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Programa de Controle de Obras
Ampliação e Modernização do Cais de Outeirinhos ( PAC COPA 2014)
1. Introdução
O presente programa estabelece medidas de controle e monitoramento
ambiental a serem adotadas durante as obras de ampliação e modernização do
cais de Outeirinhos, também denominada de obras do Programa de Aceleração
de Crescimento (PAC) da Copa do Mundo de Futebol da Fédération
Internationale de Football Association (FIFA) que irá ocorrer no Brasil em 2014.
De acordo com a Nota Técnica nº 140/2010 – COTRA/CGTMO/DILIC expedida
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA), o potencial indutor de impactos ambientais deste tipo de
empreendimento é baixo, quando comparado ao ambiente em que está
inserido. Segundo o Ofício nº 148/2010 – CGTO/DILIC/IBAMA proferido pelo
órgão supracitado, entende-se que a pretensão em avaliar as obras ocorra
diretamente no âmbito da regularização ambiental do Porto de Santos.
Portanto, este programa faz parte do Programa Ambiental de Construção,
formulado no intuito de apresentar ao órgão licenciador um estudo técnico
simplificado, para subsidiar a avaliação de viabilidade de concessão de Licença
de Instalação. Uma vez que a intervenção pretendida apresenta um pequeno
potencial de geração de impactos ambientais.
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A. Medidas Preventivas – Cuidados ao meio ambiente durante as obras
As medidas a serem implementadas relativas aos cuidados ao meio ambiente
durante as obras estabelecem critérios e requisitos destinados a nortear as
ações dos construtores em relação ao trato com o meio ambiente e com os
trabalhadores, ao longo da execução das obras. Especificamente para esta
intervenção deverão ser observadas as seguintes questões:
Assegurar o cumprimento continuado da legislação ambiental aplicável;
Conciliar as atividades das obras com a conservação e controle
ambiental;
Estabelecer diretrizes, critérios, procedimentos básicos e
responsabilidades ambientais a serem observados pelas empreiteiras na
execução das obras;
Desenvolver medidas integradas para prevenção e controle de
processos de degradação;
Minimizar as alterações no meio ambiente durante o processo de
execução das obras;
Minimizar os riscos de contaminação dos solos e dos recursos hídricos;
Facilitar os trabalhos de recomposição e reintegração final das áreas
das obras à paisagem de entorno;
Promover a prevenção e controle da situação de saúde dos
trabalhadores da obra, segundo a NR-18 do Ministério do Trabalho,
viabilizando a implantação de uma infra-estrutura de assistência médica,
sanitária e primeiros socorros nos canteiros de obras;
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Garantir a aplicabilidade do Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – NR-07, do Ministério do Trabalho, pela atuação dos
construtores no controle de saúde dos seus empregados;
Orientar os trabalhadores da obra a desenvolverem hábitos e
procedimentos voltados à boas práticas ambientais, higiene e à saúde;
Assegurar o menor nível de interferência das atividades realizadas nos
canteiros de obra e dos trabalhadores com o cotidiano das atividades
portuárias e da comunidade de entorno.
A identificação e avaliação dos impactos do presente estudo apontam as
intervenções no meio aquático, como sendo um dos fatores que mais
necessitam de controle e cuidados ambientais durante a execução das obras.
Principalmente no que se refere ao procedimento de injeção de nata de
cimento (“Jet-grouting”) no fundo marinho, nas interfaces da contenção do cais
e sedimentos.
As colunas de “Jet-grouting” serão executadas entre os eixos construtivos 96
ao 157 (cerca de 350 metros de cais). O comprimento das colunas variará
entre os níveis -5,00 do zero hidrográfico da D.H.N. até o nível variável do
maciço rochoso.
A Figura 1-1 apresenta a seqüência executiva de uma coluna injetada,
conforme ordem numérica abaixo:
1. Perfuração rotativa, com injeção d’água sob pressão.
2. Vedação da saída d’água seguida do início do processo de injeção.
3. Subida ascensional da haste, a velocidade constante, com injeção de calda
a alta pressão e alta velocidade.
4. Prosseguimento do tratamento, alternadamente.
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Figura 1-1: Ilustração da execução de “Jet-grouting”.
A injeção de nata de cimento (“Jet grouting”) ocasionará certamente uma
alteração da qualidade de água, através do aumento dos sólidos em
suspensão, e conseqüente aumento de turbidez. Sendo que a duração do
impacto depende diretamente da duração e da quantidade de aplicações de
“Jet grouting”. Cabe ressaltar que por se tratar de injeção de nata de cimento
aplicada sob alta pressão, grande parte dos sedimentos revolvidos constituem-
se do próprio substrato marinho (areia fina), sendo que a mistura pastosa de
cimento permanece na coluna longitudinal, ocupando os vazios gerados pela
dispersão do sedimento.
Como medida de controle ambiental, a coleta do refluxo gerado no processo de
injeção de nata de cimento será obrigatória para cada aplicação. O item a
seguir descreve o procedimento de coleta e retirada do refluxo da execução da
injeção de nata de cimento.
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Coleta e retirada do refluxo da execução do “ Jet-grouting ”
A execução de colunas “Jet Grouting” gera um refluxo do material injetado
composto por solo natural, no caso argila orgânica arenosa com resíduos de
nata de cimento.
A retirada deste refluxo em coluna executada abaixo do nível do mar
obedecerá a seguinte seqüência:
a) Locação das colunas a serem executadas;
b) Cravação das camisas metálicas de Ø 40cm, 2,00m, pelo menos, abaixo do
fundo do mar e pelo menos 1,00m acima da maré máxima;
c) Posicionamento do equipamento de JG e haste no interior da camisa
penetrando até a cota do projeto;
d) Em seguida é feita a injeção da coluna até que o refluxo conduzido pelo
interior da camisa atinja o todo desta, onde é coletado em caçambas metálicas;
e) Uma vez coletado o material resultante do refluxo, este será transportado
para bota-fora autorizado.
O controle e monitoramento das obras será responsável pelo gerenciamento de
todas as atividades ambientais inerentes às obras, demonstrando suas
conformidades e desempenhos através de relatórios técnicos de atividades,
que deverão ser protocolados junto ao órgão ambiental para avaliação. Esta
estratégia permite aumentar a eficácia e correlacionar os resultados, visando a
realização de análises integradas dos impactos da construção civil e
viabilizando a redução dos custos da gestão ambiental para a CODESP.
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A aplicação das medidas ambientais deverá ocorrer ao longo do período de
ocorrência das obras e executadas por uma equipe de técnicos, liderada por
um coordenador geral, que será responsável pelo seu gerenciamento,
desempenhando também a função de articulação entre o empreendedor e/ou
responsável pelo empreendimento, o órgão ambiental e as comunidades locais.
A equipe de gerenciamento ambiental será composta por profissionais
capacitados, de forma a acompanhar a implementação dos programas
ambientais vinculados diretamente às diversas atividades de operação do
empreendimento, verificando e monitorando as medidas mitigadoras utilizadas
para os possíveis impactos decorrentes da atividade.
As medidas poderão ser implementadas com o auxílio de uma lista de
verificação semanal nas áreas da obra, que será aplicada pela equipe de
gestão ambiental, com o intuito de avaliar os aspectos ambientais das obras
gerais que venham a ocorrer e para que seja possível detectar e corrigir
eventuais não-conformidades com os critérios de qualidade definidos pelas
normativas ambientais.
Os itens de verificação englobarão todos os setores incluindo o canteiro de
obras, refeitório, área de manutenção e abastecimento de equipamentos,
carpintaria, entre outros.
De forma complementar, para divulgar as informações do gerenciamento
ambiental aos colaboradores, será alocado um quadro demonstrativo nos
locais de grande fluxo de pessoas, que relacionará os aspectos ambientais
abordados e o seu atendimento. O quadro deverá ser atualizado
semanalmente após aplicação da lista de verificação sendo que o resultado
das perguntas será apresentado conforme a Tabela 1-1.
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Tabela 1-1: Qualificação referencial e respectiva representação para enquadramento dos aspectos ambientais verificados semanalmente junto às obras portuárias.
QUALIFICAÇÃO REPRESENTAÇÃOAdequado
Com necessidades de adequação Com grandes necessidades de adequação
Este programa deverá estar apoiado ainda na metodologia de revisões
periódicas, onde tudo o que é planejado deve ser checado com os objetivos a
serem alcançados, tomando-se providências para que na próxima revisão os
resultados sejam melhores que os anteriores. Este método é chamado de ciclo
PDCA - Planejar (Plan), Realizar (Do), Certificar (Check) e Atuar (Act) (Figura1-2), sendo que estes conceitos podem ser definidos como:
Planejar: Estabelecer os objetivos e atividades necessárias para
atingir os resultados em concordância com a política ambiental da
organização;
Executar: Implementar as atividades;
Verificar: Monitorar e medir as atividades em conformidade com a
política ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e outros, e
relatar os resultados; e
Agir: Agir para continuamente melhorar o desempenho do sistema
da gestão ambiental.
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Figura 1-2: Ciclo PDCA. Fase integrante da implantação de um sistema de gestão ambiental (SGA).
A metodologia de revisão PDCA utilizará os relatórios resultantes da execução
do subprograma de controle de obras, os quais serão periodicamente avaliados
pela CODESP, devendo gerar ações relacionadas a possíveis mudanças nos
procedimentos e controles ambientais, visando a melhoria contínua nas obras.
Estas avaliações, chamadas de reuniões de análise crítica, devem contar
sempre com a participação dos profissionais responsáveis pela execução dos
programas ambientais para assegurar a manutenção dos requisitos técnico-
científicos mínimos para o sucesso das medidas de controle ambiental.
Canteiro de obras
A obra contará com duas áreas distintas para canteiro. A primeira com cerca de
4.000 m², ocupando o terreno hoje utilizado como estacionamento, em frente
às instalações da Marinha, nas proximidades do local da obra. Esta área será
utilizada para estoque de estacas e placas de concreto pré-moldado, que
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chegarão prontas até o local, transportadas por caminhões. A Figura 1-3 mostra a área a ser utilizada como pátio.
Figura 1-3: Área 1 disponibilizada para a mobilização do canteiro de obras.
A segunda área está situada no bairro do Macuco, à montante do canal 5, na
Avenida dos Portuários, atual área de depósito de sucatas da Codesp (Figura1-4). Esta área será dividida em 2 partes iguais de 4.000 m² cada. Uma destas
duas áreas será utilizada como canteiro de obras, destinado às instalações
administrativas e de apoio, como escritórios, refeitório e almoxarifado. Este
local já conta com a infraestrutura de abastecimento de água, luz e esgoto.
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Figura 1-4: Área 2 disponibilizada para a mobilização do canteiro de obras.
As diretrizes e os critérios a serem considerados pela empreiteira contratada
em relação ao canteiro de obras são as descritas nas medidas de
monitoramento e controle de efluentes, resíduos e de ruídos e vibrações, já
descritas neste programa. Em relação ao relacionamento com os
trabalhadores, especialmente de questões de prevenção de acidentes e de
saúde de forma geral, estas também descritas em item específico.
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Desmobilização do Canteiro de Obras
Com a conclusão das obras deverão ser realizadas a desmobilização e
desmontagem das instalações, as quais são apresentadas a seguir:
Desmontagem e remoção de todas as estruturas, equipamentos e
máquinas, inclusive de materiais descartados, como sucata, peças etc.
Desmontagem e remoção das estruturas de apoio que não serão
utilizados após o término das obras;
Recuperação da área diretamente afetada pelas atividades do canteiro,
nos seus aspectos naturais e/ou antrópicos.
Tanto as atividades de desmobilização, quanto a recuperação da área dos
canteiros deverá ser fiscalizada pela equipe de gestão ambiental.
Código de Conduta
Os trabalhadores da empreiteira contratada deverão atender às normas de
conduta, nos canteiros de obras e nas frentes de serviços, como as
relacionadas a seguir:
Não será permitido, em nenhuma hipótese, caçar, comercializar, guardar
ou maltratar qualquer tipo de animal silvestre;
Caso algum animal silvestre seja ferido em decorrência das atividades
da obra, o fato deverá ser notificado ao responsável pela Gestão
Ambiental;
Equipamentos de trabalho que possam eventualmente ser utilizados
como arma (facão, machado, motosserra, etc.) deverão ser recolhidos
diariamente;
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Deverão ser obedecidas as diretrizes de geração de ruídos e de não
lançamento de resíduos ao meio ambiente, tais como resto de refeições
ou materiais descartados na manutenção de veículos;
Os trabalhadores deverão comportar-se corretamente em relação à
população vizinha às obras, procurando a adaptação ao cotidiano da
população local.
Operações de Transporte e Abastecimento de Veículos, Máquinas e Equipamentos
Para minimização de impactos advindos das operações de transporte durante a
obra deverão ser adotadas as seguintes medidas:
Diminuir ao máximo ou evitar concentrações do número de viagens ou
recebimentos de insumos, por meio da otimização das operações;
Treinar operadores de máquinas e equipamentos para os cuidados
relativos ao trânsito em áreas onde trafeguem pessoas e animais;
Planejamento e execução prévia da sinalização da obra em cada etapa
dos serviços, tais como: delimitação dos locais em obra, delimitação de
áreas de restrição, indicação de eixos de circulação de veículos e
equipamentos e sinalização de tráfego;
Sinalizar os locais que possam ser acessados por pessoas e/ou veículos
alheios às obras, indicando a entrada e saída de veículos ligados às
obras;
Bloquear o tráfego quando necessário à execução das obras com
segurança quanto ao trânsito de máquinas e uso de equipamentos,
carretas etc;
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Sinalizar as áreas urbanas situadas nas proximidades dos pontos de
apoio logístico ao empreendimento;
Ao longo das obras devem ser instaladas telas-tapume ou fitas
sinalizadoras zebradas provisórias para isolamento, proteção de
canteiros de obras, e delimitação de áreas de risco.
O abastecimento de combustíveis para veículos deverá ser realizado no
canteiro de obras, atendendo aos padrões de segurança e cuidados
ambientais. O abastecimento ocorrerá nas frentes de obra somente no caso de
equipamentos pesados, cujo deslocamento seja restrito.
Durante o abastecimento serão observadas as seguintes medidas:
O abastecimento de combustíveis será executado por colaboradores
treinados nas medidas que deverão ser tomadas em caso de acidentes /
incidentes, derramamentos e vazamentos;
A área será previamente isolada e sinalizada com avisos de “Perigo” e
“Não fume”;
O extintor de incêndio deverá estar devidamente posicionado;
As máquinas ou equipamentos deverão estar estacionados em
superfície plana, desligados e aterrados;
Não será permitida a transferência de combustível entre tanques de
máquinas e equipamentos;
Destinar os resíduos contaminados gerados nas atividades de
abastecimento de acordo com a legislação vigente.
