earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL,...

36
E o1c;Xo SKMANAL oo JoR:<Ar. O Seculo N .• 12) L ISUO A. 1 l DF. JULHO DE IQ08 Ol OIOCTô R: earros malhei ro DIU - Prop.-i•• l• d• .1. 3, da Silva 6raça - OI RrCTOR AR'rlSTJCO . 'Francisco tllKtlra . Anno................. .......... ...... ..... ,Jsoo PORTUGAL, COL..ONIAS E H&: S PANHA Aaatata\ura Pcr<ogal, colcolu t ll - ha, AsiaD>tura ocaj untt.4 <!o Soe"1o, Supplom .. to llwno:is>ieo <!o S.eulo t 4A nl""tr';!o l'orl"i"OU ::= . .... :::: 1 -··--== Üo.A.C:çlO, ADlllM5T&AÇÃQ t OPPIC:li-i• • D& coxros1çl.o . u&ra&ulo -R .. ,.., ..... ,,, .... 1 Glb.i ALl"R tT•O GAZl' L. 3 lllus t r. 1• · llMli PESTA 0 NO l ',\IH)t:ri OE l>Al.HA\.' \ , a Hlus. tr. DE H-IU 1 j Cop• J l'\\A l'EGA RIJA ldr(/ 11 dr lle1u1/id ) @ T ol(tO _ I A M.-lô OE El.· REI , , illu.,:t. e' O Á 01 .A POLYTECHNC<.A, 2 lll uit.tr • • O QUE 1 E O Ql'E A c1Ll.lJSTRAÇ40 l '10l{Tl'(il'EZ'i.>, o l'l u.ctr ummar10 4i 1 l.:STAS Rl! U G IOSAS, t ·llu!õlr. 1t IJ. \\ ..\ A LOl\inRA, 2 tllUStt. ISrANTI L l.\\ <"f:-!f.AS( A'!'. PORTL:Gl"ElA'." Nl[ Ml/.OAS, J " li.\\ (llA DE ªº·""º''"'- CA.'f.PO PEQUESO, l 11lu!itr \'1.-\GE.'4. 00 UWZADOR D. AMELI A AO DRAZll,, J lllustr. C.A.\1.UtOT, 2 11ust:r .•••

Transcript of earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL,...

Page 1: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

E o1c;Xo SKMANAL oo JoR:<Ar. O Seculo N.• 1 2 ) L ISUO A. 1 l DF. JULHO DE IQ08

OlOIOCTô R: earros malheiro DIU - Prop.-i••l• d• .1. '· 3, da Silva 6raça - OI RrCTOR AR'rlSTJCO . 'Francisco tllKtlra .

Anno................. ..................... ,Jsoo PORTUGAL, COL..ONIAS E H&:S PANHA Aaatata\ura ~...,. Pcr<ogal, colcolu t ll- ha, AsiaD>tura ocajuntt.4 <!o Soe"1o, Supplom .. to llwno:is>ieo <!o S.eulo t 4A nl""tr';!o l'orl"i"OU

ri:":;~~::·:::::::::::::::::=~:::::::: ::= ~li;-=== ..... :::~.:_-:::~.•--= :::: 1 ~~~~:eTܺ$b(,~,-- -··--== ~ Üo.A.C:çlO, ADlllM5T&AÇÃQ t OPPIC:li-i• • D& coxros1çl.o . u&ra&ulo -R .. ,..,.....,,, ....

1 Glb.i ALl"RtT•O GAZl'L. 3 lllust r. 1• · llMli PESTA0

NO l ',\IH)t:ri OE l>Al.HA\.' \ , a Hlus.tr. ·~ VISI TA DE H-IU 1

~ j Cop• J l ' \\A l'EGA RIJA ldr(/11 dr lle1u1/id ) @ T ol(tO _I A M.-lô OE El.· REI , , illu.,:t. e' O Tt~OR'l'O~T \I •

Á t:~< 0 1. A POLYTECHNC<.A, 2 llluit.tr • • ~ O QUE 1 E O Ql'E ~fiR,\ A c1Ll.lJSTRAÇ40 l '10l{Tl'(il'EZ'i.>, o l'lu.ctr ummar10 4i 1 l.:STAS Rl!U G IOSAS, t ·llu!õlr. 1t IJ.\\ ..\ t:XCliR.~ÃO A LOl\inRA, 2 tllUStt. • I L~HA ISrANTIL l.\\ PARI~: <"f:-!f.AS( A'!'. PORTL:Gl"ElA'." Nl[ Ml/.OAS, J illu~t. " li.\\ (llA DE fOl'RO~: ªº·""º''"'- ~o CA.'f.PO PEQUESO, l 11lu!itr \'1.-\GE.'4. 00 UWZADOR D. AMELIA AO DRAZll,, J lllustr. ~ o C.A.\1.UtOT, 2 11ust:r .•••

Page 2: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

ILLUSTRAÇ.l..O PORTI.:Gt. í7A

O PASSADO, PRESENTE E FUTURO REVELADO PELA MAIS CtLEBRE CHIROMANTE E PHYS/ONOMISTA DA EUROPA

MADAME BROUILLARD

Du:: o passado e o prt­sente e predli o tu· turo,com veracidade e rapidez: 6 lneom• paravel em vaedd· nios.. Pele. estudo que fez ias sdtn· cia.s, chromanoa.s,

chronologla e ohisiognomcr nla e pelas applieações pra· Uc:as das theor1as de Gall, Lavater, Dt-sba.rrolles. Lam· brou. d'Arpenligney. M&d&• me Brouillard tem pereorTtdo as prindpau ddadesda Eu­ropa e Amtrica, onde foi admirada pe1os nu.meros.os clientes da mais alta cathe· goria. a quem predisse • qutda 4o lmperio -e todo$ os acontecimentos que se lht seguiram. Fala pOrtucuez., rance-z, inclet, aUemao, ita·

liano e he$panbol. O! consulta-. diari3õS das 9 da manha ás u da noite em

seu r;abinete: 43, Rua do Carmo, sobre .. loJa - LIS BOA. Conc:1llt~ot A 4~000 r~ . 2~4:500 rs. e 6$0 00 Te:,

ALIMENTO 'DELICI OSO I

BANANINE MIALHE Farinha de Boaana.s esteriliz.ada ch6Colat.adae pboapba**tda

R&eommendada ª°'* eatomagoa delicado•

CRIANÇAS - CONVALESCENTES - VELHOS Farmac.i:a d•l Dr MIALHB,

PROF&ssôl\ NA FACULOAOe OE w.e.ou:.lNA lt, l"U• Pa•• PAIUS

NOVO DIAMAKH AMlRICAKO ~~~~;:1?·~~1~:r~ que sem Juz. 11r-titi•

dai bnlha com-o s~ 1os:;e \'erJadeiro diamante. Annei!I e alfinttc:s a 600 rs., broches a 800 rs.. brincos a 1$000 rs. o par. Undos eoll.res de perolas a 1$000 rs., Todas estas joias slo em prata ou ouro de lei.

#lia oonfundlr a noHa ona

96. Rua de Santa Justa. 96 (Junto ao elevador) LISBOA

li ~VRTF:

Livraria da CASA ANDRADE --em: -- 52, Rua Maclel Pinheiro, 52 Paula & Andrade Parahyba do Norte BRAZIL Acceita consignação de livros e revistas de qualquer paiz

De dóuble foee. os melbores ptla sua nitidez e durai;ao con-­tendo o mais Hriado e ~od~,.. no n(Hlrtorio em musica e can to dóS melhores auctores noâo­Naes e <Slrang-<fros. Marca , ..

~~s'l4êá.f~rr.r1a::~:o.~~=~~: ucepclonaes.Grandes descontos para a venda no Braz11eco1onia.s p<>rtutnez.as. GrtindL deposiUJ tÚ discos e ,,.adina1/a.la.Nle1. _.,.. dlr catalogos.

J. OASTELLO BRANCO R. OE S. ANTAO. 3Z, 34 E 8Z-LISBOA

AGEN1t: .E.M. l'AKl.S! CA..àULLK UPM.'\N, 2Ó, RU8 VICNON

Page 3: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

0

Por occasi!ko da recente vi11ta realisada por El-Rei ao hospital de S. Josc, o augu•tO soberano annuiu ao pedido, que lhe Coi feito pelo sr. dr. Azevedo Ne­ves, d irector do laboratorio de analyse clinica aanexo áquelle estabelecimento, para consentir que lhe fosse tirada a radiogra­phia da mllo.

A operação foi logo executada pelo sr. dr. Feio e Castro. que:. habili.ssimo- nos trabalhos d'eate gencro, e é uma prova da tC!-· pcctiva chapa que ~lpresentaruos aos nosso21 leitores como um do· cumento interessante.

(CL.ICH* 00 ••• Dll. F .EIO a cu-rao.)

Page 4: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

O nome de \líredo Ga.

zulJ que teve uma borabutante lison­geira de triumpho, prin­cipiára a ca.quecet desde que ha bastante tempo a doença o íor~ira ao ccm-

ºgo stante isolomento, e por lSSo quando os jornacs publicaram recentemente a notida d~ tua morte,

para os que o nlo tinham conhecido nvs seus dias de gloria, passados jâ ha trinta annos, e depois só o teriam ouvido nvmear apenas em qualquer referencia vaga. foi ella que de facto constituiu a revelaÇão da existencia d•esse tenor portuguez edis. tincto composilor musical.

A Italia acolhera-o com valiosos applausos em ai· guns dos seus melhores 1bea· tros h ricoa; cantára com acentÚado succctco na A u.,. tria e na Hespnnhai Lii;boa e o Porto ouviram-no egual­mente com enthusiasmo, em noites celebres de S. Carlos e de S. Joao. ~b~, tudo e:->· tava bem diAtante, e a me .. moria dos homens é curta. O• jornacs que lhe haviam t~cido louvores encomiasti· cos ~TOarcllecera-os o ttm­po. As 1)'1'3.1 dos poetas que o tinham celebrado c-stavam de ha muito emmudecidas.

De resto a sua carreira de cantor, que lhe dera esses trium· phos, de ha bastante que concluira tambem. Havia já trinta annos que e's.es poetas lhe tint.am dito'.

o o o e

La tua voce nel cor dolce. mi 1uona Cem~ canto dei ciclo a me venuto; Cerca ogni fibra ed aJJ'applau•o sprona Spirando amor s'ogni ahro aflectoa ê muto, Quando la nota tua dolce sorvola .\d un'onda di suoni armoniosa, Sembra un'eco d"angelica parola.

