entre os casos que chamaram
a atenção da equipe está a Cooperativa
Agrícola Consolata, a Copacol. Somen-
te o abatedouro da empresa emprega
quase 2.500 funcionários, enquanto no
campo integra mais de 800 avicultores.
Mesmo com a crise batendo a porta do
setor, a Copacol mantém os investimen-
tos e no começo do ano que vem e inau-
gura uma nova planta em Ubiratã que
deve dobrar a capacidade de produção.
A unidade nova deve abater 300 mil
aves/dia até 2016 quando operar com
plena capacidade.
O plano estratégico ainda en-
globa a ampliação do incubatório e do
matrizeiro, além das áreas de suínos,
leite e processamento de grãos. Segun-
do o presidente da Copacol, Valter Pitol,
o plano que foi batizado de GPS – Ge-
ração de renda, Produtividade e Susten-
tabilidade, prevê a aplicação de R$ 470
milhões entre 2008 e 2012.
Em Mandaguari será inaugu-
rada em breve a Cocari, que terá capa-
cidade para abater 350 mil aves/dia,
resultado de um investimento de R$ 88
milhões no negócio. O Grupo GTFoods,
criado no final do ano passado pela in-
dústria avícola Frangos Canção, também
prevê investimentos. Serão aplicados
R$ 15 milhões na unidade de Maringá e
outros R$ 5 milhões na fábrica de Terra
Boa.
“Os investimentos foram pla-
nejados e estruturados em longo prazo.
Os gestores dessas empresas pensam
no futuro. Além disso, muitos encaram
a crise como uma janela de oportunida-
des”, avalia Luana Gomes.
Crise Ao mesmo tempo, a Expedi-
ção também encontrou exemplos de
indústrias com dificuldades por causa
da crise. Algumas unidades já estão re-
duzindo turnos e jornadas de trabalho,
outras cogitam a adoção de férias cole-
tivas no final do ano. “A avicultura gera
muitos empregos no Paraná, mas a crise
não deve gerar demissões em massa por
causa da organização do setor. Porém,
indústrias e produtores precisam de
apoio do governo”, alerta a analista.
Para a equipe da Expedição Sa-
fra, a crise dos grãos ainda não é o pior
entrave enfrentado pelos avicultores.
Segundo Luana, a dificuldade de acesso
ao crédito, desencadeada pela crise de
2008, ainda é um dos maiores desafios.
Muitas empresas estão usando o capital
de giro para pagar financiamentos anti-
gos. “O mercado de grãos se autorregu-
la, depende da lei da oferta e demanda.
Mas os financiamentos são essenciais
para toda a cadeia se manter. O gover-
no precisa estudar formas de fazer o di-
nheiro voltar a girar para que haja novos
investimentos”, enfatiza.
O presidente do Sindiavipar
também defende a adoção de medidas
pelo governo, especialmente no que diz
respeito à escassez de crédito. “O que o
setor avícola precisa agora é de fôlego
financeiro para pagar os investimentos
que já foram feitos. Já desaceleramos a
produção em 10% e agora precisamos
de ajuda do governo e dos bancos para
liberação dos estoques represados e
para conter outros prejuízos”, considera
Martins.
Apesar de o cenário atual pre-
ocupar, o setor avícola paranaense deve
apresentar crescimento em 2012. “O
ritmo de crescimento deve ser um pou-
co mais lento, mas mesmo assim deve-
rá ser acima do Produto Interno Bruto
(PIB), o que reforça a relevância do setor
para a economia”, conclui o presidente
do Sindiavipar.
PREVISÃOAvicultura deve continuar crescendo acima do PIB
29sindiavipar.com.br |
30 | sindiavipar.com.br
A estiagem severa que casti-
gou as lavouras norte-americanas du-
rante o período decisivo da safra obriga
os Estados Unidos a racionarem o con-
sumo de soja e milho. Autoridades do
agronegócio do país já confirmam a re-
dução no alojamento de aves e o abate
de matrizes na suinocultura, crise que
também afeta a bovinocultura, com a
falta de pasto e o aumento do custo de
produção devido à alta dos grãos.
Bill Northey, secretário de
Agricultura de Iowa, conta que o impac-
to maior neste momento está na desti-
nação nacional de milho para o etanol.
O corte pode ser de até 20%, o equiva-
lente a um volume próximo de 20 mi-
lhões de toneladas. No ano passado, as
usinas demandaram mais de 90 milhões
de toneladas do cereal.
Para o Brasil, o desabasteci-
mento nos Estados Unidos representa
oportunidade de aumento nas exporta-
ções de milho, soja e inclusive de eta-
nol. No acumulado de janeiro a julho
deste ano, os embarques do cereal com
destino aos portos da Costa Leste nor-
te-americana mais que dobraram.
Na medida em que a colhei-
ta avança, a safra norte-americana de
milho confirma um revés acima de 100
milhões de toneladas na comparação
com o potencial produtivo, inicialmente
estimado em 375 milhões de toneladas.
Com 15% da área colhida, a estimativa
é de 272,5 milhões de toneladas. Com
os trabalhos apenas começando (até
agora menos de 5% das lavouras foram
colhidas), a soja já amarga uma quebra
de quase 10 milhões de toneladas. Com
potencial para 87,2 milhões de tonela-
das, a produção não deve render mais
que 71,7 milhões de toneladas.
Na avaliação do Iowa Farm Bu-
reau, que congrega 154 mil membros,
50% dos agricultores, é praticamente
impossível reverter o quadro de quebra
de até 35% no milho. Craig Hill, presi-
dente da entidade explica que a seca
chegou em fase crítica e impediu tanto
a recuperação das plantas quanto o re-
plantio das lavouras nas áreas mais afe-
tadas.
Dale Tutlle, produtor em India-
nola, Iowa, lembra que essa é a pior seca
dos últimos 35 anos. Com uma média de
180 bushels por acre (11,3 mil quilos
por hectare) nas últimas temporadas,
ele prevê para este ano no máximo 120
bu/acre (7,5 mil kg/ha).
A soja deve recuar de 50 bu-
shels (3,4 mil kg) para 30 bu/acre (2
mil kg/ha). Nas regiões mais afetadas, o
milho não alcança padrão de qualidade
nem mesmo para a indústria de etanol.