Sempre que houver abastecimento devem estar disponíveis os
seguintes equipamentos de limpeza: serragem ou areia, baldes para
estocagem temporária de resíduos, sabão biodegradável, sacos
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plásticos e equipamentos de proteção individual (EPIs), necessários ao
controle seguro de emergência, para a contenção de efluentes contendo
óleo e graxa, caso ocorra derramamento ou vazamento acidental de
óleo durante o abastecimento de combustível.
Descrição de Controle de Vetores
Devem ser realizadas algumas ações para o controle dos possíveis vetores
transmissores de doenças (roedores, insetos, etc.), a fim de eliminar todos os
focos e criadouros de larvas. Para tal controle, devem ser realizadas limpezas
constantes das instalações do canteiro de obras e dos locais de
armazenamento dos resíduos, através de varrição, acondicionamento
adequado e disposição final dos resíduos recolhidos, evitando assim a
proliferação de vetores bem como a formação de tocas e ninhos. O
acondicionamento dos resíduos orgânicos deve ser realizado em local
suspenso em relação ao solo e dotado de cobertura, a fim de dificultar o
acesso de roedores e insetos. Além disso, devem ser locadas algumas
armadilhas para ratos e baratas para quantificar a presença dos mesmos, bem
como os locais com focos a serem combatidos. O recolhimento destes resíduos
com periodicidade diária é outra medida que inibe a atração de roedores e
insetos para o local.
Pneus e demais materiais inservíveis dispostos na área do empreendimento
devem permanecer armazenados em locais abrigados de intempéries e de
forma a minimizar a possibilidade de criação de abrigos para fauna sinantrópica
ou criadouros de larvas de insetos vetores.
Diálogos com todos os funcionários buscarão esclarecer o melhor método para
se combater doenças como a dengue enfatizando a importância da prevenção.
Estes profissionais receberão também instruções para eliminar os possíveis
criadouros de larvas e para não deixarem objetos que possam acumular água
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expostos à chuva e que sempre limpem e tampem cuidadosamente todos os
recipientes de água existentes dentro do canteiro de obras.
Quando detectada a presença de vetores ou possíveis focos, deverão ser
tomadas as devidas providências junto aos órgãos da Vigilância Sanitária. O
responsável por este programa deverá manter um controle de tais ocorrências
através de fichas e adequado mapeamento dos focos identificados para evitar
possíveis reincidências.
Outra ação importante para o controle de doenças, principalmente a febre
amarela, serão as campanhas de vacinação abrangendo todos os profissionais
envolvidos nas atividades relacionadas às obras.
2. Caracterização dos resíduos sólidos gerados pela obra
Uma das atividades que mais contribui com ações que alteram o meio
ambiente é a construção civil. Essas alterações ocorrem na fase de
implantação da obra, execução dos serviços, confecção de artefatos, limpeza
da obra, etc. Além disso, são gerados resíduos em toda a vida útil da
construção: execução, manutenção, reforma, desocupação e demolição.
Durante as obras portuárias de ampliação, alinhamento e modernização do
cais de Outeirinhos, haverá geração de diferentes tipos de resíduos sólidos que
deverão ser corretamente segregados, evitando que a disposição inadequada
represente uma fonte de riscos de acidentes / incidentes aos trabalhadores da
obra e para o meio ambiente. Do mesmo modo, as modificações da forma e
uso do solo podem carrear partículas sólidas para o estuário que poderão
alterar a qualidade das águas superficiais e/ou subterrâneas. Assim, este
programa terá a função de definir medidas de gestão dos resíduos sólidos que
a empreiteira responsável pela obra deverá implantar mantendo diretrizes
estabelecidas e as normas ambientais vigentes.
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A grande quantidade de resíduos da construção civil é proveniente da perda de
materiais de construção nos canteiros de obras, resultantes dos materiais
desperdiçados durante o processo de execução de um serviço. Outras fontes
geradoras são as demolições e as reformas, que promovem a eliminação de
diversos componentes durante a utilização ou após o término do serviço. Na
fase de construção, o entulho gerado em uma obra é constituído pelas sobras
dos materiais adquiridos e danificados ao longo do processo produtivo, tais
como resto de concretos e argamassa produzidos e não utilizados, alvenaria
demolida, sobras de tubos, aço, eletrodutos, entre outros.
A geração de resíduos sólidos está associada às atividades de instalação da
infra-estrutura para as obras, sanitários, refeitórios, ambulatórios, áreas de
apoio, concretagem e pavimentação, obras civis, etc.. Tal geração demandará
serviços de coleta e tratamento de resíduos sólidos diversos, tanto orgânicos
como inertes e perigosos.
A Resolução CONAMA nº 307/2002 estabelece diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as
ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais.
De acordo com esta Resolução, são considerados resíduos da construção civil
os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos,
tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais,
resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso,
telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc.,
comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.
Dentre as diretrizes a serem alcançadas, preferencialmente e em ordem de
prioridades deve-se:
Reduzir os desperdícios e o volume de resíduos gerados;
Segregar os resíduos por classes e tipos;
Reutilizar materiais, elementos e componentes que não requisitem
transformações; e
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Reciclar os resíduos, transformando-os em matéria-prima para a produção
de novos produtos.
Deverão ser adotados ações estratégicas que visem reduzir, reutilizar, reciclar,
reaproveitar e repensar (“5R’s”).
Durante as etapas da obra, as ações prioritárias e o enfoque a ser dado na
gestão dos resíduos deverão obedecer ao princípio da não-geração de resíduos sólidos.
Portanto, a gestão tem início na mobilização dos canteiros de obras, com a
adoção de sistemas construtivos racionalizados e práticas de gestão da
qualidade já consolidadas. Dessa forma é possível erradicar o desperdício de
materiais no balanço de massa de entradas e saídas de matérias-primas,
insumos e resíduos da obra em questão.
As vantagens da gestão nos canteiros são relacionadas a seguir:
- Os canteiros de obra ficarão mais limpos e organizados;
- A triagem dos resíduos, impedirá sua mistura com outros insumos;
- Possibilidade de reaproveitamento, estoque e reservação para uso
futuro;
- Controle de saída, quantificação e qualificação dos resíduos
descartados, possibilitando a identificação de focos de desperdício de
materiais;
- Redução de custos com disposição final (aterro de resíduos de
construção, bota-fora, etc.).
Para as obras civis de alinhamento e ampliação do cais acostável na região de
Outeirinhos são previstas a gerações dos seguintes tipos de resíduos de
construção, nas frentes de serviços:
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- Concreto;
- Solos;
- Rochas;
- Metais;
- Madeiras e compensados; e
- Argamassa (cimento).
Além destes citados acima, existirão fontes gerados tais como os canteiros de
obras que produzirão rejeitos, dado as características típicas de obras.
Portanto está previsto a geração de: papéis, plásticos, papelão, embalagens diversas, isopor, metal, resíduos orgânicos, vidros, resíduos dos sanitários, suprimentos de informática, lâmpadas, embalagens de produtos de limpeza, pilhas e baterias, resíduos contaminados com óleo e produtos químicos, entre outros.
Classificação dos resíduos
A classificação e segregação dos resíduos sólidos deverão estar baseadas na
NBR 10.004/2004 (Resíduos sólidos – Classificação), que divide os resíduos
em três classes:
Classe I – Perigoso: resíduo sólido ou mistura de resíduos sólidos que,
em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade e patogenicidade, podem apresentar risco à
saúde pública, provocando ou contribuindo para aumento de mortalidade
ou incidência de doenças e/ou efeitos adversos ao meio ambiente,
quando manuseados ou dispostos de forma inadequada;
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Classe IIA – Não Inerte: resíduo sólido ou mistura de resíduos sólidos
que não se enquadram nas Classes I ou IIB; e
Classe IIB – Inerte: resíduo sólido ou mistura de resíduos sólidos que,
submetidos ao teste de solubilidade não apresentam nenhum de seus
constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões
definidos.
Os resíduos da construção civil, de acordo com as Resoluções do Conselho
Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) nº 307, de 5 de julho de 2002 e nº 431,
de 24 de maio de 2011, são classificados, da seguinte forma:
Classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados,
tais como os oriundos de:
o Pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos
provenientes de terraplanagem;
o Edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas,
placas de revestimento, etc.), argamassa e concreto;
o Processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas
em concreto (blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidas nos
canteiros de obras.
Classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais
como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e gesso;
Classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas
tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua
reciclagem/recuperação;
Classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, tais como: tintas, solventes, óleo, amianto e outros, ou
aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de
clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
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A Resolução CONAMA nº 05, de 5 de agosto de 1993, que dispõe sobre o
gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais
ferroviários e rodoviários, deve ser adotada pela empresa responsável pelas
obras.
A Tabela 2-2 demonstra as estimativas quantitativas de geração de resíduos
sólidos, classificando-os de acordo com as normas vigentes, de acordo com as
seguintes unidades: (1) Canteiros de obras e (2) Frentes de serviços. Salienta-
se que as estimativas poderão sofrer variações durante as obras em função
das demandas.
Tabela 2-2: Estimativas quantitativas de geração de resíduos sólidos de acordo com os tipos e classificação conforme normas vigentes.
Área Tipo
Estimativas de geração: Quantidade
(m³/mês)
ClassificaçãoNBR
10.004/2004 (ABNT)
Resoluções CONAMA nº
307/2002 e 431/2011
(1)
Can
teiro
s de
obr
a
Papéis e papelão, plásticos, embalagens
diversas8 Classe II A e
Classe II B Classe B
Isopor 2,5 Classe II A eClasse II B Classe B
Metal 15 Classe II A eClasse II B Classe B
Resíduos orgânicos 10 Classe II A eClasse II B -
Vidros 5 Classe II A eClasse II B Classe B
Suprimentos de informática 5 Classe II A e
Classe II B -
Resíduos dos sanitários 8 Classe I Classe D
Lâmpadas fluorescentes 10 unidades/mês Classe I Classe D
Embalagens de produtos de limpeza 9 Classe I Classe D
Pilhas e baterias 1 Classe I Classe DResíduos contaminados
com óleo e produtos químicos
10 Classe I Classe D
(2)
Fren
tes
de
Concreto 20 Classe II A - Inerte Classe A
Solos 20 Classe II A – Inerte Classe A
Rochas 50 Classe II A – Inerte Classe A
Metais 20 Classe II A – Inerte Classe B
Madeiras e compensados
15 Classe II A – Inerte
Classe B
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Área Tipo
Estimativas de geração: Quantidade
(m³/mês)
ClassificaçãoNBR
10.004/2004 (ABNT)
Resoluções CONAMA nº
307/2002 e 431/2011
Argamassa (cimento) 20 Classe II A - Inerte Classe A
As fontes geradoras de resíduos sólidos de construção civil provenientes das
obras de alinhamento do cais de Outeirinhos bem como a qualificação e a
tipificação dos resíduos levando em consideração os riscos ambientais,
sanitários, zoosanitários e fitosanitários são descritos na Tabela 2-3 de acordo
com as seguintes unidades: (1) Canteiros de obras e (2) Frentes de serviços.
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Tabela 2-3: Qualificação e tipificação dos resíduos considerando seus fatores de risco.
Área Tipo Risco Ambiental Risco Sanitário Risco Zôo Risco Fitossanitário
(1)
Can
teiro
s de
obr
a
Papéis e papelão, plásticos, embalagens
diversasMaterial não degradável Isento Isento Isento
Isopor Material não degradável Isento Isento IsentoMetal Material não degradável Isento Isento Isento
Resíduos orgânicos Material orgânico degradável Poluição do solo Isento Isento
Vidros Material não degradável Contaminação por metais pesados Isento Isento
Suprimentos de informática Material não degradável
Contaminação por tintas e solventes / metais e
hidrocarbonetosIsento Isento
Resíduos dos sanitários Contaminação por patógenos Contaminação por patógenos Contaminação por patógenos Isento
Lâmpadas fluorescentes Poluição por vapor de mercúrio
Contaminação por vapores metálicos
Contaminação por vapores metálicos
Contaminação por vapores metálicos
Embalagens de produtos de limpeza Material não degradável Contaminação por produtos
químicos Isento Isento
Pilhas e baterias Material não degradável Contaminação por metais pesados
Contaminação por metais pesados Isento
Resíduos contaminados com óleo e produtos
químicos
Contaminação por tintas e solventes / metais e
hidrocarbonetos
Contaminação por tintas e solventes / metais e
hidrocarbonetos
Contaminação por tintas e solventes / metais e
hidrocarbonetosIsento
(2)
Fren
tes
de s
ervi
ços
Concreto Material não degradável Isento Isento Isento
Solos Material orgânico degradável Proliferação de vetores Isento Isento
Rochas Material não degradável Isento Isento Isento
Metais Material não degradável Isento Isento Isento
Madeiras e compensados Material degradável Proliferação de vetores Isento Isento
Argamassa (cimento) Material não degradável Isento Isento Isento
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As etapas de gerenciamento de resíduos sólidos estão conceituadas a seguir:
Segregação: Consiste na separação do resíduo no momento e local de
sua geração, de acordo com suas características físicas, químicas,
biológicas, a sua espécie, estado físico e classificação.
Acondicionamento: Consiste no ato de embalar corretamente os
resíduos segregados, de acordo com as duas características, em sacos
e/ou recipientes impermeáveis, resistentes á punctura, ruptura e
vazamentos.
Coleta: Consiste no translado dos resíduos dos pontos de geração até o
local destinado ao armazenamento temporário ou a apresentação para a
coleta externa.
Armazenamento: Consiste na guarda temporária dos recipientes
contendo os resíduos já acondicionados, em locais próximos aos pontos
de geração, visando a coleta dentro do estabelecimento, e otimizar o
translado entre os pontos geradores e o ponto destinado à apresentação
para coleta externa.
Transporte externo: Consiste na remoção dos resíduos do abrigo de
resíduos até a unidade de tratamento ou destinação final, utilizando
técnicas que garantam a preservação da integridade física das pessoas,
da população e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as
orientações dos órgãos de limpeza urbana.
Destinação Final: Consiste na disposição de resíduos no solo,
previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos
de construção e operação, e licenciamento em órgão ambiental
competente.