Eram bem longínquas essas lembranças, e para elle proprio, até, apezar da 1audade que lhe despertariam, porventura começavam a esfumar·se, a diluir·se gradual­mente na neblina desoladora do passado.

Depois de cllc se ter ido. porém, d'essa maneira, si­lencioso, esquecido, nio deiniem06, aproveitando a tris. te opportunidade da mone, de contar aqui a 5ua interu· sante e curiosa bios:raphia artistica.

Alfredo Gazul pertnceu a uma família de mu­aicos. O pac era profe~sor de flauta no Conservatorio f! toe.ava t\tt instrument1,

~ 7 na orchestra de 1 S. Carlos. Cha-

mava--e J os6 Gazul e é tradição que se diiia enta.o que o som da sua flauta enchia o thcatro, tal era a pe:rfei~ ça.o e o brio com que eJle tocava os solos. Um C'

tio, l4-'rancisco Gaiul, era t' egualmentc professor do 8 Conservatorio. Foi cate O o pae de Francisco de ~·rci­t.as Cazul, eximio composi· tor. Dos outros dois tios, um, Jono Gaiul, era primei­ro trompa de S. Carlos, e o ouuo, Pedro Gaz.ul, um to­eaclor habil de oboé. Os ir· m).os nasceram todos dota­dos tle espontanca voca.ç~o musical: um, José como o pac, possuia uma magnifica e poderosa voz. de tenor dra­matlco, que nunca qub cul­tivar, porém, e o outrOt Fr..incisco como o primo, foi o seu primeiro profea.sor de rudimentos de musica, aos 'Cte annos, quem lhe en1inou a tirar os primeiro~ som da rabe- ~ ca. 1'-oi att.Sim, pode di- e zer-se, que o apellido Gazu1 se alliançou in­dissoluvelmente com a musica nacional.

Este ultimo irmão de Alfredo Gaiul morreu novo ainda, e por isso elle teve de proscguir os ~cus e.studos

Page 5: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

celebrado professor Francis· ~r co AJagarim, até que se ma­triculou no Conscrvatorio, onde fez com distincç:lo os

cursos de rabeca, em. que teve por mes.­tres José Maria de Freitas e Filippe Real, de b;t.rmonia e de alta composição.

Desde os 14 annos entrou para a or .. chc1tra de S. Carlos como violinn, e, por ser um tocador e solista primoroso, tomou parte t:m numerosos concertos e era convidado para t~car nas principac• casas fid•lgas do tempo, que pri· mavam cntlo cm realisar serôu artisticos, entte os qmu.·s destacavam, por esEe tempo, os que davam os marquczes de Penafiel, nos qu•e• Alfredo Carul ai· gumas vezes se fe-z ouvir.

O cantor aind .. a si pro­pno se ignora .. •a, porém. ~·oí quando Jà unha 21 an­nos, que o nO$.SO artista c<>­meçou a cultivar a voz ma­viosa, que descobrira pos­suir, de tenor de meio ca· racur. Exaltou-o, cnt2o, o enthusiasmo arti!tico e re­solveu ir estudar para lta·

g lia. Partiu dentro de pou­o co, com o producto obtido g n'um concerto organisado

por um grupo Ce amigos intimos e o auxilio directo de um d'estcs1 Caetano Lei­&e, e tm Mil).o, sob a dire­cção do famoso barytono Jono C<>rsi, aperfeiçoou-se no canto, maniíes1ando de um modo exuberante e qua­:;i inesperado as mais vali<r sao aptidões.

Em 18;2. Alfredo Cazul, que tinha então 28 annos, enrciava-se 6nalmcnlt no Thcatro Comuna lede Vigc­vano, com a Luc1eda Bor­gin. O meslre acudirn de proposito para ouvH-o na aua primeira noite, e o de­butante revelou-se logo um art1 .. ta de tal merito e U.o indi...eutiveis recurso,, con­quistou tanto as sympathias do publico desde essa pri· n1eira apresentaçtl.o, que foi reconduzido para cantar, n' esse mesmo anno e no se­guintr, a FatY1rilo e os PN­rilaNoS.

A carreira lyrka de Alfredo Cazul constitue. d'ahi por deante, uma serie brilhante de triumphos, que se prolongam du· rante sete anna. ·:onaecutivos.

De Vigevano vae a Tu· rim, onde canta o Elixlr dr amor e uma opera nova A mo-re alia pnn:a: de Turim a ~

MlHlo, onde canta Os dit1.11U11tlts da <o.r&r e l/""1 a:.·11111"·" tk .&t1raM.1i1~àa. de M1l).o a Bicita, onde canta a 7ra:.:iala.- de Biclla a Savigliano, onde canta os Pwriltmos e o Ri"g't>lelto. Dttempcnha em Torti as Edu.candal de S'orreuto e Cnid. cm Cenova o Rarbeiro dr

'Sevillta e a nova opera La Fanâ11/IJ roniantica . cm Piacco:i.a o F11rioso; cm S. Remo a L111 ia e D. Pa.s­roal: cm Fano a Linda de (lta1tt01tnix; em Novara a For(a do ,fnlino.· em FIO· rença a Saj>ho. Cada epoca enriquece mais o seu rC· portolio. r:m Roma canta a Som11a,,.~Nla com a celebre Donadio, e. ambos a repe­tem depois cm )liJ).o e Tu­rim.

Vac cantar na Austria os PuriJa111Js e o Rigokllo, e quando regreA;~a a ltalia cria, com Giraldoni e Caro­lina Fcrni, a ,nova opera li -:-Ü>li#O dd Ditr:.dÍQ, que canta com e!tCS dois artis­tas cm Florença, Bolonha e Emilia. Na $Ua compa- § nhla vae tombem a Barce· lona onde levam á scena a mesma opera, bem como s.~1-JiAo e Man·n dr Roj,au. Por esta occulao canta u.mbcm no tbcalro Real de ~ladrid a Somna111lmln., com Vare1i.

Alfredo Cazul visitára a patria uma vez durante este periodo de tão largas peri· grinaç.'es lyricas Estivera no 1heatro de S. jo2o do Porto fazendo a epo<'a de 181.t·/S,

em que cantou,comnota,·cl applauso, a l·lr':·orila, o Ri· /(Olello, a 1 nn:iala, a So­mmtm/Jttln, a Linda, a Lu· cnâa e o Barbeiro. O agrado que despertou va­Jeu.\he enl!lo o oflc.teci-

meoto de contracto para Li,. boa 1 e eflectivamcnt: veiu a S. Carlos cantar a Som1unn~ 611/a, conquistando um ver· dadeiro triumpho. Em 187Q o illustre tenor voltou a Lis­boa a faser a pane de Cario

na /,..üu/a '" °""""'"'ir A sua carreira de cantor ac-abou j!t. Foi bastante preenchida, mas pode dizer-se tambem que foi rapida. Alfredo Cazul conta enUlo trinta e cinco annot.

6 Desde en1ão Alfredo Ga.ul consa­

grou-se, em Li.$boa, ao ensino parti-

..

Page 6: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

Alfredo (,'01u/ 1101 '7 ONnOI

{CUçHlt l>K J. L. LOl:&&lllO

a emis~o da \'OZ, dos 0 quaes tirava e.~ce11cntes g resultados com os !.CUS o discipulo~, e escrevendo um compcndio de musica para o canto coral 1 um me­thodo de entoação e uma collecção de solfejos. A ca­sa Neupatth editou tambcm um compendio de r~beca ..:u.

Como compositor consa­grou-se ao genero sacro, es­crevendo dlvcrsu miMas, cntTC as quaes uma que foi premiada. com a medalha de oiro na 1!.xposiçlo Indus­trial Por<ugueza de 18~. Deixou tarnbem escripto um Te-Deum, varias Salve-Rai­nhas e outras masic•' reli­giosas.

Escreveu :iinda uma ope .. ra intitu lada Le!t'a.

O trabalho violento e abor­recido das lições n.10 c:on­seg·~!:t. porém, entiUiar-lhe o seu amor pela divina ar­te, que o apaixonâra desde a mocidade e que el~e tão nobremente servira. 1-~mpc­nhava todos os seus esfor· ços por duenvolver o .' .)sto musical no publico e por criar e incitar artistas.

Associou-se com Rcy Co­laço, Victor Hussla e Cunha e Sil\'a para organisarcm os primeiros concertos de mu­sica de camara que se rca· Jisaram em Portugal, e que tiveram de ser interrompi­dos pela doença de Guul, visto n:&o haver quem o su~ stituisse na parte de violeta.

No thcatro da Avenida, (e.z dc$cmpenhar por um grupo de discipulos seus, e sob a sua regcncia, as ope­ras Som.ntt,,,f111la e Pntndore.s de Pero/tu, que depois se repetiram cm Evora, no thca­tro Garcia de Rezende.

/"lu,141r•,Aia ._, C•nl li~ ,,,. , .. c.o1•. ,..,,. ...

"°' ""' o•ir'"· '" Ul#M IJYO d1t 1901

• Tal foi a vida do tenor portuguu Alfredo Cazul, tanto é, pelo menos, o que d'ella pode saber-ae e apu­rar·se, porque poucos ho .. roens se defenderam como elle das sugge>tõet da vai­dade, clausurando-~ tenaz­mente nos mais intransigente silencio a respeito de si pro­prio. E' bem natural que o artista, tendo e.xperimentado a eoibriagu.ez do triumpho, não escapasse à ouatalgia das sua• noites de gloria: sofTria .. a, porém, intimamente, e nunca alguem o ouviu evocar esses triumphos e glorias.

