Confissão de Pecado - Spurgeon

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8/9/2019 Confissão de Pecado - Spurgeon http://slidepdf.com/reader/full/confissao-de-pecado-spurgeon 1/10 Confssão de Pecado Um Sermão Com Sete Textos por: Charles Haddon Spurgeon  Meu sermão esta manhã terá sete textos e minha pregação será centrada em apenas duas palavras de cada um, porque os sete textos são todos semelhantes e ocorrem em sete porções diferentes da santa Palavra de Deus. Porém, eu usarei o contexto de todos eles para exemplificar casos diferentes e peço a voc!s que trouxeram suas "#$lias que os acompanhem a medida que forem mencionados. % tema desta manhã será & CONFISSÃO DE PECADO . '(s sa$emos que isto é a$solutamente necessário ) salvação. * menos que ha+a uma verdadeira e sincera confissão de nossos pecados a Deus, não temos nenhuma promessa que n(s acharemos clem!ncia no sangue do edentor. - Todo aquele que confessar seus  pecados e os abandonar achará misericórdia"  . Mas não há nenhuma promessa na "#$lia para o homem que não confessar seus pecados . á muitos que fa/em uma confissão, e uma confissão diante de Deus, e não rece$em nenhuma $!nção, porque a confissão deles não tem certas marcas que são requeridas por Deus, que provariam sua genuinidade e sinceridade e que demonstrariam terem sido fruto do tra$alho do 0sp#rito 1anto. Meu texto esta manhã consiste em duas palavras2 -eu pequei-. 0 voc! verá como estas palavras, nos lá$ios de homens diferentes, indicam sentimentos muito diferentes. 0nquanto uma pessoa di/ -eu pequei- e rece$e perdão, outro di/ o mesmo, porém segue seu caminho para se enegrecer com pecados piores que antes e mergulha em profunde/as maiores de pecado do que antes ele tinha experimentado. O Pecador Endurecido. Faraó: "eu pequei ". Êxodo 9:27. % primeiro caso que eu apresentarei a voc!s é o do PECADOR ENDURECIDO  que, quando experimenta terror, di/ -eu pequei-. 0 voc! achará o texto no livro de 3xodo 4256 & -0ntão 7ara( mandou chamar Moisés e *rão, e disse&lhes2 0sta ve/ pequei o 1enhor é +usto, mas eu e o meu povo somos a #mpios-. Mas porque esta confissão nos lá$ios deste altivo tirano8 0le não se humilhava perante 9eová. 0ntão porque aquele orgulhoso se curvou8 :oc! +ulgará o valor da sua confissão quando voc! ouvir as circunst;ncias de$aixo das quais foi feita2 -0 Moisés

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Confssão de Pecado

Um Sermão Com Sete Textos

por: Charles Haddon Spurgeon

 

Meu sermão esta manhã terá sete textos e minha pregação será centrada emapenas duas palavras de cada um, porque os sete textos são todos semelhantes eocorrem em sete porções diferentes da santa Palavra de Deus. Porém, eu usarei ocontexto de todos eles para exemplificar casos diferentes e peço a voc!s quetrouxeram suas "#$lias que os acompanhem a medida que forem mencionados.

% tema desta manhã será & CONFISSÃO DE PECADO . '(s sa$emos que isto éa$solutamente necessário ) salvação. * menos que ha+a uma verdadeira e sinceraconfissão de nossos pecados a Deus, não temos nenhuma promessa que n(sacharemos clem!ncia no sangue do edentor. -Todo aquele que confessar seus

 pecados e os abandonar achará misericórdia"  . Mas não há nenhuma promessana "#$lia para o homem que não confessar seus pecados .

á muitos que fa/em uma confissão, e uma confissão diante de Deus, e nãorece$em nenhuma $!nção, porque a confissão deles não tem certas marcas quesão requeridas por Deus, que provariam sua genuinidade e sinceridade e quedemonstrariam terem sido fruto do tra$alho do 0sp#rito 1anto.

Meu texto esta manhã consiste em duas palavras2 -eu pequei-. 0 voc! verá comoestas palavras, nos lá$ios de homens diferentes, indicam sentimentos muitodiferentes. 0nquanto uma pessoa di/ -eu pequei- e rece$e perdão, outro di/ omesmo, porém segue seu caminho para se enegrecer com pecados piores queantes e mergulha em profunde/as maiores de pecado do que antes ele tinhaexperimentado.

O Pecador Endurecido.

Faraó: "eu pequei ". Êxodo 9:27.

