DE TUDO · jogar queimada Morte no ginásio ... de vidro quebrado. O som se propaga no chão, ......
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pensamentos profundos
devaneios aleatórios
namorado sexy
trabalho braçal @ chácara de árvores de Natal
sarcasmo
lágrimas
Ruby a cadelamaravilha
medo do ginásio
gambá
cura
coincidências bizarras
Este livro contém
J.J. Johnson é autora do famoso YA Romance Esta Garota é Diferente. Graduou-se na Binghamton University eobteve o mestrado na área de Educação na Harvard University, com o foco em risco e prevenção na adolescência. Johnson tem atuado como orientadora de jovens e coordenadora de estágio para programas como The Learning Web e Youth Advocacy. Resideem Durham, naCarolina do Norte.
Visite-nos:@NossaCulturafacebook.com/EditoraNossaCulturawww.nossacultura.com.br
DIRETOR EDITORIALPaulo Fernando Ferrari Lago
EDITORClaudio Kobachuk
ASSISTENTE EDITORIALGetúlio Ferraz
TRADUÇÃOMarta Chiarelli
PREPARAÇÃO DE TEXTOClaudio Kobachuk
Getúlio Ferraz
REVISÃOTania Growoski
DIAGRAMAÇÃOCláudio R. Paitra
PROJETO GRÁFICO E CAPAMaureen Withee
ADAPTAÇÃO DE CAPA João Marcelo Leal
Título Original: The Theory of Everything.First published in the United States under the title THE THEORY OF EVERYTHING by JJ Johnson.Text Copyright ©2012 by JJ Johnson. Published by arrangement with Peachtree Publishers.
Todos os direitos reservados pelaEditora Nossa Cultura Ltda, 2013.
EDITORA NOSSA CULTURA LTDARua Grã Nicco, 113 – Bloco 3 – 5º andarMossunguêCuritiba – PR – BrasilTel: (41) 3019-0108 – Fax: (41) 3019-0108http://www.nossacultura.com.br
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)INDEX CONSULTORIA EM INFORMAÇÃO E SERVIÇOS LTDA.
CURITIBA - PR
IMPRESSO NO BRASIL / PRINTED IN BRAZIL
Johnson, J. J. J67 A teoria de tudo / JJ Johnson ; tradutora Marta Chiarelli.— Curitiba : Nossa Cultura, 2013. 348 p.
Título original: The theory of everything ISBN 978-85-8066-121-7 1. Literatura americana. I. Título.
CDD (20.ed.) 813 CDU (2.ed.) 820(73)-3
Nota: A edição desta obra contou com o trabalho, dedicação e empenho de vários profissionais. Porém podem ocorrer erros de digitação e impressão. Grafia atualizada segundo o acordo ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, em vigor no Brasil desde 2009.
JamieEu
O cervo
TURBILHÃO do MAL(i.e., o ginásio)
Algum significado essencial que desconheço
ouacontecimentos aleatórios completamente arbitrários
* Melhor amiga para sempre.
MAPS* que detesta jogar queimada
Morte no ginásio
Cortada com caco de vidro da janela
Oito anos atrás, quando tínhamos sete anos de idade, minha melhor amiga, Jamie, deu-me um caleidoscópio. Sei que pode parecer careta, mas eu adorei. E Jamie também. O tempo todo, a garota queria de volta o caleidoscópio até que eu dei um para ela. Ficávamos deitadas lá no meu quintal, olhando fixamente para o céu através dos caleidoscópios. Cristais de nuvens brancas, fragmentos de céu azul.
Muita loucura, mas de um jeito saudável, sem drogas. Bem, hoje em dia a minha vida é daquele jeito –
alucinante, instável, sem falar em Zoloft.Ah, e P.S.: Jamie não está aqui. Morreu em março
passado.De lá para cá, é como se eu vivesse num caleidoscópio
gigantesco: alguma energia exterior invisível altera o mundo; o chão oscila; os recortes dos meus dias se aglomeram formando novas imagens, todas vítreas e triangulares.
Soa a campainha que anuncia o final da aula. Preciso ir correndo para o ginásio. O ginásio é o pior lugar nesta terra cristalina e prismática. Digamos que é o Décimo Círculo do Inferno. Detesto aquele lugar com todas as minhas forças, sem exagero, mas não posso deixar de ir até o vestiário porque preciso de suprimento extra de tampões e Advil. Meu período menstrual resolveu me surpreender no meio da aula de Química e, infelizmente, não consegui repor o estoque no meu escaninho.
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Resolvo logo o assunto e saio do ginásio. Preciso chegar ao estacionamento antes que meu irmão, Jeremy, vá embora.
