Diagnostica+de+Portugues+ +2011

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    Nome: _____________________________________________________________________ Ano: ___________

    Sala: _________ Turno: _________________ Professora: _______________ Data: _____/_____/______

    O disfarce dos bichos

    Voc j tentou pegar um gatinho seco e ele virou bicho, abriu asas e voou? Se isso aconteceu porque o graveto era um inseto conhecido como bicho-pau. Ele to parecido com o galhinho, que pode

    ser confundido com o graveto.

    Existem lagartas que se parecem com raminhos de plantas. E h grilos que imitam folhas.

    Muitos animais ficam com a cor e a forma dos lugares em que esto. Eles fazem isso para sedefender dos inimigos ou capturar outros bichos que servem de alimento. Esses truques so chamadosde mimetismo, isto , imitao.

    O cientista ingls Henry Walter Bates foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou 11 anos naselva amaznica estudando os animais.

    MAVIAL MONTEIRO, Jos. Bichos que usam disfarces para defesa. FOLHINHA, 6 NOV. 1993

    1) O bicho-pau se parece com

    A)( ) florzinha seca

    B)( ) folhinha verde

    C)( ) galhinho seco

    D)( ) raminho de planta.

    Realidade com muita fantasia

    Nascido em 1937, o gacho Moacyr Scliar um homem verstil: mdico e escritor, igualmenteatuante nas duas reas. Dono de uma obra literria extensa, ainda um bigrafo de mo cheia ecolaborador assduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros para jovens e adultos so sucesso depblico e de crtica e alguns j foram publicados no exterior.

    Muito atento s situaes-limite que desagradam vida humana, Scliar combina com seus textosindcios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente fantsticas. A convivncia entrerealismo e fantasia harmoniosa e dela nascem os desfechos surpreendentes das histrias.

    Em sua obra, so frequentes questes de identidade judaica, do cotidiano da medicina e domundo da mdia, como, por exemplo, acontece no conto O dia em que matamos James Cagny.

    Para Gostar de Ler, vol.27. histrias sobre tica. tica, 1999.

    2) A expresso sublinhada em ainda um bigrafo de mo cheia significa que Scliar :

    A)( ) crtico e detalhista.

    B)( ) criativo e inconsequente.

    C)( ) habilidoso e talentoso.

    D)( ) inteligente e ultrapassado.

    O texto conta a histria de um homem que entrou pelo cano.

    O Homem que entrou pelo cano

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    Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princpio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depoisfamiliares. Vez ou outra um desvio, era uma seo que terminava em torneira.

    Vrios dias foi rodando, at que tudo se tornou montono. O cano por dentro no era interessante.

    No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criana brincava. Ento percebeu que asengrenagens giravam e caiu numa pia. sua volta era um branco imenso, uma gua lmpida. E a cara damenina aparecia redonda e grande, a olh-lo interessada. Ela gritou: Mame, tem um homem dentroda pia.

    No obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampo e ele desceu peloesgoto.

    BRANDO, Igncio de Loyola. Cadeiras Proibidas. So Paulo: Global, 1988, p.89.

    3) O conto cria uma expectativa no leitor pela situao incomum criada pelo enredo. O resultado no foi oesperado porque:

    A)( ) a menina agiu como se fosse um fato normal.

    B)( ) o homem demonstrou pouco interesse em sair do cano.

    C)( ) as engrenagens da tubulao no funcionaram.

    D)( ) a me no manifestou nenhum interesse pelo fato.

    A Boneca Guilhermina

    Esta a minha boneca, a Guilhermina. Ela uma boneca muito bonita, que faz xixi e coc. Ela muito boazinha tambm. Faz tudo o que eu mando. Na hora de dormir, reclama um pouco. Mas depoisque pega no sono, dorme a noite inteira! s vezes ela acorda no meio da noite e diz que est com sede.Da eu dou gua para ela. Da ela faz xixi e eu troco a fralda dela. Ento eu ponho a Guilhermina dentrodo armrio, de castigo. Mas quando ela chora, eu no aguento. Eu vou at l e pego a minha boneca no

    colo. A Guilhermina a boneca mais bonita da rua.MUILAERT, A.A boneca Guilhermina. In: __ As reportagens de Penlope. So Paulo:

    4)O texto trata, PRINCIPALMENTE:

    A)( ) das aventuras de uma menina.