“Não vale a pena colher”, explica Matt
McGinnis, que só vai colocar a colheita-
deira em um de seus campos por conta
do seguro. Para registrar o sinistro e re-
ceber o prêmio contratado, o agricultor
precisa colher a área segurada.
Giovani Ferreira, coordenador da Ex-
pedição Safra Gazeta do Povo, especial
para a revista Avicultura do Paraná.
Seca no Corn BeltDestinação do cereal para etanol deve ser entre 10% e 20% menor. Estiagem também reduz a produção de carne
Insumos
30 | sindiavipar.com.br
32 | sindiavipar.com.br
As indústrias do setor de alimentos
do Oeste do Paraná vão poder contar com o
Instituto Senai de Tecnologia (IST) que será
instalado na unidade do Senai em Toledo,
em terreno doado pelo município. “O em-
preendimento atende a vocação da região e
servirá de referência para outros municípios
de todo o estado, com estrutura conectada
com a prestação de serviços tecnológicos e
inovação”, explica o diretor regional do Se-
nai, Marco Secco.
O IST de Toledo é um dos sete ins-
titutos de tecnologia que o Senai implantará
no Paraná, dentro do Programa Nacional de
Apoio à Competitividade da Indústria Brasi-
leira, considerado o maior desta natureza já
implementada no país. Serão investidos no
Brasil R$ 1,9 bilhão – dos quais R$ 1,5 bilhão
financiados pelo BNDES e R$ 400 mil do Se-
nai. No Paraná, o investimento é de R$ 178
milhões.
A meta é, em três anos, instalar no
Brasil 23 institutos de inovação, 45 institu-
tos de tecnologia, criar e fortalecer 53 cen-
tros de formação profissional e implantar 81
novas unidades móveis de educação profis-
sional. “O setor industrial passa a contar com
estrutura para gerar inovação, modernizar e
atualizar tecnologias, processos e com pes-
soas qualificadas para atuar nesses novos
patamares”, afirma Secco.
No Paraná Além dos sete institutos de tecno-
logia, serão instalados no Paraná um institu-
to de inovação, com foco em eletroquímica,
e oito novos centros de formação profissio-
nal. Três dos sete IST já estão sendo prepa-
rados para iniciar a atuação. O de Arapongas,
que atuará na área da madeira e mobiliário;
o da Cidade Industrial de Curitiba, na área de
meio ambiente, e o de Londrina, com tecno-
logia da informação (TI). As obras do IST de
Toledo começam em 2013.
Os institutos de tecnologia cons-
tituirão a Rede Temática e Setorial do Senai.
Além de ofertar ensaios laboratoriais e as-
sessoria técnica e tecnológica às indústrias
da região, atenderão também demandas de
empresas de outros estados. Da mesma for-
ma, as demandas de indústrias paranaenses
que não estiverem no escopo dos IST do Pa-
raná serão encaminhadas para outras unida-
des da rede.
Também já estão definidos três
dos oito centros de formação profissional
no Paraná. O de Marechal Cândido Rondon,
que formará profissionais para as áreas de
metalmecânica, eletromecânica, gestão e
logística. O de São Mateus do Sul, para as
áreas de alimentos e bebidas, construção,
eletroeletrônica, metalmecânica e química.
O de São José dos Pinhais, para as áreas de
gestão, logística, metalmecânica, plásticos e
polímeros.
Instituto de Inovação A previsão é que dos 23 Insti-
tutos Senai de Inovação (ISI) previstos
no Programa de Apoio à Competitivi-
dade da Indústria Brasileira, oito este-
jam em atividade até 2014, incluindo
o do Paraná. Ele terá foco na área de
eletroquímica, com atuação transver-
sal a outras áreas de conhecimento e
comporá a rede formada por todos os
ISI, atendendo a demanda não só do
setor industrial paranaense, mas de
todo o Brasil.
Tecnologia em alimentosInstituto Senai de Tecnologia, em Toledo, será voltado para a prestação de serviços técnicos para as indústrias
Fiep
33sindiavipar.com.br |
Legislação
Entra em vigor agora neste mês
de outubro a lei que autoriza o registro,
a prescrição e o uso de medicamentos
genéricos e similares por animais no
país. Sancionada pela presidente Dil-
ma Rousseff, no dia 20 de julho, a Lei n°
12.689/2012 conceitua os novos medi-
camentos veterinários e define os crité-
rios para registro e comercialização no
país.
O Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento (Mapa) terá papel
essencial nesse processo: regular a pro-
dução e o emprego desses medicamen-
tos, que devem ter a mesma qualidade,
eficácia e segurança dos produtos con-
vencionais. A nova lei vai tornar o pro-
duto brasileiro mais competitivo, pois a
redução nos custos com a aquisição dos
produtos genéricos pode chegar a 40%.
“Essa lei trará muitos benefí-
cios para a pecuária nacional. O produto
brasileiro deve tornar-se ainda mais com-
petitivo, os custos para indústria e pro-
dutor deve baixar, sem falar no desen-
volvimento de novas tecnologias para
o setor”, avalia Humberto Cury, médico
veterinário sanitarista e coordenador do
Comitê Estadual de Sanidade Avícola do
Paraná (Coesa-PR).
De acordo com Cury, atualmen-
te os laboratórios têm dificuldades no
registro de novos medicamentos. Com a
nova lei a demanda aumentará e o Mapa
terá fundamental importância agilizando
os processos de registro. “Além de terem
um menor custo, os genéricos proporcio-
narão ao mercado o aumento na disponi-
bilidade de produtos”, explica.
Genéricos veterinários Nova lei deve beneficiar indústria e produtores e promoverprogramas de apoio técnico-cientifico
33sindiavipar.com.br |
34 | sindiavipar.com.br
PARCERIAPesquisadora e professora Ana Cristina Barroeta em visita à Embrapa
A professora e pesquisadora
Ana Cristina Barroeta, da Faculdade
de Medicina Veterinária da Univer-
sidade Autônoma de Barcelona, na
Espanha, esteve no Brasil visitando
agroindústrias, cooperativas e uni-
versidades. Os objetivos da pesqui-
sadora foram conhecer os trabalhos
que são realizados na avicultura do
país e apresentar os trabalhos de-
senvolvidos por ela, além de apre-
sentar um panorama sobre a atual
avicultura europeia.
