Chapada Diamantina

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Parque Nacional da Chapada Diamantina: uma abordagem da visitação como instrumento de inclusão social Chapada Diamantina National Park: an approach to visitation as a tool for social inclusion Autores: Marcela de Marins; Bruno Soares Lintomen; Pablo C. Lacaze Casella Instituição: ICMBio-Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Palavras-chave: Parque Nacional, ecoturismo, gestão pública, gestão participativa

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Parque Nacional da Chapada Diamantina: uma abordagem da visitação como instrumento de inclusão social Chapada Diamantina National Park: an approach to visitation as a tool for social inclusion Autores: Marcela de Marins; Bruno Soares Lintomen; Pablo C. Lacaze Casella Instituição: ICMBio-Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Palavras-chave: Parque Nacional, ecoturismo, gestão pública, gestão participativa * Trabalho apresentado no Congresso Mundial de Turismo Social 2014 - Turismo de Desenvolvimento: unidade na diversidade

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Page 1: Chapada Diamantina

Parque Nacional da Chapada Diamantina:

uma abordagem da visitação como instrumento

de inclusão social

Chapada Diamantina National Park: an

approach to visitation as a tool for social

inclusion Autores: Marcela de Marins; Bruno Soares Lintomen; Pablo C. Lacaze Casella

Instituição: ICMBio-Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Palavras-chave: Parque Nacional, ecoturismo, gestão pública, gestão participativa

Page 2: Chapada Diamantina

A região da Chapada Diamantina,

localizada no estado da Bahia, nordeste do

Brasil, possui grande visibilidade como

destino ecoturístico em nível nacional e

internacional. O Parque Nacional da Chapada

Diamantina-PNCD, administrado pelo ICMBio,

destaca-se por ser a maior área protegida

desta região. O PNCD concentra diversos

atrativos turísticos tais como a cachoeira da

Fumaça, Vale do Pati, Marimbus e dezenas de

trilhas que o tornam um destino muito

procurado para a prática de trekking.

Atualmente a visitação

que ocorre no PNCD é irregular, não há

controle de entrada ou contabilidade do

número de visitantes. Para cumprir seus

objetivos institucionais com equidade social a

estratégia para o uso público do PNCD

baseia-se na ordenação da sua visitação

mediante o envolvimento, parceria e

fortalecimento dos atores locais. .

.

The region of Chapada Diamantina, in

the state of Bahia, northeastern Brazil, has

great visibility as ecotourism destination in

the national and international level. The

Chapada Diamantina National Park - PNCD

administered by ICMBio, stands out for being

the largest protected area in this region.

The PNCD focuses many

tourist attractions such as the Cachoeira da

Fumaça, Pati Valley, Marimbus and dozens of

trails that make it a popular destination for

trekking practice.

Currently visitation that occurs in PNDC

is irregular, there is no control input or

accounting of the number of visitors. To meet

its institutional goals with social equity

strategy for public use of the national plan is

based on the ordering of their visitation by

involving partnership and strengthening of

local actors.

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Parque Nacional da Chapada Diamantina: uma abordagem

da visitação como instrumento de inclusão social

A região da Chapada Diamantina,

localizada no estado da Bahia, nordeste do

Brasil, possui grande visibilidade como destino

ecoturístico em nível nacional e internacional. O

Parque Nacional da Chapada Diamantina-

PNCD, administrado pelo ICMBio, destaca-se

por ser a maior área protegida desta região.

Criado em 1985 com 152.000 ha, o Parque

possui como objetivos básicos a conservação

da natureza, a realização de pesquisas

científicas e a visitação. O PNCD concentra

diversos atrativos turísticos tais como a

cachoeira da Fumaça, Vale do Pati, Marimbus e

dezenas de trilhas que o tornam um destino

muito procurado para a prática de trekking.

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Parque Nacional da Chapada Diamantina: uma abordagem

da visitação como instrumento de inclusão social

Na abordagem convencional de gestão de Parques

Nacionais no Brasil a abertura e ordenamento das atividades

de visitação dependem do controle direto do governo ou

terceirização. Atualmente a visitação que ocorre no PNCD é

irregular, não há controle de entrada ou contabilidade do

número de visitantes. Centenas de guias autônomos ou

organizados em associações atuam de modo informal,

geralmente com pouca ou nenhuma qualificação. No Vale do

Pati moradores adaptaram suas casas como pousadas e

recebem visitantes que procuram contato com a natureza e

seu modo de vida. Considera-se que existe uma apropriação

do Parque Nacional pelos moradores da região condizente

com seus objetivos e que a terceirização via licitação

provavelmente iria gerar como resultado indesejável a

exclusão dessas pessoas das atividades de visitação. Para

cumprir seus objetivos institucionais com equidade social a

estratégia para o uso público do PNCD baseia-se na

ordenação da sua visitação mediante o envolvimento, parceria

e fortalecimento dos atores locais.

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Parque Nacional da Chapada Diamantina: uma abordagem

da visitação como instrumento de inclusão social

Destacam-se as seguintes linhas de

atuação da equipe gestora:

- Capacitação de guias locais: qualificação de

300 guias que atuam na região no período

de 2014 a 2016. Esta capacitação vai

abranger conteúdos teóricos, técnicas de

campo e habilidades comportamentais.

Pretende-se que guias que atuam no PNCD

adquiram competências mínimas para terem

sua atividade formalizada junto ao ICMBio

mediante instrumento de autorização de

pessoa física.

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Parque Nacional da Chapada Diamantina: uma abordagem

da visitação como instrumento de inclusão social

- Elaboração de Plano Estratégico de

marketing territorial da travessia do Vale

do Pati: fruto da parceria entre ICMBio,

SEBRAE e prefeituras de Palmeiras,

Mucugê, Andaraí e Lenços, objetiva a

elaboração no segundo semestre de 2014

de um projeto de valorização e

fortalecimento desta travessia envolvendo

os municípios citados.

Page 7: Chapada Diamantina

Parque Nacional da Chapada Diamantina: uma abordagem

da visitação como instrumento de inclusão social

- Desenvolvimento de turismo de base

comunitária na porção sudeste do Parque:

visa fortalecer a visitação ao Parque a partir

dos Assentamentos Rurais contíguos

localizados nos municípios de Andaraí e

Itaetê, estabelecendo o turismo como fonte

de renda complementar para os assentados e

propiciando ao visitante, além do contato

com atrativos naturais, interação com as

dimensões rural e cultural da região. Desde o

final de 2013 ocorre um processo de

aproximação e diálogo entre a equipe do

Parque e associações dos assentados para

tratar deste fim.

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Parque Nacional da Chapada Diamantina: uma abordagem

da visitação como instrumento de inclusão social

Espera-se que a visitação, além de

um meio para propiciar recreação,

possa ser um instrumento de

sensibilização para as questões

socioambientais e favoreça a inserção

do Parque Nacional da Chapada

Diamantina como agente de

desenvolvimento local e regional.