O lançamento de concreto nas formas que envolvem as armaduras de aço
pode ocasionar o derramamento de substâncias nas águas do canal do Porto
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de Santos. Os resíduos que eventualmente atingirem o canal do Porto de
Santos deverão ser coletados e devidamente destinados.
Vazamentos de óleos e graxas podem ocorrer pela movimentação e operação
de máquinas, caminhões e outros equipamentos utilizados nas atividades das
obras e também pela manipulação e armazenamento inadequado destes
produtos podendo promover a contaminação do solo e águas superficiais. Para
isso, deve-se prever a manutenção periódica dos equipamentos e a
manipulação, armazenamento e disposição de acordo com as normas e
legislação vigente.
O importante a ser implantado nas obras é a gestão do processo produtivo,
com a diminuição na geração dos resíduos sólidos e o correto gerenciamento
dos mesmos no canteiro de obras, partindo da conscientização e sensibilização
dos agentes envolvidos, criando uma metodologia própria através deste
programa.
2.1. Descrição dos sistemas de controle, tratamento e destinação final de resíduos
Segregação
A segregação dos resíduos sólidos deverá ocorrer na fonte de geração,
ou seja, diretamente nos canteiros de obras e nas frentes de serviços.
Evita-se desta maneira a contaminação entre materiais, o que
proporciona a otimização do aproveitamento de materiais recicláveis ou
reaproveitáveis.
A segregação e o acondicionamento inicial dos resíduos sólidos
passíveis de reciclagem obedecerão ao código de cores estabelecido na
Resolução CONAMA nº 275/2001 (Tabela 2.1-4) e pelas inscrições com
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os nomes dos tipos de resíduos (em preto ou branco, de acordo a
necessidade de contraste com a cor base) nos contentores.
Tabela 2.1-4: Código de cores para a coleta seletiva de resíduos, segundo a Resolução CONAMA Nº 275/01.
Cor Tipo de resíduoPapel, PapelãoPlásticoVidroMetalMadeiraResíduos PerigososResíduos de serviço de saúdeResíduos RadioativosResíduos OrgânicosResíduos não-recicláveis
A fim de facilitar a segregação no canteiro de obras, os resíduos sólidos
gerados poderão ser divididos previamente em 5 categorias:
Resíduos Metálicos: fragmentos de chapas de metal, latas metálicas
limpas, ferramentas, pregos, parafusos e demais produtos metálicos
limpos;
Resíduos Secos: papel, papelão, plásticos, vidros e madeira
(fragmentos);
Resíduos Orgânicos: restos de alimentos, cascas e bagaços de frutas
e verduras, papel higiênico, restos de jardinagem;
Resíduos Especiais: lâmpadas, pilhas, baterias, EPIs contaminados e
demais materiais químicos e/ou perigosos;
Resíduos Comuns: resíduos que não apresentam riscos, mas não são
recicláveis.
Acondicionamento
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Os resíduos sólidos gerados pelas obras deverão ser destinados a uma área
especialmente criada, visando à classificação e separação do material em
função das características de reuso ou reciclagem.
A área de manuseio deverá ser impermeabilizada e mantida de forma a
assegurar que não haja contaminação do solo e/ou da drenagem pluvial, que
não haja arraste de resíduos, e que recipientes de armazenamento (tambores,
bombonas, contêineres) estejam adequadamente identificados, fechados e
cobertos. A área de manuseio de resíduos, principalmente para os perigosos,
deverá estar protegida e devidamente sinalizada para evitar acidentes /
incidentes pessoais e ambientais;
Os resíduos recicláveis, após passarem pela etapa de triagem serão
acondicionados em contentores com capacidade para 200 Litros, dispostos
próximos aos locais de geração (Figura 2.1-5).
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Figura 2.1-5: Tipos de contentores (Tambores de 200 Litros) que serão utilizados nas fontes geradoras ((1) Canteiros de obras; (2) Frentes de serviços).
Os materiais recicláveis, tanto do setor administrativo como operacional, devem
ser coletados diariamente e armazenados por um período não superior a uma
semana em locais pré-definidos. Os resíduos poderão ser comercializados a
fim de gerar renda para os colaboradores da empreiteira. Convém salientar
também que, devido ao peso específico elevado dos resíduos metálicos, o
transporte deverá ser programado de acordo com a capacidade máxima do
veículo transportador.
Os resíduos Classes IIA e IIB (ABNT NBR 10.004/2004) estocados em
tambores, bombonas e contêineres deverão ser armazenados, em local
coberto.
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Pneus e outros resíduos devem ser estocados em local fechado de forma a
evitar a retenção de água e conseqüente proliferação de vetores.
O acondicionamento dos resíduos perigosos (Classe I, segundo NBR 10.004)
deverá ser efetuado por meio da utilização de contêineres e/ou tambores
devidamente identificados com a cor laranja. Para efeito das atividades
realizadas no canteiro de obras, resíduos perigosos Classe I são compostos
por embalagens contaminadas com tintas e/ou solventes químicos, que
possuem características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e
toxicidade. Estes contêineres e/ou tambores deverão ser armazenados
segundo a NBR 12235/1992 (Armazenamento de resíduos sólidos perigosos –
procedimento), a qual recomenda a instalação destes equipamentos,
preferencialmente, em áreas cobertas, bem ventiladas e sobre base de
concreto ou outro material impermeabilizante que impeça a lixiviação e
percolação de substâncias para o solo e/ou para a água subterrânea. Para
resíduos inflamáveis deve-se observar, ainda a NBR 17505-2/2007 e a NBR
7505-4/2000.
Na área de acondicionamento de resíduos Classe I deverá ser implantado
sistema com bacia de contenção, nos termos da NBR 12235/1992, e de forma
complementar, estes contentores deverão estar em área devidamente
sinalizada com rotulo em cor laranja, em atendimento ao código de cores
definido pela Resolução CONAMA Nº 275/2001.
Para resíduos perigosos estocados em tanques aéreos, o local deve ser
provido de cobertura, bacia de contenção estanque, impermeabilizada e dotada
de drenos, com capacidade de retenção total de eventuais vazamentos e/ou
derramamentos. Estes tanques aéreos devem ser inspecionados e receber
manutenção sistemática e periódica, com base em subprograma de inspeção
específico.
O acondicionamento deverá acontecer o mais próximo possível dos locais de
geração dos resíduos, dispondo-os de forma compatível com seu volume e
preservando a boa organização dos espaços nos diversos setores da obra. Em
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alguns casos, os resíduos deverão ser coletados e levados diretamente para os
locais de acondicionamento final. A Tabela 2.1-5 descreve o formato de
acondicionamento inicial para diversos tipos de resíduos de construção civil.
Tabela 2.1-5: Tipos de resíduo de construção e acondicionamento.
Tipos de resíduo Acondicionamento inicialBlocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, outros componentes cerâmicos, concreto, tijolos e assemelhados.
Em pilhas formadas próximas aos locais de geração, nos respectivos pavimentos.
Madeira
Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco de ráfia (pequenas peças) ou em pilhas formadas nas proximidades da própria bombona e dos dispositivos para transporte vertical (grandes peças).
Plásticos (sacaria de embalagens, aparas de tubulações etc.)
Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco de ráfia.
Papelão (sacos e caixas de embalagens dos insumos utilizados durante a obra) e papéis (escritório)
Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco de ráfia, para pequenos volumes. Como alternativa para grandes volumes: bags ou fardos.
Metal (ferro, aço, fiação revestida, arame etc.) Em bombonas sinalizadas e revestidas internamente por saco de ráfia ou em fardos.
Serragem Em sacos de ráfia próximos aos locais de geração.
Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos
Em pilhas formadas próximas aos locais de geração dos resíduos, nos respectivos pavimentos.
Solos
Eventualmente em pilhas e, preferencialmente, para imediata remoção (carregamento dos caminhões ou caçambas estacionárias logo após a remoção dos resíduos de seu local de origem).
Telas de fachada e de proteção Recolher após o uso e dispor em local adequado.
EPS (Poliestireno expandido) – exemplo: isopor
Quando em pequenos pedaços, colocar em sacos de ráfia.Em placas, formar fardos.
Resíduos perigosos presentes em embalagens plásticas e de metal, instrumentos de aplicação como broxas, pincéis, trinchas e outros materiais auxiliares como panos, trapos, estopas etc.
Manuseio com os cuidados observados pelo fabricante do insumo na ficha de segurança da embalagem ou do elemento contaminante do instrumento de trabalho. Imediato transporte pelo usuário para o local de acondicionamento final.
Restos de uniforme, botas, panos e trapos sem contaminação por produtos químicos. Disposição nos bags para outros resíduos.
A Tabela 2.1-6 descreve o acondicionamento final para determinados tipos de
resíduos.
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Tabela 2.1-6: Tipos de resíduo de construção e acondicionamento final.
Tipos de resíduos Acondicionamento finalBlocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, outros componentes cerâmicos, concreto, tijolos e assemelhados.
Preferencialmente em caçambas estacionárias.
MadeiraPreferencialmente em baias sinalizadas, podendo ser utilizadas caçambas estacionárias.
Plásticos (sacaria de embalagens, aparas de tubulações etc.) Em bags sinalizados.
Papelão (sacos e caixas de embalagens dos insumos utilizados durante a obra) e papéis (escritório)
Em bags sinalizados ou em fardos, mantidos ambos em local coberto.
Metal (ferro, aço, fiação revestida, arame etc.) Em baias sinalizadas.
Serragem Baia para acúmulo dos sacos contendo o resíduo
Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos
Em caçambas estacionárias, respeitando condição de segregação em relação aos resíduos de alvenaria e concreto.
SolosEm caçambas estacionárias, preferencialmente separados dosresíduos de alvenaria e concreto.
Telas de fachada e de proteção Dispor em local de fácil acesso e solicitar imediatamente a retirada ao destinatário.
EPS (Poliestireno expandido) – exemplo: isopor
Baia para acúmulo dos sacos contendo o resíduo ou fardos.
Resíduos perigosos presentes em embalagens plásticas e de metal, instrumentos de aplicação como broxas, pincéis, trinchas e outros materiais auxiliares como panos, trapos, estopas etc.
Em baias devidamente sinalizadas e para uso restrito das pessoas que, durante suas tarefas, manuseiam estes resíduos.
Restos de uniforme, botas, panos e trapos sem contaminação por produtos químicos. Em bags para outros resíduos.
Considerando que a composição dos resíduos gerados no setor administrativo
é predominada por resíduos não-perigosos, recomenda-se a instalação em
cada sala, de pelo menos um conjunto de 5 lixeiras seletivas (papel, plástico,
metal, vidro e não-recicláveis) com capacidade de 50 litros cada, e baseada na
coloração proposta pela supracitada resolução do CONAMA. Além disso,
também é recomendável a instalação deste tipo de conjunto de lixeiras nos
refeitórios e na sede administrativa.
A administração da empreiteira deverá deixar sempre à disposição de todas as
unidades da empresa sacos plásticos para acondicionamento dos resíduos
sólidos com capacidades variadas (15, 50 e 100 litros), nas cores: vermelho
(plástico), amarelo (metal), verde (vidro), azul (papel), laranja (contaminados),
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marrom (orgânico), bem como sacos plásticos na coloração branca leitosa para
os resíduos infectantes.
Todos os boxes de sanitários deverão possuir contentores plásticos na cor
cinza dotados de tampa e com capacidade de 11 litros. Na área de uso comum
dos sanitários deverão ser instalados contentores plásticos maiores, de 100
litros, para receber os resíduos de papéis de secagem de mãos entre outros.
Coleta
Os resíduos gerados durante a obra deverão ser recolhidos diariamente
segundo sua classificação e geração, armazenados nas centrais de resíduos
dos canteiros até que sejam encaminhadas para o destino final ou reserva para
uso futuro em concordância com a legislação ambiental vigente. Deverão ser
obedecidos os seguintes critérios:
A segregação prévia realizada durante a coleta deverá ocorrer em coletores de
resíduos nas cores padrões orientados pela Resolução CONAMA nº 275/2001,
em locais protegidos da ação do vento, chuva e insolação, a fim de evitar
degradação e proliferação de animais vetores de doenças;
Nas áreas da cozinha e refeitório deverão ser instalados contentores para o
acondicionamento de resíduos plásticos e outros para resíduos orgânicos. Os
recipientes de acondicionamento deverão apresentar capacidade de no mínimo
100 litros, devido ao volume elevado de geração destes tipos de resíduos. Nas
áreas de manipulação de alimentos devem ser previstas contentores de fácil
higienização dotados de tampa e com acionamento sem contato manual. Os
resíduos orgânicos e comuns gerados nas dependências do refeitório do
canteiro de obras devem ser depositados e coletados diariamente na área
situada próximo ao refeitório. A mesma orientação se aplica aos resíduos
orgânicos da cozinha. Salienta-se que os resíduos essencialmente de
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características orgânicas poderão ser comercializados, sendo estes
comumente utilizados como insumo para ração animal. Quanto aos dispositivos
de armazenamento e acondicionamento salienta-se que estes devem ser de
material lavável, resistente à ruptura, vazamento, punctura e queda, com
capacidade compatível à geração de resíduos, atendendo as especificações de
normas técnicas.
Deverão ser utilizados anteparos para prevenção de queda de resíduos no
estuário, estruturas nas bordas do píer, das vigas e em qualquer outra estrutura
ou equipamento sobre as águas do estuário onde são realizadas atividades de
construção civil, de forma a evitar queda acidental de resíduos (caliça, resíduos
metálicos, entre outros) no mar.
Transporte
Os resíduos segregados deverão ser transportados em caminhões apropriados
e que não permitam o percolamento de líquidos ou espalhamento de sólidos
pelas vias de acesso. Não obstante, os preceitos da ABNT NBR 13221/2010,
que especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos, de modo a
evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde pública deverão ser
considerados;
As recomendações para transporte interno de cada tipo de resíduo estão na
Tabela 2.1-7.
Tabela 2.1-7: Tipos de resíduo de construção e transporte interno.
Tipos de resíduos Transporte internoBlocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, outros componentes cerâmicos, concreto, tijolos e assemelhados
Carrinhos ou giricas para deslocamento horizontal e condutor de entulho, elevador de carga ou grua para transporte vertical.
Madeira Grandes volumes: transporte manual (em fardos) com auxílio de giricas ou carrinhos associados a elevador de carga ou grua.Pequenos volumes: deslocamento horizontal manual (dentro dos sacos de ráfia) e vertical
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com auxílio de elevador de carga ougrua, quando necessário.
