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    Revista de Estudos SociaisAno 2013, N. 30, V. 15 Pag. 33

    Estudo de Caso Sobre a Satisfao dos usurios do RestauranteUniversitrio-RU

    Case Study About the Satisfaction of Users of University Restaurant-RU

    Andr CovariHrter

    1

    Cludio Eurico S. F. da Silva2Daniel Sneyder3

    Renata Freitas Siqueira4

    Resumo: O crescimento econmico do Brasil tem inmeros entraves, nos quais um deles amo de obra qualificada, sendo insuficiente o nmero de profissionais nas mais variadas reas.As Universidades Federais neste cenrio se fazem peas fundamentais como foco daspolticas pblicas, sendo primordial a qualidade do ensino e da infraestrutura oferecidas aosestudantes. Este artigo teve ento como objetivo, analisar o estudo de caso do RestauranteUniversitrio da Universidade Federal do Mato Grosso campus Cuiab como integrante dainfraestrutura oferecida aos estudantes, onde se mediu a satisfao dos usurios em relao aqualidade dos servios prestados e infraestrutura, bem como a relevncia do RU para a

    manuteno dos estudos dos seus usurios. Aviabilizao deste trabalho deu-se atravs daaplicao de questionrios com enfoque nas variveis que afetam sua qualidade. Aps aanlise dos dados, podemos ver a importncia deste servio, sua qualidade, o perfil dos alunosque frequentam e medir sua satisfao. Nesta pesquisa, ficou claro que RestauranteUniversitrio tem uma relevncia muito alta para a manuteno de seus alunos estudando nauniversidade, bem como que os estudantes esto satisfeitos de um modo geral com esteservio prestado pela universidade.Palavras-Chaves:Restaurante Universitrio, Satisfao, Alunos, UFMT.

    Abstract: The economic growth of Brazil has numerous obstacles, in which one of them isskilled labor, and insufficient number of professionals in various areas. The Federal Universities

    in this scenario are fundamental pieces focus of public policies, and the quality of primaryeducation and infrastructure offered to students. This article then had as objective to analyzethe case study of the Restaurant of the Federal University of Mato Grosso, Cuiab campus aspart of the infrastructure offered to students, where they measured the user satisfactionregarding the quality of services and infrastructure, as well as relevance to the UR for themaintenance of the studies of its users. The feasibility of this work was made through the use ofquestionnaires focusing on variables that affect its quality. After analyzing the data, we can seethe importance of this service, its quality, the profile of students attending and measure theirsatisfaction. In this research, it became clear that university restaurant has a very highrelevance for the maintenance of its students studying at the university, and that students aregenerally satisfied with this service provided by the university.Key Words: University Restaurant, Satisfaction, Students, UFMT.

    1. INTRODUO

    Para um desenvolvimento econmico de uma nao, em geral importante dar subsdio a nveis desejados de educao para gerar impactos

    1ADMINISTRADOR Pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul- UNIJU, Mestrando doPrograma de Ps-Graduao em Agronegcio e Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do MatoGrosso, Bolsista [email protected] pela Universidade Federal do Mato Grosso, Mestrando do Programa de Ps-Graduao emAgronegcio e Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Mato Grosso, Bolsista CNPQ.3ECONOMISTA Universidad Del Cauca, Mestrando do Programa de Ps-Graduao em Agronegcio e

    Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Mato Grosso, Bolsista Capes.4ECONOMISTA pela Universidade Federal do Mato Grosso, Mestranda do Programa de Ps-Graduao emAgronegcio e Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Mato Grosso.

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    positivos na sociedade, levando a melhores nveis de capital humano, queresultam em melhoras significativas de tecnologia de um pas. Isto estsustentado nas ideias de desenvolvimento econmico.

    Desta forma, um exemplo, claro que apoia esta ideia o trabalho deSolow (1957) que analisa o progresso tecnolgico como o motor fundamentaldo crescimento econmico de longo prazo da economia (Oreiro 1999). Assimoutros autores como Nakabashi e Figueiredo concluem que umdesenvolvimento econmico consequncia de uma difuso da tecnologia,atravs de fatores importantes como o capital humano.

