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UM NOVO OLHAR NAS PRÁTICAS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
JOAQUIM BISPO DE JESUS
RESUMO
Este trabalho objetivou investigar como se dá a relação professor e aluno levando em conta o
afeto cognitivo, como o professor transmite o ensino de Língua Portuguesa, levando em conta
a capacidade do aluno quanto ao nível de aprendizagem de gramática inserido dentro do texto.
Como os educadores se utilizam de métodos e práticas de projetos pedagógicos. Este trabalho
está emanado com base em pesquisa de campo por meio de observações e regência observadas
em sala de aula desenvolvido em um colégio estadual do município de Feira de Santana-BA,
mas precisamente na turma do 9º anodo fundamental e do 2º ano do ensino médio. Após
observações e regências, foi possível afirmar que os professores têm conhecimentos teóricos
científicos das metodologias de como ensinar a Língua Portuguesa, no entanto não consegue
transformá-los em 100% realidade práticas em sala de aula, distanciando assim as suas
práticas metodológicas, dos conhecimentos teóricos científicos acerca do Ensinar Língua
Portuguesa com respeito a texto/gramática no Ensino Fundamental e Médio. Por isso que este
trabalho emana-se de uma necessidade de estudar novos métodos, práticas, projetos e ações
pedagógicas no ensino de Linguagens de maneira que possa desenvolver no aluno o prazer
pela leitura, o domínio do oral à escrita, e ainda o domínio no uso de palavras gramaticais,
aperfeiçoando assim a arte na produção textual com domínio básico de coesão e coerência e,
desenvolverem uma postura crítica diante do que leem.
Palavras – Chave: Ensino de Língua Portuguesa. Práticas Metodológicas. Plano de ação Pedagógica1
1 Aluno graduado no curso de Letras vernáculas e Literatura brasileira pela Universidade Leonardo da VinciTurma 2014E-mail: [email protected]
SUMMARY
This study aimed to investigate how the relationship between teacher and student taking into
account the cognitive affection, as the teacher transmits the teaching of Portuguese, taking into
account the student's ability as the entered grammar learning level within the text. As educators
make use of teaching methods and design practices. This work is emanated based search field
through observations and conducting observed in the classroom developed into a state school in
the city of Santana-BA Fair, but precisely the class of the 9th fundamental anode and the 2nd
year of high school . After observations and regencies, it was possible to state that teachers
have scientific theoretical knowledge of methodologies for teaching the Portuguese language,
but can not turn them into 100% reality practices in the classroom, thus distancing their
methodological practices, knowledge scientific theory about the Teaching Portuguese language
with respect to text / grammar in elementary and high school. Why this work emanates is a
need to study new methods, practices, projects and educational activities in teaching languages
so that it can develop in the student the joy of reading, the domain of oral writing, and still the
domain use of grammatical words, thus perfecting the art in text production with basic
knowledge of cohesion and coherence, and develop a critical view of what they read.
Key - words: English Language Teaching. Methodological practices. Teaching action plan
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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo relatar algumas observações, vivências e impressões
em sala de aula. Documental por que foi baseada em algumas experiências de Teóricos peritos
na área de ensino da Língua Portuguesa. De campo, pela necessidade de acompanhar na prática
como os professores se detêm das práticas metodológicas e dos planos pedagógicos baseado em
projetos quando desenvolvem em sala de aula produção textual, como se dá análise linguística
desses textos e como o ensino de gramática é aplicado.
É de do conhecimento de todo e qualquer profissional da educação que é da escola a
obrigação de viabilizar o acesso ao universo de textos que circulam socialmente, ensinar a
produzi-los e interpretá-los. Assim, todas as disciplinas têm a responsabilidade de ensinar a
utilizar os textos, mas é a Língua Portuguesa que deve tomar para si o papel de fazê-lo de modo
mais sistemático. Por isso cabe a escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral e escrita nas
diversas situações comunicativas e respeitando as normas e regras especialmente nas mais
formais: planejamento e realização de entrevistas, debates, seminários, diálogos com
autoridades, dramatizações, etc. A capacidade dos professores quanto ao afeto cognitivo e
quanto ao ensino, se baseiam nos Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCN`s ).
Diante da importância da Análise de Produção Textual e do ensino de Gramática, o
objetivo da pesquisa foi observar como se davam essas práticas em sala de aula. Mas
precisamente, analisei em uma turma do 9º ano dos anos finais e em outra turma do 2º ano do
ensino médio nesta escola já citada acima, na cidade de Feira de Santana. Tive como objetivo
verificar como os professores se utilizavam das práticas, métodos de ensino e dos projetos
políticos pedagógicos e como são analisadas as produções escritas dos alunos, como se dá o
diálogo entre o professor x texto x escritor ( neste caso tendo como produtor de texto, o aluno ).
Será que o professor se prende apenas às correções do tipo gramaticais, ou será que ele
oportuniza ao aluno condições para ampliar sua ideia em relação ao texto produzido? O
professor verifica a coerência e a coesão do texto produzido pelo aluno? E o produtor do texto
(o aluno), como será que ele responde aos encaminhamentos do professor? O que ele muda em
sua reescrita? A nós, enquanto professores precisamos fazer uma reflexão crítica a cerca dessas
perguntas voltadas a nós.
2 RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E A FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA
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A nova geração está envolvida em intensos processos de transformação. Estariam os
educadores acompanhando as mudanças que afetam esta nova geração? Estão os profissionais
da educação prontos, para encarar os desafios que constantemente aparecem? Essas e outras
perguntas serão consideradas à base de análise de campo, onde professores e alunos
voluntariamente se dispuseram responder a algumas perguntas elaboradas pelo autor deste
trabalho.
A escolha foi de uma metodologia que trabalhe com significados, valores e atitudes, na
intenção de apreender e compreender a questão tema deste estudo, que vai, aos poucos, se
configurando num mundo de ações e relações humanas. Nota-se claramente a importância do
relacionamento do professor com o aluno. Os dados quantitativos foram úteis ao
direcionamento das análises.
Em toda era, o relacionamento professor-aluno era uma peça fundamental, ou seja, a mola
mestra para o sucesso da criança e da sociedade, pois uma vez uma criança, uma vez
adolescente e uma vez um adulto pronto para o uso, jogando-o na sociedade como cidadão
crítico, capaz de tomar suas próprias decisões enfim, pronto para a sobrevivência. Mas onde
começa tudo isso? A resposta é óbvia, na escola.
Por isso não deve haver distanciamento entre docente e dissente como se fossem
divorciados, pois:O verdadeiro compromisso que é sempre solidário, não pode reduzir-se jamais a gestos de falsa generosidade, nem tão pouco ser um ato unilateral, no qual quem se compromete é o sujeito ativo do trabalho, comprometido é aquele com quem se comprometeu e a incidência de seu compromisso que sendo encontro dinâmico de homens solidários ao alcançar aqueles com os quais se compromete, volta destes para ele, abraçando a todos num único gesto amoroso. (FREIRE1996, p.9).
A citação acima nos faz entender que o relacionamento entre educador e educando deve
ser de amizade, de troca de solidariedade, de respeito mutua, enfim, não se concebe
desenvolver qualquer tipo de aprendizagem, em um ambiente hostil, isso sempre foi impossível
e sempre será sem sombra de dúvidas, mas não devemos esquecer que o respeito que a criança
tem pelo adulto é unilateral, (ou seja, situado em um só lado), dando origem a dois sentimentos
distintos: afeto e o medo, mas simultaneamente percebido pela criança ou adolescente quando
envolvidos em situações resultantes das suas desobediências.