Plástico, papelão, papéis, metal, serragem e EPS (poliestireno expandido, por exemplo, isopor)
Transporte dos resíduos contidos em sacos, bags ou em fardos com o auxílio de elevador de carga ou grua, quando necessário.
Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos
Carrinhos ou giricas para deslocamento horizontal e elevador de carga ou grua para transporte vertical.
SolosEquipamentos disponíveis para escavação e transporte (pá-carregadeira, “bobcat” etc.). Para pequenos volumes, carrinhos e giricas.
Destino final
É terminantemente proibida a queima de resíduos.
Os resíduos recicláveis deverão ser destinados à coleta seletiva e para
incentivar a reciclagem sugere-se a utilização de caminhões de coleta seletiva
para transporte dos resíduos.
Os materiais não aproveitáveis deverão ser enviados a uma área de descarte
licenciada.
Para os resíduos isentos de tecnologias de tratamento e para qual o último
recurso de destinação seja o envio para aterro sanitário, recomenda-se a
destinação final para uma unidade de confinamento de resíduos localizada o
mais próximo possível das fontes geradoras. Atualmente, grande parte dos
resíduos gerados no complexo portuário são encaminhados para o Aterro Sítio
das Neves, localizado na Rodovia Cônego Domênico Rangoni, s/nº Km 254 +
900m Bairro Morro das neves, Santos/SP (Figura 2.1-6). Considerando a
proximidade com a área das obras e tendo em vista a otimização do transporte
de resíduos, redução com custos de transporte e redução de emissões
atmosféricas oriundas dos gases de combustão gerados no modal rodoviário,
recomenda-se a destinação final dos resíduos para o Aterro Sítio das Neves.
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Figura 2.1-6: Localização do Aterro Sanitário Sítio das Neves. Fonte: <http://www.terrestreambiental.com.br/images/mapa_impresso.pdf> - Acesso em 10/08/2011.
3. Caracterização dos Efluentes Líquidos gerados pelas obras
Quanto aos efluentes líquidos, de modo geral, o poluente mais comum nas
obras portuárias, é o óleo, cuja origem está relacionada aos resíduos de
atividades de transferência, manutenção mecânica, lavagem de equipamentos,
veículos e peças.
O esgoto doméstico gerado durante as obras será proveniente dos sanitários a
serem instalados nos locais das obras. Como medida complementar e
preventiva, recomenda-se a adoção de instalação de banheiros químicos,
provenientes de empresas devidamente licenciadas.
O sanitário central será interligado a rede de esgotos existente em toda a
região do cais de Outeirinhos, caberá a executora, obter as licenças
necessárias e autorizações para a ligação com a rede de esgoto da Water Port.
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O efluente sanitário gerado pela mão de obra envolvida terá volume estimado
em 25 m³/dia, considerando o trabalho de 300 pessoas na fase de pico das
obras.
As atividades de construção civil empregados nas obras envolvem um grande
número de funcionários e conseqüentemente a geração de uma carga
potencial de poluentes de característica orgânica. A mitigação deste aspecto
advêm da implantação de sistemas de tratamento e controle, visando a
redução da carga orgânica e a adequação aos padrões de lançamento,
instituídos nas citadas legislações.
3.1. Descrição dos sistemas de controle, tratamento e destinação final de efluentes líquidos
Recomenda-se que nos sanitários localizados na área administrativa, refeitório
e canteiro de obras sejam instalados sistemas de tratamento de esgoto
sanitário compostos por tanque séptico, filtro anaeróbio, sistema clorador e
caixa de inspeção na saída. Esta recomendação se faz necessária apenas nos casos em que os canteiros de obras sejam mobilizados em locais desprovidos de rede coletora de esgoto. Caso contrário faz-se necessário a ligação imediata com o sistema de coleta.
A caixa de inspeção é destinada a permitir a instalação, limpeza, desobstrução,
junção, mudanças de declividade e/ou direção das tubulações, devendo ter
tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação e fundo construído de
modo a assegurar rápido escoamento e evitar formação de depósitos. Esta
caixa, também será utilizada para a coleta de efluentes para o monitoramento.
Recomenda-se que, na tubulação das pias da cozinha sejam instaladas caixas
de gordura antes do sistema de tratamento. As caixas de gordura são
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importantes para impedir que a gordura entre no sistema anaeróbio, afim de
não provocar entupimento e colapso no tratamento.
Para o canteiro de obras, em locais que não seja possível a instalação de
sanitários interligados à rede coletora existente, recomenda-se a instalação de
banheiros químicos.
Para evitar possíveis contaminações do solo e água decorrentes das atividades
de limpeza, abastecimento e manutenção de máquinas e equipamentos,
recomenda-se a instalação de um sistema separador água e óleo (SAO) que
deverá receber efluentes coletados nas canaletas de contenção da área de
oficina, do tanque de lavação de peças e das áreas para armazenamento de
resíduos Classe I e de produtos perigosos.
O Sistema Separador de Água e Óleo (SAO) tem por objetivo reter os resíduos
sólidos sedimentáveis, coletar e conduzir o efluente oleoso para uma caixa
separadora, onde é feita a retenção da fração oleosa livre.
O efluente desta caixa deverá atender aos padrões de lançamento
estabelecidos pela legislação federal – Resolução CONAMA 357/05: óleos e
graxas: 20 mg/l (20 partes por milhão-ppm); sólidos em suspensão: 20 mg/l; e
material sedimentável: 1 ml/l. Após passagem pelo sistema, o efluente será
descartado na rede de águas pluviais.
A concepção básica do SAO é um tanque simples que reduz a velocidade do
efluente oleoso, de forma a permitir que a gravidade separe o óleo da água.
Como o óleo tem uma densidade menor que a da água, ele flutua
naturalmente, se tiver tempo, para então se separar fisicamente.
O sistema de tratamento de efluentes é constituído de componentes para
executar as seguintes funções: captação, condução e retenção seletiva.
A captação e condução são feitas através da tubulação ligada às fontes
geradoras de efluente oleoso. A sedimentação de sólidos pesados é feita
através de caixa de retenção areia no próprio SAO e para separação da porção
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oleosa livre por meio de 01 (uma) caixa separadora de água e óleo por ação da
densidade.
No SAO, os resíduos provenientes da limpeza de peças que são constituídos
de 3 componentes básicos: água, sólidos (areia, terra, etc.) e óleo, então,
passam pela seguinte seqüência de compartimentos:
I. Caixa de retenção de areia – tem por finalidade reter os sólidos
sedimentáveis (areia e outros materiais particulados).
II. Caixa de retenção de óleo – esta caixa tem a finalidade de, por ação da
diferença de densidade entre os líquidos, reter os sólidos leves que
porventura não sejam removidos pela caixa de areia, nestes incluídos os
efluentes oleosos. Ao entrarem nesta caixa a água e o óleo separam-se
na superfície e a água sai pelo segundo tubo.
III. Caixa de Inspeção – esta caixa não participa diretamente do processo
de tratamento, ela será utilizada para possibilitar a inspeção e
amostragem dos efluentes. Se a água, nesta caixa, apresentar óleo
sobrenadante ou sólidos em suspensão é porque as caixas anteriores
não estão tratando adequadamente o efluente, devendo as mesmas
serem examinadas.
IV. Caixa de drenagem de óleo – esta caixa serve para armazenamento do
óleo retido nas duas caixas anteriores, evitando-se assim que o óleo
seja coletado em períodos diferentes em qualquer uma das duas caixas.
V. Destino - Após passagem pelo sistema, o efluente já praticamente isenta
da fração oleosa, poderá ser descartado na rede de coleta de esgoto
sanitário, ou caso não exista, na rede de águas pluviais.
As caixas devem ser construídas com material impermeável e possuir tampa
de fácil remoção para facilitar o processo de limpeza e manutenção do SAO.
Propõe-se a coleta trimestral de amostras dos efluentes provenientes do
sistema separador água e óleo e de pontos localizados no corpo receptor para
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a determinação das seguintes variáveis: pH, DQO, DBO, N total, Ptotal, óleos e
graxas, sólidos sedimentáveis, coliformes fecais e coliformes termotolerantes.
Deverão ser coletadas amostras nas caixas de inspeções instaladas nas
saídas dos sistemas de tratamento de efluentes.
O resultado das amostras coletadas nas caixas de inspeção dos sistemas de
tratamento implantados deverão ser comparados com as condições e padrões
de lançamento de efluentes estabelecido pela Resolução CONAMA n° 357/05 e
Resolução CONAMA n° 397/08 e os resultados das amostras de água
coletadas no corpo receptor, deverão ser analisados segundo os parâmetros
de qualidade estabelecidos pelas mesmas resoluções para águas salobras, de
acordo com a classificação dos corpos hídricos da Bacia Hidrográfica da
Baixada Santista constante no Decreto Estadual 10.755/77.
Os resultados das análises periódicas da qualidade do efluente tratado nas
obras portuárias e no corpo receptor deverão ser agrupados em relatórios que
deverão ser submetidos à análise pelo órgão ambiental, servindo também para
avaliação da eficácia do sistema de tratamento adotado para o
empreendimento.
As coletas de efluentes e de água previstas neste programa deverão ser
realizadas segundo as diretrizes da norma NBR 9898/1987 (Preservação e
técnicas de amostragem de efluentes líquidos e corpos receptores –
Procedimento). As amostras deverão ser coletadas na saída das estações de
tratamento com auxílio de um coletor de em nylon ou acrílico e com capacidade
mínima de 2 litros e no corpo receptor com o uso de uma garrafa Van Dorn.
Após a coleta as amostras devem ser imediatamente transferidas para frascos
esterilizados e acondicionadas em caixas térmicas com gelo. Uma alíquota
deve ser separada para as determinações de pH, temperatura, oxigênio
dissolvido ainda em campo. As amostras do efluente deverão ser
encaminhadas para análise em laboratório credenciado pelo Conselho
Regional de Química (CRQ).
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Convém enfatizar ainda que, em caso de constatação de problemas
decorrentes do funcionamento dos sistemas de tratamento implantados, o
empreendedor e a empreiteira deverão ser prontamente comunicados e as
medidas corretivas cabíveis deverão ser utilizadas.
Eventuais vazamentos de óleos e geração de efluentes líquidos também
constituem potenciais fontes de contaminação, áreas de criação de vetores e
passivos ambientais.
4. Caracterização das fontes de ruídos gerados pela obra e descrição das ações para seu controle
A emissão de ruídos e vibrações será produzida pela movimentação e
operação de máquinas e equipamentos. Há também o efeito do tráfego de
veículos de serviço nas imediações das obras, que eventualmente poderão
gerar aumento de ruídos e vibração. Considerando que é intrínseco das
atividades portuárias a geração de ruídos e vibrações, o acréscimo provocado
pelas obras apresenta-se pouco significativo.
A intensificação desse gerenciamento nas áreas estudadas e o
acompanhamento das atividades relacionadas estarão a cargo da empresa
especializada em avaliação acústica contratada pela Codesp.
O monitoramento deverá respeitar as normas estabelecidas pela legislação
competente, devendo agregar dados comparativos, coletados no período
diurno e noturno, além de dados obtidos nas épocas de safra e entressafra da
cana-de-açúcar (zona açucareira do porto).
O monitoramento dos ruídos é realizado através de decibelímetro associado
aos padrões e horários estabelecidos pelas normas em vigor (NBR
10.151:2000 e NBR 10.152:2000), bem como através da realização de
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manutenções periódicas dos motores de máquinas e caminhões a serem
utilizados na obra.
A responsabilidade pela execução e acompanhamento do gerenciamento das
fontes de ruídos é do empreendedor e da empresa construtora contratada.
São sugeridas medidas para sua prevenção ou atenuação:
Todas as atividades geradoras de ruídos deverão obedecer aos critérios
estabelecidos pela legislação vigente, em especial aqueles preconizados
pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT:
NBR 10.152:2000 - Nível de Ruído para Conforto Acústico e a NBR
10.151:2000 - Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas,
visando o conforto da comunidade - Procedimento;
Os equipamentos empregados na obra deverão passar por rigoroso
controle e manutenção, devendo ser observados os dispositivos
responsáveis pela atenuação dos ruídos produzidos;
Exigir dos funcionários vinculados às obras a utilização de equipamentos
de proteção individual (protetores auriculares tipo concha ou similar),
quando estiverem em contato com equipamentos de emissão sonora,
respeitando a legislação trabalhista;
O empreendedor deverá manter, conforme prevê a legislação específica,
um programa de controle de emissão de ruídos, com amostragens
periódicas das condições ambientais;
Os veículos, máquinas e equipamentos devem receber manutenção
preventiva no sentido de avaliar o funcionamento dos motores, para
controle da emissão de ruído. As peças que apresentarem estado de
conservação precário, que podem contribuir para o aumento da emissão
de ruídos (por exemplo, escapamentos), deverão ser substituídas.
A manutenção dos equipamentos e maquinário deverá ser realizada
sempre que detectada alguma emissão de ruído elevada oriunda de um
determinado veículo ou equipamento.
Dentro dos locais de construção, o limite de velocidade para máquinas e
veículos deve ser de 20 km/h.
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Acompanhamento dos níveis de ruído junto às principais fontes
geradoras e receptores (núcleos residenciais mais próximos) localizados
próximos ao empreendimento e em caso de constatação de níveis acima
do preconizado pela Resolução CONAMA nº 1, de 8/3/90, a atividade
deve ser avaliada e as causas das não-conformidades sanadas.
Deverão também ser atendidos os critérios estabelecidos nas Normas
Regulamentadoras NR-06 e NR-15, bem como as diretrizes contidas na
Norma de Higiene Ocupacional (NHO) nº 01 da Fundacentro / Ministério
do Trabalho e Emprego.
É importante ressaltar que o cumprimento dessas normas deve-se dar
por meio dos parâmetros / critérios mais restritivos / rigorosos.
A norma que regulariza o procedimento de monitoramento de ruído, segundo a
Resolução n 01 do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) de 08 de
Março de 1990, é a ABNT NBR 10151 – 2000. Esta estabelece a metodologia
para obtenção do LAeq (nível de pressão sonora equivalente médio), que após
as devidas correções torna-se o Lra (nível de pressão sonora ambiente) que
será comparado com o NCA (nível critério de avaliação) proposto pela referida
norma. A especificação dos valores de NCA para cada tipo de ocupação é
reproduzida na Tabela 4-8 e devem ser determinados segundo a micro
ocupação do local de medição.
Tabela 4-8: Nível Critério de Avaliação (NCA) para ambientes externos fornecidos pela NBR 10151 (2000).
