Considerai o Apóstolo e Sumo Sacerdote de Nossa Confissão, Por Robert M. M'Cheyne

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Eis o esboço deste sermão:“Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hebreus 2:16-18). Doutrina. Cristo é um Misericordioso Sumo Sacerdote.I. A misericórdia soberana de Cristo em tornar-se homem. 1. Não se surpreenda se Jesus passa por muitos. 2. Se Cristo visitou a sua alma, dê-Lhe toda a glória. 3. Se Cristo está agora a visitar a sua alma, não brinque com Ele.II. Cristo se fez semelhante a nós em todas as coisas. Cristo não apenas se tornou homem, mas que convinha que fosse feito semelhante a nós em tudo. Ele sofreu, tendo sido tentado.1. Ele passou por todos as etapas de nossa vida, desde a infância até a idade adulta. 2. Ele provou as dificuldades de muitas situações na vida. 3. Que provações Ele tinha provindas de Sua própria família! 4. Que provações de Satanás! 5. Que provações de Deus! III. O Propósito: que Ele pudesse ser um Sumo Sacerdote Misericordioso e Fiel. A obra de Cristo como Sumo Sacerdote está aqui estabelecida como dupla. 1. Fazer expiação pelos nossos pecados. 2. Socorrer seu povo nas tentações.1. Fazer expiação. 2. Socorrer os que são tentados. Nós temos um Sumo Sacerdote Misericordioso e Fiel. Ele sofreu, tendo sido tentado, justamente para poder socorrer aos que são tentados. O antigo sumo sacerdote oferecia sacrifício não somente no altar, o seu trabalho não terminava o cordeiro era consumido. Ele deveria ser um pai para Israel. Ele levava todos os seus nomes, gravados sobre o seu coração; ele entrava e orava por eles dentro do véu. Ele saia e abençoava o povo, dizendo: “O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti...” Veja Números 6:24-25.Assim é com o Senhor Jesus. Seu trabalho não terminou no Calvário. Aquele que morreu por nossos pecados vive para interceder por nós, para nos ajudar em todos os momentos de necessidade. Ele ainda é o homem à mão direita de Deus. Ele ainda é Deus, e, portanto, em razão de Sua Divindade, está presente aqui neste dia, tanto quanto qualquer um de nós. Ele conhece todos os seus sofrimentos, tentações e dificuldades; cada pequeno suspiro que Ele ouve. Seu coração humano é o mesmo ontem, hoje e para sempre; Ele suplica por você, pensa em você, planeja livramentos para você.Queridos irmãos tentados! Vão com confiança ao trono da graça, para alcançar misericórdia e achar graça para socorro na hora de sua necessidade.Você está em luto por alguém amado? Vá e diga a Jesus, espalhe suas tristezas aos Seus pés. Ele sabe de todas elas; se compadece de você por todas elas. Ele é um Sumo Sacerdote Misericordioso. Ele é fiel, também, nunca ausente na hora da necessidade. Ele é capaz de socorrê-lo com a Sua palavra, pelo Seu Espírito, por Sua providência. Ele deu-lhe todo o conforto que tinha por seus amigos. Ele pode dar-lhe sem eles. Ele lhe privou do fluxo, para que você possa ir para a fonte.

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  • CONSIDERAI O APSTOLO E SUMO

    SACERDOTE DE NOSSA CONFISSO

    .

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    Traduzido do original em Ingls

    Consider the Apostle and High Priest of our profession, Christ Jesus

    By R. M. M'Cheyne

    Extrado da obra original, em volume nico:

    The Sermons of the Rev. Robert Murray M'Cheyne

    Minister of St. Peter's Church, Dundee.

    Via: Books.Google.com.br

    Traduzido por Camila Almeida

    Reviso e Capa por William Teixeira

    1 Edio: Fevereiro de 2015

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, sob a licena Creative

    Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

    Voc est autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

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    nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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    Considerai o Apstolo e Sumo Sacerdote de Nossa Confisso

    Por Robert Murray MCheyne

    Considerai a Jesus Cristo, apstolo e sumo sacerdote da nossa confisso.