    B)( ) das brincadeiras de uma boneca.

    C)( ) de uma boneca muito especial.

    D)( ) do dia-a-dia de uma boneca.

    A Raposa e o Canco

    Passara a manh chovendo, e o Canco todo molhado, sem poder voar, estava tristementepousado beira de uma estrada. Veio a raposa e levou-o na boca para os filhinhos. Mas o caminho eralongo e o sol ardente. Mestre Canco enxugou e comeou a cuidar do meio de escapar raposa. Passamperto de um povoado. Uns meninos que brincavam comeam a dirigir desaforos astuciosa caadora. Vaio Canco e fala:

    --- Comadre raposa, isto um desabafo! Eu se fosse voc no aguentava! Passava umadescompostura!...

    A raposa abre a boca num improprio terrvel contra a crianada. O Canco voa, pousa

    triunfantemente num galho e ajuda a vari-la...

    CASCUDO, Luis Cmara. Contos tradicionais do Brasil.16 ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001

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    5) No final da histria, a raposa foi:

    A)( ) corajosa B)( ) cuidadosa C)( ) esperta D)( ) ingnua

    6) O autor desses quadrinhos pretendeu chamar a ateno para a:

    A)( ) necessidades de preservar as rvores.

    B)( ) poesia Cano do exlio, que fala da terra.

    C)( ) vida de passarinho solidrio.

    D)( ) volta o sabi para sua casa.

    A Costureira das Fadas

    (Fragmentos)

    Depois do jantar, o prncipe levou Narizinho casa da melhor costureira do reino. Era uma aranhade Paris, que sabia fazer vestidos lindos, lindos at no poder mais! Ela mesma tecia a fazenda, elamesma inventada as modas.

    --- Dona Aranha disse o prncipe quero que faa para esta ilustre dama o vestido mais bonito

    do mundo. Vou dar uma grande festa em sua honra e quero v-la deslumbrar a corte.

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    Disse e retirou-se. Dona Aranha tomou da fita mtrica e, ajudada por seis aranhinhas muitoespertas, principiou a tomar as medidas. Depois teceu depressa, depressa, uma fazenda cor-de-rosa comestrelinhas douradas, a coisa mais linda que se possa imaginar. Teceu tambm peas de fita e pea derenda e de entremeio at carretis de linha de seda fabricou.

    MONTEIRO LOBATO - Jos Bento. Reinaes de Narizinho. So Paulo: Brasiliense, 1973.

    7) O prncipe quer dar um vestido para Narizinho porque:

    A)( ) ela deseja ter um vestido de baile.

    B)( ) o prncipe vai se casar com Narizinho.

    C)( ) ela deseja um vestido cor-de-rosa.

    D)( ) o prncipe far uma festa para Narizinho.

    8) A expresso v-la se refere :

    A)( ) Fada B)( ) Cinderela C)( ) Dona Aranha D)( ) Narizinho

    Eva Furnari

    Eva Furnari Uma das principais figuras da literatura para crianas. Eva Furnari nasceu em Roma(Itlia) em 1948 e chegou ao Brasil em 1950, radicando-se em So Paulo. Desde muito jovem, suaatrao eram os livros de estampas e no causa estranhamento algum imagin-la envolvida com cores,lpis e pincis, desenhando mundos e personagens para habit-los...

    Suas habilidades criativas encaminharam-na, primeiramente, ao universo das Artes Plsticasexpondo, em 1971, desenhos e pinturas na Associao dos Amigos do Museu de Arte Moderna, em umaamostra individual. Paralelamente, cursou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, formando-seno ano de 1976. No entanto, erguer prdios tornou-se pouco atraente quando encontrou a experinciadas narrativas visuais.

    Iniciou sua carreira como autora e ilustradora, publicando histrias sem texto verbal, isto ,contadas apenas por imagens. Seu primeiro livro foi lanado pela tica, em 1980, Cabra-cega,inaugurando a coleo Peixe Vivo, premiada pela Fundao Nacional do Livro Infantil e Juvenil FNLIJ.

    Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu muitos prmios, entre eles contam o Jabuti deMelhor Ilustrao Trucks (tica, 1991), A bruxa Zelda e os 80 docinhos (1986) e Anjinho (1998) setes lureas concedidas pela FNLIJ e o Prmio APCA pelo conjunto de sua obra.

    http://caracal.imaginaria.com/autografas/evafurnari/index.html

    9) A finalidade do texto :

    A)( ) apresentar dados sobre vendas de livros.

    B)( ) divulgar os livros de uma autora.

    C)( ) informar sobre a vida de uma autora.

    D)( ) instruir sobre o manuseio de livros.

    Poluio do solo

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    http://caracal.imaginaria.com/autografas/evafurnari/index.htmlhttp://caracal.imaginaria.com/autografas/evafurnari/index.html
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    na camada mais externa da superfcie terrestre, chamada solo, que se desenvolvem os vegetais.Quando o solo contaminado, tanto os cursos subterrneos de gua como as plantas podem serenvenenadas.

    Os principais poluentes do solo so os produtos qumicos usados na agricultura. Eles servem paradestruir pragas e ervas daninhas, mas tambm causam srios estragos ambientais.

    O lixo produzido pelas fbricas e residncias tambm pode poluir o solo. Baterias e pilhas jogadasno lixo, por exemplo, liberam lquidos txicos e corrosivos. Nos aterros, onde o lixo das cidades despejado, a decomposio da matria orgnica gera um lquido escuro e de mau cheiro chamadochorume, que penetra no solo e contamina mesmo os cursos de gua que passam bem abaixo dasuperfcie. {...}

    Almanaque Recreio. So Paulo: Abril .Almanaques CDD_056-9.2003.

    10) No trecho E na camada mais externa da superfcie terrestre a expresso sublinhada indica:

    A)( ) causa B)( ) finalidade C)( ) lugar D)( ) tempo

    Continho

    Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de meio-dia, ele estavasentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um vigrio a cavalo.

    --- Voc, a, menino, para onde vai essa estrada?

    --- Ela no vai no: ns que vamos nela.

    --- Engraadinho duma figa! Como voc se chama?

    --- Eu no me chamo, no, os outros que me chamam de Z.

    MENDES CAMPOS, Paulo, Para gostar de ler Crnicas. So Paulo: tica, 1996, v. 1 p. 76.

    11) H trao de humor no trecho:

    A)( ) Era uma vez um menino triste, magro.

    B)( ) ele estava sentado na poeira do caminho.

    C)( ) quando passou um vigrio.

    D)( ) Ela no vai no: ns que vamos nela.

    O que disse o passarinho

    Um passarinho me contouQue o elefante brigou

    Com a formiga s porque

    Enquanto danaram (segundo ele)

    Ela pisou no p dele!

    Um passarinho me contou

    Que o jacar se engasgou

    E teve de cuspi-lo inteirinho

    Quando tentou engolir,

    Imaginem s, um porco-espinho!

    Um passarinho me contou

    Que o namoro do tatu e a tartaruga

    Deu num casamento de fazer d:

    Cada qual ficou morando em sua casca

    Em vez de morar numa casca s.

    Um passarinho me contou5

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    Que a ostra muito fechada,

    Que a cobra muito enrolada

    Que a arara uma cabea oca,

    E que o leo-marinho e a foca...

    X x, passarinho, chega de fofoca!

    PAES,Jos Paulo. O que disse o passarinho. In: ___. Um passarinho me contou. So Paulo: Editora tica, 1996

    12) A pontuao usada no final do verso e que o leo-marinho e a foca... sugere que o

    passarinho:

    A)( ) est cansado.

    B)( ) est confuso.

    C)( ) no tem mais fofoca para contar.

    D)( ) ainda tem fofoca para contar.

    Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de semana, mas os alunos devem ser supervisionadospor algum responsvel pelos jogos ou qualquer opo de lazer que se oferea no dia. A

    comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes. Poderiam ser feitas gincanas,feitas e at churrascos dentro da escola.