Page 7: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

l'#t rn>o fie u~cllld1n1-0 dr. Fá/iJO .J•U•do o '""'";,.º or•ll;·o ºº 'e•uU AndrJ ~•1-0 t'1111tü A1tcfri Râ.s ."º au/q.,o,•d em qwe /o' co•tl11~tdo 110 llosp1/0J

-O '""1•1~ Si/Veir• Ro111os, fJrtJHeito tlossijicadc, salloHdo *'" ob1tac"/o

Page 8: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada
Page 9: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

No dia J do cor· rente sua magestadc El-Rei visitou a Es­cola Polyte<:hnica de Lisboa, onde tinha estado pela ultima vez como infante e na qualidade dcsim­plcs estudante, pou­cas horas ante! da tragedia de 1 de fe· vereiro. Foi alludin· do a esta recordação dolorosa, que nao poderia deixar de im· pressionar o seu es­pirito, que no ensejo de passar pelo labo· ratorio de chimica, onde trabalhou sob a direcção do pro· fes•or Achillcs Ma­chado, o sr. D. Ma· nuel disse corumo­vidamcnte, dirigin· do·se ao seu antigo

~ ~ .b~~~;~, cr:~~~,.~"!11};':jo~;d;),í,o~'"

no fJONfO ""1í.s allu d" Ot>se.t•tJ/O"O J,1/anle D. /,.,iz

- Bl·R#• usf.t'N•Hdo o ,,,, "º'"' "º livro do J1f11s•tt 8oe"r'

- •Bom tempo aq uelle que aqui PllSsei ! E bem dato­sol>

v chefe do Esta· do visitou o observa­torio D. Luiz, su­bindo até ao rcspe­ctivo mirante, todas as aulas da Escola, assi$tindo n 'algumas a varias expcrieocias e demonstrações, e as diversas salat do :\Ioseu, comprehcn­dendo as collecções de <oolOj(ia, geolo­gia e mineralogia.

O corpo docente da E tSCOla aguardou El-Rci na respcctiva escadaria, e osalum­nos, seu, antigos con· discipulos, Aicram· lhe uma calorosa ma­nifestação de sym • patbia.

Page 10: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada
Page 11: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

EsptrAndo a abtrtura d• venda da llltulrrJ(lJo PorlNflUH ft:\.JCHt o& u:so&.lllol.l

Page 12: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

A hora ..ia. ,·en.41. na rua Forw<·~

UM vos 1 R.\fl.\J.HOS 1),t HlKCCL"t"'i ~ ('Q).IO 'SH

e-·At .\ 1 r.i.u .. rRAÇ_\o PoRTL«it·v.A t " \ SUA ("OSl'H'.ÇÀO 1.,rTr.ERAIUA F. AIHl!-. 1 lf'A

Em·, ,1d.1 t-rm311a, folheando n o;~·u ;~ 1rna1 pro· fu~.llllf'Ott" illu!\lr3d•J, que Jh'=' f.v 1"41-'l.'Mr clt-;inte d,, ... c•lhos, <"m uma ex.ten:;a e t~•Hnplc·ta ~rie de una.,::cn-, graphic.t .. , o ... a1.:o!lte<imentm 1lã adua· füladc, n<:nhum leitor da /UkS/t'cUd.J I'111l11K1tL:ll pc.:11...a um m1;1mf"nto na .... omma de arduo ... rsfor­~, .. r tfe trabalho 1aborio. so que n1~l·•U .1 ÍA7.c-r e .. ._.. num1·ru.

1~;1n_·\~' n t1idc1., a n1i .. ll m.1h Íil· dl \: :-.upt•rfo iill cl ·e .. tc mundo, t" pelo c·nntr;1rÍ•), :1 tarefa .. 1•m.1nal cll~ combin.1r e rr.ili­....a.r c:1..-...is pa.gtna3 de ruodo a ton· qui"t.lr<'m o a;tra· do tr.msitono de um publit o ca­prit hOl(l e• d<' gt"'" t•">S l!'lo cli\'t'hus. ,_-11mo \'11l11n+,, e UllM d,l~ t•1np1t~·

"ª' qur d UI) 1h1)· lo~ia 1 l.1 .... i1ol ;11· tribuiri.l ·~ lln­

ul<"•" .. ,. 1 tível't-~· 1 QUhc.'(1dO.

(CLICllll O& IL"o:OLl&L~

do !o.t• trata <h· uma revist;\ jlJuslra<la c·.1rn CI íeitin da Uol\~;1 1 <· ntln dia tra7, a s.'n 110\",1 p1•1l.l1 pela ncu~'l .. id,uk inn: .... antcincme rcna~;cidu lle prucurar a \'Mit·cl.u lc, de achar novidadcs, p.ara ('\'Ítar a. todo o tr.m .. ~· qtic n paladar clu leitor "lt' embute, dei .L,·.,m11.1nh.1.r sem de.sfallcn··ia.\ •' a.t u1.alida<le, que ab•i.urH" e:spedalmente toda .1 1..uri~1dade n •Kic-ma •• \ttrescente·se a. e_. .. y .. .11intl.1 <L'l diffii..ul­d 1Jes propriamente de cara< ter u~terial. que n ·um.1 pubhcaç-~o d "esta naturez.a c.i:u.1lm~nte au­!Z:ln<'nUm. pela maior comptexitlade do .. eu tra-0.Uho t<"'l·lmi1.:o, pela condi~·:lo mth111pt-1h.1\·d de

nitidc·i, de çui­<l,ulo Mltl\lko a qut• t lla tem <lc ub<·(lecrr.

Toda§ U c.lith­,uldado da or­;anw~!lo do jor­U41. au:rt s.c.~•n 1-

t .. rnam·«' maii'\ ,-0111plt-\.1"i quan• O chefe da rhotogra\"1Jta no nu 11bJntte

Nào é. 1lol1r i:;· ~. simples, tt ronft-n.;.:\u tlc um rtl;,ll(:ltlnC l"OIOO

"/l/11$/1t1f,UJPor~ IMpt:a, e º' que ·''"'im <• jul­gam, á primeira ,-i~t.a. por nao \C"rrm cio 1iffü.-il), eng.1nnm·l\e de todo. Se o <' .. for­ço nno se denun­c ia ap1')arenlc, nem pur c-.. .. a dr­cum~tJnda ellc­dci.,.1dee~i~tir, e oequeo prexru· tarem reconhe-­cer~o qual o ~rau intt-ni.o que ellc ~'l'IUIUC na tt;:.all­do.ulc [.ara c:on-

Page 13: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

traJo

,,~fr executar n li~cir~ u ira, do cphem1.:ro dcl'llino, que c:on!.'ti­hu·m as po1~ina.s: tt'Un.l jom;d illu"­

\ºanos cont.1r c:onM ''-' fai ~• 1//11.s/ra(ftO Por­ltf.f(llt'::a, isto t•, clcsçr1·\er CQn111 ..e conkl<:iona cada um do~ '>t"U$ nurnc:ro,. o (a_,.-&t ulc • de cada ,emana. Jo: o n•M'-50 trahalho quotidiano, <1s no ... ,as pu·uc:Cupõ.u;c·,c·... dC' todos 11~ <lia~, a ca(la um do~ c1ua~ b._1,ta e 'nbcja a l'U., pena, como cliz a vdha cmi.!\•), qu•· \'a.mo-. ttferir. E n!\o parec<-r.'1 decerto C::,tr;_mho ou tk.!JIOCa· elo que, tt-nclo co11t<utn tant•v~ium~ vcze,, 'Luanclo a in1posiçào ti,, actualidade t .. m•)U • •~Uuiptv fla~te •. t tribula•,!lo t 11n<:epth-a n 'um .ttelier dt arti~t~•. a luc-ta indoruita nim il imaginaçao e a fórma n 'um gabinete de I.'~ riptor, a e .... rupul~ a\'erigua\àO n'um labora.t•1riod~ .,abio, •t labciriosa actiúdadc n 'uma officina, elcgc.•ssemos L.'lmb,·m um dia para refc:-rir a vi­da intima da no~­:-;(t. casa, a «ozi .. nha, para n!\1J de-;.prriar o ,, .. mile 1tu~ge:-;l1 vo, da ll/11slraçno PorlNKM<;o. Xcm lhe fah.t a aclualidade. <.1ue

1 int ic.lf'nte d1l

•UUo dia lh trouxt·, nem lht ... faltar,',, bemonc ..

mo~. ~ual-

111t-11te, o 111 .. tl'resse d.­curi.o:-.id.111<

.a. <l 1 a mi.lb ger.d.

Tomam-o... po1,, pcJo braro. com a dt,;da \'Cnia, um lt-itor da ///11.i/nrf)o P()Y/11(1'e:a, e. 1·1Hno pt•..,$4".J<t'J nu\hv id.t~, q111 'e eno untram e com·ivtm tl~1lt'! ha anno_,_ n'um dia 1mpre­teriwl de cail.t -.em.ma, ...em <1ue ientrc ellas tenha h.1vido .tl~ hoje, que d.'<1ti;.r-mv:-. pdu me· no:-. ft•, qualqun attrinu uu a~gra\'1• de ... u .. re .. ptibil l.ule. intro<lu.zim• ,1_. miliarmentc 1i.a

..ala "' rt<lau;lo, onde ..e prt p;u,á, n 'cJtc 1111>· mentr), o plann do numero d.1 prn.\ima s.('­

mana C.,111~..se por combinar i.r1111, 'e o n·-·~..>

kitur_t'o11lpanh1·iro dd hrença p.w.a abu .... 1rmo~ aiocl:1 urn:1 vet. l() m<: .. m., iimi­le Quer dizer. ti;1la .. se, 1>rimeitt• que tud<•, tle de"-• rimrnar quat' ..