    (Hebreus 3:1b)

    Quando um viajante passa muito rapidamente por um pas, o olho no tem tempo para des-

    cansar sobre os diferentes objetos dele, de modo que, quando ele chega ao fim de sua jor-

    nada, nenhuma distinta impresso foi feita em sua mente; ele tem apenas uma noo con-

    fusa do pas pelo qual ele viajou.

    Isto explica como que a morte, o juzo, a eternidade, produzem to pouca impresso so-

    bre as mentes da maioria dos homens. A maioria das pessoas nunca parou para pensar,

    apenas apressam-se atravs da vida, e encontram-se na eternidade antes de terem alguma

    vez considerado a questo: O que devo fazer para ser salvo?. Mais almas so perdidas

    por falta de considerao do que por qualquer outra forma.

    A razo por que os homens no so despertados e feitos ansiosos por suas almas, que

    o diabo nunca lhes d tempo para considerar. Por isso, Deus clama: pare, pobre pecador,

    pare e pense. Considere os seus caminhos. Quem dera eles fossem sbios! Que isto em-

    tendessem, e atentassem para o seu fim! [Deuteronmio 32:29]. E, novamente, Ele brada:

    Israel no tem conhecimento, o meu povo no entende [Isaas 1:3].

    Da mesma forma, o diabo tenta fazer os filhos de Deus duvidarem se h uma providncia.

    Ele os apressa s lojas e mercado. No percam tempo, ele diz, apenas faam dinheiro. Por

    isso, Deus clama: pare, pecador miservel, pare e pense; e Jesus diz: Olhai para os lrios

    do campo, como eles crescem; olhai para as aves do cu, que nem semeiam, nem segam,

    nem ajuntam em celeiros [Mateus 6:28, 26].

    Da mesma forma o diabo tenta fazer com que os filhos de Deus vivam vidas desconsoladas

    e profanas. Ele os seduz para longe de simplesmente olhar para Jesus; ele os apressa a

    olhar para milhares de outras coisas, como ele levou Pedro, andando sobre o mar, a olhar

    em volta para as ondas. Mas Deus diz: Olhe aqui, considerai a Jesus Cristo, Apstolo e

    Sumo Sacerdote da sua confisso; olhai para Mim, e sereis salvos; corram a sua corrida,

    olhando para Jesus; considere a Cristo, o mesmo ontem, hoje e para sempre.

    I. Os crentes devem viver em diria considerao da grandeza e glria de Cristo.

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    (1). Houve um tempo em que o tempo no existia; quando no havia terra, nem sol, nem

    lua, nem estrela; um perodo em que voc poderia ter vagueado por todo o espao, e nunca

    encontraria um lugar de descanso para a sola de seu p; quando voc no teria encontrado

    nenhuma criatura em qualquer lugar, seno Deus em todos os lugares; quando no havia

    anjos com harpas de ouro entoando louvores celestes; mas somente Deus era tudo em

    todos.

    Pergunta. Onde estava Jesus? Ento, eu respondo. Ele estava com Deus. No princpio era

    o Verbo, e o Verbo estava com Deus [Joo 1:1]. Ele estava perto de Deus, e em perfeita

    felicidade ali. O Senhor me possuiu no princpio de seus caminhos, desde ento, e antes

    de suas obras. Ento eu estava com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delcias,

    alegrando-me perante ele em todo o tempo [Provrbios 8:22, 31]. Ele estava no seio do

    Pai [Joo 1:18]; O Filho Unignito que estava no seio do Pai; Ele estava em perfeita glria

    ali: E agora glorifica-me tu, Pai, junto de ti mesmo, com aquela glria que tinha contigo

    antes que o mundo existisse [Joo 17:5].

    Questo. O que era Jesus, ento? Resposta. Ele era Deus. O Verbo estava com Deus, e

    era Deus. Ele era igual ao Pai. No teve por usurpao ser igual a Deus [Filipenses 2:6].

    Ele era rico. Ele era o resplendor da sua glria, e a expressa imagem da sua pessoa [He-

    breus 1:3].