Na Embrapa Suínos e Aves,
empresa de pesquisa agropecuária
vinculada ao Ministério da Agricul-
tura, Pecuária e Abastecimento, Ana
Cristina apresentou o seminário
“Utilización de materias grasas en
avicultura, calidad de carne y huevo
y de la situación del sector avícola
en España y Europa”. Nessa apresen-
tação a pesquisadora falou princi-
palmente sobre o uso de gorduras na
alimentação de aves e como isso in-
fluencia a qualidade da carne e dos
ovos. Também mostrou como está a
situação do setor avícola na Espanha
e na Europa dando destaque para a
nova legislação europeia.
Helenice Mazzuco, pesqui-
sa dora da Embrapa, conta que a
oportunidade da visita surgiu duran-
te contatos feitos por pesquisadoras
brasileiras que estiveram na Univer-
sidade Autônoma de Barcelona. “Ana
Cristina me procurou após saber
através de colegas pesquisadoras
que trabalhávamos na mesma área, e
decidiu vir ao Brasil conhecer nossa
unidade”, conta Helenice.
Ainda de acordo com Hele-
nice, a troca de conhecimentos com
pesquisadores de instituições do ex-
terior, como no caso da visita da pro-
fessora Ana Barroeta, enriquece o
corpo técnico da Embrapa. “O inter-
Intercâmbio de conhecimentosPesquisadora espanhola apresenta trabalhos e situaçãoda avicultura europeia
Pesquisa e tecnologia
Os benefícios para a avicultura incluem a troca de informações
atualizadas sobre os pontos de vista
de expertises reconhecidas na
área de avicultura comercial
câmbio de informações aconteceu
de forma direta, com troca de expe-
riências e detalhes técnicos ocorri-
dos na forma de seminários e visitas
in loco. Isso tem um valor incrível”,
fala a pesquisadora da Embrapa.
A pesquisadora espanhola
também conheceu as instalações e
as linhas de pesquisa da Embrapa e
contou que pretende fazer uma par-
ceria com a entidade na área de avi-
cultura e que espera poder retornar
e trabalhar no Brasil. “Os benefícios
para a avicultura incluem a troca de
informações atualizadas sobre os
pontos de vista de expertises re-
conhecidas na área de avicultura
comercial. A possibilidade de inter-
câmbios futuros com a pesquisado-
ra e com a universidade espanhola,
com parcerias em projetos e linhas
de pesquisa de interesse da Em-
brapa, agrega ainda mais valor aos
trabalhos já realizados por aqui e,
com certeza, agrega valor para eles
também”, enfatiza Helenice.
Sobre o cenário atual
do setor na Europa, Ana Cristi-
na comentou que a avicultura
espanhola e europeia apresenta
hoje um cenário de transição. “A
pesquisadora nos mostrou que
muitas das empresas avícolas
se adaptaram ou estão em fase
de adaptação aos novos mo-
delos econômicos oriundos da
crise dos países membros da
União Europeia. Bem como es-
tão em estágio de implantação
de novos modelos de produção
animal em função das diretivas
europeias de proteção aos ani-
mais (bem-estar animal), pro-
teção à saúde humana e animal
(diretivas sobre segurança do
alimento) e também em função
de acordos econômicos prote-
cionistas ao mercado de insu-
mos e grãos para alimentação”,
explica Helenice.
Cenário europeu
Intercâmbio de conhecimentos
Pesquisa e tecnologia
36 | sindiavipar.com.br
Vacinas recombinantes[Parte 2]
Artigo técnico
36 | sindiavipar.com.br
É preciso avaliar a necessidade
de estimulação de outros mecanismos
de proteção, que podem extrapolar os
efeitos alcançados com as vacinas re-
combinantes. Os eventos intracelulares,
induzidos pela presença e replicação dos
agentes e seus antígenos, potencializam a
competição pela ocupação das células, a
produção do interferon; a imunidade das
mucosas, compostas por produção dos dí-
meros de IgA e peças secretórias.
A dimensão da resposta da imu-
nidade secretória se dá segundo a inten-
sidade do estímulo antigênico sobre as
mucosas e se soma ao estímulo das es-
truturas linfoides ao redor.
Estes mecanismos imunes
se somarão as repostas inatas, humoral,
celular, imunidade passiva materna
e memória. São eventos observados
nas vacinações em massa ou in-
dividuais com vacinas vivas, que
podem não ocorrer na forma ou inten-
sidade em relação as vacinas recombi-
nantes, independente da expressão dos
antígenos e genes selecionados.
Há que se considerar também
os fatos: determinadas enfermidades
são controladas graças aos altos títulos
de anticorpos circulantes como a DNC;
dependem da imunidade materna como
a Encefalomielite Aviária (EIA); a imuni-
dade celular e Doença de Marek; a imuni-
dade das mucosas e os micoplasmas, por
exemplo.
Outros pontos a observar estão
relacionados ao tempo de manutenção
dos níveis de imunidade protetora, de
controle da replicação e de eliminação do
agente, diminuindo o estado potencial de
portador.
Os detalhes da relação parasi-
to x hospedeiro definem o que melhor
se ajusta à proteção desejada, principal-
mente ao considerar a dinâmica das mi-
crobiotas e de fatores intercorrentes, tais
como a imunodepressão, em condições
de campo.
Por outro lado, é conhecido o
fato da reversão da virulência de amostras
atenuadas pelas passagens consecutivas
a campo e o aparecimento de síndromes
ou intercorrência de fatores como, por
exemplo, complicações pós-vacinais.
A técnica das vacinas recombi-
nantes permite a introdução de genes re-
lacionados a outras enfermidades, como
da vacina a ser lançada, em que o vetor é o
Herpes Vírus da Doença de Marek (Herpes
Vírus DNA) e genes da Doença de Newcas-
tle relacionados aos antígenos H, N e F.
Desta forma, ao multiplicar-se
o vetor no hospedeiro, os genes
incorporados irão codificar a mon-
tagem das suas estruturas molecu-
lares / antígenos.
Em todos estes passos in vitro
e in vivo / hospedeiros, há momentos
críticos e sensíveis para manter a estru-
tura original antigênica e do vetor em
relação aos aspectos de composição,
sequenciamento, configuração, inscritos
segundo o código também replicado.