011. a:-. ... u 1111,hi..

tiue apre1t11L:un h1.uor ae1ualida­dc p:J.ra (}'j C"-.C<>-­

llu·r de prderen· ri.l a oulr1 ~. Cal· cuia·--ê quanu .. p.•gioa:, t''-tt;:t! a rt"portai::t•111 phu­l J(;laphir J, -acontc...-c1 mtnlu:s da M.:m.t.n~l ( trata-".'<:' e llu>traçl •

dus artig•>S

l.lboratorto "-a •achil'la n.• 1 e p.a.ia fat-nc.açlo ..St rroduc-tos

1

Page 14: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

cno. t:. 11llu!1.lf'•\ຠOC'm ~m

prc :. f.acil. ~ ..e trdla dr u111;11Ut•ll·->~1.tp!ii;, lui.turi('"'.t, por t·xt·mpl•>, ;. pr«1.:i~o pr1~ l'Uf,u ret1;il'''> e ~r.tvur•""•

t iuc nt'm '14'mprc ...ao facei:; de 4•1tt'•1ntr;n, que moitas vett:~ n:\· 1 "(' -.ahc clr prom­('ll• •, '''t.U''r, ''".'I'" 11·>d<'r:l.1• potrar . um .. , ~\11\l tilr•.mçar­.. , •. l""'rt'·m. nLu·ntb rcpro­duq-õo da doemncnt• .... da Bibh1llhc(_a :-; .lClvnal. ou das b1M1othtta .. 1la .\luda e da ,\· .u.lt·mia, ou ainda da prn ios;:1 ('ollt:(\i\O de .. \mullal ~·c·rnaude-. TLn-111.11.. fo ... tirn.;1-... (_' o plaoo d~1 n:~p4•i;t1vtt f11lh;1 n'ull) ca­clcrn• •. « 11 ... 1 l t~t:nhadt:irct­prindp1.u11 º"' trah~dhn.., e};" t1n\il11H·nta~;!\u (' tl\h orl3'.'i da-. J1'1g"iO.L.i. F' d:-1.n• <(UC css;.1 parte dccorati\·a tem de Kr a1kttuad.1 á o;atu­rcza d<Hi owumpt• '"'· Ua. 1.11ol)f'm, t1ue Í•zer a db.­tribui\!ko dai ~vuras (_onuponcl111u.-.. a ntda artign, 1al1.u l ;1ndo.­lJc:u~ ... ,i.~· .'1"1 V<.'/.C'!t com qut.: tr tm't'"! ! o c:,pa<;o qut' o u:xtu e l• •do o ..:on­junc t• • dt·m;111dam.

t'h4·~.un a-. prova~ pho .. tozraphu:-a' rd;11Í\\t-. ao-.. ~111111tC'( irm·11t•1" da -.ema­na 1• l; prt'\ h•o r...('<>lher ª"' que (_on\~m apro,·ei­tar. fazer t-gtMlmentc cn-

quadtamtnl• ... e orlai 1~ra ena... 11 <i uma t1u4• ,·ale a pen:t ampliar ao t.\m:mhu

de pagina, ou, C"omo 1ourn'dc-em (::tSo:, mais CXlCJH ionat~s, de uma dupla pagina. Outra\ tcem de ser, pelo nm tr;1rio, rt•duz:i .. da.'), para M' pudt·r rt·~i)jtar a maior tiuaoticl;,tdc Ut clu1·umcn­tat,-Ao gmphic·;a.

Cada '''mana o r~J>orl~r pho­l<>Zraphin• da lllltSlr111bo Pttr­ll1gNçn n!\o faz rt~ul.trm~ rue menc•.., dr quinlC ,tu1Í.h cleth~­J~h. S.~o c.rr.:a ck X,(•-lO dld­pas phot(•p;raphit.'-' c·mprc~a1la-. pvr annu, e t111u.11ulu u t.;una­nho de QX 12 t·omo nu'•clia. poderia c·o10 dl;1' t'On'itroir-'l· uin amplo tdh~ul•• de vit.lto t·om mais de novt·~. cntn~ metros qua­drado-..

Cort.ad.:i.. ª' ph11t<.1~raphi.ls e dispo"là."' <-.':C1H fur1nc ti e vem l"nmpi'lr as pot.i.::lhas, olr.M"nh.uJ.:u t°"otiL'>. O-.. rl...,J,("(11\'0i ori~inaes

..ao cn,·i;ulo-. á othcma tia ph~ lí~\1Ur4, cmqu.intu o texto litter;..rio \'ae. pur •\t.t vt•i:, IMT~I a officina de t..om1)1 •si,·l\o t~T"U· gntphlca.

Q TltAllAC.HO DA J)JIOTO<lRA•

VURA . l>lVJUl.\:\S OPll.RA .. ÇÕl!S TEÇllNICA\ ~ DA PROf()(jRAV\;R.\ ,\ n f'O-

CiR.\Pltl;\

~-amo' n~•ra tia rird.11\·ào á officina da photoi=;ra,·ura, <»n· de \"amo-. encontrar t•"I uri~­naes "indo~ da"' m!'\• ,.., c1o-t de:senhad11rt·-.i, U h.·1-

que "º" m·umpanh;.t nào espNa 1 l'rtot-

loopresslo das 'hapaf. de i:inco -Prep.ua.çao e desenvoJvlmtnto da-. chapas de r.inco

(C.LICHêA 0 1 kOCAlr'ULL,

Page 15: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

mente 0\1vir-nos uma disscrtaç:to technica, que decerto pou1,:o lhe interessariti e, demais, nem caberia no c:,ra:.so quarto de hora de que pode· mos dispor. Satisfaz-se, por isso, çOJI) assistir ás d i\'ersas opera~~)C!S successivas a c1ue vae proce­der·se.

A prim.eirrt é a repr~Uucçào photograph1~ , fa;.:endo-se em moa machm;:L a das photog..aphtas e em outra a das orlas. Os clichés pass~m, em seguida, pi:tra a secçn.o do pellicuh\do, para se· rem invertidos. Emquanto :-;eccam, \'a.e-se pre­parando a chapa de zinco com o esmalte phow­graphico, e. pondo depois este em cont~<'to com o negativo, realil)3-se •. por meio da luz elc­<:trica, a impressito rci:;peCU\'rt . Seguem ·se~sopc.­raçõcs necessariHS para obter o cltsc1wolvunenl0 da imagem e a i;ua esmaltac;.àt-. com auxilio do fogo. t.. N 'e:-.ta a ltura tir_a-se uma prova cm papel ~[a ..

- non, que serve par;;i u pagma .. dor typographico ~e guiar. E' a primeira prova cl~ts gro.1vuras c1ue figurarào 110 nosso proxi­mo nmnen ... , que o leitor tem. o.1qui diamc d11s olhos desde

já, embora inver .. tidas e naLuralmen· te misturadas, sem obcdeçcr a qual-

quer ordem, esta de um artigo de archeo­

logia vi:-.inhando com esta outra reíerente a urn succcs­

so da rua . De1\ tro de pouco, porém, a tesour~ vae :;eparal-as na redacc::i.o e as:!>ignar .. lhE"s no ptojectn definitivo de Colh;;1 , que e:!>tá em orp:a· nisa(àO, a tollocaç:i.o que a cach1 uma é desti· nad:1 uas paginas do jornal.

A chapa de zinco pas:-.a seguidamente para a~ màos dos gravadores a meia ünw. que executam esta pal'te da gravura, e apoz para os gravado­r~ de linha, incumbidos da terminaç!\o da orla.

Tirn-~e e1Hào uma segunda prm·a para a.pre­t·i(lr o rct>ultaclo deJioitivo do gravado, e a çhapa. de zinc.:n tr~mi:;irn para a officina de carplnteim. a fim de ser montada i-Obrc mad<:ira.

Terminou a 1are(a da8 uf· 6c:im1i; de photugra,·urn. ü ziuro g-ra\'ildo e h~tntc no ~eu cal~o de madeira é l'ntre· guc á officim• t.q>ographica, que vae- urganil'>ar ;;t. pagina clú jorncd, preenchendo com o texto já com- ,.,$S\llJll po:.to, e que :-.e recorre na

Page 16: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

c;r..,.ura du <h•ru

,.. m("d1da neceuana, o tspai.,"O ·que n3.o é Ut'C'Upado pela_ .. zra-

vura ... E e •lnci.,.1111 .,,. tonura ... para

que t-. .. e Npi\'V dl .. Jll(•nin·l na.o .. 1be\t- n '111 <~a( <"1( , C ma ..

ver.e... 1 ;1tug .. 1 m.ii•J•r, e_· km que .1ptrt.ar-~ p-:tra fazer .> mila:-n• de rni·ttcr o ~tJC1o na

lkte ......... I k' outras, .a•_) ª'~' ~ l-"hcga e é pr<'U'io e:..llca:-.; ou a.cue..ccnt;1J •••• At atHiq: • ., por_ que a ~<."nte t.. \Cze., J>d'I •

EmliU;mto 1iC rxt-CU\a t.~::.C tr.1l-.1U10, ltü· rCm, t p<lr.t 11w:rrut11• per UlU pt1Ut ,, .1 arnfC'l do:; <lt·t;_t lln•s 1«.·1 l111i­co... vam11s tt._r uni a

vuh.t pc 1 a 1dmãni .. tr.1-

ç:to. c.-uj( •:> .;.c·n·i1,,-os ocxupam oito t"mprc~a.-lo--, e t•ndc va­m· •s colher al:::uma" informai.,c'X"" iOleTe-.~mle..,.

Depois '\·c.ltarc:mos i1 l\ po­~d.phia. ondt.• :. íant:a pro:teg:U<", '.'em ofleren·r, comtuclo, qual­quer pormenor cspn~ial <tu' llll'li

interé>se, e. ;u1•lll)lid.Uh<1ml1• e•

zinco da~ ~r-c1.vur-a .. t· o d1umh,, das lettras. dcsn·rc11111)\ .nc" !1 c·<1s;;1 dai>. mad1inas, parn ª"'''"

Retoque du c.haru

tir á dobragem e !1 bnxhura do numero da llilulro(c1o p,,,,. INg1te.za, cuja roníocça.o temos •compaobado, de.ade o começo, n'es-tc artigo.