Passo correndo ao longo da parede lateral, que é uma sequência de painéis de vidro, até chegar à saída para o estacionamento. Empurro. A porta não se move. Dou alguns chutes. Este lugar é mesmo o próprio inferno.
Alguma coisa do lado de fora atrai meu olhar. Viro-me naquela direção. Tudo se desenrola – um filme soltando-se de um projetor, serpenteando no chão.
Através da janela, um borrão. Uma fração de segundo. Barulho, como de um trovão, e então o estrondo de vidro quebrado. O som se propaga no chão, repercute nos meus pés e sobe pelas minhas pernas, penetrando na coluna.
Flocos de neve imensos, reluzentes, explodem no ar, um caleidoscópio apontado para o céu azul e para as nuvens. Mas não são flocos de neve nem nuvens. São cacos de vidro.
Cambaleando à minha frente há uma enorme criatura. Um cervo com galhadas imensas. Bramindo. Flocos de neve – cacos de vidro – projetando-se do seu corpo.
Inacreditável! Meus pés ficam presos ao chão do ginásio como se magnetizados.
Estou petrificada: uma das mãos erguida (como se eu pudesse deter o vidro que se quebra), a outra pressionando o meu medalhão como se fosse ele a necessitar de proteção.
O cervo cambaleia. Sua cabeça oscila. Olha fixamente para mim. E juro que parece me dizer algo. Diz-me que o caleidoscópio girou mais uma vez, minha
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vida está mudando – de novo – e eu e este cervo estamos dando cambalhotas dentro de prismas e luz.
Assim que minhas pernas voltam a funcionar, vou embora. Os braços latejando, a mochila sacolejando, os peitos balançando. Meus pés estão no piloto automático; levam-me à secretaria. Quando chego lá, mal consigo me expressar.
– Um cervo no ginásio... está ferido...A Srta. Franklin vira-se na direção oposta ao
computador e apoia a Coca-Cola Diet.– Sarah, querida. Você está sangrando.A Srta. Franklin leva a mão à testa. Espelhando-me
no seu gesto, deslizo as pontas dos dedos no sangue liso e morno acima da minha sobrancelha. Tem alguma coisa encravada na minha pele. Um caquinho de vidro.
– Ô. Merda.O Dr. Folger sai do seu escritório particular.– É a nossa Srta. Jones? Com certeza não há motivo
para esta linguagem.Ele nem mesmo olha para mim. Ao invés disso,
detém-se perto da porta para deslizar para o centro a placa com o seu nome. James Folger, Doutor em Educação, Diretor. Vira-se para nós. Quando vê a minha testa, arregala os olhos.
– Puxa vida! Você está bem?– Sim. Estou ótima.Não tive a intenção de falar assim. (Em certo
momento, nesses últimos oito meses, meu jeito normal de me expressar assumiu o tom sarcástico. Não sei explicar,
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mas, aproximadamente 92 por cento do que eu digo parece sarcástico, quer queira quer não queira. Foge ao controle.)
– Tem um cervo no ginásio.– Tem o quê?Enquanto explico o que se passa com o animal, a
Srta. Franklin destaca lenços de papel da caixa e agita-os na direção da minha testa.
Pego o Kleenex e o pressiono acima do olho. O Dr. Folger dá dois passos curtos, como se ficasse nauseado ao ver sangue. Obviamente passou longe a vocação para ser paramédico.
A Srta. Franklin está ao telefone.– ... ficar até mais tarde. Sim, entraremos em contato
com a senhora. Obrigada.Ela dirige ao Dr. Folger uma dessas expressões
significativas que os adultos não acreditam que nós, Jovens de Hoje em Dia, somos capazes de compreender.
– Vamos dar uma olhada no ginásio?– Sim. Sim, é claro.A Srta. Franklin retira mais alguns lenços e me
entrega. Ponho no bolso o que estava usando e pressiono um lenço limpo na minha testa. (Bolso esquerdo, lixo; bolso direito, objetos úteis como hidratante labial e prendedores de cabelo.) Ela pega a Coca Diet e saímos.
Ao passar pela última curva antes de chegar ao ginásio, começo a desejar ardentemente que o cervo tenha desaparecido. Falando sério, aquilo tudo deve ter sido alucinação. Às vezes, alucinar é melhor que lidar com a realidade.
Mas o cervo continua no mesmo lugar e agora está gemendo. O barulho faz com que o Dr. Folger e a Srta.
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Franklin fiquem estáticos; então eu mesma seguro a porta e empurro. Eles me seguem. Ficamos lá, de pé, sem falar, provavelmente durante um longo tempo. O cervo está deitado de lado agora, virado para as janelas quebradas – olhando na direção da liberdade.
