DZ Formation #1

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SUMMER PREMIERES A TEMPORADA DE FÉRIAS NOS EUA AGITA O CALENDÁRIO DE ESTREIAS CINEMATOGRÁFICAS cultura para quem é pop TV Por mais gordinhas na cultura pop MÚSICA Eu quero minha MTV! LEITURA Esse tal de fandom ANO 1 | N° 1 | JUNHO 2013

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DZ Formation - Cultura para quem é pop

Transcript of DZ Formation #1

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SUMMER PREMIERESA tEMPoRAdA dE féRIAS noS EUA AgItA o

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cultura para quem é pop

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na cultura pop

MÚSIcAEu quero minha

MTV!

lEItURAEsse tal de

fandom

ANO 1 | N° 1 | JUNHO 2013

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EDITORIAL

É com muito carinho que publicamos esta primei-ra edição.

A DZ Formation é uma revista de cultura pop, que visa proporcionar aos leitores uma nova ex-periência na troca de informação. Nesta revista você encontrará versões resumidas das matérias, que estarão - lindas, cheias de recursos e gratui-tas - no nosso website. Pra quem está sempre no celular, tablet ou computador, a DZ foi feita para você. Vem com a gente!

BEM-VINDOS!

... de um leitor de QR Codes, que são estes códigos cheio de quadrados. Nas lojas de aplicativos de celulares você certamente encontrará um. A maioria é gratuita. Os QR Codes funcionam como um hiperlink que te leva direto a uma página da web. Uma tremenda mão na roda! Não quer? Não se afli-ja! Se você preferir, é só entrar no site da DZ para encontrar as matérias completas. Divirta-se!

VOCÊ PODE PRECISAR...

WWW.DZFORMATION.COM.BR

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Galaxy S4 é lançado ..........................................Microsoft anuncia Xbox One ............................A Fotografia de Phillip Toledano .....................A vida de Emma Watson ..................................Summer Premieres ...........................................É o fim! ............................................................As gordinhas na cultura pop .............................Hannibal estreia na NBC ..................................Eu quero minha MTV! .....................................Carta .................................................................Esse tal de fandom ............................................

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O QUE TEM PRA HOJE:

SÓ NO SITE

Tudo de errado em um filme

/cinema

/celebs

Famosos e suas tattoos

/bonitezas

Decoração DIY

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Galaxy

S4 O novo rockstar da telefonia móvel é o Galaxy S4, da Samsung. O modelo de celular começou a ser vendido no Brasil no dia 08 de maio de 2013 e, em menos de um mês desde seu lançamento, mais de 10 milhões de aparelhos já foram vendi-dos pelo mundo.Os preços variam entre R$2.399, na versão que suporta tecnologia 3G, e R$2.499, na versão que suporta a tecnologia 4G. Mas o que tem de tão in-teressante nesta versão nova que faz um aparelho de telefone custar este preço todo?

SAMSUNG lANçA O SMARTPHONE MAIS ESPERADO DE 2013

Confira no site da DZ a matéria completa que conta as principais novidades do Samsung Galaxy S4.

MICROSOFT ANUNCIA O XBOX ONE EM CONFERÊNCIA, CAUSA FUROR E DIVIDE OPINIõES

A Microsoft apresentou no dia 21 de maio o Xbox One, sucessor do Xbox 360. O novo aparelho tem o design mais sóbrio, retangular de ângulos agu-dos, combinando com o próximo Kinect. O controle terá design mais ana-tômico e mais funções, para o conforto do jogador.Mas se engana quem pensa que as principais novidades estão no design.O Xbox One irá diferenciar – e muito – de seu antecessor. Ele será muito mais conectado a outros dispositivos da Microsoft, como telefones e com-putadores, e terá completa interatividade com o Windows 8., sistema utili-zado na base do sistema operacional do console. O Xbox One também terá maior suporte para imagens em HD, permitindo gráficos melhores para os jogos. Outra novidade é a parceria com Steven Spielberg para a produção de uma série (com pes-soas, mesmo!) baseado no jogo Halo – um dos mais bem sucedidos jogos de guerra do Xbox 360.