    Sob uma tica desenvolvimentista, o Estado Brasileiro atravs doMinistrio da Educao pensou a educao como um direito de todos oscidados, devendo ser ministrada no somente pela famlia, mais sim tambmpelos poderes pblicos (MEC 2013). Neste sentido a Universidade Federal deMato Grosso- UFMT foi criada atravs da Lei 5.647 de 10 de dezembro de1970 e iniciada sua construo em Cuiab/MT no mesmo ano, criando assim

    uma srie de responsabilidades administrativas, acadmicas e financeiras como fim de atender eficientemente ao publico em geral.

    Atualmente, a UFMT atende 18 mil estudantes entre cursos degraduao e ps-graduao, divididos entre 98 cursos de graduao, 25mestrados, 04 doutorados prprios e 07 doutorados interinstitucionais(DINTER) e 70 especializaes oferecidos conforme demanda. Tendo em seuquadro de pessoal quase trs mil servidores sendo 1300 docentes e 1600tcnicos administrativos.

    Com objetivo de atender com maior e melhor qualidade todos osindivduos que de alguma forma (aluno, servidor e visitante) fazem parte da

    instituio, a UFMT conta em sua estrutura fsica com um RestauranteUniversitrio (RU), que funciona de acordo com o calendrio definido peloConselho Universitrio (CONSUNI).

    Oriundo de uma autogesto, onde 77% dos colaboradores soterceirizados, 23% servidores federais e sua gestora uma nutricionistaconcursada. O RU tem custos diretos das refeies que variam em mdia entreR$ 3,00 a R$ 6,00, no qual subsidiado pela universidade de tal forma que oaluno paga um preo de R$1,00 por refeio.

    Seu cardpio elaborado por um nutricionista, sendo este do tipopopular (entrada, prato protico, guarnio, acompanhamento e sobremesa).

    As refeies (almoo e jantar) so servidas em bandejas estampadas. Ohorrio de atendimento ao pblico no almoo das 11:00 s 13:00 desegunda-feira sbado, e jantar de segunda sexta-feira, das 17:00 s 19:30.Quanto ao funcionamento do setor de 2 a 6 feira das 07:00 s 19:30 horase sbados das 07:00 s 13:00 horas, atendendo uma demanda mdia 2.200refeies por dia, no almoo e jantar.

    Dado o presente cenrio, ser que os usurios do RestauranteUniversitrio esto satisfeitos com os servios prestados pelo RU, em relao adiferentes aspectos como estrutura fila, atendimento, alimentao, entre outros.

    Este trabalho tem por objetivo geral mensurar a satisfao dos

    estudantes em relao aos servios prestados pelo RU (estrutura, atendimento,fila, alimentao, entre outros).

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    Especificamente, objetiva-se:

    Caracterizar o usuario do RU Medir a satisfao dos usurios em relao a

    aspectos importantes como: Fila Alimentao; Espao fsico;Climatizao; Tickets; Assentos; Edifcio; e Total (Mdia Geral).

    Identificar a relevncia do RU para a manutenodos estudantes na universidade.

    A importncia deste estudo est ligado a relevncia do RestauranteUniversitrio para uma educao pblica de qualidade, sendo estritamenteimportante para a manuteno dos alunos de baixa renda na Universidade,alm de auxiliar os demais indivduos ligados a instituio. Neste contexto, asatisfao de seus usurios implica em um melhor bem-estar no ambienteeducacional, permitindo assim uma melhor aprendizagem e um bom ambientede trabalho.

    Este trabalho est dividido em mais cinco partes alm desta introduo.A primeira se refere ao referencial terico, abordando um pouco sobre bem-estar social. Em seguida, vem a metodologia utilizada para a realizao dapesquisa. A terceira parte traz a anlise dos resultados, e a quarta parteevidencia a concluso. Por fim, as referncias bibliogrficas.

    2. ABORDAGEM TERICA

    Esta seo tem por objetivo analisar o conceito de utilidade naperspectiva do consumidor, seguido de uma introduo teoria de bem-estarsocial na economia, alm de explicitar uma das razes pela qual ela no ocorree o que o estado pode fazer para alcanar um equilbrio equitativo.

    Um dos principais elementos da teoria do consumidor a anlise dautilidade, que segundo Varian (2012) um indicador de bem-estar geral de umindividuo, ou seja, utilidade uma medida numrica da felicidade de umapessoa. O consumidor faz a escolha de bens e servios que maximize suautilidade, isto , que os faz mais feliz.

    A partir desta idia de maximizao da utilidade individual, pode-sepensar numa viso de uma sociedade, onde Pindyck e Rubinfeld (2005)evidenciam a funo de bem-estar social, que utilizada frequentemente naeconomia para descrever os pesos especficos atribudos utilidade de cadapessoa, na determinao do que socialmente desejvel.

