DOCTRINA de la Revista "Investigaciones", 1, 2010.

8/8/2019 DOCTRINA de la Revista "Investigaciones", 1, 2010.

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1

D OSSIER G ENOCIDIO Y L ESA H UMANIDAD


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1 [ 010]


3/58

3



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4

1 [ 010]

DireccinDr. Rodrigo CodinoDra. Mariana CaraballoDra. Gabriela GusisDr. Matas BailoneDra. Mercedes de UriosteDra. Mara Silvia Galndez

Jefe de RedaccinDr. Vctor Hugo Accardi

ColaboradoresLic. Marta Isaura Trotta LagosLic. Paula Frondizi

Correccin

Trad. Carolina Mozo Sartorio

Diseo de tapa y fotografaPablo Molina Almirn

Diseo y diagramacinde textos interiores

DCV Esteban Diego Alonso

Corte Suprema de Justicia de la NacinImpreso en la Argentina - Printed in ArgentinaHecho el depsito que marca la ley 11.723Registro de Propiedad Intelectual: en trmite

Corte Suprema de Justicia de la NacinInstituto de Investigaciones y de Referencia Extranjera Talcahuano 550, 4 piso, Oficina 4036CPA C1013AAL - Buenos Aires - Argentina. Telfonos: 4370 - 4600 (int 4538 4636 4637)E-mail: [email protected]

Impreso en Direccin Servicios Complementarios

Biblioteca del Congreso de la Nacin,octubre 2010


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5


Presidente

Dr. Ricardo Luis Lorenzetti

Vicepresidente

Dra. Elena I. Highton de Nolasco

Ministros

Dr. Carlos S. Fayt

Dr. Enrique S. PetracchiDr. Juan Carlos Maqueda

Dr. Eugenio Ral Zaffaroni

Dra. Carmen M. Argibay


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6

1 [ 010]


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7


Sumario-B A , 010. A XIV-

S P

Dossier: G enocidio y Lesa H umanidad

m asacres : Larvas y semiLLas .Lineamientos para un repLanteo criminoLGico

E R Z 11/3

autora mediata por dominio de orGanizacin :.e L caso F ujimori

F V 33/44

d e La matanza aL proceso Genocida J q S 45/57

Jurisprudencia 59/179

extos escogidos 181/ 17

Noticias 19/ 9

Novedades bibliogr icas

libros 33/ 39ndices 41/ 79

Instituto de investigaciones y de re erencia extranjera

Corte Suprema de JuStiCia de la N aCiNr epbliCa a rgeNtiNa

1 [ 010]


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8

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9



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10

1 [ 010]


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11


m aSaCreS : larvaS y SemillaSl iNeamieNtoS para uN replaNteo CrimiNolgiCo

> E R Z *SUMARIO:1. l oS momeNtoS de la CrimiNologa y laS maSaCreS . 2. l a reCuperaCiN de la pluridiSCipliNariedad CoNeCtiva . 3. uN Nuevo CompromiSo ideolgiCo de la CrimiNologa . 4. l aS ageNCiaS del SiStema peNal Como perpetradoraS . 5. e l SileNCio de loS CieNtfiCoS . 6. r ealiSmo viNdiCativo y viNdiCaCiN paraNoiCa . 7. iNSeguridad exiSteNCial y aNguStia SoCial . 8. l a iNStalaCiN del muNdo paraNoiCo . 9. l a fuNCioNalidad poltiCa del muNdo paraNoiCo . 10. e l CaNdidato adeCuado para chivo expiatorio . 11. el deliNCueNte ComN Como eNemigo reSidual . 12. e l poder puNitivo CoNforme al muNdo paraNoiCo . 13. l aS simientes de masacres y laS masacres larvadas . 14. preveNCiN primaria de maSaCreS . 15. l a preveNCiN eN laS ageNCiaS poliCialeS . 16. l aS ageNCiaS peNiteNCiariaS . 17. l a pSiCopatologa eJeCutora . 18. l aS ageNCiaS poltiCaS Como autoreS mediatoS . 19. t CNiCaS meditiCaS del muNdo paraNoiCo . 20. l a preveNCiN de maSaCreS eN la ComuNiCaCiN . 21.l a CoNteNCiN iNStituCioNal del poder puNitivo . 22. l aS tCNiCaS de NeutralizaCiN . 23. a SuNCiN del rieSgo de viCtimizaCiN . 24. d ifiCultadeS reSpeCto del deliNCueNte ComN . 25. preveNCiN de maSaCreS y del delito ComN . 26. a lguNa reflexiN fiNal .

1. l oS momeNtoS de la CrimiNologa y laS maSaCreS

L mal

( XIII XVII). L

z h sistema penal ( XVIII). E

crmenes in eriores no evolucionados involucionados ( XIX). L

( L

, q macro (

C : q ; , , z ;

re (re z , , wel are state ;

* P U B A M C SN . E

L , R J 009, A L M J I C

L h , .


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1

1 [ 010]

, , .

L XXI q h

masacres , genocidio q E matanzas masivas , q ( ) . L f naturalmente ; h

, q h .

I q q q . L

prevencin de masacres . A q , q . E

; XIX ( ),

; , etnologa, q

q q , q h ;

q h z q .

2. l a reCuperaCiN de la pluridiSCipliNariedad CoNeCtiva

L . L

E , , .);

; z ;

q z ; q .

, , L

z . L f z ( ) q f

,

h .


13/58

13


3. uN Nuevo CompromiSo ideolgiCo de la CrimiNologa

L

q , h h h ). L q

ideolgicoabierto . P ,

q h , , h q

, q chivos expiatorios , q

, q chivos expiatorios ,

, .

4. l aS ageNCiaS del SiStema peNal Como perpetradoraS

L q (autores directos )

q , . Cz , h ,

solucin nal z :

f , Khmer Rojo, . L

, f guerra contra un pueblo( XIX XX; L

q z L seguridad nacional teora del partisano,

E q muertes

anunciadas . E

, criminalidad organizada(q ), , , motines ,

, z z z , f


14/58

14

1 [ 010]

5. e l SileNCio de loS CieNtfiCoS

E

XX volumen criminal ( h )z . L

G M , f z z h , . S ceguera

criminolgica y jurdico-penal. E

, f q q

q ) . E q

h .

6. r ealiSmo viNdiCativo y viNdiCaCiN paraNoiCa

P teoras de la pena( q debe ser , son como son), h

q encausa las pulsiones vindicativas de la

sociedad ,

). M z

, q ( realismo vindicativo). P

z , h z (mundo paranoico) q vindicacin

paranoica , V chivo expiatorio q

z (enemigo) ,

.L q : q sagrado h

(R G ). C z z z z ,

q q q

(die Friedlosigkeit prdida de la paz ). L f ;

.


15/58

15


7. iNSeguridad exiSteNCial y aNguStia SoCial

P ,

, angustia social , q inseguridad existencial .S h h

, z z

. P , q

. E sistmicos, q

q .U q f

), ( , z q z , z

q (, ),

. Uconfictivista q

otro.

8. l a iNStalaCiN del muNdo paraNoiCo

L angustia social q q , q

(violencia di usa, z ). E

.L

, chivo expiatorio

( mundo paranoico enemigo f ), q temor ( ) z . L

( , ,

. E q z

. A

C q (vindicacin paranoica) el primer paso de

todo proyecto existencial, como condicin indispensable para su realizacin. P


16/58

16

1 [ 010]

, q ( )

h

.9. l a fuNCioNalidad poltiCa del muNdo paraNoiCo

E q q

z , q , q

f . L qquien detenta la hegemona social

-poltica o econmica- o la procura ( ), z q

, , q .

E q f

. L h q

. D , q , q

q . L

. L , f q

f ( . E q q

q .

C q maniobra de distraccin pblica, h q

E , q h , z E ,

, , .). E E

, . E

.


17/58

17


10. e l CaNdidato adeCuado para chivo expiatorio

P chivo

expiatorio q . L h henemigos : , h , ,

, , , f , , , , q , , ,

, f , , , , , . E h

h z .C

, ,

h . P , h h h ( , ,

), q ( ) ( ) q h

.

11. e l deliNCueNte ComN Como eNemigo reSidual

C z , criminal q q q

( q original ; h sonms crueles q ;

q h q .

C h q fq h h

q ( h ; , q

, ). D q enemigo residual ; slo se lo selecciona a alta de mejores candidatos.A ,

q orden , , ;

, f P . E

, q h enemigo intermitente ( ) naturales (h , , ),

q q white collar . A , z


18/58

18

1 [ 010]

, seguridad z , q , q f

,

(F ). D q

S q

( republicanismo , E ),

governance q (, , .) (J. S ),

(W q ).L : f ,

h . E , h h (

).