% primeiro caso que eu apresentarei a voc!s é o do PECADOR ENDURECIDO  que, quando experimenta terror, di/ -eu pequei-. 0 voc! achará o texto no livro de3xodo 4256 & -0ntão 7ara( mandou chamar Moisés e *rão, e disse&lhes2 0sta ve/pequei o 1enhor é +usto, mas eu e o meu povo somos a #mpios-. Mas porque estaconfissão nos lá$ios deste altivo tirano8 0le não se humilhava perante 9eová.0ntão porque aquele orgulhoso se curvou8 :oc! +ulgará o valor da sua confissãoquando voc! ouvir as circunst;ncias de$aixo das quais foi feita2 -0 Moisés

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estendeu a sua vara para o céu, e o 1enhor enviou trovões e saraiva, e fogodesceu ) terra e o 1enhor fe/ chover saraiva so$re a terra do 0gito. avia, pois,saraiva misturada com fogo, saraiva tão grave qual nunca houvera em toda a terrado 0gito, desde que veio a ser uma nação-. *gora, di/ 7ara(, enquanto o trovãoestava rolando no céu, enquanto o fogo então incendiava o solo e enquanto o

grani/o descia em grande quantidade, ele di/, -eu pequei-. 0le é somente umexemplo de multidões da mesma categoria. <uantos re$eldes endurecidos a$ordo de navios, quando as madeiras estão deformadas e rangendo, quando omastro está que$rado e o navio está vagando ao sa$or do vento forte, quando asondas famintas estão a$rindo suas $ocas para tragar o navio tão rapidamentecomo aqueles que entram na cova, quantos marinheiros cu+os corações seencontram endurecidos pelo pecado, curvam seus +oelhos com lágrimas nosolhos, e clamam -eu pequei=-. Mas que proveito e que valor tem a confissãodeles8 % arrependimento que nasceu na tempestade morreu na calmaria aquelearrependimento criado entre trovões e raios, cessou tão logo tudo foi silenciado eo marinheiro que era piedoso quando a $ordo do navio, se tornou um dos piores emais a$omináveis entre os marinheiros quando colocou seu pé em terra firme.

>am$ém, com que freq?!ncia n(s vemos isto em uma tempestade coma$und;ncia de raios e trovões8 Muitos homem empalidecem quando ouvem otrovão ressoando as lágrimas enchem seus olhos, e eles clamam -@ Deus, eupequei=- enquanto as vigas da sua casa são $alançadas e o solo em$aixo delesoscila diante da vo/ de Deus em 1ua ma+estade. Mas ai de tal arrependimento=<uando o sol novamente $rilha e as negras nuvens passam, o pecado vemnovamente so$re o homem e ele se torna pior que antes. <uantas confissões domesmo tipo, n(s tam$ém vemos em tempos de epidemias fatais= 0ntão nossasigre+as ficam cheias de ouvintes que, por verem tantos enterros passarem porsuas portas, ou porque tantos morreram na sua rua, não podem se a$ster de ir )casa de Deus para confessar seus pecados. 0 de$aixo daquela visitação, quandoum, dois e tr!s caem mortos em sua casa, ou na porta ao lado, quantos pensaramque realmente volveriam&se a Deus= Mas, ai= quando a pestil!ncia aca$a seutra$alho, a convicção cessa e quando o sino toca pela Altima ve/ por uma mortecausada por uma epidemia, então seus corações deixam de $ater em penit!ncia esuas lágrimas deixam de fluir.

>enho alguém aqui assim nesta manhã8 1e há tais pessoas aqui esta manhã, medeixe solenemente di/er&lhes2 -1enhores, voc!s esqueceram os sentimentos quetiveram nas suas horas de angAstia mas, se lem$rem, Deus não esqueceu dosvotos que voc!s fi/eram-. Marinheiro, voc! disse se Deus o poupasse para ver aterra novamente, voc! seria 1eu servo mas voc! não é voc! mentiu a Deus,voc! Bhe fe/ uma falsa promessa, porque voc! nunca manteve o voto que seuslá$ios fi/eram. :oc! disse, em um leito de doença, que se ele poupasse sua vidavoc! nunca pecaria novamente como antes mas aqui está voc! e seus pecadosdesta semana falarão por mim. :oc! não é melhor do que voc! era antes da suadoença. :oc! poderia mentir para Deus e não ser reprovado8 0 voc! pode pensar em mentir para Deus e não ser punido8 'ão= o voto, por mais precipitadamenteque tenha sido feito, é registrado no céu e apesar de ser um voto que o homem