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Por isso, é de suma importância o bom relacionamento do professor com o aluno, pois
ajuda o individuo a se desenvolver na busca pelo desejo que tem de conhecer a si próprio, de
encontrar uma definição para a vida. É o carro forte para o desenvolvimento intelectual.
Portanto fica evidente a importância que tem para nós, educadores, o conhecimento da
afetividade, quer seja através das emoções, da força motora das ações ou do desejo e da
transparência para o melhor desenvolvimento da aprendizagem do aluno e, consequentemente,
para uma melhor relação entre este e o educador.
A escola então deve voltar-se para a qualidade das suas relações, valorizando o
desenvolvimento afetivo, social e não apenas cognitivos como elementos fundamentais no
desenvolvimento do aluno.
2.1 – AFETOCO GNITIVO
Fernadez (1991, p.47 ) disse que: “Para aprender, necessitam-se dois personagens:
ensinante e aprendente, e um vínculo que se estabelece entre ambos”.
FIGURA 1 – Afeto Cognitivo
FONTE: Disponível em>http://www.pedagogiaaopedaletra.com/ Acessado 10/03/14
Podemos então afirmar que para chegar a uma aprendizagem efetiva deve haver um
ensinante e um aprendente e, entre eles, um relacionamento subjetivo. Da parte do professor
deve haver as capacidades cognitivas: atenção, percepção e emoção. Quando há um fracasso na
aprendizagem, é preciso pensar sobre estas situações, pois o problema pode estar no educador,
na instituição de ensino, nos pais e não necessariamente no aprendente.
O que deve haver na verdade é um equilíbrio entre ambas as partes, o educando
respeitando o professor como autoridade em sala de aula e, o professor respeitando o educando
como ser humano em processo de aprendizagem, formação de valores e construção de novos
conhecimentos. Pensando assim, há de concordar com as palavras de
Gadotti:
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O educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor
do saber, deve antes de, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo
que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida.
(GADOTTI 1999, p.02).
Ser professor é ser um malabarista, não é um atarefa fácil, ao contrário, requer amor,
habilidade e equilíbrio. O professor não é simplesmente aquele que transmite um tipo de saber
para seus alunos, como um simples repassador de informações. O papel do educador é bem
mais amplo, ultrapassando esta mera trivialidade de transmissão de conhecimento de maneira
robótica, mecânica. O professor deve tornar seu saber alavancado em nível do sistema social,
econômico e político. Cabe ainda ao educador procurar superar as deficiências encontradas e
recuperar o real significado do seu papel como professor, no sentido de apropriar-se de um
fazer e de um saber fazer adequados ao momento que vive a escola atual.
A convivência entre professor e aluno deve ser baseada em afetividade e sinceridade,
pois:Se um professor assume aulas para uma classe e crê que ela não aprenderá, então está
certo e ela terá imensas dificuldades. Se ao invés disso, ele crê no desempenho da
classe, ele conseguirá uma mudança, porque o cérebro humano é muito sensível a essa
expectativa sobre o desempenho. (ANTUNES 1996, p. 56).
A relação de comunicação mais pessoal é reconhecer os êxitos, reforçar autoconfiança
dos alunos, manterem constantemente uma atitude de cordialidade e de respeito, isso sem
esquecer que embora tenhamos que ter uma relação afetiva com nossos alunos, isso não
significa dizer que tenhamos de que ir à sala de aula para sermos humoristas e nem sermos
carinhosos para que os alunos se sintam bem. Na verdade, se não houver uma relação didática
eficaz não poderá haver relação professor/aluno.
Resumindo o professor precisa na verdade de uma autoavaliação, pois as nossas atitudes
em sala de aula podem trazer sérias consequências para o aluno, porque enquanto dispensamos
expectativas positivas para uns, e com isso dispensamos mais atenção, afeto e cuidado para
outros, em geral, desenvolvemos expectativas negativas, as quais terminam prejudicando
aqueles que deixamos de atender de forma afetuosa. Sim, dentre os alunos excluídos podem
estar àqueles ignorados, que na maioria das vezes nem são desinteressados, e sim, tímidos.
Foi pensando neste quesito de “relação professor e aluno” que se desenvolveu um
trabalho a base de pesquisa de campo, onde optou por uma metodologia qualitativa,
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valorizando a fala dos sujeitos, através do estabelecimento de categorias de análise. A escolha
foi de uma metodologia que trabalhe com significados, valores e atitudes.
2.1.1-Relacionamento professor/aluno na visão do aluno
Em relação à pergunta de como consideram suas aulas hoje:
2.1.2 Experiências positivas
Quando: a aula é boa; a realização de provas de recuperação; o fato de aprender muito com o
professor; quando o professor, além de ensinar a matéria, conta piadas e brinca com os alunos;
quando o professor manifesta-se preocupado com os problemas dos alunos; a aceitação de
proposta de alunos; o fato do aluno se interessar por determinada disciplina; gostar dos
professores, pois eles ensinam sobre tudo; quando o professor dá atenção aos alunos que
precisam; quando o professor discute a matéria até através de um “bate-papo” ou uma
“prosa”; o fato de o aluno conseguir entender a matéria; quando o professor esclarece as
dúvidas.
2.1.3 Experiências negativas
Quando: há agressão entre professor e aluno; o professor está estressado; o aluno pede outra
explicação da matéria e o professor não dá; o professor não mostra preocupação com os alunos;
o professor expulsa o aluno da sala de aula; há falta de compreensão do professor; há
problemas com a direção do colégio; as aulas são monótonas; o professor pede com frequência
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para o aluno fazer e corrigir exercícios torna-se muito cansativo; o professor marca prova e
pede questões que não foram anunciadas; há discussões (brigas) entre professor e aluno.
Ao contrário do que muitos professores podem pensar negociar, buscar normas que
satisfaçam o coletivo e que contemplem a relação professor/aluno não significa abrir
mão da autoridade. Significa apenas abrir mão do autoritarismo. (Carvalho, 1997,
p.36).
É possível uma forma harmônica de melhorar o relacionamento entre professor e aluno,
atraindo a atenção do aluno para a matéria, num contexto mais próximo da realidade vivenciada
no dia-a-dia. Nesse sentido, Vasconcellos (2001, p. 57) faz o seguinte alerta: “o autêntico
professor é aquele que necessariamente faz memória, recorda os mitos, os sonhos, as utopias e
as tradições, as aprendizagens do passado, a cultura, ao mesmo tempo em que analisa o
presente e projeta o futuro”.
Vasconcellos (2001) apresenta um rol de possibilidades de práticas concretas que
podem ser utilizadas, tais como: roteiro de orientação de estudo para fora da sala de aula,
atendimento durante as atividades em sala; adequação do nível de dificuldade para possibilitar
o sucesso do aluno e o resgate de sua autoestima; o uso de metodologias interativas em sala de
aula, entre outras.
O bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do
movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de
ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e
vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas.
(FREIRE,1996, p.96).
Mas por outro lado, o que se observa é professor e aluno divorciados. O professor sente
dificuldade em estar se relacionando com os alunos de forma aberta e conveniente; alguns são
autoritários e tradicionais, desejam que os alunos sejam disciplinados seguindo um currículo
pré-estabelecido. No entanto essa metodologia fere o educando, porque, conforme Freitas
(1998, p. 74), “O professor se comporta como se fosse o proprietário da sala de aula, bem como
de tudo que está ali dentro: mesa, quadro, giz e, inclusive, os alunos. É por isso que ele se sente
no pleno direito de manipula-los conforme sua vontade”.