    (Juliana Arajo e Souza)

    (Correio Braziliense, 10/02/2003, Gabarito.p.2.)

    13) Em A comunidade poderia interagir e participar de atividades interessantes., a palavradestacada indica:

    A)( ) alternncia. B)( ) oposio. C)( ) adio. D)( )explicao.

    O cabo e o soldado

    Um cabo e um soldado de servio dobravam a esquina, quando perceberam que a multidofechada em crculo observava algo. O cabo foi logo verificar do que se tratava.

    No conseguindo ver nada, disse, pedindo passagem:

    --- Eu sou irmo da vtima.

    Todos olharam e logo o deixaram passar.

    Quando chegou ao centro da multido, notou que ali estava um burro que tinha acabado de

    ser atropelado e, sem graa, gaguejou dizendo ao soldado:

    --- Ora essa, o parente seu.

    Revista Selees. Rir o melhor remdio. 12/98, p.91.

    14) No texto, o trao de humor est no fato de:

    A)( ) o cabo e um soldado terem dobrado a esquina.

    B)( ) o cabo ter ido verificar do que se tratava.

    C)( ) todos terem olhado para o cabo.

    D)( ) ter sido um burro a vtima do atropelamento.

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    Eu sou Clara

    Sabe, toda a vez que me olho no espelho, ultimamente, vejo o quanto eu mudei por fora.Tudo cresceu: minha altura, meus cabelos lisos e pretos, meus seios. Meu corpo tomou novasformas: cintura, coxas, bumbum. Meus olhos (grandes e pretos) esto com um ar mais ousado. Umbrilho diferente. Eu gosto dos meus olhos. So bonitos. Tambm gosto dos meus dentes, da minha

    franja... Meu grande problema so as orelhas. Acho orelha uma coisa horrorosa, no sei por que(nunca vi ningum com uma orelha bonitona, bem-feita). Ainda bem que cabelo cobre orelha!

    Chego concluso de que tenho mais coisas que gosto do que desgosto em mim. Isso bom, muito bom. Se a gente no gostar da gente, quem que vai gostar? (Ouvi isso em algumlugar...) Pra eu me gostar assim, tenho que me esforar um monte.

    Tomo o maior cuidado com a pele por causa das malditas espinhas (babo quando vejo umchocolate!). no como gordura ( claro que maionese no falta no meu sanduiche com batata frita,mas tudo light...) nem tomo muito refri (celulite!!!). procuro manter a forma. s vezes sinto vontadede fazer tudo ao contrrio: comer, comer, comer... Sair da aula de ginstica, suando, e tomar trsgarrafas de refrigerante geladinho. Pedir cheese bacon com um mundo de maionese.

    Engraado isso. As pessoas exigem que a gente faa um tipo e o pior que a gente acabafazendo. Que droga! Ser que o mundo feminino inteiro tem que ser igual? Parecer com a LuizaBrunet ou com a Bruna Lombardi ou sei l com quem? Ser que tem que ser assim mesmo?

    Por que um monte de garotas que eu conheo vivem cheias de complexos? Umas porqueso mais gordinhas. Outras porque os cabelos so crespos ou porque so um pouquinhonarigudas.

    Eu no sei como me sentiria se fosse gorda, ou magricela, ou nariguda, ou dentua, ou tudojunto. Talvez sofresse, odiasse comprar roupas, no fosse a festas... No mesmo! Bobagem! Minhame sempre diz que aa beleza um conceito muito relativo. O que pode ser bonito pra uns, podeno ser pra outros. Ela tambm fala sempre que que existem coisas muito mais importantes que

    tornam uma mulher atraente: inteligncia e charme, por exemplo. Acho que minha me coberta derazo!

    Pois bem, eu sou a Clara. Com um pouco de tudo e muito de nada.

    RODRIGUES, Juciara. Difcil deciso. So Paulo: Atual, 1996.

    15) No trecho ...nem tomo muito refri (celulite!!!)., a repetio do ponto de exclamaosugere que a personagem tem:

    A)( ) incerteza quanto s causas da celulite.

    B)( ) medo da ao do refrigerante.C)( ) horror ao aparecimento da celulite.