Tipos de Áreas Diurno (dB(A)) Noturno (dB(A))Áreas de Sítios e Fazendas 40 35Área estritamente Residencial/Urbana/ou de Escolas 50 45Área Mista, predomínio Residencial 55 50Área Mista, com Vocação Comercial/e Administrativa 60 55Área Mista, com Vocação Recreacional 65 55Área predominantemente Industrial 70 60
O monitoramento de vibração deve ser embasado na norma DIN 4150-3 (1999)
Vibration in buildings, effect in structures, que aborda 3 categorias diferentes de
estruturas de concreto a madeira conforme os dados da Tabela 4-9 e na
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Decisão de Diretoria Nº 215/2007/E, de 07 de novembro de 2007 da Cetesb
sobre incomodidade devido a vibração e também estabelece limites de
velocidade da partícula conforme dados da Tabela 4-10.
Tabela 4-9: Limites de velocidade de vibração da partícula em pico, PPV em (mm/s) segundo a norma DIN 4150-3 (1999) para integridade estrutural.
Tipos de Edificação PPV (mm/s)
Categoria 1: edificações de concreto armado e de madeira em boas condições 40Categoria 2: edificações de alvenaria em boas condições 16Categoria 3: edificações de alvenaria em más condições de conservação e edificações consideradas de patrimônio histórico 8
Tabela 4-10: Limites de velocidade de vibração da partícula em pico, PPV em (mm/s) segundo DECISÃO DE DIRETORIA Nº 215/2007/E (2007) para limites de incomodidade.
Tipos de Edificação DiurnoPPV (mm/s)
NoturnoPPV (mm/s)
Áreas de hospitais, casas de saúde, creches e escolas 0,30 0,30
Área predominantemente residencial 0,30 0,30
Área mista, com vocação comercial e administrativa 0,40 0,30
Área predominantemente industrial 0,50 0,50
Dependendo do resultado da verificação, eventualmente, poderá haver a
necessidade da proposição de medidas complementares de controle, como a
instalação de barreiras acústicas.
5. Caracterização da mão de obra a ser utilizada e das medidas a serem implementadas relativas à segurança e saúde dos trabalhadores
Para a implantação do empreendimento está previsto um contingente na fase
de pico das obras de 300 trabalhadores, com empregos diretos sob
responsabilidade das empreiteiras. Este montante de mão-de-obra será
composto por engenheiros, encarregados, topógrafos, motoristas, operadores
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de equipamentos, pedreiros, auxiliares, armadores, serventes, mestres de
obra, marinheiros, técnicos de escritório, administradores, entre outros, a
serem recrutados na região, preferencialmente.
O gráfico abaixo, representa o histograma de alocação de mão-de-obra durante
a fase de implantação do empreendimento (Figura 5-7).
Figura 5-7: Histograma de mão-de-obra para a fase de implantação do empreendimento.
A tabela a seguir, descreve a alocação de mão-de-obra no decorrer do período
de execução das obras (Tabela 5-11).
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Tabela 5-11: Descrição da alocação de mão-de-obra no decorrer do período de execução das obras.
B. Medidas Preventivas - Segurança e saúde dos trabalhadores
O principal objetivo das medidas a serem implementadas relativas à saúde e
segurança dos trabalhadores é garantir a prevenção dos acidentes do trabalho
e a promoção da Saúde do trabalhador. Considerando-se os Riscos
Ocupacionais no Ambiente de Trabalho gerado pelas obras.
Objetivos específicos:
Dar suporte a rede de serviços de saúde disponível com ações
especificas de caráter complementar de modo que não ocorra
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sobrecarga na demanda do setor e que permita uma alteração positiva
no padrão atualmente disponível.
Preservar a saúde da população trabalhadora no que refere às doenças
decorrentes a contato social, aos riscos de acidentes / incidentes
durante a obra, especialmente aqueles decorrentes de contato com
animais peçonhentos.
Executar todas as recomendações da legislação trabalhista em relação
à saúde dos trabalhadores vinculados a obra, realizando os exames
médicos admissionais, demissionais, periódicos e episódicos, bem como
assistência médica no caso de ocorrência de acidentes / incidentes o
doenças do trabalho.
Dar ênfase às medidas preventivas de educação em segurança, saúde e
meio ambiente do trabalho junto à população trabalhadora, atendendo
em 100% essa população.
Embora o foco das atenções seja as pessoas que laboram no cenário onde se
desenvolvem as atividades de implantação do empreendimento, os objetivos se
estendem àqueles que, de algum modo, são envolvidos pelos riscos e
condições adversas, bem como as máquinas, equipamentos e veículos.
Com relação aos trabalhadores vinculados as obras deverão ser envolvidas as
questões de medicina e segurança do trabalho enquanto que para a população
regional o enfoque deverá ser na educação em saúde nos programas de saúde
publica e nos programa de educação ambiental.
Todas as atividades operativas implicam em riscos de acidentes / incidentes
com o pessoal envolvido. Para minimizar os riscos de acidente durante as
obras, o empreendedor estabelecerá um Programa de Saúde e Segurança nas
Obras, visando promover as condições de preservação da saúde e segurança
de todos os empregados da obra e dar atendimento em situações de
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emergência. É competência do empregador e das empreiteiras disponibilizar e
exigir o uso de mecanismos eficientes que combatam os riscos e minimizem as
conseqüências dos acidentes / incidentes.
As Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE
relativas à segurança e medicina do trabalho são de observância obrigatória
pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração
direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário,
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT). Suas disposições aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores
avulsos, às entidades ou empresas que lhes contratem o serviço e aos
sindicatos representativos das respectivas categorias profissionais.
A legislação aplicável em termos de segurança e saúde do trabalho deverá ser
rigorosamente observada durante a implantação do empreendimento. As
normas de saúde ocupacional deverão respeitar todas as exigências
constantes na Lei Federal nº 6.514/77 regulamentada pela Portaria MT nº
3.214/78 e Portaria MT/SSST nº 24/94 do Ministério do Trabalho, e respectivas
Normas Regulamentadoras (NR’s).
Além do aspecto legal, com a implantação desse programa, benefícios podem
ser auferidos do ponto de vista financeiro, com a redução de passivos
trabalhistas decorrentes de processos oriundos de acidentes / incidentes e
doenças relacionadas ao trabalho. Não obstante, a sua implantação produzirá,
na maioria dos casos, uma melhoria na imagem da organização diante das
partes interessadas, garantindo que existe um comprometimento da alta
administração para atender às disposições de sua política e objetivos.
Conforme determinam as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do
Trabalho, o empreendedor deverá compor um Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT (NR-4), a
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA (NR-05), implantar e
enviar cópias para Codesp de um Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais – PPRA (NR-9), Programa de Controle Médico de Saúde
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Ocupacional – PCMSO (NR-07) e Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT (NR-18). Deverão ser atendidas
as demais Normas Regulamentadoras aplicáveis, que abordam sobre os
equipamentos de proteção individual (NR-6), as instalações e serviços de
eletricidade (NR-10), as máquinas e equipamentos (NR-12), as atividades e
operações insalubres (NR-15) e perigosas (NR-16), entre outras.
Atenção especial também deverá ser dada as Normas de Higiene Ocupacional
da FUNDACENTRO (Ministério do Trabalho e Emprego), citadas a seguir:
NHO 01 - Norma de Higiene Ocupacional Procedimento Técnico -
Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído
NHO 06 - Norma de Higiene Ocupacional Avaliação da Exposição
Ocupacional ao Calor
Deverão ser desenvolvidos e implementados procedimentos, a partir da
identificação das necessidades de pessoal, equipamentos e materiais capazes
de atender a situações de emergência. Também deverão ser previstas e
cumpridas às rotinas de saúde ocupacional e de segurança exigidas pela
legislação de trabalho no Brasil. Deverão ser implementados treinamentos,
conscientizando os trabalhadores quanto aos seguintes tipos de acidentes /
incidentes e doenças causados por:
Trânsito de veículos,
Uso indevido de equipamentos e ferramentas;
Exposição a vetores transmissores de doenças.
Exposição a vetores transmissores de doenças.
Desta forma, a implantação das medidas de saúde e segurança dos
trabalhadores é de fundamental importância para a qualidade de vida dos
trabalhadores envolvidos com as obras.
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Deverão ser seguidas as seguintes recomendações a serem executadas pela
empreiteira:
Preservar a saúde e segurança de todos os empregados da obra;
Atender a todas as situações de emergência, a partir de um
Subprograma de Ação de Emergência para as obras;
Conscientizar os trabalhadores com relação à importância da prevenção
da saúde e de acidentes / incidentes;
Elaborar provisão de recursos (materiais e humanos), necessários para
os aspectos de segurança, saúde e emergências médicas, visando
evitar danos ambientais, preservar vidas e propiciar o adequado
atendimento nas diversas etapas da obra;
Definir diretrizes para o controle de saúde dos seus empregados, com
base na NR-07 do Ministério do Trabalho;
Desenvolver ações visando aspectos de educação e saúde; e
Estabelecer os recursos locais de assistência à saúde e de remoção de
vitimas de acidentes / incidentes.
As medidas de saúde e segurança dos trabalhadores incluem o cumprimento
dos chamados “princípios gerais de prevenção”:
Evitar os riscos: utilizar recursos que minimizem a periculosidade da
atividade;
Avaliar os riscos que não podem ser evitados: considerar a preparação
de subprogramas de monitoramento e prevenção para todas as
operações de construções mais relevantes, considerar a manutenção
técnica, listas de verificações relativas a instalações e equipamentos
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com o objetivo de corrigir quaisquer falhas que possam afetar a
segurança e a saúde dos trabalhadores;
Observar o uso e a evolução técnica das normas técnicas: utilizar
equipamentos certificados e específicos para as tarefas a serem
realizadas, preparar procedimentos para execução das atividades com
base nas normas técnicas vigentes e promover medidas adequadas
para evitar o uso não intencional de documentos e normas obsoletas;
Substituir componentes perigosos por outros isentos de perigo ou menos
perigosos: reduzir a utilização de componentes perigosos, realizar o
armazenamento destes compostos de forma segura, dar destino final
adequado para estes materiais;
Especificar, controlar e fiscalizar o uso dos equipamentos de proteção
individual – EPI’s;
Dar instruções adequadas aos trabalhadores: instruções dirigidas devem
ser simples e com os detalhes necessários e suficientes, considerar
comunicações visuais, promover reuniões periódicas sobre segurança e
saúde; e
Combater os riscos na origem: considerar formas de confinar e
neutralizar o risco na fonte.
Os trabalhadores devem ser treinados quanto à adoção de medidas
preventivas nos incidentes sem danos materiais, evitando-se assim o
agravamento da situação de risco, que poderia gerar um incidente com danos
materiais ou acidentes com lesões físicas. A conscientização dos trabalhadores
será fundamental para o êxito dessas ações. Para isso deverão ser ministrados
cursos e/ou palestras, com ênfase nos seguintes itens:
Riscos ambientais associados aos locais de trabalho e meios
disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos
mesmos;
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Danos causados pela exposição aos agentes físicos (calor, frio, ruído,
vibrações), químicos (poeira, fumaça) e biológicos;
Acidentes / incidentes de trabalho e forma de evitá-los;
Necessidade de vacinação;
Uso de equipamento de proteção coletiva (EPC) e equipamento de
proteção individual (EPI);
Importância da limpeza das instalações e frentes de trabalho, com a
finalidade de evitar a proliferação de vetores e roedores, além de evitar
acidentes / incidentes com animais peçonhentos;
Importância da direção defensiva; e
Respeito à sinalização na rodovia e vias de acesso.
Desta forma as ações de saúde devem ser dirigidas à população diretamente
vinculada a obra e a população regional, já que os grupos estarão intimamente
relacionados e dependentes entre si, principalmente se considerarmos uma
política de contratação de mão-de-obra local.
Redução de Acidentes / incidentes com Trabalhadores
Para o inicio deste processo não pode deixar de cumprir as questões legais de
exigências trabalhista, atendo as Normas Regulamentadoras de 1 á 33 ,
Portaria n° 3.214, de 08.06.1978.
Desta forma, deverá ser implementado o Gerenciamento Preventivo, o qual
deve ser visto como um conjunto de atividades rotineiras e contínuas,
elaborado dentro da atuação normal do órgão responsável pelas obras de
implantação. Dentro deste gerenciamento, o setor de responsável pode atuar
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de forma a definir e manter um padrão de segurança rígida atendendo um
procedimento que termine as condições de segurança para cada atividade
rastreada com maior potencial de risco.
Estas recomendações têm por sua vez atender a portaria conjunta MMA/
IBAMA Nº 259, de 7 de agosto de 2009, assim como a legislações vigente do
Ministério do Trabalho e Emprego regido pela lei n° 6.514, de 22 de dezembro
de 1977, portaria n° 3.214 de 8 de junho de 1978 e Normas regulamentadoras.
A implantação destas recomendações deverá ser na área de influência direta
do empreendimento para garantir a saúde dos trabalhadores envolvidos com
suas obras de implantação e a saúde da população local, de modo a evitar que
ocorram sobrecargas na infra-estrutura, de serviços e interferências no padrão
epidemiológico da região.
Do ponto de vista operacional, as ações de saúde se dividem em dois tipos de
acordo com a população alvo: população diretamente vinculada à obra, e a
população regional.
As ações de saúde da população vinculada à obra envolvem intensivamente
questões de medicina e segurança do trabalho, as ações voltadas para a
população regional envolvem ações de educação em saúde e programa de
saúde publica.
Considerando a necessidade de atender as recomendações legais aqui já
mencionadas, sugere-se que as Unidades de Saúde locais sejam dotadas de
recursos suficientes para atendimento da população, considerando a
possibilidade da área se tornar espaço de atração de mão de obra e também,
tendo em vista a possibilidade de realização de parcerias visando o apoio ao
atendimento da população trabalhadora da obra.
As ações previstas serão desenvolvidas em consonância com a legislação
vigente, nos termos da Lei 6.515/77 e da Portaria 3.214/78 (Normas de
Segurança e Medicina do trabalho):
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Nos canteiros de obra deverão estar disponível atendimentos médico a nível
primário a todos os trabalhadores, o que pode ser feito através da implantação
de Unidade Ambulatorial no canteiro, ou da celebração de convênio ou
contratos com os serviços de saúde públicos ou privados existentes.
O canteiro de obras deve dispor de um plano detalhado de remoção de
pacientes acidentados ou com doenças que necessitem de procedimento de
maior complexidade.