Baixo a mochila e olho fixamente para os meus pés. Ouço o cervo lutar para ficar de pé.
A Srta. Franklin deixa cair a lata de refrigerante. Tum. Fizz. O líquido marrom se espalha no chão, por cima das faixas pintadas das quadras esportivas.
– Que coisa – ela respira profundamente.O Dr. Folger diz:– Puxa vida...Escuto ele coçar o pescoço.– Ligue para a Emergência.Ele está pensando em Jamie. Nós todos estamos.
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ST
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OEu mesma não me suporto. Sério, por que não consigo ser verdadeira?
CAPITULO 2Regras de envolvimento...
Pessoa tenta falar
comigo: “Oi, tudo bem?”
Abro a boca para dizer alguma coisa normal.
Tom sarcástico entra em ação!
(INVOLUNTARIAMENTE)
Sarcasmo extravasa.
“Ah, estou ótima.
Você também, aparentemente”.
A pessoa sai correndo,
GRITANDO
Quando/se a pessoa é totalmente
masoquista e volta para reviver a experiência...
Tom sarcástico em ação! Ô,
me perdoe. Dei a entender que
sou uma peste? Talvez seja
porque estou cercada de ...!
A pessoa pensa que
sou uma peste. É o que
dou a entender. “Por que
você está agindo como
se fosse uma peste?”
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Antes que eu pudesse pensar muito a respeito do lugar aonde ela estaria me levando, a Srta. Franklin me conduz para fora do ginásio, pelo mesmo caminho que tínhamos vindo, até a enfermaria. A porta é empurrada e dou de cara com a mãe de Jamie.
Sensacional. Lá se foi por água abaixo mais de meio ano de Hipervigilância Evitando Tudo Que Diz Respeito à Família de Jamie. Porque a Sra. Cleary está bem aqui, agora, e, pode crer, ela não está nada bem.
Dela a tristeza se esvai como água de chuva radioativa. Seu rosto está acabado e as pálpebras inferiores estão inchadas. Suponho que seja essa a aparência de quem perdeu uma filha. Mas quando sorri, o olhar demonstra que ela está realmente feliz de me ver.
Estou viva e a filha da Sra. Cleary está morta. Não queria estar no lugar de tal pessoa.
Mas ela sorri.– Sarah – diz –, agarrando-me para me abraçar e em
seguida empurrando-me para ver a minha testa.Será que ela sabe que tem um cervo caído no chão
do ginásio? Um não seria melhor que um sim. Chega de tristeza no ginásio.
– Tem um pequeno corte na testa dela – diz a Srta. Franklin.
– Praticamente parou de sangrar – digo.Tradução: Nada a ser visto. Não sou um dos
androides que vocês procuram. Continue.
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– Vamos dar uma olhada.A Sra. Cleary dá umas ligeiras batidas no balcão
para que eu me sente e calça as luvas plásticas. Segura o meu queixo, inclinando a minha cabeça para avaliar a situação.
– Não é profundo, mas há um pequeno fragmento... é vidro? ...que precisa ser retirado. E isso pode fazer sangrar um pouco mais.
Assim que a pinça vem na direção do meu olho, escutamos uma sirene do lado de fora, na rotatória do ônibus.
A Srta. Franklin diz:– Volto logo.Agora estou a sós com a Sra. Cleary. Ela retoma a
ação com a pinça na minha testa e diz:– A rigor, não cabe a mim fazer isto. Remover cacos
de vidro equivale a uma cirurgia. Não é bobagem? Mas suponho que seus pais não vão se importar.
– Por mim, tudo bem – digo.Considerando que ela não está processando o meu
pai por tudo que diz respeito a Minha Filha Morreu Na Escola Em Que Você é Superintendente, suponho que meus pais não vão processar a Sra. Cleary por Remover Um Pequeno Caco de Vidro Da Testa de Nossa Filha. Eles são descolados.
– Ai! – digo ao sentir uma dor aguda na testa.– Desculpe – diz Sra. Cleary. – É teimoso.Ui, está doendo. Será que ela está escavando o meu
cérebro ou coisa parecida? Será que existe uma escavação arqueológica na minha caixola?
A Srta. Franklin retorna com um policial. A Sra. Cleary interrompe a escavação.
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– Sarah, querida – diz a Srta. Franklin. – O policial Adams precisa lhe fazer algumas perguntas.
– Alguns instantes apenas – diz ele.Tem nas mãos um pequeno bloco de anotações e uma
caneta. Assume imediatamente a atitude de interrogador. Graças a Deus, porque obviamente um grave delito foi cometido.