    D)( ) preconceito contra os efeitos da celulite.

    A beleza total

    A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a prpria Gertrudes.os espelhos pasmavamdiante de seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e muito menos as visitas. Noousavam abranger o corpo inteiro de Gertrudes. E impossvel, de to belo, e o espelho do banheiro,que se atreveu a isto, partiu-se em mil estilhaos.

    A moa j no podia sair rua, pois os veculos paravam revelia dos condutores, e estes,por sua vez, perdiam toda capacidade de ao. Houve um engarrafamento monstro, que durou umasemana, embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.

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    O Senado aprovou lei de emergncia, proibindo Gertrudes de chegar janela. A moa viviaconfinada num salo em que s penetrava sua me, pois o mordomo se suicidara com uma foto deGertrudes sobre o peito.

    Gertrudes no podia fazer nada. Nascera assim, este era o seu destino fatal: a extremabeleza. E era feliz, sabendo-se incomparvel. Por falta de ar puro, acabou sem condies de vida, eum dia cerrou os olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou pairando, imortal. O corpo jento enfezado de Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de Gertrudes continuou cintilando

    no salo fechado a sete chaves.ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausveis. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1985.

    16) Em que orao, adaptada do texto, o verbo personificou um objeto

    A)( ) O espelho partiu-se em mil estilhaos.

    B)( ) Os veculos paravam contra a vontade dos condutores.

    C)( ) O Senado aprovou uma lei em regime de urgncia.

    D)( ) Os espelhos pasmavam diante do rosto de Gertrudes.

    A chuva

    A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios. A chuva molhou os transeuntes. Achuva encharcou as praas. A chuva enferrujou as mquinas. A chuva enfureceu as mars. Achuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva esburacou as pedras. A chuvaalagou a favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A chuva anoiteceu de tarde. Achuva e seu brilho prateado. A chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva destroou osguarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva apagou o incndio. A chuva caiu. A chuvaderramou-se. A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o para-brisa. A chuva acendeu os faris.A chuva tocou a sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva com as gotasgrossas. A chuva de pingos pretos. A chuva aoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A

    chuva se pena. A chuva apenas. A chuva empenou os mveis. A chuva amarelou os livros. A chuvacorroeu as cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu rudo de vidro. A chuva inchou obrejo. A chuva pingou pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A chuvaderrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. Achuva regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez muitas poas. A chuva secou aosol.

    ANTUNES, Arnaldo. As coisas. So Paulo: Iluminuras, 1996.

    17) Todas as frases do texto comeam com a chuva. Esse recurso utilizado para:

    A)( ) provocar a percepo do ritmo e da sonoridade.

    B)( ) provocar uma sensao de relaxamento dos sentidos.

    C)( ) reproduzir exatamente os sons repetitivos da chuva.

    D)( ) sugerir a intensidade e a continuidade da chuva.

    Leiam esses dois textos e depois respondam:

    Texto I

    Monte Castelo

    Ainda que eu falasse a lngua dos homens

    E falasse a lngua dos anjos,

    Sem amor, eu nada seria.

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    s o amor, s o amor

    Que conhece o que verdade;

    O amor bom, no quer o mal,

    No sente inveja ou se envaidece.

    Amor fogo que arde sem se ver;

    ferida que di e no se sente;

    um contentamento descontente;

    dor que desatina sem doer.

    Ainda que eu falasse a lngua dos homens

    E falasse a lngua dos anjos,Sem amor eu nada seria.

    E um no querer mais que bem querer;

    solitrio andar por entre a gente;

    um no contentar-se de contente;

    cuidar que se ganha em se perder.

    um estar-se preso por vontade;

    servir a quem vence o vencedor;

    um ter com quem nos mata lealdade,

    To contrrio a si o mesmo amor.

    Estou acordado, e todos dormem, todosdormem, todos dormem.

    Agora vejo em parte,

    Mas ento veremos face a face.

    s o amor, s o amor

    Que conhece o que verdade.

    Ainda que eu falasse a lngua dos homens

    E falasse a lngua dos anjos,

    Sem amor eu nada seria.