+ NO SITE

+ no site

Em abril de 2013 aconte-ceu o CG Extreme, que trouxe ao Brasil alguns artistas renomados do mundo da computação gráfica para palestrar e contar um pouco do seu trabalho. Um destes pa-lestrantes foi Tom Isaksen, que foi o Chefe de Criação de Personagens na criação do jogo Hitman, famoso no mundo inteiro (e que já ganhou, inclusive, uma adaptação cinematográfi-ca). Ele levou para sua pales-tra, no CG Extreme, um vídeo que mostrava a cria-ção de um personagem – coisa que ele fez exclu-sivamente para apresentar aos espectadores – e que lhe custou mais de 70 ho-ras. Dá só uma olhada no per-sonagem que o Tom criou para apresentar no evento:

TOM ISAkSEN

Veja a matériacompletae o vídeono site.

TECH

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+ NO SITE

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Britânico mostra em projeto pessoas que deformaram seu próprio corpo através de cirurgia

O novo livro de fotografias de Phillip Toleda-no, A New kind of Beauty, gera choque ao

por os olhos nas fotografias pela primeira vez. O livro, que faz parte de uma trilogia começada pelo Days with my Father, traz mais um aspecto da nossa mortalidade, objeto de curiosidade de Phillip. As fotos se parecem muito com retratos tradicionais, mas as pessoas retratadas não são tão

“Estou interessado no que define a be-leza, quando esco-lhemos criar a nos

mesmos. Beleza tem muito valor, e agora que finalmente temos

a tecnologia para nos inventar, que

escolha fazemos?”Phillip Toledano

UMA NOVA ESPÉCIE, POR PHIllIP TOlEDANO

comuns. O livro retrata pessoas que se submeteram a cirurgia plástica reconstrutiva radical.“Estou interessado no que define a beleza, quando escolhemos criar a nos mesmos. Beleza tem muito valor, e agora que finalmente temos a tecnologia para nos inventar, que escolha fazemos? A beleza é dada pela cultura contemporânea? Pela história? Ou definida pelas mãos de um cirurgião? Podemos identificar tendências que varie de década pra década, ou beleza é atemporal?”Sua curiosidade e o desenvolvimen-to do trabalho sobre o papel das cirurgias plásticas na definição de beleza começou acidentalmente, através de mídia social e do boca a boca. Durante um trabalho fotografando um homem que tinha feito várias cirurgias plásticas, Toledano conhe-ceu seu assistente de imprensa, e através do seu facebook ele conheceu Allanah, uma transsexual, que também era adepta a cirurgias plásticas. Ela, por sua vez, o apresentou a várias outras pessoas, e assim por diante.O objetivo de Toledano é mostrar um aspecto

específico sobre a beleza nos nossos dias. A inspiração do fotógrafo é o trabalho do artista alemão Hans Holbeins the Younger, que fazia retratos considerados mais realistas, no século XVI. “Em 50 ou 100 anos a humanidade não se parecerá com o que somos hoje por causa da tecnologia… Nós poderemos ser capazes de re-definir o que significa parecer humano e eu acho

que essas pessoas são a vanguarda desse tipo de evolução” explica o fotógrafo.Segundo Toledano, a reação ao pro-jeto tem sido boa e ruim, o que ele já esperava. “Normalmente o pro-jeto tem duas reações: o esperado ‘Puta merda! Essas pessoas são lou-cas’, o que definitivamente não é o objetivo do trabalho… E tem algu-mas pessoas que entendem o objeti-vo, o que tentamos fazer… Eu não sou ingênuo; eu sei que as pessoas vão olhar e ficar surpresas, mas eu espero que elas possam passar disso

e enxergar o que eu queria mostrar”.“Este é um tempo único. Enquanto a tecnologia existe para nos reimaginar, não é perfeita. E até que seja uma nova espécie de ser humano está sendo criada. Eles vão co-existir com o Homo

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Sapiens por um tempo até de-saparecer na história”, conclui Toledano.Veja a matéria completa e a ga-leria de fotos no site ou através do código ao lado.