Deve ser montado um sistema de referencia e contra- referencia com os
serviços para atendimento a nível secundário, terciário, urgência e emergência
envolvendo a rede publica e/ou privada mediante a compra de serviços. Esse
Sistema deverá estar documentado através de convênios juridicamente
reconhecidos e o acesso as informações sobre seu funcionamento devem estar
disponíveis para consulta.
A empreiteira deverá definir e executar um Plano de Atendimento aos
trabalhadores através de Medidas especifica de controle de ocorrência de:
Doenças Transmissíveis por Vetores;
Doenças de Veiculação Hídrica;
Doenças Transmissíveis, o que inclui:
o Controle de Doenças Sexualmente Transmissíveis;
o Doenças Imunopreveníveis.
A empreiteira deverá desenvolver campanhas educativas com o objetivo de
prestação de esclarecimento, prevenir seus trabalhadores sobre os riscos de
doenças e agravos.
A implantação de um Programa de Proteção Respiratória (PPR) é necessária
em locais de trabalho onde os níveis de exposição a poeira estejam acima dos
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limites de tolerância, cujo objetivo é a proteção da saúde do trabalhador, ou
seja, prevenir que os trabalhadores expostos a níveis de poeira perigosamente
altos e que desenvolvam problemas respiratórios.
A implantação de um Programa de Conservação Auditiva (PCA) é necessária
em locais de trabalho onde os níveis de exposição ao ruído estejam acima dos
limites de tolerância, cujo objetivo é a proteção da saúde do trabalhador, ou
seja, prevenir que os trabalhadores expostos a níveis de ruído perigosamente
altos desenvolvam perda auditiva induzida pelo ruído ocupacional.
Obrigações da empresa contratada para a execução das obras
Cumprir integralmente a Lei nº 6.514 de 22 de Dezembro de 1977 e as Normas
Regulamentadoras referentes a Segurança e Saúde Ocupacional aprovadas
pela Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho e
Emprego e atualizações posteriores.
Adotar medidas necessárias para eliminar os riscos sobre pessoas, animais,
plantas e águas, conseqüentes de fumaça, poeira, materiais em suspensão,
vapores, gases, odores, ruídos, vibrações, radiações, incêndio ou explosão, e
todos os demais agentes nocivos.
Além das exigências legais vigentes, de âmbito federal, estadual ou municipal,
deverá cumprir, integralmente, o que preceituam as diretrizes e resoluções da
Codesp, permitindo ampla fiscalização pelos representantes da mesma.
Encaminhar à Codesp o projeto das instalações provisórias do canteiro de
obras.
Apresentar à Codesp o seu quadro de empregados do Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho dimensionado pelas
NR-04 e/ou NR-29:
a) Idêntico procedimento deverá der adotado sempre que houver
modificações no referido quadro.
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b) Independente do número de empregados da empresa contratada em
serviço na Codesp, o mesmo deverá obrigatoriamente manter durante o tempo
de execução da obra, um Técnico de Segurança do Trabalho que será o
responsável pelo programa de segurança da empresa responsável pela
obra/serviço.
As empresas contratadas deverão organizar e manter uma Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes – CIPA (NR-05), com a finalidade de cuidar da
prevenção de acidentes e das medidas relacionadas com a Segurança e
Saúde Ocupacional e encaminhar à Codesp cópias das atas das reuniões
mensais ou extraordinárias.
Elaborar um Cadastro Estatístico de Acidentes mensal e enviar cópia à Codesp
até o dia 10 de cada mês subseqüente. Deverão acompanhar o cadastro
estatístico de acidentes, cópias das Fichas de Análise de Acidentes, com
afastamento e sem afastamento, para análise dos acidentes ocorridos. Das
estatísticas deverão constar os seguintes dados:
a) número de empregados ;
b) homens x horas trabalhadas;
c) acidentes com afastamento;
d) acidentes sem afastamento;
e) acidentes por fator comportamental;
f) acidentes por condição insegura;
g) dias perdidos - DP;
h) dias debitados - DD;
i) dias transportados - DT;
j) dias computados - (DP + DD + DT);
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k) taxa de freqüência - TF;
l) taxa de gravidade - TG;
m) acidente de trajeto com afastamento;
n) acidente de trajeto sem afastamento;
o) dias computados com acidentes de trajeto.
Acatar as recomendações decorrentes das inspeções de segurança e sanar,
de imediato, todas as irregularidades apontadas sob pena de suspensão dos
trabalhos:
a) Fica estabelecido que essas suspensões não eximem a empresa
contratada das obrigações e penalidades constantes das cláusulas contratuais
quanto à prazos e multas, bem como, não obriga a Codesp ao pagamento das
horas não trabalhadas.
Estabelecer eficiente e rápido sistema de comunicação com a Codesp para
qualquer situação de emergência.
Providenciar para que seus empregados recebam instruções apropriadas para
prevenir incidentes/acidentes e doenças do trabalho, de acordo com os atos
normativos emanados das autoridades competentes em matéria de Segurança
e Saúde Ocupacional.
Instalar nos locais de trabalho, em lugares bem visíveis, avisos que indiquem
claramente os deveres dos empregados relativamente às condições de
Segurança e Saúde Ocupacional, bem como sinais visuais e identificadores de
locais perigosos.
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Medidas de controle e sistemas preventivos de segurança e saúde ocupacional nas obras/serviços realizados na área do porto organizado de santos
As empresas contratadas ficam obrigados a enviar à Codesp (dar entrada
oficial no Protocolo), com antecedência de 15 (quinze) dias antes do início das
obras e/ou serviços, cópia digital dos documentos abaixo relacionados:
Obras/serviços com até 19 pessoas:
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA (NR-09) Abordar
obrigatoriamente os riscos químicos, físicos, biológicos (mensurados), com
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) recolhida pelo Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO (NR-07)
elaborado por Médico do Trabalho.
Plano de Segurança do Trabalho no mesmo molde do PCMAT –NR 18 ,
contendo as fases da obra, proteções coletivas e individuais (EPC , EPI),
planejamento das ações preventivas e APR (Análise Preliminar de Risco), com
ART recolhida pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho
Comunicação Prévia ao Ministério do Trabalho e Emprego em Santos com
protocolo, a cada subcontratada, conforme previsto na NR-18.
Obras/serviços com 20 ou mais pessoas:
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA (NR-09) Abordar
obrigatoriamente os riscos químicos, físicos, biológicos (mensurados), com
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) recolhida pelo Engenheiro de
Segurança do Trabalho
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO (NR-07)
elaborado por Médico do Trabalho.
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Regularização Ambiental do Porto de SantosPrograma de Controle de Obras
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção - PCMAT (NR 18) contendo as fases da obra, proteções coletivas e
individuais (EPC, EPI), planejamento das ações preventivas e APR (Análise
Preliminar de Risco), com ART recolhida pelo Engenheiro de Segurança do
Trabalho.
Comunicação Prévia ao Ministério do Trabalho e Emprego em Santos com
protocolo, a cada subcontratada, conforme previsto na NR-18.
A empresa contratada, após a aprovação da documentação de SSO pela
Codesp, é responsável pela divulgação e treinamento de seu pessoal, como
também pelo cumprimento/implementação dos programas prevencionistas
supracitados.
A Codesp, mediante prévia autorização, poderá permitir à empresa contratada
terceirizar parte ou partes dos trabalhos, ficando entendido que mesmo com
essa autorização não ficará retirada ou diminuída a exclusiva e única
responsabilidade da contratada perante a Codesp.
Durante o transcorrer do empreendimento, a Contratada deverá implementar
as ações Pró-Ativas a seguir relacionadas.
Responsabilidades
Individuais dos Profissionais de Segurança
a) Engenheiro de Segurança do Trabalho
Representação no SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho) da Obra quando necessário;
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Coordenar a elaboração do Relatório de Avaliação Ambiental da Obra e
dos programas de fiscalização;
Elaborar a Avaliação de Riscos das funções e atividades realizadas na
obra e propor as medidas de controle a serem adotadas;
Revisão prévia de projetos, técnicas construtivas e equipamentos
interagindo com as áreas de engenharia e planejamento para eliminar e/ou
controlar riscos e prevenir condições e situações inseguras.
Responsável pelo acompanhamento e reavaliação de riscos e proposição
de medidas de controle no desenvolvimento das atividades da Obra;
Prestar auxílio na elaboração e aprovar as Análises de Risco;
Participar de todas as investigações de acidentes com afastamento e
incidentes com alto potencial de perdas, com a elaboração dos respectivos
relatórios e laudos de análise;
Avaliar o desempenho dos Equipamentos de Proteção Individual e Coletivo
usados na obra.
Elaborar relato de todos os acidentes pessoais, com equipamentos e quase
acidentes, divulgados e com plano de ação definido.
Elaborar e gerenciar a implementação de todos os Planos de Segurança do
Trabalho descritos neste com a finalidade de prevenir a ocorrência de
acidentes fatais e/ou com lesões graves.
Revisar continuamente os procedimentos e Planos de Segurança do
Trabalho, adequando-os a mudanças de tarefas, frentes de trabalho ou a cada
nova fase da obra.
Inspeções nas frentes de trabalho para avaliação de riscos
ocupacionais, vigilância sanitária e controle de epidemias;
Coordenar o programa de Treinamento de Segurança do Trabalho,
mantendo o cronograma previamente estabelecido, e monitorando os desvios
de procedimentos dos funcionários com o intuito de medir a eficácia dos
treinamentos.
Participação ativa nas reuniões de segurança, auditorias e demais
eventos promovidos pelo Codesp, quando solicitado.
Realização de treinamentos de segurança para os empregados;
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Realização de treinamentos de segurança aos empregados de
empresas contratadas;
Controle e manutenção de EPI´s;
Registro e arquivo de toda a documentação;
Inspeções de segurança (frentes de serviços, ambiente de trabalho,
áreas de vivência e veículos);
Investigação de acidentes e incidentes, com a elaboração dos
respectivos relatórios e laudos de análise;
Avaliação, projeto e distribuição de material referente à Sinalização de
áreas e serviços perigosos;
Autorização, acompanhamento e monitoramento de serviços de grande
potencial de risco;
Auxílio à realização dos Diálogos Diários de Segurança - DDS.
b) Médico do trabalho
Dar atendimento médico às ocorrências;
Acompanhar o tratamento médico aos acidentados da Obra;
Responsável pela implementação e gerenciamento do Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO;
Exames e avaliações médicas admissionais;
Exames e avaliações médicas periódicas;
Exames e avaliações médicas demissionais;
Exames e avaliações médicas para mudanças de função;
Exames médicos de avaliação para o retorno ao trabalho normal;
Desenvolvimento de campanhas e programas prevencionistas em
conjunto com o Engenheiro de Segurança do Trabalho;
Elaboração, em conjunto com o Engenheiro de Segurança do Trabalho,
de Laudo Técnico para aposentadoria especial, principalmente para os riscos
biológicos;
Atuar de forma conjunta com o SESMT na elaboração e implementação
do Programa de Ergonomia da Obra;
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Participar, juntamente com o SESMT, da elaboração e implementação
do Plano de Atendimento a Emergência da Obra, que deve incluir,
necessariamente, emergências médicas de atendimento a acidentes, primeiros
socorros, resgate e atendimentos de urgência, e, ainda, transporte de
acidentados para centros especializados, de acordo com as necessidades.
A Contratada deverá possuir um representante em seu quadro de funcionários, profissionais especializados em Segurança e Medicina do Trabalho, dimensionados conforme a Norma Regulamentadora NR- 4 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO.
O Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT terá
um quadro de profissionais especializados que atenda ao disposto no Quadro II
da NR-4 da Portaria nº 3.214/78 (quadro mínimo legal) por turno de trabalho de
forma a prestar o atendimento necessário para implementar este Plano de
Saúde Ocupacional, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente.
O quadro de profissionais especializados do SESMT será constituído por
funcionários que tenham experiência, habilidade e competência necessária,
compatível com os riscos de acidentes, incidentes e danos ao Meio Ambiente
presente em obras de grande porte, de modo que possam elaborar e
implementar todos os programas de Segurança e Medicina do Trabalho
especificados.
Além disso, a Contratada manterá durante o período de execução da obra, um
representante para CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes –
atuando conforme preconiza a Norma Regulamentadora NR-5,
Cabe à Contratada, elaborar e implementar um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, adotando medidas técnicas e/ou administrativas de prevenção da saúde e da integridade de seus
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trabalhadores. O PPRA deverá sempre contemplar os riscos químicos, físicos e biológicos a que os trabalhadores estiverem expostos.
O PPRA é um programa obrigatório tendo seus atributos mínimos definidos na
NR-9 da Portaria 3.214/78.
Para a elaboração do PPRA serão considerados a avaliação e dados
quantitativos e propostas medidas de controle para aquelas exposições a
agentes agressivos que estejam acima do Limite de Tolerância estabelecido na
NR-15, ou na ausência deste, na legislação internacional.
Tais propostas de controle serão discutidas com o gerente responsável e
implantadas e monitoradas, após aprovação.
Levantamento qualitativo e quantitativo dos riscos ambientais
Trata-se de uma avaliação da exposição dos empregados de cada função aos
agentes agressivos (físicos, químicos e biológicos) gerados no ambiente de
trabalho, quando são medidos e quantificados o tempo de exposição e a
concentração do agente no ambiente.
Serão considerados todos os agentes que exponham o empregado a riscos
ocupacionais. Serão adotados os limites de tolerância da NR-15, da Portaria nº.
3.214/78 e, no caso da inexistência deste na referida norma brasileira, serão
utilizados parâmetros das normas internacionais.
Caso o SESMT da obra não possua equipamento de avaliação próprio, deverá
alugá-lo ou contratar empresa ou profissional habilitado para a medição e
quantificação dos agentes agressivos.
O levantamento servirá para complementar o Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais - PPRA e também para consolidação do PPP – Perfil
Profissiográfico Previdenciário de cada funcionário, conforme previsto em
legislação previdenciária vigente. O levantamento será elaborado por função ou
por grupo homogêneo de exposição aos agentes agressivos.
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a. Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPPCaberá a área de Recursos Humanos e ao SESMT da obra a elaboração e
atualização dos PPP dos funcionários, os quais devem ser fornecidos aos
empregados ao menos uma vez ao ano e quando de seu desligamento da
empresa, conforme Legislação Previdenciária (IN 99-INSS/DC de 05/12/2003).
É obrigatório à elaboração implementação por parte da Contratada, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com base nos levantamentos dos riscos feitos através do PPRA, nos termos da Norma Regulamentado NR-7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL.