    Legio Urbana. As quatro estaes. EMI, 1989 Adaptao de Renato Russo: I Corntios 13 e Soneto11, de Lus de Cames.

    Texto II

    Soneto 11

    Amor fogo que arde sem se ver;

    ferida que di e no se sente;

    um contentamento descontente;

    dor que desatina sem doer;

    um no querer mais que bem querer;

    solitrio andar por entre a gente;

    nunca contentar-se de contente;

    cuidar que se ganha em se perder;

    querer estar preso por vontade;

    servir a quem vence o vencedor;

    ter com quem nos mata lealdade.

    Mas como causar pode seu favor

    Nos coraes humanos amizade,

    Se to contrrio a si o mesmo amor?

    Luis Vaz de Cames. Obras completas. Lisboa: S da Costa, 1971.

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    18) O texto I difere do texto II:

    A)( ) na constatao de que o amor pode levar at morte.

    B)( ) na exaltao da dor causada pelo sofrimento amoroso.

    C)( ) na expresso da beleza do sentimento dos que amam.

    D)( ) na rejeio passiva do sofrimento amoroso.

    Texto I

    Telenovelas empobrecem o pas

    Parece que no h vida inteligente na telenovela brasileira. O que se assiste todos os dias

    s 6, 7 ou 8 horas da noite algo muito pior do que os mais baratos filmes B americanos. Osdilogos so pssimos. As atuaes, sofrveis. Trs minutos em frente a qualquer novela socapazes de me deixar absolutamente entediado nada pode ser mais previsvel.

    Antunes Filho. Veja, 11/maro/1996

    Texto II

    Novela cultura

    Veja Novela de televiso aliena?

    Maria Aparecida Claro que no. Considerar a telenovela um produto cultural alienante um tremendo preconceito da universidade. Quem acha que novela aliena est na verdadechamando o povo de dbil mental. Bobagem imaginar que algum induzido a pensar que a vida um mar de rosas s por causa de um enredo aucarado. A telenovela brasileira um produtocultural de alta qualidade tcnica, e algumas delas so verdadeira obras de arte.

    Veja, 24/jan/96.

    19) Com relao ao tema telenovela:

    A)( ) nos textos I e II, encontra-se a mesma opinio sobre a telenovela.

    B)( ) no texto I, compara-se a qualidade das novelas aos melhores filmes americanos.

    C)( ) no texto II, algumas telenovelas brasileiras so consideradas obras de arte.

    D)( ) no texto II, a telenovela considerada uma bobagem.

    Boa Sorte!!!

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    DESCRITORES DAS QUESTES:

    1) D1 - Localizar informaes explcitas em um texto.

    2) D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expresso

    3) D4 Inferir uma informao implcita no texto.

    4) D6 Identificar o tema de um texto.

    5) D7 Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

    6) D5 Interpretar texto com auxlio de material grfico diverso (propagandas, quadrinhos,fotos, entre outros).

    7) D8 Estabelecer a relao causa/consequncia entre partes e elementos do texto.

    8) D2 Estabelecer relaes entre partes de um texto, identificando repeties ousubstituies que contribuem para a continuidade de um texto.

    9) D9 Identificar a finalidade de textos de diferentes gneros.

    10) D12 Estabelecer relaes lgico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunes,advrbios etc.

    11) D13 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

    12) D14 Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuao e de outras notaes.

    13) D15 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informao na comparao de textos quetratam do mesmo tema, em funo das condies em que ele foi produzido.

    14) D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

    15) D17 Identificar o efeito sentido decorrente do uso da pontuao e de outras notaes.

    16) D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavraou expresso.

    17) D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da explorao de recursos ortogrficose/ou morfossintticos.

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    18) D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informao na comparao de textos quetratam do mesmo tema, em funo das condies em que ele foi produzido.

    19) D21 Reconhecer posies distintas entre duas ou mais opinies relativas ao mesmo fatoou ao mesmo tema.

    GABARITO

    1) C

    2) C

    3) D

    4) C

    5) D

    6) A

    7) D

    8) D

    9) C

    10)C

    11)D

    12)D

    13)C

    14)D

    15)C

    16)D

    17)D

    18)D

    19)C

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