    H diferentes vises sobre estas funes, dentre elas:

    Igualitria: Todos os membros da sociedade recebem iguaisquantidades de mercadorias;

    Rawlsariana: Maximiza a utilidade da pessoa de menor posse;Utilitria: Maximiza a utilidade total de todos os membros de uma

    sociedade; e

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    Orientada para o mercado: O resultado alcanado pelo mercado considerado o mais equitativo.

    Estas quatro vises sobre equidade esto hierarquizadas, da maisequitativa para a menos igualitria. Enquanto a viso igualitria explicitamente

    requer igualdade de alocaes, a perspectiva rawlsiana enfatiza a igualdade(devido ao fato que de outra forma algumas pessoas estariam em situao bempior do que as outras). A viso utilitarista tende a implicar alguma diferenaentre os membros mais ricos e mais pobres. Por ultimo, a viso que orientadapelo mercado que pode levar a uma maior desigualdade na alocao de bens eservios.

    O equilbrio num mercado competitivo leva a um resultado Pareto-eficiente5 que pode ou no ser equitativo. Como essas alocaes eficientesno so necessariamente equitativas, a sociedade necessita do auxilio doestado para obter a redistribuio de renda e mercadorias entre as famlias, demodo que alcancem os objetivos da equidade. Isto pode ser feito atravs de

    polticas publicas, poltica fiscal, entre outras. (PINDYCK; RUBENFELD. 2005).Segundo Langoni (2005) quanto mais pessoas tiverem acesso

    educao, menor ser a desigualdade entre elas, ou seja, a expanso daeducao a forma mais eficaz de atingir uma alocao eficiente e equitativade bens e servios, consequentemente uma distribuio de renda e de bensmuito mais igualitria.

    A educao superior e gratuita no Brasil no elimina mesmo paraaqueles que tm acesso, a discriminao contra os indivduos mais pobres,devido a uma parcela dos custos que, mesmo assim no coberta (custo desubsistncia), alm do custo puro de oportunidades, isto , a rendasacrificada por permanecer estudando alguns anos adicionais, em vez deingressar diretamente no mercado de trabalho. (LANGONI, 2005)

    Neste sentido, segundo Langoni (2005), o governo cria meios paragarantir a permanncia dos estudantes na universidade, atravs de bolsas,moradias entre outros meios que subsidie a manuteno dos alunos.

    3. METODOLOGIA

    Esta seo tem por objetivo descrever o mtodo utilizado na pesquisa

    que visa caracterizar e verificar a satisfao do usurio em relao aosservios prestados no RU. Para atingir este objetivo foi aplicado aleatoriamenteum questionrio (Anexo I) aos alunos que utilizaram o restaurante universitriono horrio do almoo por considerar um nmero maior de usurios. Ou seja, ohorrio de maior fluxo.

    A mdia de refeies servidas diariamente aos usurios de 3000, dadoa este fato foi calculado o tamanho da amostra levando em considerao ograu de significncia de 10%. O resultado foi obtido atravs da seguinteformula em que o valor da populao conhecido. (ZAVALA; 2009).

    5Segundo Pindyck e Rubinfeld (2005) Pareto-eficiente a alocao de bens ou servios que ningum consegue

    aumentar seu bem-estar sem que seja reduzido o bem-estar de outra pessoa.

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    Onde:Nmero da amostra;Distribuio Normal;

    - Populao;

    Desvio Padro

    Atravs do resultado obtido, o questionrio foi aplicado em 100 usuriosdo RU. Este se dividiu em trs partes. Primeiramente em questes que tinhampor objetivo caracterizar os usurios que frequentam o restaurante e por ultimo,a anlise que estas pessoas faziam sobre os seguintes aspectos:

    Fila Alimentao; Espao fsico; Climatizao; Tickets; Assentos; Edifcio; e Total (Mdia Geral).

    A ltima parte do questionrio busca verificar a importncia do RU paraos usurios no tocante a sua permanncia na universidade.

    O primeiro aspecto analisado foi os dados relacionados a cria4ao deum perfil do usurio, a partir disto foi analisado o grau de satisfao dessaspessoas, medida atravs do notas de 0 10, em que criou-se as seguintescategorias de satisfao:

    De 0 a 2: Totalmente insatisfeito: De 3 a 5: Pouco Satisfeito; De 6 a 8: Satisfeito; e De 8 a 10: Totalmente Satisfeito.