BONITEZAS

+ NO SITE

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CELEBS

A VIDA (QUASE) NORMAl DE EMMA WATSON, A QUERIDINHA DE HOllyWOOD

Emma Watson finalmente desistiu de ter uma vida “normal”. A atriz, que cresceu ao olhar

do público, buscava incessantemente experiên-cias normais da sua idade, e assim que terminou de filmar a saga Harry Potter, seguiu para a Uni-versidade de Brown nos Estados Unidos e cortou seus cabelos bem curtos. O corte de cabelo foi mais uma maneira de se sentir dona de si, e não um produto da mídia. “Foi uma maneira de me conhecer melhor”, afirma a atriz. Mas depois de três semestres na universidade, Emma Watson re-solveu se dedicar a novos projetos cinematográfi-cos. Quando perguntada se ainda estava em dúvi-da sobre sua carreira ela ri e responde, “Não, não estou em dúvida mais”. E ela tem estado ocupada todo este tempo. Ela estrelou, em 2012, As Van-tagens de ser invisível, uma adaptação de livro adolescente muito famoso, de Stephen Chbosky. Em 2013 vai atuar em dois dos mais esperados filmes do verão americano, The Bling Ring e This is the End. Em sua vida pessoal, Emma Watson não tem o perfil de uma atriz de Hollywood em ascensão. Sua rotina envolve estar bastante rodeada de amigos e assistir o maior número de filmes que consegue. Poucas pessoas sabem com quem ela já namorou e ela evita se relacionar com pessoas também famosas. O momento em que ela consi-dera mais embaraçoso em relação a ser famosa aconteceu recentemente, no festival de música

Coachella, onde foi fotografada beijando seu namorado, o es-tudante universitário Will Adamowicz. Veja a matéria com-

pleta e a galeria de fotos no site ou através do código ao lado.

O QUE HOllyWOOD QUER PARA SEUS JOVENS ATORES

Porque é tão difícil manter a sanidade na indústria cinematográfica

Amanda Bynes criou uma carreira bem sucedi-da como estrela mirim, atuando em programas

infantis no canal Nickelodeon como o divertido All That e The Amanda Show, onde ela provou seu ta-lento em sketchs de comédia semeando um cami-nho que poderia ser brilhante em Hollywood.As coisas começaram a piorar em 2012, quando a ex-estrela mirim foi acusada sete vezes de dirigir

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+ NO SITE

sob influência de álcool ou dro-gas, ou de provocar pequenos acidentes de transito e abando-nar o local.

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DE OlHO NO CAlENDÁRIO!A temporada de junho a agosto marca o verão no hemisfério norte e, com ele, temos muitas estreias no cinema. Fique de olho em algumas das principais:

CINEMA

lEIA A MATÉRIA DE CAPA COMPlETA NO SITENo site da DZ você encontra a matéria completa com as datas, sinopses, de-talhes e comentários especiais sobre os filmes. Visite o site ou vá pelo código:

APlICATIVO SUMMER PREMIERES

A DZ fez também um aplicativo com todas essas informações para você levar no celu-lar e ter acesso às datas de estreia a qualquer momento, na palma da mão. Fala o down-load através do código ao lado:

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É O FIM!Seth Rogen e Evan Goldberg estreiam na direção e fazem o filme mais engraçado do ano

O calendário maia pode nos ter nos pregado uma peça em 2012, e o fim do mundo

pode ter ficado para trás na mente das pessoas, mas Hollywood ainda insiste em destruir a Ter-ra das mais variadas formas possíveis. Invasão alienígena, meteoro chocando contra o planeta, terremotos e tsunamis, vírus zumbi, todos já foram a causa do fim dos tempos nas telas do cinema. Neste ano, dentre os principais filmes

