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    CAPTULO VII - CARABINA SEMIAUTOMTICA cal. .30

    7 APRESENTAO DA CARABINA SEMIAUTOMTICACAL .30

    A Carabina Semiautomtica .30 S&W arma de apoio. Seu usurio tambmportar, na cintura, uma segunda arma (reserva), normalmente, uma pistolasemiautomtica .40 S&W, para uso combinado com a Carabina.

    A Carabina Semiautomtica .30 baseada no desenho da metralhadora porttilTaurus/FAMAE (MT-40), sendo que o modo de operao de ambas muito parecido,e a maior diferena entre as duas a possibilidade da metralhadora porttil efetuarrajadas (curtas de dois tiros, ou totais enquanto a carabina dispara apenas nointermitente (um tiro de cada vez), utilizando carregador com capacidade para 30cartuchos e tambm com 15 cartuchos; Cada Carabina Semiautomtica .30 tem 3carregadores.

    Embora tenha a aparncia semelhante Carabina CT-40 e MetralhadoraPorttil MT-40 a Carabina Semiautomtica .30 S&W uma arma com ofuncionamento mecnico diferente, pois utiliza um sistema denominado ferrolhorotativo, embora o manuseio seja praticamente o mesmo.

    O calibre desta arma tambm diferente, pois se trata de um calibredesenvolvido na Segunda Guerra Mundial, intermedirio entre as munies usadas por

    pistolas ou metralhadoras portteis e as munies de fuzis. Isto torna esta arma muitoprecisa em distncias at 150 metros, pois possui trajetria mais tensa, e seu poder deperfurao muito maior do que o .40S&W, sendo este seu ponto forte a ao mesmotempo seu ponto que exige maior cautela na utilizao, pois contra seres humanostransfixa podendo atingir pessoas distantes, enquanto o .40S&W normalmente no ofaz.

    Esta carabina pode substituir armas como fuzis calibre 5,56mm ou 7,62mmquando se refere alcance e poder de fogo, pois no to potente e perigoso para serusado em ambientes urbanos, mas sempre ser necessrio tomar muito cuidado em

    sua utilizao, pois, mesmo no sendo capaz de efetuar rajadas, que podem serdescontroladas, ocasionando disparos perdidos, ainda possui um poder de penetrao

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    considervel, podendo atravessar alvos ou anteparos e atingir pessoas inocentes, se noforem tomadas as devidas cautelas.

    Calibre .30 significa 30 centsimos de polegada, como calibre .40 significa 40centsimos de polegada.

    Vantagens:. Grande impacto psicolgico;

    . Preciso;

    . Excelente para tiro intuitivo;

    . Compacta;

    7.1 ORIENTAES SOBRE O USO DA CARABINA CT 30

    Considerando que tais armas possuem caractersticas prprias e que diferem emalguns itens das demais armas utilizadas na Corporao; eConsiderando de extrema importncia que o policial tenha todas as

    informaes pertinentes ao uso, manejo, aplicabilidade, conservao e regras desegurana do armamento, antes mesmo de sua utilizao tornamos pblicas algumasorientaes a serem seguidas para a correta utilizao da Carabina CT 30.

    7.2 BANDOLEIRA DE 3 PONTOS:

    O uso correto da bandoleira de 3 pontos passando a mesma sobre o pescoo edebaixo do brao da mo fraca, permitindo que, no caso de uma troca de arma ou de

    transposio de um obstculo por exemplo, o policial passe o armamento para ascostas, por debaixo do brao, liberando ambas as mos.

    Na oportunidade, ressalte-se a importncia da regulagem da bandoleira doarmamento quando da assuno do servio, de forma que quando o policial precisarutiliz-lo, a arma j suba com o aparelho de pontaria na altura dos olhos (sem que o

    policial precise abaixar a cabea para fazer a visada do alvo) e esteja apoiada na ponta

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    do ombro, onde o policial ir encaixar o armamento para atirar (sem que se percatempo procurando o apoio, que dever ser na ponta do ombro devido ao leve recuo

    Ao canhoto, aconselha-se atentar para o uso da bandoleira por baixo dacoronha, pois como os zarelhos esto do lado esquerdo da arma, pode ser que a

    bandoleira atrapalhe o uso do aparelho de pontaria ficando na sua frente

    7.3 ALAVANCA DE MANEJO E RETM DO FERROLHO:

    Deve-se utilizar a mo direita para manuseio da alavanca de manejo, pois desta

    forma ficamos com a mo esquerda livre para acionar o retm do ferrolho.