    Agora, irmos, pudesse eu lev-los para aquele tempo em que Deus estava sozinho desde

    toda a eternidade. Pudesse eu mostrar-lhes a glria de Jesus, assim, como Ele habitou no

    seio do Pai, e era a cada dia as Suas delcias; e eu dissesse a vocs: Este o glorioso

    Ser que tomar a causa dos miserveis pecadores perdidos; este Aquele que Se colocar

    em seu lugar e posio, para padecer tudo o que eles deveriam sofrer, e obedecer tudo o

    que eles deveriam obedecer; considerai a Jesus, olhem longa e sinceramente; pesem toda

    a considerao na balana do julgamento mais slido; considerai a Sua posio, Sua proxi-

    midade, Sua amabilidade a Deus Pai; considerai o Seu poder, a Sua glria, a Sua igualdade

    com o Pai em tudo; considerai, e digam, vocs acham que deveriam confiar o seu caso a

    Ele? Vocs pensam que Ele pode ser um suficiente Salvador? , irmos, no deveria cada

    alma clamar: Ele suficiente, eu no quero outro Salvador?

    (2). Novamente, houve um momento em que este mundo veio a existir; quando o sol come-

    ou a brilhar, e a terra e o mar comearam a sorrir. Houve um tempo em que mirades de

    anjos felizes vieram a existir, primeiro estenderam as asas, cumprindo as Suas ordens;

    quando as estrelas da manh cantaram juntas, e todos os filhos de Deus clamavam em

    alegria.

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    Questo. O que Jesus estava fazendo, nesta ocasio? Resposta. Sem ele nada do que foi

    feito se fez [Joo 1:3]. Porque nele foram criadas todas as coisas que h nos cus e na

    terra, visveis e invisveis, sejam tronos, sejam dominaes, sejam principados, sejam po-

    testades. Tudo foi criado por ele e para ele [Colossenses 1:16]. , irmos, eu poderia leva-

    los ao longe, de volta para aquele maravilhoso dia, e mostrar-lhes Jesus chamando todos

    os anjos existncia, suspendendo a terra sobre o nada; vocs poderiam ter ouvido a voz

    de Jesus dizendo: Haja luz, e houve luz; e eu poderia ter-lhes dito: Este Aquele que ainda

    Se entregar pelos pecadores; considerem-nO, e vejam se vocs acham que Ele ser um

    suficiente Salvador; olhem longa e sinceramente; boas novas, boas novas para os peca-

    dores, se este Ser poderoso se entregou por ns! Eu to pouco posso duvidar da segurana

    e plenitude de minha salvao quanto eu posso duvidar da firmeza do slido cho sob os

    meus ps.

    (3). Mas a obra da criao ocorreu h muito tempo. Jesus esteve sobre a nossa terra. E

    agora Ele no est aqui; Ele ressuscitou. Mais de mil e oitocentos anos se passaram desde

    que Cristo esteve sobre a terra.

    Questo. Onde Jesus est agora? Resposta. Ele est assentado nos cus destra do

    trono da majestade [Hebreus 8:1]. Ele est no trono com Deus em Seu corpo glorificado,

    e o Seu trono eterno. Um cetro est colocado em Sua mo, um cetro de justia, e leo de

    alegria derramado sobre Ele. Todo o poder dado a Ele no cu e na terra.

    irmos, vocs e eu poderamos passar o dia de hoje atravs dos cus, e ver o que est

    agora acontecendo no santurio acima, vocs poderiam ver o que o filho de Deus que mor-

    reu ontem noite pode ver; poderiam ver o Cordeiro com as cicatrizes de Suas cinco feridas

    profundas no meio do prprio trono, cercado por todos os remidos, todos trazendo harpas

    e taas de ouro cheias de incenso; vocs poderiam ver muitos anjos ao redor do trono, cujo

    nmero dez mil vezes dez mil, e milhares de milhares, todos cantando Digno o Cordeiro

    que foi morto; e se um desses anjos dissesse a vocs: Este Aquele que Se comprometeu

    a suportar a sua maldio e operar a sua obedincia, Ele comprometeu-se a ser o segundo

    Ado, o homem em seu lugar, e olhe! Ali est Ele no trono celeste; considere-O; olhe longa

    e sinceramente para Suas feridas, em Sua glria, e me diga se voc acha que seria seguro

    confiar nEle; voc acha que Seus sofrimentos e obedincia teriam sido suficientes? Sim,

    sim, cada alma exclama: o Senhor o suficiente! Senhor, retire a Tua mo! No me mostre

    mais, pois eu no posso mais suportar. Ou melhor, deixe-me para sempre permanecer e

    contemplar o Todo-poderoso, todo Digno, todo Divino Salvador, at que minha alma beba

    da completa garantia de que Seu trabalho realizado pelos pecadores uma obra consu-

    mada. Sim, mesmo que os pecados de todo o mundo estivessem em minha nica cabea

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    mpia, eu ainda no duvidaria que a Sua obra est consumada, e que eu estou totalmente

    seguro quando eu creio nEle.