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não pode cumprir, contudo, como é um voto que ele pr(prio fe/, e o fe/voluntariamente tam$ém, ele será castigado pelo não cumprimento dele e Deusexecutará vingança afinal, porque ele disse que a$andonaria seus caminhos depecado, porém, quando o infortAnio é removido ele não fa/ isto. % an+o vingadorpoderá di/er2 -@ Deus, estes homens disseram que se eles fossem poupados

seriam melhores porém são piores. Como eles violaram suas promessas, e comoeles atra#ram a ira divina so$re si mesmos=-. 0ste é o primeiro estilo dearrependimento e é um estilo que eu espero que nenhum de voc!s imitem,porque é totalmente sem valor. inAtil voc! di/er -eu pequei- somente de$aixo dainflu!ncia do terror, e então esquecer disto depois.

O Homem Dúbio

B!O: "eu pequei".##$m. 22:%&.

 *gora vamos ao segundo texto. *presentarei a voc!s um outro caráter & O

HOMEM DÚBIO , que di/ -eu pequei- e sente que ele realmente o fe/, e sente demaneira profunda, mas é tão mundano que ele -ama a in+ustiça-. % caráter que euescolhi para ilustrar isto, foi o de "alaão. *$ra o livro de 'Ameros 552EF2-espondeu "alaão ao an+o do 1enhor2 eu pequei-.

-0u pequei-, disse "alaão mas, apesar disto, ele se foi com seu pecado. Gm doscaracteres mais estranhos do mundo inteiro é o de "alaão. 0u freq?entementetenho me surpreendido com aquele homem ele realmente parece, em outrosentido, ter surgido das linhas de alph 0rsHine2

" Para o bem e para o mal igualmente se curva,

E para ambos: o diabo e O Santo "

Porque ele parecia ser assim. *lgumas ve/es falava com tamanha eloqu!ncia etriunfo, que não poderia se igualar a nenhum outro homem e outras ve/es eleexi$ia a pior e mais s(rdida co$iça que pode desgraçar a nature/a humana.Pense. :oc! v! "alaão ele está no cume da colina, e lá em$aixo está o povo deIsrael ele é ordenado a os amaldiçoar, e ele di/2 -Como amaldiçoarei a quemDeus não amaldiçoou8 e como denunciarei a quem o 1enhor não denunciou8- 0Deus a$re seus olhos, e ele começa a falar até mesmo so$re a vinda de Cristo, eele di/2 -0u o ve+o, mas não no presente eu o contemplo, mas não de perto-. 0então ele apresenta sua oração di/endo2 -<ue eu morra a morte dos +ustos, e se+ao meu fim como o deles=-. 0 voc!s acharão que aquele homem tem esperança.0spere até que ele desça da colina, e voc!s lhe ouvirão dar o mais dia$(licoconselho ao rei de Moa$e, tão dia$(lico que era até mesmo poss#vel ser sugeridopelo pr(prio 1atanás. Disse ele ao rei2 -:oc! não pode vencer este povo na$atalha, porque Deus está com eles tente instigá&los contra Deus-. 0 voc!ssa$em como, com luxArias temerárias, os Moa$itas tentaram sedu/ir os filhos deIsrael a serem infiéis a 9eová de forma que este homem parecia ter a vo/ de uman+o, )s ve/es, mas tam$ém a alma de um dia$o no seu #ntimo.

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0le era um caráter terr#vel era um homem de duas mentes, um homem que foi por todo o caminho com duas disposições. 0u sei que a 0scritura di/ -'inguém podeservir a dois senhores-. o+e em dia isto é freq?entemente mal entendido. *lgunsl!em assim -'inguém pode servir a dois senhores-. 1im ele pode ele pode servir tr!s ou quatro. % +eito de ler esta passagem é -'inguém pode servir a dois

senhores-. *m$os não podem ser senhores. 0le pode servir dois, mas os doisnão podem ser seus senhores. Gm homem pode servir a dois que não são seusmestres, ou mesmo vinte ele pode viver por vinte prop(sitos diferentes, mas elenão pode viver para mais de um prop(sito principal somente pode haver umprop(sito principal em sua alma. Mas "alaão la$orou em servir a dois era igual aspessoas de quem foi dito -0les temeram o 1enhor, e serviram outros deuses-. %ucomo ufus que era parecido com "alaão porque voc! tem conhecimento quenosso velho rei ufus pintou Deus em um lado do seu escudo e o dia$o no outro,e a$aixo, o lema2 -Pronto para am$os pegue quem puder-. á muitos, que deigual modo, estão prontos para am$os. 0les encontram o pastor, e quão piedosose santos eles são no dia do 1enhor eles são as pessoas mais respeitáveis e

 +ustas do mundo eles falam pausadamente por pensarem ser isto algoeminentemente religioso. Mas em um dia de semana, se voc! quer encontrar osmaiores desonestos e fraudadores, eles são alguns destes homens que são tãohip(critas na sua devoção.