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    Em relao alavanca de manejo cabe ressaltar que a mesma se movimentajuntamente com o ferrolho durante os disparos, logo deve-se tomar cuidado em um tirobarricado, por exemplo, para que a mesma no se choque com a barricada, quebrandoa pea ou prejudicando o funcionamento da arma.

    Em relao ao retm do ferrolho oportuno salientar que na carabina CT 30 oretm do ferrolho deve ser acionado PARA BAIXO PARA RETER O FERROLHO

    RETAGURADA (arma aberta) e PARA CIMA PARA LIBERAR O FERROLHO(fechar a arma).

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    Cuidado! Ao puxar o ferrolho retaguarda a arma permite que no meio docaminho o ferrolho fique preso pelo retm. Nesse caso, se o policial encaixar ocarregador e fechar a arma pelo retm do ferrolho, a arma no ser carregada.

    7.4 CARREGADOR E RETM DO CARREGADOR:

    Cuidado ao municiar o carregador, pois este aceita que as 30 munies sejamcolocadas do lado contrrio. Para municiar corretamente o carregador deve-se levar emconsiderao que na parte posterior tem um ressalto e um entalhe que pode ser sentidocom o tato do polegar.

    Na oportunidade, ressalte-se que devemos forar o carregador at o encaixe,puxando-o para baixo para confirmar se est preso, mas no devemos bater nocarregador para encaix-lo na arma, uma vez que ao bater as abas da parte superior docarregador estaro sendo danificadas ao longo do tempo, estragando o carregador.

    O retm do carregador semelhante ao da metralhadora FAMAE .40 e fica na parteposterior do receptculo do carregador.

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    A arma para aberta para que o policial perceba que acabou a munio e tambmpara facilitar a recarga do armamento, pois com a arma aberta basta encaixar ocarregador cheio e fechar a arma com o polegar acionando o retm, j que na CarabinaCT 30 este deve ser acionado para cima para fechar a arma. Sempre ao encaixar ocarregador deve-se certificar que o mesmo ficou preso e no se pode esquecer defechar a arma, POIS ARMA ABERTA NO ATIRA.

    Outra observao a ser feita o fato do policial segurar a arma pelo carregador, oque no deve ser feito, dentre outros motivos pelo fato de ele poder colocar o dedo na

    janela de ejeo impedindo o cartucho de ser ejetado ou at mesmo se machucando.

    Deve-se utilizar a placa do guarda-mo para segurar a arma.

    7.5 SELETOR DE TIRO E SEGURANA:

    O seletor de tiro ambidestro e, na posio S encontra -se em segurana, nopermitindo disparos e na posio 1 realiza um disparo a cada acionamento dogatilho.

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    7.6 VLVULA REGULADORA DE GS:

    O policial deve UTILIZAR A ARMA COM A VLVULAREGULADORA DE GS NA POSIO 1.

    NO SE DEVE UTILIZAR O ARMAMENTO NA POSIO 0, poisno sero aproveitados gases para a ciclagem do ferrolho, ou seja, a cada disparohaver necessidade de manejar a arma para extrair, ejetar e carregar novamente oarmamento.

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    S SE VAI UTILIZAR A VLVULA NA POSIO 2 QUANDOESTIVEREM ACONTECENDO PROBLEMAS DE CICLAGEM OU DEEJEO, possivelmente devido sujeira ou acmulo de plvora nas partes internasda arma. TO LOGO HAJA OPORTUNIDADE A ARMA DEVER SER

    LIMPA E RETORNADA A VLVULA REGULADORA DE GASES PARA APOSIO 1, para que a presso maior gerada no tubo de gs no fiquesobrecarregando o armamento.