    Eu gostaria agora de pleitear com os crentes. Alguns de vocs foram realmente trazidos

    por Deus a crerem em Jesus. No entanto, vocs no tm paz duradoura, e pouqussimo

    crescem em santidade. Por que isso? porque seu olho est fixo em qualquer lugar, exceto

    em Cristo. Vocs esto to ocupados olhando os livros, ou olhando para os homens, ou

    olhando para o mundo, vocs no tm tempo, nem corao, para olhar para Cristo.

    No admira que vocs tenham pequena paz e pouca alegria na f. No admira que vocs

    vivam de modo inconsistente e profano. Mudem o seu curso. Considerem a grandeza e a

    glria de Cristo, que Se comprometeu totalmente no lugar dos pecadores, e vocs encontra-

    ro que quase impossvel andar na escurido, ou de andar em pecado. Oh, que pensa-

    mentos fracos, desprezveis vocs tm do glorioso Emanuel! Levante os seus olhos de seu

    prprio seio, crente abatido; olhe para Jesus. bom considerar os seus caminhos, mas

    muito melhor considerar a Cristo.

    Eu gostaria, agora, de encorajar as almas ansiosas. Alma ansiosa! Voc j compreendeu

    toda a glria de Cristo? Voc j entendeu que Ele Se entregou pelos pecadores culpados?

    E voc duvidar se Ele um Salvador suficiente? Oh, que fraca viso voc tem de Cristo

    se voc no se atreve a arriscar a sua alma sobre Ele!

    Objeo. Eu no duvido que Cristo sofreu e fez o suficiente, mas eu temo que foi por outros,

    e no por mim. Se eu tivesse certeza que foi por mim, eu ficaria muito feliz.

    Resposta. No est em nenhum lugar da Bblia, que Cristo morreu por este pecador, ou por

    aquele pecador. Se voc est esperando at que encontre o seu prprio nome na Bblia,

    voc esperar para sempre. Mas diz-se alguns versculos antes deste: [...] provasse a

    morte por todos [Hebreus 2:9]; e novamente, E ele a propiciao pelos nossos pecados,

    e no somente pelos nossos, mas tambm pelos de todo o mundo [1 Joo 2:2]. No que

    todos os homens sejam salvos por Ele. Ah, no; a maioria nunca vem a Jesus, e esto per-

    didos; mas isso mostra que qualquer pecador pode vir, mesmo o principal dos pecadores,

    e apropriar-se de Cristo como seu Salvador. Venha voc, ento, alma ansiosa; diga voc:

    Ele o meu refgio e a minha fortaleza! E, ento, fique ansioso, se puder.

    II. Considere a Cristo como o Apstolo, ou Mensageiro de Deus.

    A palavra Apstolo significa mensageiro; algum ordenado e enviado em uma embaixada

    particular. Agora Cristo um Apstolo, porque Deus O ordenou e O enviou ao mundo.

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    No Antigo Testamento, o nome pelo que Ele mais frequentemente chamado o Anjo do

    Senhor, ou o Mensageiro da Aliana. Ele chamado de Eleito de Deus, escolhido para a

    obra; Ele chamado de servo de Deus; Ele chamado o Messias, ou o Cristo, ou o Ungido,

    porque Deus O ungiu e O enviou para a obra. No Novo Testamento, uma e outra vez Cristo

    chama a Si mesmo, o enviado de Deus. Assim como tu me enviaste ao mundo, tambm

    eu os enviei ao mundo; para que o mundo conhea que tu me enviaste a mim; estes co-

    nheceram que tu me enviaste a mim [Joo 17:23, 18, 25]. Tudo isso mostra claramente

    que no apenas o Filho sozinho que est interessado na salvao dos pobres pecadores,

    mas o Pai tambm. O Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo [1 Joo 4:14].