– Foi você que encontrou o animal?Concordo com um gesto de cabeça.– Diga o seu nome, por favor.– Sarah Jones.A caneta do oficial pousa no bloquinho.– Soletre, por favor.O movimento circular dos meus olhos é totalmente
involuntário, juro. Ele quer que eu soletre o nome mais comum da história? Começo a soletrar.
– B-A-L-T-H-A-Z-A ...– Sarah... – a Srta. Franklin adverte.O policial olha para a Srta. Franklin, e depois para
mim. Volta-me o olhar repressor.Dou um suspiro. Não sou uma peste, mas estou
irritada. Detesto pensar que a Sra. Cleary esteja triste e o cervo ferido. Sem falar que a última vez que um policial me fez perguntas assim, minha melhor amiga tinha morrido bem na minha frente.
– É Sarah com H.– O sobrenome é J-O-N-E-S – soletra a Srta. Franklin.O policial pigarreia.– Diga-me o que aconteceu, por favor.Ele olha para mim de cima a baixo. O olhar se detém
na minha testa (que está latejando de dor, muito obrigada) e... sim, óbvio... dá uma olhada nos meus peitos, como se
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não quisesse mas não pôde evitar. Os caras pensam que são os próprios 007 nessa olhada rápida para os peitos, mas eu sempre percebo. Tenho esse dom.
Passo para o Oficial Observador de Peitos a versão resumida do que aconteceu com o cervo. O mais irritante é que tropeço numa ou duas palavras porque a Sra. Cleary está presente e a história toda se confunde com a morte de Jamie... e sinto o sangue aflorar nas minhas bochechas. O policial OP deve ter notado as maçãs do meu rosto ficando coradas porque ele me dá uma olhada do tipo Tem Alguma Coisa Que Você Não Está Contando. E, sem dúvida, ele prossegue.
– Mais alguma coisa?– Não – respondo.– Algo que deixou de mencionar?– Não. Negativo. Nada.Respiração de fumante.– Algum detalhe foi omitido?Poxa. Abuso de autoridade? Mas está funcionando;
sinto o coração migrando para a minha garganta. Engulo com dificuldade.
– Bem, quero dizer, não sei como...– Preciso terminar o curativo – diz a Sra. Cleary ao
policial.A Srta. Franklin acrescenta rapidamente:– Você sabe onde é o ginásio não é mesmo, Harold? Ah. Isso, Srta. Franklin! Provavelmente ela conhece
Harold Babão desde que ele era um garotinho de jardim de infância com mania de cutucar o nariz; faz séculos que ela trabalha em escolas.
– Sim, Srta. F.E ele sai.
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Depois que ele vai embora, a Srta. Franklin dá uns tapinhas no meu joelho e suspira.
– Você disse tudo que ele precisava saber, querida.Depois de um longo suspiro, acomoda-se na porta
próxima à janela.A Sra. Cleary parece estar ainda mais cansada.
Exibe a pinça e volta ao trabalho. A pele estica quando o vidro sai. Dói. Ela vai até um armário e volta com uma pequena quantidade de gaze e um band-aid.
– Quase pronto.No momento em que ela retira o invólucro do band-
aid, escutamos um barulho. Um estouro alto, compacto, isolado.
A Sra. Cleary leva um susto tão grande que dá um pulo, e quase acerta o meu olho com o dedo.
– O que foi...Outro estouro. Como um morteiro. É o que dizem
nos noticiários da TV: parecia o som de um morteiro.A noção do que está acontecendo filtra lentamente
através do meu cérebro, como café pingando de um filtro de papel: plip plip plop.
Tiros? Tiros.E continua a filtrar, até que, dâr, eu me dou conta:
Harold, o policial atirou no cervo. Duas vezes.Provavelmente para poupar o sofrimento. Com
certeza foi o motivo.Mesmo assim a sensação é de que foi cruel. Tudo.
Tanta tragédia no ginásio. Para mim, chega. Droga.A Srta. Franklin pisca.– Agora acabou, querida.Faz uma pausa.– Foi melhor assim.
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Olho para a Sra. Cleary, cujo rosto ficou acinzentado. A mão cobrindo a boca, demonstrando não acreditar em coisa alguma.
Foi melhor. Claro.Que monte de porcaria.A Sra. Cleary firma o band-aid na minha testa.– Seus pais devem estar tentando imaginar onde
você está agora – ela diz. – Vou lhe dar uma carona até em casa.
Certo. Jeremy já se foi há muito tempo, tenho certeza. Cinco meses e duas semanas até eu completar dezesseis anos, e nesse dia exato vou tirar minha carteira de motorista, e Jeremy terá se formado na universidade; portanto, vou ficar com o carro e nunca mais terei que depender de caronas.
A Srta. Franklin diz:– Vou acompanhar vocês duas até o carro.