    7.7 APARELHO DE PONTARIA:

    O visor aberto, com marcao de um nmero 5 (corresponde 50 m), deve serutilizado no dia-adia tendo em vista que permite um enquadramento de massa e alamais rpido e utilizado para tiros em alvos at 50m. O correto enquadramento semelhante ao enquadramento de pistola, sendo importante observar que DEVE-SEUTILIZAR A ABERTURA MENOR, E NO A DE CIMA (MAIOR), PARA OCORRETO ENQUADRAMENTO. A ponta da massa de mira deve estar na mesmaaltura da ala e com as mesmas distncias laterais, tudo em cima do alvo a seratingido.

    O visor fechado, com orifcios e marcaes de nmero 10 (corresponde 100m) e de nmero 15 (corresponde 150 m), devem ser utilizados para tiros em alvos distncias maiores, tiros que requeiram maior preciso. O enquadramento de massa eala de mira, nesse caso, semelhante ao da Submetralhadora FAMAE .40, ao qual o

    policial j est acostumado: a ponta da massa de mira deve ficar no centro da ala demira, tudo no centro do alvo a ser atingido. oportuno salientar o cuidado com relao massa de mira para que no se utilize as abas de proteo como se fossem a massa demira.

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    7.8. NORMAS DE UTILIZAO DA CARABINA:

    Segundo a Nota de Instruo N.PM1-001/02/10, de 05MAI10, que dispe sobrea utilizao de armas portteis na Polcia Militar, a carabina utilizada nas seguintescondies:

    7.8.1. a sua utilizao em locais povoados dever ser feita com cuidadoredobrado, observando os critrios de extrema necessidade, para a preservao daintegridade fsica dos policiais e da populao;

    7.8.2. s podero utiliz-las os policiais militares que estiverem devidamentehabilitados, segundo a norma citada, e que estejam nas atividades de Fora Ttica,Comando de Fora Patrulha e de Grupo de Patrulhas, bem como nas escoltas de

    presos, podendo ainda substituir o fuzil nas atividades de seu uso.

    8. REFERNCIAS:

    8.1. DO NASCIMENTO, Cleodato Moiss 1 Ten Polcia Militar do Estado deSo Paulo, manual de Fuzil, 2005;

    8.2. DO NASCIMENTO, Cleodato Moiss 1 Ten Polcia Militar do Estado de

    So Paulo, manual de Carabina, 2005;

    8.3. GIRALDINilson. Cel Polcia Militar do Estado de So Paulo. Manual da

    Carabina semiautomtica CT .30.

    8.4. Manual de Tiro Defensivo da Polcia Militar (M-19-PM), publicado anexo

    ao Bol G n 099, de 27MAI13;

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    8.5.Nota de Instruo n PM1 001/02/10, de 05MAI10 - Utilizao de Armas

    Portteis;

    8.6. POP 5.02.01 Inspeo de pistola;

    8.7. POP 5.02.02 Limpeza de pistola;8.8. Portaria n DE2/11/06Teste de Avaliao de Tiro (TAT)alterao de

    normas para sua realizao, publicada em anexo ao Bol G n 061, de 30MAR06;

    8.9. ROVER, Cees De. Para servir e proteger. Direitos Humanos e direito

    internacional humanitrio para foras policiais e de segurana: manual para instrutores.

    Trad. Slvia Backes e Ernani S. Pilla. 4. ed. Comit Internacional da Cruz Vermelha.

    BrasliaDF 2005;

    8.10. SUERO JNIOR, Fabiano: Cap Polcia Militar do Estado de So Paulo:

    Manual da PistolaCurso para Usurios Captulos 03, 04, 05, 06 e 07;

    8.11. SUERO JNIOR, Fabiano: Cap Polcia Militar do Estado de So Paulo:

    Manual da Espingarda Curso para Usurios Captulos 03, 04, 05, 06 e

    07;

    8.11.1. Procedimentos para o uso da Pistola cal. .40fita 183/01;

    8.11.2. Procedimento Policial para o uso e manuteno da Pistola cal. .40 fita162/00.

    DO NASCIMENTO, Cleodato Moiss 1 Ten PMESP, manual de Fuzil,2005;

    GIRALDI - Nilson. Cel PMESP, Manual da Carabina, 2005; GIRALDI -Nilson. Cel PMESP. Manual da Metralhadora Porttil. GIRALDI - Nilson. Cel PMESP:Manual da Pistola Curso para

    Usurios Captulos 03, 04, 05, 06 e 07;