O f , terroristas , , q

, q h .

12. e l poder puNitivo CoNforme al muNdo paraNoiCo

I , realismo vindicativo z h vindicacin paranoica

medidas extraordinarias excepcionales , q f enemigoq z h . L

excepciones q masacres . L

f h h , enemigos guerra , q , masacre por goteo(

, ).E

( ). C , z (

, .), z h ( z

, , , , extraos , ). D

q , z

.


19/58

19


13. l aS simientes de masacres y laS masacres larvadas

N

, ; . E q hz z , q

.P ,

, f , , q

q h ( , .).

Masacre larvada z hq . S q

z . P , antisemitismo

di uso, ex-ante bienpensante , H ;

h , , , ; .).

U q , q h

, qextensin e intensidad masacradora

desprestigio de la masacre , q

14. preveNCiN primaria de maSaCreS

D q prevencin primaria de las masacres q q ,

z realismovindicativo. S ( , , .), ,

( z q

q ,

L inseguridad existencial , ,

, , , , ( q

; A h z ).


20/58

0

1 [ 010]

P , . E A S

(antipoltica)

terrorismo comunistaq z O , q h , . L z

(q z ) ( F ). A

q de orden, q

.L

A E desbaratamiento de los Estados de bienestar ( , , ,

, f , , ). E z

z q z , q . Lviolencia di usa

, , , (E ),

( ) ( E (A L )

( ).

15. l a preveNCiN eN laS ageNCiaS poliCialeS

C , prevencinsecundaria z ,

( q ). N Gestapo

Konzentrationslager , z q , z

q z q .L h , ( z XIX). S

: z primitivas , E , emprica tcnica criminalstica.L vindicta paranoica

z . H primitivos ( E

R ); h empricas z ( , muertes anunciadas ); h

f mquinas tcnicas ( z ). O , q ,


21/58

1


tecno-burocrticamente ( ). P , h primitivas, empricas

so sticadas.

E z z , q f , h .

, z , ( )

P ) h E .

L z . L h q , q

q f .L z

q f ( q ) ( , , h

L z . S

, ; , , q

, q . L

h .L q

, z , ,

f , , , h

, , ,

, f E

. E

.L

q (

), q , , z ,

. A


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1 [ 010]

( ), masacres neocoloniales internas ( ,campaa al desierto

XIX; ).

16. l aS ageNCiaS peNiteNCiariaS

L ,

E , , , q

.E re E U z

de tratamiento de seguridad , q z

. E tortura blanca( ) ,

, ( por goteo) (motines ). L z terroristas ( )

R P CIA,

S ) h (G .

E re

( ) . L

trato z , q z . P

tratamiento trato o recimiento q

q ) z ,

cupos ( ). L

.L z ,

q (

. L

. L z abrica delincuentes , q z (

, f ). L enemigo

pro ecaautorrealizada).


23/58

3


17. l a pSiCopatologa eJeCutora

L

h q . S q

q q . S , q stress . P h

, q f .

( , , . L

, , ,

stress .

18. l aS ageNCiaS poltiCaS Como autoreS mediatoS

A q ( ,

E . L q

z , , , ) h . L

q crmenes enemigo h z f .Q crmenes

enemigo , q ( q h q ). L z ,

q q h .

C f z , , q

q q h . S L espectacular q poltica-espectculo) , q manierismo

q E q

h h , . L

q z E , q

q h


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4

1 [ 010]

. C q h , z

f z

q e ectos colaterales ( , , .). P

, .

S q (

z ), q , q

q h . L

f z , , , . D ,

, z h .

19. t CNiCaS meditiCaS del muNdo paraNoiCo

E miedos q z , , q

. C

h , . L crmenes h q

L h q z . A crmenes

, q

( , seriah roja, ). E q h q crmenes (Protocolos de Sin, ) h q f , q

.U f z z

vctima-hroe , h ( , h ). S

h h f , hroe

q


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5


. L , f , h q

,

. h , .

20. l a preveNCiN de maSaCreS eN la ComuNiCaCiN

E q h E , q

q q h

q , h z ( , antiterroristas , I k). C

,

(rating ) q . D , q

z h ,

chivo expiatorio . L q z C S h h

.E E

z . H q q

q

, z

. C z q , q

. P , ( , f ,

.).C , q ,

( T

L z q h ,

L z ,


26/58

6

1 [ 010]

q . S ,

R q

rating q z ).E z

. E , ,

q . C h

f h

, (q

, , ,borderlines , .).

21. l a CoNteNCiN iNStituCioNal del poder puNitivo

L h z . S

governance ,

governance q

decisionismo vertical

. P , ( , ,

, , L

h z . E :

. P , q , q

, ( q ).

L , q

E , q (

. L

q h q ,

, h q


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7


h

q . S , , q

menos jueces h q E (no jueces ) ( z

).L q

( K ),

(q . S

cienti cidad f , q q , q

, q q q q , h

.D q , q

q ,

. A q , , q q

q hE q

( z ,

, ,

q z

22. l aS tCNiCaS de NeutralizaCiN

A , q ,

q, f q

neutralizan , , f

f . S tcnica de neutralizacin de valores (S k M z ) q


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8

1 [ 010]

f q , z z q

.

P fh h . C q

z , q ha posteriori , ex-ante , q

z .L z

: ( )Negacin de laresponsabilidad : h h ( )

( : h , )

( q , ). ( )Negacin de la lesin: , z (

. ( )Negacin de la vctima: (

, , , . ( )Condenacin de los condenadores : q

(, , , q f

). ( ) Apelacin a lealtades ms altas

: z ,

E . S

( z , ) ( , , , ,

E h h , q

; . L orden, disciplina,

obediencia, cumplimiento de deberes .C z, z

. ( ) negacin simultnea del hecho: , ,

; ( ) aceptacin impersonal : , h , ; ( ) universalizacin de la corrupcin: h , , f .L

, z . f (

, , ) q zcrtica ideolgica.L f z

.


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9


23. a SuNCiN del rieSgo de viCtimizaCiN

L q q

z . N ,

, z q

contaminacin estigmatizante q (subversivos q , ,

N , alquimia valorativa

M ): , , z . ,

q z z .

L ,

. P q z q h h q

( , ), , z , z ).

L z ,

( , q igualacinq q

; q de orden). E q

, q ( , )

,

, z , 24. d ifiCultadeS reSpeCto del deliNCueNte ComN

C h , q

. A , zE , q

z q q

(h , , ). E q q


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30

1 [ 010]

h , z

h h f .

N , q , z

q . L naturales ( ) , , q ( zperas toscas ), q

. C ,

z

q h h h

( ) z governance .

E : z , z z

, f q q . E f

, q q . L

, ,

h , .

E z z

( , , .) . O z

. E ( , ) z

.E q

;no hay mayor instrumento para

poner de mani esto la mentira que oponerle la verdad .


31/58

31


25. preveNCiN de maSaCreS y del delito ComN

L

f z , q q . E ,

, . S q

desencuadrarse , , q z pre-criminalizacin( h

). D h q f

. E h z punitivismo marginal q

q punitivismo progresistade izquierda.

L f

( criminalidad organizada), q h z

q z . P ,

q z , h

. L f ,

. L ,

E .L

: z , ,

q f f . L z z M , q

f f

. E benignidad judicial .


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3

1 [ 010]

26. a lguNa reflexiN fiNal

N q

. L h ( ) ( ); z

. z , q C

D . L z , f q z

. H z ? z ? P ,

A E ?

2


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33


a utora mediata por domiNio de orgaNizaCiN : el CaSo f uJimori

> F V

SUMARIO:iNtroduCCiN . 1. a utora mediata por domiNio de orgaNizaCiN . 2.preSupueStoS de la teSiS de r oxiN . 3. a utora mediata por domiNio de orgaNizaCiN eN el CoNtexto peruaNo . 4. a dopCiN de eSte Criterio por parte de la S ala peNal eSpeCial de la Corte Suprema . 5. u Na opiNiN perSoNal .

iNtroduCCiN

E h 1

, grupos organizados de poder , h

q E h , f

z z h .

E z , , q

. P , h , :

cmo puede responder aquel sujetoque slo dirige el aparato de poder a travs de rdenes o asumiendo la plani cacin devento criminal, pero no lo ejecuta materialmente? E h

.D h h z

009 S P E C S P A F , , q z h

, z ; , z q

R h3.