Ou seja, o professor na sala de aula ensina e dá ordens e os alunos aprendem e
obedecem. Nesse sentido pode se diz que o educador quebra a possibilidade de um
relacionamento harmonioso entre ele e o educando e, se o educando não se adapta ao controle,
ele é considerado rebelde, indisciplinado, quando na verdade pode ser apenas uma forma de
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não aceitar as imposições estabelecidas pelo professor e pela escola e, com isso causando
divergência entre professor e aluno no que diz respeito à subjetividade (sentimento, respeito e
hábitos),sendo que, muitas vezes, as relações são mecânicas(como vai? Como passou de ontem
para hoje?) ritualistas( bom dia, boa tarde) e sem vida.
Docentes e discentes mostraram o significado do papel do professor e do aluno em sala
de aula. Nas respostas dos alunos foi possível perceber que eles sabem qual é o seu papel
(manter-se disciplinado, respeitar o professor e se esforçar para aprender) e o do professor
(ensinar, tirar as dúvidas, usar de descontração, cumprir os acordos com a turma). Ao analisar
as respostas dos professores, verificamos que os alunos não agem como deveriam, pois há falta
de respeito, interesse e compromisso.
Vale trazer uma citação de Tiba (1998, p. 196) quando diz que “a escola precisa alertar
os pais sobre a importância de sua participação: o interesse em acompanhar os estudos dos
filhos é um dos principais estímulos para que eles estudem”.
O papel do professor tem sido a transmissão de conteúdo pré-definido, sendo que ao
aluno cabe a repetição automática dos dados que a escola forneceu. As relações sociais nesse
caso são praticamente suprimidas. A educação de uma nova geração é um ensino em que
prevalecem trocas e reflexões, em que poder formar o caráter do cidadão, com um diálogo
aberto e franco, favorecendo o compromisso do aluno e do professor na construção de uma
nova relação entre estes atores do processo ensino-aprendizagem.
3 ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA “ PRÁTICAS E MÉTODOS”
Os Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCN ),frisam a importância do trabalho com
textos produzidos pelos próprios alunos. De acordo com Fregonezi:“a Língua Portuguesa
Possui quatro habilidades específicas: o falar, o escrever, o ouvir e o ler, tornando o aluno
emissor de mensagens e receptor da mesma.” ( Fregonezi 1999).
Mediante o exposto, cabe ao professor levar o aluno assumir a sua função de sujeito do
discurso por meio de muita leitura e produção textual, despertando no aluno o interesse em se
aprofundar no estudo das diversas formas linguísticas. O mesmo autor ainda fala da
importância da análise linguística em sala de aula, pois para ele por meio das atividades de
análise linguística é possível mostrar ao aluno como o texto organiza seus elementos
gramaticais, a concordância do texto, e outras infinitas possibilidades de análise do uso, e do
relacionamento das possibilidades linguísticas, a partir de então, é possível partir para sua
reestruturação, para melhor, ampliá-lo.
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Ainda, vale salientar que os PCN chamam atenção para a maneira como são apresentadas
as diferentes práticas de trabalho com a linguagem, cujo objetivo é desenvolver no aluno: O domínio da expressão oral e escrita em situações de uso público da linguagem,
levando em conta a situação de produção social e material do texto e selecionar, a
partir disso, os gêneros adequados para a produção do texto, operando sobre as
dimensões pragmáticas, semânticas e gramatical.
( PCN.1998, p.49).
3.1 PRÁTICA DA ORALIDADE
O estudo da linguagem oral é uma preocupação que se tornou mais relevante no meio
linguístico desde que os estudiosos da língua recuperaram a fala como objeto de análise.
A área de língua portuguesa é, de certo modo, transversal, já que atravessa todas as
demais disciplinas. Está presente nos textos de História, na formulação de enunciados de
problemas matemáticos, na descrição de ambientes geográficos. Dominando a compreensão e a
interpretação das palavras da língua materna, o estudante tem o instrumental básico para se
lançar às diversas áreas do conhecimento humano.
A língua fornece, inclusive, o suporte para que as diferentes operações mentais sejam
realizadas, já que é a partir dela que se organiza o pensamento e por meio dela que se dá
qualquer processo de cognição. Esse dado é especialmente relevante num mundo em que, para
além da escola, é necessário estar disposto e apto a continuar aprendendo permanentemente,
estabelecendo um diálogo constante entre os conhecimentos prévios e as informações novas. A
este respeito, Castilho( 200,p.11) afirma que:
O professor de língua portuguesa, hoje, encontra-se em meio à crise social. (...) apesar
de muitas tentativas frustradas no ensino da língua, ainda não absorveu as novas
concepções de funcionamento da linguagem. Isso tudo, acrescido da crise do
magistério, que vai desde a formação deficitária à remuneração irrisória, forma um
quadro desanimador.
O autor acredita ser necessária uma mudança com relação à postura de quem ensina
diante do quê e como ensinar língua portuguesa. Para o autor este desânimo em ensinar, pode
está relacionado com as condições precárias para o ensino.
A preocupação com a questão da linguagem oral no ensino de língua materna torna-se
cada vez mais relevante no meio educacional. Desta forma, a escola por acreditar que o
aprendizado da linguagem oral não é de sua alçada, esta modalidade da linguagem é utilizada,
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somente, para a transmissão dos conteúdos. Todavia, o diálogo se tornou uma ferramenta
fundamental no que tange a comunicação em sala de aula, por permitir a troca de informações,
confronto de opiniões, se a intenção do professor é tornar o aluno um usuário competente da
linguagem no exercício da cidadania isto não é suficiente.
3.1.1- Ensino Fundamental (6º - 9º ano )
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN`s) para o ensino de língua portuguesa,
publicação do Governo Federal tem o intuito de contribuir para a atualização profissional,
desenvolvimento de projetos educativos e planejamento de aulas. Os Parâmetros Curriculares
para o ensino de língua portuguesa, publicados em 1998, ressaltam que a partir dos anos 80 é
que se estabeleceram mais fortemente as críticas ao modo como se ensinava língua portuguesa,
na escola. Neste sentido, postulam que: Pela linguagem os homens e as mulheres se
comunicam, têm acesso à informação, expressam e defendem pontos de vista, partilham ou
constroem visões de mundo, produzem cultura. (PCN 1998, p.19).
Esta afirmação deve-se ao fato de que ao ingressar na escola os alunos já dispõem de
competência discursiva e linguística para comunicar-se em seu dia a dia, mesmo que ainda não
domine a norma culta.
Ainda que o espaço da sala de aula não seja um espaço privado, é um espaço público
diferenciado: não implica necessariamente, a interação com interlocutores que possam
não compartilhar as mesmas referências, valores, conhecimento de mundo. ((PCN
1998, p.24).
Assim, sem deixar de considerar os conhecimentos que o aluno traz para a escola, esta
deve promover sua ampliação durante os oito anos que correspondem ao Ensino Fundamental.
Porém, é relevante o fato de que com o ensino-aprendizagem de diferentes padrões de
fala e escrita, o que se deseja não é levar os alunos a falarem certo, mas sim lhes permitir
escolher a forma da fala que deve ser utilizada em situações comunicativas distintas, adequando
os recursos expressivos, a variedade de língua e o estilo. Ainda, com relação à importância
atribuída ao ensino da linguagem oral na escola, os PCNs colocam ao lado das atividades de
leitura e produção de textos escritos, a escuta e a produção de textos orais como forma de
atender as diversas demandas sociais, além de responder a diferentes propósitos comunicativos
e expressivos e, ainda, considerar as diferentes condições de produção do discurso. Desta
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forma, o aluno pode ser levado a conhecer e valorizar outras variedades linguísticas, inclusive a
sua.