Cada programa de vacinação
é um programa, segundo objetivos que
delineiam a Defesa Sanitária, adequado a
um cenário epidemiológico que é monito-
rado ativamente e cujos objetivos podem
estar voltados para a profilaxia e ou con-
trole ou erradicação.
Desta forma, segundo cada caso,
é possível se lançar mão de vacinas vivas,
atenuadas, clonadas, inativadas, recom-
binantes, isoladas ou em combinação
programada.
Prof. Dr. Ivens Gomes GuimarãesMédico veterinário, mestre em Patolo-
gia Animal e doutor em Biologia Animal.
Professor de Medicina Aviária na Univer-
sidade Estadual de Londrina (UEL) e co-
ordenador do Centro de Investigação em
Medicina Aviária do Paraná (Cimapar).
37sindiavipar.com.br |
A avicultura brasileira vive
hoje uma das piores crises de sua his-
tória devido à disparada dos preços de
dois de seus principais insumos, o mi-
lho e a soja, e à escassez de crédito para
as empresas do setor.
A severa estiagem que atinge
os Estados Unidos provocou, no caso do
milho, uma redução de 98,8 milhões de
toneladas – ou o equivalente à soma da
produção do Brasil e Argentina - na úl-
tima previsão feita pelo Departamen-
to de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA, na sigla em inglês) para a safra
2012/2013. Os estoques mundiais de
milho, de 120 milhões de toneladas,
foram consumidos pela quebra da safra
norte-americana e do sul do nosso con-
tinente. Cerca de 10% da safra mundial
do grão para este ano foram consumi-
dos pela seca. A consequência tem sido
a disparada dos preços do grão no mer-
cado internacional e também no Brasil,
com reflexos graves sobre os custos de
produtores avícolas e agroindústrias.
No caso da soja, a seca que
atinge os EUA, segundo a última pre-
visão da USDA, está provocando uma
quebra de 11 milhões de toneladas na
safra 2012/2013, volume inferior ao
do milho, mas também referente a uma
produção mundial menor. De qualquer
forma, também essa queda de safra re-
sultou em disparada dos preços da soja
e de seu farelo no mercado internacio-
nal e no Brasil.
Os produtores brasileiros,
nos últimos seis meses, tiveram que
amargar aumentos de 80% nos preços
da soja e de 40% nos custos do milho
que, somados, representam mais de
60% do custo total de produção. Essa
alta de preço dos insumos já resulta na
paralisação da produção em áreas dos
principais polos agrícolas, a única saí-
da para os produtores avícolas, que não
dispõem de capital de giro.
A escassez de crédito, aliás, é
outro drama vivido pelo setor. Enquan-
to antes os produtores tinham até 40
dias de prazo para pagar as aquisições
de grãos para a ração destinada às aves,
atualmente precisam pagar à vista ou
até mesmo antecipadamente. Hoje as
instituições financeiras, mesmos as de
administração pública, estão retendo
crédito e criando barreiras às agroin-
dústrias que necessitam obter recursos
para compra de insumos.
A crise atinge ainda mais os
pequenos produtores integrados. Mui-
tos, devido à redução ou mesmo à pa-
ralisação de sua produção, estão sem
recursos para saldar dívidas de finan-
ciamentos, feitas para atender a nova
legislação, determinada pelo governo,
para a estruturação de granjas.
Outro reflexo do momento por
que passa o setor é o do repasse de pre-
ços ao consumidor, que chega a níveis
recordes. A crise ganha contornos ainda
mais dramáticos diante do fato de que
a carne de frango tornou-se, em 2011,
a proteína animal mais consumida pelo
brasileiro e importante produto para a
segurança alimentar do país, com 47,4
quilos por habitante/ano, superando
até mesmo o consumo verificado em
países como os Estados Unidos.
Vale ressaltar que estão em
jogo mais de 3,5 milhões de empregos
diretos e indiretos, 360 mil somente
nos frigoríficos, além de 160 mil famí-
lias de produtores integrados.
A União Brasileira de Avicul-
tura (Ubabef) está atenta e vem reali-
zando intervenções junto ao governo
federal e a instituições financeiras,
visando devolver às agroindústrias
e aos produtores o acesso a crédito
em bancos oficiais e privados. Este
é o momento mais grave de nossa
história, mas também uma grande
oportunidade para nos unirmos, com
objetivo de superar a crise, sempre
buscando um crescimento sólido e de
forma sustentável.
Expansão ameaçada
Ubabef
37sindiavipar.com.br |
38 | sindiavipar.com.br38 | sindiavipar.com.br38 | sindiavipar.com.br
A Agência de Defesa Agropecuá-
ria do Paraná (Adapar) conta com uma nova
gerente de saúde animal desde maio deste
ano. A médica veterinária, especialista em
Defesa Sanitária Animal e mestre em Saúde
Pública Andria Amarante Calderari iniciou a
carreira nesta área como médica veterinária
em unidade local e posteriormente assumiu
o cargo de supervisora técnica regional do
antigo Departamento de Fiscalização e De-
fesa Agropecuária (Defis) - núcleo de Ponta
Grossa.
“Entrei na Secretaria da Agricultu-
ra e Abastecimento do Paraná (Seab-PR) por
meio de concurso público, para atuar no De-
fis. Com a criação da Adapar fui transformada
em Fiscal de Defesa Agropecuária – (FDA) e
então fui convidada a ocupar o cargo de Ge-
rente de Saúde Animal”, conta Andria.
Entre as atribuições da nova geren-
te está o planejamento e a coordenação das
atividades de defesa sanitária animal junto
à equipe de FDA’s distribuídos pelo estado.
“Dentro destas atividades estão os Progra-
mas de Sanidade Avícola, Sanidade dos Su-
ídeos, Sanidade dos Equídeos, Febre Aftosa,
Brucelose e Tuberculose, Raiva e Encefalopa-
tias Transmissíveis, Epidemiologia, Sanidade
dos Pequenos Ruminantes, Produtos Veteri-
nários entre outros”, relata.