* U N M S M . P D h CU C P . P h C

D U S M P . E h h h J E C D z.

U , BECK, ULRICH,La sociedad del riesgo: haciauna nueva modernidad , B , P , 006. E .

S A N C S M Portal Iberoamericanode las Ciencias Penales , www. . ( ).


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34

1 [ 010]

1. a utora mediata por domiNio de orgaNizaCiN

D 4 C P 1991 q

di erenciador , , h P , ,

dominio del hecho5 .F R 19636 q

H , autora mediata por dominio

de organizacin, J z E h S

S autora mediata z

z h h ,

h , h h , q

. P , autora mediata por dominio de organizacinq z q

, . E , h

q , .

P , R , z .

2. preSupueStoS de la teSiS de r oxiN

E q h h , dominio de organizacin,

q h

. P cmo se llega a establecer dicho dominio de organizacin?

A 3 ( ); 4 ( ); 5 ().

E h h ( ); ,

, G , h h , q (Gimbernat Ord

Autor y cmplice en Derecho Penal , B A , B F, 006, . 105). R Goltdammer`s Archiv (1963)

A h h h (Bailo z , L P z, A B

P , 007, . 11).


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35


R h : poder de mando, ungibilidad, uncionamiento al

margen de la legalidad. A ,

:elevada disponibilidad del ejecutor hacia el hecho. E , S P E hEstas condiciones marco deben ser analizadas de manera conjunta. No obstante, ellno signi ca su adicin aritmtica para con gurar como resultado el dominio de lorganizacin. Sino, ms bien, que su evaluacin debe hacerse caso por caso, evitando una visin parcial, sesgada o desnaturalizada de su estructura y de su uncionamiento7.

E , q8, , q h que ostenta el poder de mando

, (

( 9. C q q q h ,

, E , C S

h f la capacidad del nivel estratgico superior -del hombre de atrs- de impartir rdenes o asignar roles a la parte de la organizacin que est subordinada. Esta capacidad la adquiere, o le puede ser con erida, en atencin a un

posicin de autoridad, liderazgo o ascendencia derivadas de actores polticos, ideolgsociales, religiosos, culturales, econmicos o de ndole similar 10. A , z

, 11.U , q h

C S , , q : puede ser verbal o escrita. Sin embargo,

tambin puede expresarse a travs de signos o gestos. Por tanto, respecto a las rdese pueden distinguir dos planos. En un primer plano, cabe ubicar las rdenes ormaque adquieren tal condicin en uncin de disposiciones, directivas y mandatos. E

S , . 634 (N 7 7).E , M , q q , q , z q z ,

( . Meini, Ivn, L F . C h 7.4. 009 (E . . . 19 00

S P E C S ), Zeitschri t ur Internationale Stra rechtsdogmatik , . 604().

Bolea Bardn, Carolina,La Autora Mediata en Derecho Penal , V , B h, 000,. 396.S , . 635 (N 7 9).Roxin, Claus, Autora y dominio del hecho en derecho penal , M , M P , 1998, . 7 .


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36

1 [ 010]

cambio, en un segundo plano se encuentran las rdenes por su e ectividad material, esdecir, las seales, expresiones, gesticulaciones, acciones concretas o expresiones a nesdistinta ndole. Cabe precisar que el titular del poder de mando puede, segn los casos y

las circunstancias de su intervencin, dar a sus rdenes cualesquiera de las dos expresioneque se han detallado. E , q q

z rdenes no escritas .

O ungibilidad , q R . A ,

h , 1 . E , B B13

q z q .

I z14 h h ( z ), h

, q . D, H z P15 q

, q , q

f , q .

L h , q

, zD , z

.P C S , la ungibilidad constituye el primer

presupuesto de carcter subjetivo que sirve a la imputacin de una autora mediata por dominio de la voluntad en aparatos de poder organizados. Se le ha entendido, generalmente,como la caracterstica del ejecutor de poder ser intercambiado o sustituido por el nivel

estratgico superior en la operativizacin y realizacin de su designio delictuoso16.

Roxin, Claus,La teora del delito en la discusin actual , L , G , 007, . 5 7.Bolea Bardn,op. cit. 9, . .Fernnde Ibe , Eva,La autora mediata en aparatos organizados de poder , G , C ,

006, . 14 .

Hernnde Plasencia, Jos Ulises,La autora mediata en Derecho Penal , G , C ,1996, . 75.S , . 644 (N 737).


37/58

37


E . L la ungibilidd negativa. Corresponde al concepto tradicional que le otorga Roxin y que implicasobretodo, que:El agente no se presenta como persona individual libre y responsable, sino

como gura annima y sustituible 17

. E ,la ungibilidad positiva.Surge y se aprecia, justamente, a partir de la concurrencia de una pluralidad de ejecutor potenciales en la estructura del aparato de poder. Esto ltimo otorga al nivel estratgisuperior mayor garanta para el cumplimiento de su orden, en uncin a las necesidad particulares que la ejecucin de sta demande. Por tanto, aqul conoce que no tendrnecesariamente, que utilizar siempre a los mismos ejecutores en la concrecin de un he punible, sino que podr intercambiarlos atendiendo a las circunstancias y magnitudde cada evento criminal, para lo cual evaluar, entre otros actores, las especialidadcapacidades y habilidades que stos tengan18. U q al margen de lalegalidad apartada del derecho. A z

, , , ) 19. ,

, R h , . E

.L C S h q : Otro presupuesto

objetivo para la autora mediata por dominio de la voluntad en aparatos de poder organizados es la desvinculacin o apartamiento del Derecho. Identi cando a este lt

como un sistema u ordenamiento jurdico representado por un conjunto coordinado dnormas generales y positivas que regulan la vida social. El Estado, como comunidade ne un orden normativo. Este orden normativo slo puede ser un orden jurdico, aquque comnmente se relaciona como el Derecho del Estado o el Derecho nacional.embargo, este Derecho nacional se encuentra estrechamente vinculado e integrado conDerecho internacional constituyendo una unidad. Por tanto, el Derecho internacional orma parte del orden jurdico nacional en tanto que las normas producidas en econtexto internacional se incorporan al Derecho del Estado nacional 0. P , el apartamiento o desvinculacin del Derecho signi ca que la organizacin se estructuropera y permanece al margen del sistema jurdico nacional e internacional 1.

R h :la disponibilidad hacia el hecho; , f q h q

h h q q q . E

S , . 645 (N 738).S , . 646 (N 738).Roxin, Claus,op. cit. 1 , . 530/531.S , . 640 (N 733).I .


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38

1 [ 010]

, , z , q q

; h

.L C S q esta categora alude a una predisposicin psicolgica del ejecutor a la realizacin de la orden que implica la comisindel hecho ilcito. Ya no es la ungibilidad del ejecutor lo que asegura el cumplimiento daqulla sino el internalizado inters y convencimiento de este ltimo en que ello ocurra.Se trata, entonces, de actores eminentemente subjetivos y a los que algunos autoresidenti caron con el proceso de una motivacin justi cativa, los que podan trans ormar amillones de personas en potenciales y obedientes instrumentos 3.

E S h , q h

R . A , M 4, q h h

z , q ,

q se centra en la relacin que existe entre el autor mediato y el concreto ejecutor y no en la que pudiera existir entre el autor mediato y personas que probablemente hubieran podido ejecutar el delito pero en el casoconcreto no intervienen5.

3. a utora mediata por domiNio de orgaNizaCiN eN el CoNtexto peruaNo

E , 6

7.

Roxin, Claus,op. cit. 1 , . 531.S , . 649/650 (N 741).Meini , Ivn,El dominio de la organizacin en Derecho Penal , L , P , 008, . 66 .

Meini , Ivn,op. cit. 8, . 608. Vide Meini, Ivn,Responsabilidad penal del empresario por los hechos cometidos por sus subordinados ,V , B h, 003; Pariona Arana, Ral. Autora mediata por organizacin, L ,G , 009; Montoya Vivanco, Yvn, Problemas undamentales de la parte general del CdigoPenal (E . J H P z ), L F , F E P f U

P U F , 009, . 61 .; Castillo Alva, Jos, A z . E z , AA.VVSistemas Penales

Iberoamericanos. Libro Homenaje al Pro esor Doctor Don Enrique Bacigalupo, L , A , 003,. 576 .; Panta Cueva, David, B

z , Portal Iberoamericano de las Ciencias Penales , www. ..

E q

,


39/58

39


C , h z 9 C F juicio a los ex comandantes 8,

A , C S C D N R A , B9. A , h

, , C S h , 1 30.