3.1.2 Ensino Médio
O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa nos anos finais, deve basear-
se em propostas interativas, explorando dos gêneros discursivos. Não enxergamos outra saída,
senão o diálogo, para que o aluno aprenda a confrontar defender, explicar suas ideias de forma
organizada, em diferentes esferas de prática da palavra pública, compreendendo e refletindo
sobre as marcas de atualização da linguagem, seja ela na avaliação da posição do interlocutor,
ou a crítica do contexto extra verbal, uma posição crítica sobre as normas dos textos em
questão ou em análise de acordo com as expectativas em jogo, a escolha dos gêneros e
recursos.
A linguagem permeia o conhecimento e as formas de conhecer, o pensamento e as
formas de pensar, a comunicação e os modos de comunicar, a ação e o s modos de agir. Ou
seja: Ela é a roda inventada, que movimenta o homem e é movimentada pelo homem.
Produto e produção cultural, nascida por força das práticas sociais, a linguagem é
humana e, tal como o homem, destaca-se pelo seu caráter criativo, contraditório,
pluridimensional, múltiplo e singular, a um só tempo. ( PCNS 2000.p , 5 )
Portanto, o aluno consciente e responsável, poderá fazer previsões e escolhas
adequadas na fala/escrita, bem como olhar para o texto de forma crítica, ampliando os
significados para além da palavra escrita. Poderá ver-se no texto e ver o texto como objeto,
dialogar com o outro que o produziu, criar seu próprio texto. Vale salientar ainda que, além de
mostrar a importância, os conteúdos e objetivos para o trabalho com a linguagem oral, os PCNs
ilustram algumas possibilidades de projetos, em que a linguagem oral seja privilegiada,
conforme veremos logo mais citados também por Jânia M. Ramos.
Mas, talvez você educador esteja se perguntando: onde está a literatura, a gramática, a
produção do texto escrito, as normas? Os conteúdos tradicionais foram incorporados por uma
perspectiva maior, que é a linguagem, entendida como um espaço dialógico, em que os
locutores se comunicam. Nesse sentido: “todo conteúdo tem seu espaço de estudo, desde que
possa colaborar para a objetivação das competências em questão.” ( PCNS 2000.p,23 ).
É importante salientar que os comentários feitos neste tópico, foram baseados nos
PCNs de 2000, os quais se tratam das tendências atuais sobre as questões da linguagem e do
ensino em sala de aula explorando dos recursos da oralidade ao ensinar Língua Portuguesa nos
anos fundamentais e nos anos finais.
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3.1.3 Os gêneros orais em sala de aula
Faz-se necessário abordar propostas de trabalho com a linguagem oral na sala de aula,
presentes em algumas publicações atuais. Dentre estas, encontramos “A língua falada no ensino
de português”, em que, entre outras observações, Castilho faz uma proposta de incorporação da
língua falada nas aulas de gramática, baseado na atual situação em que se encontra o ensino de
língua, na escola, ou seja, normalmente o aluno não procede de um meio letrado, o que para
muitas delas é novidade. Assim é dever da escola valorizar os hábitos culturais dos alunos,
além de iniciá-los em novos hábitos, diferentes dos de sua família. Para isso, o ponto de partida
para a reflexão gramatical deve ser o que ele já traz para a escola, isto é, a conversação.
Em função disso, o ensino de Língua Portuguesa deve se desenvolver mantendo as
dimensões da linguagem oral e da escrita estreitamente vinculadas, propiciando situações de
comunicação em que os alunos possam se expressar, possam ir ampliando os recursos
linguísticos, ao mesmo tempo em que os ajuda a aprender a estruturar o próprio discurso e a
regular a própria fala em função dos diferentes contextos sejam eles formais ou informais, em
que ela pode se desenvolver.
Talvez se pergunte: como ensinar gramática usando a oralidade? Quanto ao uso da
gramática, Castilho ainda esclarece que “A gramática é vista como o lugar das reflexões,
debates e questionamentos. Ou seja, a partir dos dados da língua falada ou escrita, que são
formuladas perguntas e a análise são feita, ficando, por último, a ordenação desses dados.”
(CASTILHO 2000, p.22).
É bom frisar que não só estes estudiosos, mas também os PCNs apontam mecanismos
os quais poderão ser usados em sala de aula ao ensinar a Língua Portuguesa sem ofender, as
origens do educando, sem ferir a sua cultura e a língua materna. Por exemplo, podemos citar
alguns desses mecanismos bem como: texto dramático, canção; de imprensa: comentário
radiofônico, entrevista, debate, depoimento; de comunicação científica: exposição, seminário,
debate, palestra; publicidade: propaganda.
Percebemos nesta seleção uma grande diversidade, que abre um leque de possibilidades
de trabalho para o professor, pois há textos que ocupam várias posições alguns até bem
próximos da escrita como é o caso da exposição, do seminário e do texto dramático, que, apesar
de falados são estritamente calcados na escrita. O autor neste capítulo vai direto ao assunto
quando ele diz “ o negócio é por a mão na massa” e buscar formas de colocar em prática as
ideias expostas.” ( CASTILHO 2000, p.26).
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Também não podemos deixar de considerar neste artigo as ideias calcadas nas
propostas teóricas e metodológicas de Jânia M. Ramos, podemos encontrar, em uma das suas
obras como “O espaço da oralidade na sala de aula”, publicado em 1997. Esta mesma autora
desse maravilhoso e impressionante livro salienta que“ Trabalhar com os gêneros orais é lançar
mão dos instrumentos que viabilizam a ação linguística e o aprendizado- a própria ação de falar
consiste em uma apropriação dos gêneros ( RAMOS 1997,p.28).
Assim, educadores, o pré-requisito para um trabalho com a linguagem oral realizado
nessa perspectiva é a atitude do professor que esteja disposto ao diálogo, à comunicação,
convicto de que o aluno e ele têm algo a trocar e ambos podem aprender um com o outro, para
isso é preciso primeiro desenvolver uma boa relação entre professor e aluno por meio do afeto
cognitivo, Somente se dá voz ao aluno quando se acredita que ele tem algo importante a dizer,
quando ele é visto como uma pessoa de valor.
Além de explicitar alguns aspectos da linguagem oral, assim como o primeiro, sugere
atividades para que o professor possa partir, também, do oral para o escrito. No seu livro a
autora fez algumas perguntas como: como posso desenvolver isso por meio da oralidade? Ou
como posso ensinar língua portuguesa por meio da oralidade? A mesma responde apontando
algumas estratégicas facilitadoras para ser explorado ao ensinar Língua Portuguesa, baseado na
sua obra “O espaço da oralidade na sala de aula:
Trabalhos em grupos pequenos – nos quais a partir de uma tarefa proposta, tal como a
discussão de um tema polêmico ou a preparação de uma apresentação para a turma, os alunos
poderão trocar ideias, expor argumentos e opiniões, vivenciar a prática do diálogo como forma
de construção de conhecimento coletivo.
Debate com toda a turma – em que a partir de um eixo-motivador, como um texto lido ou um
programa assistido, os alunos poderão confrontar os próprios posicionamentos com os dos
demais, expondo-se diante do grupo e vencendo as inibições.
Conversas com o professor- a partir das quais o aluno se exercitará no falar de si mesmo, na
autoanálise e na autoavaliação, ao mesmo tempo em que o ensino se torna mais personalizado e
o professor passa a se relacionar mais diretamente com os estudantes.
Conversas informais do professor com a turma – momentos em que, espontaneamente, o
professor pode abrir espaço pata a troca de ideias apara além dos conteúdos da programação,
seja antes da aula ou entre uma atividade e outra.