O P.C.M.S.O. definirá o planejamento, as ações e os controles adotados pela
área de Medicina Ocupacional para a prevenção de riscos à saúde dos
trabalhadores da Obra. Deve ser composto de:
Identificação da obra;
Dimensionamento do SESMT;
Reconhecimento e identificação dos riscos ocupacionais que afetam a
saúde e o bem estar dos trabalhadores;
Exames médicos obrigatórios:
Exame médico admissional;
Exame médico periódico;
Exame médico demissional;
Exame médico de retorno ao trabalho;
Exame médico de mudança de função;
Exames médicos para funções específicas;
Campanhas de saúde;
Treinamento de Primeiros Socorros;
Campanha de combate ao uso de drogas;
Outras ações de saúde:
Programa de ergonomia;
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Programa de vacinação específica;
Plano de Controle de Emergência – PCE.
Todo e qualquer acidente do trabalho com perda de tempo (CPT), sem perda de tempo (SPT), sem lesão (SL), de trajeto e com danos materiais deverá ser comunicado, imediatamente após a ocorrência, a Segurança do Trabalho da Codesp, encaminhando as CAT’s, apuração e Registro de Ocorrências.
Acidente do Trabalho (sob o ponto de vista legal) é aquele que ocorre pelo
exercício do trabalho a serviço da Empresa, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Para essa situação, o empregado será considerado a serviço da Empresa e/ou
de suas subcontratadas nas seguintes situações:
Na atividade, local e horário normal de trabalho;
No trajeto: percurso de ida e volta da residência para a Obra, dentro
do itinerário habitual e tempo normal do trajeto;
Em viagem a serviço: contatos, cursos, prestação de serviços,
seminários, congressos - todo o tempo de permanência fora do local de
trabalho;
Na prestação de qualquer serviço para evitar prejuízo ou proporcionar
benefício à empresa, mesmo que não seja sua função e esteja fora de seu
horário e local de trabalho.
Ainda para esse efeito, a lesão pessoal inclui tanto lesões traumáticas e
doenças, quanto efeitos prejudiciais mentais, neurológicos ou sistêmicos,
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resultantes de exposições ou circunstâncias verificadas na vigência do
exercício do trabalho.
Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação
de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.
Acidente com afastamento (com lesão com perda de tempo): são as
ocorrências onde há lesão pessoal, como conseqüência de acidente de
trabalho, que impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao do
acidente ou de que resulte incapacidade permanente.
Acidente sem afastamento (com lesão leve sem perda de tempo): são as
ocorrências onde há lesão pessoal, como conseqüência de acidente de
trabalho, que não impede o acidentado de voltar ao trabalho no dia imediato ao
do acidente, desde que não haja incapacidade permanente.
Acidente de Trajeto: são os acidentes sofridos pelos empregados no percurso
da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja
o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado, quando
a empresa não dispor de veículo para tal.
Doença Profissional (Doença do Trabalho): são as doenças decorrentes do
exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa capaz de provocar
lesão por ação imediata ou mediata, que para efeito legal e previdenciário são
consideradas como sendo Acidente do Trabalho.
Incidentes: são todas as ocorrências ou situações que poderiam ter causado
lesões aos funcionários ou terceiros, e/ou causaram danos a veículos e/ou
equipamentos, às instalações ou ao meio ambiente (inclusive com perdas de
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materiais ou produção) ou ainda violar uma exigência legal ou qualquer
disposição deste Programa de Segurança e Saúde Ocupacional.
A Obra classificará os acidentes com e sem lesão bem como os incidentes, de
acordo com o potencial de gravidade (PG), variando de PG1 a PG5.
O potencial de gravidade e/ou gravidade da lesão dos acidentes e/ou incidentes são:
Grau 5 (Maximo) : Acidente ou incidente com potencial de gravidade que possa
causar incapacidade permanente gerando internação/afastamento com prazo
acima de 15 dias, mutilação ou morte, e/ou perda considerável de estruturas,
equipamentos, materiais ou ao meio-ambiente que obrigue a parada por
período acima de 15 dias.
Grau 4 (Grande) : Acidente ou incidente com potencial para causar lesão ou
enfermidade grave , que gere incapacidade parcial e/ou incapacidade
temporária gerando internação/afastamento inferior a 15 dias, ou dano à
propriedade de tipo destrutivo, que obrigue a parada por período superior a 5
dias mas inferior a 15 dias.
Grau 3 (Médio) : Acidente ou incidente com potencial para causar lesões leves
que não provoquem internação/afastamento, podendo porém causar alguma
restrição ao trabalho de acordo com a avaliação médica ou dano menor à
propriedade ou ao meio-ambiente, que obrigue a parada por período superior a
1 dia mas inferior a 5 dias.
Grau 2 (Pequeno): Acidente ou incidente com potencial para causar lesões
leves que não provoquem internação/afastamento, nem mesmo restrição ao
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trabalho ou dano pequeno à propriedade ou ao meio-ambiente, que obrigue a
parada por prazo superior a 1 hora mas inferior a 1 dia.
Grau 1 (Mínimo): Acidente ou incidente sem potencial de causar danos físicos,
porém com chance de gerar pequenas avarias que obriguem a paradas por
período inferior a 1 hora.
Os acidentes e os incidentes classificados como PG5 serão comunicados à
Contratante no prazo máximo de 24 horas após o ocorrido, sendo que, no caso
de fatalidade, o comunicado deverá ser imediato. Os demais também serão
informados, através de formulário próprio e/ou nos relatórios de estatística
mensais.
Todos os acidentes do trabalho, com ou sem afastamento, e os incidentes
deverão ser investigados pela equipe do SESMT em conjunto com a CIPA, os
Gerentes de Recursos das áreas, utilizando para registro, o Relatório de
Acidente do Trabalho.
Comunicação do Acidente do Trabalho
A comunicação dos acidentes classificados como PG3, PG4 e PG5 será feita
da seguinte maneira:
a) Uma cópia do Relatório de Investigação, contendo a descrição da
ocorrência, causas, medidas sugerido e plano de implementação dessas
medidas será encaminhada à Contratante, que poderá executar a sua própria
avaliação e proposta, caso julgar necessário;
b) O SESMT enviará a Ficha de Acidente do Trabalho - FAT para a
FUNDACENTRO, conforme regulamenta a NR-18 (anexo I);
c) Documento Comunicação de Acidente do Trabalho - C.A.T. será
emitido para todos os acidentes do trabalho com lesão, com ou sem
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afastamento. Cópia desse documento será arquivada na obra, uma via será
enviada ao INSS, conforme legislação vigente, e outra para a GST – Gerência
de Segurança do Trabalho.
d) Os acidentes graves ou incidentes com potencial de gravidade 5
(que envolvam risco eminente de vida), bem como os incidentes com danos
ambientais e autuações de órgãos fiscalizadores deverão gerar Boletins de
Ocorrência e serem comunicados à Contratante, no prazo de 24 horas. Nos casos de fatalidade, a comunicação deverá ser imediata.
Nos incidentes com veículos e instalações com danos materiais, uma vez que
não houve vítima com lesão, deverá ser providenciado um Boletim de
Ocorrência - B.O. e o incidente deverão ser investigado e comunicado da
mesma forma que os acidentes com lesão.
Atendimento ao Acidentado
Quando ocorrer um acidente do trabalho, imediatamente o encarregado deverá
ser informado, além do Médico do trabalho e do Setor de Segurança do
Trabalho.
O primeiro atendimento ao acidentado será feito pelo Profissional Qualificado,
caso o acidentado não apresente condições de locomoção, o mesmo se
deslocará para o local da ocorrência e acionará o socorro, 192 Pronto Socorro
Central de Santos e/ou 193 Resgate que transportará o acidentado até o
recurso médico apropriado mais próximo.
Acompanhamento de Transporte e Atendimento de Acidentados
Deverá o acidentado, durante o atendimento médico e após atendimento
médico ser acompanhados por pessoa da empresa responsável até a chegada
de familiares.
Atendimento de Primeiros Socorros
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Deverá ser feito no local do acidente e/ou na sala de Medicina do Trabalho até
a chegada da ambulância.
Quando o acidente ou incidente for grave, fatal ou com grandes perdas
materiais, o Gerente de Recursos deverá interditar a área até que a ocorrência
seja analisada pelo SESMT da obra, a quem caberá também a liberação da
mesma.
Para todas as atividades desenvolvidas na obra deverão ser elaboradas e
avaliadas pelo SESMT da Contratada o PPT/AR– Planejamento Preventivo da
Tarefa/Análise de Risco:
Treinamento Dialogo Diário de Segurança - DDS – é uma reunião
realizada antes de iniciar os turnos de trabalho pelo encarregado com as
respectivas turmas. Os temas a serem tratados devem ser priorizados e
de preferência ser a avaliação dos riscos inerentes às atividades que a
equipe realizará naquele dia ou tema que o encarregado ou SESMT
tenha observado como não conformidade ou deficiência na frente de
trabalho.
Todos os participantes deverão formalizar sua participação assinando a
planilha de controle onde será registrado o tema abordado pelo
encarregado, a qual será entregue ao Setor de Segurança para controle
e arquivo.
O SESMT assessorará os DDS, constantemente, oferecendo apoio aos
encarregados, quanto aos temas e informações a serem passados para
os empregados, através dos BIP – Boletins Informativos Prevencionistas
e dos PPT/AR – Planejamento Preventivo da Tarefa/Análise de Risco.
As subcontratadas serão obrigadas a realizar os DDS. e serão
fiscalizadas e orientadas pelo SESMT da Obra.
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As Contratadas deverão enviar cópia e conteúdo programático dos
assuntos abordados nas frentes de serviços (DDS – Dialogo Diário de
Segurança), mensalmente, bem como cópia das listas de presença.
O SESMT da Contratante poderá tomar quaisquer medidas preventivas
ou corretivas que julgarem necessário à preservação da saúde e/ou
integridade física e mental dos funcionários e/ou a preservação do
patrimônio das empresas e/ou exigir a apresentação de documentos
referentes às questões de Saúde e Segurança do Trabalho.
No caso de constatação de risco grave e/ou iminente, por qualquer uma
das partes as atividades serão paralisadas até que o risco seja
eliminado ou controlado.
Comunicação de Acidente do Trabalho - CAT: até 24 horas após a
ocorrência.
Relatório de Análise de Acidentes: até 5 (cinco) dias após a ocorrência
do acidente.
Ficha de Acidente do Trabalho - NR-18: até 5 (cinco) dias após a
ocorrência do acidente.
Planos Específicos de SSO
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Os Planos de SSO mínimos a serem desenvolvidos são:
Treinamentos
Os treinamentos serão realizados externamente, através de entidades
especializadas ou internamente ministrados pelo SESMT, consultorias,
especialistas, fornecedores, desde que devidamente habilitados.
Treinamento de Integração
Após as etapas de seleção técnica e médica, o trabalhador participa de
atividade onde é informado sobre a Política e o Programa de Segurança da
Contratada, bem como as exigências de Segurança da Contratante. Visando a
conscientização desses trabalhadores sobre o assunto Prevenção de
Acidentes e como praticá-la no dia a dia, são abordados temas sobre: como
detectar Atos e Condições Inseguras, como fazer Prevenção e Combate a
Princípios de Incêndio, utilização de Equipamentos de Proteção Individual e
Coletiva, adoção de posturas Ergonômicas, execução de Primeiros Socorros e
aplicação das Normas e Procedimentos de Segurança do Trabalho.
Todo empregado receberá instrução de segurança durante sua integração à
Obra. O Técnico de Segurança, responsável por esta integração, ministrará as
instruções sobre os riscos de acidentes e as medidas de controle adotadas.
Serão também apresentados os equipamentos de proteção individual (EPI)
para cada situação de exposição a um determinado risco, suas características
e a correta forma de utilização, manutenção, guarda e higienização.
O encarregado da frente de serviço será o responsável pela integração do
empregado em seu ambiente de trabalho, apontando-lhe os riscos no campo e
mostrando seus direitos e deveres com relação à segurança do trabalho.
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Treinamento de Posturas Ergonômicas
Cabe à empresa contratada considerar os parâmetros que permitam a
adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas de
seus trabalhadores, de modo a propiciar um máximo de conforto, segurança e
desempenho eficientes nas atividades relacionadas ao levantamento,
transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às
condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho,
conforme previsto na Norma Regulamentadora NR 17 – ERGONOMIA.
Treinamento de Prevenção de Combate a Incêndios e Primeiros Socorros
Cabe à empresa contratada dotar seus equipamentos/veículos e instalações
prediais de equipamentos de combate a incêndio (extintores) de acordo com as
áreas de risco e as classes de fogo e manter treinados seus trabalhadores
sobre o manejo dos mesmos.
Para veículos (automóveis, picapes e caminhões) e equipamentos leves devem
ser utilizados extintores portáteis de 01 e 02 Kg, e para equipamentos pesados,
extintores portáteis de 04, 06 e 08 Kg.
A empresa contratada deverá dimensionar de acordo com a NR 23 -
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO os extintores no setor administrativo e nos
demais locais da obra e desenvolver ações de prevenção e combate a incêndio
atendendo as normas técnicas oficiais vigentes e os preceitos da Norma
Regulamentadora NR 23 e o item 18.26. - PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
da Norma Regulamentadora NR 18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO.
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Caso ocorra incêndio no local de trabalho, a empresa contratada, além de
tomar as medidas imediatas para combate ao fogo, deve comunicar o fato
imediatamente à Contratante.
Neste sentido, os treinamentos devem ser destinados a integrantes das
equipes de trabalho de campo e da área administrativa, que compõe a Brigada
de Incêndio e de Equipes de Socorristas.
Inspeções e Auditorias
A Contratada deverá realizar as inspeções e auditorias nos locais de trabalho
(canteiro de obras, frentes de serviços, instalações em geral), em
equipamentos, ferramentas, procedimentos e documentação, com vistas à
verificação do grau de conformidades. Quanto à sua natureza, podem ser de
caráter geral ou específico, e quanto à sua periodicidade podem ser diárias,
semanal e mensal. Os fatos e dados levantados devem ser registrados e
encaminhados periodicamente ao SESMT da Contratante.
Todas as semanas os Técnicos realizarão inspeções de Segurança e apoiarão
a produção no que for necessário, em termos de prevenção de riscos. Tais
inspeções visam avaliar a conformidade com o planejamento de segurança
feito através da elaboração dos PPT/AR. Essas inspeções são denominadas
Patrulhas de Segurança.