CAPA

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que estreiam no verão americano, a temática não variou muito. Em junho estreou Depois da Terra, com Will Smith e seu filho Jaden, que se passa 1000 anos depois do fim dos dias na Terra; ainda deve estrear O Fim do Mun-do em agosto escrito e estrelado por Simon Pegg, mas o filme mais aguardado é, com certeza, a comédia É o Fim, escrito e dirigido pelo atual favorito da comédia Seth Rogen e seu parceiro Evan Goldberg. O filme tem Seth Rogen, Jay Baruchel, James Franco, Jonah Hill, Craig Robinson, Danny McBride e grande elenco fazendo o papel de si mesmos, quando participam de uma festa na mansão de James Franco, numa farra re-grada por bebida e drogas que é interrompida por nada mais nada menos que acontecimen-tos apocalípticos que mata grande maioria das celebridades na festa. Ver celebridades de primeiro escalão, os A-listers, se comportan-do de modo esnobe, inconsequente numa mansão e ser mortos por eventos sobrenatu-rais pode ser visto por muitos como uma sátira do comportamento irrefletido que os jovens atores passam para o público. O sonho americano hollywoodiano se transforma no inferno. Os atores usaram aspectos de si mesmos de maneira exagerada, ou apenas fizeram uma crítica de como o público os enxerga. O filme zomba frequentemente do estilo de vida de Franco, com gostos exóticos pela arte e seu estilo. A festa central do filme se passa em sua mansão fictícia em LA. James Franco foi o único que não se importou nem um pou-co como foi retratado no filme, mas gosta de destacar como ele é diferente de seu person-agem. “É muito diferente. Quando começa-mos a falar sobre o filme eles disseram que eu faria uma versão de mim mesmo que é o mais distante possível do que eu sou. Tem as-pectos similares, como eu sou ator, eu gosto de arte, mas o personagem é puxado para um lado mais pateta. Ele é mais burro, com um nível emocional de um garoto de 13 anos. Ele

é mais superficial do que eu gosto de me imaginar”. Quase toda celebridade convidada para o filme aceitou seu papel – a exceção foi Dan-iel Radcliffe, que não gostou do seu papel, os diretores assumiram: não era muito bom. E todos fizeram tudo que lhes foram pedidos, até as coisas mais malucas. Emma Watson empunha um machado, Mindy Kaling fica louca para fazer sexo com Michael Cera, e Channing Tatum usa um traje inesperado. Em uma cena, Rihanna acaba dando um soco tão forte no ouvido de Michael Cera que “eu não ficaria surpreso se deixasse um estrago permanente”, completa Goldberg. Ao menos ele terá uma boa história pra con-tar.A ideia do filme começou em 2006, com o curta Jay and Seth versus the Apocalipse, que Seth e Evan escreveram juntos. Demor-ou seis anos para convencer o estúdio de que o curta escrito pelos dois roteiristas poderia ser expandido em um longa metragem. Isso se deve, parcialmente, porque eles estarem ocupados com outros projetos e porque o es-túdio estava nervoso com o fato de estrelas de cinema zombarem de si mesmos. “Eles admitiram que ninguém em Hollywood quer fazer algo primeiro” diz Seth, “Mas para nós este tipo de filme era inevitável. As perguntas são tão prevalentes na nossa cultura: Como são as celebridades? Elas tem noção de como são vistas? Como fãs de filmes, nós sabíamos que seria engraçado”.Como todo filme de Seth Rogen e Evan Goldberg, a história pode soar estúpida, mas sempre tem uma história emotiva por trás que as pessoas podem se identificar. “As vezes os estúdios esquecem que é isso que fazemos” finaliza Seth.

CAPA

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O ESPAçO QUE ElAS OCUPAMPor que precisamos de mais gordinhas na cultura pop

Melissa McCarthy é um dos maiores talen-tos do humor hoje em Hollywood. Depois de brilhar no acla-mado filme Missão Madrinha de Casa-mento, pelo qual recebeu sua primeira indicação para o Oscar de atriz coadjuvante, a atriz tem feito uma série de filmes de comédia que agradaram ao grande público. O mais recente, Uma Ladra sem Limites, recebeu críticas ruins, mas a perfor-mance de Melissa ainda foi elogiada, e apontada como a única coisa boa do filme. Na televisão ela é também destaque. Em seu currículo ela conta com séries de sucesso como Gilmore Girls, Sa-mantha Who?, e Mike and Molly - este último lhe rendeu o Emmy de melhor atriz de comédia de 2011. Não há dúvidas de que o espaço que seu talento ocupa no show business é bem merecido. Mas ainda há um detalhe sobre Melissa: seu peso é bem acima do normal em Hollywood.Numa época em que a ‘barriga negativa’ é apre-ciada pelas revistas e é o objetivo de várias atrizes e modelos, Melissa McCarthy conseguiu ser atriz de papéis principais sendo obesa. É claro que isso não passa batido pelos críticos e a audiência. Em uma das críticas mais negativas sobre seu filme

