CHELSEA ON THE ROCKS - leopardofilmes.com HOTEL - Dossier de Imprensa.pdf · ANOS 50 Em 1957,...
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Mark TWAIN | Dylan THOMAS | Arthur MILLER | Gore VIDAL | Tennessee
WILLIAMS | Simone de BEAUVOIR | Jean‐Paul SARTRE | Stanley KUBRICK |
Ethan HAWKE | Dennis HOPPER | Vincent GALLO |Tom WAITS | Grateful DEAD
| Patti SMITH | Iggy POP | Édith PIAF | Joni MITCHELL | Bob DYLAN | Alice
COOPER | Janis JOPLIN | Jimi HENDRIX | Sid VICIOUS | Leonard COHEN | The
LIBERTINES | MADONNA | Frida KAHLO | Diego RIVERA | Andy WARHOL | Edie
SEGWICK
SINOPSE
CHELSEA HOTEL celebra as personalidades e vozes artísticas
que emergiram do lendário hotel nova‐iorquino,
considerado no passado uma torre intocável e impenetrável
para escritores, músicos e aventureiros. No entanto tudo
isso se transformou. E a mudança de proprietário surge
como uma ameaça para o Chelsea Hotel…
ANOS 50
Em 1957, Stanley Brad assumiu a gerência do CHELSEA
HOTEL, à frente da qual viria a permanecer durante as cinco
décadas subsequentes.
Já nessa época, o hotel de Manhattan era frequentado por
boémios como Dylan Thomas – que viria a morrer no
Chelsea – Jack Kerouac ou Albert Hunche.
Estes seriam os primeiros prenúncios da imensa variedade
de artistas, escritores e músicos que viriam a hospedar‐se no
CHELSEA HOTEL, no decorrer dos 50 anos seguintes.
ANOS 60 O Hotel nova‐iorquino institui‐se a si mesmo como destino
de sonho para os artistas.
Foi nos quartos do CHELSEA que Arthur Miller escreve
AFTER THE FALL, Artur C. Clark começa a trabalhar em 2001:
ODISSEIA NO ESPAÇO e Bob Dylan compõe BLOND ON
BLOND.
A cineasta Shirley Clarke e os poetas Claudue Pelieu e Mary
Beach foram todos hóspedes no CHELSEA HOTEL.
Aos ímpetos de criatividade, de que todos os artistas
precisam para prosperar, seguiam‐se, muitas vezes,
momentos de depressão e a história do CHELSEA não se
construiu sem o seu contingente de tragédia.
Huey Newton saltou do 10º andar do hotel, enquanto
Charles Jackson também escolheu suicidar‐se durante a sua
estadia no Chelsea.
ANOS 70 Sid Vicious, antigo baixista dos SEX PISTOLS é acusado de
assassinar a namorada Nancy Spungen. O crime aconteceu
no quarto 100 do CHELSEA HOTEL.
ANOS 80
A realeza chega, definitivamente, ao CHELSEA HOTEL
quando a musa MADONNA escolhe o quarto nº822 para
fotografar o seu livro SEX.
Virgil Thomas, que vivia no hotel desde os anos 30, é
encontrado morto no seu quarto.
O movimento punk toma Nova Iorque e escolhe o CHELSEA
como destino para a sua (permanente) after party.
ANOS 90
É prestada uma pequena homenagem ao CHELSEA quando,
nos anos 90, Ethan Hawke filma CHELSEA WALLS no hotel e
vários hóspedes recebem elaborados arranjos de flores de
um dador secreto, entregues pela mão do poeta Rene
Ricard.
Elizabeth Peyton lança a sua carreira de pintora e Harry
Everett Smith morre no quarto 328.
2000
Com a entrada no novo milénio iniciam‐se os tempos de
mudança, no hotel: a administração do CHELSEA vota para
destituir Stanley Brad do seu cargo de gerente e planeia
encerrar o hotel. Indignados os hóspedes protestam numa
tentativa de derrubar a nova gerência.
O realizador marginal Abel Ferrara homenageia o marco de Manhattan, no documentário CHELSEA
HOTEL. Um relato apurado e extraordinariamente absorvente, o filme mistura imagens de arquivo e
testemunhos de hóspedes, com reconstituições de alguns dos mais celebres episódios vividos com
CHELSEA e algumas entrevistas originais feitas pelo realizador há mais de 30 anos quando decidiu,
pela primeira vez, debruçar‐se sobre este tema.
Construído em 1883 e transformado em hotel em 1905, o edifício do CHELSEA na 23rd street é, há
muito, sinónimo de boémia, oferecendo uma casa (temporária ou permanente) aos mais famosos e
infames, a par com muitos outros artistas, músicos e cineastas, desde Andy Warhol a Michele
Zalopany.
Os residentes Dylan Thomas, Janis Joplin, William Burroughs, os Greatful e Quetin Crisp são apenas
algumas das figures vistas ou referidas, na imagem de arquivo.