    Objeo. verdade, Cristo um grande e glorioso Salvador, e capaz de realizar tudo para

    salvar os pobres pecadores; mas talvez Deus, o Pai no possa concordar em derramar a

    Sua ira sobre o Seu Filho, ou aceitar o Seu Filho como um Fiador em nosso lugar.

    Resposta. Olhe aqui, Cristo o Apstolo de Deus. Esta tanto uma obra de Deus, o Pai,

    quanto uma obra de Cristo. Ela preencheu tanto o corao de Deus como sempre o fez

    com o corao de Cristo. Deus amou o mundo, tanto e verdadeiramente, como sempre

    Cristo amou o mundo. Deus deu o Seu Filho, tanto quanto Cristo se entregou por ns. As-

    sim, Deus, o Esprito Santo to interessado nisso quanto o Pai e o Filho. Deus deu o Seu

    Filho; o Esprito O ungiu e habitou nEle sem medida. Em Seu batismo, Deus O reconheceu

    como Seu Filho amado; o Esprito Santo desceu sobre Ele como uma pomba.

    irmos, se eu pudesse conduzi-los eternidade passada, eu poderia traz-los para o

    conselho da Trindade Eterna, e como uma vez disseram: Faamos o homem; eu vos per-

    mitiria ouvir a palavra: Salvemos o homem; se eu pudesse mostrar-lhes como Deus, des-

    de toda a eternidade, planejou que Seu Filho Se entregaria pelos miserveis pecadores;

    como era o prprio plano e o desejo original do corao do Pai que Jesus viria ao mundo e

    o faria e morreria no lugar dos pecadores; como o Esprito Santo soprou o mais doce in-

    censo, e derramou como o mais sagrado leo sobre a cabea do Salvador descendente;

    eu poderia mostrar-lhes o intenso interesse com que os olhos de Deus seguiram Jesus por

    todo o Seu curso de tristeza e sofrimento, e morte; eu poderia mostrar-lhes a pressa ansiosa

    com que Deus removeu a pedra do sepulcro, sendo ainda escuro, pois no queria deixar

    Sua alma no inferno, nem fazer com que seu Santo visse a corrupo; pudesse eu mostrar

    os xtases de amor e alegria que bateram no seio do Deus infinito, quando Jesus subiu ao

    Seu Pai e nosso Pai; como Ele O recebeu com a plenitude da bondade e graa que somente

    Deus pode dar, e somente Deus poderia receber, dizendo: Tu s meu Filho, eu hoje te

    gerei, Tu s, em verdade, digno de ser chamado Meu Filho; [...], o Teu trono, Deus,

    para todo o sempre; assenta-te Minha direita at que Eu ponha os Teus inimigos por es-

    cabelo de Teus ps. pecador, voc alguma vez duvidar se Deus Pai est buscando a

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    tua salvao, se o corao de Cristo e de Seu Pai o mesmo nesta grande questo? Cren-

    te, considere este Apstolo de Deus; medite sobre essas coisas; olhe e olhe de novo, at

    que sua paz seja como um rio, e a sua justia como as ondas do mar, at que a respirao

    de sua alma seja: Aba, Pai!

    III. Considere a Cristo como o Sumo Sacerdote da nossa confisso

    O dever do Sumo Sacerdote era duplo. Primeiro: fazer expiao; Segundo: interceder.

    Quando o Sumo Sacerdote matava o bode no altar de holocaustos, ele fazia isso na pre-

    sena de todo o povo, para fazer expiao por eles. Todos eles ficavam em volta olhando

    e considerando o seu sumo sacerdote, e quando ele reunia o sangue na bacia dourada, e

    colocava as vestes brancas, e saa de sua vista para o interior do vu, seus olhos seguiam-

    no, at que a misteriosa cortina o escondia da vista deles. Mas, mesmo assim, o corao

    do crente judeu ainda o seguia. Agora, ele se aproxima de Deus por ns, agora ele est as-

    pergindo o sangue sete vezes perante o propiciatrio, dizendo: Permita que este sangue

    tome o lugar de nosso sangue; agora ele est orando por ns.