Desafios Com a criação da Adapar no final
de 2011 foi realizada uma reestruturação do
sistema de defesa. “Dentro desse novo con-
ceito, a elaboração de projetos vem nos mo-
tivando cada dia mais, visto que a perspec-
tiva de ações planejadas propiciam otimizar
recursos e a resposta pontual a possíveis
agravos”, conta.
A nova gerente atribui como prin-
cipal desafio do seu novo cargo manter o sis-
tema de defesa ágil e operante, “levando em
consideração as atualizações tecnológicas e
os desafios sanitários nacionais e internacio-
nais, agindo proativamente aos possíveis ris-
cos”, completa a nova integrante da Adapar.
Avicultura Andria considera a avicultura uma
referência para as outras áreas do agrone-
gócio e demais sistemas. “A organização da
cadeia avícola há muito tempo vem servindo
como modelo a ser adotado, não só pelos
demais setores da cadeia produtiva do agro-
negócio, como também por outros sistemas,
devido a sua agilidade, modernização e ca-
pacidade de planejamento para vencer os
obstáculos, portanto um excelente exemplo
a ser seguido”, elogia.
A Gerência de Saúde Animal (GSA)
conta com uma coordenação para o denomi-
nado Projeto de Sanidade Avícola. Ao todo,
14 profissionais atuam exclusivamente na
área de reprodução avícola e mais de 100
fiscalizam a área de avicultura comercial, de-
senvolvendo diversas ações.
Nova gerência na AdaparAndria Calderari fala sobre as expectativas e desafios do novo cargo de Gerente de Saúde Animal
Seab-PR
Sobre a Adapar A autarquia foi criada em de-
zembro de 2011 para executar serviços
de fiscalização e inspeção da sanidade
agropecuária no Paraná, visando mo-
dernizar o sistema de defesa sanitária
estadual. A nova diretoria da Adapar foi
empossada no último dia 7 de maio.
ORIENTAÇÃODesde as primeiras
papinhas salgadas, a carne de frango pode ser
introduzida
Nutrição
A carne de frango já faz
par te do cot idiano do brasileiro
há tempos devido ao preço aces-
sível e as caracter íst icas da pro-
teína – que é mais saudável que a
carne vermelha.
Apesar disso, em recente
pesquisa realizada pela União Bra-
sileira de Avicultura (Ubabef ) , que
mostrou o per f il do consumidor e
um panorama geral do consumo do
produto no país , obser vou-se que
a faixa etár ia que menos consome
carne de frango é a de cr ianças
entre 0 e 5 anos.
Segundo Cynthia Passoni ,
especialista em Nutr ição Pediátr i-
ca , doutora em Nutr ição Clínica
e coordenadora do curso de
Nutr ição das Faculdades
Integradas do Brasil –
UniBrasil , a necessi-
dade de ingestão
de proteína na
infância é maior
do que para
um
adulto.
“Ela é fonte de muitos nutr ien-
tes, em especial de aminoácidos e
de ferro. Não consumir alimentos
fontes de proteína nos pr imeiros
anos de v ida pode implicar em um
déficit de crescimento e de de-
senvolvimento”, esclarece a pro -
fessora.
Para a especialista , a car-
ne de frango é uma boa opção de
fonte proteica na infância , pois é
de fácil mast igação e digestão. “A
proteína de frango, como par te de
uma dieta equilibrada, auxiliará
no processo de crescimento e de-
senvolvimento da cr iança. Logo, é
essencial que faça par te do car-
dápio delas”, explica Cynthia.
Até os seis meses de v ida,
a indicação é de que a alimen-
tação do bebê se restr inja ao
leite materno. Após esse per íodo
recomenda-se a inclusão de novos
alimentos de forma gradativa.
“Desde as pr imeiras papi-
nhas salgadas, a carne de frango
pode ser introduzida. No início,
apenas no cozimento, sendo coa-
da para ser vir. Depois amassada
e peneirada; mais tarde só amas-
sada com gar fo em pedaços bem
pequenos e, até os dois anos de
idade, a proteína de frango deve
ser ser vida à cr iança em pre-
parações iguais a de
Papinha com frangoEspecialista fala da importância da ingestão dessaproteína pelas crianças
41sindiavipar.com.br |
toda a família”, ensina a doutora
em Nutr ição.
A professora ressalta ain-
da que é impor tante obser var que
cr ianças em fase pré-escolar, en-
tre um e seis anos, podem apre-
sentar inapetência , ou seja , falta
de apetite. Por tanto, a quantida-
de de alimento inger ida por elas
pode ser pequena e a preocupação
com a qualidade dos alimentos au-
menta.
A especialista reforça tam-
bém a impor tância da var iedade
de alimentos ser vidos às cr ianças
e do fracionamento das refeições.
“São recomendadas cerca de cin-
co a seis refeições ao dia , diver-
sif icadas no que diz respeito aos
grupos alimentares, e contendo
proteína de frango”, recomenda
Cynthia.
IMPORTÂNCIANão consumir alimentos fontes de proteína nos primeiros anos de vida pode implicar em déficit de desenvolvimento
Nutrição
sindiavipar.com.br | sindiavipar.com.br |
A proteína de frango, como parte de uma
dieta equilibrada, auxiliará no processo de
crescimento e desenvolvimento
da criança. Logo, é essencial que faça parte do cardápio
Foto
: Div
ulga
ção
42 | sindiavipar.com.br
A Unidade Industrial de Aves
(UIA) da Cocari, que recebeu investi-
mentos de aproximadamente R$ 90
milhões, será inaugurada no dia 15
de outubro, em Mandaguari, no nor-
te do Paraná. Com 32.500 m² de área
construída, o empreendimento irá
gerar 1.500 empregos diretos e 6 mil
indiretos.
De acordo com o gerente da
unidade, Claudio Rogério Raimun-
dini, na primeira fase, ou primeiro
turno, serão alojadas 4,5 milhões de
aves pelos produtores integrados. Já
na segunda fase, ou segundo turno,
serão 9 milhões de aves. A unidade
foi construída dentro das normas do
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento e atendendo às exi-
gências do mercado internacional.
O empreendimento se con-
figura como um importante fomento
à avicultura da região e terá capa-
cidade de abate de até 12 mil aves
por hora, ou 100 mil aves por turno.