    A ultima parte do questionrio tratou de mensurar atravs de nota a

    importncia do RU para a manuteno dos estudos, onde 0 significaria que oRestaurante no era importante e que 10 seria totalmente importante.

    As tabelas de contingncia foram usadas como forma para obteno daanlise dos dados.

    O procedimento de tabelas de contingncia cria tabelas de calcificaodupla e mltipla e, ademais, proporciona uma serie de provas e medidas deassociao para as tabelas de dupla classificao. A estruturada tabela e o fatode que as categorias sejam ordenadas ou no, determina as provas o medidasque utilizam-se. Os estatsticos das tabelas de contingncia e s medidas deassociao so computados para tabelas de duas variveis. Se vocespecificar uma linha, uma coluna e um fator de camada (varivel de controle),o procedimento das tabelas de contingncia forma um painel de estatsticos e

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    medidas associadas para cada valor do fator (ou uma combinao de valoresde duas ou mais variveis de controle).Dados. Para definir as categorias decada varivel, so utilizados os valores de uma varivel numrica ou de cadeiacorta (oito caracteres o menos). Por exemplo, para sexo, poderia codificar osdados como 1 y 2 ou como homem e mulher6.

    Para o presente trabalho de pesquisa foi tinida em conta a variveltempo de uso do RU com dois categorias ou grupos Pessoas com um tempomenor a 1 ano (1) , com o fimde dar conta como estes dois grupos perceberam a satisfao nas mudanasno servio do Ru realejado num conjunto de indicadores que pretenderamconhecer esta satisfao. Estes indicadores so fila, atendimento, alimentao,higiene, espao fsico, climatizao, tickets, assentos, edifcio e preo. Otempo da analise e feito em comparao com o ano anterior, pois durante oano passado e o presente ano houve uma reforma estrutural, assim que importante conhecer como as pessoas antigas e as novas tm em conta esta

    mudana, com maior ateno naquelas antigas porquanto elas souma fontevaliosa de informao em trminos comparativos que vale a pena contrastar.Ento o varivel tempo do uso do RU foi contrastada frente a cada uma destasvariveis para fazer a respectiva analise.

    Para fazer esta relao de variveis foi utilizado o software SPSS 13.0, oqual um sistema completo para anlise de dados. O SPSS pode levar osdados a partir de praticamente qualquer tipo de arquivo e us-los para gerarrelatrios tabulados, grficos e grficos de distribuies e tendncias,estatsticas descritivas e anlise estatstica complexa. E para o caso da anlisegerar as devidas tabelas de contingncia.

    4. SATISFAO DOS USURIOS

    O restaurante universitrio (RU) da Universidade Federal de MatoGrosso (UFMT) desempenha uma importncia fundamental para auniversidade e o pblico em geral. Essa prestao de servio feito pelauniversidade tem impacto social que pode ser refletido em termos da sadedos estudantes, menores custos de alimentao para alunos com condiesfinanceiras mais baixas, ao mesmo tempo, uma otimizao no tempo para os

    alunos que tm diferentes horrios de aula durante o dia.O RU teve mudanas significativas ao longo dosltimos anos, onde

    estas se mostram um ponto interessante para avaliar a percepo desatisfao dos seus usurios frente ao seu servio. Portanto, a seguir avalia-sea percepo das pessoas que utilizam o restaurante em diferentes aspectoscomo alimentao, estrutura, preo, dentre outros e tambm avaliar ascaractersticas dos usurios que frequentam o RU.

    Dado em vista os dados, define-se que o RU da UFMT frequentadopor pessoas cujas idades esto em uma faixa entre 17 e 40 anos, com umamdia de cerca de 20 anos de idade, aonde destes, 68% vem da regio

    6SPSS 13.0 Base Manual do usurio

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    metropolitana de Cuiab em comparao com 32% que vem de outras regies.O perfil do usurio em relao renda de que, 62% tem como fonte de rendaos pais, 9% o trabalho, 25% bolsa e 4 % outros.

    Ainda caracterizando o usurio do RU, verificou-se emrelaoafrequncia de seus usurios,que 87% dos entrevistados responderamque frequentam o RU frequentemente e sempre e apenas 13% afirmaramraramente e s vezes, isto significa que uma grande parte utiliza-seperiodicamente do restaurante. Com essa grande maioria sendo usuriaassdua do RU, contribui significativamente para a confiabilidade dosresultados obtidos na avaliao dos quesitos propostos pela pesquisa por partedos usurios.