Uma Ladra sem Limi-tes o crítico Rex Reed chama a atriz de uma “enorme, obesa hipo-pótamo fêmea”, como se isso fosse um fator pelo fracasso do rotei-

ro em que atuou. Usar o peso de alguém para envergonha-la ou criticar um trabalho não é de forma alguma algo digno de um crítico de cine-ma, ou qualquer formador de opinião que exista. Mas o próprio fato de que um filme tão critica-do negativamente, alcançando apenas 20% de aprovação da critica segundo o Rotten Toma-toes, seja um sucesso nas bilheterias mostra o quanto o público, notoriamente o americano, gosta de piadas escrachadas com gordos. Melis-sa é brilhante em comédia física, e usa seu corpo como uma ferramenta chave para suas piadas.Melissa pode arrecadar milhões em comédias de Hollywood em papéis escrachados, mas di-ficilmente teria o papel de mocinha numa co-média romântica como o igualmente gordo Seth Rogen é capaz.

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HANNIBAl THE CANNIBAlO serial killer Hannibal Lecter está de volta em série da NBC

O infame psiquiatra Hannibal Lecter está de volta às telas com a série Hannibal, da NBC. A série estreou no último mês de abril e traz uma história baseada nos personagens de Thomas Harris que fizeram sucesso com os filmes O Silêncio dos Inocentes, Dragão Vermelho, Hannibal e Hanni-bal Rising.Mas muito se engana quem pensa que a série é apenas uma prequel para a história retratada em-Dragão Vermelho. As adaptações feitas pelo cria-dor da série, Bryan Fuller, alteraram o foco da his-tória e as peculiaridades dos personagens, dando maior profundidade e nuances à trama.

O ANTES E O AGORAA série da NBC inova em relação à história origi-nal e demonstra a competência de seus produto-res à medida que se aproveita de lacunas da his-tória para criar aspectos novos que nem os mais assíduos fãs poderiam ter imaginado.Ao contrário do livro e dos filmes, o Dr. Lecter não é retratado como o vilão desde o princípio. O Lecter da série, interpretado pelo ator dinamar-

quês Mads Mikkelsen, ele é um homem inteli-gente, culto, distinto e de educação pristina. Ele não se comporta como um exemplar exótico de um canibal. O mais exótico na figura do psiquia-tra se concentra nas gravatas extravagantes e nas feições peculiares de Mikkelsen.Will Graham, por sua vez, não fica apenas no papel de policial com um bom faro. O Will da série, interpretado pelo britânico Hugh Dancy, nem sequer se sente confortável com o mundo policial. Will é um professor e construtor de perfis criminais, mas o seu ambiente é a sala de aula. A aproximação demasiada dos assassinos perturba Will profundamente, uma vez que o que o torna tão especial é o seu inigualável dom de sentir empatia para com os criminosos. Mas isso tudo faz com que o personagem tenha sé-rios distúrbios, assombrado por um dom que

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destruiu suas chances de viver uma vida normal.

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ISTO É ARRESTED DEVElOPMENT - PARA OS FÃS!

Arrested Development está de volta! Depois de sete anos de espera, a família Bluth volta com mais 15 episódios para contar o que tem acon-tecido com seus membros desde 2006. De 2003 pra cá, o fandom da série só cresceu, graças aos DVDs lançados e a facilidade de hoje assistir a uma série online, e hoje ocupa o décimo lugar com a base de fãs mais devotos, perdendo apenas para grandes sagas de filmes como Jogos Vorazes

e Harry Potter. A nova temporada vem com um novo formato e cumpre a promessa do criador, Mitch Hurwitz, de provar que a família mais disfuncional da televisão ainda tem muita his-tória para contar.

RISADA ENlATADAA trilha de risadas usadas em séries de co-média desde os anos 50 está entrando em de-suso. Conheça a história desse mecanismo de comédia e porque hoje ele é considerada dis-pensável para que uma série seja engraçada.