Meus ouvintes, nenhuma confissão de pecado pode ser genu#na, a menos quese+a feita de todo o coração. inAtil voc! di/er2 -eu pequei- e então continuarpecando.

 *lguns homens parecem nascer com dois caracteres. 0u o$servei na livraria da>rinitJ College, Cam$ridge, uma $onita estátua do Bord "Jron. % $i$liotecário medisse, -%lhe daqui, senhor-. eu olhei, e disse2 -que sem$lante intelectual=-. -<ueg!nio ele era=-. 0ntão ele disse2 -:enha para o outro lado=-. -*h= que demKnio=

 *qui está um homem que poderia desafiar Deus-. 0le tinha um desagrado e umsem$lante terr#vel em sua face tal como Milton poderia ter pintado a 1atanásquando ele disse2 -Melhor reinar no inferno do que servir no céu=-. 0u me virei edisse ao $i$liotecário2 -voc! pensa que o artista plane+ou isto8-. -1im=- ele disse2-ele dese+ou retratar os dois caracteres2 o grande, o espl!ndido e o g!nio quasesuper&humano que ele possuia, e tam$ém a enorme massa de pecado que existiaem sua alma-.

0xistem alguns homens aqui do mesmo tipo. 0u ouso di/er que, como "alaão,eles poderiam operar milagres e ao mesmo tempo há algo neles que revela umcaráter repugnante de pecado, tão grande quanto pareceria ser o caráter delespara a retidão. "alaão, voc! sa$e, ofereceu sacrif#cios a Deus no altar de "aalisso era t#pico do seu caráter. 0 assim muitos fa/em eles oferecem sacrif#cios aDeus no santuário de Mamon e enquanto eles ofertam a uma igre+a e distri$uemao po$re, eles na outra porta do seu escrit(rio contá$il, oprimem o po$re eespremem até a Altima gota de sangue da viAva, para ficarem ricos. *h= éinfrut#fero e inAtil para voc! di/er -eu pequei-, a menos que voc! o diga de todoseu coração. * confissão daquele homem dA$io não tem nenhum proveito.

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O Homem 'n(incero.

)*! : "eu pequei".##+ )amue, +-:2&.

0 agora um terceiro caráter, e um terceiro texto. 'o primeiro livro de 1amuel

L25F, lemos2 -0ntão disse 1aul a 1amuel2 -eu pequei-. *qui está o HOMEM INSINCERO  & o homem que não é como "alaão, até certoponto sincero so$re duas coisas mas um homem que é +ustamente o oposto & quenão tem nenhum ponto proeminente em seu caráter, mas que é sempre modeladopelas circunst;ncias que passam pela sua ca$eça. 1aul era assim. 1amuel oreprovou e ele disse2 -eu pequei-. Mas ele não queria realmente di/er aquilo,porque se voc! ler o verso inteiro, vai v!&lo di/endo2 -porque eu temi o povo- , oque era uma desculpa mentirosa. 1aul nunca temeu ninguém ele sempre estava$astante pronto para fa/er sua pr(pria vontade ele era um déspota.

Gm pouco depois, ele sustentou outra desculpa, ao afirmar que havia tra/ido $oise cordeiros para oferecer a 9eová, portanto, am$as desculpas não podiam serverdadeiras. * caracter#stica mais proeminente no caráter de 1aul era suainsinceridade. Gm dia ele manda $uscar a Davi da cama dele, para o matar. %utrave/ ele declara -tão certo como vive o 1enhor, ele NDaviO não morrerá-. Gm outrodia, porque Davi salvou sua vida, ele disse -Mais +usto és do que eu não tornareia fa/er&te mal-. Isso ele disse ap(s o perseguir, com o o$+etivo de matá&lo.

 s ve/es 1aul se encontrava entre os profetas e profeti/ava logo depois entre as$ruxas )s ve/es em um lugar, outras em outro, e insincero em tudo. <uantaspessoas como ele encontramos em toda assem$léia cristã homens que são muitofacilmente modelados= Diga o que quiser a eles, e eles sempre concordarão comvoc!. 0les t!m disposições afetuosas, e uma consci!ncia sens#vel tão sens#velque parece ceder quando impressionada, mas tememos sondá&la maisprofundamente ela se cura tão rapidamente quanto se machuca. 9á usei umacomparação muito singular antes, a qual tenho que usar novamente2 algunshomens parecem ter corações de $orracha. 1e voc! apenas os tocar, é feita umaimpressão imediatamente entretanto é inAtil, pois logo retorna ao seu estadooriginal. :oc! pode os apertar de qualquer modo que dese+ar, eles são tãoelásticos que voc! sempre alcançará seu prop(sito entretanto eles não temfirme/a de caráter e logo voltam a ser o que eram antes.