    Irmos, consideremos tambm nosso grande Sumo Sacerdote.

    (1). Considerem-nO fazendo expiao. Vocs no podem olh-lO na cruz, como os disc-

    pulos fizeram, vocs no podem ver o sangue escorrendo de Suas cinco profundas feridas,

    vocs no podem v-lO derramar o Seu sangue para que o sangue dos pecadores no

    fosse derramado. Ainda assim, se Deus nos guarda, vocs podem ver o po partido e o vi-

    nho derramado, uma imagem viva do Salvador agonizante. Agora, irmos, a expiao foi

    feita, Cristo morreu, Seus sofrimentos so passados. E como que vocs no gozam de

    paz? porque vocs no consideram. Israel no tem conhecimento, o meu povo no en-

    tende. Considerem: Jesus morreu no lugar de pecadores culpados, e vocs sinceramente

    consentem em apropriarem-se de Jesus para ser o homem em seu lugar? Ento, vocs

    no precisam morrer. crente feliz, regozije-se sempre. Vivam com a viso do Calvrio, e

    vocs vivero no interior da viso da glria; e alegrem-se na bendita ordenana que esta-

    belece um Salvador partido to claramente diante de vocs.

    (2). Considerem a Cristo como fazendo intercesso. Quando Cristo ascendeu do Monte das

    Oliveiras, e passou por esses cus, carregando Suas feridas sangrentas na presena de

    Deus, e os discpulos olharam para Ele, at que uma nuvem O encobriu de Seus olhos, so-

    mos informados que eles voltaram para Jerusalm com grande alegria. O qu? Eles esto

    alegres com a despedida de seu bendito Mestre? Quando Ele lhes disse que os deixaria, a

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    tristeza encheu os seus coraes, e Ele argumentou com eles e os confortou, dizendo: No

    se turbe o vosso corao, convm que Eu v embora. , como, ento, eles mudaram! Jesus

    os deixou, e eles esto cheios de alegria. Aqui est o segredo: eles sabiam que agora Cristo

    estava indo para a presena de Deus por eles; que o seu grandioso Sumo Sacerdote estava

    agora indo para o interior do vu para interceder por eles.

    Agora, crente, voc gostaria de compartilhar da grande alegria dos discpulos? Considere

    o Apstolo e Sumo Sacerdote da nossa confisso, Jesus. Ele est acima, no Cu alm. Oh,

    que vocs olhassem para o cu, no com os olhos do corpo, mas com os olhos da f. Que

    coisa maravilhosa o olho da f: ele v alm das estrelas, ele adentra ao trono de Deus, e

    ali contempla o rosto de Jesus intercedendo por ns, a Quem, no havendo visto, amamos,

    em Quem, embora ainda no O vejamos, ainda assim, crendo, exultamos com alegria indi-

    zvel e cheia de glria.

    Oh! Se vocs vivessem assim, que doce paz encheria o vosso seio! E quanto do orvalhar

    do Esprito viria sobre vocs, em resposta orao do Salvador. Como os seus rostos bri-

    lhariam, como o de Estevo; e o miservel mundo cego poderia enxergar que h uma ale-

    gria que o mundo no pode oferecer, e que o mundo no pode tirar, um paraso sobre a

    terra.

    Dundee, 1836.

    ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos

    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria!

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    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo

    Neotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins

    Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon

    Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

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    Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a

    John Flavel

    Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston

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    Spurgeon

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    Pink

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    Pacto da Graa, O Mike Renihan

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    Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards

    Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural

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    Owen e Charnock

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    Deus) C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J.

    Edwards

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    Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen

    Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

    Propsitos de Cristo na Instituio de Sua Igreja J.

    Owen

    Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink

    Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R.

    Downing

    Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan

    Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo de

    Claraval

    Um Cordo de Prolas Soltas, Uma Jornada Teolgica

    no Batismo de Crentes Fred Malone

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    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

    Sola Scriptura!

    Sola Gratia!

    Sola Fide!

    Solus Christus!

    Soli Deo Gloria

    2 Corntios 4

    1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os

    entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10 Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

    se manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre

    entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos

    portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para

    que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

    interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas

    que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

    no veem so eternas.

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