4. a dopCiN de eSte Criterio por parte de la S ala peNal e SpeCial de la Corte Suprema

E q S P E C S

F C S h31; f , q q : las actuaciones de los integrantes del

Destacamento Colina (Caso Barrios Altos y La Cantuta) y del Servicio de Inteligencdel Ejrcito (Caso Stanos SIE), le resultan imputables a ttulo de autora mediata podominio de la organizacin, al ex presidente de la Repblica Alberto Fujimori Fujimorquien desde la cspide del aparato estatal imparti las rdenes para la ejecucin de lhechos gravsimos materia de estos procesos acumulados 3 .

P , z S PC S

q : la tesis de la autora mediata por dominio de la voluntad en aparatos de poder organizados tiene como soporte undamenla existencia previa de una organizacin estructurada. sta posee una lnea jerrquicslida que har responsable a su nivel estratgico superior por las decisiones y desigde carcter delictivo que a su interior se adopten. Los cuales, luego, le sern asignadoejecutor inmediato por la va de la verticalidad que presenta su diseo organizacional33.

, h R q , q z ,

z , E SE N 5049 99, S R J .Vid. A G z R

, S P N , E N 560 03, q z ( ).

Malarino, E e uiel, E , Imputacin de crmenes de los subordinados al dirigente (un estudio comparado), L , , 008, . 58/59.Ambos, Kai, E , , . 15/31.Gu mn Dalbora, Jos Luis, E h , , . 74.

R S S P C S Ch , P A F , 1 007, .

S , . 6 5 ( f N 718).S , . 633 (N 7 6).


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40

1 [ 010]

E la asignacin de roles 34 q z desarrollan una vida uncional que es independiente a la de sus integrantes 35. E h q

, h q z q .D f q

C S : 1) ; )

; 3) h h h ,

36.P , : , qel

poder de mando la desvinculacin del ordenamiento jurdico del aparato de poder.E , el primero de estos requisitos resulta trascendental para materializar el dominio de la organizacin; mientras que, el segundo, le dar mayor solidez a este dominio. Por tanto, cabe cali car a ambos como el soporte bsico que permitir al nivel estratgico superior (autor mediato) edi car y consolidar su dominio sobre la totalidad de la estructura criminal . Y ungibilidad del ejecutor directo elevada disponibilidad hacia la realizacin del hecho37.

E S S F ,

El acusado ocup la posicin ms alta en el nivel estratgico del Estado en general y del Sistema de De ensa Nacional en particular. Desde ese nivel ejerci ostensib

poder de mando para la conduccin poltica y militar directas de las estrategias de en rentamiento contra las organizaciones subversivas terroristas que actuaban en el pasdesde inicios de la dcada de los ochenta38.

Desde su rol ormal de rgano central, esto es, de ente ormador y ormuladorde polticas de gobierno, y como je e supremo de las Fuerzas Armadas y Polica Nacionael acusado abusando de su posicin de mando y pervirtiendo el uso legtimo de su poder, ue con gurando desde mil novecientos noventa, conjuntamente con su asesor Vladimir Montesinos Torres y con el apoyo directo del general EP Hermoza Ros, quien ocup lo

ms altos cargos en la jerarqua castrense, un aparato organizado de poder en base a las unidades centrales y derivadas del SINA, las mismas que ueron cooptadas en sus nivelems altos de comando39.

En ese mbito, el encausado Fujimori Fujimori con su entorno asesor y de apoyo, utilizando los servicios secretos -de inteligencia- del Estado, que por su uncin

I .I .S , . 634 (N 7 7).

S , . 635 (N 7 8).S , . 653 (N 745).S , . 653/654 (N 745).


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41


han caracterizado por el compartimentaje de sus rganos o unidades, por la subordinaci jerrquica de sus estructuras, y por el secreto y la paraclandestinidad de sus agenteacciones, ue delineando, a la vez que de niendo, objetivos y estrategias especiale

en rentamiento de la subversin terrorista, particularmente de los ncleos que habacomenzado a operar en las reas urbanas del pas, sobretodo en la Capital de la Repbli y zonas aledaas 40.

En este dominio, el objetivo central de gobierno como la poltica de nida,las estrategias generales, y las rdenes de ejecucin ueron dispuestas o transmitidas pacusado y retransmitidas por los dems estamentos del aparato de poder organizado muy diversas ormas, plenamente compatibles con los esquemas in ormales o para oque caracterizan a los cdigos de comunicacin y manuales de actuacin propios dsistema de inteligencia, estratgica u operativa41.

En tal contexto y praxis el hilo conductor subyacente ue la eliminacin de presuntos terroristas y sus rganos o bases de apoyo. La estrategia espec ca acordada ello ue la identi cacin, ubicacin, intervencin y eliminacin sica de los integra y simpatizantes de los grupos terroristas. En el nivel tctico, el patrn operativo para aplicacin de tal estrategia parta de recolectar in ormacin sobre los ocos subversivcomo sus componentes, para, luego, eliminarlos con operaciones especiales de inteliga cargo de unidades especializadas del SIE. Las cuales seran adscritas y supervisadas el SIN, con el apoyo logstico y coordinacin de la Comandancia General del Ejrcito4 .

Los delitos de asesinato y lesiones graves ocurridos en Barrios Altos y LCantuta ueron acciones ejecutivas de tales objetivos, estrategia y patrn tctico

operaciones especiales de inteligencia contra la subversin terrorista, de notoria ilegalidclandestinidad que no son avalables por el ordenamiento jurdico nacional e internaciondel cual se aparta plenamente o lo subordinan sistemticamente 43.

Los delitos de secuestro contra los agraviados Gorriti y Dyer respondierotambin a disposiciones dadas y/o avaladas directamente por el acusado para el contrilcito de la disidencia o crtica polticas a su rgimen de acto, en una coyuntura dinestabilidad democrtica donde se practic por la uerza el desconocimiento de garan y derechos undamentales 44.

Por lo dems, en todos los delitos sub judice la condicin ungible de loejecutores as como su disposicin al hecho y su no relacin directa ni horizontal con

acusado, posibilitan a rmar la posicin de autor mediato de ste como ente central co poder jerrquico de dominio sobre el aparato de poder, cuyo automatismo conoca y pocontrolar a travs de sus mandos intermedios 45.

S , . 654 (N 745). I . I . I . I . I .


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4

1 [ 010]

5. u Na opiNiN perSoNal

I

R S ES P F46, z q

.N , , q S S R , poder de

mando, actuacin al margen de la legalidad, ungibilidad, la disposicin incondicional al hecho. P C S , qla ungibilidad es un criterio objetivo y no subjetivo47.

S 48, .

L z principio de responsabilidad,

( h ) . E

? L z h :

f q ;

, :

, , h h z , q

, O

q ; q q zR . A ,

q

() , z q

z f . L , E S D

Coria, Carlos, S A F F z , Zeitschri t ur Internationale Stra rechtsdogmatik , . 595 ().D , Pariona, Ral, L z SF , Zeitschri t ur Internationale Stra rechtsdogmatik , . 613 ().

Kai, Ambos,Dominio del hecho por dominio de voluntad en virtud de aparatos organizados de poder ,U E C , 1998; Bolea Bardn, Carolina,op. cit. 9; FernndeIbe , Eva,op. cit. 14; Faraldo Cabana, Patricia,Responsabilidad penal del dirigente enestructuras jerrquicas , V , B h, 004; Bailone, Matas,op. cit. 6.


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43


P , al margen de la legalidad z , ,

q 49

;, , q q

50. A , q z , D h .E h h h h ,

q 51. L z

, , 5 .E , G C53 C S ,

h h , q , , , , .

L f q ,

54.D , h

h ; , 55, 56 57.

A , f . E h

h h , z58.

Fernnde Ibe , Eva,op. cit., . 01.I .Fernnde Ibe , Eva,op. cit., . 11.