@ senhores, muitos de voc!s fa/em o mesmo curvam suas ca$eças na Igre+a edi/em2 ->emos errado e nos desviado do caminho- mas voc! não pretendia,verdadeiramente, di/er isto. :oc! veio ao seu pastor e disse -eu me arrependodos meus pecados-, mas voc! não se sentia um pecador voc! s( disse aquilopara agradá&lo. 0 agora voc! freq?enta a casa de Deus ninguém maisimpressionado que voc! lágrimas correrão facilmente da sua face mas, apesardisto, a lágrima se secará tão depressa quanto foi produ/ida, e voc! permanece,em todos seus intentos e prop(sitos, igual ao que era antes. Di/er -eu pequei- de

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uma maneira sem significado ou sentido, é pior do que despre/#vel, porque é umescárnio a Deus confessar com insinceridade de coração.

0u fui $reve neste caráter porque parece se relaciona com o de "alaãoentretanto, podemos ver claramente que há um real contraste entre 1aul e "alaão,

em$ora ha+a uma afinidade entre os dois. "alaão era um grande homem mau,grande em tudo que fe/ 1aul era pequeno em tudo, exceto em estatura, pequenoem $ondade e pequeno em maldade enquanto "alaão era grande em am$os2 ohomem que )s ve/es poderia desafiar 9eová, e em outro momento di/ia -se"alaque me desse sua casa cheia de prata e ouro, eu não poderia ir além dapalavra do 1enhor meu Deus, para fa/er mais ou menos-.

O Peniene Du/ido(o.

0: "eu pequei". # 1o(u 7:23.

 *gora quero apresentar a voc! um caso muito interessante é o caso doPENITENTE DUVIDOSO , o caso de *cã, no livro de 9osué 625Q -espondeu *cãa 9osué2 :erdadeiramente pequei contra o 1enhor Deus de Israel-.

:oc! sa$e que *cã rou$ou despo+os da cidade de 9eric( & que ele foi desco$ertoatravés de sorte, e levado a morte. Cito este caso como o representante daquelescu+o caráter é questionável em seu leito de morte aqueles que se arrependemaparentemente, mas de quem a maioria de n(s s( pode di/er que n(s esperamosque suas almas este+am salvas afinal, mas verdadeiramente n(s não podemosassegurar. *cã, voc! está lem$rado, foi apedre+ado, por desonrar Israel. Mas euachei no Mishna, uma antiga exposição +udia da "#$lia, estas palavras, -9osuédisse a *cã , ho+e o 1enhor te pertur$ará a ti-. 0 uma nota so$re este texto quedi/2 -0le disse este dia, o que implica que ele s( seria pertur$ado nesta vida,sendo apedre+ado até a morte, mas que Deus teria miseric(rdia da sua alma porter ele feito uma confissão completa do seu pecado-. 0 eu, tam$ém, soupropenso, ao ler o cap#tulo, a concordar com a idéia de meu venerável e agoraglorificado predecessor, Dr. Rill, que acreditava que *cã realmente foi salvo,em$ora tenha sido condenado ) morte pelo seu crime, como um exemplo.

%$serve como 9osué falou de forma compassiva com ele. 0le disse2 -7ilho meu,dá, peço&te, gl(ria ao 1enhor Deus de Israel, e fa/e confissão perante ele.Declara&me agora o que fi/este não mo ocultes-. 0 voc! encontra *cã fa/endouma confissão completa. 0le di/2 -:erdadeiramente pequei contra o 1enhor Deusde Israel, e eis o que fi/2 quando vi entre os despo+os uma $oa capa $a$ilKnica, edu/entos siclos de prata, e uma cunha de ouro do peso de cinq?enta siclos,co$icei&os e tomei&os eis que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda,e a prata de$aixo da capa-. 0sta confissão parece ser tão satisfat(ria que se mefosse permitido +ulgar, eu diria2 -espero encontrar *cã o pecador, diante do tronode Deus-. Mas MattheS enrJ não tem a mesma opinião e muitos outrosexpositores consideram que assim como seu corpo foi destru#do, assim tam$ém

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foi sua alma. Por este motivo, eu selecionei o caso dele como sendo o de umarrependimento duvidoso.