Ao gerar oportunidades para os pro-
dutores de grãos verticalizarem sua
produção de soja e de milho, a Cocari
oferece também uma opção de diver-
sificação da propriedade.
Desde o planejamento da
unidade, com a alienação da Destila-
ria de Álcool da cooperativa, ocorri-
da em 2008, os empregos que seriam
gerados com a Unidade Industrial de
Aves tinham como foco também os
cortadores de cana da região do Vale
do Ivaí, como ressalta o presidente
da Cocari, Vilmar Sebold.
“Existem 3.200 cortadores
de cana na nossa região. E a partir de
2015, gradativamente vai ser acen-
tuada a proibição da queima de cana,
ou seja, o corte vai passar a ser me-
canizado. Com isso, automaticamen-
te, parte dessas pessoas ficarão fora
do mercado de trabalho, criando,
nessa região, bolsões de pobreza.
Nós sabemos que cresce a violência
quando aumenta a desesperança, au-
menta a pobreza. Então, a concepção
desta unidade foi feita, desde o iní-
cio, pensando em gerar oportunida-
des. Essa é a nossa responsabilida-
de”, esclarece Sebold.
No que se refere à produção
Nova unidadeda CocariUnidade Industrial de Aves será inaugurada dia 15 de outubro
Associados
42 | sindiavipar.com.br
Pensamos em gerar
oportunidades: essa é a nossa
responsabilidade
43sindiavipar.com.br |
de frangos, a indústria promoverá o fo-
mento do setor avícola, dada a neces-
sidade de novos aviários para suprir a
demanda da unidade industrial. E com
vistas a essa demanda crescente, a
Cocari mantém também um Centro de
Treinamento Avícola, a Granja Escola,
criado para capacitar os produtores
integrados ou pessoas por eles desig-
nadas, para a condução de aviários. Na
Granja Escola, o produtor tem a oportu-
nidade de vivenciar a rotina diária de
uma granja, aprendendo a lidar com as
aves e equipamentos, desde a primei-
ra fase de vida, até o encaminhamento
para o abate.
“Com o treinamento, o que a
Cocari busca é a padronização da mão
de obra de quem vai cuidar dos aviá-
rios. Com isso, a gente consegue um ga-
nho direto em termos de produtivida-
de, tanto para o produtor, quanto para a
cooperativa. O pagamento ao produtor
é feito com base no rendimento zootéc-
nico do lote e, com a padronização da
mão de obra, ele consegue ter resultado
zootécnico melhor e, consequentemen-
te, a remuneração dele vai ser melhor”,
ressalta o gerente de Fomento Avícola,
Fabio Cordeiro.
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Sobre a Cocari
43sindiavipar.com.br |
Fundada em 1962, a
Cocari - Cooperativa Agropecuá-
ria e Industrial, tem em sua área
de ação mais de 20 municípios
no Paraná e dois em Goiás, com
aproximadamente cinco mil co-
operados. São mais de 30 unida-
des, sendo 28 entrepostos que
dispõem de uma vasta linha de
insumos, necessários desde o
plantio até a colheita, além do
Centro Tecnológico Cocari (CTC),
as Unidades de Beneficiamento
de Sementes (UBSs) e o Centro de
Treinamento Avícola (CTA).
44 | sindiavipar.com.br
Notas e registros
Nos dia 21 a 23 de novem-
bro será realizado o Avisulat 2012 - III
Congresso Sul Brasileiro de Avicultu-
ra, Suinocultura e Laticínios - em Ben-
to Gonçalves, na serra gaúcha. Conco-
mitante com a Feira de Equipamentos,
Serviços e Tecnologia, o evento deve-
rá reunir 2 mil congressistas e mais de
3 mil visitantes.
A proposta do Avisulat é for-
talecer cada vez mais o agronegócio
gaúcho, através da união dos setores
importantes para economia como
avicultura, suinocultura e laticínios.
“Este ano teremos uma formação da
feira diferenciada, onde concentrare-
mos diversos polos temáticos”, pon-
dera o coordenador geral Eduardo dos
Santos. “Um deles será o de Logística,
que agregará empresas que atuam
nesta área, que é cada vez de maior
importância para os setores”, salienta.
Outro polo será o da Pesquisa e Ino-
vação, juntando universidades e insti-
tuições de pesquisa. Ocorrerão ainda
palestras para produtores, técnicos e
empresários. Mais informações: (51)
3076-7002 e avisulat.com.br.
Em novembro: Avisulat 2012
O Agrostock, um dos maiores
bancos de imagens do agronegócio bra-
sileiro, já conta com mais de sete mil ima-
gens. Além disso, a novidade é que desde
o final de agosto, os créditos para downlo-
ad das fotos, que antes custavam R$1,00
estão mais baratos. O preço caiu pela me-
tade, custando agora R$ 0,50.
O fotógrafo e diretor do Agros-
tock, Cesar Machado, explica que a plata-
forma é de fácil acesso. Após se registrar o
cliente pode selecionar e comprar, ou sim-
plesmente solicitar orçamento, através do
próprio portal. “A internet veio simplificar
esse processo. Tudo fica disponível no site,
de forma rápida e segura. É só acessar o
catálogo e solicitar. O custo-benefício é
simples: economia de tempo e dinheiro”,
diz. Mais informações: agrostock.com.br.
Novidades no Agrostock
Desde 2005, as Organizações
LIMGER utilizam em seus serviços de
asseio produtos com componentes bio-
degradáveis que diminuem o impacto
ambiental. Diferentemente dos produtos
tradicionais, que deixam películas insolú-
veis, os biodegradáveis se degradam por
microrganismos no próprio ambiente.
O principal
exemplo de melho-
ramento é o desin-
crustante, espécie de
detergente usado na
limpeza de pisos. O
produto com compo-
nentes biodegradáveis
é tão eficiente quanto
a versão tradicional, a
única diferença ainda
está no preço.
Apesar da po -
pularização da tecno-
logia de fabricação, os
produtos com compostos de degradação
orgânica são, em média, 30% mais caros
em relação aos tradicionais. No entanto,
para cumprir a sua meta de redução do
impacto ambiental, as Organizações LI-
MGER apostam neste investimento. Mais
informações: organizacoeslimger.com.br.