    Em relao asatisfao dos usurios, a pesquisa os dividiu em doisgrupos: os que esto frequentando o RU a partir deste ano (calouro, menos deum ano) e os que frequentam desde anos anteriores (veterano, mais de umano). A pesquisa traz que, os calouros representaram 42% da amostra e os

    veteranos 58%.Estes alunos deram notas de 0 a 10 sobre alguns aspectos do RU e

    evidenciou-se que as mdias de notas de veteranos e calouros sobre todos osaspectos analisados, foram basicamente as mesmas com uma varinciainsignificante entre eles. As mdias dos dois grupos esto representadosna.

    Figura 1. Comparativo de Notas Mdias.Fonte: Dados da pesquisa.

    No que tange ao nvel de satisfao dos usurios em relao a fila,constata-se que a mdia aritmtica das notas dadas por ambos os grupos(calouros e veteranos) foi a mesma, sendo esta de 4,57.De todos os pontosanalisados na pesquisa, o quesito fila foi o nico que foi classificado comodeixando o usurio pouco satisfeito, com a menor mdia. sensato entodestacar que fica evidente que os dois grupos em questo tem a mesma tica

    de insatisfao em relao ao tempo de espera na fila, no sendo possveldescriminar aqui, uma tica diferente por parte dos alunos veteranos que

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    tinham uma perspectiva mais abrangente deste quesito, pelo fato de j teremvivenciado outra dinmica antes da reforma do RU.

    O Atendimento, na avaliao dos alunos mais novos, obteve a notamdia 6,45, enquanto os alunos com mais de um ano avaliaram com a notamdia 6,10. Aqui h uma diferena interessante, em que se pode notoriamenteobservar que os alunos mais novos no tm uma viso viciada sobre essequesito, em que com as mudanas feitas e onovo quadro de colaboradoresdepois da reforma, os alunos mais novos sentem-se mais satisfeitos que osalunos mais antigos.

    No mesmo sentido que o quesito fila, o quesito alimentao teve notastecnicamente iguais de ambos os grupos, tendo uma diferena de apenas 0,05nas notas, sendo que os veteranos deram nota 6,16 e o grupo dos calouros6,21. Novamente aqui reparamos praticamente a mesma percepo dos doisgrupos em relao ao quesito alimentao, sendo este, fator chave no quetange a prestao de servio do restaurante, e perante nossa metodologia,

    est deixando os usurios satisfeitos.Na avaliao sobre espao fsico, notou-se uma que h uma diferena

    entre os grupos, pois o grupo de veteranos mostrou-se estar menos satisfeitossobre a estrutura do que a os novatos. Com a nota 7,31, os alunos com menosde um ano de usurio mostraram que esto mais satisfeitos em relao aestrutura do que os alunos veteranos, que avaliaram este quesito com a notamdia 6,79. Pode-se dizer que os alunos que no tem um comparativo deantes da reformano RU esto mais satisfeitos com a nova estrutura.

    Climatizao um fator muito pertinente no RU, principalmente por setratar de um restaurante que est situado em uma das capitais mais quentes do

    pas. Este quesito foi o primeiro, na ordem das perguntas, a ter a mdia daavaliao dos dois grupos acima de 7. O grupo de veteranos avaliou aclimatizao com a nota 7,21 frente a nota de 7,43 dos alunos novatos. Nota-sea uma clara satisfao em relao a climatizao.

    O instrumento pelo qual o restaurante faz o controle de venda derefeies e acesso ao RU, muito importante para a dinmica de funcionamentodo mesmo, os tickets tiveram uma avaliao positiva em comparativo aosoutros quesitos, pois foi avaliado com as notas 7,05 e 6,98 por calouros eveteranos respectivamente, sendo a diferena de apenas 0,07.

    H uma pequena diferena, assim como as demais notas dos outrosquesitos, na avaliao frente ao quesito assentos, com notas 6,52 e 6,47, oscalouros e veteranos respectivamente, novamente tiveram uma mdiatecnicamente iguais, sendo a diferena de apenas 0,05 na nota, o que sedenota novamente que o fator comparativo com a reforma anterior quase queinsignificante para a conceituao dos alunos referente aos quesitos.