 *h= queridos amigos, +á me encontrei muitas ve/es em leitos de morte e pude vermuitos com arrependimentos como este. 0u vi um homem, redu/ido a um

esqueleto, sustentado por travesseiros em sua cama e ele disse, quando lhe faleiso$re o +ulgamento vindouro2 -1enhor, eu sinto que fui culpado, mas Cristo é $omeu confio n0le-. 0 eu disse pra mim mesmo2 -eu acredito que a alma deste homemestá salva-. Mas fui em$ora com a reflexão melanc(lica de que não tive nenhumaprova disto, além das suas pr(prias palavras porque preciso de prova através deatos e da vida posterior ao arrependimento, para sustentar uma convicção firmeda salvação de um homem.

:oc! conhece aquela hist(ria de um médico que manteve um registro de milpessoas que uma ve/ pensaram que estavam morrendo, e de quem ele pensouque eram penitentes ele escreveu seus nomes em um livro, como aqueles que, se

tivessem morrido, iriam para o céu eles não morreram, eles viveram e ele di/ queentre estas mil pessoas, nem mesmo tr!s mudaram verdadeiramente seu modode vida, pois voltaram novamente aos seus pecados e continuaram como antes.

 *h= queridos amigos, eu espero que nenhum de voc!s tenha um arrependimentode leito de morte, como este eu espero que seu pastor ou seus pais não tenhamque estar ao seu lado da cama, di/endo consigo mesmo2 -Po$re companheiro,espero que ele se+a salvo-. Mas ai= arrependimentos de leito de morte são coisastão frágeis, cu+os fundamentos de esperança são tão triviais e tão po$res, que eutenho medo, depois de tudo, que esta alma possa estar perdida-. @= morrer comtoda segurança (= morrer com uma entrada a$undante, deixando um testemunhoque n(s partimos desta vida em pa/= 0ste é um modo muito mais feli/ de morrerdo que de uma maneira duvidosa, cam$aleando entre dois mundos, e nem n(s,nem nossos amigos sa$endo para qual dos dois mundos estamos indo. <ue Deuspossa nos conceder a graça de dar evid!ncias, nas nossas vidas, da verdadeiraconversão, que nosso caso possa não ser duvidoso=

O rrependimeno de De(e(pero.

1*D): "eu pequei". # 4aeu( 27:&.

'ão o deterei por mais tempo, mas tenho de lhe mostrar outro caso o pior detodos. o ARREPENDIMENTO DE DESESPERO . 0xamine Mt. 562F. Bá voc! temum caso terr#vel do arrependimento de desespero. :oc! reconhecerá opersonagem no momento que eu ler o verso2 -0 9udas disse, eu pequei-. 1im,9udas o traidor aquele que traiu seu Mestre, quando viu que seu Mestre foicondenado, -devolveu, compungido, as trinta moedas de prata aos anciãos,di/endo2 Pequei, traindo o sangue inocente ... 0 tendo ele atirado para dentro dosantuário as moedas de prata, retirou&se, e foi enforcar&se-. *qui está o pior tipode arrependimento de todos de fato, não sei se é +usto chamar isto dearrependimento isto deve ser chamado remorso de consci!ncia. Mas 9udasconfessou seu pecado, e então saiu e enforcou&se. @= aquela horr#vel, aquela

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terr#vel, aquela horrorosa confissão de desespero. :oc! nunca viu isto8 1e voc!nunca viu, então agradeça a Deus pelo fato de que voc! nunca foi chamado parapresenciar tal visão. 0u vi isto uma ve/ em minha vida, e peço a Deus que nuncave+a de novo & o arrependimento do homem que v! a morte face a face e que di/,-eu pequei -. :oc! lhe fala que Cristo morreu pelos pecadores e ele responde,

-não há nenhuma esperança para mim 0u $lasfemei contra Deus na 1ua face eu% desafiei meu dia de graça eu sei que é passado minha consci!ncia estácauteri/ada com ferro quente eu estou morrendo, e eu sei que estou perdido=- @=meus ouvintes, alguns de voc!s tem tal arrependimento8 1e voc! tem, será umsinal futuro para todas as pessoas que pecam se voc! tem tal arrependimento,servirá como advert!ncia a gerações futuras.