/t\onta&tru das chapas dr- zinco oos ca l~os de madeira

Page 17: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

A oflidna de compo­

V MA o,.'.,, MA1ou~lor1RAGENSJQttSAT.1c;n~ CA~ DI Ll5JJOA . DR ó A 12 )HL

t:XRM.VJ..Allts • Úg ll \IJJ. (l !4 :\llL

BXUMPLAKES

A <-xpathl\o progressivamente cré.-;<'eme da nos..;;' n•vista 1 que ~· açcentua em c-spcrial clc4;cl~ a lrano;formaç.:lo do fürmato rcali:;.;ula cnm a in;mt.tur;t\:lu d;.t '-t·~oda serie, co1hti­

\? tue um foi li) ..... tlicntc na historia do jorn.1Ji...­..) mo nadun .. 11 ... <·~uramcntc interes:,ante para

º' fumroi b1hhograph11s e que na.o deixar~ de oflrr<"'4. t1' t.un~m uma n:rta curios.idadc

para o puhhco, ,.i,,10 que a 11/MJ/,-arbo l"tlrl•x11r:11 ~. pr~ntt:mc·rUit, um tios doí..) ou tr~ jornacs dr. Li"bt~ de mai-. ª'ult.uJ., ur.tf;cm, exccclt·mln, por~utn, ,l tle qua~i te.cio-, w1 1><·riodin,, diari11 .. cl.1 1 ap1l;1I Df" t.1.­cM, por 01111~ c•xtraortlina• ri11 que isso 1)11""'ª parti cr <111., <tUC C1l''\l'P l~h~·c.·cm n"' ba ... tidorc' jc.1rn.1 listi< º'· ;.1 maiur parlt.• tl;1s ~<17.t•ta ... fll)­tidn"ª' dt• lnoti., \',ISlil fÍl•

t·ulac,:lo 11!\o l lin~ .• un í& <ll-•

tincir, apc·,,1r do ~·u prt'(º de \'L·n<la ·• dt•7 rt·i~. " 1u­,·el a que alc-;.tno.:.1 c .. ta rc­,.l .. L1, e u \·cmfa na~ rua" p(Jt ella 1n.1n1ul.1 •~cede em m:us ele- m<"lade .t qm :tl~UllMi t1Ltttn1, ~~!lo ho1 trnuo Je 1,; )m•

paraç:i.o, 1w.tumln1<"ntc·, entre .ª cxtr;mrchnoarla ...... ~=:::=::::;;;;;!!;;;;;;;;;;;;;;::::~~ \'U l~·an~\!l111Jt•pUl.lt do .. f.teculo, ruj.l ur;.1gc.:m média \: de 8' mil

~·xcmplarr" di;1rio ... , que "e e ... p;llham de on.l :1 «'l\1tr~ .. c»:trcmo do paiz, sur1.:in.t111 ah~ no ma15 obS1.:uro recanto de pr11\'ll\• da i.Ü,l~l<Lda, e a 11111.s/Jaçao Portu.J.:ur:n t 'i11tl o~ "t:u ... :-u tuat~s 2.1:400 exemplau .. ·.., dt• tirt1gt·OL F.sws rcpn.•:-.entam, purén), a pprnxi111:ul<tml'ntc mrto.1de da tir~t~l·m do ..._·m;_111ario A Vo:: do Oper áYÜJ. t!Ut tt-111 .1 maior drpoi ... da <l'' &culo.1.mas l'UJ·" nindiç?\cs ck publidd<tde s.i.<1, ah.'1,., c .. peciac ... Em 11utro "("ntidc1, nt.arcm11s t.a.mbem o Por/11_-:al. q~. pela .. ua j,ituaçào c ... pedal de ch.1rio catholiro. é uma d.

-~- ......... .._ ____ _, A msehlM1 onde se fat a l mpress.110 das capss da //ltuttO(ltO P11••l1tkuna

Page 18: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

' "'::?'~~~~---"-'(:::::::;~~~~~--~~~~ ~•lha• de 1 hl»• que fi~ura •·1ur.· ª' maior<> ~ ~;~;igt· 11< <k "·gun<la urdem, alc.n11.111do a cer-

ca tio 10 niil nt111wrn ... , mas que n!'I•• 1w1""'ºl'• por ·~erto, t11ua w·nt1:1 ~n·td!'\o, que n,rrt:',poncltt '.:.'qt1cr :1 t1u.1rt.& )1.lrtC •l;a da llfu1trortto Po,lugue:a . .\ nos~t rt·\·i,t.t tutn·ga etf1.-'<-·Livamt•1H<' <111~ vcnrlrclo­H"'• ca4l,1 S<·111;111a, i:Xoo ex<·mpl.rn·:-. e di .. 1ribuc 11t<ti1 1 &•) l"·la' tabaQ.ria .. -. e li• •"t1Ut"••, f'lcv;sndo­'C, por . ·n!'Cq_ucncia. a .. U3 ,·enttt .l\lJb.u de 4<ld<t numno, C'm 11 .. boo. á t•)t.alidadc de ; to.1 o.crn­pbres, ~m r;.ara. -.cm du,·lda. 1·nuc ao;. outr. -. pubht 0&\"ÔO. X,, Pono. a vt1ub º' ut'-3. ,là //ltts­lroc4o Porl•f"~:a ..... _.be a ~):10.• ex..-mplart·'!'I, e ahi .1inil.1 c111n u1,1i' s11beja nz?\•> noj poclt-1t11 '• 1 no-

fwaçtl<'N cru~ 1:aracterbam a M"gunda ~rie. A ruéd1a cl.l tira!{em d'e;;.-;e ann11 fui de­i J: 170 exemplar~. Deve, comtudo, oot.tr .. -;e c1ue, sob a nm•J f/1rwa adoptada, no prinll'iro scme1o; .. tre apenas houve dezoitu nunwrn-i. Nu seguntio aunu, <JUC ío1i o de Hl07, a tir.igrm ml·dia e:e· ral fui d<.· 10:~~5 exemplaJe~, t·vmrç.mclo dc!-de º' ~·111t ultímo, mezes a accentuar•"<lt", pur~m, o c<1n1ot;m~ au~mento, que no., conduliU gr.1dual­m ·ntr á &dual uragem de 1.i:400 t'\(·tnplart:-...

\ mu ... traç!\o fr-.mreza, fun.Ja<l.\ f'm 11'ti4 \, tem um.t tiras;cm cl~ too:ooo cxt>mplart"I, o 'l"~ c>m relat."ào .atJS JÜ miih•'\h d.t pópllLu,"!\o de Fran\'a reprnt:nta um;t ,prt>por<,;'\•) (le \'(•tul,l de ~:;oo

l '4. Al.f'&!'{O&t:: COLOUAL

~ Na proJu.:çao das photogra,·uru putilicad.H prtla 11/•JI, •<~o Awl•· r•~.:• e•rrtc••·""' annualmente 1:.a70 (h.af)a~ 4e llDCO Je 61 centl·

•etro .. de alto por 40 dt tarco e CPm a espessur.t. de ~ •1lll•ttro~. Podia «lm e$la enorme qu•n.. u12aJe de zinco c.onstru1r·se uma cobertura meo:lhc• com 8Q6 metro~ de comprimentó e sta m~

tro.s de lar,ura, qut butarid para Abrigar a c11Sa!Jt dtsJc a Graç.1. a.tê á Sl:

M"l1uc11tt-mc.-nw. dt...\.tne, cr ('(111\ q11al11urr paral­ld11 ·' '(UI' <JUCiram !o.Uj~i1.1M111i,

:'\tu.s (11 t.l mil ex1:111pl.m.·~ l!\o ul'!lon·it1ns pela • n~igtldtur.1. o que n:'t•> .. uppc)ntqi tJUr h"11i1a an.}0· tcctdol Jàmah «•m qualquer uutra rc,·i,ta. do hOS.)(J Jl:l1Z.

l>csde o , Hnr('O do ... ~u npparN: 1m< nto <1té tt:>r· 11unM a primcir.a ..:·nt'. a llil1s/1·a~Jo />11,.-/H,flle:c l 'º""'"•'1.1 umJ. tiragt·m m(·di.1 ,Ir ó:5çx:> exem· pb11·,. Fol em ll)OÔ que o f11rn1ato d·• jornal se

tr.m~f,•rfül)U, para u toniur 111.1i~ t·omlll•xlu. t· 11u1• Íoram. introdu1id.1~ ..... rt·,t;mtl•, modi-

numt·ro'i pur milhào dl" habital\tf"s. E .. ta prop11r­\?lu é. p.tra a /lluslr•t(llO Porlu~ur:n, ~h· h:oill llUlllCIVS p• 'r m1lhlo de h3biL-tnk:!I,

< J:.., lr1tu1l" dt·vcm C'ttar natur.th1u·nw cmu~ • do .. d·)S antcnurt-. alzarismo' r e-.t•Uitll1-.,!I, m;i, n.'\o podi.1nm!I exunir·no:o a fazcr e..W drmcon­

'tra\°llo cxprc•m·a. j Dtt NO\'O S'A..,. OU"lt_'IS'AS 6 A COS'CJ..t'SÃn oo :iU·

MIRo _f! O lU».ULTO O.\ \'l.'SDA.

Coneluíu 1• a paginaçào na typographia. Tiraram·$C as rc:Spect1vas p rovas, p'1ra o

Page 19: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

re,·u1.or comgu, e acabaram de emendar-se. As fôrmas v3.o ser cn\'iadas para a casa das machinas, a fim de fazer-se a irnprc~lo. Des­çamos com ellas.

Em uma machina especial corre a imprcss~o das capas do numero, feita a trc.-s cSrcs . .Em outra prosegue a tiragem da primeira folha de 16 1»ginas. E"ta 1e-gunC'a, que chega agora, vae ser imposta na machi· na, sem demora; procedcr-sc-ha em seguida ao alcea­mcnto das gr•vuras, e vitta uma ultima prova pera redac­Ç2o. a machina prin· cipia a fuoccionar. O trabalho e o rui· do isochrono de ca .. da uma prolonga· se, invariavcl, sem intermittcncias, até ter produz.ido oa 2 i ~.ioo exemplares, que •~o precisos p•· rn a \'Cnda e a ex· pediçno.

llepois de sêccas, as folhas que saem do prélo vão á ma·

china de dobragem, e passam dºali par• a brochura, que é executada em. parte por mu­lheres, occupando dezoito pc'\soas.

Estâ o numero prompto : os dois cadernos que o constituem devidamente enfaixados e cosidos com a capa. Accumul•·se um monte

•ob a raca da guilhotina, para os aparar. E' a ultima opera·

ç2o material da //. /M.Slra(4<> Porl11p~· za.

Chegou a hora da abertura da venda. Oa jornacs, conta­dos, empilhados em maç()), estao prom· ptos p.ara st.r entre· guc,. aos rapazes, que de ha muito esperam, enchendo a rua com a sua ale· gria juvenil, otlere­cendo uma~ ''ezes á vi1inhança coo· certos mais ou me. noe afinados, outru aventando os mais extraurdioariosepi· sodios picarcscos. Abrc·•e a porta da cua da venda, e pre.1..·ipiWn-~ todos

+\'ia;:hin3 da hr•,;tm Ja stgund~ folhA

Page 20: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

pela ambição 1e ser os primeiros a re­cc~r os .. cus numcros.