    O quesito edifcio foi o segundo mais bem conceituado pelos alunos,com as notas mdias acima de 7, conclui-se que a reforma do prdio do RU,com as poucas alteraes feitas, afetaram significativamente na satisfao dosusurios, sendo que o RU aumentou sua rea de praa de alimentao,ficando mais espaoso e com um ponto de serventia de alimentos a mais.

    Fatores estes que certamente contriburam na avaliao do edifcio com a notamdia 7,24 por parte dos calouros e 7,16 os veteranos.

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    A maior nota de satisfao entre os usurios foi o fator preo, onde asnotas dadas por ambos os grupos de calouros e veteranos ficaram acima de 9.Os veteranos avaliaram o preo com a nota 9,53 que em comparativo com anota dos calouros 9,19, foi a nica nota que os veteranos avaliaram a cima danota dos calouros. Conclui-se, portanto, que os veteranos esto mais

    satisfeitos e compreendem mais a importncia do valor subsidiado dasrefeies.

    Ao analisar os aspectos individualmente, as mdias de alimentao,espao fsico, climatizao, tickets, assentos e edifcio concentram-seentre 6.0 e 7.0, isto reflete que os alunos esto satisfeitos com estes aspectos.

    Por fim, importante destacar a importncia que o RU tem para com osseus usurios, a mdia obtida junto aos usurios for de 8.5, o que refora afuno social do RU de diminuir o custo de subsistncia dos alunos da UFMT,ampliando a probabilidade de mais indivduos conseguir um nvel superior deensino.

    5. CONCLUSO

    Compilados e analisados, os nmeros obtidos por esta pesquisaconcluem que, a hiptese de que o fator da reforma ocorrida no ano anteriorinfluenciaria diretamente no resultado da pesquisa, no se cumpre, pois asmdias entre os dois grupos feitos para analisar a satisfao dos usurios nohouve diferena significativa, ou seja, mesmo os usurios tendo uma

    experincia comparativa de antes-reforma e ps-reforma, no influenciaramefetivamente na pesquisa. Pelo contrrio, mostrou que a percepo dos novosusurios do RU frente ao dos veteranos, est estritamente correlacionadas, emque notas dos quesitos como fila, alimentao, tickets, assentos e edifcio,foram tecnicamente as mesmas, considerando que as diferenas forammnimas.

    de suma importncia destacar que o fator com que mais temcontribudo para a satisfao do usurio em relao ao RU o preo pagopelas refeies, pois com uma nota muito acima dos outros quesitos foi a quemais contribuiu para a mdia geral das notas de 6,83. De outro lado, o fatorque menos tem contribudo para a satisfao do usurio a fila, com umamdia bem a baixa dos outros quesitos, puxando a mdia geral de satisfaopara baixo.Verificando ento uma nota da mdia das mdias de 6,83,conclumos que o RU, segundo a metodologia, est deixando seus usuriossatisfeitos, contribuindo efetivamente para proporcionar melhor qualidade devida para os estudantes, consecutivamente contribuindo tambm para a ofertade uma educao de qualidade para a cidade, estado e pas.

    As mdias obtidas na pesquisa mostram que em mdia os alunos estosatisfeitos com os servios do Restaurante Universitrio da UFMT, mas queficam como desafios h atual gesto trabalhar nos pontos de menor satisfaodos usurios, a fim de buscar esse aprimoramento contnuo no qual tudo que

    est nesta esfera educacional universitria submetido.

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    6. REFERENCIAS BIBLIOGRFICAS

    LANGONI, Carlos Geraldo.Distribuio da Renda e DesenvolvimentoEconmico do Brasil.3 Ed., Editora FGV, 2005.

    NAKABASHI, Luciano e FIGUEIREDO, Lzia de, Mensurandoos Impactosdiretose indiretos do Capital Humano sobre o Crescimento.(Artigo)

    OREIRO, Jos Lus. Progresso Tecnolgico, crescimento econmico e asdiferenas internacionais nas taxas de crescimento da renda per capita.Uma crtica aos modelos neoclssicos de crescimento. (Artigo), 1999

    PINDYCK, Robert e RUBINFELD, Daniel. Microeconomia. 6 Ed. PEARSONPRENTICE HALL, 2007

    VARIAN, Hal R. Microeconomia Princpios Bsicos. 6 Ed., CAMPOS,2003

    ZAVALA, Arturo Alejandro Zavala; Estatstica Bsica. UAB/UFMT, 2009.

    http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2&Itemid=1164em 11/07/2013

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