Dramatizações de textos ou de situações do cotidiano- em que os alunos assumam diferentes
papeis em contextos diversos, e possam perceber a necessidade de adequação da linguagem e
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da utilização de diferentes recursos linguísticos em função das situações vividas pelas
personagens, além disso, as dramatizações são oportunidades para o estímulo da capacidade de
memorização e podem favorecer a fixação de determinadas estruturas sintáticas. Esse recurso
tem diversas outras vantagens: torna o processo de ensino-aprendizagem mais agradável,
permite que o revelem sentimentos, sonhos ou condutas que, em geral passam despercebidos
nas aulas comuns. Facilita a mudança de atitudes e a postura do aluno frente ao grupo, na
medida em que ele se expõe e obtém a aceitação dos demais com respeito ao seu trabalho. Por
isso, é um valioso instrumento para lidar com a autoestima dos estudantes.
Rodas de leitura- em que os alunos possam contar histórias, ler poesias em voz alta, debater
diferentes interpretações de textos, partilharem vivências e experiências a partir de textos.
É de fundamental importância que se respeite as diferenças e as diversidades oral do
aluno. Porém é de cunho competência da escola ensinar o aluno a utilizar adequadamente a
linguagem em diferentes contextos e situações comunicativas. SCHNEUWL nos dá algumas
sugestões de como exploram oral em sala de aula quando diz que :
é preciso que as atividades de uso e a reflexões sobre a língua oral estejam
contextualizadas em projetos de estudo, como: atividades em grupo com temas
definidos, tomadas de decisões, divisão de tarefas na resolução de problemas
estimativas de resultados, comparação e confronto de procedimentos a ser tomados.
(SCHNEUWLY, 1994, p.7 )
Assim, se pode concluir que a linguagem oral pode aparecer em dramatizações teatrais,
simulação de programas de rádio e televisão, de discursos políticos, e outros. Porque o ensino
de Língua Portuguesa é sustentado pela prática de escuta de textos orais/ leitura de textos
escritos, práticas de produção de textos orais e escritos e prática de análise linguística. Podemos
sustentar esse eco nas palavras do linguista Santos (2010), quando salienta que:Os conteúdos partem, portanto, de textos sempre, conforme já foi dito, valorizando e
destacando diferenças e semelhanças, fazendo com que o aluno discuta o que vê e o
que lê para conseguir se sentir usuário da Língua e participante do processo de
aprendizagem. ( SANTOS 2010. p, 65 ).
4. PRÁTICAS DA ESCRITA
Se existe algum que não pode andar sozinho é a escrita e a leitura, ambos são
dependentes um do outro, por isso a leitura e escrita são formas complementares no processo de
letramento. A escrita transforma a fala e a influencia a escrita. Assim, é mais que preciso
14
superar que ler é codificar, converter letras em sons. A leitura é a uma construção do
significado do texto escrito. Por isso que para formar um leitor competente, a escola precisa
mobilizá-lo, pois aprender a ler requer esforço, a leitura é algo interessante e desafiador.
Então, a quem cabe mobilizar o aluno a desenvolver esta arte? Logicamente, o
professor. Por isso deve se trabalhar com diversidades de textos e de combinação entre eles,
isto é diversidade de objetivos e modalidade seja para resolver problemas práticos, informar-se,
dividir-se, estudar, escrever ou revisar. Para quer isso aconteça requer condições favoráveis
para a prática da leitura como uma boa biblioteca, dispor de acervos nas classes e outros
materiais de leitura, ter organizado tempos de leitura livre e que o professor também leia,
atividades diárias de leitura, escolhas de boas leituras, possibilidade de empréstimos de livros,
sugestões de títulos, construção de uma política de formação de leitores.
Criar contextos de produção precisa, efetuar atividades ou exercícios múltiplos e
variados: é isso que permitirá aos alunos se apropriarem das noções, das técnicas e dos
instrumentos necessários ao desenvolvimento de suas capacidades de expressão oral
ou escrita, em situações de comunicação diversas. (SCHNEUWLY,1994, p.8 ).
A produção textual tem como finalidade formar escritores competentes, coerentes,
coesos e eficazes. Um leitor competente é alguém que planeja o discurso em função do seu
objetivo e do leitor que se destina e as características do gênero e além do mais, tornando-o
leitor critico, com visão aguçada de mundo.
5. PRÁTICAS GRAMATICAIS
A gramática ganha utilidade quando na produção de texto assegurando sua adequação,
coerência, coesão e correção. Saber gramática não significa ser capaz de construir bons textos.
Isso não significa que não é para ensinar fonética, morfologia ou sintaxe, mas que elas devem
ser oferecidas à medida que se tornarem necessárias para reflexão sobre a língua.
Podemos estruturar esse argumento nas palavras do gramático Travaglia quando o
mesmo afirma que:é possível perceber que o ensino de gramática e o ensino de produção/compreensão de
textos são uma coisa só, uma vez que os textos são produzidos e compreendidos
graças à gramática da língua e, portanto, não há como trabalhar com textos sem
trabalhar gramática e vice-versa.( Travaglia2003, p. 44-45 )
15
Concluímos então que, os estudos gramaticais precisam ser desenvolvidos de forma ampliar a
capacidade comunicativa do aluno. O professor deve partir da produção textual e recepção de
textos de diferentes variedades linguísticas, utilizando o contexto em sua aplicação.
6. PLANO DE AÇÃO PEDAGÓGICA – PROJETO ESCOLAR
Segundo a LDB a "educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho". Para a conquista destas ideias, não podemos em
vista disto continuar com os mesmos métodos conteudistas de antes. Devem-se procurar formas
metodológicas para uma aprendizagem significativa. Para tanto, é necessário a interação
professor-aluno, escola-comunidade e outros agentes responsáveis pelo o desenvolvimento
cognitivo do alunado.
Partido desta premissa é que acreditamos que o trabalho com projetos de aprendizagem
no contexto escolar é de suma importância na vida escolar do aluno, pois possibilita a
integração e o convívio social e coletivo dos mesmos. Aprende a compartilhar a superar as
diferenças e acima de tudo conquistar a autonomia.
Quando falamos em “aprendizagem por projetos” estamos necessariamente nos referindo
à formulação de questões pelo autor do projeto, pelo sujeito que vai construir conhecimento.
Partimos do princípio de que o aluno nunca é uma tábula rasa, isto é, partimos do principio de
que ele já pensava antes.
E é a partir de seu conhecimento prévio, que o aprendiz vai se movimentar, interagir com
o desconhecido, ou com novas situações, para se apropriar do conhecimento específico - seja
nas ciências, nas artes, na cultura tradicional ou na cultura em transformação.
6.1 Características do Projeto de aprendizagem
Trabalhar com projetos de aprendizagem proporciona aprender coisas que tem relação
com a vida dos alunos e professores, sendo que a postura deste seja como orientador e
mediador da aprendizagem. Assim, o professor, bem como o aluno são sujeitos que estão
envolvidos diretamente com a construção do conhecimento, e um projeto voltado para este
intento pode proporcionar um melhor conhecimento de si mesmos e do mundo, estabelecendo
16
relações significativas entre os conhecimentos. Segundo Fagundes, Maçada e Sato “atividade
de fazer projetos é simbólica, intencional e natural do ser humano. Por meio dela, o homem
busca a solução de problemas e desenvolve um processo de construção de conhecimento, que
tem gerado tanto as artes quanto as ciências naturais e sociais “(Fagundes, Maçada e Sato,
1999, p.15)
Desta forma, pode-se entender que o projeto em sala de aula é importante, pois é uma
metodologia de ensino que envolve os alunos em investigações de problemas atrativos, que
geram resultados originais; dão margem a perguntas desafiadoras que não podem ser
respondidas pelo método de ensino rotineiro; Favorece a disciplina e resgata a motivação para a
pesquisa; Estimula a curiosidade ativa e um nível mais elevado de raciocínio, entre outros.