I . Garca Cavero, Percy, L z : E A F F , Zeitschri t ur Internationale Stra rechtsdogmatik ,

. 60 ().C . Jesc ec /Weigend:Tratado de derecho penal, parte general , 5 ., G , C , 00 ,

. 7 .Cury Ur ua, Enri ue,Derecho Penal, Parte General , II, E J Ch , 1985,

. 45 .Gimbernat Ordeig, Enri ue,op. cit. 5. E A

f (vid.I C V , L , 004, I, 35). Esc ec /Weigend,op. loc. cit.; Samson, Otto f (C h ocln Montalvo, Jos, C z : ,

, Cuadernos de derecho judicial: La Criminalidad Organizada: aspectos


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P R ,

q q h

q h 59

. P , q decisin comn z z

ejecucin comn h h , . D h

:La coautora no slo es la ejecutiva -directa y parcial, sea que todos los autores

realicen todos los actos ejecutivos o que entre ellos se produzca un reparto de las tareaejecutivas- sino la no ejecutiva, que se da en los casos en que se produce un reparto de papeles entre los diversos intervinientes en la realizacin de un delito, de tal modo que alguno o algunos de los coautores ni siquiera estn presentes al momento de su ejecucinque es el caso del co-dominio uncional del hecho en base al reparto uncional de roles, el que adems del acuerdo previo en la realizacin del delito se requiere una contribucinmaterial en l, no necesariamente con actos ejecutivos 60.

E , M z C61 q

f . E , q -

-, q q .

2

sustantivos, procesales y orgnicos,M , 001, N , . 66). P , Montoya Vivanco, Yvn( Judicializacin de violaciones de derechos humanos. Aportes sustantivos y procesales , L , I h , 010,

. 87) q q , , ,

z , f . L f q h z

q Roxin, Claus,op. cit. 1 .E S 9 004, R. N. N 0 004, A h (FJ 6).

Muo Conde, Francisco, P F O /A B ( .),Delincuencia Organizada. Aspectos penales, procesales y criminolgicos, U H , 1999, . 155.


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D e la matanza al proceso genociDa

>por Jacques Smelin*

SUMARIO: i ntroDuccin . 1. r eDefinir las nociones . 2. D istinguir los Diferentes procesos De Destruccin De civiles . 3. D estruir para someter . 4. D estruir para erraDicar . 5. c onclusin .

i ntroDuccin

El trmino genocidio fue creado en 1944 por Raphael Lemkin, juristaestadounidense de origen polaco, e institucionalizado en 1948 en el mbitointernacional por la Convencin para la Prevencin y la Sancin del Delito deGenocidio adoptada por las Naciones Unidas. En razn de los problemas moralesy polticos que connota, esta nocin de genocidio es de un empleo delicado enciencias sociales:

- connotaciones de la memoria: debido a la existencia de este conveniointernacional, son muchos los que desean que se reconozca que las matanzas y

violencias sufridas en el pasado por obra de tal o cual grupo o Estado correspondena la categora de genocidio: a este respecto, el combate ms emblemtico es el de lacomunidad armenia;

- connotaciones vinculadas a la accin inmediata: cuando una poblacinparece o est efectivamente en peligro de muerte, el recurso al trmino genocidioconstituye algo as como la ltima seal destinada a todos para impedir la tragedia; setrata entonces de impresionar vivamente las conciencias y suscitar una intervencininternacional en favor de las vctimas;

- connotaciones judiciales propiamente dichas: para demandar ante lostribunales a los responsables de violencias masivas y de matanzas (inculpacin dePinochet y, ms recientemente, de Milosevic por genocidio).

Al investigador que se enfrenta con los problemas que suscitan esas diversasconnotaciones morales y polticas no le es fcil abrirse un camino, que es el de

su propia autonoma. Por importantes que sean, tales movilizaciones comunitarias,cvicas o judiciales no competen realmente al o cio del investigador. Su papel es

* D C N I C I P q (S P ) P . D H C

h H w. D , . E

Unarmed Against Hitler (1994) Penser les massacres ( 001). A RevistaInternacional de Ciencias Sociales , 00 , N 174, UNESCO, P . C z

.


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diferente: consiste en efectuar encuestas sobre el terreno, acopiar datos, elaborarinstrumentos de anlisis para interpretar lo que se llama genocidio (que no es nadaevidente) y, ms generalmente, tratar de comprender los procesos de oscilacin en las

prcticas de violencia extrema. Naturalmente, los resultados de sus investigacionespodrn servir para la accin y para la prevencin.Mi propsito general es, precisamente, contribuir a la emancipacin de las

ciencias sociales en el mbito de los estudios sobre el genocidio: es decir, a una verdaderaautonoma del investigador. Con esta nalidad, propongo tres ejes de trabajo:

1. rede nir las nociones partiendo de un enfoque crtico de la nocin degenocidio (para independizarse del enfoque jurdico);

2. distinguir, en la prctica de las matanzas, entre distintos procesos dedestruccin (basndose en la sociologa histrica y poltica);

3. construir problemticas de investigacin que nos ayuden a comprender elproceso del paso al acto en la violencia extrema, punto ste que me parece ser elproblema central (y enigmtico) en los estudios sobre el genocidio.

Me propongo centrar mi esfuerzo de investigacin en el futuro en esteltimo punto. Pero habida cuenta de los lmites del presente artculo, slo expondrsucintamente los dos primeros ejes.

1. r eDefinir las nociones

En un nmero reciente del Journal of Genocide Research , el director, Henry Huttenbach, escriba en su editorial: Los estudios sobre el genocidio estn ya enun callejn sin salida? (Huttenbach, 2001:7). Este juicio es sorprendente: si Henry Huttenbach lo a rma, es porque no existe un consenso entre los investigadoresacerca de lo que es genocidio y de lo que no lo es. Entre el historiador StephanKatz, que estima que slo hay un genocidio -el de los judos- y el psiclogo IsraelCharny, quien considera que toda matanza es un genocidio (inclusive las catstrofesindustriales como la de Chernobil), se extiende una amplsima gama de de niciones.Entre los trabajos ms interesantes en el mbito de los genocide studies guran los deHelen Fein (1990), Frank Chalk y Kurt Jonassohn (1990) y Marc Levene (2000). Peroni siquiera estos autores estn realmente de acuerdo sobre una de nicin comn delgenocidio, lo cual hace muy difcil el trabajo comparativo.

En cierto modo, puede comprenderse que quienes desean que se reconozcala singularidad del genocidio de los judos hayan logrado imponer otros trminos,como el de Holocaust en Estados Unidos y el de Shoah en Francia: evolucin un tantoparadjica, pues si las Naciones Unidas aprobaron la Convencin sobre el genocidioen 1948 fue precisamente en el contexto del perodo post-Auschwitz.

Sin embargo, no creo que los estudios sobre el genocidio estn en unatolladero: la riqueza de las contribuciones publicadas en el Journal of Genocide Research basta para mostrar que no lo estn. Pero es cierto que hay problemas cruciales cuyanaturaleza debemos determinar. Cules son?


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a. El primero es inherente a la naturaleza del objeto estudiado. Nosocupamos aqu de acontecimientos monstruosos que son, de suyo, muy difcilesde analizar, tanto ms cuanto que los archivos suelen ser de cientes. Hay incluso

quienes estiman que no es posible comprenderlos: es una posicin discutible. Trabajos histricos como los de Christopher Browning, autor de Des hommes ordinaires (1994) [traduccin al espaol: Aquellos hombres grises , Barcelona, Edhasa, 2001], ode psicologa social, como los de Stanley Milgram (1974), parecen particularmentepertinentes. Comprender los genocidios y, ms generalmente, las matanzas suponenecesariamente un enfoque transdisciplinario. Pero debemos tambin ser modestosy humildes ante el enigma de nuestra propia barbarie.

b. El segundo deriva de la novedad de este campo de estudios, que an buscasu vocabulario, su metodologa, etc. A este respecto, hemos asistido durante estosltimos treinta aos a la invencin de nuevos trminos. Adems de etnocidio,ya antiguo, sealemos politicidio, creado por Ted Gurr y Barbara Harff (1988),democidio, empleado por Rudolf Rummel (1994), y otros como feminicidio,urbicidio, etc. Es como si el esfuerzo se hubiera concentrado en el modo dedesignar los fenmenos de destruccin de poblaciones para poder pensarlos.

c. Una tercera di cultad se debe a la posicin misma del trmino genocidio,en la interseccin del derecho internacional y de las ciencias sociales. Es lo que puedeleerse muy explcitamente en el primer texto de Lemkin, en su libro de 1944, cuyaposicin puede resumirse as: he aqu un fenmeno nuevo que se est produciendoen Europa; como este fenmeno nuevo requiere un trmino nuevo, creo el degenocidio. Y concluye su texto formulando recomendaciones jurdicas para lucharcontra ese nuevo tipo de crimen en el plano internacional.

Ahora bien, los estudios realizados sobre el genocidio desde el de Lemkinson, esencialmente, herederos de ese enfoque inicial. El mbito mismo de losestudios sobre el genocidio ha sido generado por el derecho. Para comprobarlo,basta con examinar los principales libros ya mencionados: casi todos ellos empiezanpor una presentacin y una discusin de la Convencin de las Naciones Unidas de1948. Pero sabemos que dicho texto presenta insu ciencias y hasta contradicciones,que no voy a recordar aqu, y que dan lugar a muchos debates y polmicas entre losinvestigadores.