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TV

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EU QUERO MINHA MTV!O popular canal de música agora tem que aprender a sobreviver em uma era de Youtube

Desde o ano passado a emissora musical MTV Brasil vem sendo assombrada pela possibilidade da extinção. Boatos de negociações de vendas, mudança de nome e até locação para religiosos estremeceram a estabilidade que o canal alcançou no país desde os anos 1990 até hoje. Apesar de não se pronunciar em vários momentos da história da emissora, os boatos alcançaram tamanha pro-porção que o Blog da MTV listou, neste mês, as razões para acreditar nos boatos, e também para desacredita-los completamente. Apesar das saí-das das suas maiores estrelas, o blog garante que o contrato que o Grupo Abril mantém com a Vi-acom para utilizar o nome da MTV vai até 2018. No Brasil, a MTV foi uma porta de entrada para a música popular americana e europeia e para as descobertas de bandas nacionais que fazem par-te do imaginário dos anos 90. Programas como Piores Clipes, Hermes e Renato e RockGol, e outros, ajudaram a criar uma identidade brasileira para o canal. Os rumores de fim da emissora, sendo verda-deiros ou não, não põe panos quentes nos fatos que apontam para um declínio da MTV, tanto no Brasil, quanto em seu país de origem. Nos anos 2000 a internet se transformou no maior obstá-culo da emissora, e canais de conteúdo como o

Myspace e o Youtube proporcionaram aos jov-ens uma nova maneira de consumir música O investimento em reality shows vem de exem-plos extremamente bem sucedidos como o The Real World, The Osbournes, e Jersey Shore. Com o sucesso destes programas e a perda da credibilidade musical é improvável que a MTV ocupe novamente o mesmo lugar no imaginário dos jovens da mesma maneira que ocupou nos anos 80 e 90. A MTV provavelmente nunca terá o mesmo status que um dia teve, por causa da impossi-bilidade da música figurar como carro chefe da emissora. E por isso é reconhecida mais hoje por transmitir um conteúdo mais voltado para o entretenimento do que para a música. Se a nova geração vai ficar para ver o que a MTV tem a dizer com a programação de hoje, vai ser refletido na estabilidade e duração do canal. Se a MTV vai durar mais décadas ou está com os dias contados, vamos sentar e assistir.

MÚSICA

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MÚSICA

OCEANIATHE SMASHINg PuMPkINS

por Felipe Borges

“Não surgirá um novo Kurt Cobain, Trent Reznor ou Billy Corgan”. É sempre meio patético ver alguém falando com tanta pompa de si mesmo. No caso, o último dos nomes citados acima, do frontman dos Smashing Pumpkins, em mais de seus ataques de modéstia.A cabeça pensante de Corgan na década de 90 continuou brilhando na virada para os anos 2000 – infelizmente, apenas pela queda dos ca-belos mesmo. Esteja o desiludido careca-mor do rock alternativo (Michael Stipe aposentou) certo em sua profecia maldita, ou não, fato é que os Pumpkins não vinham contribuindo muito para o cenário musical recente.Após o fraquinho “Zeitgeist”, Corgan tenta voltar à velha forma com “Oceania”, 7º lançamento de estúdio de sua banda. O disco mantém as guitar-ras pulsantes e a bateria pesada tão característi-cas do grupo, mas há espaço surpreendentemente grande para momentos eletrônicos.“Quasar” abre o disco e remete imediatamente ao início triunfante de “Cherub Rock”, canção que abre “Siamese Dream”, de 1993. O começo demolidor segue com “Panopticon”, na qual Corgan, com a voz inconfundível preservada, se esgoela, em meio a uma guitarra que insiste em machucar.Os Pumpkins não hesitam em revisitar o passado em outros momentos furiosos do disco. No riff que desliza suave e vigoroso em “Glissandra” a melhor do disco, Corgan reclama de não saber mais o que quer. “Inkless” mostra que simplici-dade e peso ainda funcionam para fazer um bom