'a vida de "en+amim Teach & e ele tam$ém foi um de meus predecessores & euencontrei o caso de um homem que tinha sido crente professo, mas tinha seapartado da confissão, e tinha cometido pecados terr#veis. <uando ele estavapara morrer, Teach, com muitos outros amigos, foi v!&lo, mas eles nunca podiamficar com ele mais do que cinco minutos por visita, porque ele di/ia2 -:ão em$oraé inAtil sua visita para mim eu pequei ) parte do 0sp#rito 1anto 0u sou igual a0saA eu vendi meu direito de nascimento, e apesar de $uscá&lo diligentementecom lágrimas, eu nunca o acharei novamente-. 0 então ele repetia palavrasterr#veis, como estas2 -minha $oca está cheia de pedrinhas, e eu $e$o a$sinto diae noite. 'ão me fale, não me fale de Cristo= 0u sei que 0le é o 1alvador, mas eu %odeio e 0le me odeia. 0u sei que tenho que morrer eu sei que tenho queperecer=-. 0 então seguiam&se gritos dolorosos, e ru#dos horrorosos, que ninguémpoderia ag?entar. 0les voltaram novamente nos seus momentos de calma, mas s(o agitavam mais uma ve/, e lhe fa/iam chorar de desespero2 -eu estou perdido=0u estou perdido= inAtil me falarem qualquer coisa so$re isto=-. *h= Pode haverum homem aqui que pode ter uma morte como esta deixe&me adverti&lo, antesdisto e Deus, 0sp#rito 1anto, possa permitir que este homem possa se voltar paraDeus, e fa/er uma verdadeira penit!ncia, e então ele não precisará mais ternenhum medo porque ele, que teve seus pecados lavados no sangue do1alvador, não precisará ter nenhum remorso por seus pecados, porque foramperdoados pelo edentor.

O rrependimeno do )ano.

1ó: " eu pequei ". # 1ó 7:23

0 agora eu entro na lu/ do dia. 0u o tenho levado por confissões tristes e escuraseu não o deterei por mais tempo lá, mas o trarei para as duas $oas confissões quelerei para voc!. * primeira é a de 9( 625Q & -0u pequei que te farei, ( Preservadordos homens8- 0ste é O ARREPENDIMENTO DO SANTO . 9( era um santo, masele pecou. 0ste é o arrependimento de um homem que +á é filho de Deus, umarrependimento aceitável diante de Deus. Mas como eu pretendo enfati/ar isto )noite, eu deixarei este caso por agora, por medo de cansar voc!s. Davi era umespécime deste tipo de arrependimento, e seria proveitoso se estudassem

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cuidadosamente seus salmos de contrição a linguagem que utili/a é sempre cheiade pranto de humilhação e arrependimento sincero.

0on5i((6o benoada

O P8D'O: " eu pequei ". # !c. +-:+;. *gora tratarei do Altimo exemplo é o caso do pr(digo. 0m Bc. L2LU, n(sencontramos o pr(digo di/endo2 -Pai eu pequei-. @=, aqui está uma CONFISSÃO

 ABENÇOADA= *qui está o que prova que um homem tem um caráter regenerado& - Pai, eu pequei -. Deixe&me pintar a cena. Bá está o pr(digo ele fugiu de uma$oa casa e de um pai amoroso, e gastou todo seu dinheiro com prostitutas, eagora ele não tem mais nada. 0le vai para seus antigos companheiros e lhes pedea+uda. 0les riem dele com despre/o. -@-, di/ ele, - voc!s $e$eram meu vinhomuitas ve/es eu sempre paguei para voc!s nas nossas festas voc!s não vão mea+udar8- Mas eles di/em2 -:á em$ora=- e o expulsam dali. 0le procura todos seus

amigos com quem tinha se associado, mas nenhum deles lhe dá qualquer coisa.Por fim alguém lhe di/2 -:oc! quer um emprego8 então vá e alimente meusporcos-. % po$re pr(digo, o filho de um rico proprietário de terras, que teve umagrande fortuna, tem que sair para alimentar porcos e ele era +udeu tam$ém= %pior emprego Nna sua ca$eçaO para o qual ele podia ser contratado.