Actualmcnte s:.o mais de trezentos vendedores que acodem todas as segun­das íeiru aqui para levarem cêrra de cinco mil exemplares da lllusl,wpM PoY· t11;:11t:a, que cada semana sao cntrop;ucli 6. 'enda nas ruas:. No anno panado a non~a media de vendedores fi'3n de :~o,

· ~.--=..,,!--,., d't~te. e n).o falando nos seus redactorcs, desenhadore$ e photographo11 a /ll1tSlra. (4o Port#.fur::a possue mais o ~guinte pes-

~~~~~=~~~~~~~~~'B~~"f!.) ~oal eAectlvo: typographia, 1: pessoas; J photogravura, 13; machinas, 10. Na sua

A hroe-hura dos nun1ero$

e no anterior tinha sido de 110. O nosso pessoal empregado. presentcmcn·

te, na expe:di\~O e distribuição da 11/M.Slro· '"" Por/11ptc:a ele,·a-se a trinta feuoas.

O un i\'O da admini~tra\àO feito pot oito •mpr,.,ado"·

E ià agora diremos

lotalidade, não anda, por ceno, muito longe de um cento o numero de pessoas que lrabalham c:omnosco para rumprir a tarefa semana l, que se afigurava bem mais facil ao leitor antes de realisar comno.sco e~te pequeno pa~io.

o ... t·ou . .ABORADORL.., DA .1u1.·,TRAÇÃO Poa 11."tõl""EZA•• AssuA.Sl!oõKJATI\' \~ t! VAS-­TAGlt"S'~6As NOSSA..' TllAS~t'ORMAÇÕ&S

Tal é a /114/ra(tJD Porh1rNrzn, que,

Parte fntenor da cas.ti. de! vtnda ICLIClllA:8 OE •OCAP'ULL)

Page 21: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

como se Yê, possue a sua vicia propl'ia e autouoma, um" authentica prosperidade, uma irmdiaç~o enorme, <1ue cada dic1 au­gmenta; e é com legitimo orgulho que constatamos ser eMa a primeira vez que isso succede cm Portugai com uma revista illustrada.

Pelas s-u:is paginas tecm passado os 1\11-

1nes mais illuMres da litteratura nacional: Eça de Qucirnz, Ramalho Ortigao, Theo­philo Braga, Anthero de Quental, Fialho de Alm.eida, conde ele Sabugosa, T.uiz ele l\fagalht1es, A bcl Botelho, J ulio Daot<\s, Eugc1\io de Castro, Alberto de Oliveira . ..

Além d'is.:>e), a 11/uslrâ(dO I'orlu;:ue::n, t-ht­r<.mte e-.:.te pcriodo da sua segunda St'·ric, nr­~ranisou concur.;os, cxp-0siçlles tle arte, CrnH·<·r­tos, e pr-0inovcu o famoso raiei hippico do ;rnno passado, o primeiro qoc s<: realisou fü, n1 ,:;.:;.o

paiz. A Mlil iniciativa, principalmente.· no :-.cn· tido do dese1woh•imeuto artistico nacional e da ectucaçilo do gosto publico nào tem tido dcs<.'<;tllÇO, e para novos commettimenlus ~

prepar(I ainda. 1~ {~ na con.;.c<'uçào do :seu pro-

gramma de con:!>tante aperfei<;•}a-

t mcnto que vamos re:ali:'.t'lr, th.·ntro

-

- de pol•co, um;,1 nova modifü'.~tç~o <lo jornal, ampliando<) se.u nume:"'(_l de paginas de 31 para 40, de ma· neira a poder dar um maior de, .. envolvimento á pat'te litterarja sem

CT

A •ll .. t.\IS1'RAÇÃO f>()ftTCGURl'!A• & À gsTA't\lA Oas J) , f'ftnkO IV NO ltOCIO O .,umero dos exemplares, que se imprimem e vendem

annualmente da Jllu.1/r'arao Por111gueia, sobrepostos uns sobre os <'Utros, form:iria uma montanhtt de papel da altura de ~:?68 thettos.

Coro este mesmo numero de forr.aes poderia erlgirvse um lllOnumento, de arupla base. e c.om 3' metro$ da altura,

que portanto ultrapassaria a altura da estatua erlgid<'I ao 4ador

da Carta e os mats altos edificios da capital

Page 22: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

to:OS DOIS PRAT0!5 O ptso dos numtros da tir&gem annusl da Illu.stro.·

bronze empregado para fundir a estatus equeS· Ou~s estawas eiuaes ás do Terreiro do Pa.ço

ç.t o ruo do papel dos dois volumes

prejuiio de. tuna inten:;;,l- rcport;;1gem photogra· phica, que pa~sará a abranger ta.mbcrn o acon­tecimento brnzil(·iro.

No plano de de~nvolvimcnto que \'amos dar 5- parte littcraria entra cgual· mente a publicaçào permanente de uma novella ori .. gfoal dos mais em~­n en tcs esniptor6 portug~1cr.cs e Orazi­lciros. bem como a inscrçào de artig1>s a~signados pelos no,.. mes mab illmmes das duas litteratura~. De resto. a /Ilustra· çt'Jo Porlu.fut~tl pre­tende, com o maior emp"nho, tomar-se o orgà1l offidnso tle uma approxima(ào entre a ruenrnlidade dos dois paiz\''.'t. tor­nando c.onhccitl; .. em Portug;.ll, com<:> o merece-, a obra \''-l­lio~issima dos hn-1l1e1\S ele Jettr.ss br~1-z i1 e iro~. entre os qude~ í:igur.sm takn-

OA BAl.AS('A <ª" PorJ11cua" eltva·se A 118. 160 kilogrammas. O tre de o. Josê pesava so mil kilognunmas. ntto bastariam 81inda pard equili brar na balAn· scm:aestraes da I/11i1slra(llo PorJu_r1uz4

tos da superior envergadura rle Coelho Netto Olavo Bilac, Ra"mundo Correia, Euch·des da Cunha, MachaclÓ d'Assis, I.ucio de Melldouca, J'>aulo Barreto e ta.ntos outros. ,

Aqui está, pois, o que ~rá em breve a nossa rcvbt<i, que,

d'este modo, timbra em mostrar·se digna do favor com que o publico a tem :;.em­pre acolhido. rorres­pondendo M, espe­ranças e fl coollao,-a que esse favor repre­senta, e, esseodttl­mente, cumprindo todas as promessas por e11a feitas. !! é com a mais vh'a sa· tisfüç:to que annun .. damos hoje ao~ nos· sos lciton:s e as:,,i­gnantes a~ trar~:;for .. mações e mel 110ra­mentos que l•roxi­Jüamente a //1:11slrá­çt'Jo Po1 tug-ue::a _ \":le

realisar.

O!; COUf'OlóS DA t1!LL.USTIUÇÃO l'OR.T\ôGUY.ZA•

A nossa revista. 3le1n dos outros orin­dts antiuns. c:listrlbuidos por 1nelo de. concurso, offereu aos seus leitores a

possibilidade de alcançar um msgnifico chalet , c.onstruido <om todas as eondiçóes do conforto moderno (Ct.ICHt t>K aKNOLl &L)

Page 23: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

~ FESTAS RELIGIOSAS ~ As photograph1as a que da.

moe hoje togar n'esta pagin: reprodutem trechos de uma dat mais interesunte.s e com­mO\•cntes cerimoni as religiosas a que temos M~;!ltido-a de uma procissao que se realisou no eitabetecimento de educa·

Pr1K1ssAo de .:rtan(:u que fiienun 1 'U3 1.ª communhlo o /ltMd1lo- Ed1iU•1td.Gs do ,.,~,,,,,.,'º"~rio 'º"dllllHdO o 4ndor do CorG(4o d,- j esHs-J .. 'dNCllndos do 1oll~-1io da l m1t1orulact1t <.,o-,,ui(llo c<mdutilrd<> o aNdo1 d• l'frr,-,,.-Et/uronJos fk> coll,110 de S. josl '",..

"'º'""º o º""""' d''''' 'º"''º çlo dirigido pelaa irmls de S. Jo~:· de Cluny, nas escadinhas de S, Chrispim. na tarde do dia em que na capclla teve logar a primeira communh!lo aos educandos e educandas dos collcgios de S. J osê e da lmmaculada Conceição. Essa• photographias fo. ram obtidas no \'Uto jardim d'case modelar Ct-tabe· lcdmcoto de educa\ào, quando as creançaà desfl­lnam procissionalmente, transportando n'urna • ui­dadosa ternura, e com um carinho verdadeiramente enc4ntador, os pequenos andores onde os braçados de rosas, cravos e lyrios serviam de pedestal h ima-

i~

CLICKi& OC lllNOLIKL

Page 24: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

• ~ OMA EXClJRSÂQ A COlMBR CorwnRA tem o sublime en·

canto das coisas velhas, que atravc1. dos tempos pude· ram conservar alguns traços tradicionacs. O progresso vae, em larga escala, cumprindo ali a 'ºª obra destruidora de pa"'sado atraumeoto: rasgan• do ª'·enicbs. levantando ca· sas moderna~. ajardinando. montando telephOnes. luz e lra111u..'d)'I elecuicos ; mas algo das panadas eras ficou cm os monumtntos, nos usos acade-

Ttu llM't•· "' tiro oos /l(nlll>os ,., C•1,..br• : sr. Mario D•o,,-u

~.,,,~··"º • ,., •. \\oddliJe­•o•~ tld,_llW

ir. 6.l>IUI d~ Cof/ro -l/• •1~(10 do stand 4o s«~

d•tk O Tiro micos e tradições populares.

E' hito, pois, o que a Coim· bra attrahe forasteiros e cxpH· ca as interessantes excursões que ali fazem varias familias da oapital.

V ma senhora de talento e coraçi.o, cheia de actividade - a :sr.'" D. Marianna Porlo-­can-ero da Camara, C!ipou. de um dos maia i11ustres lentes da Universidade, soube apro· vehar esta corrente para um hm caritativo, e assim coose· guiu organisar annualmente um c1plendido sarau em beneficio

Coilftbr• r.outa d~ ~"'" (hu• (CLU:Hlt 00 DR. Jl.TLlO Pllil&~ lllt t.IN4 º" ros~&CA) das cr6ches de Coimbra, em que tomam parte, além de muitos academicos e a sua tuna, alguns dos mais dW.inctos amadores da capital. Jl.11es voltam $tmpre encantados com o succe110 obtido e com o ardor do enchusiasmo com que aào acolhidos. E'pcc1almcnte as sr ... D. Sarah Vieira Marques e D. Elisa llaptista de Sousa l'e<lro•o leem ali grandes admiradores do seu exuaordinario ta­lento, que vivamente as festejam sempre.