Existiram outros hóspedes com nomes sonantes no CHELSEA que o filme não menciona, mas a
verdade é que CHELSEA HOTEL nunca teve a pretensão de ser uma narrativa sóbria (talvez uma
resposta à índole hedonista do hotel). Em vez disso, Ferrara intercala os seus materiais de arquivo
com testemunhos dos hóspedes mais recentes, incluindo celebridades como Ethan Hawke e Dennis
Hopper, o realizador Milos Foreman e o cartoonista R.Crumb que relatam histórias de incêndios aos
quais sobreviveram, overdoses que testemunharam e festas loucas em que participaram.
Todos prestam tributo a Stanley Bard, também ele entrevistado para o filme, proprietário e gerente
do CHELSEA HOTEL durante anos e cujo estilo descontraído e flexível no que respeita ao crédito dos
seus clientes, transformou o hotel num paraíso para os seus hospedes, na sua maioria com uma
situação monetária precária. A motivação para o documentaria parte do facto de, por motivos nunca
completamente esclarecidos, Bard ter perdido a gerência do hotel para empresários do ramo
imobiliário que planeiam transformá‐lo na resposta de Gotham ao elitista Chateau Marmont, de
Hollywood.
Um filme com charme, nomeadamente aquando do recurso a imagens de arquivo dos Grateful Dead
e de Janis Joplin e uma enternecedora cena em que Ethan Hawke faz de Bard e relata um episódio
com Arthur Miller e Marilyn Monroe.
Leslie FELPERNIN
O caótico CHELSEA HOTEL de Abel Ferara não é um relato literal do icónico hotel de Manhattan., mas
antes uma interpretação fantasiosa dos tempos áureos do CHELSEA, celebrizando a sua mística
boémia.
Fundado em 1883, como uma corporativa de apartamentos, o edifício começou a funcionar como
hotel em 1905, tendo vindo a receber ao longo das décadas uma multiplicidade de influentes artistas
e músicos.
Há cerca de dois anos Stanely Bard, gerente do CHELSEA desde os anos 70, foi afastado do seu cargo
deixando o futuro da abatida instituição num impasse.
O documentário é largamente influenciado pelo apaixonante ambiente de extravagâncias do
CHELSEA, ao estilo “Sexo, Drogas e Rock’ N’ Roll” descrevendo a sua história através de sucessivas
entrevistas a alguns dos hóspedes do hotel. Um dos cineastas mais selvagens do cinema americano,
Ferrara adora todos eles, demonstrando um especial carinho par com os mais excêntricos,
rabugento e auto‐destrutivos.
Estruturalmente o filme é uma mistura de recordações, conversas, imagens de arquivo e delirantes
encenações de incidentes famosos, no hotel. O foco recai, sem dúvida sob o assassinato de Nancy
Spungen, em Outubro de 1978. Bijou Phillips e Jamie Burke interprentam o feliz casal, que é visitado
por dois traficantes de droga.
Neste desordenado documentário sobre desorganizadas vidas, a ousadia ultrapassa a arte. Quando a
câmera varre as pinturas nas paredes do hotel, nenhum quadro é identificado, nem é feita referência
ao facto de artistas de renome como Mark Twain e Bob Dylan terem passado alguma vez pelo hotel.
O documentário acompanha o drama, fazendo referências ao 11 de Setembro e mostrando imagens
das torres gémeas em chamas. Uma funcionária, relembra as orgias com 60 pessoas, enquanto um
dos hóspedes narra os detalhes da hemorragia cerebral que sofreu, enquanto fazia musculação. São
partilhadas histórias de fantasmas pessoais.
A maior celebridade fã do CHELSEA HOTEL é Ethan Hawke, que recorda com gratidão que o Bard lhe
deu um quarto, quando seu casamento estava a desfazer‐se.
Anos antes, Hawke, que faz uma impressionante imitação do sotaque nova‐iorquino de Bard,
também havia realizado um filme ‐ homenagem ao hotel, intitulado CHELSEA WALLS.
Stephen HOLDEN
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
Ethan Hawke, Bijou Phillips, Grace Jones, Milos Forman, Dennis Hopper, Adam Goldberg, Robert
Crumb, Giancarlo Esposito, Gaby Hoffmann, Vito Acconci, Jamie Burke,
Realização: Abel Ferrara
Argumento: Abel Ferrara, David Linter, Christ Zois
Produção: David D. Wasserman, Jen Gatien
Banda Sonora Original: Robert Burger
Direcção de Fotografia: Robert Burger, Ken Kelsch
Montagem: Langdon Page
Título Original / Internacional: CHELSEA ON THE ROCKS
Ano de Produção: 2008
País: EUA
Género: Documentário
Duração : 88´
Data de estreia em Portugal : 10‐03‐2011