rock. E a bateria pesada dos tempos antigos também está lá, castigando o eletrônico macio de “Violet Rays”.Faixas como “My Love is Winter” e “One Diamond, One Heart” tentam fugir da obvie-dade pumpkiana e apostam na eletrônica, sem grande ousadia, mas com bons resultados. A faixa-título é progressivo na veia, linda se você tiver paciência para escutar seus nove minutos, mas que corre o risco de se transformar em masturbação inglória ao vivo, vide o histórico recente da banda (quem foi ao desastroso show no Planeta Terra de 2010 ainda chora pelo leite derramado).Talvez o mundo não produza outro Billy Cor-gan, e talvez isso nem seja necessário. Mesmo porque o original está aí. E “Oceania” vem mostrar que ele pode fazer um trabalho um pouco genérico, mas que ainda é um dos mel-hores lançamentos do ano.

Billy Corgan,vocalista dosPumpkins

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Dá-me mais um dia.Levar-te-ei pelos meus caminhos, aqueles – singulares, mas universais – que fazemos todos a esmo, com o pensamento longe da geografia da cidade e, ainda que não planejemos, são sempre os mesmos. As mesmas nossas ruas, as mesmas nossas esquinas, os mesmos destinos.Apresentar-te-ei meus amigos, que são corpos e almas onde eu caibo inteira – ou quase. Você sentirá a peculiaridade dos tratamentos dados a cada um de nós, por cada um de nós. Por fim, ouvirá histórias que ilustram o caminho que insistimos em percorrermos juntos.Ao cair dessa última tarde ao seu lado, eu te mostrarei o meu quarto. Cá estão meus livros, os presentes que me tocaram, a roupa com que durmo, meu cheiro de hábito: cheiro de sono, de vida, de respiração. Aqui encontrarás o meu material fundamental e o imaterial da minha natureza de ocupação do espaço.Por fim, te concederei a minha noite. Notarás as minhas expressões durante sonhos bons e ruins, ouvirás resmungos ou pequenas ex-clamações em tom alto, verás como me relaciono com o meu cobertor: entre as pernas e sob as mãos. Além disso, e por fim, constatará que cultivo uma posição preferida para o descanso, e se lembrará de mim quando fizéreis em sua cama, sem mim.São vinte e quatro as horas necessárias para perceber a minha presença e então notar minha iminente ausência.

LEITuRA

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CartaAlICE BETElI

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ESSE TAl DE FANDOM

LEITuRA

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Entenda um pouco deste universo onde tudo é possível

Suponha que você é um grande fã da saga de George R. R. Martin, Crônicas de Gelo

e Fogo (os livros de origem da série Game of Thrones). Começa quando você vê a série na TV. Com uma pesquisa, descobre que ela é baseada em livros, vai atrás deles e, após ler, apaixona-se pelo universo de Westeros. Com vontade de ter mais conteúdo enquanto não sai o próximo livro da saga, busca mais informações na Internet e descobre sites criados por fãs dedicados à histó-ria. Neste site, você descobre artes feitas por fãs, vídeos, pinturas digitais e fanfics. Após um certo tempo, você passa a consumir – e talvez produ-zir – conteúdo como esse, interagir e participar de ações com outros fãs e participar de fóruns de discussão. Assim, está feito: você agora faz parte do fandom. Mas o que é essa coisa de fandom?Fandom é o termo utilizado para se referir a um grupo de fãs de determinado produto (séries, li-vros, bandas, cantores, quadrinhos, etc). Mas não são quaisquer fãs: eles são ativos, buscam conte-údo que vai além do material oficial – produzido por eles mesmos -, participam de fóruns, ações, e algumas vezes até mesmo de congressos e en-contros. A difusão da internet e, por consequên-cia, de fóruns e de websites como o DeviantART, o LiveJournal e o Tumblr possibilitaram a popu-larização desse tipo de prática.Entre os materiais produzidos fandoms, os mais populares são fanarts, fanvideos, fanzines e fan-fiction.