Alguns elementos para uma boa experiência com projetos de aprendizagem incluem:
Questões ou conflitos férteis que sejam originais, reais e relevantes para as vidas dos alunos
O uso de tecnologia atual.
Aprendizagem deve ser centrada no aluno ou promover que esse faça uso deliberado de sua
autonomia
Colaboração
Componentes Multidisciplinares
Trabalho à longo prazo; não é preciso que o projeto seja realizado em períodos de aula, ou
apenas em tempo de aula.
Devem ser orientadas aos resultados, com um estudo, apresentação e ação, como resultado
da indagação original
6.1.2 Projeto com leitura e Produção Textual
Os Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCNs ),frisam a importância do trabalho com
textos produzidos pelos próprios alunos. De acordo com Fregonezi: “a Língua Portuguesa
Possui quatro habilidades específicas: o falar, o escrever, o ouvir e o ler, tornando o aluno
emissor de mensagens e receptor da mesma.” ( Fregonezi 1999).
Mediante o exposto, cabe ao professor levar o aluno assumir a sua função de sujeito do
discurso por meio de muita leitura e produção textual, despertando no aluno o interesse em se
aprofundar no estudo das diversas formas linguísticas. O mesmo autor ainda fala da
importância da análise linguística em sala de aula, pois para ele por meio das atividades de
análise linguística é possível mostrar ao aluno como o texto organiza seus elementos
17
gramaticais, a concordância do texto, e outras infinitas possibilidades de análise do uso, e do
relacionamento das possibilidades linguísticas, a partir de então, é possível partir para sua
reestruturação, para melhor, ampliá-lo. Assim, segundo o linguista Schneuwly :
É preciso que as atividades de uso e a reflexões sobre a língua oral estejam
contextualizadas em projetos de estudo, como: atividades em grupo com temas
definidos, tomadas de decisões, divisão de tarefas na resolução de problemas
estimativas de resultados, comparação e confronto de procedimentos a ser tomados.
(SCHNEUWLY, 1994, p.7 ).
Ainda, vale salientar que os PCN chamam atenção para a maneira como são
apresentadas as diferentes práticas de trabalho com a linguagem, cujo objetivo é desenvolver no
aluno: O domínio da expressão oral e escrita em situações de uso público da linguagem,
levando em conta a situação de produção social e material do texto e selecionar, a
partir disso, os gêneros adequados para a produção do texto, operando sobre as
dimensões pragmáticas, semânticas e gramaticais.
( PCN.1998, p.49).
A leitura é um ato que, também, depende de estímulo e motivação. A prática da leitura é
uma tarefa essencial para a construção do conhecimento e um deflagrador do sentimento e
opinião crítica do indivíduo.
Um projeto voltado para o desenvolvimento da leitura requer planejamento, estratégia e
acima de tudo comprometimento coma aprendizagem dos alunos. É de conhecimento de todo e
qualquer profissional da educação que é da escola a obrigação de viabilizar o acesso ao
universo de textos que circulam socialmente, ensinar a produzi-los e interpretá-los. Assim,
todas as disciplinas têm a responsabilidade de ensinar a utilizar os textos, mas é a Língua
Portuguesa que deve tomar para si o papel de fazê-lo de modo mais sistemático.
Por isso cabe a escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral e escrita nas diversas
situações comunicativas e respeitando as normas e regras especialmente nas mais formais:
planejamento e realização de entrevistas, debates, seminários, diálogos com autoridades,
dramatizações e outros por meio de projetos estratégicos.
Abro espaço neste texto para fazer um relato de experiência vivencia na sala de aula
durante o estagio com aplicação de um projeto com alunos do 9º ano do ensino fundamental em
um colégio localizado em Feira de Santana, BA.
18
6.1.3 Relato da Experiência Docente
O projeto tinha como objetivo de desenvolver nesses alunos a aptidão pela leitura,
desenvolver um olhar crítico acerca do que se trata o texto e tornarem conscientes da
necessidade de desenvolver o hábito pela leitura e mostrar que só é possível escrever bem, se
expressar bem e desenvolver um olhar crítico quanto cidadãos e transformadores da sociedade
no qual estão inseridos se, si tornarem leitores.
Por
isso, foi trabalhado durante o projeto, com produção textual de artigos de Jornais e reportagens,
usando o gênero “notícia”, com a finalidade de desenvolver nos alunos a capacidade de se
expressarem oral e na escrita. Observei durante um mês e fiz uma regência em uma turma do 9°
ano do ensino fundamental, no colégio Estadual situado em Feira de Santana, BA, e nesta
mesma unidade de ensino foi aplicado o meu projeto de estágio “O Jornal e a Notícia na
Produção Textual”.
Durante a regência nesta turma, foi possível constatar que os alunos são realmente
imperativos. Os que deram mais trabalho foram os meninos, pois constantemente era preciso
chamar atenção deles e adverti-los. As meninas prestavam mais atenção nas aulas do que os
meninos, 65% da turma era composta por meninas e 50% mais ou menos são estudiosas e
prestavam atenção as aulas, enquanto os meninos que representavam 35% da turma, muito
poucos eram prestativos e estudiosos, mas a minoria que prestava atenção e fazia as tarefas de
sala e de casa compensava os esforços do estagiário para desenvolver o projeto.
Assim que assistiram aos vídeos sobre a “violência na escola entre professor e aluno”
automaticamente abriu-se um debate sem o estagiário esperar, aquilo provou o quanto tinha
sido apropriado a transmissão daqueles vídeos chocantes de cenas gritantes em sala de aula
entre professor e aluno. No dia seguinte falou-se sobre o que compõe uma notícia levando em
conta o que estava por trás daqueles vídeos que haviam assistido, ou seja como eles foram
produzidos do que precisou para ficar pronto para o público.
Feito isso, todos os alunos receberam uma cópia com o tema “A notícia - Um gênero
textual de cunho jornalístico.” No próximo encontro trouxeram jornais, revistas, livros,
folhetos, para a produção de um noticiário. Em trio, cada um desenvolveu a sua redação sobre
um determinado assunto polêmico e atual, um auxiliando o outro na sua produção. O
impressionante foi que 90% dos alunos estavam envolvidos com o projeto e ansiosos para saber
em que iria resultar todo aquele trabalho desenvolvido em sala de aula.
19
Enquanto faziam leituras e rascunhos da produção textual, o estagiário passava de
grupo em grupo dando dicas e corrigindo possíveis erros ortográfico e gramatical, levando em
conta os assuntos já estudado com o estagiário sobre “concordância nominal”, e logo após
uma aplicação de uma atividade com 5 questões sendo uma “aberta” e apesar de estarem ainda
no período complicado para se aprender gramática, os alunos cometiam poucos erros de
concordância.
Graças o respeito que existiu entre professor e estagiário, foi possível desenvolver um
excelente projeto, pois os métodos ali usado pelo o estagiário eram de mecanismos do
cotidiano dos alunos, (jornais, revistas, livros, folhetos, vídeos, etc.), isso fez com quer eles
produzissem melhor seus trabalhos.
Foi observado também, se os alunos conseguiam transpor do oral para o escrito, ou
seja se eles seriam capazes de transcrever o que expõem oralmente durante um diálogo aberto
sobre os atos de violência nas escolas entre professor e aluno. E como de fato, muitos
surpreenderam o estagiário, pois apesar de alguns erros e falta de coerência durante a produção
da redação, se saíram bem.