A' ft1.miliaci do~ estudantes de l,,isboa que fre· qucntam a Universidade aprovei1am aquella oc­casi:Lo para os visitar e pas.sam na fidade do Mondego dois ou tres dia~ adoraveis cm pas­seiot. dlven,"~s de sj>OYI. jantares e terenatas que lhea sio especialmente dedicados.

A concorreocia augmcnt~ de anno para anno e, juntando-se á primeira sociedade de Coimbra, dão o maior brilhantismo ao concerto e torneio de tiro aos pombos cm que tomam parte os me· lhores uiradores do paiz.

A novidade d'este anno foi a fest...'\ noctuma oílcrecida pelo sr. Camara Leme e acus compa-

Page 25: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

Na nlu/• do l11rd1,,_ Bolonico "'- fimttbro: Grt1f10

d1 •ll11tln.Jtl•s · nhciros Ue resideocia na quinta do Castanheiro. Constou da te· producçao d'uma /0J:11âra do$. J0101 festa tQ.o typica coimbrà, para que foram convidados os melhores tocadores e cantadores, assim como varias ln~aRaS para ali dançarem.

A quinta do C•stanheiro est~

A u.• O. Marianna Pork>Cto·r~r·'· frotNo/ora d" S•r11u ~., IH· ,.,/uio das Crec4es de Cotwbra, • •J 1r. • • i), Sara A .ttolla

MOT'f/UU e D. Elfsa l!apii1U de Sf.>t,1$4 (CI.1Clft8 00 la. llVAJl.IS,.O PF;SSOA)

de longa data ligada a estas fe11as po­pulares, por costumarem ir a uma íonte que li existe, assim como á conhecida fonte da Sereia, beber agua. em oume· rosa romaria e cantando ~mpre, 01 dan­çarinos das fogueiras mais proximas. ao romper da madrugada do dia de S. Jollo.

A quinta. encimada pela cata de resi· dcncia, repousa n'uma encosta, voltada para a cidade, a dois kilornetrot de dis· tancit\.

O cílcito produzido pela mancha de lur multicôr, em meio do arvoredo, quando visto do alto da cidade, era des.· lumbrante.

U dentro o espectaculo era bello de animaç~'> e colorido. Cêru. de ,SC(> con· vidados elegantes assistiam cheios de curiosidade ás danças populares. Aqui $Crcnatas e descantcs, maia além um grupo alegre que dança o Vira. Toda a ornamentaçao era orii,tinal: pela~ pare· des caricaturas doe; typos mais cm evl .. dencia da actual geraç:to acadeinic::a, en­trcmead(lS com lettreiros cm que se pedia para na.o subtrahircm alguma das colhe· res de prata ... 1folha de Flandrca 1.

C'hei;ou a hora do chi e foi este •er­vido por quatro moc;oilas gracious, nos ~1·us trajos re-gionaes, sob a parreira, cm

S~üdade O TJru de Coimbra.· Grupo d• W1"11i,,os

-no stanJ cbavcnas da íaianç-a que em. Coimbra se fabrica.

Foi uma festa originalis­sim.a de que todot \·oh.aram encantados à cidade, sem­pre ao som das guitarradas e das mais enternecedoras quadras.

Apenas me entristeceu a certeza de que a decantada lriça1uz colmbrã estâ pre.stes a desapparecer. Dizem-me que casaram muitas, outras levou·as a tisica, as que rcs· tam valem pouco. Nlu mai~ as noivas que nu suas ter­ras ficam poderão ser picadas pelo ciume como d'aotes, a nlo ser que 01 noivos deem tal prova de mau gosto que desde logo os tornar4 i ndi· gno• d'ellas.

F. ,/.

Page 26: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

A ji/Aa do sr. ba,.60 dç Abtuida. SouJos

No dia 2~ do mez pass:ldo realisou­

i;c cm Pari:;, no cercle do Polo, que km a. :ma séde no Bois de Bouln..;ne ~.Peloui;e de Bagatélle), uma grado· ~ct ft'sta de l·rean.ças, H11\Cnrrida por urna pMtc da roh.1nia portu-

CLICld:S DO Sll, \'l~CONDB 08 P,\ltl,.\

guei.a .Tomaram n·ena parte effe­ctivamcnte os filho:; dos srs. mar­quei <lc \'al-Flôr, Yisrlmde de '\:_ r A! F::iria <: b;:ir::to de Aln\cida S::in- t') tos, que :-.:\o, com o sr. conde • de Penha Longa, oi- qu~Hr() uni­cos portu~uczcs :··OÓu:; c1 ·a4uclla clc,&?;ntte i;odcd~u.lc i;portiva.

~\~ photogr~phfa, que rcµro· duzimvs n 'esta J><-tgina. e que fo­ram tiradas na occasi~o pelo sr. visconde de Faria, a cuja ama .. bilidade as devemos, mostram

Pilho$ 4s srs. bt.i1'ilo d& A /tn#id4 S4ntos ~ vh·

C()n tú d~ Faria ospcqt1c11os personagens portuguczcs que toma­ram pane na fc:;ta, onde obü\·eram pri111ciros prc­inius os fi lho.s mai:; no­vos do dístlncto photo­gtapho amador e do sr. ntatquez de Vat.Flilr.

Page 27: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

Rombítta 1our1ando de 1nu/4Ja, na corrido d1 S de t'ull'o

Page 28: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

O 1>4nd.4rilluiro Af•HNl l dos SGnlos-Os 64nd.aY1/Ju1Yos C'adf/# f AfttHN.t/ dos So.Nfos - O di~slro Bombitta

Page 29: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

Bo•tnltl súnuliHttlo • 10,·t~ d4 1norle, 11r.a. 'º',.-,'do rrttlfsoda "ª f>r•r• do C•'"'º hqu~no no do"""I" .S d# t'ulbt1

(CLICHlb DR BKNOLlbl.)

Page 30: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

Partiu no dia 4 do Hrazil o cruzador /J. ao Rio de J anc1ro t:om a presentar Portugal nu festas da abertu­ra da exposiçao, devendo no seu regres­so visitar tambem oa portos da Balda, de l'•rnambuco e do Pará .

Como se sabe, F.I· Rei D. Carlos ten­cionava fazer uma \'iagcm ao Braz.il 1 e a &ua ida era ali aguardada com verdadei­ro enthusiasmo, n2o 11ó pela colonia por­tugucza, sempre constante em provas de dedicação ~ mac patria, como pelo po· vo brazileiro, ttlo aJlcctuosamente amigo do nosso paiz. O malogrado soberano, por sua parte, erupenhava-~e com o maior irnere.s:se em reali"'-r e~~a visita, con,.cio das suas vantagens poJiticas e convicto de que clla contribuiria de uma maneira definitiva para solidificar -0s laços que devem unir as duu nações que í:. lrtm a

--~~ Vl{)GEM ooCRUZADOR D.AMELIA

AoBRAZIL ,-~'"'"""'

Page 31: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

Gru110 de offü;laes do c.ruzodor •O. Amella•: (/'1·ún,i1·() plano do esg,,~rr.o f>Olil .i tUnUa, 1enlado1)#,• '''uul~ Me/lo Machado, 1,• ,,,,,-,,,4 PútMi1q Sllnwo, tO#tm 1tt1C.11Je /tluHn da Si/f••. 1. 11 l'n1111, Abr1# e Oliveini, ""'º' dtt SoNsa Leal, (St't'NHd<J p_lauo} AfacAiHuJa dtt J•ª.<l•He hl$OS,

IU/IÍf'ONI'" 'º"''"'$Sª,."' 1fllt'fll <UN1rU.4e, rua,.da '"ª"""" Afru de Scu:a, .,,,.,.,.,1" 1t1tàdrit1.úlo NGl'ft/ Eduardo Afar91u1 "º"""º• #HU)llHisla d, ~.· r lasse A~..-u.,,o Fu7Utndn, ~.· ltHtN/t Jlarulli11t1 Corlt11 (CLJCRal tu. J'HOT. \AllQU85.)

Page 32: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

dos nosso~ navios de ~ucrra ao Rio de Ja­neiro, para tcstemunhilr ao Btaii l a nossa sympathia, para lhe mostrar que de.cja~os acompanhai-o oo ~cu dcseO\'CJlvimeoto c1v1-lisador e queremos cgualmcntc íc»tl"jar a inauguraç~o du seu certamcn, cm que de resto figuramos lambem, a fidalgo convite a.cu.

O commandantc do 1 >. A mtlin recebeu, alCm d'isso, do chcíc do Estado, o honroso encargo de fater entrega ao sr. dr. Alfonso

l'f11/f' dG 1u4'1fi(ao/or1nedo "º t01't'e• f>DN<Of /1(1,.os ONl4s do sGhido do no~ (CLl CHlts DE IBliôLIKL)

Page 33: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

~ocAMELOT UM TIPO PAR ISIEH5E

O sr. Morizot, que temos o prazer de apresentar aos leitores da lllustrarll<> P()Y/u­guc::â. é o rei dos ca11ulols e ;-icaba de reve)ar­se um emulo do famoso Lemoint;, aventan­do a arte, aliás simplissima, de fabricar o dlamante em alguns minutos.

Como se sabe, o camelot é uin typo essen­cialmente parisiense, de que nós não pos­sui mos qualquer simile que se lhe approxi· me, de perto ou de Jonge . E' um vendedor ambulante de brinquedos, de toda a casta de bugigangas sem valor, rnas um vendedor caracteristico e sui ge11eris1 offerecendo sem .. pre a sua mercadoria de um modo original, como, em regra, clla costuma tambem sêl-o.

Os meios de q\1e o camtlot se serve para attrahir a attenção do publico d:to por vezes, na realidade, testemunho da mais engraçada e singular inventiva, que só elle possue, ou de que, pelo menos, só elle se aproveita. Em uma occasi~o. n'um restaurant1 trava-se acalorada discuss:to entre o criado e um frtt· guez sentado sósio ho a uma banca. As vo· zes sobem gradualmente de tom, e os ou·

