Categorias Da Narrativa - Manuela Silva

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TEXTO NARRATIVO Categorias da Narrativa Beiriz 2010/2011 MS 1

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Categorias da narrativa

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TEXTO NARRATIVOCategorias da Narrativa

Beiriz 2010/2011 MS 1

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CATEGORIAS DA NARRATIVAAcçãoPersonagensEspaçoTempoNarrador

Beiriz 2010/2011 MS 2

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ACÇÃO

Relevância dos acontecimentos

Estrutura da acção

Final da acção

- acontecimentos principais e acontecimentos secundários; Acção central e acção secundária; acontecimentos

- momentos determinantes no desenrolar da acção: situação inicial (introdução), desenvolvimento (acontecimentos) e desenlace (desfecho ou conclusão);

- acção fechada (solucionada até ao pormenor) ou acção aberta (não solucionada);

Beiriz 2010/2011 MS 3

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Articulação das Sequências Narrativas

Encadeamento – As sequências sucedem-se segundo a ordem cronológica dos acontecimentos:

S1 S2 S3 S4

S5 S6 Sn

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Encaixe – Uma acção é introduzida no meio de outra, cuja narração é interrompida, para ser retomada mais tarde:

A A

B

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Alternância – Duas ou mais acções vão sendo narradas alternadamente:

A A A

B B

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Personagens

Beiriz 2010/2011 MS 7

As personagens suportam a acção, visto que é através delas que a acção se concretiza. Elas vão adquirindo "forma" à medida que a narração evolui, num processo designado por caracterização.

Caracterização directa – Os traços físicos e/ou psicológicos da personagem são fornecidos explicitamente, quer pela própria personagem (autocaracterização), quer pelo narrador ou por outras personagens (heterocaracterização).

Caracterização indirecta – Os traços característicos da personagem são deduzidos a partir das suas atitudes e comportamentos. É observando as personagens em acção que o leitor constrói o seu retrato físico e psicológico.

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Personagens: caracterização

Beiriz 2010/2011 MS 8

-Retrato das personagens:

-físico (traços fisionómicos, vestuário, gestos)

-psicológico (traços psicológicos, de carácter; sentimentos, comportamentos)

-social (grupo social; linguagem);

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Personagem principal ou protagonista

Assume um papel central no desenrolar da acção e por isso ocupa maior espaço textual.

Personagem secundária

Participa na acção, sem no entanto desempenhar um papel decisivo.

Figurante

Não tem qualquer participação no desenrolar da acção, cabendo-lhe apenas ajudar a compor um ambiente ou espaço social.

Personagem: relevo

Beiriz 2010/2011 MS 9

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Personagem redonda

ou modelada

É dinâmica; possui densidade psicológica, vida interior, e por isso surpreende o leitor pelo seu comportamento.

Personagem plana ou desenhad

a

É estática; caracteriza-se por possuir um conjunto limitado de traços que se mantêm inalterados ao longo

da narração. Frequentemente assume a forma de personagem-tipo, na medida em que representa

determinado grupo social ou profissional.Personage

m colectiva

Representa um conjunto de indivíduos, que age como se fosse movido por uma vontade única.

Personagem: composição

Beiriz 2010/2011 MS 10

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Espaço

Beiriz 2010/2011 MS 11

O espaço é o lugar ou lugares onde decorre a acção.

Distinguem-se três tipos de espaço, que nem sempre se encontram em todas as narrativas: -o espaço físico,-o espaço psicológico -o espaço social.

A multiplicidade dos espaços ocorre apenas nas narrativas de maior extensão e complexidade, como a epopeia e o romance.

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Espaço Físico

Beiriz 2010/2011 MS 12

O espaço físico é o conjunto dos componentes físicos que servem de cenário ao desenrolar da acção e à movimentação das personagens. Assim, o espaço físico integra os cenários geográficos (espaço físico exterior) e os cenários interiores, como as dependências de uma casa, a sua decoração, os objectos, etc. (espaço físico interior).

O espaço físico pode constituir apenas o cenário da acção ou ter também uma função importante na revelação do carácter e do comportamento das personagens.

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Espaço Psicológico

Beiriz 2010/2011 MS 13

O espaço psicológico é a vivência do espaço físico pelas personagens ou o lugar do pensamento e da emoção das personagens. Assim, por exemplo, locais evocados pela memória correspondem ao espaço psicológico. Por outro lado, em relação ao mesmo espaço, a personagem pode experimentar diferentes sentimentos, conforme o seu estado de espírito ou condições exteriores, como as condições atmosféricas.

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Espaço Social

Beiriz 2010/2011 MS 14

O espaço social consiste nas relações sociais, económicas, políticas e culturais entre as personagens. Constitui-se através das personagens figurantes e das personagens-tipo, correspondendo à descrição de um determinado ambiente que ilustra, por exemplo, vícios e deformações de uma sociedade, servindo então para expressar uma intencionalidade crítica.

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Tempo

Beiriz 2010/2011 MS 15

Tempo da história ou

cronológicoAquele ao longo do qual decorrem os acontecimentos narrados.

Tempo do discurso

Resulta do modo como o narrador encara o tempo da história. O narrador pode respeitar a ordem cronológica ou alterar essa ordem, recuando no tempo (analepse) ou antecipando acontecimentos futuros (prolepse). Pode ainda narrar ao ritmo dos acontecimentos, recorrendo ao diálogo (isocronia), fazer uma narração abreviada (resumo ou sumário), ou até omitir alguns acontecimentos (elipse)

Tempo psicológico

É de natureza subjectiva; designa o modo como a personagem sente o fluir do tempo.Muito custou aquela manhã a passar.

Sophia de Mello Breyner Andresen

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Narrador

Beiriz 2010/2011 MS 16

•entidade responsável pelo discurso narrativo através do qual uma "história" é contada

•narrador nunca se identifica com o autor: este é um ser real, enquanto aquele é um ser de ficção, uma "personagem de papel" que só existe na narrativa

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Narrador: presença

Beiriz 2010/2011 MS 17

NARRADOR PARTICIPANTE

Autodiegético O narrador identifica-se com a personagem principal. A narração é feita na 1ª pessoa

Homodiegético O narrador identifica-se com uma personagem secundária. A narração é feita na 1ª pessoa.

NARRADOR NÃO PARTICIPANTE

Heterodiegético O narrador é totalmente alheio aos acontecimentos que narra. A narração é feita na 3ª pessoa.

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Narrador: ciência

Beiriz 2010/2011 MS 18

Focalização omnisciente

O narrador revela um conhecimento absoluto, quer dos acontecimentos, quer das motivações. É capaz de penetrar no íntimo das personagens, revelando os seus pensamentos e as suas emoções.

Focalização externa

O narrador é um mero observador, exterior aos acontecimentos. Narra aquilo que pode apreender através dos sentidos: descreve os espaços, narra os acontecimentos, mas não penetra no interior das personagens.

Focalização interna

O narrador é também um observador: narra aquilo que vê e ouve. Este tipo de focalização distingue-se da "focalização externa", porque o narrador adopta o ponto de vista de uma personagem, narrando os acontecimentos tal como eles são vistos por essa personagem.