Foi constatado durante essa vivência magnífica, que infelizmente os alunos têm muito
pouco a prática da escrita e da leitura, foi percebido a falta da escrita pelas produções
desenvolvidas em sala de aula, e notou-se a falta de leitura pelo método que linhas, trocando
letras, atropelando ponto, virgula, interrogação e alguns até pulavam linhas, denotado assim
que não tinham a prática da leitura, ora, se não tem a prática da leitura, é claro que terão
dificuldades na escrita.
GRÁFICO 1
VISÃO GERAL – DEFICIÊNCIA DOS ALUNOS ANTES DA APLICAÇÃO DO PROJETO- TURMA DO 2º ANO MÉDIO
Fonte : O autor
20
Após esses possíveis análises, partiu-se para a conclusão da produção do jornal com base
no gênero “notícia”, agora os alunos já não mais cometiam os mesmo erros gritantes que
haviam cometido durante a produção da redação. Pouquíssimos erros foram encontrados nos
trabalhos. Foi uma experiência maravilhosa e diferente.
GRÁFICO - 02
Trabalhando com projetos de
aprendizagem, estaremos fazendo necessariamente uso da pesquisa em sala de aula e isto
significa mover-se na insegurança; pois com a pesquisa estaremos nos arriscando a ensinar o
que talvez não sabemos. A respeito disso Moraes (2002, p.141) enfatiza que:
A pesquisa em sala de aula constitui-se numa viagem sem mapa; é um navegar por
mares nunca antes navegados; neste contexto o professor precisa saber assumir novos
papéis; de algum modo é apenas um dos participantes da viagem que não tem
inteiramente definidos nem o percurso nem o ponto de chegada; o caminho e o mapa
precisam ser construídos durante a caminhada.
Sendo assim, entendemos que com este trabalho estamos dando um passo para que
nossos alunos se tornem sujeitos críticos e criativos, capazes de serem autônomos e
competentes no exercício do argumentar; ou seja, trabalhando com projetos de aprendizagem e
pesquisa, estamos contribuindo para desenvolver a autonomia dos alunos, motivando-os a
participar ativamente das aulas e a construírem conhecimentos linguísticos mais elaborados.
VISÃO GERAL – EFICIÊNCIA DOS ALUNOS APÓS APLICAÇÃO DO PROJETO- TURMA DO 2º ANO MÉDIO
Fonte : O autor
21
Mediante a essa experiência durante aplicação desse projeto, pode-se concluir que
nenhum aluno está totalmente perdido, e que não se pode julgar pela primeira impressão. Ainda
podemos argumentar com certeza que não se pode dizer que o aluno não que nada, sem antes
deter de práticas metodológicas no ensino de língua portuguesa. Assim, o professor enquanto
mentor e transformador de mente precisa fazer bom uso de seus arcabouços, renovar suas
práticas de ensino, desenvolver métodos eficazes e produtivos, e acreditar no potencial do
educando, tornando assim o seu ensino baseado em projetos políticos pedagógicos (ppp), o
ensino construtivista e não no ensino tradicional.
MÉTODOS
Como havia proposto nesta pesquisa a análise de textos dos alunos, então durante a
regência foi trabalhado produção de texto com um novo olhar, com a finalidade de desenvolver
nesses alunos a aptidão pela leitura, desenvolver um olhar crítico acerca do que se trata o texto
e tornarem conscientes da necessidade de desenvolver o hábito pela leitura e mostrar que só é
possível escrever bem, se expressar bem e desenvolver um olhar crítico quanto cidadãos e
transformadores da sociedade no qual estão inseridos se, si tornarem leitores.
Por isso, foi trabalhado durante este estágio, com produção textual de artigos de Jornais
e reportagens, usando o gênero “notícia”, com a finalidade de desenvolver nos alunos a
capacidade de se expressarem oral e na escrita. Observei durante um mês e fiz uma regência de
cinco aulas em uma turma do 9° ano do ensino fundamental, no colégio Estadual situado em
Feira de Santana, BA, e nesta mesma unidade de ensino foi aplicado o meu projeto de estágio
“O Jornal e a Notícia na Produção Textual”.
Durante a regência de cinco aulas nesta turma, foi possível constatar que os alunos são
realmente imperativos. Os que deram mais trabalho foram os meninos, pois constantemente era
preciso chamar atenção deles e adverti-los. As meninas prestavam mais atenção nas aulas do
que os meninos, 65% da turma era composta por meninas e 50% mais ou menos são estudiosas
e prestavam atenção as aulas, enquanto os meninos que representavam 35% da turma, muito
poucos eram prestativos e estudiosos, mas a minoria que prestava atenção e fazia as tarefas de
sala e de casa compensava os esforços do estagiário para desenvolver o projeto.
Como havia proposto trabalhar com a “notícia” na produção textual, de fato foi
concretizado. Foi possível seguir os planos de aula nos respectivos dias dentro Onde se partiu
22
do zero e chegou-se a um belíssimo trabalho em grupo dando origem a um acervo de jornais
produzido nesta turma do 9º ano vespertino.
Assim que assistiram aos vídeos sobre a “violência na escola entre professor e aluno”
automaticamente abriu-se um debate sem o estagiário esperar, aquilo provou o quanto tinha
sido apropriado a transmissão daqueles vídeos chocantes de cenas gritantes em sala de aula
entre professore aluno. No dia seguinte falou-se sobre o que compõe uma notícia levando em
conta o que estava por trás daqueles vídeos que haviam assistido, ou seja, como eles foram
produzidos do que precisou para ficar pronto para o público.
Feito isso, todos os alunos receberam uma cópia com o tema “A notícia - Um gênero
textual de cunho jornalístico.” No próximo encontro trouxeram jornais, revistas, livros,
folhetos, para a produção de um noticiário. Em trio, cada um desenvolveu asua redação sobre
um determinado assunto polêmico e atual, um auxiliando o outro na sua produção. O
impressionante foi que 90% dos alunos estavam envolvidos com o projeto e ansiosos para saber
em que iria resultar todo aquele trabalho desenvolvido em sala de aula.
Enquanto faziam leituras e rascunhos da produção textual, o estagiário passava de
grupo em grupo dando dicas corrigindo possíveis erros ortográfico e gramatical, levando em
conta os assuntos já estudo com o estagiário sobre “concordância nominal”, e logo após uma
aplicação de uma atividade com 5 questões sendo uma “aberta” e apesar de estarem ainda no
período complicado para se aprender gramática, os alunos cometiam poucos erros de
concordância.
RESULTADOS
Graças o respeito que existiu entre professor e estagiário, foi possível desenvolver um
excelente projeto, pois os métodos ali usado pelo o estagiário eram de mecanismos do
cotidiano dos alunos, (jornais, revistas, livros, folhetos, vídeos, etc.), isso fez com quer eles
produzissem melhor seus trabalhos.
Foi observado também, se os alunos conseguiam transpor do oral para o escrito, ou seja,
se eles seriam capazes de transcrever o que expõem oralmente durante um diálogo aberto sobre
os atos de violência nas escolas entre professor e aluno. E como de fato, muitos surpreenderam
o estagiário, pois apesar de alguns erros e falta de coerência durante a produção da redação, se
saíram bem.
Foi constatada durante essa vivência magnífica, que infelizmente os alunos têm muito
pouco a prática da escrita e da leitura, foi percebida a falta da escrita pelas produções
23
desenvolvidas em sala de aula, e notou-se a falta de leitura pelo método que tinham, trocando
letras, atropelando ponto, vírgula, interrogação e alguns até pulavam linhas, denotado assim
que não tinham a prática da leitura, ora, se não tem a prática da leitura, é claro que terão
dificuldades na escrita.