Vistorias de Segurança
O SESMT da Contratante, com a participação também de representantes da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA realizarão inspeções
periódicas nos canteiros de obras da Contratada para verificação do
cumprimento das determinações legais e de procedimentos Internos, cuja
finalidade é de verificar e avaliar, as rotinas e procedimentos de compromissos,
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RelatórioMA-CODESP-REG-EA-005-11
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fazendo as correções e atuações sempre que necessário. Nestas vistorias
serão avaliados: comportamentos, zelo, ordem, arrumação e limpeza, uso dos
EPI's e inspeção nos mesmos, atos inseguros, condições dos uniformes,
ferramental, dispositivos, absenteísmo, impedimentos, análises de riscos, entre
outros.
Todas as frentes de serviços da empresa responsável pelas obras e de suas
subcontratadas estarão acessíveis para inspeções e auditorias de agentes
externos.
Além dos aspectos ligados à Segurança e Medicina do Trabalho, essas
inspeções e auditorias focalizarão, concomitantemente, os aspectos ligados à
implementação do Plano de Gestão Ambiental e o Programa de Segurança e
Saúde Ocupacional.
Em toda visita de inspeção e/ou auditoria, além das verificações sistemáticas e
programadas, deverão ser verificadas as soluções das não conformidades
relatadas na inspeção/auditoria anterior.
Investigação de Incidentes / Acidentes
É a atividade a ser executada quando da ocorrência de qualquer acidente,
entendendo-se como tal, aqueles que causem danos pessoais ou materiais,
além de perda de tempo ou que poderiam acarretar conseqüências graves,
grandes prejuízos ou fatalidades. Essa investigação é realizada de forma
sistemática, o que possibilita a análise da ocorrência através da detecção das
causas diretas e indiretas e fatores contributivos reais de atos e condições
inseguras, propiciando conclusões consistentes e recomendações adequadas.
Todo acidente do trabalho ou impacto ambiental deve ser analisado pelo
SESMT em conjunto com a supervisão da frente de serviço da empresa
contratada.
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A análise do acidente ou agressão ambiental tem a finalidade de indicar as
condições inseguras e/ou métodos inadequados de trabalho, a fim de que
possam ser tomadas providências no sentido de prevenir futuros acidentes ou
impactos similares.
Para que a análise do acidente ou impacto ambiental atinja este objetivo, é
necessário:
a) Ter a presença de todos os envolvidos, principalmente a vítima, salvo se
estiver impossibilitada;
b) Fazer inspeção do local do acidente;
c) Investigar como ocorreu o acidente;
d) Conhecer as causas do acidente;
e) Definir o potencial de gravidade do acidente;
f) Propor medidas de segurança para prevenir outros acidentes similares.
Equipamentos de Proteção Individual – EPI
Os E.P.I.s deverão atender à Norma Regulamentadora NR-6 da Portaria 3.214
do Ministério do Trabalho – Mtb e serão especificados para cada cargo ou local
de trabalho, em função dos riscos de suas atividades e não poderão sofrer
alteração em sua estrutura, nem ser utilizados em condições para as quais não
foram especificados.
Em função da logística da obra, será mantido no canteiro um estoque mínimo
de E.P.I. de maneira a atender diuturnamente a todos os colaboradores.
Todas as áreas devem ser devidamente sinalizadas enfatizando os E.P.I.s de
uso obrigatório tanto dos funcionários que trabalham permanentemente no
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local como também dos funcionários e visitantes que estão apenas de
passagem.
Procedimentos Gerais de Controle de Riscos nas Operações
Os procedimentos gerais de controle para a obra serão os seguintes:
Seleção de empregados com qualificação;
Exames médicos de acordo com a função;
Planejamentos específicos para a Prevenção de acidentes fatais ou lesões
graves;
Treinamento para todos os envolvidos;
Diálogo Diário de Segurança (DDS) para todos os envolvidos;
Inspeções diárias, semanais e mensais de segurança e meio ambiente;
Reuniões periódicas com os responsáveis pelos serviços;
Sinalizações educativas, indicativas, de regulamentação e de advertência;
Alarme de ré obrigatório em todos os veículos operacionais;
Instalações sanitárias adequadas com fornecimento de água potável;
Fornecimento de refeição balanceada e condizente às necessidades dos
empregados;
Áreas de vivência adequadas;
Distribuição, Controle e fiscalização do uso de E.P.I.s;
Depósito de inflamáveis e demais produtos perigosos em instalações
apropriadas e isoladas das demais conforme NR-20 e normas ABNT;
6. Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social
A reflexão sobre as práticas sociais, em um contexto marcado pela degradação
constante do meio ambiente, envolve uma necessária articulação com a
produção de sentidos sobre a educação ambiental. Torna-se necessário o
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engajamento dos diversos sistemas de conhecimento, a capacitação de
profissionais e a comunidade universitária numa perspectiva interdisciplinar.
Nesse sentido, a produção de conhecimento deve necessariamente contemplar
as inter-relações do meio natural com o social, incluindo a análise dos
determinantes do processo, o papel dos diversos atores envolvidos e as formas
de organização social que aumentam o poder das ações alternativas de um
novo desenvolvimento, numa perspectiva que priorize novo perfil de
desenvolvimento, com ênfase na sustentabilidade socioambiental (JACOBI,
2003).
De acordo com a Lei n 9.795/99, entende-se por educação ambiental como
sendo “os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial
à qualidade de vida e sua sustentabilidade”.
Essa educação não é restrita ao ensino formal, mas também ao informal.
Somos “todos responsáveis pela disseminação de valores, atitudes e
habilidades que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a
prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais”, conforme
evidencia a legislação supracitada.
O programa de educação ambiental deve simultaneamente promover o
desenvolvimento do conhecimento, das atitudes e habilidades necessárias para
a preservação e melhoria da qualidade ambiental dos trabalhadores das obras.
Sendo assim, a educação ambiental assume um papel cada vez mais
importante de motivar e sensibilizar as pessoas para transformar as diversas
formas de participação na defesa da qualidade de vida, assumindo uma função
transformadora, na qual a co-responsabilização dos indivíduos torna-se um
objetivo essencial para promover um novo tipo de desenvolvimento – o
desenvolvimento sustentável.
O Programa de Educação Ambiental e Comunicação Social busca adotar
atitudes e práticas que visem colaborar para o desenvolvimento econômico,
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social, cultural e ambiental. Contribui-se com a evolução social através de uma
atitude responsável que permeia a essência dos negócios, na busca de atender
tanto as demandas atuais como as futuras.
Educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e
esclarecimento de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e
modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-
relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos,
constituindo-se num importante instrumento para a prática das tomadas de
decisões e a ética, que conduzem para a melhoria da qualidade de vida. É a
aprendizagem de como gerenciar e melhorar as relações entre a sociedade
humana e o ambiente.
No cenário atual, em que não são mais aceitas soluções impostas, torna-se
importante e indispensável a criação de um instrumento adequado para o
gerenciamento de todos os interesses envolvidos. Informações e publicidade
não bastam se não estiverem acompanhadas de um planejamento contínuo e
coerente. Neste sentido, é importante que a população seja sempre estimulada
a participar de decisões que envolvam aspectos em relação ao
empreendimento com o meio ambiente e sociedade, de modo que o
empreendedor possa dar continuidade às suas ações em um adequado, franco
e transparente processo de negociação.
As obras portuárias despertam um interesse significativo na população da
região que, aliado a um de necessidade da melhoria e crescimento da infra-
estrutura de transportes no Brasil, vislumbra com o desenvolvimento
econômico devido às novas possibilidades de investimentos, de negócios e de
geração de empregos.
Por conseguinte, são geradas demandas sobre estas informações. A
participação da sociedade e seu conhecimento sobre possíveis alterações
ambientais e sociais decorrentes devem ser equacionados, em sintonia com as
diversas recomendações de instituições ligadas à defesa do meio ambiente e
da cidadania.
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A sociedade em geral cada vez mais vem reivindicando uma participação maior
na definição das soluções dos problemas provocados por diferentes tipos obras
e empreendimentos em seu cotidiano. Há um grande interesse, em especial,
pelas questões ambientais e pela formulação de alternativas para as diferentes
atividades e para as compensações dos impactos delas decorrentes.
A implantação deste programa justifica-se pela possibilidade de ocorrer à
melhoria da qualidade ambiental, ecológica e, sobretudo, da qualidade de vida
dos trabalhadores do empreendimento e vizinhança diretamente afetada pelo
empreendimento.
O público alvo deste programa abrange tanto os colaboradores responsáveis
pelas obras portuárias, como a população circunvizinha, autoridades
municipais, lideranças políticas e comunitárias, escolas, associações de classe,
sindicatos, organizações não governamentais e demais agremiações que
manifestarem interesse nos assuntos afins.
O programa de educação ambiental e comunicação social têm como objetivo a
incorporação das dimensões ambientais, visando à sensibilização dos
envolvidos quanto à influência das atividades de construção civil sobre o meio
ambiente, instigando-os a participar de soluções pró-ativas, bem como
fomentar o senso de responsabilidade individual e coletiva no tocante às
questões ambientais.
Como objetivos específicos este programa pretende:
Transmitir para a sociedade o conhecimento real da natureza das obras
portuárias, seus impactos positivos e negativos e das medidas
mitigadoras adotadas; e
Promover a conscientização e a educação ambiental das pessoas
envolvidas no processo de construção civil em relação aos recursos
naturais.
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O programa será direcionado para dois públicos alvos: público interno
(funcionários) e público externo (comunidade e mídia). Esta distinção entre as
partes se faz necessária tendo em vista as diferentes abordagens que devem
ser tomadas em relação a cada segmento. Tais estratégias devem considerar
as possíveis repercussões criadas com a expansão e operação do
empreendimento, adequando a linguagem e os instrumentos de comunicação
ao perfil de cada grupo interlocutor.
Público interno
O público interno merece receber especial atenção, uma vez que são
responsáveis diretos pelos impactos positivos e negativos gerados pelas obras.
Sendo assim, deverão ser desenvolvidas as seguintes ações:
1. Desenvolvimento de cartilha educativa
A cartilha educativa conterá informações ambientais pertinentes aos controles
ambientais relacionados ao canteiro de obras, disposta de forma clara e
ilustrativa, visando facilitar por parte dos colaboradores, a adoção de práticas
que não comprometam a qualidade do meio ambiente. Entre estas práticas
estão, por exemplo, o acondicionamento adequado dos resíduos sólidos, a
redução da geração de resíduos, a eliminação e/ou diminuição na emissão de
gases de máquinas e equipamentos, a manutenção periódica dos
equipamentos a fim de evitar possíveis vazamentos de óleos e lubrificantes e a
adoção de boas práticas ambientais.
2. Confecção de Banner de coleta seletiva
O banner terá caráter ilustrativo, priorizando a redução da geração de resíduos
sólidos durante as obras e demonstrando a coloração dos contentores a serem
utilizados, para cada classe de resíduo. Este deverá ser fixado em locais
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estratégicos do canteiro de obras, incluindo e os locais com geração de
resíduos.
3. Treinamento de funcionários
Os colaboradores receberão treinamentos chamados de diálogos diários de
segurança (DDS), orientando-os quantos os procedimentos ambientalmente
corretos no exercício de suas funções e no dia-a-dia, tornando-os assim
responsáveis pelas práticas conservacionistas em seu ambiente de trabalho e
em sua rotina diária.
Durante a realização dos diálogos diários de segurança (DDS), serão
abordados temas relacionados com a proteção ambiental, tais como a
abordagem da política dos 3R´s, programa de gerenciamento de riscos e
subprograma de emergência individual (ações de combate a emergências).
4. Apresentação os resultados dos programas de monitoramento ambiental
Serão confeccionados banners ilustrativos, apresentando os resultados dos
programas de monitoramento ambiental através de gráficos, ilustrações e fotos.
Este deverá ser fixado em locais estratégicos dos canteiros de obras. O arquivo
eletrônico do banner também será publicado na página eletrônica da CODESP
e em informativos publicados pelo empreendedor.
Público externo
De forma complementar, para que o programa alcance todos os seus objetivos,
são fundamentais também algumas propostas que atinjam o público externo -
circunvizinhança e mídia. Para tanto serão desenvolvidas atividades de
educação ambiental em escolas locais, através da abordagem da forma como
o Porto, mais especificamente as obras portuárias interagem com o meio
ambiente. As cartilhas educativas também serão entregues á comunidade,
acrescido de um telefone para contato, sugestões, dúvidas e críticas.
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As empresas executoras das obras deverão difundir entre seus colaboradores
a prática de suas diretrizes ambientais. As empresas executoras devem
apresentar programas para o treinamento ambiental e de capacitação da mão-
de-obra. A gestão dos colaboradores e treinamentos aplicados deve
considerar:
Divulgação dos requisitos legais e as conseqüências de atividades
predatórias sobre a natureza;
Prevenção de acidentes / incidentes com animais peçonhentos;
Prevenção de atropelamentos de pessoas e animais;
Requisitos de sinalização e controle de tráfego durante a obra;
Comportamento respeitoso e condizente com os padrões morais da
população local, evitando-se atritos com moradores e abuso de bebidas
alcoólicas pelos colaboradores em momentos de folga;
Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis;
Proibição para a caça, pesca, comercialização, guarda ou maus-tratos a
quaisquer tipos de animais silvestres, bem como a manutenção de
animais domésticos nas dependências da obra;
Não interferir em cursos d’água, a não ser que conste em especificações
de projeto (portanto devidamente autorizado);
Adotar medidas preventivas para evitar que o material particulado
produzido na atividade seja carreado para os cursos d’água próximos;
Proibição de porte de armas brancas e de fogo nas dependências da
obra;
Os colaboradores devem ser adequadamente treinados pela empresa
executora para atender às diretrizes de gestão de resíduos e de
efluentes, de maneira a desenvolver a consciência ambiental, a
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manutenção do saneamento da área de trabalho e de sua com sua
saúde e segurança;
Todos os colaboradores devem estar cientes de que as atividades
devem ser paralisadas imediatamente em caso aparecimento de
vestígios arqueológicos e a ocorrência reportada à inspeção ambiental e
a empreendedora.
7. Equipe Técnica
01 Coordenador
01 Fiscal ambiental
01 Engenheiro Ambiental / Civil
01 Engenheiro de Segurança do Trabalho
01 Técnico de Meio Ambiente
01 Técnico de Segurança do Trabalho
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8. Cronograma
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