Primeiramente, vamos entender melhor. As fanfics são histórias criadas pelos fãs, sem fins comerciais ou lucrativos, apenas para o entre-tenimento próprio e de outros fãs que não se contentam apenas com o conteúdo oficial. Elas podem trazer personagens que existem no obje-to real (série, banda, etc) e/ou personagens fictí-cios interagindo juntos. Os enredos podem ser baseados em fatos canônicos do objeto real, mas também podem ser completamente alternativos – o chamado Alternative Universe. Por exem-plo, uma fanfic baseada em uma banda pode retratar situações de turnês onde os personagens “são eles mesmos”, ou podem inserir os mem-bros da banda como personagens de um univer-so fictício medieval, onde eles não são músicos, mas sim guerreiros. Outro exemplo: uma fanfic baseada na série Game of Thrones pode parecer com a própria história, trazendo os personagens em seus contextos e personalidades originais, mas também pode ser alterada para uma versão da história nos dias atuais onde o cenário é a América do Norte, e não a medieval Westeros.Há uma grande possibilidade de você estar pensando: mas isso não viola direitos autorais? Houve um extenso debate sobre isso, inclusive entre políticos. Isso mesmo, os governantes do Brasil – mais especificamente o senador Eduar-do Azeredo – já debateram a questão da fanfic, querendo proibir a prática e, inclusive, mandar os adeptos para a cadeia. Não conseguiu.Acontece que os escritores de fanfic não preten-dem, de forma alguma, invalidar a obra original. Não pretendem ofendê-la ou torna-la obsoleta. Não pretendem infringir direitos de privacida-

E essa tal de fanfiction?

Fanart da série Supernatural

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de ou ridicularizar aqueles de quem se escreve. Os escritores de fanfics geralmente não passam de fãs assíduos, cuja necessidade de continuar no universo daquilo que gostam é tão grande que eles buscam produzir novas ruas daquele univer-so para que possam caminhar por elas. Até hoje, não conseguiram abolir a prática da fanfiction. É recomendado entre os escritores - e muitas vezes até faz parte das regras de sites voltados para a postagem dessas histórias – que, antes de cada história, o autor coloque um disclai-mer, uma declaração de que aquilo foi escrito sem fins lucrativos e que é abertamente baseado em algo – ou alguém – já existente. Assim, evita-se processos e mantém-se a diversão de cada um.

VOCÊ SABIA? 50 SHADES É FANFIC!

O fenômeno de vendas 50 Tons de Cinza, de Stephanie Meyer, surgiu originalmente como uma fanfiction do fandom da saga Crepús-culo. Após o sucesso entre os fãs, a autora mudou os nomes dos personagens e publicou a história como livros.Se são livros bons ou não, nos abstemos de discutir: o inegável é que o fenômeno cultural das fanfics abre um leque de possibilidades impressionante.

LEITuRA

A fanfiction, a popularização da escrita e o imobilismo cultural

Muitos jovens fanfictioners adquiriram o hábito da leitura e/ou da escrita apenas após a descoberta dos fandoms. Em cada um destes, há uma subcultura onde os locais estão em constante mudança, e o leitor de hoje pode ser o escritor de amanhã. Essa noção desa-fia as antigas teorias sobre a Comunicação e a Cultura, onde as fórmulas mostravam uma relação linear e unilateral entre produtores e receptores de conteúdo. O fandom é um local de inovação cultural constante, mesmo que o fenômeno ainda seja alvo de preconceito pelos pesquisadores e não haja obras suficientes para a exploração dessa área.Além disso, as fanfics podem também ter um papel social importante no que se trata de re-latar situações culturais de uma região. Na China, por exemplo, há uma série de fanfic-tions de Harry Potter que abordam situações e conflitos importantes da cultura oriental, e estas histórias são usadas, inclusive, para fins educacionais.

A fanfiction nas universidades

Evelyn Deshane é canadense e escritora de uma das fanfictions mais aclamadas dos últi-mos anos. Ela escreveu, em 2007, a fanfiction The Dove Keeper.Visite o site da DZ para ler a matéria completa, uma en-trevista com Evelyn e uma história origi-nal dela.

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BONITEZAS

PARA RElAXAR. PARA SE DIVERTIR. SIM, PARA COlORIR.ARTISTA: MARyAM AlZAABI

BAIXE O PACOTE COMPlETO PARA COlORIR ATRAVÉS DO CÓDIGO:OU ACESSE DZFORMATION.COM.BR/BONITEZAS

18 DZ FORMATION • JUNHO 2013

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