O tempo não foi suficiente para exercitar melhor a leitura e a prática, mas foi possível
fazer breves analises sobre como se lê e como se produz um bom texto, quando brevemente
falamos sobre o que compõe uma introdução, desenvolvimento e conclusão. Ficaram contentes
quando fiz as devidas correções das redações, pois o estagiário sentou com cada um dos alunos
e fez críticas construtivas e ao mesmo tempo, elogios por terem aceitado esse desafio de
transpor do oral para a escrita o seu ponto de vista sobre o tema abordado.
Após esses possíveis análises, partiu-se para a conclusão da produção do jornal com
base no gênero “notícia”, agora os alunos já não mais cometiam os mesmo erros gritantes que
haviam cometido durante a produção da redação. Pouquíssimos erros foram encontrados nos
trabalhos. Foi uma experiência maravilhosa e diferente.
No último dia de aula foi o dia mais marcante, pois seria a despedida e a exposição dos
trabalhos no mural da escola. 90% dos alunos estavam presentes neste dia, foi marcante porque
alunos e professores estavam empolgados para ver e ler as produções dessa turma que até então
eram vistos como alunos que não queriam nada com os estudos, pois agora essa impressão
sobre os mesmos já não eram mais as mesmas. No término da exposição o estagiário se
despediu da turma e foi aplaudido pelos alunos com um belíssimo anúncio “volte sempre
professor, foi bom está com o senhor”!
DISCUSSÕES
Mediante a vivência com essa turma, pode-se concluir que nenhum aluno está
totalmente perdido, e que não se pode julgar pela primeira impressão. Ainda podemos
argumentar com certeza que não se pode dizer que o aluno não quer nada, sem antes deter de
práticas metodológicas no ensino de língua portuguesa. Assim, o professor enquanto mentor e
transformador de mente precisa fazer bom uso de seus arcabouços, renovarem suas práticas de
ensino, desenvolver métodos eficazes e produtivos, e acreditar no potencial do educando,
tornando assim o seu ensino baseado em projetos políticos pedagógicos (ppp), o ensino
construtivista e não no ensino tradicional.
24
De acordo com Paulo freire e seus postulados, ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou construção, e é isso que todo e
qualquer educador, mentor, devem fazer, abrir caminhos para que o educando vá muito mais
além da sua imaginação e do seu potencial e fazendo com que o mesmo durante todo o seu
trajeto possa adquirir conhecimentos e fazer bons usos.
Volto a salientar neste aspecto que é da escola e do professor o papel de estimular no
aluno, enquanto estiver na escola, o interesse pela a aprendizagem, ao aperfeiçoamento na arte
de estudar e ajudá-lo a colocar em prática segundo a sua cultura e a sua esfera da realidade
social o que se aprende. Para isso, se faz necessário antes de qualquer outro passo, o professor
primeiro conhecer o histórico de cada aluno e o meio social do mesmo, para que, mediante a
estes aspectos, o mesmo possa fazer os devidos reajustes nos seus planos políticos
pedagógicos de ensino.
CONCLUSÃO
Durante toda construção desse projeto, concentrei-me primordialmente em observar e
analisar minuciosamente como se dava a relação entre professor e aluno, como os alunos se
saiam frente ao método de ensino do educador e o grau de capacidade dos alunos em assimilar
o conteúdo, quanto ao professor, atentei-me em analisar como enquanto mentor, mestre da
educação, desenvolvia o seu papel em sala de aula, seu potencial de instruir, ensinar, guiar e ao
mesmo tempo manter o respeito mútuo entre professor e aluno. Também me dediquei afinco
durante todos os estágios quanto ao comportamento dos alunos, o grau de aprendizagem, o
índice de desenvolvimento intelectual e a relação afetiva entre educador e educando.
Somando as vivências, experiências e impressões durante todos os meus estágios são
possível afirmar que, ainda é possível ensinar Língua Portuguesa em sala de aula, que ainda é
possível ensinar e aprender, que apesar das deficiências na educação ainda se pode fazer uma
educação melhor, principalmente quando o professor faz bom uso das suas ferramentas de
ensino, conduzindo a criança e/ou o adolescente rumo ao futuro, transformando-o e
preparando-o para ser um cidadão capaz de tomar decisões precisas, eficientes, produtiva e
bom para todos que fazem parte dessa sociedade.
A expressão “Os alunos não querem nada”, não procede quando o professor mostra ser
um profissional na sua arte de ensino, quando o mesmo faz uso adequado com competência de
25
ferramentas, de instrumentos, de recursos didáticos e mediáticos, quando busca se atualizar
constantemente de maneira tal que possa fazer parte do mundo do educando, levando ele nos
compassos da revolução e das mudanças em pleno século que se avança com todo vapor.
Assim, com base nas minhas vivências e experiências adquiridas com educadores
eficientes que me acompanharam durante os meus estágios com determinação, paciência e com
porções de sabedoria, posso afirmar que, o verdadeiro profissional da educação, quando faz uso
de tudo que gira em sua volta, aquele que inventa, cria situações, descobri soluções, transforma
matérias em outras, só para dar ao aluno aquilo que é de seu de direito, aquele que é capaz de
transformar o modo de pensar erronia de uma criança e prepará-lo para a vida.
Por fim, esta pesquisa me fez refletir em quer tipo de profissional eu serei ou me
tornarei, tudo dependerá de como farei uso das práticas vivenciadas, dos estudos de grandes
educadores, pesquisadores e de como farei uso dos estudos dos grandes postulados teóricos da
educação e dos legados dos Parâmetros Curriculares Nacionais e das práticas de grandes
profissionais da educação contemporânea.
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental.
Brasília, 1998, p. 49.
26
Carvalho, P. ( 1997, p.36).A indisciplina nossa de cada dia. Ed. Educação, 1993.
FAGUNDES, Léa da Cruz; MAÇADA, Débora Laurino; SATO, Luciane Sayuri.
Aprendizes do futuro: as inovações começaram. Brasília: MEC, 1999.
Fernadez, A.(1991, p.47 ).A inteligência aprisionada. Porto Alegre.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e terra, (1996, p.9 e 96).
FREGONEZI, D.E. Elementos de ensino de Língua Portuguesa. 1. Ed. São Paulo: Editora
Arte e Ciência, 1999.
FREITAS, L. B. L. (1998). A produção da ignorância na escola: uma análise crítica do
ensino da língua escrita na sala de aula. São Paulo: Cortez.
GADOTTI, M. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Sciopione,( 199, P.02 ).
MORAES, R. Educar pela pesquisa: exercício de aprender a aprender. In: MORAES, R.
LIMA. EDIPUCRS, 2002.
SANTOS, Leonor Werneck dos. (Org.). Gêneros textuais nos livros didáticos de
Português: uma análise de manuais do ensino fundamental. Rio de Janeiro: UFRJ, 2010.
Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/61137353/Generos-textuais-nos-livros-didaticos-de-
Portugues-Santos-2011
27
SCHNEUWLY, B. O ensino dos gêneros orais e a intervenção didática do professor.
Campinas, Mercado de Letras, 1994.
TIBA, I. (1998,p.53,62 e 164). Ensinar Aprendendo. Como superar os desafios do
relacionamento professor/aluno em tempo de globalização. São Paulo: Editora Gente
TRAVAGLIA L. CARLOS. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de
gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez, 3ª Ed. 1995
VASCONCELOS,C.S.(2001, p.67). Para onde vai o professor? São Paulo: Liberdade.
Figura 1 – Afeto Cognitivo. Disponível em :<HTTP//www.pedagogiaaopedaletra.com/
2010/12>. Acessado em17 abr. 2012.
28
ANEXOS