:e+a&o lá, em trapos su+os, alimentando porcos e qual era seu salário8 >ão poucoque ele -dese+ava encher o estKmago com as alfarro$as que os porcos comiam eninguém lhe dava nada-. :e+a, lá está ele, no seu lamaçal e imund#cieequivalentes aos dos seus companheiros de chiqueiro. De repente umpensamento posto lá pelo 0sp#rito 1anto, surge em sua mente2 -meu pai t!ma$und;ncia de pão, e eu aqui pereço de fome= Bevantar&me&ei, irei ter com meupai e dir&lhe&ei2 Pai, pequei contra o céu e diante de ti +á não sou digno de serchamado teu filho trata&me como um dos teus empregados-. 0 ele volta. 0lemendiga por todo seu caminho, de cidade em cidade. s ve/es ele conseguecarona em uma carruagem, talve/, mas em outros momentos ele vai na suamarcha resoluta por colinas estéreis e vales desolados, so/inho. 0 agora afinal elechega ) colina fora da aldeia, e v! a casa do seu pai lá em$aixo. Bá está a velhaárvore de álamo em frente dela, e lá estão as pilhas de feno nas quais ele e seuirmão corriam e $rincavam e ) vista da sua velha casa todos os sentimentos elem$ranças da sua vida vieram a sua mente, e lágrimas correram de seus olhos eele quase foge novamente. 0le pensa2 -será que meu pai morreu8 Como tivecoragem de magoar tanto minha mãe8 0 se os dois estiverem vivos, eles nuncame rece$erão novamente eles fecharão a porta na minha cara. % que estoufa/endo8 0u não posso regressar e tenho medo de ir adiante-. 0 enquanto eleestava decidindo, seu pai estava andando pela varanda superior, olhando parafora, para seu filho e apesar dele não poder ver seu pai, seu pai podia v!&lo.

"em, seu pai desce as escadas com toda sua força, corre até ele, e enquanto eleainda está pensando em fugir, os $raços do seu pai estão ao redor do seupescoço, e ele o $ei+a, como um pai amoroso, e então o filho começa & -Pai,

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pequei contra o céu e diante de ti +á não sou digno de ser chamado teu filho- equando ele ia di/er -trata&me como um dos teus empregados- seu pai pKs a mãona sua $oca. -Pare com isso-, di/ ele - 0u o perdKo não diga nada so$re ser umcriado. :enha-, di/ ele, -entre, po$re pr(digo. @=-, di/ ele para seus criados, -tra/eidepressa a melhor roupa, e vesti&lha, e ponde&lhe um anel no dedo e alparcas nos

pés tra/ei tam$ém o $e/erro, cevado e matai&o comamos, e rego/i+emo&nos,porque este meu filho estava morto, e reviveu tinha&se perdido, e foi achado. 0começaram a rego/i+ar&se-. @= <ue recepção preciosa para o principal dospecadores= MattheS enrJ disse2 -seu pai o viu, havia olhos de miseric(rdia elecorreu para o encontrar, havia pernas de miseric(rdia ele pKs seus $raços aoredor do seu pescoço, havia $raços de miseric(rdia ele o $ei+ou, havia $ei+os demiseric(rdia ele lhe disse, havia palavras de miseric(rdia & tragam a melhorroupa, havia atos de miseric(rdia, maravilhosa graça & tudo graça. @, que Deusgracioso 0le é-.

 *gora, pr(digo, faça o mesmo. Deus pKs isto em seu coração8 á muitos que t!mfugido por muito tempo. Deus di/ -retorne8- @, eu apelo a voc! que volte, então,pois tão certo quanto sempre, os que retornam 0le os acolherá. 'unca houve umpo$re pecador que viesse a Cristo, que Cristo o mandasse em$ora. 1e ele lhemandasse em$ora, voc! seria o primeiro. @, se voc! pudesse ao menosexperimentá&l%= -*h, senhor, eu sou tão su+o, tão corrupto, tão vil -. "em, voc! nãopode ser mais vil que o pr(digo. :enha para a casa do seu Pai, e tão certo quanto0le é Deus, 0le manterá sua palavra2 -o que vem a mim de maneira nenhuma olançarei fora-.

@, se eu pudesse ouvir que alguns foram a Cristo esta manhã...eu $endiria aDeus= :oc! se lem$ra daquela manhã em que eu mencionei o caso de um infielque tinha sido um escarnecedor, mas que, através da leitura de um de meussermões impressos, foi tra/ido para a casa de Deus e então para os pés de Deus."em, no 'atal passado, o mesmo infiel reuniu todos os seus livros, e foi aomercado em 'orSich, e lá fe/ uma pA$lica retratação de todos os seus erros, econfessou a Cristo, e depois, tomando todos os livros que havia escrito queestavam em sua casa, os queimou ) vista do povo. 0u glorifiquei a Deus por estamaravilhosa graça, e orei para que houvessem mais como este infiel, que, apesarde terem nascido pr(digo, voltou para sua casa di/endo2 -eu pequei-.

%$s2 Bivre tradução do texto original em ingl!s.