LIMGER e limpeza biodegradável
Maior empresa do segmento pré-
-moldados para aviários do norte do Paraná,
a Prenorte oferece a seus clientes um sis-
tema de construção com baixo custo e me-
nor tempo de execução, podendo fabricar
e montar uma surpreendente quantidade
de aviários simultaneamente. Com a expe-
riência técnica adquirida em seus diversos
ramos de atuação, a Prenorte está preparada
para realizar construções em qualquer local,
oferecendo produtos de qualidade, com alta
durabilidade e dentro dos padrões de segu-
rança exigidos. Mais informações: (43) 3525-
7574 ou prenortepr.com.br.
Pré-moldados Prenorte
45sindiavipar.com.br |
Notas e registros
A Casp, especializada em produtos
e serviços para avicultura, suinocultura e ar-
mazenagem de grãos, participou em agosto
do XXIV Congresso Mundial de Avicultura
(WPC, na sigla em inglês), em Salvador. A em-
presa que atua há 75 anos no mercado bra-
sileiro aproveitou o evento para reforçar sua
marca junto aos clientes e o setor avícola.
Em seu estande, além de contar
com a presença de toda a equipe técnica e
comercial, a empresa destacou seus produtos
e equipamentos. Dentre eles os comedouros
automáticos, bebedouros, silos, climatizado-
res para aviários, incubadoras e nascedouros,
comedouros e dosadores de ração para suí-
nos, entre outros.
De acordo com Everton Gardezan,
Marketing da Casp, a empresa não poderia
deixar de prestigiar um evento tão importan-
te para o segmento, e reforçar o seu compro-
metimento com a modernização e desenvol-
vimento da avicultura, ao oferecer soluções
em equipamentos inovadoras e de alta quali-
dade, que vem ao encontro das necessidades
do mercado. Mais informações: casp.com.br.
Casp participa do WPC 2012
Para comemorar os 15 anos de ati-
vidade completados em agosto, o Instituto
Internacional Saúde do Trabalho (Insat), um
dos maiores grupos de saúde ocupacional
do Sul do país, começou a fazer atendimen-
tos em sua nova sede, em Quatro Barras em
parceria com a Clínica Intersaúde. Com sede
em Curitiba, a empresa presta consultoria de
segurança e medicina do trabalho para mais
de 500 organizações em mais de 100 cida-
des brasileiras.
O Insat conta com serviço espe-
cializado para monitoramento da saúde dos
funcionários através da confecção do PPRA
(Programa de Prevenção de Riscos Ambien-
tais) e do PCMSO (Programa de Controle Mé-
dico de Saúde Ocupacional), além de realizar
exames admissionais, periódicos, demissio-
nais, laudos ergonômicos, de insalubridade,
periculosidade, avaliações químicas, realiza-
ção de cursos e treinamentos, entre outros
serviços.
Para Fabiana Facci, diretora comer-
cial do Insat, a localização da nova sede irá di-
minuir o tempo de locomoção de quem mora
em Quatro Barras e municípios adjacentes.
“Por ser uma região industrializada, acredi-
tamos que os empresários precisam de um
serviço de qualidade, visando à saúde do
trabalhador”, afirma. Mais informações: (41)
3218-4404 ou insatnet.com.br.
Insat em Quatro Barras
Com mais de 20 anos no
mercado, a Fortex é especializada
na produção e inovação em equipa-
mentos para a fabricação de mara-
valhas. Pioneira e líder no segmen-
to, a empresa amplia seu portfólio
com o lançamento da PMF 4/20 de
Vídea, que apresenta maior dura-
bilidade de afiação e proporciona
maior qualidade e conforto à cama
dos animais.
O novo produto é capaz de
produzir maravalhas uniformes e
macias que reduzem a incidência
de “calo de pé” no frango, sendo al-
tamente recomendado para criação
de aves e uso em biotérios. Trata-se
de um equipamento de alta dura-
bilidade, eficácia e baixo custo de
manutenção com produtividade ga-
rantida. Mais informações: fortex.
ind.br.
Lançamento Fortex
46 | sindiavipar.com.br
PAR
AN
Á
Estatísticas
PER
UParticipação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg
Agosto26,24%
Paraná 79.058.048
Brasil 301.290.830
Acumulado29,00%
Paraná 723.665.705
Brasil 2.495.194.872
PAR
AN
ÁFR
AN
GO
kg US$JAN 603.305 1.016.801FEV 793.218 1.232.497
MAR 1.522.854 2.399.245ABR 1.160.215 2.058.829MAI 1.230.253 1.959.940JUN 495.030 650.238JUL 889.835 1.189.727
AGO 1.480.810 2.166.242ACUMULADO 8.175.520 12.673.519
EXPO
RTAÇÃO
EXPO
RTAÇÃO
kg US$JAN 88.087.603 159.831.739FEV 78.069.418 138.180.090
MAR 95.758.553 172.025.023ABR 97.548.439 178.018.992MAI 117.524.516 210.955.875JUN 86.524.395 141.748.234JUL 81.094.733 135.915.313
AGO 79.058.048 131.758.400ACUMULADO 723.665.705 1.268.433.666 F
on
te:
Sin
dia
vip
ar/
Se
cex
Participação do Paraná no volume das exportações do Brasil / kg
Agosto16,40%
Paraná 1.480.810
Brasil 9.025.891
Acumulado13,71%
Paraná 8.175.520
Brasil 59.626.542
Fo
nte
:Sin
dia
vip
ar/
Se
cex
AB
ATE
(cab
eças
) 2011 2012
JANFEV
MARABRMAI
JULJUN
AGO
ACUMULADO
703.456562.540673.614
745.436797.948
1.030.784
1.063.2031.016.073
1.030.360
619.967705.997797.867962.458
991.845912.603
942.737
6.973.2516.583.637
ACUMULADO 946.239.510927.862.538
AB
ATE
(cab
eças
)2011
JANFEV
MARABRMAI
AGO
JUNJUL
120.744.159113.702.443114.098.661
125.868.250112.640.769
127.054.280
123.329.225
115.919.360115.782.846
111.605.340120.988.570110.838.755119.416.551
119.608.673
110.537.703111.966.463
2012
47sindiavipar.com.br |
48 | sindiavipar.com.br
Artigo motivacional
ProcrastinaçãoComo se livrar do mau hábito de deixar para depoiso que pode ser feito agora
Procrastinação é o ato de
esquivar-se de uma tarefa que ne-
cessita ser realizada. É o mau hábito
de deixar para amanhã o que pode
ser feito hoje. Isso pode nos levar a
ter sentimentos de culpa, desajus-
te, depressão e baixa autoestima. A
procrastinação pode ocasionar con-
seqüências dolorosas, como o insu-
cesso profissional e a frustração nos
assuntos e negócios particulares.