Profundizando an ms, el problema radica en el empleo de una nocinjurdica como categora de anlisis en ciencias sociales. En otras palabras: se llegaa usar una norma que es, por de nicin, poltica, pues es mani esto que el textodel convenio mencionado resulta de un acuerdo internacional concluido por losEstados en 1948, en el contexto de la posguerra.

Semejante situacin es problemtica: recuerda la crtica elaborada porDurkheim, a comienzos del siglo XX, con respecto al uso normativo de la nocin decrimen en sociologa. En este comienzo del siglo XXI, nos toca tambin a nosotroselaborar la crtica del uso normativo de la nocin de genocidio en ciencias sociales.

La perspectiva de autonomizacin de las ciencias sociales (a la que hemosaludido en la introduccin) debe expresarse, en primer lugar, en su emancipacincon respecto al derecho y, por consiguiente, a la poltica. No es evidente que est de


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moda pues, en nuestros das, todo se vuelve jurdico e, inversamente, se emplea elderecho para hacer poltica, siendo el derecho mismo poltico.

Por otra parte, empezamos a disponer de excelentes trabajos de sntesis en

materia de derecho internacional (Schabas, 2000). Sin embargo, esta emancipacinrespecto del enfoque jurdico parece ser una etapa indispensable, por no decir vital,para que los estudios sobre el genocidio adquieran su madurez propia.

Una primera manifestacin de esta voluntad de autonoma consiste enel uso de un vocabulario no normativo, no jurdico, para construir ese objeto deinvestigacin. En este sentido, preconizo, en primer lugar, el uso de la nocin dematanza como unidad lxica de referencia en esa rea de estudios. La nocin dematanza, mucho menos general que la de violencia, designa una forma de accinlas ms de las veces colectiva que destruye a individuos indefensos y que, desde elMedioevo europeo, se aplica tambin a los animales. Por lo dems, esta cercanainmediata entre la matanza de animales y la de seres humanos, cercana de carcterhistrico y semntico, no es algo anodino.

Verdad es que no por ello habremos resuelto el problema de una de nicindel genocidio desde el punto de vista de las ciencias sociales. Pero antes de intentarla,se trata de trabajar sobre la nocin de matanza, pues es claro que, si bien no todamatanza puede considerarse como un genocidio, un genocidio empieza por consistiren una o varias matanzas. Es, pues, el mero sentido comn metodolgico lo que llevaa privilegiar el objeto de estudios matanza; se trata, sobre todo, de saber cundo y en qu circunstancias una matanza se convierte en genocidio.

Mis propios trabajos me incitan, pues, a tratar de pensar las matanzas( Penser les massacres , Smelin, 2001) a partir de un vocabulario bsico que gira en tornoa esta nocin, y en el que se distinguen, por ejemplo:

- matanzas de proximidad (de tipo face to face ) y matanzas a distancia (unbombardeo areo, por ejemplo);

- matanzas bilaterales (como en la guerra civil) y matanzas unilaterales (deltipo de las que perpetra un Estado contra su pueblo);

- las matanzas masivas (como en Indonesia en 1965 o en Rwanda en 1994,en las cuales se dio muerte a entre 500.000 y 800.000 personas en pocas semanas)y las matanzas en escala mucho menor, como en Argelia o en Colombia. En el

primer caso, parece justi cado hablar de matanza masiva, al igual que se distinguemanifestacin, a secas, y manifestacin masiva.Pero el trmino matanza presenta el inconveniente de concentrar la

atencin del investigador en el acontecimiento matanza propiamente dicho, sintomar en cuenta el proceso que lleva a su perpetracin. En suma, hace hincapien su desenlace fsico: el acto de dar muerte. Pero puede haber all una importantetergiversacin en la aprehensin del fenmeno, en la medida en que diversasformas de violencia -antes de la matanza- podran quedar sencillamente olvidadas orelativizadas. A este respecto, es particularmente signi cativo el ejemplo de Kosovo.Se ha desarrollado en Francia una polmica acerca del nmero de muertos enesta provincia de la ex-Yugoslavia, a raz de las operaciones de limpieza tnicaemprendidas por el ejrcito serbio y por diversas milicias. Al producirse en 1999 la


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intervencin de la OTAN, destinada o cialmente a poner trmino a las mismas, unosy otros adelantaron cifras de muertes muy diferentes: 3.000? 10.000? 100.000? Pormacabra que sea, esta contabilidad es ciertamente necesaria, aunque slo fuera en una

perspectiva judicial. Pero es demasiado reductora de la realidad de las destruccionescausadas en Kosovo desde 1998 (e incluso desde 1990) en concepto de personasdesaparecidas, familias desplazadas, mujeres violadas, casas quemadas, etc.

Ello muestra la importancia de pensar la matanza como un hecho queconstituye solamente la forma ms espectacular y trgica de un proceso global de destruccin . La matanza puede acompaar dicho proceso o bien ser su desenlace.Coincido al respecto con el enfoque del psicosocilogo Erwin Staub, quien hasentado las bases de una teora a la vez psicolgica y poltica de la matanza masiva(1989). Pero este autor propone ms bien la idea de un continuo de destruccin, no deun proceso. Ahora bien, esa idea del continuo parece discutible, en cuanto podrasugerir una continuidad ineluctable que ira necesariamente de un acontecimiento Aa otro acontecimiento B; por ejemplo, de la persecucin creciente de una minora asu destruccin. Semejante visin se inspira seguramente en la historia de la Shoah.Pero actualmente se reconoce que se trata de una interpretacin errnea, de unareconstruccin a posteriori (porque conocemos el n de la historia): la persecucinde los judos alemanes desde el comienzo mismo de la Alemania hitleriana nosigni caba, en absoluto, que el guin de Auschwitz estuviera ya escrito. Por eso, lanocin de proceso es preferible a la de continuo, en cuanto la primera entraa laidea de una dinmica de destruccin que puede registrar incertidumbres, in exiones,aceleraciones, en una palabra: se trata de un drama que no est escrito de antemano,sino que se va construyendo en funcin de la voluntad de los actores y de lascircunstancias.

Para ser an ms precisos, hablemos de un proceso organizado dedestruccin de los civiles, dirigido a la vez contra las personas y contra sus bienes:

- un proceso, pues la prctica colectiva de la matanza puede considerarse comoel resultado de una situacin compleja, creada principalmente por la conjuncinde una historia poltica de larga duracin, de un espacio cultural y de un contextointernacional particulares; - organizado,pues no se trata de una destruccin natural (como un

terremoto) o accidental (como la catstrofe nuclear de Chernobil). Lejos de seranrquico, este proceso de violencia es canalizado, orientado y hasta construidocontra tal o cual grupo.

Concretamente, reviste la forma de una accin colectiva, las ms de las veces impulsada por un Estado y por sus agentes, con la voluntad de organizar dicha violencia. Ello no obsta para que pueda haber improvisacin, y aun espontaneidad,en los modos de hacer sufrir y de matar; - de destruccin , pues el trmino es ms amplio que el de asesinato, e incluyeprcticas posibles de demolicin o de incendio de viviendas, edi cios religiosos oculturales, a n de aniquilar la presencia del otro-enemigo. Ello puede incluirtambin eventuales procedimientos de deshumanizacin de las vctimas antes desu eliminacin. Las marchas forzadas y dems tcnicas de deportacin, que suelen


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acarrear una elevada tasa de mortalidad, tambin guran entre esos procedimientosde destruccin de las poblaciones. En realidad, la palabra destruccin tampocoprejuzga del mtodo de asesinato: fuego, agua, gas, hambre, fro o cualquier otro

medio letal, lento o rpido;- de civiles,pues hay que reconocer que aunque tal violencia puede ir dirigidainicialmente contra objetivos militares (o paramilitares), tiende a desviarse de stospara alcanzar esencialmente, y hasta exclusivamente, a no combatientes, es decir, aciviles.

Conocemos la expresin destruccin de poblaciones civiles, usual en el vocabulario estratgico. Ahora bien, sta sugiere demasiado la idea de un bombardeoareo y, por ende, de la muerte provocada de una colectividad entera (los habitantesde una ciudad, por ejemplo). Pero tambin hay que pensar en procesos de destruccinms diferenciada, dirigidos contra civiles dispersos en una misma sociedad: poreso, la expresin destruccin de civiles es preferible, ya que permite englobarambas dimensiones, que van desde la eliminacin de individuos diseminados hasta lade grupos constituidos y aun de poblaciones enteras.