O~ camelot /111'/Çf·int!o at /410f!t'OS eaboli'stieas e a91Uando

o çadi11'1-o tem o o,,JfiUo de '"" phosplroro

tros frequentadores acabam por comprehen· der que o criado accusa o freguez de ladrão, acabando por agarrar·se-lhe ao fato, a fim de evitar a sua fuga até que sobrevenha um policia. Quando todos seguem já com atten­ç:i.o e curiosidade o conAicto, o individuo accusado eira cOcctivamente da algibeira duas colheres que atira para cima da mesa. Ha um munnurio de reprovaç3.o em todas as boccas, naturalmente. .Mas, quando eJJe serena1 o supposto gatuno sacca da outra algibeira qualquer novo brinquedo e começa o seu d iscurso approx.imadameote n'estes termos:

- je prolite l'occasion~ Messieurs , . • Toda a gente ri, e n'um abrir e fechar

de olhos está vendida uma boa du2ia de exemplares do novo invento, desde esse mo­mento definitivamente lançado no mercado parisien$e. hhs a popularidade é demasia­do transitoria. D' ahí por alguns dias é pre­ciso descobrir qualquer outra cousa nova, usar de outro meio engenhoso para attrahir as attençt>es. E assim acontece, porque a imaginaçao do camelo/ é absolutamente inex· gotavel, e não lhe falta s~qn~r, nas suas in­venções. um espontaneo aproposito ironico, que as torna mais picantes e graciosas.

Page 34: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

64 - ILLUSTRAÇAO PORTUGUEZA

Aqui temos, agora, por exemplo, este recente proreuo de fabricar ra· pida e facilmente o diamante, que o sr. ~loriiot. o rei dos Ca:"f'U4Jts~ acaba de aventar e de que tem ti­rado o mais completo 1uccesso.

E.' sabida a hi.itoria pittoresca de Lcmoine, o pretenso fabricante de diamante-.s artificiau, que, depois de se tn fano Rguramcnte de rir á custa do\ ingenuos que o acredita .. vam e lhe pagaram o valioso segre· do por bom dinheiro. resolveu, por uma medida de c.LUrefosa prnden­eia, partir com destino incerto quan­do se 1entiu n1aís apertadn pela exi .. gencia, na verdade algo indisçreta, de demonstrar a lealdade do seu maravilhoso itntema.

E 1 claro q·ue o epitodio risonho não podia deixar de inspirar o ca­:JUlot, e ahi temos a ultlma novida­de dos brinquedos parisienses, que conquistou, Jogo desde o prüneiro dia, tlo largo e merecido successo.

Como 1iC "ê das curio~as photo.­gyaphias que tnscrimo1 o processo )(orizot é quasi tio singelo como o de I...emoine, e, no 6m, inteiramen­te identíco nos r~ultado,s.

Deita·se no cadinho uma pitada

O d••M•,.u o/Jlido pelo .,,(ltf(J prousso do Cflmtlot Morbot

VI VOLUME - 13 de julho de 1908

O c.am.elut pora •r,<fu~r udiltlio senr•sr 4o UM bo•d ~p#fO

J-''•Ul•dor 1cucaas oa •· at.a.wc.~a)

dos pós magicos, aqucce·se com um miz.ero e mes..iuinho pho.phoro de ce­ra, depois arrefece·~e, abanando--o simplesmente c:om o proprio chapéu. e ... prompto: está fabricado um gros· so diamante de bello vidro, que já IA estava dentro previamente.

Nào ha nada, evidentemente, me· nos complicado, nada positivamente mais infantil, mas1 pelo seu flagrante intuito critico, realisado de umn f/1r­ma UlO inesperadamente comica, o novo brinquedo agradou e teve durao· te bastantes dias uma ampla venda assegurada.

Agora a seguir que outra invençlo nos dará a imaginação incxgotavel dos

'ª"""'Is' Não é f#cil, naturalmente, de pre· ver, ta.nto mais que o ei1111tWI parisitn· se anda sempre ai.afamado à procura da actua_lidade, prompto a explorai-a, em umoutrocommento mais ou menos gracioso, mas que adquire rapidamen­te a popularidade. U que 6 certo, comtudo, é que ella ntlo se demo­rará.

Page 35: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

lurallaà• para ••• prodllc· ia. mu1 t1t mco •11b6tl Ck kllK dt P•Ptl t dll,Oftdo do• 11.chlnll1101 11al1 lPtrltl· 101401 para • IUI IM4UllrlA.

l'Toptitwtl ~· ,._ llO J)rat>o, tllartanata t sobrei· r1nbo (tllO•ar), l)cnct>ot ela· eal t> .. l.lcrmto (Co11J), ll>allt tllator (}llkrsarta a Utlba).

T.,,. .- ~lo ..-•• r•,.,_flafle fie 11apele H ..Cl'-IJtl•• ,,,_ ,.,,,,,,...... • ,,,. ............. Twn• • ··~· .,....,.,.,....,. e#CITW?ftl•fl .. ,,.,. ,.,,,..,.... ,... .. "9C, .... ..,.,.,.... ,,..Jhl•• • •---' ti• ..... ,,.,,. -'-'- .. ................. ...-..... ,..._ ................ . LISBOA-270, Rua da Princeza, 276 ==PORTO - 49, Rua de Passos Manuel, 51 ~. telerir-hlooe: USBQA, OOWIPAllHIA PRADO -PRADO-PORro - USBOA "-º telB11hon/001 ISOB -

CISPONIVIEI.-

Nestlé Farl:nha 1actea f!_f!ff PREÇO 400 RÉIS 666-6 3 6 medalhas de OURO Incluindo a conferida na Exposição Agrl-

- SEIOS Dt•u .. nl• ldQ1, Re«1n,.lt11l<k:l9

Af(>f10i.l&elldot. F<>nllkWO• com H

O•"ICIOJ"")dlldOQMC-18Óoo ... ~ ....,ll"'Od._, ........ _.tor•A,_L OOpe.tO ... Q ... r4a.olftO&ll\O.a'I.

Mltlle. - Ã PP"OTl.dO S*I• ~ lld&Oe• meotcM.

J. Aatl4, PhArmK lel'I, s. O"MP V•t.J•ou, ~.,.,._

P'Nl,.çq oom hutnicçoe.t rtk •» t'~ •"• ••11$ 40 corrtio ••""*'° •:

l.P ....... a O.• Jf, ftD&A~LI .....

C>ISPONIV&t...

- __ -== cola de Lisboa

Agencia de Viagens e R. Bulia da Rainha, B·Lisboa

Ernst GEORGE SUCCESSORES

~ORNICOCC>OAICe DA OAeA AIEAL.

Venda de bilhrtcs de pa ~;.1gcm em \'aporr.s e caminh•\8 de ferro para too.a .. , partes do nmndo sem auttm«' •t fü ·~ pre , Viagens clrculatorias a prc,--o" reduzid· , e o !TI itinenu to '·

von1ade dos vinjan1es na SUISSA, ITALIA, FRANÇA, ALLE­MANHA, etc. Viagens de recreio no Medilerraneo eª" Cabo Norte (o Sol à mria noite). Viagtn> ao Egyplo e á Terra Santa. Pa-.sa~ens para o llrazil e Riu da Prata Cheques de vi;1.1'em '-Uh--tituindo ,·antajOiamcnte u ci~t;is de creJito~

DISPONIVICL.

Page 36: earros ll-ha, Soe1o, Supplom .. ::= PORTUGAL, COL..ONIAShemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/IlustracaoPort/1908/... · 2014. 8. 8. · 0 Por occasi!ko da recente vi11ta realisada

Alimento moderno para crianças e adultos. A melhor e mais leve alimentação para ser tomada ao almoço. ao Iunch e á cela. Todas as pessoas que teem excessivo trabalho lntellectual devem tomar

este precioso preparado alimentar.

Não precisa ser cozinhado VENDE-SE EM PACOTES OE 300 RÉIS

Peçam em todas as boas mercearias. casas de viveres. paste­~rlas e pharmacias

PDSTUM CEREAL e. L. DA u. s. A. DIRECÇÃO EM PORTUGAL E COLONIAS:

ESTEVES & ANAHORY -Rua de S. Nicolau, 71. 2.0 - LISBOA

Descontos aos revendedores Telephone n.• 1.953

II Sl!RIF.

1 NSTITUTO U"C• <asa do munJo p.: o ~r0:tiurwnto do rosto, by giene. belleu e conscr• \lO da juventude. Prod

de Belleza ctos "'"'"6.cos lnv~~ veis •rrrovados 1•el<> L!,i boratonoMumc.tpalde Ptj

ris. APJ-'.1.Celhos e pro'-1u.;tos comra a obesidad~e < excessn·a magri:za.. Agu~s e <.rémes par• branqut a ptltc das m&os. lo\'a.S e app.trclbo<i f'jl.ía. o , aformo!>eamcnto. Quem 1.1011:er coni.ervar e em~ellH cer a cor empreiuc todas as manh.ts os in.:ir,1V:ltw. S"4' proJuctoo;: Locç ão eréme o Pó Klytla. IRStTU.'.Çll:'S rara u '1.f:U Clnl'lt"l(O. TtNIUt-4 :·t'g<t• ~araflt11ia' uu•Jlout . ., LQ<(•ll1 capila r· par-a t 1

tar a qtuda do1 talulloJ ~paro 1#1/)('dtr o t'mhrtu 'l"-ªi"''"'º· da,,dl)•lke a s11a tó' naturnl. f>t'Pilf> to1·w per/1nriodo u ''' <-rUottu d',rvos do Orr'" (1osa1 pa,.a t't•itar M f't'l/111,. f.t~t!lt.dO--tH •lt:sop,. 1'Ur ccmpfr10 . .,u•1/e. O tnttlt1,.1to de belleza .!e· seja ler agtntê'- na"' rrin.:1pae~ ctdaJes <!a Euror rretcrinJO C:lS.tS ·p1..•rfum1stas uU cabelle1re1rOS r~n. effeau:m:m a 'cuJa Jos seu<> pro-duetos. Otpos1tos em toJa-. as prindraes cidade" da Françfl. da Eu· ror;t E ... ta.dos UniJ 1" Jtt Amenca e no C3iru.

o tnsUtuto d e bollei-a le,ciona e d! curso d' tr.at :i.meut.1 e "·lllhelle-1:ur.ento da ptlJ,., Programmi

condiço<"" l 1Wi:\-~ cat:tl<"L'O l!'" r~l :\ '3Uet1• o rc­Jtl\Ç\f:tr. 2 6, PLACE VENOOM~, 26- PAAIS

OISPONIVEL.

=AINDA É=

Tempo De começardes as vossas ca­=== dernetas de ===

ficando assim habilitados aos magnlftcos premias que es­tão destinados ao concurso de 1908 e dos quaes fazem ____ parte ___ _

UM SOBERBO CHALET 2 A u tomoveis 2 Um HIATE e premias de todos os gene­ros para todos os gostos e === todas as ldéas ==