Procrastinação não é sim-
plesmente uma forma de preguiça.
Ela surge por razões variadas, in-
cluindo:
• fuga de experiências negativas
• falta de capacitação
• medo de comentários e avaliações
de terceiros
• hostilidade à tarefa ou à pessoa
que a solicitou
• pessimismo
• depressão
• perfeccionismo
• passividade
• necessidade de
aceitação
• baixa tolerância
às frustrações
• sentimento de
injustiça
• sobrecarga
Sinais de alerta A tendência de
deixar para depois as ta-
refas mais difíceis e desagradáveis
está sempre presente e o combate
à procrastinação exige um alerta
constante. Os verdadeiros procras-
tinadores apresentam cinco com-
portamentos reveladores:
1. Sobreestimam o tempo
necessário para realizar alguma
coisa.
2. Superestimam o tempo
disponível para realizar alguma
coisa.
3. Superestimam o quanto
estarão motivados para realizar al-
guma coisa mais tarde.
4. Acreditam erradamente
que não é recomendável trabalhar
numa tarefa quando não estão mui-
to bem dispostos a fazê-la.
5. Acreditam erradamente
que, para ter sucesso numa tarefa,
eles têm que desejar fazê-la.
Como combatê-la? A procrastinação começa
com alguma espécie de sentimento
negativo que nos desvia das tarefas
importantes. Se você puder reco-
nhecer e reformular alguns des tes
sentimentos de ansiedade e dúvi-
das, você poderá elaborar um plano
para combater a tendência à pro-
crastinação e gerenciar melhor o
seu tempo.
Estude e identifique as cau-
sas que o estão levando à procrasti-
nação e combata os maus hábitos.
Jair Siqueira
criatividadeaplicada.com
Engenheiro, consultor empre-
sarial e escritor
49sindiavipar.com.br |
50 | sindiavipar.com.br
Frango assadocom mel
• 4 coxas de frango com pele
• 4 sobre coxas de frango com pele
• 1 colher de chá de páprica doce
• 2 dentes de alho picados
• 8 ramos de tomilho
• 2 xícaras de vinho branco
• 2 xícaras de chá de caldo de frango
• ½ xícara de mel
• Suco de 1 limão
• Pimenta do reino a gosto
• Sal a gosto
INGREDIENTES
Tempo de preparo: 1h30
Rendimento: 4 porções
Fonte: Milena Fernandes
ReceitaReceita
Tempere os pedaços de frango com a páprica, o alho, o sal e a pimenta. Coloque o frango em uma assadeira, adicione o tomilho e cubra com papel alumínio. Leve ao forno pré-aquecido, a 180 graus, por 30 minutos. Tire do forno, retire o papel alumínio e acrescente o vinho e o caldo de frango. À parte, misture o mel e o suco de limão. Regue o frango com essa mistura e retorne a assadeira ao forno, sem o papel alumínio, por mais 30 minutos. Sirva em seguida.
MODO DE FAZER
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Gastronomia
51sindiavipar.com.br |
Frango Sabor Caipira
SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 1132Mandirituba - diplomata.com
PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola
Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br
Granja RealPato Branco - granjareal.com.br
Marco AviculturaTamarana
Cooperaves - Coop. Regional de Avicultores
SIF 1860Paraíso do Norte
Abatedouro Coroaves
Agrícola Jandelle
Agroindustrial Parati
Agroindustrial Parati
Anhambi Alimentos
Avebom
Avenorte Avícola Cianorte
Maringá - coroaves.com.br
Rolândia - bigfrango.com.br
Rondon - agroparati.com.br
SIF 2137
SIF 1215
SIF 3925
SIF 2010
SIF 3170
SIF 2677
SIF 4232
Umuarama - agroparati.com.br
Itapejara do Oeste - anhambi.com.br
Jaguapitã - avebom.com.br
Cianorte - guibon.com.br
Avícola Felipe
BRF Brasil FoodsSIF 1880
SIF 8096
Paranavaí - misterfrango.com.br
Carambeí - brasilfoods.com.br
SIF 7777Santo Inácio – brfrango.com.brBR Frango
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 2539Capanema - diplomata.com
Frango DM
SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br
Diplomata Industrial e Comercial
SIF 1619Londrina - diplomata.com
Frango Seva
SIF 2212Pato Branco - frangoseva.com.br
Frangos Pioneiro
SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br
Gonçalves & Tortola
SIF 4166Maringá - frangoscancao.com.br
Jaguafrangos
SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br
Granjeiro Alimentos
SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br
Coop. Agroindustrial Lar
SIF 4444Medianeira - lar.ind.br
Copacol Coop. Agroindustrial Consolata
SIF 516Cafelândia - copacol.com.br
C. Vale Cooperativa Agroindustrial
SIF 3300Palotina - cvale.com.br
Cocari Cooperativa AgroindustrialMandaguari - cocari.com.br
Coopavel Cooperativa Agroindustrial
SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 530Lapa – seara.com.br
Sadia
SIF 716Toledo - sadia.com.br
Tyson do Brasil
SIF 2694C. Mourão - tyson.com.br
Unifrango AgroindustrialMaringá - unifrango.com
Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste - avicolacarminatti.com.br
Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br
Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br
Granja Econômica Avícola Carambeí - granjaeconomica.com.br
Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br
Seara Marfrig Group
SIF 2227Jacarezinho - seara.com.br
Kaefer Agroindustrial (Globoaves)
SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br
Sadia
SIF 1985Dois Vizinhos - sadia.com.br
Sadia
SIF 2518Francisco Beltrão - sadia.com.br
Copagril - Coop. Agricola Mista Rondon
SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br
ABATEDOUROS
INCUBATÓRIOS
exportação geral
Habilitações:
exportação para UEexportação para ChinaAbate Halal
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