En todos los casos, tales acciones colectivas de destruccin presuponenuna relacin totalmente asimtrica entre agresores y vctimas. Se trata precisamentede la destruccin unilateral ( one-sided destruction ) de individuos y grupos que no estnen condiciones de defenderse. Importa sealar que esto no prejuzga en nada de laposicin anterior o futura de las vctimas, que han podido o podrn ser verdugos asu vez.

2. D istinguir los Diferentes procesos De Destruccin De civiles

Paralelamente a la construccin de un vocabulario espec co de este mbitode estudios, es importante diferenciar las dinmicas en juego en esos procesosde destruccin de civiles. Cuando la prensa revela una matanza, los periodistaspropenden a insistir en su aparente irracionalidad: por qu atacar a nios, mujeresy ancianos? En esos reportajes se dan tambin detalles sobre las atrocidades. Perolas caractersticas indignantes de las matanzas no deben ser bice para interrogarsesobre la lgica de sus actores, no slo desde el punto de vista de sus medios de accin,

sino tambin de sus objetivos y de la representacin que se hacen del enemigo. Msall del horror, hay que reconocer que aqullos persiguen objetivos muy precisos:apropiacin de riquezas, control de territorios, conquista del poder, desestabilizacinde un sistema poltico, etc.

Pensar la matanza signi ca, pues, tratar de aprehender a la vez suracionalidad y su irracionalidad: lo que puede depender del fro clculo y de la locurade los hombres, lo que llamo su racionalidad delirante. El cali cativo deliranteremite a dos realidades de ndole psiquitrica. La primera es la de una actitud detipo psictico con respecto al otro que hay que destruir, que de hecho no esotro porque quien va a aniquilarlo lo percibe como un ser no semejante a smismo. La parte psictica de la relacin entre el verdugo y su futura vctima radicaen la negacin de la humanidad de ese otro brbaro. Pero delirante puede


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signi car asimismo una representacin paranoica de ese otro, percibido como unaamenaza y hasta como una encarnacin del mal. Ahora bien, la particularidad de unaestructura paranoica es su peligrosidad, ya que la conviccin de habrselas con un

otro mal co es tan fuerte que existe, efectivamente, el riesgo de pasar al acto: enla matanza, la polarizacin bien/mal y amigo/enemigo llega a su paroxismo,como en la guerra. Por eso la matanza se aviene siempre con la guerra o, si no hay guerra propiamente dicha, es vivida como un acto de guerra.

Es por esa razn por lo que las matanzas no son insensatas, desde elpunto de vista de quienes las cometen, pues obedecen a una o varias dinmicas deguerra. En tal concepto, quienes se entregan a una matanza le atribuyen objetivospolticos o estratgicos precisos, si bien stos pueden modi carse con la evolucin dela accin, el contexto internacional, la reaccin de las vctimas, etc. La diversidad delas situaciones histricas lleva as a distinguir por lo menos dos tipos fundamentalesde objetivos asociados a los procesos de destruccin parcial o incluso total de unacolectividad, con vistas a:

- su sumisin- su erradicacin1

3. D estruir para someter

El objetivo consiste aqu en dar muerte a civiles para destruir parcialmenteuna colectividad a n de someter totalmente lo que de sta quede. Por de nicin,pues, el proceso de destruccin es parcial , pero su efecto aspira a ser global ; pueslos responsables de la accin cuentan con el terror resultante para imponer sudominacin poltica a los sobrevivientes. Por eso el procedimiento de la matanza esparticularmente adecuado a esta estrategia: la matanza no debe silenciarse , sino quetiene que saberse , a n de que su efecto terror co se propague en la poblacin.

Desde la noche de los tiempos, esta prctica de matanza est asociada alejercicio mismo de la guerra. Efectivamente, la dinmica de destruccin/sumisin delos civiles puede integrarse perfectamente en una operacin militar para precipitar lacapitulacin del adversario y acelerar la conquista de su territorio y la sujecin de suspoblaciones. Es as como desde la guerra antigua hasta la guerra moderna, pasando

por la guerra colonial, la matanza est casi siempre presente, no como un excesode la guerra, sino como una de sus dimensiones: para anticipar la capitulacin delenemigo.

Es lo que Michael Walzer llama la guerra contra los civiles, en la cualincluye tambin las diversas formas de asedios y bloqueos encaminados a hacer caeruna ciudad o un pas (Walzer, 1999); por lo dems, tales prcticas de destruccin/

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sumisin se dan tambin en las guerras civiles contemporneas, en las que no se haceya ninguna distincin entre combatientes y no combatientes.

Estas prcticas de destruccin/sumisin pueden tambin extenderse a la

gestin de los pueblos. Tras la guerra de conquista, que ha podido llevarse a cabomediante la matanza, viene la explotacin econmica del pueblo vencido, conel recurso eventual a nuevas matanzas de algunos de sus miembros. Tal fue, porejemplo, la actitud fundamental de los conquistadores con respecto a los indios,percibidos por ellos como seres sin valor, explotables a voluntad. La historia nosbrinda otras variantes, ms polticas, del paso de la lgica destruccin/sumisinde la guerra a la gestin de los pueblos. En tales casos, podra invertirse la frmulade Clausewitz: ya no es la guerra el medio de proseguir la poltica, sino la poltica elmedio de continuar la guerra... contra los civiles. Cabe aadir que quienes ganan unaguerra civil son, muy lgicamente, arrastrados por esta dinmica de construccin desu poder, como lo muestra en cierto modo el ejemplo de la Francia revolucionariay, an ms, el de los bolcheviques en la Rusia de Lenin y el de los jemeres rojos enla Camboya de Pol Pot. La prctica de extremada violencia desplegada durante laguerra civil tiende a transferirse a la fase de la construccin del poder.

Con guerra civil o sin ella, el procedimiento es, de todas maneras, muy antiguo: torturar y asesinar para aleccionar constituye una de las tcnicas msclsicas del tirano que se propone liquidar una rebelin interna. Tal fue tambin latctica de las ejecuciones de rehenes practicada en Europa por los nazis (100 civilesejecutados por cada alemn muerto), a n de combatir los focos de resistencia armada.Ulteriormente, ciertos regmenes han elaborado tcnicas ms re nadas, como las dela desaparicin, puestas en prctica por diversas dictaduras latinoamericanas enlos aos `70. Se trata de una prctica discreta de eliminacin de civiles, tanto ensentido formal como estadstico: pues el nmero de desaparecidos es, en de nitiva,bastante reducido, como lo prueban estudios recientes.

En ciertos casos, la instauracin de un clima de terror debe situarse en elcontexto ms general del remodelado o de la reestructuracin entera de la sociedad.La resolucin de destruir las bases del antiguo sistema (y, por ende, a aqullas y aaqullos que lo encarnan) arraiga en la voluntad de construir uno nuevo por todos losmedios. La conviccin ideolgica de los dirigentes que impulsan ese proyecto poltico

es, pues, determinante en este caso. Por lo tanto, considerar que las diversas prcticasde violencia contra los civiles tienen como objetivo nico instilar un clima de terroren esa nueva sociedad sera proponer una interpretacin demasiado reductora.Segn Euwe Makino, esas prcticas forman parte de un conjunto ms amplio y no son sino una de las tcnicas de una ingeniera social encaminada a transformarcompletamente una sociedad (Makino, 2001). Como ese proyecto verdaderamenterevolucionario abarca la sociedad entera, es de prever que haga vctimas en todos losestratos de la misma. Tambin usa esta nocin de ingeniera social Nicolas Werthen su interpretacin del hambre en Ucrania en los aos 1932-1933 y del gran terrorestaliniano de los aos 1937-1938 (Werth, 2001). En esta perspectiva, aunque encondiciones muy diferentes, no podemos dejar de pensar tambin en el perodo dela Revolucin Cultural china (Domenach, 1992). Los jemeres rojos de Camboya


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fueron probablemente quienes llegaron ms lejos en esta direccin. Pero el procesomultiforme de la destruccin/sumisin de la sociedad camboyana tuvo el rasgoextraordinario, aunque perfectamente coherente, de ir acompaado por el proyecto

de reeducacin de los camboyanos, ya que por las tardes estaban programadassesiones de educacin ideolgica. Esto signi ca que, en su forma probablementems radical, la matanza masiva en Camboya no era sinnimo de exterminio total,ya que el sentido mismo de la empresa de los jemeres rojos era intentar reeducar aquienes no fueron ejecutados o lograron sobrevivir.

4. D estruir para erraDicar

Muy distinta es esta segunda dinmica: la destruccin/erradicacin. Sumeta no es ya realmente la sumisin, sino la eliminacin de una colectividad, deun territorio, ms o menos vasto, controlado o codiciado por un poder. Se trata delimpiar o de puri car ese espacio de la presencia de otro, juzgado indeseabley/o peligroso. Por eso, el trmino erradicacin parece particularmente pertinente,ya que su etimologa remite a la idea de cortar las races, de extraer de la tierra,en una palabra, de desarraigar, como se dira de una planta daina o de unaenfermedad contagiosa; slo que, en el caso al que nos referimos, esa vasta operacinde desarraigo tiene por objeto toda una colectividad humana.

Este proceso de destruccin/erradicacin, de ndole identitaria, puedetambin ir asociado a la guerra de conquista. Tal es el sentido de la expresin popularqutate de ah, que me pongo yo!. La matanza, asociada al saqueo y a la violacin,es un medio para hacerse entender claramente y, en consecuencia, anticipar elalejamiento de ese otro juzgado indeseable. La destruccin parcial del grupoy el efecto de terror resultante son medios idneos para provocar y acelerar esealejamiento. Tal fue, por ejemplo, el procedimiento usado en Norteamrica por loscolonos europeos contra las poblaciones indias, relegadas cada vez ms al oeste, msall del Mississippi. En los Balcanes, este desplazamiento forzoso de poblacionesexpulsadas de un territorio se llam a veces limpieza tnica, especialmentepara cali car las diferentes operaciones de limpieza practicadas, esencialmente,por Serbia y Croacia a comienzos de los aos `90. Pero los mtodos empleados

(matanzas, incendio de aldeas, destruccin de edi cios religiosos, etc.) correspondena prcticas anteriores en esa misma regin, por lo menos desde el siglo XIX en elcontexto del ascenso de los nacionalismos y de la decadencia del Imperio Otomano.

Tambin en este caso, los procedimientos usados en la guerra pueden volvera usarse en la gestin interna de los pueblos. Es lo que ocurre en toda la gama delos con ictos tnicos estudiados por Andrew Bell-Fialkoff (1996), Donald Horowitz(2000) o Norman Naimark (2000). En general, asistimos a una instrumentacindel criterio tnico con nes de dominacin poltica de un grupo sobre el conjuntode una colectividad. El recurso a la matanza es entonces legitimado para resolverde nitivamente un problema reputado insoluble.

Pero este proceso puede revestir una forma ms radical an, cuando se tratade eliminar totalmente la colectividad en cuestin, sin dejar siquiera a sus miembros


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la posibilidad de huir. En tal caso, el objetivo es capturar a todos los individuosde tal colectividad para hacerlos desaparecer. La nocin de territorio que hay quelimpiar pasa a ser entonces secundaria con respecto a la de exterminio propiamente

dicho. Es probable que algunas matanzas coloniales hayan sido perpetradas con estanalidad, como la no muy conocida de la poblacin de loshereros en 1904 por loscolonos alemanes instalados en Namibia. Hay otras? Todava sabemos demasiadopoco acerca de las matanzas coloniales, inclusive sobre las perpetradas por Franciaen la conquista de Argelia en el siglo XIX.

En todo caso, fueron los dirigentes de la Alemania nazi quienes llevaronms lejos el proyecto de destruccin total de una colectividad. Efectivamente, elexterminio de los judos europeos entre 1941 y 1945, tras la eliminacin parcialde los enfermos mentales alemanes, es el ejemplo prototpico de un proceso deerradicacin conducido hasta sus ltimas consecuencias. En contextos histricosmuy diferentes, cabe decir otro tanto del exterminio de los armenios del ImperioOtomano en 1915-1916 y del de los rwandeses tutsis en 1994. El objetivo ya no esobligar a un pueblo a dispersarse en otros territorios: se trata de hacerlo desaparecer,no slo de su tierra, sino de la Tierra, segn la expresin de Hannah Arendt. Lanocin de genocidio puede reintroducirse en esta etapa nal de la erradicacin,esta vez como concepto en ciencias sociales. El pblico en general considera queel genocidio es una especie de matanza en gran escala. En suma, cuando el nmerode muertos alcanza varios centenares de miles, y ms an cuando se eleva a variosmillones, sera adecuado hablar de genocidio. Pero este enfoque intuitivo, queadopta como criterio la gran cantidad de vctimas, no es espec co de una accingenocida. Adems, ningn experto podra decir hoy a partir de cuntos muertosempieza un genocidio. Lo que ms ciertamente de ne este ltimo es un criteriocualitativo combinadocon ese criterio cuantitativo: la voluntad de erradicacin totalde una colectividad. En este sentido, el genocidio se sita en el mismo continuo dedestructividad que la limpieza tnica, pero se distingue fundamentalmente de sta.Es cierto que ambas dinmicas estn orientadas a la erradicacin: pero, como losubraya Helen Fein, en el primer caso (la limpieza) el alejamiento o la huida de laspoblaciones amenazadas siguen siendo posibles, mientras que en el segundo caso (elgenocidio) todas las puertas de salida estn cerradas. Yo de nira, pues, el genocidiocomo el proceso particular de destruccin de civiles que apunta a la erradicacintotal de una colectividad, cuyos criterios son de nidos por su perseguidor.

Es cierto que algunos autores aplican el trmino de genocidio a toda lagama de los procesos de destruccin/erradicacin, considerando en consecuenciala limpieza tnica como una forma de genocidio. Pero este uso plantea muchosproblemas. Por lo tanto, me pronuncio por un enfoque ms restrictivo de dichanocin.


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5. c onclusin

Esta de nicin restrictiva del genocidio se opone, pues, a la que gura en

la Convencin de las Naciones Unidas, mucho ms amplia. En cierto modo, sinembargo, la aqu propuesta sigue apoyndose en el enfoque inicial de Raphael Lemkin,al menos en la esencia de su de nicin, segn las palabras de Eric Markusen: estoes, la aniquilacin de un grupo en cuanto tal. Pero es claro que opera dos rupturascon trabajos anteriores. En primer lugar, ya no se trata, evidentemente, de partirdel derecho. Se adopta el punto de vista contrario: es decir, se trata de estudiar lanaturaleza de la violencia extrema que se mani esta en una situacin histrica paradeterminar -in fne - si el proceso de destruccin apunta a la erradicacin total deuna colectividad. En otras palabras: la eventual cali cacin de genocidio llega altrmino del anlisis del investigador; a ste le toca entonces discutir su enfoque conel del jurista.

El otro cambio estriba en la manera misma de de nir la nocin de genocidio.Hablar de proceso o de evolucin es aprehender el genocidio como una dinmica especfca de violencia . Ello signi ca, pues, romper con los enfoques descriptivos, casiestticos, que hoy dominan en este mbito de estudios. stos, en efecto, cali can degenocidio un acto o un acontecimiento en funcin de una serie de condiciones: a,b, c, d, ... Tales enfoques son, precisamente, herederos del derecho, y explcitamentedel que est contenido en la Convencin de las Naciones Unidas . Sera preferible,pues, hablar siempre de un proceso genocida, haciendo hincapi as en esa dinmicaparticular de destruccin/erradicacin.

Pero este razonamiento se complica, en la medida en que los procesos dedestruccin/sumisin y los de destruccin/erradicacin pueden coexistir, y aunestar imbricados, en una misma situacin histrica, dirigidos a grupos diferentes. Engeneral, uno de ellos es dominante y el otro secundario. En Rwanda, por ejemplo,asistimos en 1994 a un proceso de erradicacin de los rwandeses tutsis (que, porconsiguiente, puede cali carse de genocidio), pero tambin, al mismo tiempo,a las matanzas de hutus opositores al poder (proceso de destruccin/sumisin).En Camboya, por el contrario, las matanzas masivas obedecan a un proceso dedestruccin/sumisin (pues Pol Pot no quiso nunca destruir a todos los jemeres),

pero ese proceso de destruccin comportaba, sin embargo, impulsos de erradicacindirigidos contra grupos espec cos (en particular, la minora musulmana de loscham). Nuestra labor de analista consiste precisamente en discernir esas diferentesdinmicas de violencias, lo cual suele ser muy complejo, pues no slo pueden stasestar imbricadas, sino tambin evolucionar con el tiempo, pasando, por ejemplo, dela sumisin a la erradicacin.

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DOCTRINA de la Revista "Investigaciones", 1, 2010.

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